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Aterramentos elétricos

Capitulo 1

Os principais objetivos dos aterramentos são:

1- Proporcionar segurança à pessoa


O aterramento de uma carcaça de um motor atua apenas na falta de isolação. Em
condições normais o aterramento não atua, mas está presente para qualquer
eventualidade.

2- No caso de um transformador aterrado


Temos o aterramento ligado ao neutro do transformador, ele tem função de ligar a
terra à instalação elétrica, transformando-a em um condutor de corrente de
desequilíbrio.
Obs: Como o desequilíbrio de correntes são coisas normais de se ocorrer temos que
este aterramento atua permanentemente na instalação e ele é parte ativa e
permanente do circuito elétrico.

3- Aterramento de um pára-raios
O objetivo deste aterramento é fazer fluir a corrente de descarga atmosférica para o
solo. Este aterramento atua apenas no tempo de duração da descarga atmosférica.

4- Eletrônica (Circuitos de corrente continua aterra um de seus pólos)


O objetivo é buscar um ponto de referência para os potenciais do circuito eletrônico.

5- Linha Rural
O objetivo é fazer o solo ser o condutor de retorno de corrente elétrica. O
aterramento neste caso está permanentemente ativo.

Definimos três grandes objetivos para os aterramentos, são eles:

I – Proporcionar segurança às pessoas e animais, e dar proteção aos equipamentos.

II – Buscar uma referência de potencial elétrico

III – Dar continuidade permanente a um circuito elétrico

Dependendo do caso o aterramento poderá cumprir um ou mais objetivos.

Grandezas físicas:

I - A resistividade elétrica do solo “ρ” caracteriza o tipo de solo.


II – Para um tipo de solo sua resistividade pode ter valores bem diferentes.
Portanto não é possível identificar um solo quanto à sua resistividade elétrica.
Outra grandeza física é a resistência de aterramento.
RA = ddp entre os pontos A e B /corrente injetada no ponto A

III – Tensão de passo/ tensão de toque (proveniente dos potenciais de superfície).

IV – Potencial de transferência

V – Indutância de aterramento
O valor nos aterramentos é bem pequeno, porem o efeito indutivo aparece em
aterramentos submetidos a descargas atmosféricas.

Conclusão Importante

O objetivo e as características do aterramento a ser projetado definem a escala de


prioridade das grandezas físicas. No projeto de um aterramento é fundamental identificar
seus objetivos e características. Estes definem o grau de importância das grandezas físicas.

Projeto de Aterramentos elétricos

1- Medição da resistividade do solo.


2- Adequação dos resultados da medição a um modelo.
3- Processo de calculo: resistência, indutância, potenciais de acordo com a ordem de
importância das mesmas.
4- Construção do aterramento.
5- Medições Finais.
Capítulo 2

Espalhamento da corrente , solo Homogêneo

Podemos obter o potencial através da fonte de corrente, utilizando a seguinte


equação:

V = ρ.l /2.π.r (1)

Injetando uma corrente i em um ponto da superfície de um solo homogêneo de


resistividade ρ. O potencial elétrico em um ponto P no solo a uma distancia r, pode ser
calculada pela expressão (1).
Estudo de caso:

Injeta-se corrente no ponto A e retira-se no ponto B, qual será a profundidade máxima


de penetração da corrente no solo.
Para um solo homogêneo quase que totalmente a corrente penetra a uma
profundidade igual à distância que separa os eletrodos de entrada e saída de corrente.
Conclui-se quando se deseja penetrar profundidades maiores no solo, deve-se
aumentar a distancia entre os eletrodos de entrada e saída.
Para a medição da resistividade elétrica de solos homogêneos vamos utilizar o método
de WENNER.
O método de WENNER constitui em fincarmos quatro haste no solo com a menor
profundidade possível, estas hastes estarão separadas entre si por uma distancia a. As duas
hastes das pontas (1 e 4) são hastes de corrente, enquanto as duas hastes centrais (2 e 3) são
hastes de tensão .
Podemos determinar o valor de ρ(resistividade elétrica), estando em posse dos valores
de I, V e a , utilizando a seguinte equação:
Ρ = 2.π.a.V/I

Se aumentarmos a distância a, a corrente penetrará mais no solo.

OBS: O solo não é constituído somente de um mesmo tipo, ou seja, a curva de resistividade é
imprevisível.

