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4) edigao Constitui 0 presente livro a analise classica_e até agora insuperada da classe dirigente dos Estados Unidos, cuja publicacio revolucionou juizos a Fespeito de inimeros tabus sobre a organizagao s6- cio-econdmica norte-americana. Do ponto de vista da Sociologia Politica, é incon- teste a importancia desta obra para a compreenséo, humanamente til, da fungdo do poder na vida social. Mesmo os que discordam das idéias ¢ con- clusées aqui expostas recomendam sua leitura, tao reais si os problemas que aborda ¢ impressionante a documentagao em que se apéia. Somente um cientista social da envergadura de WaicHT Muts poderia empreender anélise de tal magnitude sobre a estrutura politica e econdmica de seu pats, sem concesses e sem resvalar para 0 caminho facil do. brilho despojado de contetido Alids, ele reserva suas criticas mais acerbas preci samente & vulgaridade ¢ ao éxito a qualquer preco que. afirma, “estéo substituindo o debate légico das idéias politicas nos setores da economia privada, da ascendéncia militar e no vazio politico da Amé- rica: moderna”. C. Wricht Mitts, morto prematuramente aos 47 anos em 1962, figura entre os nomes de maior Projecéo da moderna Sociologia, sendo mesmo por muitos considerado como o maior sociélogo norte- americano. Seus livros. continuam sendo reeditados no mundo de lingua inglesa e em tradugées nas principais linguas ocidentais, assim como se multi- plicam os estudos ¢ interpretages de sua obra ¢ idéias, 0 que demonstra permanecer viva ¢ atuante sua_influéncia no pens:mento sociolégico contem- poraneo. Além de A Elite do Poder, esta editora jé publicou 5 seguintes livros de Wricht Mitts: A Nova Classe Média (White Collar) (3.* edicho), A Imaginasao Sociolégica (5.* edicio), As Causas da Terceira Guerra Mundial, A Verdade sobre Cuba, Poder e Politica ¢ Os Marxistas, além dos Ensaios de Socio- logia (4." edicdo), de Max Weser, cuja organizacho, introdugéo e notes fez de parceria com Hans ERT: A ELITE DO PODER add. dahl ES EL BIBLIOTECA DE CIENCIAS SOCIAIS Cc. WRIGHT MILLS A ELITE DO PODER Quarta edigéo Tradugao de Waltensir Dutra Revisdo técnica de Otdvio Guilherme Velho ZAHAR EDITORES Rio de Janeiro Titulo da edigdo norte-americana: The Power Elite Publicada pela Oxford University Press Inc., Nova York Copyright © 1956 by Oxford University Press Inc. Direitos reservados. A reprodugao néo autorizada desta publicag¢do, no todo ou em parte, constitui violaggo do copyright. (Lei 5.988) Edigdes brasileiras: 1962, 1968 e 1975 Capa: Erico 1981 Direitos para a Ifngua portuguesa adquiridos por ZAHAR EDITORES Caixa Postal 207 ZC-00 Rio que se reservam a propriedade desta verso Impresso no Brasil {NDICE Nota po TRADUTOR «2.0... 5655 I— As atras Ropas i. A natureza eo poder da elite € as trés ordens institucio- nais: politica, econémica ¢ militar; 2, Os membros da elite do poder; 3, Os estratos superiores; 4, O conceito de elite; 5. As varias elites; 6. A elite e as decisdes; 7. A elite no é impotente; 8. Plano do livro .... : TI — A soctepApE LocaL 1. A nova e a velha classe superior na cidade pequena; 2. Divisio social e politica da classe superior; 3. A sociedade local ¢ a sociedade nacional; 4. A grande empresa ¢ a sociedade local; 5. Perspectivas das elites locais ...