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Proteção de Sistemas Elétricos
Elétricos

1 – Relé de Sobrecorrente
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1 - INTRODUÇÃO

69 kV

PR

43 D 30

50N 50
51 51 TC

71
TC

26

69 / 13,8kV
49 30 86 87
Transformador
TC
R

63
51G
TC V A

63A varh Wh var W


CV CA

50N 50
51 51 TC

TP
D 30
CF

13,8 kV

TC TC TC TC C
50N D 50N D 50N D 50N D
51 51 51 51
3 MVAR
TC
50 50 50 50
51 51 51 51

61 30
AL 4

AL 3

AL 2

AL 1

2 – Relé de Sobrecorrente
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1.1 - Relés de sobrecorrente de ação direta


1.1.1 - Relés de sobrecorrente fluidodinâmicos
São constituídos de uma bobina de grossas espiras ligadas em série com o circuito a ser
protegido. No interior da bobina pode-se deslocar um êmbolo metálico em cuja extremidade
inferior é fixado um sistema de duas arruelas providas de furos de diâmetros adequados.

1
10

0
10
Tempo (s)

A
-1
10

-2
10 1
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Múltiplo da corrente ajustada

Fig. 10.10 – Curva de temporização de um relé fluidodinâmico

3 – Relé de Sobrecorrente
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Duas arruelas vazadas

Êmbolo Pino de impacto

Orifício de retardo

Copo ou recipiente

Fig. 10.11 – Sistema operacional do relé


Os relés fluidodinâmicos apresentam as seguintes vantagens:
 facilidade de instalação;
 custo reduzido;
 facilidade de regulação.
Em contrapartida apresentam as seguintes desvantagens:
 inadequados para sistemas seletivos pelo fato de sua operação se dar dentro de uma larga
faixa de atuação;

4 – Relé de Sobrecorrente
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 manutenção periódica do óleo de vaselina a fim de mantê-lo dentro de suas características


inicias, pois a construção do relé permite a penetração de poeira dentro do copo;
 durante a sua manutenção é obrigatória a desenergização do sistema, já que o relé está em
série com o circuito principal;
 inadequado para instalações industriais, onde a presença de máquinas de solda é
preponderante, pois as fortes correntes de solda provocam pequenos deslocamentos no
êmbolo, que não retorna a sua posição original devido à freqüência das operações do
trabalho, favorecendo um desligamento intempestivo do disjuntor.
1.1.2 - Relés de sobrecorrente eletromagnéticos
1.1.3 - Relés de sobrecorrente estáticos
São dispositivos fabricados de componentes estáticos montados em caixa metálica blindada
para evitar a interferência do campo magnético dos condutores de alta tensão, e instalados nos
bornes dos disjuntores.
a) Características construtivas

Esses relés são constituídos basicamente de três módulos, tal como se apresenta o relés RPC-
1, Sprecher Energie.
 Transformadores de corrente
 Circuitos eletrônicos
 Dispositivos de saída

5 – Relé de Sobrecorrente
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A característica de atuação dos relés RPC-1 não é afetada por umidade, poeira e temperatura
do meio ambiente no mesmo nível em que é afetado o relé fluidodinâmico, em virtude da semi-
exposição do líquido de temporização que sofre aquela unidade.
b) Características elétricas

 Proteção contra curto-circuito dependente do tempo


 Proteção contra curto-circuito dependente da corrente
 Corrente nominal do relé
Com base na corrente máxima admitida para o sistema, adota-se o relé com corrente nominal
de acordo com as seguintes faixas:
 no intervalo de 6 a 10 A: I n  5 A;

 no intervalo de 11 a 20 A: I n  10 A;

 no intervalo de 22 a 40 A: I n  20 A;

 no intervalo de 43 a 80 A: I n  40 A;

 no intervalo de 88 a 160 A: I n  80 A;

 no intervalo de 176 a 320 A: I n  160 A.

6 – Relé de Sobrecorrente
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Tab. 10.2 – Correntes de ajuste


(A) dos relés RM2F

Corrente Faixa de ajuste Corrente Faixa de ajuste


0,85 0,5 - 1,0 42,00 25,0 - 50,0
1,70 1,0 - 2,0 70,00 40,0 - 80,0
2,50 1,5 - 3,0 100,00 60,0 - 120,0
4,20 2,5 - 5,0 167,00 100,0 - 200,0
7,00 4,0 - 8,0 250,00 150,0 - 300,0
10,00 6,0 - 12,0 420,00 250,0 - 500,0
17,00 10,0 - 20,0 500,00 300,0 - 600,0
25,00 15,0 - 30,0

Fig. 10.12 – Relé tipo fluído dinâmico

7 – Relé de Sobrecorrente
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Terminal de fonte

Bobina de operação
Tab. 10.3 – Características técnicas dos relés
Mecanismo de ajuste
de corrente
RPC-1
Características Unid Valores nominais
Placa de identificação Corrente nominal A 5 10 20 40 80 160 320
Ponto de fixação
da haste de acionamento Corrente térmica (1 s) A 2,0 3,5 7,5 15,0 15,0 15,0 15,0
do disjuntor Corrente dinâmica (cr) kA 9,0 16,0 34,0 68,0 79,0 79,0 79,0
Tensão máxima kV 38,0
Freqüência Hz 40,0 a 65,0
Temperatura de operação ºC -5,0 a 60,0
Consumo VA 2,0
Ponto de fixação no disjuntor
Energia para desarme Nm 0,2
Curso de disparo mm 15,0
Sobrecurso de carregamento mm 3,0

Fig. 10.13 – Relé tipo eletromagnético


 Ajuste da unidade temporizada (característica dependente do tempo)
Ia
Kr 
I nr  K

Ia- corrente de acionamento da unidade temporizada;


Kr -constante de multiplicação ajustada no potenciômetro do relé, variando de 1 a 2; em
incrementos de 0,2;

8 – Relé de Sobrecorrente
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K - fator de sobrecarga permanente do relé:1 a 1,2 (adotar o valor de K normalmente igual a 1


I nr - corrente nominal do relé.
 Ajuste da unidade instantânea
I cs
Ki 
K r  I nr  K

O conjunto de Equação (10.3) fornece os valores-limites de ajuste da corrente instantânea, ou


seja:
I ima  I cs ( valor máximo)
I imi  4  I a ( valor mínimo)
I imi - ajuste mínimo da corrente da unidade instantânea;
I ima - ajuste máximo da corrente da unidade instantânea;
I cs -
corrente de curto-circuito.
A corrente de acionamento da unidade instantânea é dada em múltiplo da corrente ajustada
para a unidade temporizada.
 Ajuste da temporização

9 – Relé de Sobrecorrente
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Terminal de fonte

Dial para
ajuste de tempo

Dial para ajuste


de tempo fino
Disposito de resert

Dial para ajuste


da unidade instantânea

Dial de ajuste
da unidade temporizada
Dispositivo de fixação
da haste de acionamento
do disjuntor

Fig. 10.14 – Relé de ação direta tipo eletrônico

EXEMPLO DE APLICAÇÃO

Dimensionar e ajustar os relés RPC-1 instalados nas subestações industriais de uma área rural
mostrada no esquema elétrico simplificado da Fig. 10.15, cujos dados são:
 tensão primária: 13,8 kV;
 tensão secundária: 380 V;
10 – Relé de Sobrecorrente
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 potência de curto-circuito no ponto de entrega de energia: 31 MVA;


 considerar desprezível a variação de impedância entre os pontos do sistema onde estão
instalados os relés dos disjuntores D1 e D2.
Os relés têm características de tempo definido e estão montados nos pólos dos disjuntores D1
e D2 em número de três por equipamento de proteção.

