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Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais – PPGCSO

Tópicos em Ciências Sociais – Ontologia, Antropologia, Natureza (questões ameríndias)


Profa. Elizabeth Pissolato. Horário: quartas, às 09:00.

EMENTA: O Curso toma como ponto de partida discussões teóricas desenvolvidas pela
Antropologia nas últimas décadas em torno da oposição natureza e cultura e a crise dos grandes
divisores, debate que se volta para a construção de instrumentos analíticos que nos permitem
pensar em termos de “simetria”, “multinaturalismo”, “poshumanismo”, “antropologia da vida”;
e no qual se destacam autores como Bruno Latour, Isabelle Stengers, Marilyn Strathern, Philippe
Descola, Roy Wagner, Eduardo Viveiros de Castro, Tim Ingold, entre outros. A proposta é seguir
o debate em alguns de seus principais desenvolvimentos com atenção especial (ainda que não
exclusiva) à etnografia sobre povos ameríndios. Serão discutidas aqui noções como a de
humano, animal, e tematizados contextos e processos que os põem em relação entre si e
também com espíritos, plantas, conhecimentos xamânicos, paisagens, transformações.

1ª. Sessão (22/08/18). Apresentação do Curso e distribuição dos textos para seminários.

HOLBRAAD, M. e PEDERSEN, M.A. The ontological turn. An anthropological exposition.


Cambridge University Press, 2017. (Introdução).

2ª. Sessão (29/08/18). Deleuze e os ameríndios.

DELEUZE, G. e GUATARRI, F. Mil Platôs. Editora 34. 1995. (“Rizoma” e “O liso e o estriado”).

VIVEIROS DE CASTRO, E. Metafísicas Canibais. Elementos para uma antropologia pós-


estrutural. São Paulo, Cosac & Naify, 2015. (Capitulos 1, 2, 3 e 4. Pp. 19-96).

3ª. Sessão (05/09/18). Outras naturezas.

DESCOLA, Philippe. Par delà nature et culture. Paris: Gallimard [Partes a escolher], 2005. Ver
também: DESCOLA, Philippe. Além de natureza e cultura. Tessituras, Pelotas, v. 3, n. 1, p. 7-33,
jan./jun. 2015.

VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. 2002. Perspectivismo e multinaturalismo na América indígena.


IN: A inconstância da alma selvagem e outros ensaios de antropologia. São Paulo: Cosac Naify,
p.347-399.
Leitura Complementar:
HORNBORG, Alf. 2006. “Animism, Fetishism, and Objectivism as Strategies for Knowing (or not
Knowing) the World”. Ethnos 71(1): 21–32.

4ª. Sessão (12/09/18). Animais, humanidades (1)


DESCOLA, Philippe. 1998. “Estrutura ou sentimento: a relação com o animal na
Amazônia”. Mana, vol.4, n.1, pp. 23-45.

FAUSTO, Carlos. Donos demais. 2008. Maestria e domínio na Amazônia MANA 14(2): 329-366.

GARCIA, Uirá. Caça (verbete). 2016. Teoria & Cultura 11(2): 1-6.

5ª. Sessão (19/09/18). Animais, humanidades (2)

BATESON,Gregory. [1966] 2018. Problemas de comunicação entre cetáceos e outros mamíferos.


Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, n. 69. Pp. 465-477.

INGOLD Tim 1988. Introduction. In What is an animal?. ed. T. Ingold. London: Unwin Hyman.

6ª. Sessão (17/10/18) Animais, humanidades (3)

KOHN, Eduardo. How forests think. Towards an anthropology beyond the human. Berkley UC
Press, 2013.
Leitura Complementar:
KOHN, Eduardo. How dogs dream: Amazonian natures and the politics of transspecies
engagement. American ethnologist. Volume 34 Number 1 February 2007.
ALBERT, Bruce. La forêt polyglotte: le grand orchestra des animaux. 2016. Paris: Fondation
Cartier pour l’Art Contemporain.

7ª. Sessão (26/09/18). Animais, humanidades (4)

HARAWAY, Donna. When species meet. University of Minnesota Press, 2008 (partes a
selecionar).
SÁ, Guilherme. Outra espécie de companhia: intersubjetividade entre primatólogos e primatas.
Leitura Complementar:

VANDER VELDEN, Felipe. 2015. Animalidades Plurais (Apresentação). RaU, Revista de


Antropologia da UFSCar.

8ª. Sessão (03/10/18). Ambiente, conhecimento, vida

INGOLD, Tim. The perception of environment. Essays in livelihood, dwelling and skill. New York:
Routledge, 2001. (Cap 1: Culture, nature, environment: steps to an ecology of life).

INGOLD, Tim.Estar Vivo: ensaios sobre movimento, conhecimento e descrição. 2015. Petrópolis:
Vozes. (capítulos a serem selecionados).

Leituras Complementares:

INGOLD, T.; PALSSON, G. (eds). Biosocial Becomings: Integrating Social and Biological
Anthropology. Cambridge: Cambridge University Press, 2013 (Partes a selecionar).
PITROU, P. Uma antropologia além de natureza e cultura?. Mana 21(1): 181-194.