-..s+.ssseeceseeereeeeees III — Os 400 merRopotrranos 1. A evolugio das classes superiores; 2. A luta pela posigao social; 3, Estrutura das classes superiores; 4. Seu estilo de vida; 5, A familia na classe superior ... we IV — As ceLesnmapes - que & a celebridade e 0 café-society; 2. Os 400 me- tropolitanos e o sistema de prestigio nacional; 3. A posigio social da elite politica, militar ¢ econdmica; 4. O’prestigio: conceito e andlise; 5. O trivial e 0 feroz na celebridade . V — Os murro ricos 1. Opinio dos intelectuais sobre 0 mundo dos altos negé- 2. Estrutura da camada dos muito ricos; 3. As origens so- ciais dos ricos; 4. Os ricos no so ociosos; 5. A carreira para a fortuna; 6. Os muito ricos e a economia incorporada . u 4l 113 6 A ELITE DO PODER VI — Os PRINCIPAIS EXECUTIVOS 1. As empresas e a propriedade privada; 2. Os principais executivos: origens ¢ situagdo; 3. A carreira dos executivos; 4. As hierarquias das empresas; 5. O elemento “sorte” na carreira; 6. Os critérios para o progresso 44 VII — Os nicos Assoctapos 1. As sessenta familias e a revolugéo dos gerentes: a distri- buicdo da renda nacional; 2. As rendas e os privilégios; 3. As rendas e os bens; 4. A liberdade dos ricos; 5. Os ricos e @ politica ... 179 1. Poder e violéncia: os militares; 2. Os altos escalées da organizagio militar americana; 3. O general e o almirante tipicos; 4. Razies da ascensio militar; 5. A burocracia militar: 9 Penté- gono; 6. Carreira e status social dos militares; 7. A fonmacio IX — A AScENDENCIA MILITAR 1. Os militares e a omissio dos politicos; 2. Participacio dos militares na politica intema; 3. Participagio na politica ex- terna e na diplomacia; 4. Importincia da organizacio na econo- mia; 5. A pesquisa cientifica militar; 6. A metafisica militar; 7. © conceito civil de “militarismo” X — O pmerénio rotirico 1. C , -eito candidato Presidéncia: imagens do politico americano; 2. Estrutura e constituicgo do Poder Executivo; 3. Os nio-profissionais da politica e a falta de um b eatatin servigo piblico . XI — A TeoRIA po EqutLinnio 1. © equilfbrio automitico do poder e seu desaparecimento; 2. O Congresso: estrutura e posicéo no nivel médio do poder; 3. A abdicario do Congresso; 4, As classes e o poder polio; A 289 INDICE 7 XII — A ELITE Do PODER 1. As fases da elite do poder; 2. A auséncia de debate po- Iitico como chave do poder; 3. A unidade da elite do poder; 4. Moralidade, elite e poder; 5. Movimentagao na elite; 6. A coinci- déncia de interesses econdmicos, militares e politicos; 7. Aspectos da cipula 319 XIII — A socrepapE DE MassAS 1. O piblico classico: a opiniio piblica; 2. Transformagao do publico em massa; 3. A concentracio do poder e da informa- 40; 4. As associagdes como expressio popular; 5. Os meios de comunicacdo e a transformagao do piblico; 6. A falta de pers- pectiva XIV — O xspinrro CONSERVADOR 1. Conservadorismo ¢ tradigao: busca de uma ideologia; 2. Manifestagdes do espirito conservador; 3. A retérica liberal e 0 colapso do liberalismo; 4. Os intelectuais e a irresponsabilidade conservadora; 5. O contexto da desconfianga ..............++ 379 XV — A ALTA mMoRALDADE 1. Imoralidade e elite; o dinheiro, valor absoluto; 2, Crité- rios do éxito; 3. A desmoralizacao da elite; 4. O ostracismo da inteligéncia 399 Tea NOTA DO TRADUTOR As xumenosas aLusoes ¢ referéncias feitas neste livto a figuras, fatos e circunstancias da vida norte-americana exigiram, a0 que me pareceu, algumas notas esclarecedoras, Para nio ser impertinente, limitei-as ao minimo e aos casos onde o contexto nao era auto-escla- recedor. Para elas vali:me, principalmente, das seguintes fontes: Mitford M. MatHews, A Dictionary of America- nisms on Historical Principles, The University of Chicago Press, Chicago, 1951. Edward Connap Samira and Amolf Jou ZuacHER, Dictionary of American Politics, Barnes & Noble, Inc, New York, 1957. Allen JorNson, Dictionary of American Biography, Charles Scribner's Sons, New York, 1943. Webster's Biographical Dictionary, 1943, Tt As altas rodas O PODER DE INFLUENCIA dos