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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

FACULDADE DE FARMÁCIA
DEPARTAMENTO DO MEDICAMENTO

Bárbara Silva
Cristiane Lopes

CATÁLOGO TÉCNICO: FORMULAÇÕES FARMACÊUTICAS

Salvador
2018
CATÁLOGO TÉCNICO: FORMULAÇÕES FARMACÊUTICAS

Catálogo técnico apresentada à


Universidade Federal da Bahia, como critério
de avaliação da disciplina Farmacotécnica no
curso de Farmácia sob orientação do professor
Henrique Marcelino.

Salvador
2018
ÍNDICE
Tipos de água e métodos de obtenção

A água é parte integrante e indispensável na maioria dos processos farmacêuticos. A


eficácia do sistema de tratamento da água é garantida pelo controle de qualidade, que realiza
as análises definidas pelos compêndios oficiais.No Brasil, os requisitos de qualidade da água
para uso farmacêutico são estabelecidos em normas técnicas de BPF e também na
Farmacopéia Brasileira.
A água possui um momento dipolo e grande facilidade em formar ligações de hidrogênio,
o que a torna um excelente meio para solubilizar, absorver, adsorver ou suspender diversos
compostos. Os requisitos de qualidade da água dependerão de sua finalidade e emprego, e a
escolha do sistema de purificação destina atender ao grau de pureza estabelecido.

Água potável
É o ponto de partida para qualquer processo de purificação de água para fins
farmacêuticos. É obtida por tratamento da água retirada de mananciais, por meio de processos
adequados que atendam os parâmetros físicos, químicos, microbiológicos e radioativos, para
um determinado padrão de potabilidade.
É comumente usada nas etapas iniciais de procedimentos de limpeza e como fonte de
obtenção de outros tipos de água, requerendo tratamentos adicionais, seja por destilação,
deionização, troca iônica, osmose reversa, isolados ou acoplados, ou outro processo adequado
para produzir a água purificada, livre da interferência de contaminantes que possam afetar a
qualidade dos medicamentos produzidos.

Água reagente
Comumente empregada na limpeza de materiais e equipamentos, e ao finalizar sinteses
de ingredientes ativos ou excipientes. Pode ser produzida por um ou mais processos, de
acordo com as caracteristicas almejadas para seu uso, como destilação simples, deionização,
filtração, descloração ou outro.
Os principais parâmetros que caracterizam a água reagente são: condutividade de 1,0 a
5,0 mS/cm (resistividade > 0,2 MW-cm) e carbono orgânico total (COT) < 0,20 mg/L.
Água purificada
A água purificada é produzida a partir da água potável ou da água reagente, não
contendo qualquer outra substância adicionada. Pode ser obtida por uma combinação de
processos, como múltipla destilação, osmose reversa, deionização e ultrafiltração; Ou outro
processo capaz de atender às especificações apropriadas. Comumente utilizada como
excipiente em formas farmacêuticas não parenterais e formulações magistrais; Tambem em
lavagens de material, preparo de soluções reagentes, entre outros, desde que não haja
nenhuma recomendação de pureza superior no seu uso ou que não necessite ser apirogênica.
A agua purificada nao possui nenhum inibidor de crescimento microbiologico,
necessitando de monitoramento de contagem total de aeróbicos viaveis durante a producao e a
estocagem. A não ser que especificado de forma diferente, ela é caracterizada por
condutividade de 0,1 a 1,3 mS/cm a 25,0 °C, carbono orgânico total < 0,50 mg/L, endotoxinas
< 0,25 UI de endotoxina/mL e contagem total de bactérias < 100 UFC/mL.

Água ultrapurificada
Comum em aplicações mais exigentes, como laboratórios de ensaios, para diluição de
substâncias de referência, em controle de qualidade e na limpeza final de equipamentos que
entrem em contato direto com a amostra requerente deste nível de pureza, permitindo uma
mínima interferência e máxima precisão e exatidão em suas aplicações.
Ela deve ser utilizada no momento da produção, ou no mesmo dia da coleta. Possui
baixa concentração iônica, baixa carga microbiana e baixo nível de carbono orgânico total,
sendo caracterizada por: condutividade de 0,055 a 0,1 a mS/cm a 25,0 o C ± 0,5 o C, carbono
orgânico total< 0,05 mg/L, endotoxinas < 0,03 UI de endotoxina/mL e contagem total de
bactérias < 1 UFC/100 mL.

Água para Injetáveis


Esta, não permite contaminação microbiológica e de endotoxinas. Produzida por
destilação em equipamento de vidro neutro ou quartzo ou de aço inox AISI 316L (segundo
especificação do American Iron and Steel Institute), também podendo ser obtida por processo
equivalente, ou superior à destilação, para a remoção de contaminantes físico-químicos e de
microorganismos. Pode ser usada na limpeza de equipamentos e como veículo nas
formulações farmaceuticas de produtos parenterais, de produtos oftálmicos e demais produtos
que requeiram o controle de endotoxinas.
Para um controle microbiológico mais rigoroso, pode haver a adição de um ou mais
agentes antimicrobianos à água purificada estéril, originando a água bacteriostática estéril,
comum em preparações parenterais.
A água para injetáveis, deve atender aos ensaios físico-químicos preconizados para a
água purificada, além dos testes de contagem total de bactérias < 10 UFC/ 100 mL,
esterilidade, particulados e de endotoxinas bacterianas, cujo valor máximo é de 0,25 UI de
endotoxina/mL.
SOLUÇÕES ALCOÓLICAS

