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INTRODUÇÃO
LEGISLAÇÃO
TRABALHISTA
PREVIDENCIÁRIA
Elaborado por
Gilmar Pires Porto – Set / 2010
RH BUILD UP
RH BUILD UP TERCEIRIZAÇÃO E ASSESSORIA EM RH S.A.
Introdução à Legislação Trabalhista e Previdenciária – Set / 2010
Índice
1– TIPOS DE TRABALHADORES.................................................................. Pág. 03
13 - DIVERSOS:
A) AFASTAMENTO PELO INSS E O PAGTO. DOS PRIMEIROS 15 DIAS............. Pág. 35
B) PRAZO PARA SOLICITAR AFASTAMENTO / DAR ENTRADA NO INSS........ Pág. 36
C) ATESTADO MÉDICO DE AMAMENTAÇÃO.......................................................... Pág. 36
D) HORAS DE SOBREAVISO OU USO DE EQUIPAMENTOS ELETRÔNICOS.... Pág. 40
E) INCIDÊNCIAS DO PAGAMENTO DE 1/3 SOBRE O ABONO PECUNIÁRIO.... Pág. 42
F) COMO IDENTIFICAR CÓDIGO E VALOR DE TERCEIROS NA SEFIP............ Pág. 43
G) CÁLCULO DA PENSÃO ALIMENTÍCIA.................................................................. Pág. 45
H) REEMBOLSO CRECHE............................................................................................... Pág. 45
I) TRINTÍDEO...................................................................................................................... Pág. 46
J) SEFIP 650.......................................................................................................................... Pág. 47
K) AJUDA DE CUSTO E DIÁRIAS PARA VIAGEM.................................................... Pág. 48
L) REEMBOLSO DE EMPREGADOS............................................................................. Pág. 49
M) PROPORCIONALIDADE DE CONTRIBUIÇÃO AO INSS.................................... Pág. 50
1- TIPOS DE TRABALHADORES
A medida que a legislação trabalhista vai se evoluindo há a necessidade de novos
tipos de trabalhadores, no entanto é preciso saber diferenciar cada um deles para definir o
vínculo jurídico.
a) Empregador – Definido no artigo 2º. da Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT) como empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assume os riscos da
atividade econômica, admite, assalaria, e dirige a prestação pessoal de serviços. É a pessoa
física ou jurídica pública ou privada que, assumindo os riscos da atividade econômica,
admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviços (artigo 2.º da Consolidação das
Leis Trabalhistas – CLT).
b) Empregado – Definido no artigo 3º. da Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT) como empregado, toda a pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual
a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. Outra característica importante
que se extrai do próprio conceito é a pessoalidade, onde o empregado é insubstituível após
a assinatura do contrato de trabalho e enquanto durar este contrato, ou seja, somente o
próprio contratado poderá comparecer para exercer o seu trabalho, nem mesmo o irmão
gêmeo poderá substituí-lo.
c) Menor Aprendiz – A Constituição Federal/88 determina que é proibido o
trabalho do menor de 16 anos, salvo na condição de menor aprendiz.
As empresas deverão manter menores aprendizes de acordo com o número total de
trabalhadores existentes em cada estabelecimento, cujas funções demandem formação
profissional. Para as microempresas não existe a obrigatoriedade da contratação.
A idade máxima permitida para aprendizagem passa a ser 24 anos. Anteriormente
eram 18 anos. No entanto, a idade mínima não foi alterada, permanecendo 14 anos.
A empresa celebrará o contrato de aprendizagem, por escrito, contendo a assinatura
do responsável pelo menor.
Este contrato terá a duração correspondente à do curso, ou seja, o tempo necessário
à aprendizagem, não podendo ultrapassar 02 (dois) anos.
Para ter validade e produzir os efeitos legais, tal contrato deve ser registrado na
Delegacia Regional do Trabalho, em 04 (quatro) vias, no prazo de 30 (trinta) dias a contar
da data de admissão do menor aprendiz.
Contrato de aprendizagem é o contrato de trabalho especial, ajustado por escrito e
por prazo determinado, em que o empregador se compromete a assegurar ao maior de
quatorze e menor de vinte e quatro anos, inscrito em programa de aprendizagem, formação
técnico-profissional metódica, compatível com o seu desenvolvimento físico, moral e
psicológico, e o aprendiz, a executar com zelo e diligência, as tarefas necessárias a essa
formação. O contrato de aprendizagem não poderá ser estipulado por mais de 2 (dois) anos.