I1
D1

I2 I3 D2

150 kVA 1500 kVA

89 kVA 1.230 kVA

Fig. 10.15 – Diagrama unifilar simplificado


a) Correntes de carga

Considerar que a corrente máxima seja a de carga nominal do transformador.


150
I2   6,27 A
3  13,80

11 – Relé de Sobrecorrente
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1.500
I3   62,7A
3  13,80
I1  I 2  I 3  6,27  62,7  68,97 A

b) Disjuntor D2

  Corrente nominal do relé


 para a corrente de carga

I 3  62,70 A  I nr  40 A

 para a corrente de curto-circuito


31.000
I cs   1.296 A
3  13,80

 Ajuste da unidade temporizada


62,70
Kr   1,5  K r  1,6
40  1,0

I a  1,0  62,7  62,7 A


K  1,0

Como o ajuste do tempo não depende da corrente, o seu valor é função dos tempos de
coordenação do sistema, não expressos neste exemplo. Para isso é necessário fazer K i   .
 Ajuste da unidade instantânea
Se não for considerada a hipótese anterior, tem-se:
1.296
Ki   20  K i  18
1,6  40  1,0
12 – Relé de Sobrecorrente
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I imi  4  62,7  250,0 A
I ima  18  62,7  1.128,6 A
I ima  I cs (condição satisfeita)
 verificação da capacidade de curto-circuito do relé

Para se verificar se o relé suporta térmica e dinamicamente a corrente de curto-circuito tem-se:


I ts  1,29 kA (para 1s)
I ts - corrente térmica fornecida pelo sistema
I tr  15 kA (Tab. 10.3)
I tr -corrente térmica suportada pelo relé
Logo:
I tr  I ts (condição satisfeita)

I ds  2  Fa  I cs
I ds - corrente dinâmica do sistema
Fa  1,3 (fator de assimetria admitido)
I ds  2  1,3  1,29  2,3 A

I dr  68 kA
I dr -
corrente dinâmica do relé
Logo:
I dr  I ds

Deixa-se para o leitor o ajuste dos outros relés do exemplo em questão.


13 – Relé de Sobrecorrente
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1.2 - Relés de sobrecorrente de ação indireta


Os relés de sobrecorrente de ação indireta podem ser classificados quanto à construção como:
 relés de sobrecorrente de indução;
 relés de sobrecorrente estáticos;
 relés digitais microprocessados.
1.2.1 - Relés de sobrecorrente de indução
1.2.1.1 - Características construtivas

14 – Relé de Sobrecorrente
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Unidade temporizada
Bloco de tape
Parafuso para ajuste do tape
Dial de ajuste da curva temporizada
Bloco de tape
Unidade instantânea

Unidade temporizada
Tape da unidade
Unidade instantânea
instantânea Ajuste de tempo
Contato estacionário Contato móvel

Indicador de atuação
Indicador de atuação unidade temporizada
unidade instantânea

Fig. 10.16 – Vista externa Fig. 10.17 – Vista interna


1.2.1.2 - Unidade de indução

1.2.1.3 - Unidade de bandeirola e selagem

1.2.1.4 - Unidade instantânea

Tab. 10.4 – Tapes da unidade de indução

15 – Relé de Sobrecorrente
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Faixa (A) Tapes disponíveis (A)


0,5 - 4,0 0,5-0,6-0,7-0,8-1,0-1,2-1,5-2,0-2,5-3,0-4,0
1,5 - 12,0 1,5-2,0-2,5-3,0-4,0-5,0-6,0-7,0-8,0-9,0-10,0-11,0-12,0
2,0 - 16,0 2,0-2,5-3,0-4,0-5,0-6,0-7,0-8,0-9,0-10,0-11,0-12,0-13,0-14,0-15,0-16,0

Bobina de
abertura do
CBD disjuntor - BA Fusível
Contato

Banco de baterias
auxiliar do Contato móvel
disjuntor Bobina
Eixo
Fusível

Bobina de selo
CBS
BS

Contato fixo
Disco

Anel divisor

Fig. 10.18 – Unidade de indução temporizada

16 – Relé de Sobrecorrente
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Eixo do disco

1
TC
Disco 2
de
indução
3

Fig. 10.19 – Esquema básico da unidade temporizada

Tab. 10.5 – Características da


Bobina
unidade de selagem
Superior

Descrição Características
Tape 0,2 A Tape 2 A
Corrente mínima de operação 0,02 A 2,00 A
Disco
Corrente em regime contínuo 0,03 A 3,00 A
Tempo máximo para 30 A/250 V 0,03 s 4,00 s
Tempo máximo para 10 A 0,25 s 30,00 s
Reistência à corrente contínua 6,50 W 0,15 W
Bobinas Inferiores
Corrente mínima de desarme 0,05 A 0,50 A

Fig. 10.20 – Vista traseira

17 – Relé de Sobrecorrente
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Corrente
F

primária
BS
BT
TC CBI 50/51 50/51 50/51 N
BI Banco
CBT CBS de
baterias

CBD

BA

Fig. 10.21 – Esquema elétrico simplificado


1.2.1.5 - Prescrições para o ajuste das unidades de indução

a) Unidade temporizada

 O relé não deve operar para a condição de carga máxima admitida.


Nestas condições, o carregamento máximo permissível é de 150%.
A partir da condição requerida, escolhe-se a corrente de tape de acordo com a Equação (10.5).
K f  Ic
I tut 
RTC
I tf - corrente de tape da unidade temporizada, em A;
18 – Relé de Sobrecorrente
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Kf - valor da sobrecarga admissível;
Ic - corrente nominal do equipamento ou corrente do circuito a ser protegido, em A;
RTC - relação de transformação do transformador de corrente.

Tab. 10.6 – Características da unidade I1


A
de instantânea

CARGA
I2
B D
I3
C

Faixa das Tapes Corrente Corrente de


bobinas disponíveis nominal (A) curta duração (A) 50 50 50 Relé de
51 51 51 fase
2,0 - 7,0 2,1 70,0
2,0 - 48,0 7,0 - 14,0 7,0 140,0 50 Relé de
N
14,0 - 18,0 10,0 185,0 51 neutro

6,0 - 20,0 7,0 88,0


6,0 - 144,0 20,0 - 40,0 16,0 280,0
40,0 - 144,0 25,0 460,0

Fig. 10.22 – Esquema básico de ligação dos


relés de indução secundário

Se o relé está destinado à proteção de neutro, conforme sua posição na Fig. 10.22, o valor de
K deve ficar compreendido entre 0,1 a 0,3, que representa a taxa de desequilíbrio máximo
f

admitida nos condutores fase.


 O relé deve operar de acordo com a curva de temporização para o múltiplo da corrente
ajustada.