1. Produto
Álcool etílico 70% (p/p)
2. Forma Farmacêutica
Solução
3. Indicação
Antisséptico e solvente
4. Fórmula

Componentes Quantidade Função

Álcool etílico 96 GL 75,73g Princípio ativo

Água purifica qsp 100g Diluição

5. Materiais utilizados

Equipamento Uso

Proveta 250ml Comportar 200ml álcool

Funil

Suporte para funil (com aro)

Bastão Dosador

Cálice graduado Comportar álcool e água

Picnômetro 5/10/25 mL (dependendo Aferição do peso e densidade para


da disponibilidade) preparo da solução
Alcoômetro Aferição do grau alcoólico

Balança semi-analítica Pesagem

6. Orientações para preparo


Em recipiente adequado, misturar o álcool etílico e a água. Agitar. Deixar em repouso até
completa eliminação das bolhas e conferir o título etanólico da solução conforme descrito em
determinação do grau alcoólico.
- Aferir temperatura do Álcool etílico (matéria-prima);
- Verificar título etanólico do álcool utilizado como matéria prima (alcoômetro);
- Realizar cálculos para pesagem dos componentes (equação abaixo);
- Pesar componentes;
- Realizar aferição do título etanólico (termômetro/alcoômetro e picnômetro).
6.1. Procedimento
Foi mensurado 200ml de álcool 96 GL para proveta, onde foi aferido a sua temperatura e
o seu grau alcoólico. A temperatura obtida foi de 25,5 C. Grau alcoólico de 94 GL.
Utilizando a tabela de força real dos líquidos espirituosos com os dados de temperatura e
grau alcoólico, se obtém na tabela o valor de 91,6 GL, o qual é utilizado para analisar na tabela
de valores do grau do alcoômetro centesimal, o título ponderal de álcool absoluto em peso, que
foi de 88,325 INPM.
Com estes dados, pode-se fazer cálculo para encontrar o peso de água e alcool
necessários para a mistura:

y= 100g x 70g / 88,32 = 79,25g alcool ----> 100g - 79,25g = 20,75g agua

Foi realizada a mistura de álcool etílico e água, a qual foi agitada e entrou em repouso
para determinação do título/grau alcoólico através do alcoômetro e da densidade à temperatura
27 graus Celsius:
Picnô Picn Picnome Mistura
metro ometro tro
vazio água alcool

Peso 20,02g 48,98 45,07g


g

Densidade 0,8 1,16 1,00 0,86206

Temperatur 27 o C
a

Alcoômetro 78c

Força Real 74,3


Liq. Espirituosos

Grau
centesimal 81oGL
relativo à Ou
densidade 74INPM

Grau 67 INPM
centesimal pelo Ou
alcoômetro 74 o GL

7. Discussão
Almeja-se solução de álcool 70% (p/p) ou INPM. De acordo com a densidade obtida da
mistura, obtivemos álcool 74 INPM. De acordo com o valor medido pelo alcoômetro obtivemos
67 INPM. Houve uma variação entre os valores encontrados, do valor esperado de 70 INPM. O
valor encontrado a partir da densidade pode ser justificado por erros no processo de pesagem.
Porém, independente das variações decorrentes da metodologia por peso da técnica de
densidade, o valor encontrado pelo alcoômetro de 67 INMP ainda é interpretado como abaixo
do valor esperado.
8. Embalagem e armazenamento
Em recipiente adequado, de vidro âmbar ou plástico opaco de alta densidade,
perfeitamente fechado e ao abrigo da luz, à temperatura ambiente.
9. Controle de qualidade
a. Verificação do teor alcoólico
11. Exemplos

Figura 1: Álcool 70% da Prolink.


12. Referência
Formulário Nacional da Farmacopeia Brasileira, 2012, página 55-56.
SOLUÇÕES GLICÓLICAS

1.Produto
Solução conservante de parabenos
2. Forma Farmacêutica
Solução
3. Indicação
Conservante
4. Fórmula

Componentes Quantidade Função

Metilparabeno 0,9g Conservante

Propil parabeno 0,45g Conservante

Propilenoglicol 13,65g Veículo

5. Materiais utilizados

Equipamento Uso

Calice graduado 150ml Comportar 200ml álcool

Proveta 100ml Comportar álcool e agua

Funil

Bastão de vidro Dosagem

Balanca semianalitica Pesagem

Vidro de relógio/papel para pesagem Aferição da densidade da solução


alcoólica preparada
Suporte universal com aro Aferição do grau alcoólico

6. Orientações para preparo


Em recipiente adequado, sob agitação aquecer os componentes até completa
solubilização.
6.1. Procedimento
Foi aquecido 13,65g de propilenoglicol a 50ºC para posterior dissolução dos parabenos
até completa solubilização e homogeneização. O propilenoglicol, mais apolar que a água, é
comumente utilizado para solubilizar os parabenos em uma solução aquosa, e evitar
precipitação.

