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CORRIGINDO DIFICULDADES DE

APRENDIZAGEM ATRAVÉS DO LÚDICO


Rita Ferrari Cuco 1

Silvinha Alflen Cucco 2

RESUMO acompanhar seus colegas de


classe com muito mais segurança
Considerando que as difi-
e desembaraço. A realização
culdades de aprendizagem
deste trabalho mostrou que é
prejudicam o desenvolvimento
possível e muito mais viável
dos alunos em sala de aula e
corrigir as dificuldades de
conseqüentemente sua convi-
aprendizagem através do lúdico.
vência com o meio social em que
Neste artigo relata-se um pouco
estão inseridas, realizou-se uma
do que se constatou durante a
pesquisa e a aplicação desta
realização de um trabalho que
visando sanar as dificuldades de
com certeza é importante para a
um grupo de crianças, aplicando
busca de melhores resultados
o processo corretor, de forma
com crianças que apresentam
agradável e prazerosa, buscando
dificuldades de aprendizagem.
uma maior interação dessas
crianças com o aprendizado. Em
nossa prática oportunizamos a
PALAVRAS CHAVE
cada aluno momentos para criar,
construir conceitos e tentar Interação; Linguagem; Apren-
transformar sua realidade. O dizagem.
trabalho teve como objetivo
maior propiciar 'as crianças, de
forma lúdica e prazerosa, o ABSTRACT
desenvolvimento da linguagem
Taking in consideration that
oral e escrita, corrigindo suas
the difficulties of apprenticement
dificuldades de aprendizagem.
prejudice the development of the
Para alcançar esse objetivo,
students in their classroom, and
propomos muitas atividades,
consequently, their companion-
oferecendo jogos, brincadeiras e
ship with the social place where
atividades que desenvolvessem:
they live, it was made a search 1 Mestre em
coordenação motora, concen-
and put it into practice, with the Educação, pela
tração, interesse mas princi- Universidade do Sul de
aim of curing the difficulties of a
palmente a confiança, pois acima Santa Catarina UNISUL,
group of children, applying the docente da UNIDAVI e
de tudo estava o medo de falar,
process of correction, in am Orientadora do Projeto
de perguntar. Ao terminarmos
agreeable and joyful way, looking
este trabalho, sabemos que os 2 Acadêmica bolsista
for a better interaction of there do PIBIC Programa
alunos estão capacitados para
children with the apprenti- Institucional de Bolsas
de Pesquisa da UNIDAVI.

UNIDAVI 137
cement. In our practical work we INTRODUÇÃO
gave every pupil some moments
O presente texto constitui a
to create, build concepts and try
descrição do projeto/pesquisa
to transform this reality. The
CORRIGINDO AS DIFICULDADES
work had the objective of giving
DE APRENDIZAGEM ATRAVÉS DO
the students, in an agreeable and
LÚDICO. Buscaremos relatar a
joyful way, the development of
maneira de como foi desen-
their oral and written language,
volvido esse projeto com o
correcting their difficulties of
intuito de mostrar que é possível
apprenticeship. Trying to reach
corrigir as dificuldades de
this objective, we showed games,
aprendizagem, fazendo com que
entertainments and several
os alunos consigam melhorar o
activities that could develop:
ritmo de aprendizagem, acom-
motor coordination, concen-
panhando de uma forma mais
tration, interest, but mainly their
igualitária os colegas de sala de
confidence, because their best
aula.
problem was the fear of talking
and asking. When we finished No projeto constam todos os
this project/search, we could momentos desde a elaboração
know that our students are able até os resultados que consegui-
to accomplish their classmates mos obter através da aplicação.
with more security, confidence
Concordamos com a concep-
and disembarrassment. The
ção sóciointeracionista de
realization of this project showed
Vygotsky, que prioriza as
that it's possible to correct the
interações entre os alunos e
difficulties of apprenticeship
destes com o professor, enten-
through an agreeable and joyful
dendo que a escola e os educa-
class. In this article, it is related a
dores são os mediadores desse
little of what we found out
processo tão importante para os
during the realization of this
aprendentes.
work, that certainly will be very
important to reach the best Por essas razões utilizamo-
results with the children that nos de brincadeiras e cantigas de
show difficulties of apprenti- roda que fazem parte do dia-a-
ceship. dia das crianças, procurando
sempre trabalhar com as coisas
do mundo que as rodeia, tor-
KEY WORDS nando a aprendizagem muito
mais significativa e prazerosa.
Interaction; Language;
Apprenticeship. Acima de tudo tentamos
fazer com que as crianças
criassem confiança em si pró-
prias.

