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Capitulo 1
3- Aterramento de um pára-raios
O objetivo deste aterramento é fazer fluir a corrente de descarga atmosférica para o
solo. Este aterramento atua apenas no tempo de duração da descarga atmosférica.
5- Linha Rural
O objetivo é fazer o solo ser o condutor de retorno de corrente elétrica. O
aterramento neste caso está permanentemente ativo.
Grandezas físicas:
IV – Potencial de transferência
V – Indutância de aterramento
O valor nos aterramentos é bem pequeno, porem o efeito indutivo aparece em
aterramentos submetidos a descargas atmosféricas.
Conclusão Importante
OBS: O solo não é constituído somente de um mesmo tipo, ou seja, a curva de resistividade é
imprevisível.
K= ρ2 –ρ1/ρ2+ρ1
R = ρ.L/S
Sendo assim vemos que a resistência elétrica depende do material que estamos
analisando(ρ do material), da geometria do material (S constante) e das dimensões (L e S).
Com o aumento de L temos um aumento na resistência e com um aumento de S diminuímos a
resistência. Esta equação se aplica a um condutor de dimensões constantes.
O calculo da resistência para condutores de dimensões constantes já foi definido, mas
se o condutor tiver dimensões variáveis? Tomando como exemplo um condutor em forma de
cone, onde as suas dimensões vão aumentando. Para isso dividimos o condutor em pequenas
partes, onde a corrente circula de uma parte a outra através das secções transversais. A
medida que vamos nos aproximando do final do condutor, a corrente enfrenta resistências
cada vez menores, podendo a ultima ser desprezível.
Temos que:
Rtotal = Raterramento(Rsolo ) + Rcontato
Observação Importante
1- Resistividade do solo
2- Geometria do aterramento
3- Dimensões dos elementos
Hastes horizontais
Potenciais de superfície
Observação
O cabo protege basicamente uma direção. Em muitos casos o controle da tensão de
passo é muito importante. Portanto não podemos pensar apenas no valor da resistência de
aterramento.
Nota importante
Na medida em que enterramos mais condutores, aumentamos a dificuldade de
espalhamento de corrente, chegando a um ponto onde esta dificuldade que tende aumentar
a resistência, se contrabalanceia com a diminuição da resistência devido ao acréscimo de
material enterrado. Um efeito anula o outro e a resistência praticamente não se altera.
Capitulo 4
Com uma corrente elétrica alta temos a geração de campos elétricos elevados E , isso
pode provocar a ionização do solo em torno dos eletrodos aterrados. A ionização por sua vez
diminui a resistência de aterramento dando origem a R dinâmica de aterramento.
O aterramento possui uma indutância pequena, mas devido as variações rápidas de I
surgem efeitos indutivos.
A Resistência Dinâmica
Ocorreu uma descarga elétrica, o que causou um campo elétrico igual a rigidez
dielétrica do solo ER. Temos que a rigidez dielétrica de um material é o valor do campo elétrico
suficiente para romper sua isolação.
De acordo com o crescimento do valor da corrente elétrica durante o instante da
descarga atmosférica temos a diminuição da resistência dinâmica, o valor da resistência
diminui devida a ionização do solo.
A ionização do solo atingirá o seu Maximo quando a corrente da descarga atmosférica
possuir o seu maior valor, porem quando a intensidade da corrente diminui, a ionização do
solo já ocorreu e o processo de regeneração do mesmo é mais lento que a descarga, portanto
a Rdinâmica manterá o seu valor até o final do processo de descarga atmosférica. Preste
atenção nas seguintes observações.
Indutância
Problemas Encontrados
Exemplo:
Pára-raios em torres situadas em picos.
Situação: Dois aterramentos ligados por um cabo enterrado, temos dois para-raios
com resistência de aterramento alta. Um efeito interessante da ocorre, caso o cabo possuir
algumas centenas de metros, quando ocorrer uma descarga atmosférica , devido ao efeito
indutivo um sistema estará isolado do outro.
Conclusão Final
Métodos de medição
Ρa = 2.π.a.V/I
Procedimento de medição
Como dito anteriormente as hastes são espaçadas por uma distancia a entre elas,
então para realizarmos o processo de medição devemos variar a distancia a para obtermos os
valores de V/I. Aconselha-se realizarmos a variação da distancia a da seguinte maneira:
A(m) => 0,5 – 1,0 – 2,0 – 4,0 – 8,0 – 16,0 – 32,0 – 64,0
Note que a distancia dobra de valor de uma medida para a outra. Desta forma
podemos construir uma tabela com os valores de a(m), os valores da resistência V/I e os
valores da resistividade aparente ρa. Uma vez com a tabela pronta podemos construir uma
curva ρa X a e assim realizar a estratificação do solo e a aferição dos resultados.
