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03 - (FPS PE/2014)
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a) negociação que culminou com a abolição da escravidão no e) no nível intelectual, privilegiando os brancos portadores de
Haiti pelas autoridades revolucionárias francesas, mediante a educação universitária e excluindo da vida pública os brancos
promessa de que os negros continuassem a trabalhar nas que possuíam apenas a educação fundamental.
plantações de cana-de-açúcar.
b) estratégia dos missionários jesuítas, empregada para cativar os 08 - (UNIMONTES MG/2010)
denominados “infiéis” que adentraram o território europeu nos Brancos pobres, mestiços e libertos com frequência viviam na
anos que se seguiram à conquista de Constantinopla em 1453 e dependência dos senhores de engenho ou outros fazendeiros,
à expansão do império otomano. recebendo às vezes parcelas de terra em arrendamento ou parceria
c) exploração do território brasileiro pelos portugueses que, nos (...) Sabe-se ainda da existência de uma população crescente de
momentos iniciais da colonização, entre 1500 e 1530, fizeram lavradores independentes em terras próprias ou ocupando terras
uso do escambo para convencer a população nativa a extrair devolutas, produzindo alimentos em regime de autossubsistência ou
árvores de pau-brasil. para mercados locais, sempre ameaçados pelos fazendeiros em sua
d) abordagem cautelosa dos espanhóis durante as primeiras posse, em geral conhecidos em suas características.
décadas de colonização, empregada no contato com as grandes (Ciro Flamarion Cardoso. O trabalho na colônia. In: FERREIRA, Olavo Leonel. História do Brasil.
17. ed. São Paulo: Ática, 1995, p. 69.)
civilizações americanas, de astecas e maias, iniciada com a
O texto acima
chegada de Hernán Cortez.
a) referenda as teses que advogam o predomínio do trabalho não
e) ação dos comerciantes de escravos ingleses que, ao longo dos
escravo na colônia, incluindo a mão de obra indígena.
séculos XIV e XV, aportaram com seus navios negreiros na
b) relativiza a explicação da estrutura econômica colonial baseada
costa da África para obter a mão de obra que seria utilizada nos
no trinômio latifúndio-exportação-trabalho escravo.
empreendimentos coloniais existentes na América.
c) aponta para o fácil acesso à terra na América Portuguesa, aspecto que
coloca em xeque as teses da hegemonia dos grandes proprietários.
06 - (PUC MG/2013)
d) enumera vários fatores, entre eles a presença dos mestiços e
A liberdade pouco valia para o indivíduo pobre que o mundo da
libertos, que explicam as dificuldades da Coroa e da Igreja em
produção e os aparelhos de poder esmagavam sem trégua, e no
disciplinar a sociedade colonial.
entanto ele era homem livre numa sociedade escravista. A
formulação dessa inutilidade justificava o sistema escravista, e o
atributo da vadiagem passava a englobar toda uma camada social, 09 - (UFT TO/2014)
desclassificando-a: no meio fluido dos homens livres pobres, todos
passavam a ser vadios para a ótica dominante. Vadios e inúteis, era
como se não existissem, como se o país não tivesse povo – pois,
cativo, o escravo não era cidadão. E assim inexistindo ou sendo
identificado à animalidade, o homem livre pobre permaneceu
esquecido através dos séculos.
(Adaptado de SOUZA, Laura de Mello e. Desclassificados do Ouro.
Rio de Janeiro: Graal, 1986. p. 222.)
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XVII. Com base na análise do documento e de seu contexto histórico, c) Duarte da Costa – goitacás;
conclui- se que tal oposição associava-se ao fato de a Igreja d) Tomé de Sousa – caetés;
a) condenar o enriquecimento por meio da escravidão, e) Mem de Sá – tamoios.
contrariando os citados “interesses econômicos” dos
bandeirantes, que se firmavam como fornecedores de mão de TEXTO: 1 - Comum à questão: 14
obra escrava para diversas capitanias. [Os tupinambás] têm muita graça quando falam [...]; mas faltam-
b) defender a catequização dos indígenas e sua organização em lhe três letras das do ABC, que são F, L, R grande ou dobrado,
missões religiosas, condenando, assim, as bandeiras de coisa muito para se notar; porque, se não têm F, é porque não têm
apresamento, aludidas no trecho “andar metido nas matas à fé em nenhuma coisa que adoram; nem os nascidos entre os
caça de índios e índias”. cristãos e doutrinados pelos padres da Companhia têm fé em Deus
c) desprezar a cultura nativista constituída na Capitania de São Nosso Senhor, nem têm verdade, nem lealdade a nenhuma pessoa
Vicente, onde foram rejeitados os costumes e a língua que lhes faça bem. E se não têm L na sua pronunciação, é porque
portuguesa, como destacado pelo bispo, ao afirmar que o não têm lei alguma que guardar, nem preceitos para se
bandeirante necessitou de intérprete. governarem; e cada um faz lei a seu modo, e ao som da sua
d) repudiar a associação entre bandeirantes e Tapuias, implícita nos vontade; sem haver entre eles leis com que se governem, nem têm
trechos em que o padre afirma que Jorge Velho não se diferenciava leis uns com os outros. E se não têm esta letra R na sua
dessa etnia e que mantinha concubinato com tais índias. pronunciação, é porque não têm rei que os reja, e a quem
e) considerar que os colonos eram desprovidos de raciocínio, obedeçam, nem obedecem a ninguém, nem ao pai o filho, nem o
como indicado pelo religioso, ao duvidar que o bandeirante filho ao pai, e cada um vive ao som da sua vontade [...].
possuía razão, por entender que esta é alcançada por meio de (Gabriel Soares de Souza. Tratado descritivo do
Brasil em 1587, 1987.)
estudos eclesiásticos.