7. Discussão
Obteve-se como produto a solução conservante almejada.
8. Embalagem e armazenamento
Em recipiente adequado, de vidro âmbar ou plástico opaco ao abrigo da luz, à
temperatura ambiente.
9. Referência
Formulário Nacional da Farmacopéia Brasileira, 2012, página 202.
SOLUÇÕES AQUOSAS

1. Produto
Fluoreto de sódio 0,05%
2. Forma Farmacêutica
Solução
3. Indicação
Enxaguante bucal, prevenção de cárie bucal
4. Fórmula

Componentes Quantidade Função

Fluoreto de sódio 25mg Princípio ativo

Solução de conservante de 1g Conservante


parabenos

Essência de menta qs 5 gotas Flavorizante

Água purificada qsp 50ml Veículo

Corante verde qs 2 gotas Corante

5. Materiais utilizados

Equipamento Uso

Cálice graduado 150ml Comportar solução

Proveta 100ml Mensuração


Funil

Bastão de vidro Dosagem

Balanca semianalitica Pesagem

Vidro de relógio/papel para pesagem Suporte para pesagem

Suporte universal com aro

6. Orientações para preparo


Dissolver o fluoreto de sódio em quantidade suficiente de água. Adicionar solução de
conservante de parabenos e homogeneizar. Incorporar quantidade suficiente de essência.
Completar o volume com água purificada.
Em recipiente adequado, sob agitação, aquecer os componentes até completa
solubilização
6.1. Procedimento
Foram realizados os passos descritos acima, somado ao acréscimo no fim do
procedimento de 2 gotas de corante verde à solução, para dar associação com o aroma da
essência de menta.
7. Discussão
A solução não tornou-se límpida. A utilização da essência de menta não solubilizou em
água.
8. Embalagem e armazenamento
Em recipiente de plástico, perfeitamente fechado, conservado à temperatura ambiente e
ao abrigo de luz.
9. Exemplo
Figura 2: Enxaguante bucal da Listerine.
10. Referência
Formulário Nacional da Farmacopéia Brasileira, 2012, página 83
GARGAREJOS, COLUTÓRIOS E DENTRIFÍCIOS

1. Produto
Dentifrício líquido
2. Forma Farmacêutica
Solução
3. Indicação
Antiséptico bucal. Uso externo.
4. Fórmula

Componente Quantidade Função

Polímero gelificante 0,13g Agente


(goma xantana) viscosificante

Nipagin 0,03g Conservant


e

Essência de hortelã 0,13g Flavorizant


e
Extrato ou tintura de 0,13g Edulcorant
própolis e com atividade
terapeutica

Sorbitol 2,5g Edulcorant


e

Água destilada qsp 50g Veículo

5. Materiais utilizados

Equipamento Uso

Cálice graduado Comportar solução

Proveta Mensuração

Béquer Aquecimento d’água

Bastão de vidro Dosagem

Balanca semi-analítica Pesagem

Vidro de relógio/papel para Suporte para pesagem


pesagem

6. Orientações para o preparo


Dissolver goma xantana em água sob aquecimento. Adicionar os demais componentes
da formulação.
6.1 Procedimento
Foi pesado o cálice vazio (70,71g) para depois ser pesado o cálice com peso final para
determinação do peso de água necessário para completar a fórmula.
Primeiramente foi dissolvido no cálice, a goma xantana, a qual foi pesado em papel
manteiga. Foi vertida em 20g de água a 66ºC para auxiliar na diluição do agente
espessante, sendo essa fase denominada de Fase 1 (goma xantana + água).
Em seguida, em outro recipiente, foi adicionado sorbitol, nipagin, essência e própolis em
20g de água em temperatura ambiente, sendo essa fase denominada de Fase 2 (água +
nipagin + essência + própolis + sorbitol). O sorbitol favorece a solubilização de outros
componentes, por isso, foi diluído antecipadamente aos outros componentes da fase. Verter a
fase 2, mais fluída, na fase 1, a fim de evitar perdas, misturando até homogeneização.
Foi pesado o cálice com peso final de 117,04g.
Pf - Peso do cálice = Peso real do componente

117,04g - 70,71g = 46,33g → Logo, foram necessários 3,67g de água para completar 50g.

7. Discussão
O dentifrício produzido se aproximou das características organolépticas almejadas. Ele
deve ser relativamente fluido, mas não muito para evitar que haja a deglutição. Nosso produto
obteve certa fluidez indesejada (figura 3), devendo ter sido utilizado uma maior quantidade de
goma xantana para o ajuste de uma maior viscosidade.
O dentifrício líquido é uma pasta de dente líquido com a mesma função de um creme
dental, ou seja, proporcionar uma boa higiene bucal. O uso de dentifrício auxilia na limpeza dos
dentes, retira manchas, detritos e dificulta a formação da placa bacteriana (SILVA et al, 2001).
O dentifrício é composto por agente viscosificante, conservante, edulcorante e
flavorizante. A diferença entre a pasta dental e o creme dental é a textura, porém não há
nenhuma diferença na efetividade (APCD, 2001).
Os dentifrícios, além da atividade germicida desta atual fórmula, podem se obter de
atividades anti inflamatórias e analgésicas.

Figura 3

8. Embalagem e rotulagem
Todo medicamento manipulado acompanha informativo com orientações. Embalagem
vidro, hermeticamente fechado. Conservar em local fresco e arejado
9. Controle de qualidade
a. pH. (precisa estar estável em uma faixa que não cause dano na mucosa, pH 4-
8).
b. Propiedades organolépticas
Aspecto normal turvo, cor amarelada e odor característico da essência.
c. Atividade microbiana
d. Controle de temperatura (estabilidade)
e. Teor.