WENNER para o solo heterogêneo

Encontrar um caminho entre a resistividade aparente e o modelo do solo.

K= ρ2 –ρ1/ρ2+ρ1

É importante observarmos que para um solo de duas camadas a ρa em função da


distancia é crescente ou decrescente. Porem nem sempre uma função crescente ou
decrescente representa um solo de duas camadas. É possível a partir do modelo de solo em
camadas horizontais, obter a curva “ρa x a”
Capitulo 3

Resistência e potencias de aterramentos elétricos

Vamos agora definir a resistência de aterramento, mas antes precisamos relembrar o


conceito de resistência elétrica. A resistência elétrica pode ser calculada através da seguinte
equação:

R = ρ.L/S

Sendo assim vemos que a resistência elétrica depende do material que estamos
analisando(ρ do material), da geometria do material (S constante) e das dimensões (L e S).
Com o aumento de L temos um aumento na resistência e com um aumento de S diminuímos a
resistência. Esta equação se aplica a um condutor de dimensões constantes.
O calculo da resistência para condutores de dimensões constantes já foi definido, mas
se o condutor tiver dimensões variáveis? Tomando como exemplo um condutor em forma de
cone, onde as suas dimensões vão aumentando. Para isso dividimos o condutor em pequenas
partes, onde a corrente circula de uma parte a outra através das secções transversais. A
medida que vamos nos aproximando do final do condutor, a corrente enfrenta resistências
cada vez menores, podendo a ultima ser desprezível.

Conceituando a resistência de aterramento

A resistência de aterramento é composta por três resistências. A primeira é a


resistência do metal, esta resistência muda de acordo com o material utilizado como condutor.
A segunda resistência é a resistência de contato, ela se dá através do contato eletrodo e o
solo. A terceira resistência é a resistência do solo, compreendida entre o eletrodo e a linha
equipotencial zero.

Rtotal = Reletrodo + Rcontato + Rsolo

Agora vamos fazer algumas considerações para determinar a verdadeira resistência de


aterramento.
Vamos considerar o Resistência do eletrodo (Metal/Material ) como sendo desprezível
(0), pois seria necessário quilômetros de material para que esta resistência tivesse a ordem de
grandeza da resistência do solo.
A resistência de contato é difícil de ser estimada, pois ela é função da compactação do
solo em torno do eletrodo, assim ela depende da forma de construção do aterramento.
Sendo assim vamos considerar como sendo iguais as resistência do solo e a resistência
de aterramento.

Rsolo = Resistência de aterramento

Temos que:
Rtotal = Raterramento(Rsolo ) + Rcontato

Observação Importante

A resistência de aterramento não depende do material que são feitos os eletrodos,


pois como já vimos anteriormente a resistência do material é desprezada devido a sua
ordem de grandeza ser muito menor que a resistência do solo.

A geometria do aterramento influi decisivamente na resistência de aterramento, pois a


geometria influi na forma de distribuição das linhas de campo. Quando temos hastes de
aterramentos e qualquer outro material condutor próximos o suficiente para um influir nas
linhas de campo do aterramento, vamos ter a aparição da resistência mutua (Rmutua).

Uma maior liberdade no espalhamento da corrente pelo solo, contribui para a


diminuição da resistência de aterramento, podemos concluir que os elementos que alteram a
resistência de aterramento são:

1- Resistividade do solo
2- Geometria do aterramento
3- Dimensões dos elementos

Estes dois últimos elementos alteram na forma de espelhamento da corrente no solo,


que vem definir o volume do solo que oferece a resistência à passagem da corrente elétrica.
Vamos agora fazer algumas analises quanto à constituição do solo.
Para o solo heterogêneo temos que as resistividades e espessuras das camadas de solo
alteram a distribuição de corrente, assim temos para um solo com duas camadas:

Ρ2 >ρ1 as correntes penetram mais rapidamente no solo


Ρ2<ρ1 as corrente tendem a se espalhar mais na primeira camada

Quanto à geometria do condutor temos:

Hastes verticais (cabo)

Para a diminuição da resistência de aterramento, não é solução aumentarmos o raio


do eletrodo, para isso será melhor aumentarmos o comprimento da haste. Na pratica a
resistência de aterramento varia com o comprimento da haste em função da estratificação do
solo e não em função dos valores anteriores.

