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Aula 4: Introdução ao Direito Processual Civil.

Conceito de Processo e de Direito


Processual Civil.
1. Conceito de PROCESSO: O conceito de processo é variado. Seu conceito
dependerá do enfoque que será analisado. Fredie Didier propõe dois “pontos de vista”:
teoria da norma jurídica e teoria do fato jurídico. Sendo que sob o enfoque da teoria do
fato jurídico poderíamos ter dois conceitos, um proveniente do ato jurídico e, o outro, da
relação jurídica.

1.1. Teoria da norma jurídica: método de criação de normas


O conceito de processo sendo analisado sob o enfoque da teoria da norma
jurídica é entendido como método de criação de normas jurídicas.
Fala-se em processo legislativo (produção de normas gerais pelo Poder
Legislativo), administrativo (produção de normas gerais e individualizadas pela
Administração) e jurisdicional (produção de normas pela jurisdição). Alguns falam até
em processo negocial (criação de normas jurídicas pelo exercício da autonomia
privada). Importa para o direito processual civil: a concepção de processo
como método de exercício da jurisdição (Fredie). O conceito de processo pertence à
Teoria do Direito (exemplos: situações jurídicas, fatos jurídicos, norma jurídica), tendo
sua espécie a Teoria do Processo (exemplos: competência, relação jurídica processual,
atos processuais). O método-processo deve seguir o modelo traçado na Constituição,
observando o direito fundamental ao processo devido. Dessa forma, podemos entender
que conceito de processo pertence à Teoria Geral do Processo, essa por sua vez, está
inserida na Teoria Geral do Direito.
1.2. Processo compreendido como "teoria do fato jurídico": ato jurídico
complexo (procedimento)

O conceito de processo sob a vertente da teoria do fato jurídico é


considerado espécie de ato jurídico. No caso, processo é ato jurídico complexo,
porque é analisado a partir do plano da existência, sendo processo, sinônimo de
procedimento.

PROCESSO = PROCEDIMENTO (ATO JURÍDICO COMPLEXO).

Processo é entendido como um conjunto de atos que se relacionam entre


si e sucedem-se no tempo (atos condicionantes) com objeto do ato final (processo).
Desta maneira, como já referido, processo é sinônimo de procedimento.

Na teoria clássica de Fazzalari, processo seria espécie de procedimento,


já que processo é entendido como procedimento em contraditório. Mas como bem
ressaltam os processualistas na modernidade, não se pode mais pensar em
procedimento sem contraditório, desta forma, procedimento se confunde com
processo.

Resumindo temos que processo é:

1. É espécie de ato jurídico.

2. Examina o processo a partir do plano da existência dos fatos jurídicos.


Aqui, processo é sinônimo de procedimento.

3. Trata-se de um ato jurídico complexo. Suporte fático: complexo. Atos


jurídicos: vários. O procedimento é ato-complexo de formação sucessiva (conjunto de
atos jurídicos).

4. O ato-complexo pode ser (i) ato final ou (ii) atos condicionantes. Ato
final: define a sua natureza e dá denominação ao ato complexo. Atos condicionantes do
ato final: constituem partes integrantes de um processo, definindo o processo como um
conjunto ordenado de atos destinados a um certo fim.

5. Procedimento está na categoria “ato-complexo de formação sucessiva”:


vários atos que compõem o tipo normativo e que se sucedem no tempo. Em suma:
procedimento é ato-complexo de formação sucessiva, porquanto seja um conjunto de
atos jurídicos (atos processuais), relacionados entre si, que possuem como objetivo
comum, no caso do processo judicial, a prestação jurisdicional.
6. O conceito de processo aqui também é de um conceito voltado à Teoria
do Direito, especialmente da Teoria do Processo, que é sub-ramo daquela.

7. Logo, podemos chegar à conclusão que procedimento é gênero e processo


espécie. Em outras palavras, processo é o procedimento estruturado em contraditório.

8. Sucede que são raras as possibilidades de atuação estatal (ou privada,


quando no exercício normativo) que não sejam processuais, isto é, que não se realizem
por um procedimento em contraditório. Fala-se, então, de um direito fundamental à
processualização dos procedimentos, o qual sustenta a processualização de âmbitos ou
atividades estatais ou privadas. Isso é curioso, porque antigamente não se tinha esse
fenômeno.

Observação: No entendimento moderno de Fredie Didier, processo deve ser entendido


como um novelo de lã. Os atos estariam concatenados e interligados de forma circular.

1.3. Processo compreendido como "teoria do fato jurídico": efeito


jurídico (relação jurídica)

Processo nesta acepção é um conjunto de relações jurídicas. É encarado na


perspectiva do plano da existência, da teoria do fato jurídico. Processo, assim, é entendido
como um conjunto de relações jurídicas (autor-juiz, juiz-réu, réu-autor, réu-MP, autor-
perito etc).

Assim, processo é o conjunto das relações jurídicas que se estabelecem entre


os diversos sujeitos processuais. O que são as relações jurídicas? Um conjunto de
situações jurídicos (direitos, deveres, competências, capacidades) de que são titulares
todos os sujeitos do processo. Por isso se fala que processo é uma relação
jurídica complexa. Fredie: “Assim, talvez fosse mais adequado considerar o processo,
sob esse viés, um conjunto (feixe) de relações jurídicas”.

É possível estabelecer um conceito de processo como relação jurídica. Mas


não é possível definir teoricamente o conteúdo dessa relação jurídica (a qual obedece o
modelo de processo estabelecido na Constituição). O conteúdo só é possível de se
analisar olhando para o caso concreto. E para definir o conteúdo eficacial da relação
jurídica processual, será preciso compreender o devido processo legal e seus corolários.
Resume-se: o termo “processo” serve tanto para designar o ato processo como
a relação jurídica que dele emerge.

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