10. Exemplos de dentifrícios comerciais

Figura 4: Creme Dental Fresh Líquido Red da CloseUp.

Figura 5: Dentríficio Líquido da Provida.


11. Referências
APCD. Pastas e escovas: perguntas frequentes. Disponível em:
<http://www2.faac.unesp.br/pesquisa/nos/olho_vivo/saude_bucal/dente3.htm> acesso em: 18
nov. 2018.
Protocolo Operacional Padrão – UFBA – Farmacotécnica
SILVA, R.R. et al. Química nova na escola: química e conversação dos dentes. n. 13,
2001.

XAROPE SIMPLES E MEDICAMENTOSO

1. Produto
Xarope
2. Forma farmacêutica
Solução
3. Indicação
O xarope simples é veículo para produtos líquidos contendo fármacos hidrossolúveis. É
uma base que possibilita a correção de sabores desagradáveis de formulações.
O xarope medicamentoso tem diversos finalidades, como, por exemplo, pode ser um
expectorante, antitussígeno ou mucolítico. O xarope com sulfato ferroso é utilizado para
tratamento da anemia ferropriva. É indicado para crianças e idosos com dificuldade de
deglutição de comprimidos.
4. Fórmula

Componente Quantidade Função

Sacarose 42,5 g Veículo e


conservante

Água purificada qs 30 mL Diluente


Sulfato ferroso 2g Princípio ativo

Ácido cítrico 0,06 g Antioxidante

Aromatizante de 0,03 g Flavorizante


morango qs

5. Materiais utilizados

Equipamentos Uso

Banho-Maria Aquecimento

Balança semi-analítica Pesagem

Proveta (100 mL) Mensuração de volume

Papel manteiga / vidro relógio Pesagem

Areômetro de Baumé Verificação da densidade

Picnômetro Determinação da densidade

Manga de Hipócrates Filtração

Cálice graduado

Funil

Suporte de funil

6. Orientações para o preparo


Em recipiente adequado dissolver a sacarose em 30 mL de água em banho-maria (não
deve ultrapassar de 80ºC), com agitação constante. Esfriar, completar o volume com água
purificada, aferir a densidade e homogeneizar e filtrar (manga de Hipócrates).
Solubilizar, separadamente, o sulfato ferroso e o ácido cítrico em quantidade suficiente de
água. Verter as soluções em recipiente graduado, adicionar o aromatizante e homogeneizar.
Completar o volume com xarope simples, homogeneizar e filtrar.
6.1. Procedimento
O sulfato ferroso, dado como princípio ativo da fórmula não foi utilizado.
Foi pesado o picnômetro vazio = 20,03g. Foi pesado o picnômetro com 30 mL água =
49,05g.
42,5g de sacarose foi dissolvida em 30 mL de água a 60-65 ºC para posterior filtragem
e aferição de densidade pelo peso do xarope = 56,25g - 20,03g.
d = 36,22/29,02 = 1,25 g/mL
Posteriormente, houve acréscimo dos demais componentes da fórmula.
7. Discussão
Obteve-se a solução desejada (Figura 6).
O xarope não utiliza conservante, porque a grande concentração de sacarose (glicose a
5%) impede o crescimento de microorganismos, devido à alta osmolaridade. A atividade de
água também é baixa, ou seja, não há água “livre” e isso desfavorece o crescimento de
microorganismos.
A viscosidade é um fator importante para a solução, pois ajuda no paladar ao envolver o
fármaco, diminuindo o seu contato com as papilas gustativas. Também é um fator facilitador
para o ajuste de dose.
Não administrar em pacientes com diabetes mellitus. No caso de ser necessário, deve-se
substituir o xarope simples pelo xarope dietético. Este, com uma menor concentração de
sacarose, acrescida de sorbitol, ou outros polióis na sua formulação, ou sendo pela sua
substituição completa da sacarose.

Figura 6
8. Embalagem e rotulagem
Em recipiente adequado, de vidro âmbar, bem fechado, ao abrigo da luz e à
temperatura ambiente.
9. Controle de qualidade
a. Viscosidade (xarope medicamentoso);
b. Densidade (xarope simples);
c. Teor;
d. Controle microbiológico.
10. Exemplos

Figura 7: Xarope de Sulfato Ferroso Anemifer 50mg/mL


11. Referências
Formulário Nacional da Farmacopeia Brasileira, 2012, página 152
LINIMENTOS/BALSAMOS UNGUENTOS E POMADAS SIMPLES

1. Produto
Pomada de ácido salicílico.
2. Forma farmacêutica
Pomada
3. Indicação
Uso tópico. Hiperqueratoses. Concentrações abaixo de 2 %(p/p) têm ação
essencialmente queratoplástica e concentrações superiores a 2 %(p/p) têm ação queratolítica
4. Fórmula

