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1. O documento descreve as indicações para a realização de um e-fólio sobre os conceitos de antropologia biológica e sociedade a partir de textos fornecidos.
2. Os alunos devem responder a duas perguntas sobre esses conceitos com base nos textos, mostrando análise crítica e organização das ideias.
3. O e-fólio deve ter no máximo 3 páginas e será avaliado quanto à abordagem do tema, utilização de conceitos, organização e clareza da linguagem.
1. O documento descreve as indicações para a realização de um e-fólio sobre os conceitos de antropologia biológica e sociedade a partir de textos fornecidos.
2. Os alunos devem responder a duas perguntas sobre esses conceitos com base nos textos, mostrando análise crítica e organização das ideias.
3. O e-fólio deve ter no máximo 3 páginas e será avaliado quanto à abordagem do tema, utilização de conceitos, organização e clareza da linguagem.
1. O documento descreve as indicações para a realização de um e-fólio sobre os conceitos de antropologia biológica e sociedade a partir de textos fornecidos.
2. Os alunos devem responder a duas perguntas sobre esses conceitos com base nos textos, mostrando análise crítica e organização das ideias.
3. O e-fólio deve ter no máximo 3 páginas e será avaliado quanto à abordagem do tema, utilização de conceitos, organização e clareza da linguagem.
Indicações para a O e-fólio terá o máximo de 3 páginas A4, com
realização do e- espaçamento 1,5 linhas, fonte Times New Roman 12 (ou Fólio A equivalente).
A partir do texto de COPANS, Jean (1999) Introdução à
Etnografia e à Antropologia, Lisboa: Publicações Europa- América, pp. 47-51, abaixo fornecido e do 1º e 2º capítulos do manual adoptado O contexto geral da antropologia social e cultural e A antropologia uma ciência integrante (Arlindo dos Santos - pp17-45) responda às seguintes perguntas:
1. “A procura das formas mais simples, como tal mais
primitivas da organização humana, da linguagem, da religião, da família, etc. são tentações permanente da disciplina” (COPANS). Defina o objecto da antropologia biológica, os nomes que foi adquirindo, sua relação com a antropologia ecológica e como a disciplina estuda as formas mais simples e primitivas.
2. Defina o conceito de sociedade relacionando com a “
invenção do elo social e das formas do político” Desenvolvimento da 1 . Durante esta fase inicial, a partir de 24 de Novembro, actividade espera-se que leia atentamente o texto de Jean Copans .
2. Após esta leitura tente esboçar um esquema do texto e
identificar as ideias principais para a realização deste e- fólio .
3. Em seguida tente fazer a articulação das ideias
expressas no texto com a matéria relativa o primeiro e segundo capítulo s do manual adoptado para esta UC Intitulados O contexto geral da antropologia social e cultural e A antropologia uma ciência integrante (pp17- 45).
4. Pretende-se que a realização deste e-fólio permita
uma reflexão pessoal sobre o tema em estudo ( e não uma mera repetição de conteúdos) de modo a mostrar suas competências de leitura crítica, análise, organização das ideias e escrita sobre temas propostos.
5. Todas as citações dos textos utilizados no e-fólio
devem ser assinaladas com aspas.
Para a realização deste e-fólio contará com a ajuda de:
a. Fórum moderado pelo/ tutor/a que funcionará de 20 a
30 de Novembro.