19 – Relé de Sobrecorrente
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A determinação do tempo de ajuste do relé é função do plano de coordenação previsto. No


entanto, deve-se manter uma diferença mínima de 0,4 s entre os tempos de operação de dois
relés funcionando em cascata. Esse tempo é resultado das seguintes premissas:
 tempo próprio de operação do disjuntor:  0,13 s;
 tolerância do fabricante do disjuntor:  0,10 s;
 tempo de segurança do projeto:  0,17 s.
Im
M 
RTC  I tf

M - múltiplo da corrente de acionamento;


Im -corrente máxima admitida no circuito que pode ser uma corrente de sobrecarga ou de
curto-circuito.
 A corrente de acionamento deve ser, no máximo, igual à corrente térmica do transformador
de corrente.
 O relé deve operar para a menor corrente de curto-circuito do trecho protegido pelo
disjuntor.

20 – Relé de Sobrecorrente
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70
Curva TempoxCorrente
Relé Tipo CO2HILO
60Hz
60

50

40 11
10

Tempo (S)
Tempo 9
8
30 7
Tempo definido
6
5
Inversa longa 20 4
3
2

Inversa curta 10 1
Muito inversa 1/2
Extremamente inversa

0
1 2 4 5 6 7 8 9 10 12 14 16 18 20
Corrente
MÚLTIPLOS DA CORRENTE DE ACIONAMENTO

Fig. 10.23 – Curvas de operação Fig. 10.24 – Curvas inversa curta


b) Unidade instantânea

Os ajustes desta unidade devem satisfazer as condições descritas a seguir.

21 – Relé de Sobrecorrente
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 A corrente mínima de acionamento deve ser inferior à menor corrente simétrica de curto-
circuito no trecho protegido pelo disjuntor.
 A corrente mínima de acionamento deve ser superior à corrente de magnetização do
transformador.
1.2.1.6 - Características elétricas

1.2.1.7 - Curvas de operação

 Relés de temporização inversa curta


 Relés de temporização inversa longa
 Relés de temporização moderadamente inversa
 Relés de temporização e muito inversa
 Relés de temporização extremamente inversa
 Relé de tempo definido
1.2.1.8 - Aplicações típicas

 Relés com temporização muito inversa


São mais aplicados em sistemas em que a corrente de curto-circuito vista no ponto de
instalação do relé depende essencialmente da localização do defeito. Têm aplicação indicada
nos sistemas de suprimento das concessionárias de energia elétrica.

22 – Relé de Sobrecorrente
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140
Curva Tempo X Corrente
Relé tipo CO - 5 HILO
60 HZ
120

100

80
Tempo (S)

60

T(s)
11
40 10
9 0,04
8
7
6 Má
5 xim
a
20 4
0,02
3
2 Mín
im a
1
1/2
0
1 2 3 4 5 6 7 8 1 2 3 4 5 6 7 8
MÚLTIPLOS DA CORRENTE DE ACIONAMENTO Múltiplos da corrente de acionamento

Fig. 10.25 – Curvas inversa longa Fig. 10.26 – Curva da unidade instantânea

23 – Relé de Sobrecorrente
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1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 20 30 40
7 Curva Tempo x Concorrente 90 Curva Tempo x Corrente
80 Relé tipo CO-1 1-HILO
Relé Tipo CO9 - HILO 70
60 60Hz
60Hz 50

40
6

30

20

10
9
8
5

7
6
5
4
3
Tempo (S)
4

Tempo (S)
1,0
0,9
0,8 Seletor de Tempo
0,7
0,6
3

0,5
11 0,4
10 11
9 0,3 10
8 9
7 0,2 7 8
6
6 5
2

5 4
4 0,1
0,09 3
0,08
3 0,07
0,06
2
2 0,05
1

0,04 1
0,03
1
0,01 1/2
1/2
0
1

6
7
8
9
10

12

14
16
18
20
0,01
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 20 30 40
MÚLTIPLOS DA CORRENTE DE ACIONAMENTO Múltiplos da corrente de acionamento

Fig. 10.27 – Curvas muito inversa Fig. 10.28 – Curvas extremamente inversa

24 – Relé de Sobrecorrente
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+
CB1IN CB1IN BS1 BS3

R CBIT CBS1 CB3T CBS3

CB1E CB1E

52a BAL

BA

Fig. 10.29 – Esquema elétrico básico do relé de sobrecorrente IAC-66K

TC
1 69 kV
m
2 D
~
3 TC TC
Carcaça

B1 - T B1 - N B1 - E R

B3 - T B3 - N B3 - E 50/51N

13,8 kV

Fig. 10.30 – Ligação de indução Fig. 10.31 – Esquema unifilar básico


Tab. 10.7 – Derivações dos relés tipo CO
25 – Relé de Sobrecorrente
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Faixa (A) Tapes disponíveis (A)
0,5 - 2,5 0,5-0,6-0,8-1,0-1,5-2,0-2,5
1,0 - 12,0 1,0-1,2-1,5-2,0-2,5-3,0-3,5-4,0-5,0-6,0-7,0-8,0-9,0-10,0-12,0

Tab. 10.8 – Consumo do relé CO-11


Limite Volt - amp éres
Derivação térmico Ângulo No valor No valor No valor
Tip o CO
(A) curta fator de de I de de 3 x da de 20 x da
duração potência derivação I derivação I de derivação
0,5 1,7 36 0,72 6,54 250
0,6 1,9 34 0,75 6,8 267
0,8 2,2 30 0,81 7,46 298
0,5/2,5 1 2,5 27 0,89 8,3 330
1,5 3 22 1,13 10,04 411
2 3,5 17 1,3 11,93 502
2,5 3,8 16 1,48 13,95 610
1 3,5 30 0,82 7,4 300
1,2 4 29 0,9 8 324
1,5 5,5 26 0,97 8,6 350
2 8,5 25 1 8,9 380
2,5 10 24 1,1 9 377
3 12,5 33 0,87 8 340
3,5 14 31 0,88 8,2 340
1/12
4 15 29 0,94 8,7 366
5 17 25 1,1 10 335
6 18,5 22 1,25 11,5 478
7 20 20 1,4 12,3 560
8 21,5 29 1,5 14 648
10 25 24 1,9 18,3 900
12 28 10 2,4 23,8 1.200

 Relés com temporização inversa

26 – Relé de Sobrecorrente
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São aplicados mais especificamente em sistemas onde a corrente de curto-circuito é função


predominantemente da capacidade de geração existente no instante do defeito. São indicados
para instalações produtoras de energia elétrica. São exemplos os relés IAC-53 e IAC-52, da
GE, e o relé CO-8, da Westinhouse.
 Relés com temporização extremamente inversa
São aplicados mais especificamente em redes primárias de distribuição urbana e rural das
concessionárias de energia elétrica, porque a conformação de suas curvas se adapta mais
facilmente à curva característica dos elos fusíveis e religadores do sistema elétrico permitindo
melhor coordenação, além de favorecer a reenergização das redes submetidas a elevadas
correntes de magnetização.
 Relés com temporização inversa longa
São aplicados mais especificamente na proteção de circuitos de motores elétricos ou em outra
carga que se caracterize pela necessidade de uma grande temporização no início de sua
energização.
1.2.1.9 - Parâmetros elétricos

 Unidade de indução
2
I 
Z 2  Z 1   1 
 I2 

C bo  I tc2  Z 2

I1 - corrente do tape mínimo, em A;


I2 - corrente do tape ajustado, em A;
27 – Relé de Sobrecorrente
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Elétricos
Z1 - impedância da bobina no tape mínimo, em  ;
Z2 - impedância da bobina no tape ajustado, em  ;
C bo - consumo da bobina do relé, em VA;
I tc - corrente nominal do secundário do TC, em A.

