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Como pensa o adulto Para estudar a maneira como pensa o adulto, precisamos nos
apoiar em alguma teoria. A teoria que servirá de base para explicar a forma como
pensa e o processo de aprendizagem do adulto é a Epistemologia Genética.
Estádios de desenvolvimento
Piaget diz que os estádios de desenvolvimento: obedecem a uma ordem de sucessão
constante; apresentam idades variáveis. O desenvolvimento cognitivo dá-se na relação
com o meio, porém, ele é individual. O estádio em que um indivíduo se encontra “é
radicalmente individual, não pode, pois, ser confundido com o de nenhum outro
indivíduo”. Podem existir diferenças para as médias de idades entre as culturas, mas
existem, também, diferenças de um sujeito para outro em uma mesma cultura.
Pensamento formal e ensino: O adulto, tal qual a criança e o adolescente, não aprende
ouvindo respostas prontas. Aprende resolvendo problemas que dizem respeito ao
mundo físico ou social em que vive e lançando hipóteses sobre as transformações que
devem ser implementadas. A escola que continuar a insistir no repasse de conteúdos
prontos estará na contramão da dinâmica própria do pensamento. Reflita sobre a
importância de conhecer as características do pensamento operatório-formal para a
educação de jovens e adultos.
DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL
DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL
Vida Adulta
Crise (Caplan): reações de uma pessoa a eventos traumáticos (morte de pessoa
querida, nascimento prematuro de um filho, perda de emprego, doença)
As crises ocorrem por mudanças internas ou externase enfraquecem
temporariamente a estrutura do ego
A solução para uma crise pode ser saudável ou doentia, já que deve ocorrer uma
resolução / mudança de ação
A intervenção eficiente (profissional ou não) é mais prontamente aceita porque o
sujeito está vulnerável
Desenvolvimento Motor em adultos
O desenvolvimento e crescimento humano nos períodos pré e pós-natal podem ser afetados
por diversos fatores e/ou condições. Da mesma forma ocorre na fase adulta, uma vez que o
desempenho de tarefas motoras em adultos pode, também, ser comprometido devido a um
processo de degeneração do sistema fisiológico relacionado à idade (GALLAHUE & OZMUN,
2001). Este processo, comumente conhecido como envelhecimento, representa para muitas
pessoas, a limitação na execução de tarefas motoras.
Entre os principais fatores que provocam o declínio do desempenho motor na fase adulta,
além do envelhecimento, estão: (1) o estado de saúde dos sistemas fisiológicos, (2) as
doenças, (3) as características psicológicas, (4) o ambiente em alteração, (5) o estilo de vida,
(6) as exigências da tarefa e, em muitos casos, (7) até uma combinação destes elementos
(GALLAHUE & OZMUN, 2001).
Com relação ao estado de saúde dos sistemas fisiológicos, às doenças em geral e até mesmo
as características psicológicas, GALLAHUE & OZMUN (2001) explicam que um sistema ou órgão
danificado em particular pode exercer um papel tão fundamental no desempenho de
determinada tarefa motora que outros sistemas não conseguem fornecer compensação
suficiente. A influência mútua de dois ou mais sistemas em declínio pode ter efeito
comprometedor, também, no desempenho de movimentos específicos. GALLAHUE & OZMUN
(2001) também afirmam que o ambiente no qual a tarefa motora é realizada pode influenciar o
sucesso no desempenho. Os autores ainda explicam que a iluminação do ambiente, a
estabilidade do solo e a temperatura do ar são fatores ambientais que prejudicam a execução
de movimento independentemente da idade do indivíduo.
O declínio no desempenho motor também pode ocorrer devido ao estilo de vida uma vez que
deste, façam parte os hábitos alimentares, o tabagismo, o uso de bebidas alcoólicas, a prática
de atividade física regular e vigorosa e o sono adequado. Considerando que o estilo de vida
repercute diretamente na saúde dos sistemas fisiológicos e estes, por sua vez, afetam o
desempenho motor, logo, pode-se afirmar que o estilo de vida está diretamente relacionado ao
declínio no desempenho das tarefas motoras.
Existem estudos, segundo GALLAHUE & OZMUN (2001) realizados por Hodgkins (1963),
Pierson & Montoye (1958) que mostram que os tempos de reação apresentam um declínio lento
nos anos de meia-idade e um declínio rápido na velhice. Estes mesmos estudos mostram que o
pico máximo dos tempos de reação ocorre entre o início e a metade da segunda década de
vida.
