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1 Síntese de IPD – 2009-2010

CONSIDERAÇÕES EPISTEMOLÓGICAS

Psicologia do desenvolvimento: evolução; mudanças no comportamento e nas capacidades ao longo da vida. Perspectivas:
Organísmica – o ímpeto para a mudança é interno – desenvolvimento activo, qualitativo e por etapas (Piaget, Freud, Erikson);
Mecanicista – comportamento comparado ao de uma máquina – desenvolvimento passivo, contínuo, quantitativo (década de
60 – Watson, teorias da aprendizagem);
Contextualista (Vygotsky, Borfenbrenner);
Formista.

Empirismo (Locke, Hume) Skinner - Desenvolvimento: Aprendizagem cumulativa..


Racionalismo/Construtivismo (Kant) Piaget, Kohlberg: Estrutura criada por conceitos mentais a priori; Aprendizagem: a mente
aplica a estrutura existente à experiência nova; Desenvolvimento: mudanças de transformação nas novas estruturas.
Sócio-historicalismo (Hegel, Marx) Vygotsky: Conhecimento: Criado pelo grupo social e o seu contexto histórico; Aprendizagem:
Processo de interacção na vida em grupo; Desenvolvimento: Emergência e treino de capacidades.

Questões chave:
Estabilidade vs mudança
Passivo vs Activo – Para Piaget é activo; para os comportamentalista, o sujeito acumula o que o meio lhe dá; para os dinâmicos,
é passivo.
Continuidade vs descontinuidade - mudança gradual e cumulativa ou existem estádios distintos? O desenvolvimento é uma
soma de competências? Saltos quantitativos ou qualitativos? Continuidade – Quantitativo: os processos utilizados pelas
crianças são equivalentes aos dos adultos, embora não tenham a mesma experiência. Descontinuidade – Qualitativo: novas
estruturas não-semelhantes emergem.
Domínio geral vs domínios específicos - Piaget: Todos os domínios do desenvolvimento resultam de um processo global e
universal Vs. Os diferentes domínios desenvolvem-se independentemente e a ritmos diferentes.
Universalidade vs Contextualidade - combinações da genética e das circunstâncias do meio ou dimensões universais e únicas
para todos os contextos?
Natura vs cultura / hereditariedade vs ambiente - O enfoque da investigação é nos aspectos comuns a todos (normativo) ou
nas diferenças (ideográfico)? Natura: Alguns comportamentos são herdados - Rousseau, Piaget, Chomsky. Cultura: Locke,
Watson, Skinner – Para os comportamentalistas tudo pode ser aprendido.
Memes (oposto de genes) = ideias, modas e inovações auto-replicadas passadas de pessoas em pessoa, de geração em geração.
Zeitgeist = clima intelectual da cultura contemporânea.
Matu- Expe- Estádios Nº Acção
Objectivos dos quadros de referência teórica: ração riência factores
Descritivo: etapas; Explicativo: causas. Freud + +++ S ++ +
Processos subjacentes ao desenvolvimento: Erikson ___ +++ S ++ +
 Maturação: desenrolar biológico de acordo
com o plano genético; Skinner ___ +++ N __ ___
 Aprendizagem: mudanças relativamente Bandura ___ +++ N + +++
permanentes no comportamento através da Piaget +++ +++ S + +++
prática/experiência.
Case, Fischer + + N + +
Teorias do desenvolvimento: Vygotsky ___ +++ N + ++
 Teorias biológicas;
Brofenbrenner ___ +++ N +++ +++
 Teorias psicanalíticas: emoções;
 Teorias da aprendizagem: acções; Etologia + + N + +
 Teorias cognitivo-desenvolvimentistas: ideias,
crença, premissas. Adaptado de Seifert, Hoffnung & Hoffnung, 1997

Freud - 5 estádios de desenvolvimento psicossexual


Oral: 0-1 ano; Anal: 1-3 anos; Fálica: 3-6 anos descoberta dos órgãos sexuais (Complexo de Édipo; desejos de amor e hostilidade
com os pais); Latência: 6-11 anos: pausa na evolução da sexualidade; Genital: Adolescência: afirmação do primado genital
específico de cada sexo. Para avançar para o estádio seguinte, a criança precisa de receber a quantidade de gratificação certa.