EXEMPLO DE APLICAÇÃO

Considerar o esquema elétrico, visto na Fig. 10.32, representativo de uma subestação de


potência que supre quatro alimentadores de uma concessionária de energia elétrica. Calcular o
ajuste dos relés referentes aos disjuntores D1 - D2 - D3, sabendo-se que os parâmetros
elétricos do sistema são:
 tensão do lado primário: 69 kV;
 tensão do lado secundário: 13,80 kV;
 potência nominal do transformador: 20/26,6 MVA;
 impedância nominal do transformador: 9,34% - 72,6 kV (Capítulo 12)
 demandas máximas coincidentes dos alimentadores:
 AL1: 180 A;

 AL2: 160 A;

 AL3: 230 A;

 AL4: 140 A.
28 – Relé de Sobrecorrente
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Elétricos

 potência de curto-circuito trifásica no barramento de 69 kV: 800 MVA;


 fator de assimetria: 1,30;
 corrente simétrica de curto-circuito fase e terra no barramento de 69 kV: 830 A (valor
mínimo);
 corrente simétrica de curto-circuito fase e terra no barramento de 13,80 kV: 210 A (valor
mínimo).
 relé a ser empregado: CO-11 HILO.
Obs.: O desenvolvimento teórico do cálculo que se segue está contido no livro Instalações
Elétricas Industriais, do autor.
a) Demanda máxima da subestação

Dsc  3  13,80  (180  160  230  140)  16.970,6 kVA

b) Curto-circuito na barra de 13,80 kV

 Valor de base
Pb  20.000 kVA
Vb  13,80 kV

 Impedância equivalente até a barra de 69 kV


R s  0 pu
Pb 20.000
Zs  X s    0,025 pu
Pcc 800.000

29 – Relé de Sobrecorrente
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D3 AL 1

50N

51
50
51
D4 AL 2

20 MVA

50N

51
50
51
69 kV
D1 D2

69 / 13,8kV

50
51

50
51
D5 AL 3

50N

50N
51

51

50N

50
51
51
D6 AL 4

50N

50
51
51
Fig. 10.32 – Esquema elétrico básico da subestação
 Impedância do transformador
Pcu 118.915
Rt    0,447%  0,00447 pu
10  Pnt 10  26.600

X t  0,09342  0,004472  0,0934 pu


Zt  0,00447  j 0,093 pu (nas bases de 72,6 kV e 26,6 MVA )
Pcu  118 .915 W
(Capítulo 12)
Mudando para as bases adotadas, tem-se:

30 – Relé de Sobrecorrente
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2
 72,60 
 
20.000  13,80 
Rt  0,00447  
26.600  69 
 0,0037 pu
 13,80 
 
2
 72,60 
 
20.000  13,80 
X t  0,0934  
26.600  69 
 0,0777 pu
 13,80 
 

Z t  0,0037  j 0,0777 pu (nas bases de 13,80 kV e 20 MVA)

 Impedância até a barra de 13,80 kV


  
Z t  Z s  Z tr  j 0,025  0,0037  j 0,0777 pu

Z t  0,0037  j 0,1027 pu
Z t  0,102 pu
 Corrente de curto-circuito na barra de 13,80 kV
1 1
I cs    9,8 pu
Z t 0,102
20.000
Ib   836,7A
3  13,80
I cs  9,8  836,7  8.199,6 A

c) Disjuntor D1

 RTC
31 – Relé de Sobrecorrente
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26.600
In   222,5A
3  69
16.970,6
Ic   142 A
3  69
Será adotada a capacidade máxima do transformador, ou seja:
I c  I n  222,5A
Valor inicial: RTC: 250-5: 50
Fs  20 (fator de sobrecorrente)
I cs 800.000 / 3  69 6.693,9
I tc     334,69 A
Fs 20 20
I tc -
corrente primária do transformador de corrente.
Logo: RTC: 400-5: 80
 Proteção de fase - unidade temporizada
A corrente da carga vale:
26.600
Ic   222,5 A
3  69
A corrente de tape do relé vale:
K f  Ic 1,50  222,5
I tf    4,17 A
RTC 80
K f  1,50 (sobrecarga adotada)
I tf  4 (Tab. 10.7)

- corrente de tape da unidade temporizada de fase.


I tf

Faixa de ajuste: (1,0 a 12) A, de acordo com a Tab. 10.7.


A corrente de acionamento vale:
32 – Relé de Sobrecorrente
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I a  I tf  RTC  4  80  320 A

O múltiplo da corrente de acionamento relativa à corrente de curto-circuito vale:


800.000
I cs   6.693,9A
3  69
I cs 6.693,9
M    20,9
RTC  I tf 80  4

M - múltiplo da corrente de acionamento;


I cs -
corrente de curto-circuito simétrico, valor eficaz.
Considerando que o tempo de atuação do relé não pode ser superior a 0,20 s (valor admitido
neste exemplo) para possibilitar a coordenação com os elementos de proteção de retaguarda,
a curva de operação da Fig. 10.28 é a de número 5.
 Proteção de fase - unidade instantânea
A corrente do curto-circuito assimétrico, valor eficaz, vale:
I as  Fa  I cs  1,30  6.693,9  8.702,0 A
I as - corrente de curto-circuito assimétrica, valor eficaz.
Fa  1,30 (fator de assimetria)
I as 8.702,0
F   27,2  F  25 (valor adotado)
Ia 320
A corrente do tape da unidade instantânea vale:
I ti  F  I tf  25  4  100A

Será escolhida a faixa de (40 a 144) A para o ajuste de 100 A, de acordo com a Tab. 10.9.
Tab. 10.9 – Unidade de chaveamento instantâneo
33 – Relé de Sobrecorrente
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Tipo Derivação Valor Impedância nominal


mínimo No valor de atuação Ohms Corrente
de atuação R Xl Z 3x 20x nominal
2,0 - 7,0 2,0 0,680 0,042 0,800 0,720 0,67 2,5
2,0 - 48 7,0 - 14,0 7,0 0,076 0,048 0,090 0,086 0,07 7,0
14,0 - 48,0 14,0 0,032 0,012 0,035 0,035 0,04 10,0
6,0 - 20,0 6,0 0,108 0,067 0,127 0,125 0,10 7,0
6,0 - 144 20,0 - 40,0 20,0 0,016 0,008 0,081 0,018 0,18 16,0
40,0 - 144,0 40,0 0,007 0,002 0,007 0,007 0,01 25,0

A corrente de acionamento da unidade instantânea vale, então:


I a  I ti  RTC  100  80  8.000A
I ti - corrente de tape da unidade instantânea.
I a  I as (condição
satisfeita)
Para que haja coordenação com os relés de retaguarda, não definidos neste exemplo, talvez
seja necessário bloquear-se esta unidade.
 Proteção de neutro - unidade temporizada
K n  I n 0,20  222,5
I tn    0,55
RTC 80
K n  0,20 (valor que pode ser escolhido entre 0,10 a 0,30)
I tn  0,60 A (Tab.
10.7)
Faixa de (0,5 a 2,5) A, de acordo com a Tab. 10.7.
I a  I tn  RTC  0,60  80  48 A
O múltiplo da corrente de acionamento vale:
I ft 830
M    17,2
RTC  I tn 80  0,60
34 – Relé de Sobrecorrente
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Elétricos
I tn - corrente de tape da unidade temporizada de neutro;
Ia- corrente de acionamento;
I ft -
corrente de curto-circuito fase-terra simétrica, valor eficaz.
Para um tempo de 0,10 s, valor máximo admitido na condição deste Exercício, a fim de permitir
a coordenação com os elementos de retaguarda, tem-se pela Fig. 10.28: curva 2:
 Proteção de neutro - unidade instantânea
1,30  I ft 1,30  830 1.079
F    22,4
Ia 48 48
Adotando-se: F = 20, tem-se:
I ti  I tn  F  0,60  20  12 A
I ti -
corrente de tape da unidade instantânea de (7 a 14) A, de acordo com a Tab. 10.9. A
corrente de acionamento vale:
I a  RTC  I ti  80  12  960 A  830  1,30 A (condição satisfeita)
d) Disjuntor D2

 RTC
26.600
Ic   1.11 2,8 A
3  13,80
I c = (180 + 160 + 230 + 140) = 710 A
Será adotada a capacidade máxima do transformador, ou seja:
I c  1.112,8A

35 – Relé de Sobrecorrente
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Elétricos

Valor inicial: 1.200 - 5: 240


8.199,6
I 
tt  409,9 A
20
Logo: RTC: 1.200 - 5: 240
 Proteção de fase - unidade temporizada
1,5  1.112,8
I tf   6,9 A
240
I ft  7 A (Tab.
10.7)
Faixa de ajuste: (1,0 a 12) A, (Tab. 10.7)
8.199,6
Md2   4,8 (múltiplo da corrente de defeito do secundário)
240  7
Para que haja coordenação entre os dois disjuntores é necessária uma diferença nos tempos
de acionamento dos relés dos disjuntores D1 e D2, de 0,4 s para um defeito na barra de 13,8
kV, ou seja:
8.199,6  13,8 / 69 
M d1   5,1(múltiplo da corrente de defeito do secundário refletida no primário)
80  4
Pelas curvas da Fig. 10.28, tem-se:
M d 1 (5,1)  curva 5  Td 1  1,0 s
M d 2 (4,8)  Td 2  1,0 s  0,4 s  0,6 s  curva 2 (curva do relé de proteção de fase do disjuntor D2)
 Proteção de fase - unidade instantânea
1,30  8.199,6 10.659,40
F   6,3  F  5 (valor adotado)
1.680 1.680
I a  240  7  1.680 A
I ti  I tf  F  7  5  35 A
36 – Relé de Sobrecorrente
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I a  I ti  RTC  35  240  8.400  8.199,6  1,30 A (condição satisfeita)
Faixa de ajuste: (14 a 48) A, da Tab.10.9.
A corrente de curto-circuito trifásica simétrica do lado secundário reflete-se no lado primário
com o valor de:
13.800
I sp  8.199,6   1.639 A (condição satisfeita)
69.000
A corrente de acionamento do relé instantâneo do lado de 69 kV (caso seja utilizado) é de
8.000 A; logo, há coordenação, isto é, o disjuntor D1 não irá operar para defeitos trifásicos na
barra de 13,80 kV, através da unidade instantânea do relé de fase, isto é:
I a  8.000A  1.639A

 Proteção de neutro - unidade temporizada


0,20  1.112 ,8
I tn   0,92A
240
I tn  1,0 (Tab. 10.7)
Faixa de ajuste: (0,5 a 2,5) A (Tab. 10.7)
O múltiplo da corrente de acionamento vale:
210
Md2   0,87
240  1,0

A corrente de 210 A vista no lado de 69 kV vale:


210  13,8 / 69 
Ic   24,2 A
3
24,2
M d1 
80  4
 0,07 (neste caso o relé de proteção de fase do lado de 69 kV não será sensibilizado)
A corrente de acionamento vale:
37 – Relé de Sobrecorrente
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I n  I tn  RTC  240  1,0  240 A
O tempo de atuação do relé do disjuntor D2, deve ser escolhido de forma a coordenar com o
disjuntor D3 e os equipamentos de proteção instalados a jusante, tais como religadores e
chaves fusíveis.
Para o presente caso, como o múltiplo da corrente de acionamento vale 0,87 para corrente de
defeito fase e terra, cujo valor é de 210A, o relé não irá ser sensibilizado, de conformidade com
a Fig. 10.28. É necessário pois reduzir o valor do tape da unidade temporizada de neutro de
1,0 para 0,6, cujo múltiplo da corrente de acionamento seria de 1,4, ou seja:
210
Md2   1,4
240  0,6

Nesta condição, poderia ser selecionada a curva 1/2 que sensibilizaria o relé para defeitos
monopolares, com tempo de operação de 2,5 s.
Deve-se ressaltar, no entanto, que o sistema poderá operar intempestivamente devido aos
erros dos TCs. A corrente de acionamento agora vale:
I a  240  0,6  144 A

 Proteção de neutro - unidade instantânea


1,3  210
F  1,8  F  1,5
144
I ti  I tn  F  0,6  1,5  0,90 A
I ti  2 A (menor valor de tape desta unidade conforme Tab. 10.9)
Faixa de atuação: (2 a 7) A, da Tab. 10.9.
I a  RTC  I ti  240  2  480 A  273 A (ou 1,3  210)
O consumo das bobinas vale:

38 – Relé de Sobrecorrente
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Para o esquema simplificado mostrado na Fig. 10.33, será calculado o valor do consumo do
circuito de proteção (bobinas e fios) para o caso do disjuntor D1.

TC
Disjuntor
TC
D
TC

50 50 50
51 51 51

50N
51

Fig. 10.33 – Esquema de ligação dos relés secundários de indução


C tb  C tf  C if  C tn  C in  C fio

C tb - consumo total, em VA;


C tf - consumo da bobina da unidade temporizada de fase, em VA;
C if - consumo da bobina da unidade instantânea de fase, em VA;
C tn - consumo da bobina da unidade temporizada de neutro, em VA;
C in - consumo da bobina da unidade instantânea de neutro, em VA;

39 – Relé de Sobrecorrente
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- consumo por perdas Joule no condutor de interligação entre os relés e o transformador


C fio
de corrente de proteção, em W.
Considerando as unidades instantâneas de fase e de neutro do disjuntor D1 e aplicando-se a
Equação (10.7), tem-se:
  40 
2
 40 
2

Z if  Rif  jX if  0,007     j 0,002   


 100   100 
Os valores das resistência e reatância das unidades instantâneas estão explícitos na Tab. 10.9.

Z if - impedância da bobina da unidade instantânea de fase.

