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EBOOK GRATUITO

Minas Gerais

DICAS FUNDAMENTAIS
PARA APROVAÇÃO

RAFAEL MAGAGNIN
Coordenador: RAFAEL MAGAGNIN

Defensor Público no Estado do Rio Grande do Sul - tular da 1ª Defensoria


Publica de Soledade. Ex-Defensor Público no Estado de Minas Gerais;
Aprovado em 7º lugar no concurso da Defensoria Pública do Estado do Rio
Grande do Sul (Fundação Carlos Chagas); Aprovado nos concursos de Analista Processual do
Tribunal Regional Federal da 4ª Região e de Assessor da Procuradoria do Estado do Rio Grande
do Sul. Graduado em Direito pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS e
Especialista em Direito Público pela Escola Superior da Magistratura Federal do Rio Grande do
Sul (pós-graduação "lato sensu").

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DEFENSOR PÚBLICO EM MG. 14 DICAS FUNDAMENTAIS PARA SER APROVADO¹.

De início, antes de falar das 14 dicas para o sucesso no concurso para Defensor Público,
ressalta-se que se trata de uma brilhante, porém árdua carreira.
Todos nós que nos reunimos para escrever este pequeno compilado de dicas para você,
que pretende em breve ser um Defensor Público Mineiro, vemos a honra e a alegria de
compar lhar neste documento um pouco da nossa experiência enquanto ainda éramos
concurseiros da DPE Mineira e também compar lhar a nossa paixão em sermos Defensores
Públicos, ao exercer um cargo que exige muita vocação, dedicação e pouco reconhecimento,
mas que, ao mesmo tempo, confere muita realização, alegria e sen mento de dever cumprido,
de contribuição para a formação de uma sociedade mais justa, menos desigual, menos
excludente e também menos sofrida. Enfim, mais humana!
Durante nossa preparação para o concurso, passamos por inúmeras dificuldades e o
perfil dos nossos professores demonstra realidades diversas, pois alguns de nós trabalhavam,
outros já nham um tempo de estudos maior, outros nham família, alguns nham mais
experiência de vida, mas o que todos compar lhávamos era o sonho de um dia nos tornar
Defensores Públicos. Esperamos que você aproveite este nosso pequeno e-book e que ele seja
muito ú l na sua aprovação. Conte sempre conosco!
3

¹Este e-book foi elaborado pelos Defensores Públicos Camila Dantas, Antônio Carlos Moni de Oliveira, Rodrigo
Parente Ferreira Dias, Daniel Dantas, Rafael Pedro Magagnin, Mônica Ba sta Soares Garcia Amim e Lucas de Ávila
Chaves Borges, todos aprovados no úl mo concurso da Defensoria Pública de MG (VII Concurso), com exceção do
professor Daniel Dantas, aprovado no VI Concurso.

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Passo 1 Organização do tempo livre

Para que você tenha sucesso no seu obje vo de ser aprovado no concurso da
Defensoria Pública de Minas Gerais, é fundamental que você tenha o domínio e a organização
do seu tempo. E o gerenciamento de nosso tempo livre está diretamente ligado ao nosso real
compromisso com a realização dos nossos sonhos! Se o obje vo é a aprovação no almejado
cargo de Defensor Público, todas as suas ações devem estar voltadas para a ngi-lo uma vez que
diferença entre os aprovados e aqueles que não são está na força de vontade e no foco.
E para que esse período seja mais leve, é muito importante que, diariamente, você
lembre-se daqueles reais mo vos que o levam a querer passar neste concurso! Imagine-se onde
você gostaria de estar daqui a alguns anos. Imagine o quanto é gra ficante ser ú l à vida do
próximo. Imagine viver a tranquilidade advinda da remuneração a ser auferida. Constatada a
necessidade de foco e mo vação diários, é importante ter em mente a relevância de se abdicar
de todas aquelas fu lidades que nos roubam tempo. Iden fique os hábitos que te
desconcentram e, consequente, comprometem o sucesso do seu obje vo de ser aprovado.
Além disso, é de extrema importância controlar o tempo de estudo efe vo. Você já
reparou que, em certas horas do dia, estamos mais descansados e em outras estamos muito mais 4
esgotados? A consequência óbvia para tal fato é que, em determinados momentos do dia, o nosso
cérebro rende muito mais! Por este mo vo, é importante que se u lize os períodos em que es ver
mais cansado para revisar e fazer exercícios (itens importan ssimos para a preparação), deixando
para estudar matérias novas nos períodos em que es ver mais descansado.
Por fim, é importante, a criação de um cronograma de estudos em consonância à sua
realidade, ao seu tempo disponível e às matérias previstas no edital. Ele deve ser elaborado no
formato que melhor se adapte ao seu perfil, a fim de garan r a regularidade nos estudos. É
importante que se estude sempre o máximo que puder, mantendo-se, sempre, a sua saúde
sica e mental!