Podemos sistematizar a medição utilizando cordas, estas cordas nos auxiliam a manter
a direção pretendida, assim utilizamos coradas de nylon, nestas cordas temos as marcações
das distancias pretendidas para realizar os ensaios. Uma outra utilidade das cordas é que não
precisamos da utilização de trenas nem precisamos balizar a direção.
Obs: Caso ocorra duvidas no comportamento da curva entre duas medidas, devemos realizar
medições intermediarias.
Ra = V/I
Condição:
A curva dos potenciais de superfície devem ter um patamar bem definido. Se isto não
ocorrer devemos colocar a haste auxiliar mais longe da haste de aterramento.
Questão
Qual é a distancia que a haste auxiliar deve ser colocada para que ela seja realmente
remota?
A distancia que isola dois aterramentos depende:
- Dimensão de ambos
- Estratificação do solo
Dimensão do aterramento:
Quanto maior o aterramento, maior será sua área de atuação e por conseqüência
maior será à distância entre eles.
Estratificação do solo:
Ρ2>ρ1
A resistividade da primeira camada é menor que a resistividade da segunda, assim a
corrente percorre maior distancia e se espalhará mais pela superfície aumentando assim a
área de influencia do aterramento.
Ρ2<ρ1
A resistividade da primeira camada é maior que a da segunda camada, assim a
corrente tende a “mergulhar ”, diminuindo assim a área de influencia do aterramento.
Conclusão
Este método de medição da resistência de aterramento não deve seguir rigorosamente
nenhuma regra ou tabela de distâncias.
As únicas regras válidas são:
Regras de tabelas
O terrômetro de três pontas como o nome já diz possui três terminais, os terminais das
extremidade são terminais de corrente e o terminal central é um terminal de tensão. Também
podemos utilizar o terrômetro de quatro pontas, para isso basta curto-circuitarmos os dois
últimos terminais, sendo eles um de tensão e o outro de corrente.
Método alternativo
Suposição: Os três aterramentos não sofrem influencia mútua. Isto não garante uma precisão
na medida, mas mesmo assim possui utilidade.
Fio terra: A ligação elétrica entre o aterramento e aquilo que se deseja aterrar.
Caso 1
Chuveiro elétrico
Este caso se refere ao aterramento de um chuveiro elétrico, neste caso comumente se
comete o erro de utilizar um aterramento em um jardim dentro da casa, ligando-se o
aterramento do chuveiro diretamente ao solo. Este exemplo descrito não resolve o problema
de aterramento para isso devemos ter uma malha de aterramento no solo debaixo do chuveiro
e este ligado a esta malha. Caos ocorra uma falha no chuveiro a diferença de tensão será
praticamente zero para um usuário deste chuveiro.
Devemos ter cuidado com os potenciais fora da região protegida, no nosso caso um
ambiente ao lado do nosso chuveiro. Se tivermos um outro chuveiro do outro lado podemos
utilizar uma malha única(continuidade no aterramento) ou caso tenhamos um outro ambiente
devemos utilizar de impermeabilizante no baldrame (isolação do aterramento).
Caso 2
Diferença de potencial
Aterramento de um edifício
Causas: Indutância do aterramento pode causar queima de equipamentos, uma variação muito
grande de corrente (descarga atmosférica) mais a indutância do cabo causa potenciais
elevados.
Caso desejamos aterrar uma tomada de um certo andar, neste prédio temos uma torre
e dela temos uma cabo do aterramento do pára-raios. O modo errado de se fazer o
aterramento seria ligar o terra da tomada diretamente neste cabo do aterramento do pára-
raios, pois em uma descarga atmosférica poderia ocorrer a queima do equipamento ligado a
essa tomada. O correto a se fazer é ligar tanto a tomada como o cabo do pára-raios utilizando
seus próprios cabos é claro em um anel de aterramento situado ao redor da edificação.
Em aterramentos de edificações é comum fazermos uma malha de aterramento em
cada piso e estas malhas serem ligadas no anel de aterramento em volta da edificação.
Caso 3
Indução eletromagnética.
A indução eletromagnética pode ocorrer de duas formas. Podemos ter o fio terra
causando o aparecimento de uma tensão induzida em um fio de energia como também
podemos ter um fio de energia induzindo uma tensão no fio terra. Ambas as induções ocorrem
quando temos um acoplamento magnético entre os dois fios. Isto ocorre, pois temos correntes
circulando dentro dos fios.
Esta é uma forma não aceitável de indução de tensão no fio terra pois pode estar
poluindo o potencial de tomada de terra.