Z if  0,0012  j 0,0003 
 7
2
7
2

Z in  Rin  jX in  0,076     j 0,048   


 12   12 

Z in  0,0258  j 0,0163 

Z in -
impedância da bobina da unidade instantânea de neutro.
A distância entre o relé e o TC (comprimento do circuito) vale 25 m. Logo a resistência do fio
vale:
R  0,0088 /m (fio de cobre em PVC de 2,5 mm (Tabela do Capítulo 4)
2

Rc  R  L  0,0088  50  0,440 
L  2  25  50 m (comprimento total dos fios : ida e retorno)

O consumo do final do circuito, de acordo com a Equação (10.8), vale:


Cif  Z if  I tc2  (0,0012  j 0,0003)  52  0,00126  25

Cif  0,030 VA

40 – Relé de Sobrecorrente
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Cin  Z in  I tc2  (0,0258  j 0,0163)  52  0,0305  25


Cif  0,762 VA

C fio  R fio  I 2  0,440  5 2 = 11 W  11,0 VA

C tb  C tf  C tn  C if  C in  C fio

Ctf  0,94 VA (valor da Tab. 10.8, de acordo com o valor do tape, que é de 4 A)
Ctn  0,75 VA - (Tab. 10.8, de acordo com o mesmo procedimento para C tf )
Ctb  0,94  0,75  0,030  0,762  11,0  13,4 VA
Logo, o TC deve ser de 25 VA (potência padronizada). A especificação completa deve ser:
10A100 (veja Capítulo 5).
É necessário verificar se o TC do disjuntor D1 irá saturar. Para isso deve-se aplicar as
seguintes Equações, vistas no Capítulo 5.
I cs
V sat  0,5  K s   Zc
RTC
K s  2  F  C t  1  e  (T / Ct )   1
Xs 0,025
Ct    0,0265 s
2  F  Rs 2  60  0,0025
X s  Z s  0,025 pu
R  10%  X s  0,1 0,025  0,0025 pu (valor admitido)
I as 6.693,9
M   1,30   1,08
Ia 8.000
T  0,038 s (valor máximo da Fig. 10.26)
41 – Relé de Sobrecorrente
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K s  2  60  0,0265  1  e  ( 0, 038 / 0, 0265)   1


K s  8,6
De uma maneira simplificada, tem-se:
Ctb 13,4
Zc   2  0,536 
I tc2 5
1,30  6.693,9
Vsat  0,5  8,6   0,536  250 V
80
Vs  100 V (o
TC C25 irá saturar para defeitos trifásicos e acionamento da unidade instantânea)
Logo é necessário adotar o TC 10AC100, cuja tensão secundária é de 400V.
e) Disjuntor D3

A metodologia de cálculo é idêntica ao que se acabou de apresentar. Deixa-se para o leitor


continuar o exemplo de aplicação.
1.2.2 - Relés de sobrecorrente estáticos
Os relés de sobrecorrente estáticos apresentam algumas vantagens sobre os relés de indução,
anteriormente estudados, ou seja:
 baixo consumo;
 faixas de ajustes contínuos;
 compacticidade;
 circuito de alimentação auxiliar não polarizado;
 precisão nas grandezas aferidas;
42 – Relé de Sobrecorrente
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Elétricos

 corrente de atuação independente da forma de onda, peculiar aos casos em que ocorre
saturação do transformador de corrente.

20

Inversa ( I ) Muito Inversa ( NI ) Extremamente Inver. ( MI )

10 10 10
9 9 9
8 8 8
7 7 7
6 6 6
5 5 5

4 4 4

3 3 3

10
2 2 2
9

Tempo (s)

Tempo (s)
Tempo (s)

8
7
6

1 5 1 10 1
9 9 9 9
8 4 8 8 8
7 7 7 7
3
6 6 6 6
5 5 5 5
2
4 4 4 4
10
3 3 3 3 9
8
1 7
2 6
2 2 2 5
4

3
1
1 1 1 2
09 09 09
08 08 08
07 07 07
1
06 06 06
05 05 05
2 3 4 5 10 20 2 3 4 5 10 20 2 3 4 5 10 20

Múltiplos da corrente ajustada Múltiplos da corrente ajustada Múltiplos da corrente ajustada


(a) (b) (c)

Fig. 10.34 – Curvas de temporização dos relés estáticos


Contêm, numa só unidade, todas as funções 50/51 e 50/51N relativas às fases e ao neutro, de
acordo obviamente com o modelo utilizado. São constituídos dos seguintes circuitos básicos:
 circuito 1: contém os conversores, os potenciômetros correspondentes de ajuste da
corrente temporizada de fase e de neutro, a sinalização e o botão de rearme da sinalização;

43 – Relé de Sobrecorrente
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Elétricos

 circuito 2: contém os potenciômetros de ajuste da corrente instantânea, os comparadores


de tensão e a sinalização correspondentes:
 circuito 3: contém os geradores de função independentes para a fase e para o neutro, o que
permite definir as curvas V  I de temporização inversa, muito inversa e extremamente
inversa, conforme mostra a Fig. 10.34 (a), (b) e (c), característica do relé RSAS de
fabricação Schumberger. A Fig. 10.35 mostra o esquema de blocos correspondente ao
mesmo relé. Já a Fig. 10.36 mostra o frontal de um relé de sobrecorrente estático.
1.2.3 - Relés digitais
Normalmente, os relés de sobrecorrente digitais são comercializados em unidades trifásicas, e
da mesma forma que os relés de indução, são dotados das funções de sobrecorrente
instantânea (50) e temporizada (51). Como as funções são trifásicas, o relé atua quando pelo
menos uma das correntes de fase atinge o valor ajustado. Para a função temporizada são
normalmente definidas cinco famílias de curvas de atuação, cuja análise de comportamento já
foi realizada anteriormente. Essas curvas são:
 curva de tempo definido;
 curva de tempo normalmente inverso;
 curva de tempo muito inverso;
 curva de tempo extremamente inverso;
 curva de tempo ultra inverso.
1.2.3.1 – Características construtivas

44 – Relé de Sobrecorrente
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Elétricos

Os relés digitais de sobrecorrente são fabricados em unidades compactas e podem ser


fornecidos nas versões para montagem de embutir ou para montagem de sobrepor. São
fabricados no mínimo com as seguintes partes componentes:
 aquisição e avaliação;
 painel frontal onde podem ser realizadas as diversas operações de ajuste;
 saídas de eventos, alarmes e comando;
 interfaces seriais;
 conversor de alimentação.