Para isso é preciso que o empregador esteja atento aos critérios legais relacionados
acima e principalmente, à quantidade de estagiários contratados em relação ao quadro da
área ou da empresa, que pode muitas vezes caracterizar a substituição de empregados
efetivos por estagiários.
f) Doméstico – Sua principal característica é a de trabalhar diretamente no âmbito
residencial do seu empregador ou para a família deste, sendo sua atividade remunerada,
porém sem fins lucrativos ao seu empregador.
g) Rural – A diferença deste empregado em relação ao que está definido no art. 3º.
da CLT, é que seu local de trabalho se dá no meio rural ou em prédio rústico, sendo
subordinado a um empregador rural. Como exemplos podemos citar como trabalhador rural
as pessoas que cuidam do gado, que cultivam a terra e os administradores de fazenda.
h) Autônomo – É um trabalhador onde não existe a subordinação, isto é, não existe
a obrigatoriedade do cumprimento de uma jornada de trabalho, o comparecimento diário na
empresa não é obrigatório. Exige-se que realize a tarefa ao qual foi contratado, podendo seu
serviço ser realizado fora da empresa.
2– CONTRIBUIÇÃO SINDICAL
As normas relacionadas ao desconto da contribuição sindical serão encontradas
entre os artigos 582 a 610 da CLT.
Os empregadores são obrigados a descontar da folha de pagamento de seus
empregados, a contribuição sindical, e recolher em favor dos Sindicatos de classe, quer
sejam associados ou não, conforme segue:
a) no mês de março de cada ano, é descontada a contribuição sindical de todos os
empregados. Para os empregados admitidos nos mês de março, a contribuição deverá
ser descontada ainda neste mesmo mês, caso não tenha contribuído no emprego
anterior.
b) para os empregados admitidos a partir do mês de abril, a contribuição deverá ser
descontada no mês subsequente a sua admissão, se ainda não houver contribuído no
emprego anterior.
Os profissionais liberais, registrados como empregados, poderão optar pelo
pagamento da contribuição sindical unicamente à entidade representativa da sua profissão,
desde que a exerça efetivamente na empresa, e como tal sejam registrados.
Os profissionais liberais deverão apresentar a prova de quitação da contribuição
sindical, pelos sindicatos de profissionais liberais, para o empregador não efetuar o
desconto de seu salário.
A contribuição sindical será recolhida anualmente, correspondendo à remuneração
de 01 (um) dia de trabalho, independendo da forma de pagamento:
a) uma jornada normal de trabalho, se o pagamento ao empregado for feito por hora;
b) 1/30 de sua remuneração percebida no mês anterior, se for paga por tarefa, empreitada
ou comissão;
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Introdução à Legislação Trabalhista e Previdenciária – Set / 2010
Quando o salário for pago em utilidade, ou nos casos em que o empregado receba,
habitualmente, gorjetas, a contribuição sindical corresponderá a 1/30 da importância que
tiver servido de base, no mês de janeiro, para a contribuição do empregado à Previdência
Social.
Para as admissões ocorridas a partir do mês de abril, o desconto da contribuição
ocorrerá no mês seguinte ao da admissão, e o recolhimento, no segundo mês subseqüente a
sua admissão.
O empregador deverá também anotar o desconto da contribuição sindical na carteira
de trabalho (CTPS) do empregado e na ficha ou livro de Registro de Empregados.
Nota: No caso do empregado contratado pelo regime da CLT nenhuma base de cálculo
(empregado) deve ser maior que R$ 3.467,40, assim o valor a recolher nunca será superior
a R$ 381,41.
Contribuinte Facultativo: optante pelo regime de INSS => 20% sobre a contribuição que
deseja participar até o limite do teto. Para o contribuinte facultativo o limite máximo do teto
é de 20% de R$ 3.467,40 (R$ 693,48).
b) IRRF
Os empregados que tenham dependentes devem apresentar a relação dos mesmos
em formulário próprio, onde cada vez que houver alteração esse documento deve ser
renovado.
A responsabilidade pelas informações prestadas nessa declaração é unicamente do
empregado, e a empresa não pode deixar de aceitá-las, mas deve alertar ao empregado para
essa sua responsabilidade.
Para o cálculo do IRRF, sobre os rendimentos do trabalho assalariado, são
permitidas algumas deduções da renda bruta do contribuinte, uma delas é exatamente o
encargo de família, o dependente informado neste documento.
Como dependente entende-se, os mais comuns:
- o cônjuge, na constância da sociedade conjugal;
- companheiro(a) com quem o contribuinte tenha filho ou viva há mais de 5 anos, ou
cônjuge;
- filho(a) ou enteado(a), até 21 anos de idade, ou, em qualquer idade, quando incapacitado
física ou mentalmente para o trabalho;
- filho(a) ou enteado(a) universitário ou cursando escola técnica de 2º. grau, até 24 anos;
- irmão(ã), neto(a) ou bisneto(a), sem arrimo dos pais, de quem o contribuinte detenha a
guarda judicial, até 21 anos, ou em qualquer idade, quando incapacitado física ou
mentalmente para o trabalho;
- irmão(ã), neto(a) ou bisneto(a), sem arrimo dos pais, com idade de 21 anos até 24 anos, se
ainda estiver cursando estabelecimento de ensino superior ou escola técnica de segundo
grau, desde que o contribuinte tenha detido sua guarda judicial até os 21 anos;
- pais, avós e bisavós que, no ano anterior, tenham recebido rendimentos, tributáveis ou
não, até o limite definido em Lei.