138 Caminhos
Para nossa pesquisa este através das interações com o
trabalho foi de muita valia, outro. Vygotsky ainda acrescenta
mostrando que podemos sanar que o desenvolvimento e o
as dificuldades de aprendizagem, comportamento do indivíduo é
mesmo que seja um trabalho que moldado pelas experiências que
deva ser realizado extraclasse, estabelece com seu meio. Por
mas vale a pena, pois dentro de isso o conhecimento de cada ser
pouco tempo as crianças humano vem sendo ampliado,
conseguem acompanhar seus modificado e transformado de
colegas em sala de aula e sentir- acordo com as necessidades de
se mais felizes. cada um.
Sabemos que a alfabetização Assim, nosso trabalho de
é um processo que torna resgatar o lúdico para a aquisição
possíveis processos cognitivos e da leitura e da escrita merece ser
sociais propiciando condições estudado e aproveitado sob
para que o indivíduo tenha todos os aspectos: intelectual,
acesso ao mundo da escrita, social, artístico, técnico e
tornando-se capaz não só de ler e recreativo, pois favorece a
escrever enquanto habilidades de construção do conhecimento de
decodificação e codificação do forma mais interessante, criativa
sistema da escrita, mas também e prazerosa.
tornar real a adequação da
"Alfabetizar é adquirir a língua
leitura e da escrita com todas as
escrita através de um processo de
funções que elas têm em toda a
construção de conhecimento
sociedade mundial e também
com uma visão crítica da
como instrumento na luta pela
realidade valorizando sempre o
conquista da cidadania. Por isso
lúdico." (FREIRE, 1994, p.15)
optamos por trabalhar este
tema, procurando através dele Sabemos que se a criança
tornar o ensino da leitura e da aprende com prazer e dina-
escrita, um processo prazeroso mismo, se ela é o sujeito do
em que o aluno se sinta processo educativo, não havendo
motivado para adquirir conhe- dicotomia entre o aspecto cog-
cimentos. nitivo e afetivo, mas sim uma
relação agradável dirigida para o
A teoria escolhida é a sócio-
ato de conhecer o mundo. O
intercionista, pois ela ajuda a
contexto sóciocultural é facili-
estabelecer relações entre os
tador do processo de alfabe-
alunos e as diversas áreas de
tização pela interação que faz
conhecimentos sendo que esta
com adultos letrados, que
teoria compreende que o ser
possam responder 'as atitudes
humano só se desenvolve no
das crianças para com a leitura e
interior de um grupo cultural e
escrita, interpretando-as como

UNIDAVI 139
significativas, dando-lhe sentido, construída pela brincadeira que o
para que ela se constitua como professor deverá intervir e
objeto de sua atenção e mediar para que seja possível a
conhecimento. A convivência construção de novas apren-
com textos escritos contribue dizagens. Assim pode-se concluir
para a alfabetização. Assim que: a) o brincar é entendido
descobre-se para que serve ler e como uma atividade propulsora
escrever. Temos que desafiar a do desenvolvimento; b) o papel
criança sempre, para que ela se do adulto na relação com a
sinta capaz de construir seus criança é fundamental enquanto
próprios conhecimentos. mediador entre a criança e o
conhecimento.
Entendemos que a alfabe-
tização é a decifração primei- Partindo destas conclusões
ramente de mundo, depois de propôs-se aqui um Projeto de
códigos e símbolos. Assim, alfabetização, através de canti-
alfabetizar com algo que faz gas de rodas e brincadeiras
parte da nossa história, torna-se cantadas, pois entendemos que
mais interessante, pois aprender os versos e as melodias das
com sentido e prazer está cantigas de roda e brincadeiras
associado a compreensão mais são ótimos parceiros no processo
clara daquilo que é ensinado. de ensinar os alunos a ler e
escrever.
Então, através desta pesquisa
que foi realizada e posta em A teoria sóciointeracionista
prática queremos apontar tendo como expoente maior
respostas para as seguintes Vygotsky, baseia-se na concep-
perguntas: ção de que o ser humano é um
ser social, historicamente cons-
O que leva estes alunos a não
truído. Este só se desenvolve no
conseguirem um melhor desen-
interior de um grupo cultural
volvimento para poderem
onde mantém relações com
acompanhar mais ativamente
outros sujeitos ativos que criam e
seus colegas nas atividades
recriam o meio: logo, ele é
desenvolvidas?
produto deste meio. Ele é
De que forma podemos constantemente estimulado pelo
conseguir que estes alunos inte- mundo externo e como conse-
rajam mais ativamente com o qüência internaliza o conheci-
processo ensino-aprendizagem? mento construído pelos homens
ao longo da história.
Para Vygotsky, é através da brin-
cadeira que a criança aprende e Para Vygotsky as funções
elabora níveis mais complexos do superiores (consciência, inten-
desenvolvimento. E é na Zona de ção, planejamento, ações volun-
Desenvolvimento Proximal ZDP, tárias e deliberadas) originam-se