Componente Quantidade Função

Ácido salicílico 0,2g Princípio ativo

Vaselina liquida 0,06g Viscosificante

Vaselina sólida 20g Veículo

5. Materiais utilizados
Equipamentos Uso

Graal de vidro Mistura

Balança semi-analítica Pesagem

Pipeta graduada/conta gota Mensuração de volume


bequer

Vidro relógio Comportar para pesagem

Bastao de vidro Auxílio na dosagem

Cálice graduado

Funil

Suporte de funil

6. Orientações para o preparo


Em recipiente adequado, incorporar o ácido salicílico ao petrolato líquido. Adicionar a
vaselina sólida misturando até completa homogeneização.
6.1. Procedimento
Pesou o ácido salicílico no papel-manteiga, pesou a vaselina líquida e a vaselina sólida
no vidro relógio. Misturou o ácido salicílico em vaselina líquida e realizou a levigação no gral e
pistilo. Adicionou a vaselina sólida e homogeneizou com gral e pistilo.
7. Discussão
Obteve-se a pomada de ação queratoplástica (ácido salicílico 1%) e antipruriginosa
(Figura 7). Ela é capaz de promover o aumento do extrato córneo da pele. Indicado em casos
de psoriase.
Linimentos e pomadas são formas farmacêuticas homogêneas e semi-sólidas, destinadas
para uso tópico. Eles podem ser constituídos por uma base oleaginosa (linimento), o que
proporciona um maior tempo de residência na pele, ou por base hidrofílica (pomadas). Para tal
escolha, deve-se contemplar principalmente as propriedades do ativo, o tempo de retenção
desejado, e o tipo de pele do local a ser utilizado. Pode-se produzir também, estas tais formas
farmacêuticas estando emulsionadas/dispersas para incorporação de ativo.
O ácido salicílico é lipofílico e usa uma base oleaginosa. Ele tem propriedades
queratoplásticas, ou seja, promove o crescimento da pele. Possui também propriedades
querato líticas (quando a concentração está acima de 5% e abaixo de 10%), a qual estimula a
renovação da pele, através do afrouxamento dos desmossomos.

Figura 7
8. Embalagem e rotulagem
Em recipiente adequado, de plástico opaco, bem fechado, ao abrigo da luz e da umidade
e à temperatura ambiente.
9. Controle de qualidade
a. Teor
b. Peso médio
c. Controle microbiológico
d. pH
10. Exemplos
Figura 8: Dermosalic, pomada para tratamento de psoriase.

Figura 9: Pomada Calotrat, para calos e verrugas.

11. Referências
Formulário Nacional da Farmacopeia Brasileira, 2012, página 163
PASTAS E OUTROS TIPOS DE POMADAS

1. Produto
Pasta d’água
2. Forma Farmacêutica
Pasta
3. Indicação
Em afecções vesiculares e na presença de exsudação, como antisséptico, cicatrizante e
secativo.
4. Fórmula

Componentes Quantidade Uso

Hidróxido de cálcio 1g Água de cal

Água purificada 100mL Veículo

Óxido de zinco 25g Princípio ativo

Talco 25g Secante

Glicerol 25g Conservante


Água de cal 25g Adstringente

5. Materiais utilizados

Equipamento Uso

Vidro-relógio Pesagem

Graal de porcelana Mistura

Balança semianalítica Pesagem

Papel-manteiga Pesagem

Pistilo Mistura

Bastão de vidro

6. Orientações para o preparo


Triturar o hidróxido de cálcio. Transferir para recipiente adequado, dissolver com
quantidade suficiente de água, completar o volume e agitar. Deixar em repouso até obtenção
de sobrenadante límpido, que deve ser decantado e desprezado. Completar o volume
novamente, homogeneizar e deixar em repouso. Na hora do emprego, utilizar volume
adequado do sobrenadante límpido.
6.1 Procedimento
Para produzir a água de cal, foi pesado o hidróxido de cálcio em um vidro-relógio, em
seguida, foi triturado e dissolvido com água em um recipiente. Foi obtido o sobrenadante, o
qual foi desprezado e o volume foi completado novamente.
Para a produção da pasta d’água, foi pesado todos os componentes sólidos em um
vidro-relógio e os componentes líquidos foram medidos em uma cálice. O óxido de zinco e o
talco foram misturados seguindo método geométrico, o qual é um método utilizado para
garantir que pequenas quantidades de sólidos estejam distribuídos igualmente. Foi adicionado
o componente da fórmula com menor quantidade e, em seguida, foi adicionado o outro
componente com uma quantidade aproximadamente igual. Repetiu o procedimento e adicionou
uma quantidade igual a quantidade que o componente misturado já ocupa. Foi adicionado o
glicerol e a água de cal e homogeneizou até aspecto desejado.

7. Discussão
As pastas são mais espessas e mais firmes, quando comparadas com as pomadas,
porém tem as mesmas características, como, por exemplo, a presença de pó disperso na
formulação.
8. Embalagem e armazenamento
Em recipiente adequado, vidro âmbar ou plástico opaco, perfeitamente fechado, ao
abrigo da luz e a temperatura ambiente.
9. Controle de qualidade
a. Controle microbiológico
b. Densidade
c. Dispersão
d. Viscosidade
10. Exemplos

Figura 10: Pasta d’água da Farmax.


Figura 11: Pasta d’água da Lifar.
10. Referência
Formulário Nacional da Farmacopeia Brasileira, 2012, página 124.