(Lei nº 9.250, de 1995, art. 35; RIR/1999, art. 77, § 1º; IN SRF nº 15, de 2001, art. 38)
Outra dedução possível para efeito de cálculo do IRRF, é o valor da contribuição à
previdência social.
4- JORNADA DE TRABALHO
Após a Constituição Federal de 1988, ficou definido que o limite máximo da
jornada normal de trabalho é de 44 horas semanais, e de acordo com o artigo 58 da CLT, a
duração normal diária de trabalho não excederá de 08 (oito) horas diárias.
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Art. 58 - A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, não
excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite.
o
§ 1 Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de
horário no registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez
minutos diários.
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Portanto, fica limitada a jornada mensal de 220 horas. Abaixo alguns exemplos de
jornada de trabalho:
S T Q Q S S D Total da Semana
------------------------------------------------------------- ----------------------
8 8 8 8 8 4 dsr 44 horas
------------------------------------------------------------- ----------------------
9 9 9 9 8 comp. dsr 44 horas
------------------------------------------------------------- ----------------------
8:48 8:48 8:48 8:48 8:48 comp. dsr 44 horas
------------------------------------------------------------- ----------------------
7:20 7:20 7:20 7:20 7:20 7:20 dsr 44 horas
Para que tenha valor legal a compensação da jornada de trabalho do Sábado,
distribuindo as horas nos demais dias da semana, é necessário a assinatura do “Acordo de
Compensação de Horas de Trabalho”.
Da mesma forma caso haja prorrogação na jornada, prevista no artigo 59 da CLT
como horas suplementares que não podem ser superiores a 02 (duas) horas diárias, deverá
ser assinado o “Acordo de Prorrogação de Horas”.
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Art. 59 - A duração normal do trabalho poderá ser acrescida de horas suplementares, em
número não excedente de 2 (duas), mediante acordo escrito entre empregador e empregado, ou
mediante contrato coletivo de trabalho.
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Exemplo de cálculo:
Salário de R$ 600,00 por mês / Jornada Mensal de trabalho 220 hs + adicional de
horas extras 50% x Quantidade de Horas Extras feita 5 hs.
R$ 600,00 / 220 = R$ 2,73 + 50% ( R$ 2,73 x 50% = 1,36 ) R$ 2,73 + R$ 1,36 = R$ 4,09
(esse cálculo representa o valor de 1 hora extra ).
Considerando 5 horas extras: R$ 4,09 x 5 hs = R$ 20,45 ( valor das horas extras )
As horas extras são apuradas minuto a minuto, desde que exceda à tolerância nos
termos da lei.
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Art. 58 - A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, não
excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite.
o
§ 1 Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de
horário no registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez
minutos diários. (Parágrafo incluído pela Lei nº 10.243, de 19.6.2001)
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Para transformarmos os minutos das horas extras em fração decimal para serem
calculados, devemos considerar a tradicional regra de três da matemática, onde 25 minutos
estão para 60 minutos, logo “x” minutos estão para 100 inteiros, vejamos:
25 ------------- 60
X -------------- 100
X * 60 = 100 * 25
X = (100 * 25 ) / 60 X = 41,66 minutos
Salário Mensal Horas Mensais Valor Salário Adicional 50% Valor a Pagar
Hora Hora
A B C D E
Exemplo1:
I) Salário de R$ 900,00 por mês, jornada mensal 220 horas (=) R$ 4,09 por hora (+) 50%
de adicional de horas extras (=) R$ 6,13 por hora
II) Empregado fez 10 horas extras = R$ 61,30 ( R$ 6,13 x 10)
III) R$ 61,30 / 26 x 4 = R$ 9,43 é o reflexo no DSR è (26 representa os dias úteis do mês);
(4 representa os domingos do mês). O raciocínio pode ser entendido como 30 dias do mês
– não considerar o dia 31 – diminuir os domingos e feriados, o saldo é dia útil.
Exemplo 2:
I) Resultado de 15 horas extras calculadas no mês – R$ 91,95 ( R$ 6,13 X 15)
II) R$ 91,95 / 25 x 5 = R$ 18,39 é o reflexo no DSR è (25 representa os dias úteis do mês);
(5 representa os domingos e feriados do mês). O raciocínio pode ser entendido como 30
dias do mês – não considerar o dia 31 – diminuir os domingos e feriados, o saldo é dia útil.
ou
Logo, a empresa deve usar o mesmo sistema de cálculo que usuária para as horas
extras noturnas, é o caso do exercício acima.
Então, o raciocínio de cálculo não muda, pois a justiça assim consagrou no
Enunciado 60 do TST.
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TST Enunciado nº 60 - RA 105/1974, DJ 24.10.1974 - Incorporada a Orientação
Jurisprudencial nº 6 da SBDI-1 - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005
Adicional Noturno - Salário
I - O adicional noturno, pago com habitualidade, integra o salário do empregado para todos
os efeitos.
II - Cumprida integralmente a jornada no período noturno e prorrogada esta, devido é
também o adicional quanto às horas prorrogadas. Exegese do art. 73, § 5º, da CLT. (ex-OJ
nº 6 da SBDI-1 - inserida em 25.11.1996)
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III) Terceira Situação: aquela que ocorre na duração do período noturno.
Exemplo: empregado trabalha das 19h00 às 23h00 contratualmente, mas estende seu
horário até às 02h00.
As horas extras executadas na duração do período noturno devem assim ser
calculadas:
a) a 1 hora extra noturna deve ser transformada: 1 h (/) 52,5 (x) 60 = 1,1428 horas; ou seja a
noite o empregado tem uma extensão das horas, conforme quadro acima;
b) se considerarmos salário base de R$ 900,00, jornada mensal de 220 horas, o resultado
será de R$ 4,09 ( R$ 900,00 / 220 h)
c) o valor da hora normal R$ 4,09 deve ser acrescido do adicional noturno, no nosso
exercício 20% (=) R$ 4,91 (R$ 4,09 +20%)
d) após apurarmos o valor de 1 hora noturna, devemos ainda aplicar o adicional das horas
extras, no nosso exercício 50% (=) R$ 7,36 (R$ 4,91 + 50%)
e) Ufa! agora vamos finalizar: R$ 7,36 é o valor da hora extra noturno e multiplicamos pela
quantidade de horas extras noturna transformada, no nosso exercício 3,43 horas (1,1428
horas X 3 horas); então, R$ 7,36 (x) 3,43 horas extras (=) R$ 25,24
b) Admissão: 13.02.2007
Demissão: 28.10.2007
Salário: R$ 700,00
13º. Salário = 09/12 = 525,06 (700,00 / 12 = 58,34 x 9 = 525,06)
fgts 13º sal. = 42,01 (525,06 x 8,0 % = 42,01)
inss 13º sal. = 42,01 (525,06 x 8,0 % = 42,01)
Dedução na GPS do 13º. Salário Referente ao Salário Maternidade:
A partir de 29.11.1999, a Previdência Social começou a pagar o salário maternidade
na própria Instituição, sendo devido também o 13º. Salário referente ao período em que a
Segurada estiver afastada e também na Rescisão de Contrato de Trabalho.
A empresa deverá efetuar o pagamento integral do salário da funcionária mesmo
estando esta afastada pelo INSS em Salário Maternidade e depois deduzir na GPS o valor
referente ao período em que a mesma esteve afastada pelo INSS, restando portanto o valor
pago pela empresa somente dos meses em que a funcionária permaneceu efetivamente
trabalhando no estabelecimento.
Vale ressaltar que, quanto ao pagamento referente ao FGTS do 13º. Salário, a
empresa deverá pagar integralmente à funcionária, mesmo no período em que a mesma
permaneceu afastada.
9- FÉRIAS
Depois de cada período de 12 (doze) meses (chamado: “período aquisitivo”) o
empregado tem direito a um descanso, que a empresa deve conceder nos 12 (doze) meses
seguintes (chamado: “período concessivo ou período de fruição”).
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Art. 134 - As férias serão concedidas por ato do empregador, em um só período, nos 12
(doze) meses subseqüentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito.
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Exemplos de cálculos:
a) Férias de 30 dias Recibo de Férias
Admissão: 05.10.2000 Proventos
Salário: R$ 700,00 30 dias = 700,00
Início: 01.04.2010 1/3 Férias = 233,34 (art.7º. inciso XVII-CF/88)
--------
Total Bruto = 933,34
Descontos
Inss ( 933,34 x 8,00% ) = 74,67
Irrf = 0,00
-------
Total de descontos = 74,67
========================================
1.b) empregado admitido em 02.04.2004 afastou-se por doença em 03.10.2004
(início do benefício em 18.10.2004), tendo retornado em 15.08.2005.
02/04/2004 18/10/2004 01/04/2005
admissão |------- 5 meses e 14 dias --------|
|-----------------------------------------------------|-------------------------------- -----|
início do início do fim do
per. aquisitivo benefício per. aquisitivo
|------ per. de afastamento -------|
no per.aquisitivo
(< 06 meses)
2.a)
01/04/2005 02/01/2006 31/12/2006 01/02/2007 30/04/2007
admissão |--- (< 90 dias) ---|
|---------------------------------|-----------------|---------------------|------------------------|
início do início do fim do retorno p/ fim do
per. aquisitivo serv.militar serv.militar a empresa per.aquisitivo
|- per.trab.antes do serviço -| |-- período trab.até --|
militar ( = 09 meses) completar 12 mes.