Erikson: alarga a teoria de Freud, construindo uma identidade pessoal, envolvendo o desenvolvimento cognitivo, o Ego como
força positiva e o contexto cultural.
8 idades do Homem – Crises psicossociais, estádios da vida - Maturação biológica, exigências sociais e pessoais:
 0-17meses: confiança vs desconfiança, esperança;
 18meses-3anos: autonomia vs dúvida e vergonha;
 3-6anos: iniciativa vs culpa;
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 6-12anos: produtividade vs inferioridade; entrada na escola (comparação com o colega do lado); competências,
capacidades, noção académica, auto-estima;
 Adolescência: identidade vs confusão de papéis. Noção, construção de si próprio;
 Juventude até aos 35 anos: intimidade vs isolamento. Intimidade social e sexual;
 Adulto: generatividade vs estagnação. Crise da meia-idade;
 3ª idade: integridade vs desespero. Integridade de toda a experiência, dar aos outros, voluntariar.
Cada idade é definida como uma força bipolar (pólo positivo e negativo). O homem tende a resolver a crise pelo pólo positivo
(ego força positiva) favorecendo a etapa seguinte.

Havighurst: tarefas biopsicossociais; "lições".

Modelos comportamentais (Skinner, Pavlov, Watson) falam em repertório comportamental, não em personalidade.
Modelos da aprendizagem social - Modelo Sócio-Cognitivo de Bandura: comportamento, ambiente e personalidade.
Aprendemos através da observação e identificação com diferentes modelos, através do reforço ou punição vicariantes.

TRÊS TIPOS DE CONSTRUTIVISMO segundo Moshman (1982): endógeno, exógeno e dialéctico.

CONSTRUTIVISMO ENDÓGENO (Piaget):