Observação: não haverá aula em 10/10/18 (participação em banca).

9ª. Sessão (24/10/18). “Sonhar a floresta”

ALBERT, B. e KOPENAWA, Davi. A queda do céu: palavras de um xamã yanomami. São Paulo: Cia.
das Letras. Pp. 311-333. 2015. (Capítulos a selecionar).

VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. “A floresta de cristal. Notas sobre a ontologia dos espíritos
amazônicos”, Cadernos de Campo. Revista dos Alunos do PPGAS/USP n. 14/15, p. 319-338. 2006.

Leitura Complementar:

CARNEIRO DA CUNHA, Manuela. “Pontos de Vista sobre a Floresta Amazônica: Xamanismo e


Tradução”. Mana. Estudos de Antropologia Social 4 (1): 7-22. 1998.

10ª. Sessão (31/10/18). Plantas e conhecimento

SÁEZ, Oscar Calavia; NAVEIRA, Miguel C. e PÉREZ GIL, Laura. 2003. O Saber é Estranho e Amargo:
Sociologia e mitologia do conhecimento entre os Yaminawa. Revista Campos 4:9-28.

OLIVEIRA, Alice H. Já me transformei: modos de circulação e transformação de pessoas e saberes


entre os Huni Kuin (Kaxinawá). 2016. Dissertação de mestrado. USP (Capítulos 3 e 4).

Leitura Complementar:

HAUDRICOURT, A. G.; HEDIN, L. L’Homme et les plantes cultivées. Paris: Métailié,1987.

SHEPARD, Glenn H. Jr. 2004. "A sensory ecology of medicinal plant therapy in two amazonian
societies". American Anthropologist, 106:252-266.

11ª. Sessão (07/11/18). Floresta, tempo, transformações

BALÉE, William. Cultural Forests of the Amazon. A historical ecology of humans and their
landscapes. The University of Alabama Press, 2013 (Partes a selecionar).

CORMIER, Loretta A. 2005. Um aroma no ar: a ecologia histórica das plantas anti-fantasma entre
os Guajá da Amazônia. Mana 11(1):129-154.

Leitura Complementar:

BALÉE, W. e ERICKSON, Clark (eds.). 2006. Time and complexity in historical ecology: studies from
the neotropical lowlands. New York: Columbia University Press. (Introdução).

12ª. Sessão (14/11/18). “Políticas da natureza”

LATOUR, Bruno. 2004. Políticas da natureza: como fazer ciência na democracia?. Capítulo 1.
Bauru, SP: EDUSC. pp. 25 – 95.
VIVEIROS DE CASTRO, E. 2015. O recado da mata. Prefácio. KOPENAWA, D. e ALBERT, B.. A queda
do céu: palavras de um xamã yanomami. Trad. Beatriz Perrone- Moisés. São Paulo: Companhia
das Letras.

Leitura Complementar:

DANOWSKI, Déborah. 2014. Há mundo por vir? Ensaio sobre os medos e os fins. Déborah
Danowski, Eduardo Viveiros de Castro. – Desterro [Florianópolis]: Cultura e Barbárie : Instituto
Socioambiental. Capítulo “Um mundo de gente” (pp. 85-106).

13ª. Sessão (21/11/18). Em torno das águas

BASTOS, Cristiana. 2003. “Comentário: Antropologias saindo da água”. Etnográfica, 7(1): 3-12 .

STRANG, Veronica. “Representing water: visual anthropology and divergent trajectories in


human environmental relations”.
STRANG, Veronica. 2006. “Fluidscapes: water, identity and the senses: introduction”.
Worldviews: global religions, culture and ecology, 10(2):147-154.
Leitura Complementar:
STRANG, Veronica. The meaning of water. Oxford/New York: Berg, 2004.

14ª. Sessão (28/11/18). Águas, transformações

DURAND, Jean-Yves. 2003. “A Diluição do Consenso: A Água, de ‘Fonte de Vida’ a ‘Património


Colectivo’. Etnográfica, 7 (1): 15-31.

KAPLAN, M. 2007. “Fijian Water in Fiji and New York: local politics and a global commodity”.
Cultural Anthropology, 22 (4): 685-776.

Leitura Complementar:
ORLOVE, Ben & CATON, Steven C. 2010. “Water sustainability: anthropological approaches and
prospects”. Ann. Rev. of Anthropology, 39: 401-415.

ZHOURI, A. e OLIVEIRA, R. 2012. Experiências locais e olhares globais: desafios para os


moradores do Vale do Jequitinhonha (MG) no campo ambiental. In: STEIL, C. e CARVALHO, I. C.
Cultura, percepção e ambiente: diálogos com Tim Ingold. São Paulo: Terceiro Nome.

15ª. Sessão (05/12/18). Debate sobre principais questões desenvolvidas no Curso e discussão
dos esboços de trabalho.

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