(= 03 meses)
|- período não -|
contado p/ férias
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2.b)
01/05/2004 02/01/2005 31/12/2005 15/04/2006 15/04/2006
admissão |- (> 90 dias) -|
|---------------------------------|--------------------|-----------------|------------------------|
início do início do fim do retorno p/ início do novo
per. aquisitivo serv.militar serv.militar a empresa per.aquisitivo
|- per.trab.antes do serviço -| |--- está perdido o ---|
militar ( = 08 meses) tempo trabalhado
|---- per. não -----| anteriormente
contado p/ férias ( = 08 meses )
Podem ser gozadas em no máximo 02 (dois) períodos, desde que nenhum deles seja
inferior a 10 (dez) dias.
c)
Admissão: 10.04.2005
Férias Vencidas: 12/12 = 30 dias (direito às férias até o início das férias coletivas)
Férias: I) 10.12.2006 à 08.01.2007 (30 dias)
II) 10.12.2006 à 23.12.2006 (14 dias) – ficando pendentes 16 dias a serem
gozados posteriormente.
Per. Aquisitivo: 10.04.2005 à 09.04.2006
Per. Concessivo: 10.04.2006 à 09.04.2007
Os dias pendentes deverão ser gozados até o final do período concessivo, pois os
dias pendentes foram adquiridos no período aquisitivo.
Portanto, quando as férias coletivas tiverem uma quantidade de dias superior ao
direito de gozo que o empregado adquiriu pela proporcionalidade de dias trabalhados, e na
impossibilidade da empresa vir a utilizar os serviços desse empregado, os dias excedentes
ao período de férias a que tem direito o empregado, deverá ser considerado como licença
remunerada, a qual deverá ser paga em folha de pagamento normal, sem ser devido,
inclusive, o acréscimo constitucional de um terço de férias.
Estes dias considerados como licença remunerada não poderão ser compensados
nem descontados do empregado em hipótese alguma, quaisquer que sejam as verbas
trabalhistas recebidas.
O empregado menor de dezoito anos e o maior de cinqüenta anos deverão gozar as
férias de uma só vez.
Nos casos, portanto, em que as férias coletivas forem inferiores ao direito de gozo
destes empregados (férias coletivas de 15 dias e empregado com direito de gozo de 30 dias)
a empresa deverá deixá-los gozar integralmente seu direito a férias, retornando após os
demais empregados ou, se desta forma não for possível, considerar como licença
remunerada o período das coletivas, concedendo-lhes férias individuais posteriormente
É certo que nesta modalidade de aviso prévio, o empregado tem o direito de optar
entre as seguintes reduções de jornada durante o período de cumprimento do aviso prévio:
a) redução de 02 (duas) horas diárias na sua jornada normal de trabalho, ou;
b) redução de 07 (sete) dias no final do aviso prévio, ou seja, trabalhará normalmente os
primeiros 23 (vinte e três) dias do aviso prévio, ficando liberado do comparecimento nos
últimos 07 (sete) dias no final do aviso prévio.
Nesta modalidade as verbas rescisórias deverão ser pagas até o primeiro dia útil
após o término do aviso prévio.
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Art. 477 - § 6º - O pagamento das parcelas constantes do instrumento de rescisão ou recibo de
quitação deverá ser efetuado nos seguintes prazos:
a) até o primeiro dia útil imediato ao término do contrato; ou
b) até o décimo dia, contado da data da notificação da demissão, quando da ausência do
aviso prévio, indenização do mesmo ou dispensa de seu cumprimento.
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A empresa deverá efetuar o pagamento da rescisão de contrato ao empregado
somente em dinheiro, caso este seja empregado menor ou analfabeto.
O aviso prévio indenizado é somado na contagem do tempo de serviço, inclusive
para apuração do período de férias e do 13º. salário, ou seja, aumenta-se 1/12 a mais na
contagem do 13º. salário e nas férias.
Abaixo algumas modalidades de rescisões de contrato e suas verbas de direito:
I) PEDIDO DE DEMISSÃO:
a) com menos de um ano: b) com mais de um ano:
- 13º. salário - 13º. salário
- férias proporcionais - férias vencidas
- 1/3 das férias CF/88 - férias proporcionais
- saldo de salário - 1/3 das férias CF/88
- saldo de salário
O fgts referente ao mês da rescisão de contrato dos empregados demitidos nesta
modalidade será depositado via SEFIP / GFIP (guia de recolhimento do fgts e informações
à previdência social), junto com os demais empregados da empresa quando do seu
recolhimento mensal.