140 Caminhos
nas relações do indivíduo e no Cada criança tem seu ritmo
seu contexto cultural e social. de aprender, umas aprendem
Elas dependem do processo de mais rápido que outras; umas
aprendizagem. Os processos necessitam de mais interferência
mentais são considerados sofis- do professor do que outras;
ticados e superiores, porque se muitas também necessitam de
referem a mecanismos inten- contato mais concreto para se
cionais, ações conscientemente desenvolverem. Em alguns casos
controladas, processos volun- também percebe-se que o resul-
tários que dão ao indivíduo a tado do aprendizado depende do
possibilidade de independência grupo cultural em que a criança
em relação às características. está inserida. Também sabemos
Considera que esses processos que as crianças que têm um
não são inatos. Eles se originam aprendizado mais lento e que
nas relações entre os sujeitos e se estão em uma turma em que as
desenvolvem ao longo do pro- demais crianças têm uma maior
cesso de internalização de desenvoltura, sentir-se-ão cada
formas culturais de com- vez mais intimidadas perante a
portamento. A internalização turma.
não é um processo de cópias da
Vygotsky afirma que as carac-
realidade externa em um plano
terísticas tipicamente humanas
interno de consciência. Ela
não estão presentes desde o
envolve uma série de trans-
nascimento do indivíduo, nem
formações. Toda atividade
são mero resultado das pressões
externa deve ser modificada para
do meio externo. Elas resultam
tornar-se interna, precisa haver
da interação dialética do homem
reorganização individual dos
e seu meio sócio-cultural. Ao
instrumentos fornecidos pela
mesmo tempo em que o ser
cultura. A internalização trans-
humano transforma o seu meio
forma o próprio processo e
para atender suas necessidades
modifica sua estrutura e funções,
básicas, transforma-se a si
e por último é uma atividade
mesmo. Sendo assim, quanto
interpessoal que se converte em
mais diretamente colocarmos
intrapessoal.
nosso aluno em contato com o
Vygotsky entende que o objeto de ensino, mais facil-
desenvolvimento é fruto de uma mente ele irá aprender. Isto não
grande influência das expe- quer dizer que devemos encher
riências do indivíduo. "mas cada nossa criança de conteúdos e sim
um dá um significado particular a que devemos levar para as
essas vivências. O jeito de cada crianças conteúdos que lhes
um aprender o mundo é indivi- façam sentido e que estejam
dual", explica REGO, 2001, p.25. dentro de seu contexto social. "A
criança só aprende quando as

UNIDAVI 141
informações fazem sentido para mal, é possível verificar não
ela". (REGO, 1995). somente os ciclos já comple-
tados, como também os que
"Ensinar o que a criança já
estão em via de formação, o que
sabe é pouco desafiador e ir além
permite o delineamento da
do que ela pode aprender é
competência da criança e de fu-
ineficaz. O ideal é partir do que
turas conquistas, assim como a
ela domina para ampliar seu
elaboração de estratégias peda-
conhecimento", recomenda
gógicas que auxiliem nesse
REGO. Assim percebemos o
processo.
porquê de crianças que não
acompanham o nível de apren- "As crianças são facilmente
dizado da turma em que estão alfabetizáveis, desde que des-
inseridos, na verdade, pode cubram, através de contextos
estar-se exigindo além do que funcionais, que a escrita é um
elas dominam. Assim sendo, objeto interessante que merece
cada vez sentir-se-ão menos ser conhecido". (FERREIRO, 1993,
motivadas em ampliar seus p.25). Desde que se inicia o
conhecimentos, havendo então a processo de alfabetização, deve-
necessidade de trabalhar sepa- se entendê-lo como um objeto
rado para que sejam sanadas as de prazer, mostrando 'a criança
dificuldades e assim poderem as funções da escrita, não dizer-
acompanhar os demais. lhe que está aprendendo para
quando for grande..., mas que a
Em interação com outras
escrita e a leitura lhe sirvam para
pessoas, a criança é capaz de
expressar suas idéias, seus
colocar em movimento vários
sentimentos. O papel do pro-
processos de desenvolvimento
fessor é de estimular a criança a
que, sem ajuda externa, seriam
interagir com a língua escrita.
impossíveis de ocorrer. Esses
processos se internalizam e Na alfabetização a criança
passam a fazer parte das deve atuar como sujeito do
aquisições do seu desenvol- processo de aquisição da língua
vimento individual. É por isso escrita. Será um ser ativo na
que Vygotsky afirma que "aquilo aprendizagem da leitura/escrita
que é a zona de desenvolvimento mediante a interação com o meio
proximal hoje será o nível de ambiente, com o outro e consigo
desenvolvimento real amanhã, mesma.
ou seja, aquilo que uma criança
É gerando ações, vivenciando
pode fazer com assistência hoje,
com a criança temas inte-
ela será capaz de fazer sozinha
ressantes, estimulando-a com
amanhã" (REGO, 1995, p.98).
atividades prazerosas de leitu-
Através da consideração da ra/escrita, buscando sempre o
zona de desenvolvimento proxi- sentido daquilo que se lê e se es-