Passo 2 Conhecendo as matérias do Edital

Quando vamos nos preparar para qualquer concurso público, a primeira coisa que
devemos fazer é analisar o edital. É o edital que nos dará parâmetros de quantas horas devemos
estudar, quais matérias temos mais dificuldade e quais apresentamos uma facilidade maior,
podendo, a par r desta realidade, desenvolver o nosso cronograma específico de estudos.
Mas não basta conhecer, apenas, as matérias do edital, e sim o que cada matéria prevê
como pontos possíveis de serem cobrados. Por exemplo, determinados concursos públicos de
Defensoria Pública não têm o costume de inserir as matérias de Direito Tributário e Direito

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Empresarial como matérias avulsas, agrupando-as em outras como Direito Cons tucional e
Direito Civil (tal como ocorrerá neste VII Concurso).
Outro ponto relevante a se observar é o das matérias que possuem cobrança
maior ou menor. Por exemplo, o edital da DPE MG irá trazer a matéria de Execução Penal de
maneira avulsa e com o mesmo peso de outras matérias “maiores”, como Cons tucional e
Penal, por exemplo. Sendo assim, você pode direcionar seus estudos, com bom ênfase, para
esta matéria, para poder angariar bons pontos nela. Por outro lado, ECA, consumidor, tutela
cole va, ambiental, serão cobradas dentro de um ponto maior (Legislação Especial), de forma
que elas terão, certamente, um peso bastante menor na prova obje va.

Passo 3 Devo estudar para a primeira e a segunda fases juntas?

Sim. É muito importante direcionar parte dos estudos, já, para a segunda fase. Mas,
evidentemente, não estamos falando na elaboração de peças e respostas disserta vas. O
importante é focar e direcionar parte dos seus estudos (cerca de 20 ou 30 por cento) para
aprofundar determinados temas, aqueles que possuem uma chance maior de serem cobrados.
Exemplo: é bastante comum escutarmos no no ciário decisões a respeito da possibilidade ou não
de se executar provisoriamente a pena priva va de liberdade. A chance desse assunto ser cobrado
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numa segunda fase ou na fase oral é bastante alta. Sendo assim, dedique uma pequena parte do
seu estudo, quando tratar do tema “prisões” em Processo Penal, ou “direitos fundamentais” em
Cons tucional para este tema e já vá se preparando, assim, para as fases seguintes.

Passo 4 Bibliografia ideal para a DPE-MG

É importante termos em mente que a melhor doutrina é aquela que você tem mais
facilidade de compreendê-la. Indicaremos aqui algumas referências, mas se você já possui e
gosta da sua, con nue com ela. Se você es ver estudando com bastante antecedência do
edital, é possível ler uma doutrina de cada disciplina. Indicamos as seguintes:
1. Direito Cons tucional, Financeiro e Tributário: Pedro Lenza.
2. Direito Administra vo: José dos Santos Carvalho Filho ou Di Pietro.
3. Direito Penal: Cleber Masson.
4. Direito Processual Penal: Aury Lopes Jr.
5. Direito Civil e Empresarial: Cris ano Chaves de Farias e Nelson Rosenvald ou
Maria Berenice Dias (direito de família).
6. Direito Processual Civil: Daniel Amorim Assumpção.