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II) TÉRMINO DO CONTRATO DE EXPERIÊNCIA:
a) no último dia do contrato de experiência:
- 13º. salário
- férias proporcionais
- 1/3 das férias CF/88
- saldo de salário
Exemplo de cálculo:
a) Admissão: 04.03.2002 | TERMO DE RESCISÃO DE CONTRATO DE TRABALHO
Demissão: 27.11.2008 | Proventos
Salário: R$ 6.820,00 (A) | Av.Pr.Indenizado = (A) = (B)
H.Extra (Nov/08) 50%=12hrs | 13º. Salário (11/12)= (A/12x11) = (C)
Faltas (Nov/08): 02 dias | 13º. Salário Ind.(01/12)= (A/12x1) = (D)
Dependentes p/Irrf = 02 | Fér.Venc. (2007/2008) = (A) = (E)
Aviso Prévio Indenizado | Fér.Prop.(10/12) = (A/12x10) = (F)
Extrato do Fgts = 18.000,00 | 1/3 Férias CF/88 = (E+F)/3 = (G)
| Saldo de sal.(27 dias) = (A/30)x27 = (H)
| H.Extra(50%=12hrs.) = ((A/220)+50%)x12 = ( I )
| DSR s/ horas extras = (Ix( 5dias / 25 dias )) = ( J )
| ------------------------------------
| Total Bruto = (B+C+D+E+F+G+H+I+J) = (K)
| Descontos
| Faltas (02 dias) = (A/30x2) = (L)
| Inss = (B+H+I+J-L)xTab.inss = (M)
| Inss (13º. salário) = (C+D)xTab.inss = (N)
| Irrf Total = (ver abaixo) = (O)
| ------------------------------------
| Total Descontos = (L+M+N+O) = (P)
| Líquido a receber = (K-P) = (Q)
11 - FOLHA DE PAGAMENTO
A folha de pagamento deverá ser paga até o 5º. (quinto) dia útil do mês seguinte ao
da competência.
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Art. 459 - O pagamento do salário, qualquer que seja a modalidade do trabalho, não deve ser
estipulado por período superior a 1 (um) mês, salvo no que concerne a comissões, percentagens e
gratificações.
§ 1º Quando o pagamento houver sido estipulado por mês, deverá ser efetuado, o mais
tardar, até o quinto dia útil do mês subseqüente ao vencido.
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JANEIRO / 2010
SEG. TER. QUA. QUI. SEX. SÁB. DOM.
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01 02 03
04 05 06 07
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VENCIMENTOS |
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Nome | Salário | Adicional | Adicional de | Adicional de | Horas Extras | Dsr | Salário | Total de |
| | Noturno (25%) | Periculosidade | Insalubridade | | 20% | Família | Vencimentos |
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
João | | | | | | | | | | |
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Ana | | | | | | | | | | |
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Pedro | | | | | | | | | | |
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Maria | | | | | | | | | | |
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Paulo | | | | | | | | | | |
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
TOTAL | | | | | | | | |
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
DESCONTOS | | FGTS |
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Nome | Inss | Irrf | Faltas | Vale | Total de | Total Líquido a Receber | Salário de | Valor a ser |
| | | | Transporte | Descontos | | Contribuição | Depositado |
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
João | | | | | | | | | |
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Ana | | | | | | | | | |
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Pedro | | | | | | | | | |
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Maria | | | | | | | | | |
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Paulo | | | | | | | | | |
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
TOTAL | | | | | | | | |
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
12 - ENCARGOS SOCIAIS
Os encargos sociais mais conhecidos na área do departamento pessoal são:
a) GPS: Guia de Recolhimento Previdenciário - deve ser pago até o dia 20 (vinte) do mês
seguinte ao da competência, não havendo possibilidade de prorrogação (Lei nº 11.933,
de 28 de abril de 2009).
b) SEFIP / GFIP: Guia de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social –
o recolhimento mensal do fundo de garantia por tempo de serviço deve ser efetuado até
o dia 07 (sete) do mês seguinte ao da competência, caso não haja expediente bancário
nesta data, deve-se antecipar o pagamento para o 1º. (primeiro) dia útil anterior ao dia
07 (sete).
c) DARF: Documento de Arrecadação das Receitas Federais – para o recolhimento deste
tributo, imposto de renda retido na fonte, devemos tomar alguns cuidados:
- o código da receita federal a ser utilizado para o recolhimento do Irrf retido quando do
pagamento de férias, rescisão de contrato, 13º. salário, ou folha de pagamento será o
código 0561, rendimentos do trabalho assalariado.
- O período de apuração, para este código da receita federal, será sempre o último dia do
mês em que ocorrer o efetivo pagamento da verba que deu origem a retenção do IRRF.
- para este código da receita federal, a data de vencimento, isto é, o pagamento deste
tributo deverá ser realizado até o dia 20 (vinte) do mês seguinte ao da competência em
que ocorreu o efetivo pagamento da verba que deu origem a retenção do IRRF, não
havendo possibilidade de prorrogação (Lei nº 11.933, de 28 de abril de 2009).
13 - DIVERSOS
Para a informação do Código de Terceiros na Sefip devemos verificar quais Terceiros / Outras Entidades o FPAS (Atividade)
em que a Empresa está cadastrada e desta forma encontrar o percentual correspondente a esta Empresa.
Exemplos:
1) O FPAS 507 que se refere às Empresas que tem como atividade as indústrias, contribui para Terceiros / Outras Entidades no
percentual total de 5,8%, recolhidos na GPS, assim distribuídos:
Salário Educação.................: 2,5%
Incra.....................................: 0,2%
Senai....................................; 1,0%
Sesi......................................: 1,5%
Sebrae..................................: 0,6%
--------
5,8% = percentual total a ser recolhido.
O FPAS 507 terá a informação do código de recolhimento para Terceiros / Outras Entidades na Sefip conforme os códigos de
cada Terceiro recolhido assim distribuído (o código de cada Terceiro está identificado logo abaixo do nome de cada terceiro como
pode ser visto na tabela acima):
Salário Educação.................: 0001
Incra.....................................: 0002
Senai....................................; 0004
Sesi......................................: 0008
Sebrae..................................: 0064
---------
0079 = código de Terceiros a ser lançado na Sefip.
2) O FPAS 515 que se refere às Empresas que tem como atividade o comércio, contribui para Terceiros / Outras Entidades no
percentual total de 5,8%, recolhidos na GPS, assim distribuídos:
Salário Educação.................: 2,5%
Incra.....................................: 0,2%
Senac....................................; 1,0%
Sesc......................................: 1,5%
Sebrae..................................: 0,6%
--------
5,8% = percentual total a ser recolhido.
O FPAS 515 terá a informação do código de recolhimento para Terceiros / Outras Entidades na Sefip conforme os códigos de
cada Terceiro recolhido assim distribuído (o código de cada Terceiro está identificado logo abaixo do nome de cada terceiro como
pode ser visto na tabela acima):
Salário Educação.................: 0001
Incra.....................................: 0002
Senac....................................; 0016
Sesc......................................: 0032
Sebrae..................................: 0064
---------
0115 = código de Terceiros a ser lançado na Sefip.
H) REEMBOLSO CRECHE
A mulher tem o direito, até que o próprio filho complete 6 (seis) meses de idade,
exceto dilatação deste período por prescrição médica, a dois descansos especiais, de meia
hora (30 minutos) cada um, para amamentar. Para isto, a nossa legislação estabeleceu
determinados critérios para o cumprimento desta obrigação.
Destacamos que os intervalos destinados à amamentação não prejudicam o intervalo
legal de alimentação ou descanso e são considerados de efetivo trabalho por estarem
computados na jornada diária.
Toda empresa, nos estabelecimentos em que trabalharem pelo menos 30 (trinta)
mulheres, com mais de 16 (dezesseis) anos de idade, é obrigada a ter local apropriado onde
seja permitido às empregadas guardar sob vigilância e assistência os seus filhos no período
de amamentação.
O local para amamentação deverá obedecer aos seguintes requisitos:
a) berçário com área mínima de 3 m² (três metros quadrados) por criança;
b) saleta de amamentação provida de cadeiras ou bancos-encosto;
c) cozinha dietética para o preparo de mamadeiras ou suplementos dietéticos para a criança
ou para as mães;
d) o piso e as paredes deverão ser revestidos de material impermeável e lavável;
e) instalações sanitárias para uso das mães e do pessoal da creche.
A exigência pode ser suprida por meio de creches distritais mantidas, diretamente
ou mediante convênios, com outras entidades públicas ou privadas, pelas próprias
empresas, em regime comunitário, ou a cargo do SESI, do SESC, de entidades assistenciais
ou sindicais.
A exigência de creche nos moldes apresentados acima pode ser substituída pelo
sistema de Reembolso-Creche, atendendo-se às exigências previstas na legislação.
I) TRINTÍDEO
A Lei 6.708, de 30.10.79, que dispunha sobre a correção automática semestral dos
salários, instituiu uma indenização adicional com a intenção de impedir ou tornar mais
onerosa à dispensa do empregado nos 30 dias que antecedessem sua data-base, pois os
empregadores, nesse período, dispensavam seus empregados para não pagar as verbas
rescisórias com o salário reajustado.
a) Conseqüências do Aviso Prévio Indenizado
Nos termos da CLT, art. 487, § 1º, a falta do aviso prévio por parte do empregador
dá ao empregado o direito aos salários correspondentes ao prazo do aviso, garantida,
sempre, a indenização desse período no seu tempo de serviço.
Assim, mesmo que o aviso prévio seja indenizado, o período a ele correspondente será
projetado no tempo, inclusive para o pagamento da indenização adicional, como prevê o
Enunciado do TST nº 182:
Aviso prévio indenizado - Indenização adicional
"O tempo do aviso prévio, mesmo indenizado, conta-se para efeito da indenização
adicional do art. 9º da Lei nº 6.708/79. (Res. nº 03, de 13.10.83 - DJU 19.10.83, com
retificação pela Res. Nº. 05, de 26.10.83 -DJU de 09.11.83)".
b) Valor da Indenização
As indenizações adicionais, previstas no art. 9º, das Leis nº. 6.708/79 e 7.238/84
correspondem ao salário mensal no valor devido à data da comunicação do despedimento,
integrado pelos adicionais legais ou convencionados, ligados à unidade de tempo-mês, não
sendo computável a gratificação natalina (Enunciado do TST nº 242).
Dessa forma, para o cálculo da indenização adicional, deverão ser acrescidos ao
salário mensal os adicionais de hora extra, noturno, insalubridade, periculosidade etc.,
exceto o décimo terceiro salário.