Ajuste Detetor
de IS de nível
+
Alimentação Ve Partida
de entrada

gerador de Ajuste da
função temporização Saída
temporizada
Bloqueia a atuação vf vs t 0

Ajuste Integrador
de K

RE
Saída
instantânea
Rearme

Alimentação -
auxiliar
+
Silnalização

45 – Relé de Sobrecorrente
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Elétricos

Fig. 10.35 – Esquema básico de um relé estático

Tab. 10.10 – Características técnicas


básicas do relé diferencial RSAS

Descrição Valores
0,1 - 0,4 A
0,5 - 2,0 A Diais de ajuste de
Faixa de ajuste do elemento temporizado (Is) 1,0 - 4,0 A tempo e corrente
2,5 - 10,0 A
4,0 - 16,0 A
Corrente de atuação do elemento temporizado 1,05 - 1,20 x I s
1,02 - 6,0 x I s Tampa frontal para relé de
Faixa de ajuste do elemento instantâneo 2,0 - 10,0 x I s embutir
4,0 - 20,0 x I s
Consumo em repouso 6W
Consumo em operação 13 W
Corrente de alimentação Contínua
0,1 - 1,0 s
0,2 - 2,0 s
Faixa de ajuste de temporização Parafuso de fixação
0,3 - 3,0 s
da tampa
0,4 - 5,0 s
1,0 - 10,0 s
180-560-1800-1800
Resistência externa ()
2200-4700-5600
30-48-72-110
Alimentação auxiliar (V)
125-220-250

Fig. 10.36 – Frontal de um relé estático


1.2.3.2 – Características funcionais
Os relés digitais de sobrecorrente dispõem normalmente das seguintes funções:
46 – Relé de Sobrecorrente
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Elétricos

 proteção de sobrecorrente a tempo definido ou tempo inverso;


 intertravamento reverso, utilizado na proteção de barra;
 proteção de falha do disjuntor;
 indicação dos valores de corrente de carga;
 oscilografia de falhas;
 disparo com rearme elétrico;
 sinalização por fase e neutro;
 entradas e saídas programáveis;
 funções programáveis;
 indicação de corrente;
 registro de eventos e diagnóstico;
 alto-supervisão;
 comunicação serial
Um relé digital típico é formado por uma unidade de sobrecorrente de tempo e uma unidade
instantânea com temporização ajustável. Relativamente aos ajustes dessas unidades, pode-se
ter:
 ajuste da unidade temporizada de fase;
 ajuste da unidade temporizada de neutro;
 ajuste da unidade instantânea de fase;
47 – Relé de Sobrecorrente
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Elétricos

 ajuste da unidade instantânea de neutro..

Dados do relé
Mostrador digital dos
valores medidos

Mostrador digital
Dial de ajuste
de valores ajustados

Sinalizadores óticos

Fig. 10.37 – Frontal de um relé sobrecorrente digital


1.2.3.3 – Unidades de sobrecorrente

a) Unidade temporizada

48 – Relé de Sobrecorrente
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Elétricos

Se durante o período da contagem da temporização integrada o valor eficaz da corrente se


reduz a um valor inferior ao valor definido no ajuste da partida, o relé retorna a sua posição
inicial.

BLOQUEIO DA ELEMENTO DE TEMPO


UNIDADE
TEMPORIZADA
+ MÁSCARA
AJUSTE
TEMPO

INTEGRADOR SAÍDA TEMPORIZADA


TEMPO
REPOSIÇÃO DO
AJUSTE INTEGRADOR SAÍDA TEMPORIZADA
ARRANQUE

DETECTOR ARRANQUE DA UNIDADE


DE NÍVEL TEMPORIZADA

INIBIÇÃO DA UNIDADE DE TEMPO

INIBIÇÃO DA UNIDADE INSTANTÂNEA

ENTRADA DE MEDIDA ELEMENTO INSTANTÂNEO


OBTENÇÃO DETECTOR
VALOR
DE NÍVEL
EFICAZ
REPOSIÇÃO DO
INTEGRADOR
+ MÁSCARA
AJUSTE
ARRANQUE

INTEGRADOR
FILTRO OBTENÇÃO DETECTOR TEMPO SAÍDA INSTANTÂNEA
COMPONENTE VALOR DE NÍVEL
CONTINUA PICO-PICO
SAÍDA INSTANTÂNEA
AJUSTE
TEMPO
ARRANQUE DA UNIDADE
INSTANTÂNEA
BLOQUEIO DO INSTANTÂNEO

Fig. 10.38 – Diagrama de bloco de um relé de sobrecorrente digital

49 – Relé de Sobrecorrente
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Elétricos

Tiempo en Segundos Tiempo en Segundos


1000
1000

100 100

10 10

Indices

1
0,9
0,8
0,7 Indices
0,6
0,5
1 1
0,4

0,3 1
0,9
0,8
0,7
0,2 0,6
0,5
0,4
0,1 0,3

0,2

0,1
0,05 0,1

0,1

0,05

0,01
0,01
0,1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 20
0,1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 20
Veces el Valor de Ajuste
Veces el Valor de Ajuste

Fig. 10.39 – Curva inversa Fig. – 10.40 – Curva muito inversa


 Característica de tempo inversa
0,14
T  0 , 02
 Tms
 I ma 
  1
 Is 

I ma - sobrecorrente máxima admitida;


Is- corrente de ajuste no relé;
50 – Relé de Sobrecorrente
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Tms - multiplicador de tempo;

Tiempo en Segundos
1000 100000

Tie m p o e n S e g u n d o s
100
10000

10
1000

1 Indices
100

Indices 1
0,9
0,8
0,7
0,6
1 0,5
0,9
0,8
0,7 0,4
0,6
0,5 0,3
0,1
0,4 0,2

0,3
10 0,1

0,2
0,05
0,1
0,05

0,01

0,1 1 2 3 4 5 6 7 8 910 20

Veces el Valor de Ajuste


1

0.1 1 2 3 4 5 6 78 9 10 20

Veces el Valor de Ajuste

Fig. 10.41 – Curva extremamente inversa Fig. 10.42 – Curva inversa longa

51 – Relé de Sobrecorrente
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Elétricos

1000

Tiempo en S egundos
100

10

Indices

1
0,9
1 0,8
0,7
0,6
0,5
0,4

0,3

0,2

0,1

0,05

0.1

0.1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 20

Veces el Valor de Ajuste

Fig. 10.43 – Curva inversa curta


 Característica de tempo muito inversa;
13,5
T   Tms
 I ma 
   1
I
 s 
52 – Relé de Sobrecorrente
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Elétricos

 Característica de tempo extremamente inversa


80
T  2
 Tms
 I ma 
   1
 Is 

 Característica de tempo inversa longa


120
T   Tms
 I ma 
   1
I
 s 

 Característica de tempo inversa curta


0,05
T  0 , 04
 Tms
 I ma 
  1
 Is 

b) Unidade instantânea

Em geral, a unidade instantânea opera a partir de dois diferentes critérios:


 Valor da corrente eficaz
O relé atua quando o valor eficaz da corrente é superior a 5% ao valor da corrente ajustada.
 Valor da corrente de pico
a) Unidade temporizada de fase

53 – Relé de Sobrecorrente
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Elétricos

 habilitação da permissão: sim/não;


 partida da unidade: (0,2 – 2,4)  I n , em passos de 0,01 A;
 curva de tempo: tempo fixo, inversa, muito inversa, extremamente inversa, etc;
 índice de tempo de curvas inversas: 0,05 – 1, em passos de 0,01;
 temporização da curva em tempo fixo: 0,05 – 100 s, em passos de 0,01 s;
 controle de partida (habilitação do bloqueio de partida): sim/não.
b) Unidade temporizada de neutro

 habilitação da permissão: sim/não;


 partida da unidade: (0,04 – 0,48)  I n , em passos de 0,01 A;
 curva de tempo: tempo fixo, inversa, muito inversa, extremamente inversa, etc;
 índice de tempo de curvas inversas: 0,05 – 1, em passos de 0,01;
 temporização da curva em tempo fixo: 0,05 – 100 s, em passos de 0,01 s;
 controle de partida (habilitação do bloqueio de partida): sim/não.
c) Unidade instantânea de fase

 habilitação da permissão: sim/não;


 partida da unidade: (0,1 – 30)  I n , em passos de 0,01 A;
 temporização: 0 – 100 s, em passos de 0,01 s;
54 – Relé de Sobrecorrente
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Elétricos

 controle de partida (habilitação do bloqueio de partida): sim/não.