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7. Legislação especial: leis especiais para concurso da Editora Juspodivm.
8. Execução penal: Rodrigo Roig.
9. Direitos Humanos: André Carvalho Ramos ou Mazzuoli
10. Princípios Ins tucionais da Defensoria Pública: Franklyn Roger e Gustavo
Corgosinho (Defensor Público do Estado de Minas Gerais).
Este, no entanto, é um cenário ideal, para quem dispõe de tempo para ler doutrina.
Porém, para a maioria dos candidatos, o tempo é escasso e sabemos que um bom curso
preparatório pode encurtar este caminho. Isso porque a experiência destes cursos acaba por
direcioná-lo a se dedicar exatamente ao que mais cai nas provas, além de vincular você a um
cronograma de estudos. O estudo para esse concurso deve ser específico, devendo-se pegar o
edital e trabalhá-lo ponto a ponto. É importante possuir um caderno completo, porém resumido
de cada matéria, pois assim você conseguirá o mizar o tempo de estudos e ser mais “obje vo”
na sua preparação.
Por fim, é importante conhecer as obras, especialidades e atuação dos
examinadores/defensores, pois, como dito, este concurso é bem específico e tem como
caracterís ca, sobretudo para as segunda e terceira fases, a cobrança de algumas questões
6
relacionadas à linha de pensamento e atuação dos examinadores.

Passo 5 Todas as matérias têm o mesmo peso na primeira fase?

Conforme regulamento do concurso, na prova obje va serão cobradas 10 matérias (I -


Direito Cons tucional, Financeiro e Tributário; II - Direito Administra vo; III - Direito Penal; IV -
Direito Processual Penal; V - Direito Civil e Empresarial; VI - Direito Processual Civil; VII -
Princípios Ins tucionais da Defensoria Pública; VIII – Execução Penal; IX - Direitos Humanos; X -
Legislação Especial) com 10 questões para cada disciplina, totalizando 100 questões. No
concurso passado (edital 2014) foram cobradas oito disciplinas, totalizando 80 questões.
Portanto, neste edital foram incluídas como disciplinas isoladas: execução penal; direitos
humanos e legislação especial.
A peculiaridade deste concurso está em execução penal. Não obstante a sua importância
para a atuação prá ca dos defensores (principalmente pelo “projeto libertas”), a matéria de
execução é pequena, com conteúdo bem menor que das outras matérias e terá o mesmo peso das
demais disciplinas. Assim, deve-se voltar toda a atenção para ela, a fim de angariar a maior
pontuação possível, sem a necessidade de ter de se dedicar muito tempo para tanto.
Tome ainda cuidado! Para aprovação à segunda fase, é necessário que o candidato
obtenha 60% de acerto em toda a prova e, pelo menos, 40% de acerto em cada matéria!

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Passo 6 Todas as matérias têm o mesmo peso na primeira fase?

O estudo da lei seca é de suma importância para a prova obje va e para a prova oral,
lembrando que para a prova de Direito Penal também são muito cobradas a doutrina e a
jurisprudência. Além dos Códigos e das leis especiais, adver ndo que, com a alteração do
Código de Processo Civil, muito provavelmente a lei seca será cobrada de forma pesada nessa
matéria, vale observar a Convenção Americana De Direitos Humanos, Lei de Execução Penal,
que é uma matéria de grande visibilidade e objeto de vários projetos estaduais e nacional, como
o Projeto “Libertas”. É também necessário estudar alguns trechos da Cons tuição Estadual
(principalmente a seção IV – Das Funções Essenciais à Jus ça; subseção III – Da Defensoria
Pública; bem como os ar gos 61, XII; 66, III, “f”; 90, XXVI e 118, inciso VIII).
Faça o download da Cons tuição mineira no site da ALMG e separe esses trechos, a fim
de agregá-los aos seus estudos, mas conjugando com a Lei Orgânica Mineira da Defensoria
Pública, Lei Complementar n 65/2003. Ela é bastante extensa e detalhada e deve ser estudada
com as alterações da Lei Complementar Federal n 80/1994, nas quais disciplinam os Princípios
Ins tucionais da Defensoria Pública, dentre outras questões importantes. Aqui fica evidente a
questão da especificidade do concurso. Como é uma lei do Estado de MG, ela tem suas 7
par cularidades. Então, o candidato que não estudou o ponto específico para MG, certamente
apresentará certo grau de dificuldade. Aquele que já começou a se preparar antes, pela Lei
Orgânica da Defensoria Pública do Estado de Minas Gerais, terá, com certeza vantagem maior.
Destacamos questões que caíram na úl ma prova acerca da Lei Orgânica da DPMG:
Dos Direitos dos Defensores; Das Infrações, das Penalidades e da Prescrição.

Passo 7 Perfil da Banca FUNDEP. O que esperar da prova obje va?