Hastes horizontais

O aumento da profundidade da haste no solo “h” dentro de certos limites práticos,


não é solução quando se deseja diminuir a resistência do aterramento. O aumento do
comprimento do cabo tem seus limites, quando se deseja diminuir a resistência de
aterramento.
Associação de hastes verticais /horizontais

A diminuição da resistência é acentuada nos valores de 2 a 3 hastes enterradas. A


separação destas hastes, ou seja, o seu distanciamento é valido até valores igual ao
comprimento das hastes. A partir de certo volume de material enterrado a resistência de
aterramento não diminui muito, devido à presença da Rmutua.

Potenciais de superfície

Os potenciais de superfície decrescem mais rapidamente quanto mais rápidos nos


afastamos do aterramento. As hastes verticais apresentam um decréscimo rápido nos
potenciais de superfície, este fato pode gerar tensões de passos perigosas. O cabo horizontal,
na sua direção, produz potenciais de superfícies com decréscimos suaves, até a sua
extremidade, a partir dai o decréscimo de potenciais é mais acentuado. Portanto, somente
próxima a sua extremidade pode existir uma região de tensão de passo critica.
O cabo horizontal na sua direção transversal produz um decréscimo acentuado nos
potenciais de superfície. Portanto as tensões de passo podem ser criticas na direção
transversal ao cabo.
O anel horizontal gera uma curva bem suave de potencial de superfície a cima do
mesmo. Na região periférica ao anel os potenciais decrescem mais acentuadamente. Portanto
somente nesta ultima região é que podem existir tensões de passo criticas.

Proteção em relação às tensões de passo

1- Direção paralela ao cabo horizontal bem na superfície do solo acima do mesmo.


2- Área na superfície do solo logo acima do anel horizontal.

Observação
O cabo protege basicamente uma direção. Em muitos casos o controle da tensão de
passo é muito importante. Portanto não podemos pensar apenas no valor da resistência de
aterramento.

Nota importante
Na medida em que enterramos mais condutores, aumentamos a dificuldade de
espalhamento de corrente, chegando a um ponto onde esta dificuldade que tende aumentar
a resistência, se contrabalanceia com a diminuição da resistência devido ao acréscimo de
material enterrado. Um efeito anula o outro e a resistência praticamente não se altera.
Capitulo 4

Aterramentos Elétricos em Descargas Atmosféricas

A descarga atmosférica é definida como uma corrente elétrica i cuja variação no


tempo é bem rápida. A descarga atmosférica possui as seguintes características:

“Valores elevados de corrente elétrica”


“Rápida variação da corrente elétrica”

Com uma corrente elétrica alta temos a geração de campos elétricos elevados E , isso
pode provocar a ionização do solo em torno dos eletrodos aterrados. A ionização por sua vez
diminui a resistência de aterramento dando origem a R dinâmica de aterramento.
O aterramento possui uma indutância pequena, mas devido as variações rápidas de I
surgem efeitos indutivos.

A Resistência Dinâmica

Ocorreu uma descarga elétrica, o que causou um campo elétrico igual a rigidez
dielétrica do solo ER. Temos que a rigidez dielétrica de um material é o valor do campo elétrico
suficiente para romper sua isolação.
De acordo com o crescimento do valor da corrente elétrica durante o instante da
descarga atmosférica temos a diminuição da resistência dinâmica, o valor da resistência
diminui devida a ionização do solo.
A ionização do solo atingirá o seu Maximo quando a corrente da descarga atmosférica
possuir o seu maior valor, porem quando a intensidade da corrente diminui, a ionização do
solo já ocorreu e o processo de regeneração do mesmo é mais lento que a descarga, portanto
a Rdinâmica manterá o seu valor até o final do processo de descarga atmosférica. Preste
atenção nas seguintes observações.

- Não são todos os aterramentos que permitem a ionização do solo.


- Se as suas dimensões forem tais que a corrente de descarga se divide de tal forma a
não produzir campos elétricos acima da rigidez dielétrica, não haverá ionização do solo.
- Quando ocorre a ionização do solo a resistência de aterramento decresce durante a
descarga atmosférica.

Indutância

Consideração hipotética: Apenas a indutância da haste, a corrente percorre todo o condutor e


sai somente no final desta.