14 - (UNESP SP/2013)
11 - (UNESP SP/2014)
O texto destaca três elementos que o autor considera inexistentes
Em 1534, a Coroa portuguesa estabeleceu o regime de capitanias
entre os tupinambás, no final do século XVI. Esses três elementos
hereditárias no Brasil Colônia. Entre as funções dos donatários,
podem ser associados, respectivamente,
podemos citar
a) à diversidade religiosa, ao poder judiciário e às relações
a) a nomeação de funcionários e a representação diplomática.
familiares.
b) a erradicação de epidemias e o estímulo ao crescimento
b) à fé religiosa, à ordenação jurídica e à hierarquia política.
demográfico.
c) ao catolicismo, ao sistema de governo e ao respeito pelos
c) a interação com os povos nativos e a repressão ao trabalho
diferentes.
escravo.
d) à estrutura política, à anarquia social e ao desrespeito familiar.
d) a organização de entradas e bandeiras e o extermínio dos
e) ao respeito por Deus, à obediência aos pais e à aceitação dos
indígenas.
estrangeiros.
e) a fundação de vilas e cidades e a cobrança de impostos.
TEXTO: 2 - Comum à questão: 15
12 - (UNICAMP SP/2014)
A história de São Paulo no século XVII se confunde com a história
Falação (excerto)
dos povos indígenas. Os índios não se limitaram ao papel de tábula
O Cabralismo. A civilização dos donatários. A Querência e a
rasa dos missionários ou vítimas passivas dos colonizadores. Foram
Exportação.
participantes ativos e conscientes de uma história que foi pouco
O Carnaval. O Sertão e a Favela. Pau-Brasil. Bárbaro e nosso.
generosa com eles.
(Adaptado de John M. Monteiro, “Sangue Nativo”, A formação étnica rica. A riqueza vegetal. O minério. A cozinha. O
em http://www.revistadehistoria.com.br/secao/capa/sangue-nativo. Acessado em 14/07/2013.) vatapá, o ouro e a dança.
Contra a fatalidade do primeiro branco aportado e dominando
Sobre a atuação dos indígenas no período colonial, pode-se afirmar diplomaticamente as selvas selvagens. Citando Virgílio para os
que: tupiniquins. O bacharel.
a) A escravidão foi por eles aceita, na expectativa de sua proibição Século XX. Um estouro nos aprendimentos. Os homens que sabiam
pela Coroa portuguesa, por pressão dos jesuítas. tudo se deformaram como babéis de borracha. Rebentaram de
b) Sua participação nos aldeamentos fez parte da integração entre enciclopedismo.
os projetos religioso e bélico de domínio português, executados (Oswald de Andrade. Obras completas − Poesia Reunida.
São Paulo: MEC/Civilização Brasileira, 1972. p. 14)
por jesuítas e bandeirantes.
c) A existência de alianças entre indígenas e portugueses não
exclui as rivalidades entre grupos indígenas e entre os nativos e 15 - (PUCCamp SP/2013)
Os donatários que, no processo de colonização portuguesa,
os europeus.
receberam capitanias hereditárias,
d) A adoção do trabalho remunerado dos indígenas nos engenhos
a) eram, em geral, membros da pequena nobreza portuguesa,
de São Vicente contrasta com as práticas de trabalho escravo na
incumbidos de desenvolver economicamente e administrar o
Bahia e Pernambuco.
território recebido da Coroa, podendo distribuí-lo em sesmarias.
b) possuíam recursos para instalar sesmarias, engenhos e vilas,
13 - (ESPM/2012)
sendo, por isso, nomeados pelo Rei e autorizados a apoderarem-
O governador-geral resolveu iniciar a colonização do litoral do
se integralmente dos lucros obtidos nas terras doadas.
Rio de Janeiro, como forma de impedir novas tentativas de invasão
c) passavam a ser proprietários de terras coloniais com total
francesa. Para isso, o sobrinho do governador iniciou em 1565 a
autonomia administrativa, mediante o compromisso de torná-
construção da cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, entre o
las áreas de plantio de cana-deaçúcar voltado à exportação.
morro do Pão de Açúcar e o morro Cara de Cão, na baía de
d) abandonavam essas terras que, em geral, recebiam como
Guanabara.
herança, uma vez que discordavam da obrigação de pagar
tributos à Coroa, fato que impediu, desde o início, a
A cidade transformou-se num verdadeiro forte, com o objetivo
implantação desse sistema administrativo.
de combater os franceses e os indígenas seus aliados, que
e) transferiam-se com suas famílias para as colônias portuguesas,
ameaçavam o litoral até São Vicente.
(Antonio Pedro. História do Brasil) a fim de estabelecer alianças com os nativos, aos quais estavam
proibidos de escravizar devido a acordos estabelecidos entre a
O governador-geral e os indígenas aliados aos franceses, que Coroa e a Companhia de Jesus.
ameaçavam o litoral até São Vicente, eram respectivamente:
a) Tomé de Sousa – tamoios; GABARITO
01. D 02. C 03. B 04. B 05. C 06. A 07. D 08. B
b) Duarte da Costa – guaicurus;
09. A 10. B 11. E 12. C 13. E 14. B 15. A