homens comuns é circunscrito pelo mundo do dia-a-dia em que vivem, e mesmo nesses circulos de emprcgo, familia e vizinhanca freqiientemente parecem impe- lidos por forcas que néo podem compreender nem governar. As “grandes mudangas” esto além de seu contiole, mas nem por isso Thes afetam menos a conduta e as perspectivas. A es- trutura mesma da sociedade moderna limita-os a projetos que nfo so seus, e de todos os lados aquelas mudangas pressionam de tal modo os homens e mulheres da sociedade de massas que estes se sentem sem objetivo numa época em que estdo sem poder. Mas nem todos os homens sdo comuns, nesse sentido. Sendo os meios de informacao e de poder centralizados, alguns deles chegam a ocupar na sociedade americana posigdes das quais podem olhar, por assim dizer, para baixo, para o mundo do dia-a-dia dos homens e mulheres comuns, suscetivel de ser profundamente atingido pelas decisdes que tomam. Nao sio produtos de seus empregos — criam e eliminam empregos para milhares de outros; nio estio limitados por simples responsa- bilidades de familia — podem escapar delas. Vivem em hotéis e casas, mas nao estio presos a nenhuma comunidade. Nao precisam apenas “atender as exigéncias da hora e do momento”, pois em parte criam essas exigéncias, e levam outros a aten- dé-las. Quer exercam ou nao seu poder, a experiéncia técnica e politica que dele tém transcende, de muito, a da massa da popu- lado. O que Jacob Burckhardt disse dos “grandes homens”, a maioria dos americanos bem poderia dizer de sua elite: “Sao tudo 0 que nés nao somos.” ? (1) Jacob Burcksaror, Forca e Liberdade. 12 A ELITE DO PODER A elite do poder & composta de homens cuja posicao lhes permite transcender 0 ambiente comum dos homens comuns, e tomar decisdes de. grandes conseqiiéncias. Se tomam ou nao tais decisdes é menos importante do que o fato de ocuparem postos tao fundamentais: se deixam de agir, de decidir, isso ‘em si constitui freqiientemente um ato de maiores conseqiién- cias do que as decisdes que tomam. Pois comandam as prin- cipais hierarquias e organizages da sociedade moderna. Co- mandam as grandes companhias. Governam a mdquina do Es- tado e reivindicam suas pretrogativas. Dirigem a organizagio militar. Ocupam os postos de comando estratégico da estrutura social, no qual se centralizam atualmente os meios efetivos do poder e a riqueza e celebridade que usufruem. A elite do poder nao é de governantes solitérios. Conse- Iheiros e consultores, porta-vozes e promotores de opinifo sio, freqiientemente, os capities de seus pensamentos e decisdes superiores. Imediatamente abaixo da elite esto os politicos profissionais dos niveis médios do poder, no Congresso, e nos grupos de pressio, bem como entre as novas ¢ as antigas classes superiores da cidade, da metrdpole e da regizo. De mistura com eles, por processos curiosos que examinaremos, estZo as celebridades profissionais, vivendo de serem exibidas constan- temente, mas que nunca, enquanto permanecem celebridades, sio exibidas o suficiente. Se tais celebridades nao esto A testa de qualquer hierarquia dominante, freqiientemente tém, por ou- tro lado, o poder de distrair a atenc’o do publico ou propor- cionar sensagdes 4s massas ou, mais diretamente, de set ouvi- das pelos que ocupam posigdes de poder direto.. Mais ou me- nos independentes, como criticos da moralidade e técnicos do poder, como porta-vozes de Deus e criadores da sensibilidade em massa, tais celebridades e consultores fazem parte do cené- tio imediato no qual o drama da elite é representado. Mas 0 drama em si esté centralizado nos postos de comando da: prin- cipais hierarquias institucionais. 