Posição construtivista/interaccionista – sujeito age, modela o seu meio, interage, cria oportunidades para explorar.
Estádios qualitativamente diferentes; a passagem de um estádio ao outro supõe mudanças cognitivas no processo de
conhecimento do objecto e um novo modo de operar.
A teoria está mais centrada na sequência e não na cronologia; mais orientada para a competência e conhecimento estrutural em
detrimento do desempenho, do conhecimento processual; apela mais para a explicação formal e estrutural do que à funcional
ou do tipo antecedente-consequente; é mais descritiva do que explicativa.
Assimilação: integrar o novo na estrutura antiga; incorporar elementos do meio EXTERNO;
Acomodação: reestruturação, mudança no esquema/organização de acção e das estruturas mentais; processo INTERIOR de
habituação.
Adaptação: A evolução cognitiva faz-se pela cada vez melhor adaptação do sujeito ao meio e o equilíbrio entre essas relações.
Equilibração: auto-estruturação, auto-regulação do indivíduo; ponto de equilíbrio entre a assimilação e a acomodação
necessário para assegurar à criança uma interacção eficiente com o meio.
Esquema: Os esquemas guiam a coordenação das acções. As experiências novas são assimiladas num esquema e um esquema é
criado ou modificado por acomodação. Alteram-se de acordo com as nossas necessidades. Há uma constante reorganização,
uma continuidade funcional mas uma descontinuidade estrutural.
Primeiras adaptações em contexto: Os recém-nascidos vêm ao mundo equipados e preparados para as tarefas de
desenvolvimento que têm de enfrentar. Possuem reflexos, capacidades sensoriais, pré-adaptações para dar atenção a
determinados estímulos e para a interacção social (rosto humano dos prestadores de cuidado).
ESTÁDIO SENSÓRIO-MOTOR (0-2 anos)
Vai surgindo a permanência do objecto; jogo faz de conta; imitação diferida (fora da presença do objecto) e no final
do estádio, a função simbólica (primórdios da representação de objectos ou de acções por símbolos ou signos), com
a transição de uma inteligência sensório-motora para uma inteligência representativa e simbólica.
Exercícios Reflexos (0-1mês): a construção do real é fundamentalmente SENSORIAL e MOTORA (exprime-se através de
movimentos). Inteligência prática pré-verbal, ligada à necessidades básicas do bebé. É através dos esquemas sensoriomotores
que se processa a adaptação ao meio e o aperfeiçoamento dos esquemas iniciais. O contacto com o meio é directo e imediato
sem representação mental dos objectos ou pensamento. Representa a transição de uma vida mais biológica (reflexo) para uma
vida mais psicológica (aprendizagem).
Reacções circulares primárias ou centrípetas (1-4 meses): acções que se repetem, relacionadas com o seu próprio corpo. As
condutas já são aprendidas (reproduzem acontecimentos agradáveis que descobrem por acaso).
Reacções Circulares Secundárias (4-8meses): acções que se inserem sobre o meio, para objectos exteriores; o bebé coordena os
meios para atingir os fins. As acções são semi-intencionais e semi-inteligentes; não há uma verdadeira diferenciação entre
interioridade e exterioridade (eu e o mundo).
Coordenação de Esquemas secundários em situações novas (8-12meses): Actos progressivamente mais completos de
inteligência prática, com recurso a sequências já constituídas. Uso intencional de esquemas aprendidos para atingir metas, com
antecipação de acontecimentos e permanência do objecto. Começa a existir um mundo de exterioridade relativamente
independente da sua interioridade. Há uma busca activa do objecto desaparecido, mas não quando este sofre movimentos,
mesmo que visíveis: Erro A-não-B. O objecto continua dependente da acção, a um elemento do espaço que o bebé associa ao
objecto.
Reacções Circulares Terciárias (12-18meses): Capacidade para descobrir e resolver problemas através de experiências activas
(tentativa-erro). Explora as potencialidades do objecto e provoca resultados novos em vez de simplesmente reproduzi-los após
o seu aparecimento casual.
Invenção de novos meios e Representação Mental (18-24meses): ideias e ensaios (representa esquemas mentais da acção
motora antes de o executar). Primeiros sinais de representação simbólica, permitindo as combinações interiorizadas que estão
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na base de novas soluções. Os esquemas adquiridos pela criança resultam de um insight e não da experimentação. Passa a ser
capaz de realizar mentalmente o que já antes fazia por actos motores.
ESTÁDIO PRÉ-OPERATÓRIO (2-6 anos): intuição que possibilita as associações livres, fantasia; manifesta-se através da mímica,
linguagem, desenho, imitação diferida e jogo simbólico. Sua percepção imediata (aparência) é encarada como verdade absoluta.
Função simbólica: Construção do conhecimento a um nível conceptual, formação de conceito; Egocentrismo (tarefa da crença
falsa): não compreende o ponto de vista do outro porque se centra demasiado no seu; todos vêem o mundo como eu vejo”;
entendimento pessoal de que o mundo foi criado para si; incapacidade de compreender as relações entre as coisas; Animismo:
objectos inanimados mostram sinais de vida; Realismo: estados psicológicos (sonhos) são reais; Finalismo: Tudo existe para o
bem essencial dela própria; Artificialismo: objectos naturais foram criados pelos seres humanos para lhe ser útil.
Estádio Operatório concreto (7-11 anos): visão do mundo com mais realismo, deixam de confundir o real com a fantasia e
compreendem a existência de acções reversíveis. Adquirem a capacidade de realizar operações e entrar no pensamento lógico;
compreende que há características que se conservam, independentemente da sua aparência; interiorização de regras sociais e
morais; desenvolve a capacidade de se colocar no ponto de vista do outro (descentração cognitiva e social).
Estádio operatório formal (12 anos em diante): raciocínios abstractos; desenvolve a sua própria identidade, pensa e formula
hipóteses (raciocínio hipotético-dedutivo), é capaz de se desprender do real e raciocinar sem se apoiar em factos.
A idade é um mero indicador e não um critério de desenvolvimento.
MÉRITOS: Teoria universal, abrangente, sólida e compreensiva que explica todo o processo de desenvolvimento. Encoraja a
descoberta e o contacto directo com o meio.

CONSTRUTIVISMO EXÓGENO - MODELOS DO PROCESSAMENTO DE INFORMAÇÃO: Metáfora da mente como computador.


Aprender é construir estruturas mentais que reflectem o modo como o mundo realmente é.
LIMITES: Não considera capacidades como a imaginação e a criatividade, nem situações reais de vida.
Os sujeitos diferem entre si nas estratégias de processamento da informação (quantitativo), enquanto para Piaget, diferem nas
estruturas e formas de pensar (qualitativo).

CONSTRUTIVISMO DIALÉCTICO: O conhecimento desenvolve-se a partir de factores internos (cognitivos) e externos.


Perspectiva contextual: Desenvolvimento indissociável do ambiente, contexto social.
Teoria Sociocultural de Vygotsky: Para compreender o desenvolvimento cognitivo, é preciso olhar para os processos sociais de
onde se origina o pensamento de uma criança, que aprendem através da interacção social, dentro de um processo cooperativo e
um envolvimento activo com o seu ambiente. Os adultos devem ajudar a dirigir, orientar e organizar a aprendizagem até que a
criança possa aprender e internalizar o aprendizado, os modos de pensamento e comportamento das suas sociedades.
Aprender é interiorizar e utilizar as ferramentas culturais.Adquirem habilidades cognitivas como parte da sua indução a um
modo de vida.
Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP); andaimes: plataformas temporárias como modo de ensinar; o monitoramento da
aprendizagem gradualmente passa para a criança (autonomia, automatização).