Portanto o calculo da indutância será feito como um condutor retilíneo.


A indutância de um aterramento será considerada apenas a indutância dos condutores
enterrados.
A seguir vamos fazer algumas observações importantes quanto a indutância de
aterramento.
Tomadas de indutância no canto de uma malha são em torno de sete vezes maiores
que tomadas realizadas no centro da malha.
Quanto maior o gradeamento da malha menor será a indutância e esta indutância terá
uma queda brusca quando fazermos uma tomada de terra no centro da malha.
Para diminuir a indutância devemos dividir a corrente no maior numero possível de
ramos.

Problemas Encontrados

Na tentativa de diminuirmos a resistência de aterramento, a indutância aumente,


resolvemos um problema, porem podemos estar criando outro.
Não podemos pensar apenas em valor da resistência de aterramento
Em descargas atmosféricas a indutância pode ser importante

Efeito indutivo no aterramento

Podemos concluir que a indutância causa em aterramentos, notadamente horizontais


os seguintes efeitos:
-Aumento no potencial da tomada de terra.
-Desbalanceamento na distribuição de corrente ao longo do condutor.
-Diminuição do comprimento efetivo dos condutores enterrados, sendo um exemplo
disso o pára-raios em torres situadas em picos. Isso nos mostra que não podemos fixar a idéia
apenas na resistência de aterramento.

Exemplo:
Pára-raios em torres situadas em picos.

Neste exemplo o que ocorre é que temos um condutor, no caso o cabo de


aterramento, muito longo, devido ao efeito indutivo vamos ter um desbalanceamento na
distribuição de corrente no cabo, desta forma ocorrerá um encurtamento do cabo, pois toda a
corrente elétrica se dissipará antes do final do cabo.

Ligação entre dois aterramentos

Situação: Dois aterramentos ligados por um cabo enterrado, temos dois para-raios
com resistência de aterramento alta. Um efeito interessante da ocorre, caso o cabo possuir
algumas centenas de metros, quando ocorrer uma descarga atmosférica , devido ao efeito
indutivo um sistema estará isolado do outro.
Conclusão Final

-Não podemos pensar apenas no valor da resistência de aterramento.


- Em descargas atmosféricas a indutância pode ser importante.
- existe uma forma de atenuar a indutância, basta dividirmos a corrente no maior
numero de ramos.

Algumas considerações finais

Descarga atmosférica: É caracterizada por elevados valores de corrente e variações temporais


pequenas.

Resistência Dinâmica: è a resistência de aterramento durante uma descarga atmosférica,


quando existir o efeito de ionização do solo.
Capitulo 5
Resistividade do solo e resistência de aterramento

Métodos de medição

Resistividade do solo utilizando o método de WENNER


Como descrito anteriormente, o método de wenner se consiste em fincar quatro
hastes no solo, na menor profundidade possível. As duas hastes das extremidades são as
hastes de corrente e as hastes centrais são as hastes de tensão. Estas quatro hastes estão
igualmente espaçadas entre si, vamos considerar essa distancia como sendo a. A equação para
o calculo da resistividade do solo também já conhecemos. Abaixo mostraremos a equação da
resistividade aparente em função da distancia a.

Ρa = 2.π.a.V/I

Quando se deseja realizar a medição da resistividade de uma certa área deve-se


realizar a medição em diversas direções paralelas. Para uma medição completa repete-se o
processo na perpendicular.
Pode-se realizar também a medição da resistência de aterramento através da relação
V/I. Para isso utilizamos um Voltímetro para medir V e um amperímetro para medir I. A relação
V/I é medida por uma ponte.
Uma outra maneira de medirmos a resistência seria com a ajuda de uma aparelho
chamado terrômetro, neste caso um terrômetro de quatro pontas, essa resistência por ele
calculado se faz através de uma ponte. A disposição desta quatro pontas no aparelho se dão
igualmente a disposição das hastes do método de wenner, onde as pontas externas são as de
corrente e as internas são as de tensão. Este terrômetro pode ser Analógico ou Digital. Os
aparelhos mais novos utilizam pilhas enquanto os mais antigos funcionam através de gerador
por manivela.