PÓS E CÁPSULAS

1. Produto
Cápsula gelatinosa dura (tamanho: zero) contendo pó efervescente
2. Forma farmacêutica
Sólida
3. Indicação

4. Fórmula

Componente Quantidade Função


Ácido citrico 0,62g Efervescente

Ácido tartárico 1,24g Efervescente

Bicarbonato 2,12g Efervescente

Sacarina 0,12g Edulcorante

Benzoato de Na 0,01g Conservante

Aromatizante 0,62g Flavorizante

5. Materiais utilizados

Equipamentos Uso

Banho-Maria Aquecimento

Balança semi-analítica Pesagem

Proveta (100 mL) Mensuração de volume

Papel manteiga / vidro relógio Pesagem

Areômetro de Baumé Verificação da densidade

Picnômetro Determinação da densidade

Manga de Hipócrates Filtração

6. Orientações para o preparo


Pesar todos os constituintes e realizar a mistura dos mesmos utilizando graal de vidro.
Em seguida, realizar procedimento para encapsulação em cápsulas tamanho zero.
6.1. Procedimento
Para o cálculo da formulação de 6 cápsulas + 1 extra, foi utilizada a densidade da
mistura sendo 1g/mL, totalizando 4,76g
Foi realizada mistura por diluição geométrica, iniciando-se pelo componente de menor
quantidade na fórmula, o benzoato + sacarina. Posteriormente acrescentou-se o ácido cítrico,
mantendo sempre a diluição geométrica, acrescentando-se o componente de maneira
proporcional ao conteúdo do graal. Seguido pelo ácido tartárico, depois o bicarbonato e por
último o aromatizante. Em seguida, foi realizada a encapsulação para as cápsulas de tamanho
zero
7. Discussão
Obteve-se as 6 cápsulas desejadas.
Quem define o número da cápsula é a formulação, juntamente com seu peso final e
densidade. Isto não ocorreu, pois apenas houve disponibilização para a prática, de cápsulas de
tamanho zero.
As formas farmacêuticas efervescentes, são desenvolvidas contendo componentes que
liberam rapidamente dióxido de carbono, quando em contato com a água.
Exemplo de reação efervescente:
C6H8O7H2O + 3NaHCO3 + 4H2O + Na3C6H5O7 + 3CO2 (acido citrico)

Ácido cítrico produz 3 mol de CO2 para cada 1 mol de acido. Já o tartárico, 2 mol de CO2
para cada mol de ácido. Sendo assim, o ácido cítrico gera uma maior efervescência quando
comparado ao tartárico, porém o ácido tartárico possui maior dureza, impedindo que haja
fragilidade no caso de comprimidos efervescentes.

8. Embalagem e rotulagem
Frasco de plástico opaco com tampa lacrada e inviolável, adicionada de sílica.
9. Controle de qualidade
a. Peso médio (no caso de forma em pós) - para 10 cápsulas.
b. Teor (no caso de forma em cápsulas)/Homogeneidade
c. Características organolépticas
d. Granulometria (no caso de uso de pós para formação de grânulos)
e. Densidade
f. Ângulo de repouso (quanto maior o ângulo, menor o fluxo/maior ocorrência de grumos).
10.Exemplos
Figura: Efervescente da Aspirina.

Figura: Efervescente antiácido analgésico Sorisal.


11.Referências
Protocolo Operacional Padrão – UFBA – Farmacotécnica
GÉIS
1. Produto
Álcool gel 70% (p/p)
2. Forma Farmacêutica
Gel alcoólico
3. Indicação
Antisséptico
4. Fórmula

Componentes Quantidade Função

Álcool etílico 96 GL qp 100g Veículo + princípio ativo

Trietanolamina 0,15g Agente reticulante e


basificante

Carbopol 940 0,5g polímero

5. Materiais utilizados

Equipamento Uso

Béquer plástico Pesagem do conteúdo alcoolico

Funil Transferencia do recipiente para


embalagem primária

Bastão Agitação para dispersao do carbomer;


adição da trietanolamina e transferencia para
embalagem primária

Cálice graduado Comportar alcool

Vidro relógio Pesagem do carbomer 980

Alcoômetro Aferição do grau alcoólico

Balança semi-analítica Pesagem

6. Orientações para preparo


Misturar o álcool etílico e a água. Dispersar o Carbomer 980 sob agitação. Completar o
volume com água purificada e ajustar o pH entre 5,0 – 7,0, com solução de trietanolamina
50%(p/v), para obter a consistência adequada.

6.1. Procedimento
Inicialmente, houve a dispersão do carbopol em 99,35g de álcool no becker de plástico,
sob agitação mecânica à 800 rpm. Posteriormente houve o acréscimo da trietanolamina sob
agitação, para melhorar a viscosidade do gel e basificar.
Houve aferição do título alcoólico, encontrando o valor de 63,5 graus GL (v/v).

7. Discussão
O valor de 63,5 graus GL (v/v), é abaixo do esperado de 77% (v/v), porém ainda de valor
para as indicações do produto.
As propriedades organolépticas do gel estavam de acordo com o desejado.
Os géis podem ser de uso tópico, ou oral (sob adaptação da forma farmacêutica).
Indicados para usos que necessita-se aumentar o tempo de residência do fármaco no local de
administração.
8. Embalagem e armazenamento
Em recipiente adequado, de plástico, bem fechado, protegido da luz e a temperatura
inferior a 25ºC.
9. Controle de Qualidade
a) Teor
b) Características organolépticas
c) Viscosidade

10. Exemplos

Figura: Álcool gel da Adata


Figura: Álcool gel da Asseptgel
11. Referência
Formulário Nacional da Farmacopeia Brasileira, 2012, página 60.
EMULSÕES