Como estratégia, é essencial conhecer a banca organizadora do concurso. Você


conhecerá fazendo muitas provas e simulados daquela banca. Reconhecendo o perfil dela, você
acaba conhecendo quais pontos do edital são mais cobrados e as “pegadinhas”, além de passar
a ter uma familiaridade maior com o es lo da prova, o que ajuda a controlar a ansiedade e
aumenta a sensação de domínio da situação.
No concurso passado (edital de 2014) a banca examinadora foi a FUNDEP. Suas provas
não são tão fáceis, mas também não são tão complicadas de serem feitas. A prova obje va de
múl pla escolha teve duração máxima de 5 (cinco) horas e constando 80 (oitenta) questões de
múl pla escolha, cada uma com 4 (quatro) opções de resposta, das quais apenas uma correta.
Foi cobrado em torno de 65% de letra de lei e súmulas do STF e do STJ; 25% de doutrina e 10% de
jurisprudência.

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Outro detalhe importante está na forma de cobrança, apresentada pela banca FUNDEP
no concurso passado (VII concurso, de 2014), pois muitas questões cobravam o conteúdo
através de premissas ou de raciocínio lógico, como a questão número 16 de Direito
Administra vo, abaixo transcrita:

QUESTÃO 16. Considere as proposições 1 e 2 a seguir:


1. Consoante à jurisprudência do Superior Tribunal de Jus ça, a constatação de ilegalidade
em procedimento licitatório configura improbidade administra va independente da
demonstração de lesão ao erário,
PORQUE,
2. A responsabilização não prescinde do elemento subje vo.
Assinale a alterna va CORRETA.
A) As duas proposições são verdadeiras, mas a segunda não jus fica a primeira.
B) As duas proposições são verdadeiras e a segunda jus fica a primeira.
C) A primeira proposição é verdadeira e a segunda é falsa.
D) A primeira proposição é falsa e a segunda é verdadeira.
8
Veja que forma diferente de cobrança para uma prova obje va, o que demonstra a
necessidade que temos de conhecer melhor a banca examinadora. Ainda não sabemos qual será a
banca deste concurso, mas já sabemos que, se ela for a FUNDEP, você certamente já estará na
frente, conhecendo um pouco mais dela a par r dos nossos comentários neste e-book.

Passo 8 Direito da Execução Penal: um diferencial na primeira fase

Conforme aprovado pelo Conselho Superior da Defensoria Pública de Minas Gerais, a


matéria referente à Execução Penal passará a ser cobrada de forma autônoma nas etapas do
próximo concurso, tendo em vista a importância do tema na atuação do Defensor Público. Dessa
forma, haverá um maior número de questões sobre a temá ca (10% do total de questões da
primeira fase), permi ndo que o concorrente que domine a matéria se diferencie dos demais.
Destaca-se que, em razão da menor extensão da matéria de Execução Penal em relação a
outras matérias de peso similar para a nota final da primeira fase (como ocorre com Direito Civil,
Processo Civil, Penal e Processo Penal, por exemplo) deve o candidato focar no estudo da
Execução Penal, a fim de se sobressair no certame, diferenciando-se dos demais concorrentes.
Para tanto, sugere-se que o postulante ao cargo de Defensor Público de Minas Gerais, além de,
evidentemente, dominar as disposições da Lei nº 7.210/84 e possuir conhecimento doutrinário
sobre o tema (ver bibliografia sugerida no item 4), estude os norma vos internacionais que se
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relacionem com o tema (v.g. Regras Mínimas para o tratamento de Reclusos da ONU), decretos
recentes a respeito de indulto e comutação da pena e principais decisões das Cortes Superiores
(STF e STJ) sobre a matéria.
Além disso, para se destacar (não apenas na prova obje va), é recomendável que o
candidato conheça as principais teses ins tucionais da Defensoria Pública (por exemplo, há
Câmara de Estudos de Execução Penal no âmbito da Defensoria Pública de Minas Gerais) e as
principais questões enfrentas pelos Defensores Públicos de Minas Gerais com atuação em
Execução Penal, considerando que, nos úl mos concursos para ingresso na carreira de Defensor
Público de Minas Gerais, foram cobradas muitas questões prá cas que, co dianamente,
desafiam os órgãos de execução.

Passo 9 Cuidado com a Aglu nação em Legislação Especial!