GALLAHUE & OZMUN (2001) afirmam que existem estratégias de intervenção que minimizar
as diferenças nos tempos de reação associadas à idade. As modificações de exigências ou de
condições de tarefas específicas melhoram a velocidade de desempenho de adultos mais
velhos. O fornecimento de oportunidades para praticar uma tarefa motora também contribui
para a melhora do tempo de reação de adultos mais velhos. Outra estratégia que pode ser
adotada para minimizar as perdas nos tempos de reação é a prática da tarefa, pois esta reduz a
ansiedade que o indivíduo possa ter ao tentar realizar uma tarefa que não lhe seja familiar. A
redução do número de movimentos possíveis, selecionados após um sinal, é outro fator de
destaque que constitui um método comprovado para melhorar o tempo de reação de adultos
mais velhos.
Segundo GALLAHUE & OZMUN (2001) os padrões motores de adultos mais jovens e de
adultos mais velhos apresentam diferentes respostas quando estes tentam restabelecer o
equilíbrio após o mesmo ter sido perturbado. À medida que a idade avança, o processo de
manutenção de equilíbrio e controle postural torna-se menos eficiente, principalmente no adulto
mais velho. Este processo implica na ativação de grupos musculares adicionais ou na ativação
de grupos musculares agonistas e antagonistas ao mesmo tempo. Esta última pode ser
considerada como uma estratégia de compensação devido à inabilidade do adulto mais velho de
ajustar adequadamente o controle postural nos mesmos níveis dos adultos mais jovens.
Segundo GALLAHUE & OZMUN (2001) existem várias possibilidades de intervenção que
podem auxiliar na redução do declínio do equilíbrio e controle posturais. Entre estas
possibilidades estão: (1) alterações no ambiente (para proporcionar informações sensoriais
mais firmes); (2) aumento da força muscular (para moderar o grau de estabilidade das pessoas
mais velhas) e (3) aumento da flexibilidade (para melhorar a escala de movimento). Estas
intervenções também auxiliam a reduzir o risco de queda nos adultos mais velhos, o que na
maioria das vezes, resulta em lesões, fraturas, medo psicológico e, em outras ocasiões, pode
levar até a morte.
De acordo com GALLAHUE & OZMUN (2001) os padrões de caminhada também são afetados
com a idade. Embora o ato de caminhar pareça uma tarefa muito simples e quase automática,
realizada sem muito esforço, esta se apresenta como muito complexa. A complexidade do ato
de caminhar está relacionada com a quantidade de sistemas e estruturas atuantes no corpo de
forma interativa. Esta interação ocorre entre o sistema nervoso central, os músculos e
articulações do corpo, vários sistemas sensoriais, forças gravitacionais e fatores ambientais.
Uma vez que haja danos, ou mesmo alterações relacionadas à idade, em quaisquer destes
sistemas e/ou estruturas, o padrão de caminhada pode ser comprometido. Com o
envelhecimento, muitas características do padrão de caminhada sofrem alterações. Pode ser
percebido que adultos mais velhos, mesmo saudáveis, vêm apresentando diminuição no
comprimento da passada, aumento no período de apoio duplo, redução na desobstrução do
solo feita pelos dedos dos pés, alteração das estratégias usadas quando os pés retiram
obstáculos do solo e diminuição da velocidade do padrão de caminhada. No entanto, parece
existir uma controvérsia quanto ao surgimento destas limitações. GALLAHUE & OZMUN (2001)
afirmam que muitas destas podem ser atribuídas simplesmente a ritmos mais lentos e não
problemas fisiológicos.
A partir da revisão deste capítulo de GALLAHUE & OZMUN (2001) foi possível perceber a
importância deste conhecimento, não somente para os profissionais de Educação Física e da
área da saúde em geral, como também para o conhecimento de todos os seres humanos, já
que todos passarão por este processo. Pode-se destacar como ponto principal que, ao contrário
do desenvolvimento motor nos primeiros meses de vida bem como na infância em geral, onde
se preconiza a estimulação máxima (adequada a cada faixa etária) para potencializar a maior
quantidade possível de capacidades dos indivíduos, no transcorrer da fase adulta para o
envelhecimento a estimulação é indispensável, não para que se adquira determinada
habilidade, mas para que estas se mantenham o máximo possível durante o envelhecimento
com o intuito de permitir ao idoso desempenhar suas tarefas motoras com eficácia e segurança.