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RTOrd 0001772-34.2016.5.17.0003
Como o interesse creditı́cio da exeqü ente nã o veio a ser satisfeito até a presente data,
bem como ela se encontra em local incerto e nã o sabido, , requer seja procedida a
desconsideraçã o da personalidade jurı́dica, com fulcro no art. 34 da LEI Nº 12.529,
DE 30 DE NOVEMBRO DE 2011. no art. 790, inciso II e VII do CPC, art. 448 da CLT e
por im atravé s da inteligê ncia do art. 50 do CC, haja vista a executada nã o haver
cumprido com o pagamento desta demanda até a presente data, e a mesma nã o
possuir recursos depositados em banco e bens passı́ veis de penhora.
Art. 34. A personalidade jurı́dica do responsá vel por infraçã o da ordem
econô mica poderá ser desconsiderada quando houver da parte deste abuso
de direito, excesso de poder, infraçã o da lei, fato ou ato ilı́cito ou violaçã o dos
estatutos ou contrato social.
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Rua Marataízes, nº 83 – Ed. Vila gio Busines – SL 206 – Valparaíso– Serra/ES – CEP. 29.162.738.
Telefones: (27) 99804-1616.
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Art. 35. A repressã o das infraçõ es da ordem econô mica nã o exclui a puniçã o
de outros ilı́citos previstos em lei.
Ante tal cená rio, nã o se vislumbra capacidade econô mica su iciente da mesma, para
que suporte a penhora de mais uma execuçã o, bem como oferte bens livres,
desembaraçados e de sua propriedade para a garantia do Juı́zo.
Tal doutrina vem expressa em nossa legislaçã o atravé s dos artigos 350 do Có digo
Comercial, 28 da Lei 8.078/90, utilizados subsidiariamente pelo Direito do Trabalho
conforme dispõ e o artigo 8º da CLT.
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respondem pelas dívidas da empresa quando esta não possuir outros bens que
possam levar a bom termo a execução. Tal fenômeno é denominado pela
doutrina como disregard of the legal entity: nos casos em que a empresa não
oferecer condições de solvabilidade de seus compromissos, sua personalidade
jurídica é desconstituída a im de que os sócios sejam responsabilizados pela
satisfação dos débitos. (TRT 2ª R. – Ac. 1999009692 – Relª Juíza Vânia
Paranhos – DOESP 13.07.1999)
PENHORA – BENS PARTICULARES DOS SÓCIOS – ATO FRAUDULENTO –
Con igura ato fraudulento da sociedade o não pagamento das verbas devidas
aos seus empregados, o que autoriza a penhora dos bens particulares de seus
sócios para a satisfação da divida, caso a sociedade não tenha condições
inanceiras para tal. Agravo de petição a que se nega provimento. (TRT 6ª R. –
AP 42/95 – 2ª T. – Rel. Juiz Adalberto Guerra Filho – DOEPE 20.06.1995)
Assim, merece ser amparado o ora peticionante com tal garantia ao
adimplemento de seu cré dito. Requer entã o seja desconsiderada a
personalidade jurı́dica da empresa, ora executada, recaindo a penhora sobre
bens de propriedade dos só cios, livres e desembaraçados, su icientes à
garantia da execuçã o.
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aplica-se ao sócio de responsabilidade solidária que há menos de dois anos se
tenha despedido da sociedade, no caso de não terem sido solvidas até a data da
declaração da falência as obrigações sociais existentes ao tempo da retirada.
Não prevalecerá o preceito, se os credores tiverem consentido expressamente
na retirada, feito novação, ou continuado a negociar com a sociedade, sob a
mesma ou nova irma.
A “lei de falê ncias”, estabelece responsabilidade do ex – só cios que deixou a empresa,
quando esta apresentava sinais de endividamento e insolvê ncia. Da mesma forma, se
protege o trabalhador contra a evasã o de só cios, na tentativa de escusarem-se da
responsabilidade pelo adimplemento de obrigaçõ es da empresa, conforme o artigo
10 e 448 da CLT, em casos de sucessã o fraudulenta.
Nesse sentido, os Tribunais se inclinam pela efetiva responsabilizaçã o dos ex-só cios
que integravam a sociedade à é poca da prestaçã o dos serviços.
E por ela se encontrar em endereço incerto conforme demostra o pró prio andamento
dos autos, requer seja seguido o entendimento jurisprudencial abaixo, haja vista ter a
empresa haver sido dissolvida irregularmente:
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PROCESSUAL CIVIL - AGRAVO DE INSTRUMENTO - DESCONSIDERAÇAO DA
PERSONALIDADE JURIDICA - RESPONSABILIDADE PESSOAL DO SOCIO-GERENTE -
DISSOLUÇAO IRREGULAR DA EMPRESA EXECUTADA - MUDANÇA DE DOMICILIO - A
dissoluçã o irregular da empresa, assim compreendido o encerramento de suas
atividades sem a observâ ncia das obrigaçõ es perante o isco, con igura, ipso facto, a
gestã o ilı́cita da pessoa jurı́dica, haja vista a inexorá vel ofensa aos diplomas legais de
regê ncia. - Em idê ntica situaçã o se encontra a sociedade que transfere seu domicı́lio,
ou seja, sua sede, sem nenhuma comunicaçã o à Fazenda ou alteraçã o de seus atos
constitutivos. Precedente do e. TRF-4ª Regiã o (AG 199804010454813/RS, Relator o
Desembargador Federal ALMIR SARTI, decisã o unâ nime da Primeira Turma em
15.12.1998, publicada no DJ de 27.01.1999, pá g. 367). - Plenamente justi icá vel,
portanto, a responsabilizaçã o pessoal do só cio-gerente da sociedade executada.
Inteligê ncia dos artigos 134 e 135 do Có digo Tributá rio Nacional. Agravo de
instrumento provido. Agravo Regimental prejudicado. (TRF 5ª R. - AGTR 45049 -
(2002.05.99.001350-8) - SE - 1ª T. - Rel. Des. Fed. José Maria Lucena - DJU 19.03.2004
- p. 724/725) JCTN.134 JCTN.135
DOS PEDIDOS
Ante todo o exposto, requer que a expedição de o ício a JUCEES para que a mesma
forneça as cópias de registros empresariais da reclamada dos últimos dois
anos visando alcançar o objetivo da execução.
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Apó s, requer seja expedido novo mandado executivo, sendo desta vez, intimados ao
adimplemento do cré dito perseguido, os só cios atuais da empresa e os ex – só cios
que integravam a sociedade à é poca da prestaçã o dos serviços, conforme demonstra
o contrato social, em consonâ ncia com a teoria de despersonalizaçã o da pessoa
jurı́dica, e conforme dispõ e o artigo 448 da CLT, complementado in casu pelo artigo
5º do Decreto Lei 7.661/45, invalidando os efeitos da saı́da dos só cios, quanto a
responsabilidade pelo adimplemento dos cré ditos trabalhistas.
Requer, a expedição de Ofı́cio à Receita Federal, para que forneça a este Douto Juı́zo
as cinco últimas Declaraçõ es de Imposto de Renda Pessoa Fı́sica dos só cios acima
quali icados;
Requer, també m, a expedição de Ofı́cio via Bacen e Renajud, para que estes
informem a existê ncia ou nã o de bens em nome das pessoas acima nominadas,
promovendo imediatamente o bloqueio dos mesmos.
Vossa Excelê ncia determine a penhora on line da conta dos só cios pelo sistema
BACEN JUD, no valor já indicado em evento Id0e0685e, qual seja, R$ 18.000,00
(dezoito mil reais).
Nestes termos,
Pede deferimento.