Um dos grupos cobrados na prova para ingresso na carreira de Defensor Público de


Minas Gerais se refere à Legislação Especial, condensando diferentes temas de diversas searas
no mesmo grupo (são exemplos: Tutela Cole va, ECA, Direito Agrário, Direito Ambiental, Direito
do Consumidor, etc). Destaca-se que as matérias referentes a Direitos Humanos e à Execução 9
Penal, que integraram o grupo de Legislação Especial no úl mo concurso (Edital 01/2014), no
próximo certame deixarão de fazer parte do mencionado grupo nas provas obje va e oral,
passando a serem cobradas de maneira autônoma.
Nada obstante a exclusão dos referidos assuntos do grupo em análise, mantém-se a
complexidade do estudo das matérias, em razão de sua diversidade e extensão, sendo que seu
peso para a nota final nas etapas do certame é igual à dos demais grupos. Assim, a fim de
o mizar o estudo das matérias que compõem o grupo de Legislação Especial, considerando que
vários dos temas previstos neste grupo são repe dos em outras disciplinas (v.g. Registros
Públicos, Direito do Consumidor Violência Domés ca, entre outros), sugere-se que o candidato
estude as matérias que se repetem de forma integrada, a fim de esgotar diversos pontos do
edital de maneira mais célere.
Além disso, apesar de ser desejável que o candidato tenha estudado todas as matérias
previstas no edital, considerando um cenário de escassez de tempo para se exaurir todas as
disciplinas previstas no edital do concurso, deve-se pesquisar o examinador do grupo de
Legislação Especial, a fim de direcionar os estudos para matérias que o examinador já tratou em
obras de sua autoria, ou para temas que digam respeito à atuação do examinador como
Defensor Público. Seguindo as recomendações acima, o candidato terá menos chances de
perder tempo estudando de forma desordenada um grupo que reúne assuntos diversos e
possui o mesmo peso da nota final das provas obje va e oral que os demais grupos do edital.

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Passo 10 Como estudar Direitos Humanos?

Primeiro, devemos destacar que no vindouro VIII Concurso, diferentemente do VII


Concurso, haverá uma matéria específica para Direitos Humanos. Com isso, temos um
incremento da importância do estudo dessa matéria. No VII Concurso, os temas referentes aos
Direitos Humanos estavam inseridos na matéria Direitos Humanos e Legislação Especial.
A matéria de Direitos Humanos é muito importante em um concurso de Defensoria
Pública, basta lembrar que a Cons tuição Federal, em seu art. 134, incumbe à Defensoria
Pública a promoção dos direitos humanos. No mesmo sen do é o art. 3º-A da LC 80/94, incluído
pela LC nº 132/2009, quando estabelece a prevalência e efe vidade dos direitos humanos como
um dos obje vos da Defensoria Pública.
Como as demais matérias, é importante fazer a leitura da lei seca. E o estudo da lei “seca”
deve começar privilegiando a leitura da Convenção Americana de Direitos Humanos (Pacto San
José da Costa Rica). É importante, também, o estudo da norma va referente à Comissão
Interamericana de Direitos Humanos e à Corte Interamericana de Direitos Humanos. A
jurisprudência da Corte Interamericana de Direitos Humanos (casos concretos julgados) deve ser
estudada, especialmente os casos envolvendo o Estado Brasileiro, por exemplo: (I) o caso Ximenes 10
Lopes; (II) o caso Escher e outros; (III) o caso Garibaldi; e (IV) o caso Gomes Lund e outros.
Em uma primeira fase, a doutrina deve ser u lizada nessa matéria, apenas a tulo de
complementação, para esclarecimento de algumas dúvidas e eventuais aprofundamentos.
Muito importante que o candidato tenha um bom material de cursinho, como um bom caderno
ou uma apos la, pois também ajudam bastante. Para a segunda fase, é muito importante
conhecer a banca, pois, conhecendo o examinador, ficam mais previsíveis os pontos
possivelmente cobrados. De toda forma, levando em conta que a segunda fase é subje va,
torna-se mais importante aprofundar na leitura da doutrina, bem como, incorporar “o
pensamento da Defensoria Pública” (isso ajuda muito ao responder questões subje vas).

Passo 11 O que estudar em Princípios Ins tucionais?