142 Caminhos
creve, interagindo com o objeto aprender, superando suas difi-
de conhecimento, que é a culdades.
linguagem, trocando conheci-
As dificuldades de leitura e
mentos e estabelecendo relações
escrita produzem complicações
com as áreas de aprendizagem
na aprendizagem, fracassando
que estaremos criando condições
na maioria das matérias escola-
para que a criança se alfabetize.
res. A criança não pode desen-
"Alfabetizar é adquirir a língua
volver-se normalmente, tornan-
escrita através de um processo de
do-se tímida, envergonhada
construção do conhecimento,
perante seus colegas.
com uma visão crítica da
realidade, valorizando sempre o Podemos chamar as dificul-
lúdico" (FREIRE, 1994, p.15). dades no aprendizado da leitura
e escrita de dislexia, porém
Mas para isso o lúdico precisa
sempre que for diagnosticada a
estar ao alcance de todos. Para
dislexia deverá também ser
que isso aconteça se faz neces-
buscada a causa desta dislexia. A
sário que os professores possibi-
criança disléxica é capaz de ler,
litem um aprendizado que lhes
mas não é capaz de ler com
servirá para compreender e
eficiência
transformar suas realidades.
As crianças, quer trabalhando, Os principais sinais da dislexia
quer brincando, sabem o que são a dificuldade de escrever, a
fazem, não se intimidam diante inversão de letras e a leitura
de algo novo, aprendem a se lenta.
virar, tomam a iniciativa de par-
ticipar, aprendem a manusear Os disléxicos são pessoas cria-
ferramentas, jogos ou objetos tivas e não raro possuem uma
com precisão necessária para inteligência acima da média. O
conseguir realizar o que pre-
distúrbio não impede ninguém
tendem. Tem senso de propor-
ção, de direção, tem a noção de de aprender.
tempo e velocidade, sempre em Na medida em que a leitura
função de alguma atividade constitui em uma habilidade
que quer realizar. Para conse- isolada, mas pertence a um
guir isso não é preciso treina- processo lingüístico complexo,
mento de prontidão, nem o psicólogo, ao enfrentar o
orientação pedagógica: Basta estudo diagnóstico de um
deixar a criança agir, atuar deficiente de leitura vê-se
sobre os objetos. (CAGLIARI, levado à tarefa de investigar os
2000, p. 20) estratos básicos subjacentes ao
processo. (CONDEMARIN,
Mostramos a importância do
1980, p. 38)
lúdico no dia-a-dia das crianças,
fazendo com que elas apren- Percebe-se através desta
dessem brincando, fazendo a citação que a criança que apre-
interação do brincar com o senta dificuldades de apren-

UNIDAVI 143
dizagem deveria ser tratada por pelos familiares, estímulo e
uma pessoa especializada, para orientação para a produção de
que pudesse fazer um diag- textos.
nóstico correto e conseqüen-
É preciso estimular a criança a
temente um bom tratamento.
brincar de escrever e estas
Esse tratamento deverá ser feito
escritas deverão ser valorizadas,
através de aulas de apoio por
questionando os erros como
pessoas preparadas para dar o
reflexão da escrita. Uma forma
apoio e principalmente a atenção
de motivar os alunos é trabalhar
necessária.
com material pedagógico
Mas também sabemos que diversificado e de acordo com a
nem os pais nem os educadores atividade proposta. Também há
estão preparados para fazer este necessidade de disposição e
diagnóstico ou mesmo dar res- empenho do professor para estar
postas ao problema apresen- em constante participação junto
tado. Quando se trata de crian- com os alunos. Um professor
ças que freqüentam o pré escolar alfabetizador em hipótese
e apresentam dificuldades de nenhuma poderá ser acomo-
aprendizagem, pensa-se que é dado, pois, os alunos tanto
normal, que é o jeito da criança cobram como precisam do
se expressar. Depois, quando acompanhamento constante do
encontram-se no ensino fun- mediador.
damental, os professores per- Toda educação verdadeira-
cebem a deficiência, mas não mente comprometida com o
sabem como agir, outros até exercício da cidadania precisa
sabem, mas por outro lado criar condições para o desen-
acomodam-se não desenvol- volvimento da capacidade e de
uso eficaz da linguagem que
vendo um trabalho diferenciado satisfaça necessidades pessoais
na classe para fazer com que essa que podem estar relacionadas
criança consiga sanar suas às ações efetivas do cotidiano,
dificuldades, pois lhe dará muito à transmissão e busca de
trabalho. informação ao exercício da
reflexão. (PCNs, 1997, vol. 2, p.
Sabe-se que aprendemos ler, 30)
lendo e aprendemos escrever, A prática dos professores
escrevendo. Assim faz-se um deve possibilitar ao aluno apren-
contato permanente com textos der linguagem e escrita a partir
significativos de bons autores da da diversidade de textos que o
literatura infantil e também rodeia, buscando não apenas
contato com diferentes textos textos relacionados 'a linguagem,
funcionais (receitas, bilhetes, mas textos ligados 'as demais
anúncios, convites, etc.), leitura disciplinas, bem como 'a reali-
em voz alta feita pelo professor, dade e atualidades.

144 Caminhos
Segundo Ana Teberosky (NOVA entenderá muito mais do que é
ESCOLA, nov. 2002, p. 63) "É capaz de ler com os olhos.
essencial utilizar textos (cartas,
A vida escolar de uma criança,
contos, poemas, letras de
nem sempre ocorre da maneira
música, jornais, etc.). Assim,
que os pais desejam. Muitas
acredita, o educador vai efetiva-
crianças apresentam dificuldades
mente formar leitores e escritores
de aprendizagem e geralmente
não apenas "decifradores de
essas dificuldades são identi-
letras e palavras". O significado
ficadas principalmente na leitura
real desses textos, dentro de um
e escrita e ocorrem por diferentes
contexto, ajuda o aprendiz a
causas. Caso essas dificuldades
entender para que serve aquilo
não forem sanadas, poderão
que está aprendendo".
cada vez se agravarem mais,
Os alunos que apenas desistimulando a criança a apren-
decifram letras e palavras se não der.
forem estimulados a compre-
Sabemos que é de suma
ender o que estão "lendo"
importância que as crianças que
acabam por perder o interesse,
estão em uma determinada
porque na verdade se forem
classe, consigam assimilar os
questionados, não saberão dizer
conteúdos trabalhados em sala
ou contar o que leram. E é o
de aula, mesmo que essa assimi-
estímulo e o ensino de algo que
lação não seja completa, mas
seja significativo, que se faz
devem conseguir apreender pelo
necessário trabalhar com os
menos o básico, para que
alunos que apresentam dificul-
possam entender e acompanhar
dades de aprendizagem.
seus colegas no processo ensino-
A leitura deve ser vista como aprendizagem.
uma grande viagem, uma
Nós educadores não pode-
aventura, algo que nos faz ir
mos ficar alheios a esses proble-
além. Este além é refletir sobre a
mas. Devemos sim preocuparmo-
leitura, concordando, contes-
nos em proporcionar um ensino
tando, questionando quando for
cada vez melhor aos nossos
o caso. Por isso a necessidade do
educandos.
professor selecionar leituras
agradáveis e sempre que possível Pensando nesse assunto de-
ler histórias a seus alunos, senvolveu-se este trabalho com o
principalmente nos primeiros intuito de auxiliar as crianças que
anos escolares, pois, as crianças apresentam dificuldades de
adoram ouvir histórias. aprendizagem, aplicando o pro-
cesso corretor, de forma agra-
Quando a criança ouve histó-
dável e atraente, buscando uma
rias, descobre que o mundo dos
maior interação das crianças com
livros é interessantíssimo. Ela

UNIDAVI 145
o aprendizado. CRIANÇA, é o que prevê o esta-
tuto da criança e do adolescente.
O principal objetivo com este
Mas muitas crianças não
projeto é de propiciar às crianças
praticam este direito. Não por
de forma lúdica e prazerosa, o
terem que trabalhar, mas por
desenvolvimento da leitura, escri-
fazerem mau uso deste direito.
ta e linguagem oral, trabalhando
Vivem na rua, andando de um
as dificuldades identificadas,
lado para o outro mas não
oferecendo atividades diversi-
brincam. São muitas crianças, a
ficadas para ajudá-las a superar
maioria nem tem um brinquedo
estas dificuldades, para que
para levar para brincar, e os que
possam acompanhar seus
têm não levam, porque no meio
colegas de turma de uma forma
de tantas crianças, um brinquedo
mais igualitária.
só, irá gerar atritos.
Para conseguir alcançar esse
As brincadeiras de roda, não
objetivo, o trabalho foi desen-
são mais vistas, estão ador-
volvido fazendo um resgate de
mecidas, será por quê? Pode-se
cantigas de roda e brincadeiras
dizer que uma das respostas é
cantadas, visando tornar o
que os pais destas crianças estão
ensino da leitura e da escrita um
tão preocupados em pôr o
processo prazeroso em que o
alimento para dentro de casa que
aluno se sinta motivado para
não dispõem mais nenhum
adquirir conhecimentos nesta
tempo para brincar com seus
área.
filhos.
A idéia de se buscar uma alfa-
O mesmo acontece na escola,
betização enfatizando o lúdico
não ocorrem brincadeiras diver-
no universo da criança, surgiu
tidas que de uma forma ou de
por entender que todas as
outra irão ajudar no processo de
crianças gostam muito de brincar
aprendizagem. O que ocorre são
e como nos diz o educador Paulo
empurrões, cutucões e pontapés,
Freire "É brincando que se
que só levam a discussões e
aprende a levar a vida a sério".
atritos.
Então a idéia a ser posta em
prática foi planejada com um O professor está perdendo a
grande álbum de cantigas de oportunidade de proporcionar
roda e brincadeiras cantadas. brincadeiras aos alunos. Está
esquecendo que através das
"A palavra progresso não terá
brincadeiras ele poderá trans-
qualquer sentido enquanto hou-
mitir conteúdos e principalmente
ver crianças infelizes". (ALBERT
conhecer a personalidade das
EINSTEIN)
crianças, identificando quais as
Como também sabemos, dúvidas e conhecimentos que
BRINCAR É UM DIREITO DA cada uma apresenta.

146 Caminhos
Brincando, a criança aprende a Com brincadeiras, as crianças
lidar com o mundo experimenta aprenderão com prazer e dina-
e recria situações do cotidiano. A mismo. Serão sujeitos do proces-
brincadeira desenvolve autono- so educativo e não haverá dico-
mia e a imaginação. tomia entre o aspecto cognitivo e
afetivo, mas sim uma relação
O professor deve perder o
agradável dirigida para o ato de
medo de que se brincar com os
conhecer o mundo pela interação
alunos estará indo contra os
que faz com adultos letrados.
princípios da escola. Também em
hipótese alguma deve pensar Muitos alunos apresentam
que se proporcionar brincadeiras dificuldades de aprendizagem e
aos seus alunos, estará perdendo são chamados de alunos fracas-
tempo e deixando de lado os sados, mas o que são na reali-
conteúdos que estão delineados dade é desmotivados e inse-
para serem repassados durante o guros.
ano.
Deve-se compreender primeir-
A alfabetização é a decifração amente que: todos podem
primeiramente do mundo, de- aprender, sem exceção. E em
pois de códigos e símbolos. seguida conforme Rego em uma
Assim alfabetizar com algo que entrevista à revista Nova Escola
faz parte da história das crianças (2001), afirma "[...] O jeito de
torna-se mais interessante, pois, cada um aprender o mundo é
aprender com sentido e prazer individual". Portanto, deve-se res-
está associado à compreensão peitar os limites de cada aluno
mais clara daquilo que é ensi- dentro das suas possibilidades. O
nado. aluno irá demonstrar interesse
em aprender aquilo que vem de
Quando se trabalha com brin-
encontro aos seus interesses e
cadeiras que as crianças já
poderá irá além de seus limites. O
conhecem, elas sentem-se mais
professor alfabetizador que
seguras, confiantes em partici-
acreditar no potencial de cada
par, pois, sabem que as brinca-
aluno com certeza colherá bons
deiras fazem parte de seu
frutos de seu trabalho.
mundo. Conhecendo a cantiga
que estão cantando, irão pro- Partindo então, do pres-
curar acompanhar na letra em suposto de que crianças que
que está cada palavra. Os textos apresentam dificuldades de
já memorizados pelas crianças aprendizagem, podem apresen-
permitem que elas ajustem o que tar um melhor rendimento
se fala ao que se escreve, enten- através de brincadeiras que já
dendo assim a função social da conhecem e brincadeiras canta-
escrita. das, iniciou-se a prática desta
pesquisa.

UNIDAVI 147
Primeiramente entrou-se em problema, foi preciso primei-
contato com a direção e ramente aumentar a auto-estima
professores da Escola de Ensino dessas crianças e o apoio e a
Fundamental Prefeito Affonso motivação foram fundamentais,
Rohden, que é uma escola para que isso ocorresse e tivesse
municipal do município de como conseqüência mais segu-
Salete, para fazer um levan- rança para enfrentar as dificul-
tamento de possíveis crianças dades. Outro ponto importante
com incidência de dificuldades foi criar oportunidades para que
de aprendizagem e também da estes alunos pudessem ter
possibilidade de atender estes contato com livros, revistas,
alunos, em horário de aula ou jornais e jogos, já que em suas
extraclasse, para sanar as dificul- famílias não encontravam estes
dades. multimeios.
Através das professoras das Ao entrar em contato com as
turmas, foram selecionados 9 crianças, descobrimos que elas já
alunos, sendo alunos de 2ª, 3ª e sabiam muitas coisas. E nós
4ª séries do ensino fundamental. educadores sabíamos da impor-
Conforme o depoimento da tância de aproveitar o máximo
diretora e dos professores desta que pudéssemos para através do
escola, as dificuldades na que já sabiam ajudá-las a buscar
aprendizagem, pelo que obser- novos conhecimentos. O profes-
vavam e conheciam dos alunos, sor como mediador de novos
são na maioria por motivos conhecimentos deve a cada
emocionais como: desestrutura momento desafiar seus alunos a
familiar causada por desem- pensar sobre a escrita e a leitura,
prego, alcoolismo, separação dos pois muitas vezes as crianças, se
pais [...] Todos esses fatores não forem motivadas e desa-
contribuíam para o desinteresse fiadas, realizam as atividades
do aluno em aprender. A criança mecanicamente.
não sentia prazer, nem estímulo
Depois de selecionadas as
nenhum para tentar se interessar
crianças e do espaço para tra-
pelo que a escola tinha a lhe
balhar com eles estar montado,
oferecer.
realizou-se uma reunião com os
A falta de apoio da família, de pais, em que foram feitas
alimentação adequada, falta de algumas colocações sobre a
contato com livros, revistas, aprendizagem de seus filhos e a
jornais e jogos, faziam com que importância de um reforço no
estes alunos se sentissem processo ensino-aprendizagem
reprimidos, sem condições de destas crianças. Foi colocado
aprender. também sobre o comprome-
timento dos pais em motivarem
Para conseguir sanar esse