1 A verdade sobre a natureza ¢ 0 poder da elite no & da- queles segredos que os homens de negécios conhecem, mas nao revelam. Esses homens tém teorias diversas sobre sua fun- cdo na seqiiéncia de acontecimentos e decisées, Freqiientemen- AS ALTAS RODAS 13 te, mostram-se inseguros quanto ao seu papel, e ainda mais fre- qientemente permitem que temores e esperancas influam na idéia que fazem do prdprio poder. Quaisquer que sejam as proporgées reais deste, mostram-se inclinados a ter menos cons- ciéncia dele do que das resisténcias 4 sua utilizagao. Além disso, a maioria dos homens de negécios americanos aprendeu bem a retérica das relagdes publicas chegando, em certos casos, ao ponto de utiliz4-la quando estado sdés, e a acreditar, portan- to, nela, A consciéncia pessoal dos atores é apenas uma das varias fontes que devemos examinar para compreender as altas rodas. No entanto, muitos que nao acreditam na existéncia da elite, ou pelo menos que esta possa ter conseqiiéncias, baseiam seus argumentos naquilo que os homens de negécios pensam a seu respeito, ou pelo menos no que afitmam em publico. H, porém, outra perspectiva: os que sentem, mesmo vaga- mente, que uma elite compacta e poderosa, de grande impor- tancia, predomina atualmente na América, fregiientemente ba- seiam essa impressio na tendéncia histérica de nossa época. Experimentaram, por exemplo, a preponderancia do fato mi- litar, e disso deduziram que generais e almirantes, bem como outros homens que tomam decisdes influenciados por eles, de- vem ser enormemente poderosos. Ouviram dizer que o Con- gresso abriu mio novamente, em favor de um punhado de homens, de decisées claramente relacionadas com o problema da guerra ou da paz. Sabem que a bomba foi lancada sobre © Japio em nome dos Estados Unidos da América, embora nao tivessem sido consultados sobre isso. Sentem que vivem numa época de grandes decisées, e sabem que nio estio in- fluindo nelas. Por isso, ao considerarem o presente como his- téria, julgam que em seu centro, tomando ou deixando de tomar decisées, deve haver uma elite do poder. De um lado, os que participam desse sentimento sobre os grandes acontecimentos histéricos presumem haver uma elite Cujo poder & grande. Do outro, os que ouvem atentamente os relatérios dos homens aparentemente ligados as grandes deci- sdes com freqiiéncia nao acreditam na existéncia de uma elite cujos poderes tenham conseqiiéncias decisivas. Ambas as opinides devem ser levadas em conta, mas ne- nhuma delas ¢ exata. O caminho para a compreensao do poder da elite americana nao estd apenas no reconhecimento da es- cala histérica dos acontecimentos nem na aceitagao do testemu- 14 A ELITE DO PODER nho pessoal dos homens que aparentemente tomam decisdes. Atrds destes e atrés dos acontecimentos da histéria, ligando uns aos outros, estio as principais instituicdes da sociedade moder- na, Essas hierarquias do Estado, empresas e exército consti- tuem os meios do poder, e como tal séo hoje de uma impor- tancia sem antecedentes na histéria humana — e em sua cépula, est@o os pontos de comando da sociedade moderna, que nos proporcionam a chave sociolégica da compreensio do papel das altas rodas na América. Dentro da sociedade americana, a base do poderio nacio- nal esté hoje nos dominios econémico, politico e militar. “As demais instituigées sio marginais para a histéria moderna e, ocasionalmente, subordinadas aquelas trés. Nenhuma familia € tio poderosa nos assuntos nacionais como qualquer uma das principais empresas; nenhuma igreja tem um poder tao direto na biografia externa dos jovens da América de hoje como o da organizaco militar; nenhum colégio é téo poderoso na influén- cia sobre os acontecimentos do momento