Teoria ecológica de Brofenbrenner: interiorização importante dos múltiplos contextos físicos e sociais - influências
bidireccionais

CRESCIMENTO FÍSICO E DESENVOLVIMENTO MOTOR

Período crítico – se não houver estímulos do meio, há danos irreversíveis (perspectiva evolucionista, etológica).
Período sensível – os danos podem ser graves mas não irreversíveis.
Motricidade Grossa: Acção dos grandes músculos; evolução no desempenho dos movimentos (ex: correr, saltar).
Motricidade Fina: Competências de auto-ajuda; satisfação em tomar conta do seu próprio corpo (ex: atar os sapatos;
coordenação entre olho e mão, desenhar, desabotoar o casaco, cortar).

Desenvolvimento físico: andar sozinho (até aos 18 meses); maturação do SN; cada vez mais saudável, esticando e
amadurecendo; mais magro, mais forte e mais capaz; os músculos abdominais desenvolvem-se; as cartilagens passam a ossos;
controle mais consciente dos músculos; maior capacidade pulmonar logo raio de acção maior; centro da gravidade altera-se logo
o equilíbrio melhora.

LINGUAGEM

Como e porquê a criança adquire linguagem: Maturação física; Desenvolvimento cognitivo; Socialização.
Palrar (3-4 meses): espontaneamente profere vários sons não relacionados especificamente com a língua materna.
Estádio de uma palavra (1-2 anos) - hipótese holofrásica: uma só palavra pode ser usada para expressar uma frase.
Perspectiva Inatista (Maturação cognitiva) – Chomsky: sistema/mecanismo inato - Dispositivo de aquisição da linguagem (LAD)
que permite a análise da língua e a inferência das regras gramaticais e sintácticas. O reforço e a imitação são importantes mas
não determinantes. Apesar do dispositivo inato, é preciso alguma interacção com o meio, sendo importante todo o contexto
cultural da criança.
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Pontos fortes: Os bebés têm a capacidade de produzir palavras ou frases que nunca ouviram antes; As crianças são sistemáticas
nos seus erros; universalidade e sequencialidade - todas as crianças passam por fases semelhantes de aquisição da linguagem,
independentemente da língua; há uma fase crítica para a aquisição da linguagem.
Perspectiva Comportamental (Modelagem social - imitação) – Bandura: a aquisição da linguagem se desenvolve através de
interacções sociais de tipo estímulo – resposta; imitação. Adquirem vocabulário e ordenação frásica, processando e
interiorizando o que ouvem. Crítica: Não consegue explicar o impressionante ritmo do desenvolvimento da linguagem na
criança, nem a sua elevada criatividade.
Perspectiva Cognitivista: A aquisição da língua depende da evolução psicológica, aprendizagem e maturação de outros
processos cognitivos. Mas, na trisomia 21, apesar de um desenvolvimento cognitivo limitado, falam; nos autistas, apesar do
desenvolvimento cognitivo, não falam.
Teoria Interaccionista - Pragmático–Social: factores de natureza social e capacidade inata para adquirir linguagem; o contexto
sócio-cultural determina o quê e como é aprendido - mecanismos que podem condicionar: características da personalidade;
factores sociais; ritmos de desenvolvimento.
Skinner: associação entre estímulo, resposta e reforço - condicionamento operante.

Linguagem Receptiva e Linguagem Expressiva (relação intrínseca).


As crianças compreendem muito mais do que podem produzir. Na pergunta negativa, a compreensão é mais tardia.
Mapeamento rápido: ouvem uma palavra desconhecida num dado contexto; vão tentar percebê-la pelo contexto, assimilam,
armazenam na memória e quando o contexto for parecido, voltam a produzi-la.

CONCEITOS FUNDAMENTAIS DA CATEGORIZAÇÃO

A capacidade de categorizar objectos com diferenças visíveis surge na 2ª infância, juntando objectos por características/critérios
comuns. Com 4 anos, já consegue usar a informação sobre a categoria.
Uma característica não evidente que se torna saliente no 2º ano de vida é a função do objecto – categorização conceptual.
O nº e a variedade de características a que os bebés prestam atenção também aumentam com a idade.