148 Caminhos
seus filhos ao estudo. Também Os momentos em que po-
foi feita uma entrevista com cada diam escolher um brinquedo na
mãe/pai que estavam presentes, sala e brincar livremente sempre
confirmando-nos os dados foi muito valorizado pelas
repassados pela direção e crianças. Podia-se dizer que
professores da escola. nunca haviam brincado de tanto
que se entretinham. E não esco-
Nos primeiros dias que
lhiam somente carrinhos e
atendemos as crianças, serviu-
bonecas, mas também os jogos
nos para conhecê-las e diag-
educativos sempre estavam
nosticar suas principais dificul-
presentes. Percebeu-se, durante
dades. Sendo que percebemos
as atividades, que havia alunos
que haviam muitas dificuldades,
que nem sequer conheciam o
entre elas podemos citar: escrita
jogo da memória ou um quebra-
das palavras sem deixar espaço
cabeça.
entre uma e outra, medo de
escrever, conhecimento das letras Sempre que se propunha mo-
mas não conseguiam juntá-las mentos de leitura, pediam para
para formar as palavras, ilegi- que lêssemos uma história para
bilidade da grafia, troca de letras eles, pois entendiam que quando
na hora de escrever, leitura líamos eles compreendiam muito
soletrada entre outras. melhor a história. Então sentá-
vamos no chão e fazíamos a lei-
No início percebeu-se que na
tura e em seguida vários
maioria eram crianças muito
comentários surgiam, pedindo
tímidas, quase não participavam
para que cada um falasse um
das atividades, não manifes-
pouquinho, motivando-os cada
tando suas opiniões. Em contato
vez mais a falarem e exporem
com as professoras, nos informa-
suas idéias. Aproveitávamos,
ram que na sala de aula também
então, toda vez que nos encon-
não participavam e chegamos a
trávamos para ler, pois como
conclusão de que não partici-
sabemos esta é uma das me-
pavam por insegurança, medo de
lhores maneiras de incentivá-los
responder errado, e também na
a criar o hábito e o gosto pela
sala de aula os demais colegas
leitura. Realmente enquanto
sempre respondiam antes deles.
líamos para as crianças, pareciam
Assim cada vez mais foi-se que estavam dentro da história.
criando oportunidades para cada Não se escutava sequer um ruído,
um falar, inicialmente nas brin- de tão concentrados.
cadeiras livres e depois durante
Também em todos os encon-
as atividades realizadas em sala,
tros, proporcionávamos a cada
fazendo com que sentissem
criança um momento para que
segurança de falar perante a
ela pudesse fazer sua leitura em
professora e colegas.

UNIDAVI 149
voz alta, melhorando assim a rante a realização do trabalho,
dicção e fazendo com que foi que muitas das crianças com
realmente lessem. quem trabalhamos, não tinham
muito incentivo e apoio dos pais.
Quanto à escrita, em que as
Como educadoras e mães, sabe-
dificuldades também eram
mos da importância de um
muitas, proporcionamos vários
elogio para a criança ou de um
momentos desde uma cópia, até
simples incentivo quando ela
suas próprias produções. Propor-
descobre algo novo. Provavel-
cionamos variadas atividades e
mente porque somos educadoras
dentre elas podemos citar: caça
estamos preocupadas com a
palavras, palavras cruzadas,
educação, percebemos através
atividades com o alfabeto móvel,
de diálogos com as crianças, que
atividades com lacunas, pro-
muitas vezes elas apenas querem
dução de pequenos textos, etc.
ajuda, mas quando perguntam
Em cada atividade realizada, se está correto, recebem a
sempre propúnhamos que fizes- resposta que agora não têm
sem uma releitura, procurando tempo, ou isto é uma bobeira.
os possíveis erros e corrigindo-os.
Mal sabem muitos pais, que
No início foi difícil conseguir com
através destas pequenas respos-
que fizessem esta releitura, pois
tas, estariam ajudando e muito
não estavam habituados, mas
no processo de aprendizagem e
com o passar dos dias come-
autoconfiança dos filhos. O que
çaram a fazê-la. Lógico que nem
não se sabe ainda é uma maneira
todos percebiam os erros, mas
de conscientizar estes pais da
tentavam.
importância destes pequenos
As cantigas utilizadas nas elogios e de simples respostas,
atividades, em sua maioria foram que nada custariam, mas seriam
apresentadas a eles em forma de de grande valia para as crianças.
cartazes, que ficavam expostos As escolas já vêm chamando a
na sala e que eles faziam questão atenção dos pais nesse sentido,
de cantar. Juntos escolhiam, mas se vê que não é muito fácil
cantavam e brincavam. fazer com que os pais repensem
e mudem suas maneiras de agir.
Assim a cada dia que íamos
trabalhando com eles, víamos Durante a realização do pro-
melhoras no desenvolvimento da jeto, buscamos elogiar e incen-
aprendizagem deles, lógico que tivar as crianças, sempre propor-
uns mais do que outros. Na sala cionando momentos para que
de aula, as professoras também cada uma pudesse expor a sua
percebiam as melhoras, princi- idéia e nós como mediadores,
palmente na oralidade. fomos ajudando-os a perder o
medo, mostrando-lhes que são
Um fator que percebemos du-

150 Caminhos
capazes de aprender, de criar e As demais conseguem
recriar junto com seus colegas. acompanhar normalmente os
colegas de sala de aula. Estas
Assim enquanto desenvol-
crianças melhoram muito. Hoje
víamos os trabalhos, as crianças
lêem não somente por obri-
iam para a sala cada vez mais
gação, mas sim porque criaram o
motivadas em aprender e tendo
gosto pela leitura. Na escrita
mais confiança em si próprias
também conseguem produzir
bons textos. Adquiriram maior
agilidade, melhorando a grafia e
CONCLUSÕES
a oralidade. Eram crianças muito
Ao concluir este trabalho, inibidas, como trabalhamos com
estamos cientes de que ele grupos pequenos, sempre fazen-
deveria ter continuidade dentro do com que participassem conti-
da escola, pois temos a certeza nuamente, acabaram perdendo o
de que o mesmo foi muito válido. medo de falar e agora participam
bem na sala de aula.
Podemos dizer que um traba-
lho para sanar dificuldades de Com esses resultados conse-
aprendizagem exige muito guimos mostrar que é possível
esforço e desenvoltura, pois é corrigir a maioria das dificul-
necessário, além da pesquisa, dades de aprendizagem através
trabalhar com as crianças do lúdico. Sentimos que se utili-
respeitando suas individuali- zando das cantigas de roda e das
dades, sendo que cada criança brincadeiras cantadas, que fazem
pode apresentar uma dificuldade parte do dia-a-dia das crianças,
diferente, exigindo das pessoas conseguimos fazer que sentis-
envolvidas no projeto buscar sem, realmente, vontade de
diferentes atividades para aplicar aprender. Percebemos que com
e trabalhar com cada uma delas. esta maneira de trabalhar as
crianças vinham sempre com
Com a realização do projeto
muita vontade em saber o que
conseguimos ajudar e muito, não
iriam aprender brincando.
só as crianças que tinham
dificuldades de aprendizagem, Desenvolver um trabalho
como também de certa forma os como este, nos exigiu muito
professores e a escola, pois assim empenho, paciência e dedicação,
melhorou a qualidade e o nível mas nos realizamos, pois conse-
de ensino da instituição num guimos alcançar nossos objetivos
todo. e temos a certeza de que valeu a
pena.
Das vinte (20) crianças com
quem trabalhamos, neste ano de Seguindo a teoria sócio-his-
projeto, somente duas crianças tórica, oportunizando um am-
apresentaram poucas melhoras. biente mais enriquecedor de

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conhecimentos e mediados, sem-
pre pelo professor, possibilitou a
estas crianças a inserção num
mundo até então desconhecido.
Esperamos com este trabalho
termos a oportunidade de ajudar
mais crianças a verem que são
capazes de buscar novos conhe-
cimentos e assim termos uma
educação de qualidade em nos-
sas escolas.

152 Caminhos
REFERÊNCIAS

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reimpressão), São Paulo: Scipione, 2000.
CONDEMARIN, Mabel. Dislexia: Manual de Leitura Corretiva. Porto
Alegre: Artes Médicas, 1986.
FERREIRO, Emília. Com Todas as Letras. 3. ed., São Paulo: Cortez,
1993.
FREIRE, Paulo. Alfabetização, Leitura do Mundo, Leitura da Palavra.
2. reimpressão, São Paulo: Paz e Terra, 1994.
REGO, Teresa Cristina. Aprenda com Eles e Ensine Melhor. Revista
Nova Escola. p. 25, jan e fev./2001.
______Vygotsky: Uma Perspectiva histórico-Cultural da Educação. 8.
ed., Petrópolis, RJ: Vozes, 1995.

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