1. Produto
Loção/Base cremosa
2. Forma Farmacêutica
Emulsão
3. Indicação
Preparação líquida cremosa, inodora, utilizada como veículo em preparações
farmacêuticas e/ou cosméticas, tipo: loção cremosa, leite de limpeza, loção hidratante, loção
repelente.
4. Fórmula

Componentes Quantidade Função

Fase 1

Cera autoemulsionante Tensoativo

Oleo mineral Componente da fase


oleosa

Propilparabeno Conservante
Fase 2

Metilparabeno Cpnservante

Propilenoglicol Co-tensoativo

Água destilada qsp Componente da fase


aquosa

5. Materiais utilizados

Equipamento Uso

Béquer Pesagem/Aquecimento

Banho Maria Aquecimento

Calice graduado Mistura/Dispersão

Bastão de vidro Mistura

Balanca semi-analitica Pesagem

Vidro de relogio Suporte para pesagem

6. Orientações para preparo


Em recipiente adequado adicionar Fase 1 e aquecer até 70ºC. Concomitantemente,
adicionar Fase 2 em um outro recipiente e aquecer até 70ºC. Verter Fase 1 na Fase 2 sob
constante agitação. Resfriar amostra até 40ºC até obter consistência leitosa
6.1. Procedimento
Houve preparo da fase 1: acréscimo do propilparabeno em óleo mineral, seguido do
acréscimo da cera, com posterior aquecimento em béquer. Em outro béquer o preparo e
aquecimento da Fase 2: acréscimo do metilparabeno no propilenoglicol, seguido do acréscimo
da água destilada. Quando a temperatura de ambas fases chegaram a 70ºC, houve a
dispersão da fase 2 ainda quente à fase 1 sob agitação manual, até que a amostra chegue à
40ºC.

7. Discussão
Obteve-se emulsão com as características desejadas (Figura 12).
Emulsões possuem uso variado. Podem existir sob formas de pomadas, emulgel,
loções/cremes (estas de uso tópico), injetáveis e formas para uso oral, sendo as de uso tópico
possuidoras de maior viscosidade; Injetáveis e oral contendo uma viscosidade menor.
Podem ser utilizadas para fins de liberação controlada, para homogeneidade da fórmula e
para carrear fármacos insolúveis em matriz de caráter externo aquoso
A validade do produto não está vinculada ao teor do fármaco, e sim à estabilidade das 3
fases, que é decorrente da compatibilidade do tensoativo com as bases.
Equilíbrio hidrófilo-lipófilo de emulsões (EHL/HLB): a utilização do óleo mineral, caráter
HLB 9,0, levou ao uso na formulação do tensoativo > 8,0, para estabilidade da emulsão, no
caso, a cera autoemulsionante.
A diferença de distribuição do tamanho das gotas numa emulsão, geram diferencas
gravitacionais, o que pode levar à atração das mesmas e desestabilização da forma
farmacêutica.

Figura 12
8. Embalagem e armazenamento
Em recipiente adequado, de plástico opaco, bem fechado, e em local ventilado.
9. Controle de Qualidade
a. Homogeneidade (distribuição do tamanho das gotas + presença de única fase);
b. pH adaptado para cada tipo de uso e de ativo utilizado;
c. Controle microbiológico;
d. Características organolépticas;
e. Viscosidade.
10. Exemplos
Figura: Loção cremosa da Hit

Figura: Emulsão matificante da Avène

11. Referências
Protocolo Operacional Padrão – UFBA – Farmacotécnica.

SUSPENSÕES
1. Produto
Leite de Magnésia
2. Forma farmacêutica
Suspensão
3. Indicação
Antiácido a laxante. Em caso de uso como laxativo, não usar em presença de dor
abdominal, náuseas, vômito, alterações nos hábitos intestinais por mais de duas semanas,
sangramento retal e transtornos da função renal.
4. Fórmula
Componentes Quantidade Função
Mg(OH)2 8g Molécula ativa
Solução de ácido cítrico 25% 0.4mL Antioxidante
Solução conservante de 1mL Conservante
parabeno
Aromatizante qs
Água purificada 100mL Veículo
5. Materiais utilizados
Equipamento Uso
Vidro relógio Pesagem
Bastão de vidro
Béquer
Cálice graduada
Balança semi-analítica Pesagem

6. Orientações para preparo


Dispersas o hidróxido de magnésio em parte de água. Acrescentar a solução
conservante de parabenos, a solução de ácido cítrico a 25% e o aromatizante.
Homogeneizar. Completar o volume com água.
7. Procedimento
Foi pesado o hidróxido de magnésio em vidro relógio e foi adicionado em água. Foi
mensurado 1mL do conservante e 0.4mL da solução de ácido cítrico. Acrescentou o
conservante e a solução de ácido cítrico na mistura, homogeneizou e completou o volume
com água.
8. Discussão
A suspensão é uma mistura heterogênea formada por uma ou mais fases. Existe a fase
externa (líquido ou semi-sólido) e a fase interna (partículas sólidas). Para ocorrer uma
suspensão, é preciso estar atento a densidade da água, ao tamanho da partícula, a
viscosidade (se a viscosidade for alta, vai dificultar na homogeneização da suspensão) e
densidade do sólido. As suspensões podem ser de uso oral, tópico ou intramuscular.
O Leite de Magnésia, produzido nessa prática, é um composto que com um ação que
diminui a acidez do estômago (Mg(OH)2 + 2H+ --> Mg+2 + H2O) e que é capaz de
aumentar a retenção de água no interior do intestino, por osmolaridade, o que amolece as
fezes e aumenta a movimentação intestinal.
9. Embalagem e rotulagem
Em um recipiente de plástico opaco, perfeitamente fechado, ao abrigo da luz e à
temperatura ambiente.
10. Controle de qualidade
a. Viscosidade;
b. Tamanho da partículas (para injetáveis);
c. Controle microbiológico;
d. pH
e. Características organolépticas;
f. Velocidade de sedimentação.
11. Exemplos