Piaget: Conceitos "espontâneos”: ideias da criança acerca da realidade; conceitos "não-espontâneos”: influenciados pelos
adultos.
Vygotsky: os dois não estão em conflito e não são incompatíveis; fazem parte de um mesmo processo. 3 fases da formação de
conceitos: Sincretismo: conjuntos sincréticos com base em relações perceptivas vagas e pouco organizadas; Pensamento por
Complexos: agrupamento de ligações concretas descobertas através da experiência directa; Lógica abstracta: capacidade de
abstrair, isolar e examinar os elementos abstractos separadamente.
Perspectiva dos estádios, Klausmeier - 4 níveis de formação de conceitos: 1 - Nível concreto (reconhecer um objecto que já foi
encontrado); 2 - Nível de Identidade; 3 - Nível classificatório; 4 - Nível formal (nomear, definir, discriminar).
Abordagem ecológica de Gibson (1995) – dinâmica: Reflecte a relação entre a percepção e a acção para categorizar: meio +
capacidade do bebé para detectar informação importante sobre o mundo. A informação complexa não é percepcionada peça a
peça (como empiristas e cognitivistas defendem) mas os estímulos complexos são extraídos do fluxo de informação
percepcionada directamente se se souber o que se procura, observando as várias repetições do mesmo conceito. Desde o
nascimento que não se vê ou se ouve simplesmente: vê-se e ouve-se tentando dar sentido às experiências.
Inatismo (Spelke): bebés são muito mais competentes do que a maioria dos investigadores acreditam.
De facto, a acuidade visual é pouca ao nascer, mas com 2 meses já distinguem as cores; vêem mais facilmente um padrão com
xadrez grande por ser mais estimulante e contrastante; fixam muito mais facilmente formas simples.
Os recém nascidos fixam mais tempo rostos do que outras imagens igualmente complexas. A expressão do rosto altera-
se consoante o odor. O scanning do rosto é mais difuso com um mês (olhos, bocas). Aos 3 meses, preferem a cara das mães a de
estranhos; aos 6 meses conseguem lembrar caras. A um ano a acuidade visual (distinção de padrões mais pequenos) é idêntica
ao do adulto.
Modelo conexionista (Elman): Tudo se resume a conexão entre sinapses, formando nós que permitem realizar actividades de
processamento mais elevado.
Abordagem do Processamento da informação Cohen & Cashon (2001): princípios de processamento; diferentes níveis de
organização; o desenvolvimento prossegue para níveis cada vez mais elevados.
A representação dos objectos é perceptiva e/ou conceptual? Com a idade, as crianças aprendem a responder a objectos por
diferenças Perceptivas (aparência física) e Conceptuais (função).
Imitação diferida (Meltzoff & Moore, 1992): bebés de 9 meses lembram-se no dia seguinte de acções arbitrárias modeladas por
adultos e representam-nas quando vêem os objectos.
Tarefa de Movimento Ocular: verificar se os prédios são iguais ou diferentes - As crianças mais velhas são mais cuidadosas na
recolha de informação visual; mais flexíveis nas suas estratégias de busca e resistem mais à distracção.
Até aos 2 anos – registo sensório-motor (recordam imagens, barulhos súbitos); sensações sem atribuir significados.
Memória implícita: reconhecimento da acção (e.g. atirar uma bola); Memória genérica: guia orientador das rotinas diárias (2
anos); Memória episódica: memória permanente de experiências específicas associadas ao tempo e ao espaço (3 anos);
Memória autobiográfica: memória de acontecimentos específicos da vida do próprio (4 anos).
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Soma e subtracção (Wynn, 1992): Bebés de 5 meses olham durante mais tempo para as respostas erradas (resultado numérico
impossível), sugerindo que processam as respostas correctas. Representam objectos como continuando a existir mesmo quando
não aparecem no seu campo visual; distinguem entre objectos distintos mas equivalentes em termos de características;
conseguem perceber parcialmente conceitos (identidade do objecto; identidade numérica) através de informação espácio-
temporal.

DESENVOLVIMENTO SOCIO-EMOCIONAL

Compreensão de si; Auto-conceito; Sensibilidade; Cooperação; Regulação emocional.


Desenvolvimento emocional: sentimentos que vamos ganhando sobre nós próprios e os outros.
Desenvolvimento social: aprendizagem e valorização do relacionamento com os outros.
TEMPERAMENTO (anos 80-90): qualidade emocional ou comportamental moderadamente estável e diferenciadora,
influenciada pela biologia herdada. 3 dimensões (EAS): Emocionalidade; Actividade; Sociabilidade.
Temperamento na infância e na idade adulta:
Fácil: Humor positivo; estabelece rapidamente rotinas; adapta-se facilmente a novas experiência -> Bom ajustamento.
Difícil: Reage negativamente; rotinas irregulares; lento a aceitar novas experiências -> Problemas de ajustamento; problemas
escolares e maritais.
Lento: Bastante negativo; Nível de actividade baixo; mostra humor de baixa intensidade. Inibição -> Assertividade baixa; atrasos
escolares e profissionais -> comportamento lento.

Vinculação (Bowlby + Ainsworth) = Elo emocional forte e duradouro entre o bebé e a figura materna.
Bowlby: comportamento de vinculação aparece no 1º ano de vida (origens evolutivas e objectivos biológicos) com o objectivo a
manutenção da proximidade e satisfação biológica de sobrevivência e da protecção.
Fases da Vinculação (Bowlby):
1ª fase: Sociabilidade indiscriminada (0-2m);
2ª fase: Desenvolvimento da vinculação -comportamentos orientados para o prestador de cuidados habitual (2-7m);
3ª fase: Vinculação específica - manutenção da proximidade através da locomoção e sinalização, do protesto pela
separação e da preocupação com estranhos (7-24m);
4ª fase: parceria de objectivos + existência de modelos internos do self e da figura de vinculação (24 meses).
Ainsworth - Segurança: estado de despreocupação acerca da disponibilidade da figura de vinculação / Comportamento de base
segura: equilíbrio entre os comportamentos de vinculação e os comportamentos exploratórios da criança.
Situação Estranha = Observação e codificação, em situação laboratorial, do comportamento de vinculação e da exploração
autónoma (12 e os 18 meses), numa situação de stress crescente (ambiente estranho, desconhecido; presença de pessoas
estranhas; separação da mãe).
Tipos de Vinculação: Vinculação Segura ±65%: Utilizam a mãe como base segura a partir da qual exploram o meio; Procuram e
mantêm activamente o contacto com a mãe após o reencontro; rapidamente se acalmam e retomam a exploração; mães são
disponíveis, carinhosas e cooperantes; detectam os seus sinais e reagem-lhes pronta e adequadamente. Vinculação Insegura
Evitante ±20%: pouco perturbadas com a separação; exploram o meio, demonstram pouco afecto ou comportamentos de base
segura; mães não estão sintonizadas, não mostram disponibilidade; são negligentes e insensíveis. Vinculação Insegura
Ambivalente (Resistente) ±15%: Reagem às separações com muita perturbação; são difíceis de consolar na reunião; têm
dificuldade em “sintonizar” com a mãe que é inconsistente. Vinculação mais problemática; não sabem bem no que podem
contar. Vinculações desorganizadas/desorientadas: estilo muito mais patológico e raro; comportamento parece não ter um
objectivo claro, intenção ou explicação; mães e crianças são contraditórias; confusão ou desorientação.

“Leitura” de indícios sociais “Teoria da Mente” (Premack e Woodruff): atribuir estados mentais e compreender outros
indivíduos para predizer, antecipar, manipular e explicar o comportamento do outro, valorizando os seus estados mentais,
desejos, intenções ou crenças e reconhecendo a sua influência no comportamento.
Descentração sócio-cognitiva (7-8 anos): tomar como certo outra perspectiva (ver em duas dimensões).
Teste da transferência inesperada (the Sally-Ann Task, Frith): indicador de egocentrismo ou capacidade para se descentrar e
avaliar a mente do outro; mede a capacidade sociocognitiva de uma pessoa atribuir crenças falsas a outros. Crianças menores de
quatro anos e a maioria dos autistas não conseguem. Na abordagem da “falsa crença”, da enganação prática, têm dificuldade
em compreender que diferentes pessoas podem ter representações distintas de uma mesma realidade.

Jogo associativo; Jogo paralelo (interage com outras crianças, mas de forma desorganizada e dissociada); Jogo cognitivo; Jogo
cooperativo (partilham ideias e objectivos).
Faz-de-conta – Sociodrama: Mundo mais afastado das condições reais da vida; menos centrada em si própria; estimula o
abstracto, a criatividade e a antecipação.

HUMOR: Na primeira infância: humor físico / No pré-escolar: pseudo anedotas

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