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Minas Gerais
DICAS FUNDAMENTAIS
PARA APROVAÇÃO
RAFAEL MAGAGNIN
Coordenador: RAFAEL MAGAGNIN
De início, antes de falar das 14 dicas para o sucesso no concurso para Defensor Público,
ressalta-se que se trata de uma brilhante, porém árdua carreira.
Todos nós que nos reunimos para escrever este pequeno compilado de dicas para você,
que pretende em breve ser um Defensor Público Mineiro, vemos a honra e a alegria de
compar lhar neste documento um pouco da nossa experiência enquanto ainda éramos
concurseiros da DPE Mineira e também compar lhar a nossa paixão em sermos Defensores
Públicos, ao exercer um cargo que exige muita vocação, dedicação e pouco reconhecimento,
mas que, ao mesmo tempo, confere muita realização, alegria e sen mento de dever cumprido,
de contribuição para a formação de uma sociedade mais justa, menos desigual, menos
excludente e também menos sofrida. Enfim, mais humana!
Durante nossa preparação para o concurso, passamos por inúmeras dificuldades e o
perfil dos nossos professores demonstra realidades diversas, pois alguns de nós trabalhavam,
outros já nham um tempo de estudos maior, outros nham família, alguns nham mais
experiência de vida, mas o que todos compar lhávamos era o sonho de um dia nos tornar
Defensores Públicos. Esperamos que você aproveite este nosso pequeno e-book e que ele seja
muito ú l na sua aprovação. Conte sempre conosco!
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¹Este e-book foi elaborado pelos Defensores Públicos Camila Dantas, Antônio Carlos Moni de Oliveira, Rodrigo
Parente Ferreira Dias, Daniel Dantas, Rafael Pedro Magagnin, Mônica Ba sta Soares Garcia Amim e Lucas de Ávila
Chaves Borges, todos aprovados no úl mo concurso da Defensoria Pública de MG (VII Concurso), com exceção do
professor Daniel Dantas, aprovado no VI Concurso.
Para que você tenha sucesso no seu obje vo de ser aprovado no concurso da
Defensoria Pública de Minas Gerais, é fundamental que você tenha o domínio e a organização
do seu tempo. E o gerenciamento de nosso tempo livre está diretamente ligado ao nosso real
compromisso com a realização dos nossos sonhos! Se o obje vo é a aprovação no almejado
cargo de Defensor Público, todas as suas ações devem estar voltadas para a ngi-lo uma vez que
diferença entre os aprovados e aqueles que não são está na força de vontade e no foco.
E para que esse período seja mais leve, é muito importante que, diariamente, você
lembre-se daqueles reais mo vos que o levam a querer passar neste concurso! Imagine-se onde
você gostaria de estar daqui a alguns anos. Imagine o quanto é gra ficante ser ú l à vida do
próximo. Imagine viver a tranquilidade advinda da remuneração a ser auferida. Constatada a
necessidade de foco e mo vação diários, é importante ter em mente a relevância de se abdicar
de todas aquelas fu lidades que nos roubam tempo. Iden fique os hábitos que te
desconcentram e, consequente, comprometem o sucesso do seu obje vo de ser aprovado.
Além disso, é de extrema importância controlar o tempo de estudo efe vo. Você já
reparou que, em certas horas do dia, estamos mais descansados e em outras estamos muito mais 4
esgotados? A consequência óbvia para tal fato é que, em determinados momentos do dia, o nosso
cérebro rende muito mais! Por este mo vo, é importante que se u lize os períodos em que es ver
mais cansado para revisar e fazer exercícios (itens importan ssimos para a preparação), deixando
para estudar matérias novas nos períodos em que es ver mais descansado.
Por fim, é importante, a criação de um cronograma de estudos em consonância à sua
realidade, ao seu tempo disponível e às matérias previstas no edital. Ele deve ser elaborado no
formato que melhor se adapte ao seu perfil, a fim de garan r a regularidade nos estudos. É
importante que se estude sempre o máximo que puder, mantendo-se, sempre, a sua saúde
sica e mental!
Quando vamos nos preparar para qualquer concurso público, a primeira coisa que
devemos fazer é analisar o edital. É o edital que nos dará parâmetros de quantas horas devemos
estudar, quais matérias temos mais dificuldade e quais apresentamos uma facilidade maior,
podendo, a par r desta realidade, desenvolver o nosso cronograma específico de estudos.
Mas não basta conhecer, apenas, as matérias do edital, e sim o que cada matéria prevê
como pontos possíveis de serem cobrados. Por exemplo, determinados concursos públicos de
Defensoria Pública não têm o costume de inserir as matérias de Direito Tributário e Direito
Sim. É muito importante direcionar parte dos estudos, já, para a segunda fase. Mas,
evidentemente, não estamos falando na elaboração de peças e respostas disserta vas. O
importante é focar e direcionar parte dos seus estudos (cerca de 20 ou 30 por cento) para
aprofundar determinados temas, aqueles que possuem uma chance maior de serem cobrados.