Figura: Leite de Magnésia da Phillips


Figura: Leite de Magnésia da Magmax
12. Referência
Formulário Nacional da Farmacopeia Brasileira, 2012, página 95.
MOLDÁVEIS

1. Produto
Supositório glicerinado

2. Forma Farmacêutica
Supositório

3. Indicação
Laxante

4. Fórmula

Componentes Quantidade Função

Esteaarato de sódio 3g solidificante

Glicerol qsp 33g Princípio ativo

5. Materiais utilizados

Equipamento Uso

Béquer Pesagem/Aquecimento
Banho Maria Aquecimento

Bastão de vidro Mistura

6. Orientações para preparo


Em recipiente adequado, aquecer o glicerol até cerca de 50°C e, sob agitação, dissolver
o estearato de sódio. Verter a mistura ainda quente para o molde adequado. Deixar esfriar e
remover os supositórios.
Nota: recomenda-se usar moldes de metal, previamente aquecidos. Moldes para
lactentes (1 g), crianças (1,5 g a 2 g) e adultos (2,5 g a 3 g).
6.1. Procedimento
Após pesagens, untou-se os moldes com oleo mineral. Aqueceu o glicerol em bequer à
80 graus Celsius e houve a adicao ainda em banho maria do estearato de sodio com o bastao
de vidro. Ao chegar na textura ideal, nao deixando passar muito tempo aquecendo para nao
perder a fluidez, foi colocado o produto nos moldes. Deixou-se resfriar à temperatura ambiente
por 5 minutos, para depois, realizar a etapa de resfriamento, colocando-o em -20 graus Celsius
por 25 minutos.
7. Discussão
Na primeira passagem do produto para o molde, houve dificuldades devido à demora de
inclusão de sua totalidade para o interior do molde, gerando sua solidificação antecipada. Foi
necessário a repetição do procedimento.
Nao obteve-se supositório com a característica desejada (Figura 13). O produto não
estava com a consistência ideal, necessitando de maior tempo na etapa de resfriamento.
A fim de evitar desperdícios e de se obter o teor correto da fórmula, deve-se considerar o
fator de deslocamento dos constituintes. Exceto quando o fármaco tiver valor inferior a 100mg
na formulação, devido ao seu deslocamento ser irrisório, de aproximadamente 5%.

Figura 13
8. Embalagem e armazenamento
Em papel laminado ou blister, bem fechado, ao abrigo da luz e da umidade. Conservar
em temperatura inferior a 25°C.
9. Controle de Qualidade
a. Peso médio
b. Teor
c. Dureza
d. Características organolépticas
10. Exemplos

Figura: Dipirona em forma de supositório da Novalgina

Figura: Supositório de glicerina


11. Referências
Formulário Nacional da Farmacopeia Brasileira, 2012, página 155.

Comentários
As aulas práticas de Farmacotécnica com o professor Henrique Marcelino foram muito
interessantes, descontraídas e tidas de muito aprendizado. O professor é atencioso, o que
facilita a compreensão e aprofundamento do assunto. O mesmo realizou sempre nos inícios
das aulas uma introdução sobre o tipo de forma farmacêutica a que estivemos a produzir,
explicitando seus conceitos, suas possíveis vias, suas utilizações, seus componentes
essenciais e alternativos (indicando o propósito de cada um), e as propriedades necessarias
para o produto, como viscosidade, pH, entre outros.
Ao final de toda aula, houve também discussão sobre quais controles de qualidades são
requerentes para o tipo de formulação realizada, junto a análise das características
organolépticas obtidas nos produtos.
Apesar da breve teoria que o professor ensinava, seria mais interessante se as aulas
teóricas precedessem as aulas práticas, para que os alunos pudessem associar melhor as
informações e aprender mais facilmente.
Na prática, a qual produzimos a formulação de álcool 70% (p/p), houve a oportunidade
de aprender a manusear o picnômetro e a calcular a densidade e usar essas informações
juntamente com o alcoômetro e as tabelas fornecidas pela Farmacopeia Brasileira para calcular
e conferir o teor alcoólico de um álcool.
A prática de álcool em gel, emulsões, supositórios, dentifrícios, suspensões, xaropes,
todas as que tivemos foram novidade, onde pudemos expandir nosso conhecimento e prática.
As práticas de encapsulados e moldáveis também foram muito interessantes e únicas.
Para uma melhoria do bem-estar em classe, a sala de aula onde tivemos as aulas
práticas deveriam estar climatizadas. O calor proveniente de altas temperaturas, aumenta
diante das paramentações exigidas, sendo este, um fator o qual nos fez estar impacientes e
agitadas durante as preparações das formulações, influenciando num preparo não tão
otimizado, quando comparado ao como poderia ser se estivéssemos confortáveis.

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