Ainda que as verbas rescisórias sejam pagas com base no salário reajustado, o
empregador não está isento do pagamento da indenização adicional. Nesse sentido se
manifestou o TST por meio do Enunciado nº 314, como se segue:
Direito ao
Data da dispensa recebimento das
(último dia trabalhado Dias que Direito à
Data- parcelas rescisórias
Empregado ou último dia da antecederam a indenização
base com o salário
projeção do aviso data-base reajustado
prévio indenizado)
Sim Não Sim Não
C 02.04.2002 Abril -- X X
Nota: Os exemplos acima obedecem ao que dispõe a legislação. Todavia, é conveniente que
a empresa consulte eventual cláusula vigente na convenção ou contrato coletivo de trabalho
que disponha sobre os critérios para contagem do prazo e cálculo do valor da indenização
adicional.
c) Incidência de Encargos sobre a Indenização Adicional
Conforme a legislação em vigor, a indenização adicional não integra o salário de
contribuição, para fins previdenciários, tampouco para efeito de depósito do FGTS, e está
isenta do Imposto de Renda na Fonte.
J) SEFIP 650
A Instrução Normativa MPS/SRP nº. 20, de 11/01/2007, trouxe alterações
importantes na IN MPS/SRP nº. 03, de 14/07/2005. Algumas dessas alterações implicam
adaptações no aplicativo SEFIP que ainda não foram disponibilizadas pela Caixa até a
presente data. Até que ocorra a disponibilização de nova versão do SEFIP, o
empregador/contribuinte deve observar o seguinte:
Em resumo, diárias para viagem são quantias pagas para cobrir despesas habituais
necessárias à execução de serviço externo realizado pelo empregado, como, por exemplo,
despesas de transporte, alimentação, alojamento etc., constituindo, portanto, condições
dadas pelo empregador para que o trabalho seja realizado e não retribuição pelos serviços
prestados.
Caso haja a efetiva comprovação das despesas realizadas pelo empregado a serviço
da empresa, mediante a apresentação de notas, independentemente de o valor delas superar
ou não o limite de 50% do salário do empregado, os respectivos valores reembolsados não
serão considerados como remuneração, seja no âmbito de cálculo de verbas trabalhistas ou
das incidências legais de FGTS ou de INSS.
L) READMISSÃO DE EMPREGADOS
O empregado que já tenha trabalhado anteriormente na empresa poderá ser
readmitido por esta, desde que inexista dispositivo legal que impeça tal procedimento.
Quanto aos registros admissionais, a empresa deverá anotar o novo contrato de
trabalho em outra página própria da CTPS do empregado, e abrirá nova ficha ou folha do
livro de registro.
No que tange às demais formalidades para a admissão, segue-se a rotina normal,
como se tratasse de empregado contratado pela primeira vez.
b) Empresas: A = R$ 550,00
B = R$ 560,00
C = R$ 580,00
----------------
R$ 1.690,00 (9,00 %)
c) Empresas: A = R$ 925,30
B = R$ 1,087,40
C = R$ 1.598,20
---------------
R$ 3.610,90 (11,00 %)
Assim, para a competência Setembro / 2010, pagamentos de remuneração,
correspondem a:
a) 8,00 %, no exemplo “a”, pois a soma dos salários percebidos é de R$ 1.023,00;
b) 9,00 %, no exemplo “b”, pois a soma dos salários percebidos é de R$ 1.690,00;
c) 11,00 % de R$ 3.467,40 (teto do salário-de-contribuição em Set/2010) no exemplo “c”.
Portanto, nos exemplos “a” e “b”, o empregado contribui com 8,00 % e 9,00 %,
respectivamente, do salário percebido em cada empresa, ou seja:
Exemplo a)
Empresas: A= R$ 510,00 (8,00 %) = R$ 40,80
+
B= R$ 513,00 (8,00 %) = R$ 41,04
-------------- ---------------
1.023,00 (8,00 %) 81,84
--------------------------------------------------------------------------
Exemplo b)
Empresas: A= R$ 550,00 (9,00 %) = R$ 49,50
+
B= R$ 560,00 (9,00 %) = R$ 50,40
+
C= R$ 580,00 (9,00 %) = R$ 52,20
----------- ----------
1.690,00 (9,00 %) 152,10
--------------------------------------------------------------------------
No exemplo “c”, aplica-se o critério da proporcionalidade: multiplicação do teto do
salário-de-contribuição por salário percebido em cada empresa, dividido pela soma dos
salários percebidos em toda a competência. Logo:
Exemplo c)
Salário de Contribuição Alíquota Contribuição
(R$) (%) (R$)
R$ 3.467,40 x R$ 925,30
-------------------------------- = 888,53 11,00 97,74
R$ 3.610,90
+ +
R$ 3.467,40 x R$ 1.087,40
-------------------------------- = 1.044,19 11,00 114,86
R$ 3.610,90
+ +
R$ 3.467,40 x R$ 1.598,20
-------------------------------- = 1.534,69 11,00 168,81
R$ 3.610,90
------------- ----------