como o Conselho de Seguranca Nacional. As instituigdes religiosas, educacionais ¢ familiares nao sao centros auténomos do poder nacional; pelo contrério, tais dreas descentralizadas sao cada vez mais influen- ciadas pelos trés grandes, onde ocorrem agora os fatos de con- seqiiéncias decisivas e imediatas. Familias, igrejas e escolas adaptam-se A vida moderna; go- vernos, exércitos ¢ empresas fazem essa vida moderna, e, ao fazé-la, transformam as instituicdes menores em meios para seus fins. As organizacdes teligiosas fornecem capelaes as forcas ar- madas, onde estes séo usados para aumentar a eficiéncia da disposicio para matar. As escolas selecionam e preparam ho- mens para seus empregos em empresas e suas tarefas especia- lizadas nas forcas armadas. A familia extensa foi hé muito de- composta pela tevolucio industrial, e filho e pai sio hoje re- movidos da familia, pela forca se necessério, sempre que 0 exér- cito do Estado os convoca. E os simbolos de todas essas ins- tituigdes menores séo usados para legitimar o poder e as deci- sdes dos trés grandes. O destino do individuo moderno depende nao apenas da familia onde nasceu, ou na qual ingressa pelo casamento, mas cada vez mais da empresa onde passa as horas mais vigorosas de seus melhores anos. Nao apenas da escola onde é educado em crianga e na adolescéncia, mas também do Estado, que estd AS ALTAS RODAS 45 presente durante toda a sua vida. Nao apenas da igreja onde ocasionalmente entra para ouvir a voz de Deus, mas também do exército, no qual é disciplinado. Se 0 Estado centralizado nao pudesse confiar nas escolas particulares e ptblicas para inculcar a fidelidade nacionalista, seus Ifderes procurariam sem demora modificar o sistema edu- cacional descentralizado. Se o indice de faléncia entre as 500 principais empresas fosse to grande como o indice geral de divércio entre os 37 milhoes de casais, haveria uma catdstrofe econémica em escala internacional. Se os membros dos exér- citos dessem a estes apenas uma parte de sua vida proporcional- mente igual 4 que os crentes dao as igrejas a que pertencem, haveria uma crise militar. Dentro de cada uma dessas trés grandes ordens, a unidade institucional tipica ampliou-se, tornou-se administrativa e, com a forga de suas decisées, centralizou-se. Atrds dessa evolugao, hé uma tecnologia, guiando-a mesmo enquanto modela e condiciona seu desenvolvimento. ‘A economia — antes um grande niimero de pequenas uni dades produtoras em equilibrio auténomo — tornou-se domi nada por duas ou trés centenas de empresas gigantescas, admi- nistrativa e politicamente ligadas entre si, e que juntas con- trolam as rédeas das decisdes econémicas. A ordem politica, outrora um conjunto descentralizado de algumas dizias de Estados com uma débil espinha dorsal, tor- nou-se uma organizacao centralizada e executiva reunindo em si muitos poderes antes espalhados e que penetra atualmente em todas as reentrancias da estrutura social. - ‘A ordem militar, antes uma frégil organizacio num con- texto de desconfianga alimentado pelas milicias estaduais, pas- sou a set a mais ampla e mais cara das facetas do governo, e, embora bem versada no sorriso das relagdes piblicas, tem agora toda a impiedosa e rude eficiéncia de um dominio bu- rocrético em expansao. Em cada uma dessas dreas institucionais, os meios de poder ao alcance dos que tomam decisdes aumentaram enormemente. Sua capacidade executiva central foi ampliada, e criaram-se ¢ fortaleceram-se rotinas administrativas modernas. A medida que cada um desses dominios se amplia e cen- traliza, as conseqiiéncias de suas atividades se tornam maiores,

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