Exemplo: é bastante comum escutarmos no no ciário decisões a respeito da possibilidade ou não
de se executar provisoriamente a pena priva va de liberdade. A chance desse assunto ser cobrado
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numa segunda fase ou na fase oral é bastante alta. Sendo assim, dedique uma pequena parte do
seu estudo, quando tratar do tema “prisões” em Processo Penal, ou “direitos fundamentais” em
Cons tucional para este tema e já vá se preparando, assim, para as fases seguintes.
É importante termos em mente que a melhor doutrina é aquela que você tem mais
facilidade de compreendê-la. Indicaremos aqui algumas referências, mas se você já possui e
gosta da sua, con nue com ela. Se você es ver estudando com bastante antecedência do
edital, é possível ler uma doutrina de cada disciplina. Indicamos as seguintes:
1. Direito Cons tucional, Financeiro e Tributário: Pedro Lenza.
2. Direito Administra vo: José dos Santos Carvalho Filho ou Di Pietro.
3. Direito Penal: Cleber Masson.
4. Direito Processual Penal: Aury Lopes Jr.
5. Direito Civil e Empresarial: Cris ano Chaves de Farias e Nelson Rosenvald ou
Maria Berenice Dias (direito de família).
6. Direito Processual Civil: Daniel Amorim Assumpção.
O estudo da lei seca é de suma importância para a prova obje va e para a prova oral,
lembrando que para a prova de Direito Penal também são muito cobradas a doutrina e a
jurisprudência. Além dos Códigos e das leis especiais, adver ndo que, com a alteração do
Código de Processo Civil, muito provavelmente a lei seca será cobrada de forma pesada nessa
matéria, vale observar a Convenção Americana De Direitos Humanos, Lei de Execução Penal,
que é uma matéria de grande visibilidade e objeto de vários projetos estaduais e nacional, como
o Projeto “Libertas”. É também necessário estudar alguns trechos da Cons tuição Estadual
(principalmente a seção IV – Das Funções Essenciais à Jus ça; subseção III – Da Defensoria
Pública; bem como os ar gos 61, XII; 66, III, “f”; 90, XXVI e 118, inciso VIII).
Faça o download da Cons tuição mineira no site da ALMG e separe esses trechos, a fim
de agregá-los aos seus estudos, mas conjugando com a Lei Orgânica Mineira da Defensoria
Pública, Lei Complementar n 65/2003. Ela é bastante extensa e detalhada e deve ser estudada
com as alterações da Lei Complementar Federal n 80/1994, nas quais disciplinam os Princípios
Ins tucionais da Defensoria Pública, dentre outras questões importantes. Aqui fica evidente a
questão da especificidade do concurso. Como é uma lei do Estado de MG, ela tem suas 7
par cularidades. Então, o candidato que não estudou o ponto específico para MG, certamente
apresentará certo grau de dificuldade. Aquele que já começou a se preparar antes, pela Lei
Orgânica da Defensoria Pública do Estado de Minas Gerais, terá, com certeza vantagem maior.
Destacamos questões que caíram na úl ma prova acerca da Lei Orgânica da DPMG:
Dos Direitos dos Defensores; Das Infrações, das Penalidades e da Prescrição.
Quando se obje va estudar para um concurso composto por mais de uma etapa, como
é o caso da Defensoria Pública de Minas Gerais, a preparação inicial não deve ser feita de forma
isolada, mas direcionada a todas elas, principalmente porque o intervalo entre uma fase e outra
é curto. E após ser aprovado para a segunda etapa, torna-se necessário que se tenha em mente
que a resolução das questões disserta vas e das peças processuais prá cas exige do candidato
uma ar culação e argumentação per nentes, com o correto uso do vernáculo.
Por este mo vo, é imprescindível realizar um treinamento exaus vo das peças
processuais e das questões disserta vas, tendo em mãos tão somente a legislação a ser u lizada
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no dia da prova. Referida prá ca o auxiliará no controle de espaço e de tempo.
O conhecimento do texto legal será importante para se demonstrar os disposi vos que
fundamentem a resposta apresentada, mas os estudos devem basear-se, precipuamente, na
doutrina, nos informa vos de jurisprudência e nos textos e livros de autoria dos componentes
da banca. O conhecimento dos textos de autoria dos componentes da banca também cons tui
verdadeiro diferencial para aprovação, a fim de se verificar os temas de preferência dos
examinadores e, ainda, a maneira como pensam acerca daquele assunto. No úl mo concurso
para Defensoria Pública de Minas Gerais referidos textos foram objeto de cobrança tanto nas
questões quanto nos conteúdos das peças a serem elaboradas.
Não esqueça, também, de adotar o “sen mento verde” enquanto você estuda, ou seja,
a forma de pensar da Defensoria Pública, pois assim fica mais fácil expor este pensamento na
hora da prova.
Não existe fase mais di cil que a outra, cada uma tem suas especificidades. Vocês já
devem ter escutado isso: “o cara que passou na fase disserta va tem conhecimento de sobra
para passar na oral”. Uma coisa sobre essa frase: ela está corre ssima. Conhecimento para