Procedimento de medição

Como dito anteriormente as hastes são espaçadas por uma distancia a entre elas,
então para realizarmos o processo de medição devemos variar a distancia a para obtermos os
valores de V/I. Aconselha-se realizarmos a variação da distancia a da seguinte maneira:

A(m) => 0,5 – 1,0 – 2,0 – 4,0 – 8,0 – 16,0 – 32,0 – 64,0

Note que a distancia dobra de valor de uma medida para a outra. Desta forma
podemos construir uma tabela com os valores de a(m), os valores da resistência V/I e os
valores da resistividade aparente ρa. Uma vez com a tabela pronta podemos construir uma
curva ρa X a e assim realizar a estratificação do solo e a aferição dos resultados.
Podemos sistematizar a medição utilizando cordas, estas cordas nos auxiliam a manter
a direção pretendida, assim utilizamos coradas de nylon, nestas cordas temos as marcações
das distancias pretendidas para realizar os ensaios. Uma outra utilidade das cordas é que não
precisamos da utilização de trenas nem precisamos balizar a direção.
Obs: Caso ocorra duvidas no comportamento da curva entre duas medidas, devemos realizar
medições intermediarias.

Medição da resistência de aterramento

Método da haste remota

A resistência de aterramento é dada pela relação:

Ra = V/I

O método da haste remota se dá da seguinte maneira: Temos um aterramento


representado por uma haste, fincamos uma outra haste a uma certa distancia da haste de
aterramento, esta haste será chamada de haste auxiliar. Caso as hastes estejam uma certa
distancia uma da outra que o aterramento de uma não influa no da outra, teremos assim a
condição ideal para a medição da resistência. Isto é comprovado através de um gráfico Vx X x
se existe uma região de patamar.

Condição:
A curva dos potenciais de superfície devem ter um patamar bem definido. Se isto não
ocorrer devemos colocar a haste auxiliar mais longe da haste de aterramento.

Questão
Qual é a distancia que a haste auxiliar deve ser colocada para que ela seja realmente
remota?
A distancia que isola dois aterramentos depende:

- Dimensão de ambos
- Estratificação do solo

Dimensão do aterramento:
Quanto maior o aterramento, maior será sua área de atuação e por conseqüência
maior será à distância entre eles.

Estratificação do solo:
Ρ2>ρ1
A resistividade da primeira camada é menor que a resistividade da segunda, assim a
corrente percorre maior distancia e se espalhará mais pela superfície aumentando assim a
área de influencia do aterramento.

Ρ2<ρ1
A resistividade da primeira camada é maior que a da segunda camada, assim a
corrente tende a “mergulhar ”, diminuindo assim a área de influencia do aterramento.

Conclusão
Este método de medição da resistência de aterramento não deve seguir rigorosamente
nenhuma regra ou tabela de distâncias.
As únicas regras válidas são:

Regras referentes ao patamar

1- Fincar a haste auxiliar e levantar a curva (Vx, x)


2- Encontrar o patamar, temos: Ra = Vpatama/I
3- Não encontrado o patamar, a haste auxiliar deve ser colocada mais longe, e
devemos levantar uma nova curva. O processo se repete enquanto não obtemos o
patamar.

Regras de procedimento de campo

4- Para maior comodidade no levantamento da curva (Vx, x), as distâncias em x não


necessitam ser precisas, elas podem ser medidas por passo, pois o que interessa é
encontrar o patamar.
5- A direção e o sentido de x deve ser tal que se afaste do aterramento que
desejamos medir e se aproxima da haste auxiliar.
6- A tomada de terra no aterramento que desejamos medir, deve ser sempre na sua
extremidade mais próxima da haste auxiliar.
7- Caso a curva (Vx, x) inicie com valores oscilantes e pequenos, estes não devem ser
confundidos com o patamar. Isto ocorre quando estamos acima da malha de terra.
Devemos prosseguir com o levantamento da curva, pois seus valores devem
crescer para depois atingir o patamar.
8- Em substituição à curva (Vx, x), existem regras que apresentam medida de um só
ponto no solo entre os dois aterramentos outras apresentam a medida de 3
pontos. A primeira admite uma hipótese não aceitável, ou seja, o solo homogêneo.
A segunda esquece que as imperfeições da superfície do solo podem camuflar os
resultados. Portanto nenhuma garante que a haste auxiliar é realmente remota, e
que o ponto medido corresponderá à resistência desejada.