A matéria de Princípios Ins tucionais é tratada de forma específica no regulamento do


VIII Concurso, tal qual ocorreu no úl mo, logo, é muito importante estudar o tema.
Como já dito antes, em uma prova de primeira fase é sempre importante ler a letra da lei,
pois a cobrança da lei “seca” costuma prevalecer. Nesse aspecto, merece destaque a Lei
Complementar Estadual nº 141 de 13 de dezembro de 2016, essa lei alterou de maneira
substancial a Lei Complementar Estadual nº 65/2003 que trata da organização da Defensoria
Pública do Estado de Minas Gerais visando adequá-la às mudanças trazidas pela Lei
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Complementar Federal nº 132/09 que alterou a Lei Complementar nº 80/94 que organiza em
âmbito nacional a Defensoria Pública, bem como, às Emendas Cons tucionais nº 45/04 e 80/14.
Portanto, tratando-se a LCE nº 141/16 de uma norma recente, tende a ser cobrada em concurso,
posto que o examinador sempre gosta de saber se os candidatos estão atualizados. Vale
mencionar, ainda, que a referida LCE foi a primeira lei de inicia va da Defensora Pública-Geral do
Estado de Minas Gerais. Todas essas normas podem ser encontradas no site da DPMG
(www.defensoria.mg.def.br) na aba “Legislação”.

Passo 12 Como me preparar para a segunda fase?

Quando se obje va estudar para um concurso composto por mais de uma etapa, como
é o caso da Defensoria Pública de Minas Gerais, a preparação inicial não deve ser feita de forma
isolada, mas direcionada a todas elas, principalmente porque o intervalo entre uma fase e outra
é curto. E após ser aprovado para a segunda etapa, torna-se necessário que se tenha em mente
que a resolução das questões disserta vas e das peças processuais prá cas exige do candidato
uma ar culação e argumentação per nentes, com o correto uso do vernáculo.
Por este mo vo, é imprescindível realizar um treinamento exaus vo das peças
processuais e das questões disserta vas, tendo em mãos tão somente a legislação a ser u lizada
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no dia da prova. Referida prá ca o auxiliará no controle de espaço e de tempo.
O conhecimento do texto legal será importante para se demonstrar os disposi vos que
fundamentem a resposta apresentada, mas os estudos devem basear-se, precipuamente, na
doutrina, nos informa vos de jurisprudência e nos textos e livros de autoria dos componentes
da banca. O conhecimento dos textos de autoria dos componentes da banca também cons tui
verdadeiro diferencial para aprovação, a fim de se verificar os temas de preferência dos
examinadores e, ainda, a maneira como pensam acerca daquele assunto. No úl mo concurso
para Defensoria Pública de Minas Gerais referidos textos foram objeto de cobrança tanto nas
questões quanto nos conteúdos das peças a serem elaboradas.
Não esqueça, também, de adotar o “sen mento verde” enquanto você estuda, ou seja,
a forma de pensar da Defensoria Pública, pois assim fica mais fácil expor este pensamento na
hora da prova.

Passo 13 A prova oral é a fase mais di cil mesmo?

Não existe fase mais di cil que a outra, cada uma tem suas especificidades. Vocês já
devem ter escutado isso: “o cara que passou na fase disserta va tem conhecimento de sobra
para passar na oral”. Uma coisa sobre essa frase: ela está corre ssima. Conhecimento para

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passar pela ora, evidentemente que se tem. Qual o problema, então? Nervosismo. Ele conta
muito em todas as fases, mas, aqui, a questão é mais aguda: Três aforismas.
1. Acalma-te. A pessoa está acostumada a falar em público, fazer sustentação oral em
Tribunal, dá aula há vinte anos etc. Ela também treme, não tem jeito. Isso é ruim por um lado:
você também vai ficar nervoso. É bom por outro: todos ficam nervosos. Ninguém sai na frente
aqui. É di cil, mas é di cil para todo mundo. E, porretada, você já chegou até aqui! Aperta
aquele botãozinho que a gente conhece e encara. Ele vai passando. Na hora que vê, já tá
trocando ideia com o examinador. Os caras costumam ser “gente fina”, principalmente em
Minas Gerais; não querem te reprovar, querem te aprovar.
2. Conhece teu examinador. Estude o que o cara escreveu. Lembra do que se disse aqui
sobre saber muito? Amigo, o examinador sabe disso e vai ficar na zona de conforto dele. É tudo
gravado, ele não vai arriscar passar vergonha. Existe, também, toda uma linguagem corporal
que é importante na prova e isso conta bastante.
3. Massageará o ego daquele que tem a chave da aprovação. O espetáculo é do
examinador. Teu examinador quer o ego massageado (todos queremos). Não vai desafiar o cara.
Isso é maluquice. Para dar uma tranquilizada: na Defensoria de Minas Gerais, especificamente,
quase não se reprova na fase oral. Veja na minha prova (VII Concurso), por exemplo, apenas dez 12
ou onze pessoas, de cento e cinquenta, foram reprovadas.