d) Unidade instantânea de neutro

 habilitação da permissão: sim/não;


 partida da unidade: (0,1 – 12)  I n , em passos de 0,01 A;
 temporização: 0 – 100 s, em passos de 0,01 s;
 controle de partida (habilitação do bloqueio de partida): sim/não.
Normalmente, os relés digitais são instalados em Quadros de Comando, conforme se mostra
na Fig. 10.44. Também podem ser instalados no corpo da máquina que protege, no interior do
Centro de Controle.

55 – Relé de Sobrecorrente
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Elétricos

Diagrama
de
comando

Relé
digital

Chave
de
comando
manual

Tela de
ventilação

69 kV
Pcc = 602 MVA

50N 50
51 51
D1

20 MVA
69 / 13,8kV

Fig. 10.44 – Quadro de Comando


50N 50
51 51

EXEMPLO DE APLICAÇÃO D2

Icc = 6,5 kA

Determinar os ajustes do relé de sobrecorrente instalado de conformidade com o diagrama


elétrico da Fig. 10.45. O transformador não dispõe de ventilação forçada. Será utilizado um relé
56 – Relé de Sobrecorrente

Fig. 10.45 – Diagrama elétrico


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digital de sobrecorrente 7IVD de fabricação Ziv, cuja corrente nominal é de 5 A. A corrente de


curto-circuito fase e terra, valor mínimo, no lado de 69 kV é de 400 A. Na média tensão, a
corrente de curto-circuito, valor mínimo, é de 212 A.

a) Disjuntor D1
 RTC
20.000
In   167,3 A
3  69
Valor inicial: RTC: 200-5: 40
602.000
I cs   5.037 
3  69
Fs  20 (fator de sobrecorrente)
I cs 5.037
I tc    252
Fs 20
I tc -
corrente primária do transformador de corrente.
Logo: RTC: 300-5: 60
 Proteção de fase - unidade temporizada
A proteção da carga vale:
20.000
Ic  In   167,3 A
3  69
K f  Ic 1,50  167,3
I aj    4,2 A
RTC 60
K f  1,50 (sobrecarga adotada)

57 – Relé de Sobrecorrente
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A corrente de ajuste em múltiplo da corrente nominal do relé vale:


I aj 4,2
M nr    0,84
5 5
Logo a corrente ajustada vale:
I am  0,84  I nr
I am - corrente ajustada em múltiplo da corrente nominal do relé da unidade temporizada de
fase.
A faixa de atuação do relé é de (0,2 – 2,4)  In, em passos de 0,01A.
A corrente de acionamento vale:
I a  I am  RTC  0,84  5  60  252 A
O múltiplo da corrente de acionamento para a corrente de curto-circuito vale:
I cs 5.037
M    19,9
RTC  I am 60  0,84  5

M - múltiplo da corrente de acionamento;


I cs -
corrente de curto-circuito simétrico, valor eficaz.
Será utilizada a curva de tempo inversa, mostrada na Fig. 10.39. A seleção do tipo da curva de
temporização deve ser função do projeto de coordenação que se esteja implementando.
Admite-se, neste exemplo, que o tempo máximo permitido para o relé é de 0,5 s. Dessa forma,
para M = 19,9 e T = 0,5 s (máximo) seleciona-se a curva de índice Tm = 0,2 da Fig. 10.39.
Aplicando-se a Equação (10.9), relativamente à curva de tempo inverso, tem-se:
0,14
T  0 , 02
 Tms
 I ma 
  1
 Is 
58 – Relé de Sobrecorrente
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Elétricos
0,14
T   0,2  0,454 s
19,90 , 02  1
I ma 5.037
M   19,9
Is 60  0,84  5
 Proteção de fase – unidade instantânea
I as  Fa  I cs  1,30  5.037  6.548 A
I as - corrente de curto-circuito assimétrica, valor eficaz.
Fa  1,30 (fator de assimetria admitido)
I as 6.548
F   26  F  20
Ia 252
A corrente de ajuste da unidade instantânea vale:
I aj  F  I am  20  0,84  5  84A

Ou ainda:
84
M nr   17
5
I am  17  I n

A faixa de atuação do relé é de (0,1 – 30)  I n , em passos de 0,01A.


A corrente de acionamento da unidade instantânea vale, então:
I  I  RTC  84  60  5.040A < 6.548A (condição satisfeita)
ai aj

I ai - corrente de ajuste da unidade instantânea.


I ai  I as (condição satisfeita)

59 – Relé de Sobrecorrente
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Elétricos

Nesta condição, deve-se ajustar o tempo da unidade instantânea no valor de 0,90 s (0,50 +
0,4). Assim essa unidade será utilizada como proteção de 2 contingência ou backup da
unidade temporizada.
 Proteção de neutro - unidade temporizada
K n  I n 0,20  167,3
I aj    0,55
RTC 60
K n  0,20 (valor que pode ser escolhido entre 0,10 a 0,30)

A corrente de ajuste em múltiplo da corrente nominal do relé vale:


I aj 0,55
M nr    0,11
5 5
I am  0,11  I n

A faixa de atuação do relé é de (0,04 – 0,48)  I n , em passos de 0,01A.


Logo a corrente de acionamento vale:
I a  I aj  RTC  0,55  60  33 A

O múltiplo da corrente de acionamento para a corrente de curto-circuito fase-terra vale:


I ft 400
M    12
RTC  I aj 60  0,55

I aj - corrente de ajuste da unidade temporizada;


I ft - corrente de curto-circuito fase-terra simétrica, valor eficaz.
A seleção do tipo de curva de temporização inversa deve ser função do projeto de
coordenação. Nessa condição, deve-se ajustar o relé, no tempo de 0,30 se considerando,

60 – Relé de Sobrecorrente
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Elétricos

neste exemplo, que o tempo ajustado no relé de retaguarda foi de 0,70 s (0,30 + 0,40) s.
Assim, a curva selecionada na Fig. 10.39 tem índice 0,1.
 Proteção de neutro–unidade instantânea
1,30  I ft 1,30  400 520
F    15,7
I aj 33 33

Adotando-se: F = 10, tem-se:


I aj  I aj  F  0,55  10  5,5 A

I aj 5,5
M    1,1
5 5
I am  1,1  I n

A faixa de atuação do relé é de (0,1 – 12)  I n , em passos de 0,01A.


A corrente de acionamento vale:
I a  RTC  I am  60  5,5  330 A  520 A

b) Disjuntor D2
O leitor deve seguir o mesmo método adotado anteriormente.

61 – Relé de Sobrecorrente

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