Regras de tabelas

9- Podemos utilizar tabelas de distancias mínima entre o aterramento e a haste


auxiliar e que são amplamente publicadas. Porem pode ocorrer que na situação de
distancia mínima não encontremos o patamar da curva , sendo assim, precisamos
colocar a haste auxiliar mais longe.

Método da haste remota utilizando o terrômetro de três pontas

O terrômetro de três pontas como o nome já diz possui três terminais, os terminais das
extremidade são terminais de corrente e o terminal central é um terminal de tensão. Também
podemos utilizar o terrômetro de quatro pontas, para isso basta curto-circuitarmos os dois
últimos terminais, sendo eles um de tensão e o outro de corrente.
Método alternativo

Utilizamos dois aterramentos para determinar a resistência de um terceiro ou


utilizamos duas hastes auxiliares para determinar essa resistência.

Suposição: Os três aterramentos não sofrem influencia mútua. Isto não garante uma precisão
na medida, mas mesmo assim possui utilidade.

Utilidade: Avaliarmos a evolução da resistência de um aterramento. Interesse não é no valor,


mas sim no que vai ocorrer no decorrer dos anos. Possuindo assim um interesse na
manutenção.
Capitulo 6
Ligação ao terra

Fio terra: A ligação elétrica entre o aterramento e aquilo que se deseja aterrar.

Vamos fazer algumas considerações, temos que A será o ponto de aterramento na


peça a ser aterrada e T será o ponto de tomada de terra. O que liga os pontos A e T é o fio
terra.
A geometria(hastes verticais ou horizontais) do aterramento e a disposição física e/ou
comprimento do fio terra criam ddps indesejáveis que podem ser prejudiciais à aquilo que se
deseja proteger.

Origem das ddps indesejáveis:


Caso 1 – Espalhamento de corrente pelo solo
Caso 2 – indutância própria do fio terra
Caso 3 – Indução eletromagnética

Caso 1
Chuveiro elétrico
Este caso se refere ao aterramento de um chuveiro elétrico, neste caso comumente se
comete o erro de utilizar um aterramento em um jardim dentro da casa, ligando-se o
aterramento do chuveiro diretamente ao solo. Este exemplo descrito não resolve o problema
de aterramento para isso devemos ter uma malha de aterramento no solo debaixo do chuveiro
e este ligado a esta malha. Caos ocorra uma falha no chuveiro a diferença de tensão será
praticamente zero para um usuário deste chuveiro.
Devemos ter cuidado com os potenciais fora da região protegida, no nosso caso um
ambiente ao lado do nosso chuveiro. Se tivermos um outro chuveiro do outro lado podemos
utilizar uma malha única(continuidade no aterramento) ou caso tenhamos um outro ambiente
devemos utilizar de impermeabilizante no baldrame (isolação do aterramento).

Caso 2
Diferença de potencial
Aterramento de um edifício

Causas: Indutância do aterramento pode causar queima de equipamentos, uma variação muito
grande de corrente (descarga atmosférica) mais a indutância do cabo causa potenciais
elevados.

Caso desejamos aterrar uma tomada de um certo andar, neste prédio temos uma torre
e dela temos uma cabo do aterramento do pára-raios. O modo errado de se fazer o
aterramento seria ligar o terra da tomada diretamente neste cabo do aterramento do pára-
raios, pois em uma descarga atmosférica poderia ocorrer a queima do equipamento ligado a
essa tomada. O correto a se fazer é ligar tanto a tomada como o cabo do pára-raios utilizando
seus próprios cabos é claro em um anel de aterramento situado ao redor da edificação.
Em aterramentos de edificações é comum fazermos uma malha de aterramento em
cada piso e estas malhas serem ligadas no anel de aterramento em volta da edificação.

Caso 3
Indução eletromagnética.

A indução eletromagnética pode ocorrer de duas formas. Podemos ter o fio terra
causando o aparecimento de uma tensão induzida em um fio de energia como também
podemos ter um fio de energia induzindo uma tensão no fio terra. Ambas as induções ocorrem
quando temos um acoplamento magnético entre os dois fios. Isto ocorre, pois temos correntes
circulando dentro dos fios.
Esta é uma forma não aceitável de indução de tensão no fio terra pois pode estar
poluindo o potencial de tomada de terra.

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