Passo 14 Dicas finais: um Defensor Público Mineiro em formação.

Sabe o que queremos em Minas? Que po de Defensor que queremos em Minas?


Aquele que quer acabar com a Defensoria. É sério. O sonho do Defensor é que a Defensoria
acabe. Somos a única ins tuição que visa à sua ex nção. Uma sociedade que não precisa de
Defensoria Pública é, antes de tudo, uma sociedade justa, igualitária etc. Se você, que está
lendo, quer status, dinheiro, estabilidade etc. Eu imploro: não faça a prova.
Não se engane. Defensor Público não tem status. Com ninguém. Num aspecto geral,
nossos assis dos não estão nem ligando para a gente. Não expressam nenhuma gra dão. Mais
do que isso, eu sempre lembro daquela piada na qual Jesus vai atender no SUS, cura um
cadeirante e ele sai andando e a reclamar que o médico nem tocou nele. Vez ou outra operamos
verdadeiros milagres e o assis do acha que nada mais fizemos que nossa obrigação. Quando
muito, foi o juiz benevolente com ele. E ele tem razão quanto à primeira asser va. Isso não quer
dizer que, vez ou outra, não sejamos presenteados, em Minas, com um frango caipira, um pão
de queijo, um queijo, outro queijo, mais um queijo. Aceita, senão é desfeita, não configura
improbidade.

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Os “irmãos” do sistema de jus ça (Promotores, Juízes, Advogados, serventuários etc.)
nos querem “pelas costas”. A defensoria é uma ins tuição muito recente. Uma metáfora: no
criminal, o Promotor fornece pedras ao juiz para ele arremessar em nossos assis dos e nós
somos o escudo (vez ou outra o alvo). Oferecemos resistência em locais que, geralmente, ela
não exis a. Esperar o que!? O Juiz não está acostumado com a reforma de 95% de suas
sentenças. O advogado contratado pela empresa de telefonia não se conforma com a firmeza do
Defensor em recusar um acordo ruim; o advogado criminalista não se conforma em começar a
perder clientes que deixam de vender geladeiras e fogões, pois sabem que a Defensoria
executará um trabalho tão bom, ou talvez melhor, que o dele. E o Promotor? Bom deixa para lá...
Ganhamos menos que as outras carreiras e o concurso é tão di cil quanto. O dinheiro é a
pior droga que existe. A ganância deveria ter um CID. Como diz Marcelo Falcão: “o olho gordo
acaba com a humanidade”. Ele nunca é suficiente, por mais que ele seja suficiente. A vantagem
da Defensoria é que a nossa lida diária com a miséria pode (e só “pode” mesmo) fazer com que
sempre nos lembremos do outro. Muitos de nós esquecemos disso e cultuamos a doença como
se um deus fosse.
A estabilidade é um mito. Lidamos com o ego dos outros e o Procedimento
Administra vo é realidade presente e deve ser tão temido quanto qualquer “chamada” do 13
patrão. Em um dos primeiros percalços que ve enquanto Defensor, liguei para um dos
assessores da Corregedoria. Ele, Dr. Ronivaldo, não poderia deixar de citá-lo, depois de muita
cordialidade, me disse: “se você não es vesse trabalhando, ninguém reclamaria”.
Então, por que ser Defensor? Diria, em primeiro lugar: uma tendência masoquista. Mas, além
disso: bixo, a luta do um contra todos, também, deveria ter uma CID. É viciante. Não tem um só
ato nosso que vise impor o sofrimento. Nós só buscamos aliviar a dor do outro. E, acredite, nada
há no mundo mais puro, mais gra ficante, mais plus, mais blaster do que acalentar e diminuir o
sofrimento alheio. Imponha-o quem o impuser. Se, depois disso tudo, você ainda quiser ser
Defensor, estarei a postos para te dar um abraço em decorrência de sua aprovação e de boas
vindas a esta excepcional ins tuição que é a Defensoria Publica Mineira.

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