b. Fórum não moderado
Critérios de O e-folio será avaliado de acordo com os seguintes correcção critérios:
1. Abordagem correcta do tema
2. Utilização adequada dos conceitos
3. Organização das ideias
4. Capacidade de síntese
5. Clareza e correcção de linguagem
Será ainda valorizado, para além dos critérios
anteriormente expostos, a utilização de outros recursos sobre esta temática. Data de entrega O e - fólio deverá ser entregue até ao dia 30 de Novembro de 2009 DILEMAS FUNDADORES E CONTRADIÇÕES HISTÓRICAS
Um duplo registo atravessa a etnologia: o primeiro reenvia-nos para as
preocupações originais e para a sua «modernização» ou actualização periódica: o segundo dá conta, antes de mais, das novas questões colocadas pela evolução crítica da disciplina e pelas transformações, mutações ou invenções de objectos de estudo. Não é necessário opor esses dois registos, ou seja, tradição e actualidade, porque, em numerosos aspectos, as revoluções teóricas parecem bem fundamentadas: a origem da humanidade, o pensa- mento selvagem ou ainda a desigualdade política, fazem sempre parte do património da etnologia e da antropologia. Os dilemas fundadores poderiam ser, assim, limitados a quatro. Existe o problema da origem do homem e da sociedade primitiva. Depois, coloca-se a relação entre Natureza e Cultura como causa da diversidade cultural e como possibilidade natural da existência social. De seguida, é a invenção do elo social e das formas do político, o jogo incessante da desigualdade, que mobiliza toda a atenção. Por fim, surge uma espécie de escolha a fazer entre a razão simbólica e o pensamento selvagem. A combinação dos elementos desses dilemas pode resumir a história da antropologia na medida em que uma série de debates recorrentes as vem aproximando ou separando desde há mais de um século.
A origem da espécie humana e a relação com a natureza
A antiguidade das sociedades e das culturas, o fantasma da procura das formas
mais simples e, como tal, mais primitivas, da organização humana, da linguagem, da religião, da família, etc., são tentações permanentes da disciplina. A paleontologia, a arqueologia pré-histórica, a primatologia, a antropologia física ou biológica, são disciplinas largamente «naturalistas» com a sua própria autonomia. Mas a sua influência conceptual ou factual continua a ser imensa, na medida em que, onde a tradição evolucionista tentou reconstruir filiações que conferem animalidade à humanidade, identificar os caminhos e bifurcações que terão produzido o Homo sapiens, e, por fim, imaginar de forma razoável, as primeiras formas dos grupos humanos e das suas «produções» culturais. A tradição americana integra, talvez de um modo mais formal do que real, toda essa reflexão no seio da antropologia, mesmo se as necessárias competências surgem das ciências biológicas e médicas e não das ciências humanas e sociais, propriamente ditas. Os estudos sobre os gorilas, as escavações africanas sobre Homo erectas, as reflexões culturais dos antropólogos e dos arqueólogos, delineiam o aparecimento da humanidade biológica e social. Mas, poderá a natureza biológica da humanidade influenciar, e até mesmo determinar, as características básicas de todas as sociedades? A corrente da sociobiologia esforçou-se por provar que a maior parte dos comportamentos e instituições derivavam, indirectamente, dos modos biológicos e instintivos de agir. Também aí a biologização da cultura tem raízes antigas, pelo menos a nível ideológico, e o risco de encontrar classificações raciológicas, com o racismo que as acompanha, é muito elevado (Wilson, 1979; Sahlins, 1980b). Mas, se a origem da espécie permanece como uma preocupação da actualidade, a origem da sociedade, seja ela biológica ou histórica, provém de uma mitologia mais fantasmática. A etnologia não tem de reinventar o mundo todos os dias.
No entanto, o dilema que faz viver a cultura na natureza, ou que transforma a
primeira numa segunda natureza, é um outro lugar-comum ainda mais evidente. A simplicidade das tecnologias, o pretenso determinismo do ambiente, a importância do mundo natural na percepção e elaboração da cultura, constituíram um dos primeiros programas da disciplina. Na verdade, a distinção entre os dois universos é significativa para Claude Lévi-Strauss: «... tudo o que é universal no homem provém da ordem da natureza e caracteriza- se pela espontaneidade... tudo o que é atreito a uma norma pertence à cultura e apresenta os atributos do relativo e do particular» (Estruturas Elementares do Parentesco, 1967, p. 10.). Mas a interacção entre os dois meios não tem um só sentido. Se a antropologia ecológica pode chegar a incluir a cultura na lista das variáveis ambientais, também as abordagens evolucionistas ou culturalistas clássicas evidenciam os factores de adaptação e de transformação. Em França, a concepção geográfica dos géneros de vida pôde constituir uma primeira forma de classificação. Mas, para os estruturalistas ou para os marxistas, o meio natural é definido como um recurso, simbólico, no primeiro caso (o pensamento selvagem), e económico no segundo (as forças produtivas dos modos de produção).
COPANS, Jean (1999) Introdução è Etnografia e à Antropologia, Lisboa: