Beruflich Dokumente
Kultur Dokumente
EMENTA: O Curso toma como ponto de partida discussões teóricas desenvolvidas pela
Antropologia nas últimas décadas em torno da oposição natureza e cultura e a crise dos grandes
divisores, debate que se volta para a construção de instrumentos analíticos que nos permitem
pensar em termos de “simetria”, “multinaturalismo”, “poshumanismo”, “antropologia da vida”;
e no qual se destacam autores como Bruno Latour, Isabelle Stengers, Marilyn Strathern, Philippe
Descola, Roy Wagner, Eduardo Viveiros de Castro, Tim Ingold, entre outros. A proposta é seguir
o debate em alguns de seus principais desenvolvimentos com atenção especial (ainda que não
exclusiva) à etnografia sobre povos ameríndios. Serão discutidas aqui noções como a de
humano, animal, e tematizados contextos e processos que os põem em relação entre si e
também com espíritos, plantas, conhecimentos xamânicos, paisagens, transformações.
1ª. Sessão (22/08/18). Apresentação do Curso e distribuição dos textos para seminários.
DELEUZE, G. e GUATARRI, F. Mil Platôs. Editora 34. 1995. (“Rizoma” e “O liso e o estriado”).
DESCOLA, Philippe. Par delà nature et culture. Paris: Gallimard [Partes a escolher], 2005. Ver
também: DESCOLA, Philippe. Além de natureza e cultura. Tessituras, Pelotas, v. 3, n. 1, p. 7-33,
jan./jun. 2015.
FAUSTO, Carlos. Donos demais. 2008. Maestria e domínio na Amazônia MANA 14(2): 329-366.
GARCIA, Uirá. Caça (verbete). 2016. Teoria & Cultura 11(2): 1-6.
INGOLD Tim 1988. Introduction. In What is an animal?. ed. T. Ingold. London: Unwin Hyman.
KOHN, Eduardo. How forests think. Towards an anthropology beyond the human. Berkley UC
Press, 2013.
Leitura Complementar:
KOHN, Eduardo. How dogs dream: Amazonian natures and the politics of transspecies
engagement. American ethnologist. Volume 34 Number 1 February 2007.
ALBERT, Bruce. La forêt polyglotte: le grand orchestra des animaux. 2016. Paris: Fondation
Cartier pour l’Art Contemporain.
HARAWAY, Donna. When species meet. University of Minnesota Press, 2008 (partes a
selecionar).
SÁ, Guilherme. Outra espécie de companhia: intersubjetividade entre primatólogos e primatas.
Leitura Complementar:
INGOLD, Tim. The perception of environment. Essays in livelihood, dwelling and skill. New York:
Routledge, 2001. (Cap 1: Culture, nature, environment: steps to an ecology of life).
INGOLD, Tim.Estar Vivo: ensaios sobre movimento, conhecimento e descrição. 2015. Petrópolis:
Vozes. (capítulos a serem selecionados).
Leituras Complementares:
INGOLD, T.; PALSSON, G. (eds). Biosocial Becomings: Integrating Social and Biological
Anthropology. Cambridge: Cambridge University Press, 2013 (Partes a selecionar).
PITROU, P. Uma antropologia além de natureza e cultura?. Mana 21(1): 181-194.
ALBERT, B. e KOPENAWA, Davi. A queda do céu: palavras de um xamã yanomami. São Paulo: Cia.
das Letras. Pp. 311-333. 2015. (Capítulos a selecionar).
VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. “A floresta de cristal. Notas sobre a ontologia dos espíritos
amazônicos”, Cadernos de Campo. Revista dos Alunos do PPGAS/USP n. 14/15, p. 319-338. 2006.
Leitura Complementar:
SÁEZ, Oscar Calavia; NAVEIRA, Miguel C. e PÉREZ GIL, Laura. 2003. O Saber é Estranho e Amargo:
Sociologia e mitologia do conhecimento entre os Yaminawa. Revista Campos 4:9-28.
Leitura Complementar:
SHEPARD, Glenn H. Jr. 2004. "A sensory ecology of medicinal plant therapy in two amazonian
societies". American Anthropologist, 106:252-266.
BALÉE, William. Cultural Forests of the Amazon. A historical ecology of humans and their
landscapes. The University of Alabama Press, 2013 (Partes a selecionar).
CORMIER, Loretta A. 2005. Um aroma no ar: a ecologia histórica das plantas anti-fantasma entre
os Guajá da Amazônia. Mana 11(1):129-154.
Leitura Complementar:
BALÉE, W. e ERICKSON, Clark (eds.). 2006. Time and complexity in historical ecology: studies from
the neotropical lowlands. New York: Columbia University Press. (Introdução).
LATOUR, Bruno. 2004. Políticas da natureza: como fazer ciência na democracia?. Capítulo 1.
Bauru, SP: EDUSC. pp. 25 – 95.
VIVEIROS DE CASTRO, E. 2015. O recado da mata. Prefácio. KOPENAWA, D. e ALBERT, B.. A queda
do céu: palavras de um xamã yanomami. Trad. Beatriz Perrone- Moisés. São Paulo: Companhia
das Letras.
Leitura Complementar:
DANOWSKI, Déborah. 2014. Há mundo por vir? Ensaio sobre os medos e os fins. Déborah
Danowski, Eduardo Viveiros de Castro. – Desterro [Florianópolis]: Cultura e Barbárie : Instituto
Socioambiental. Capítulo “Um mundo de gente” (pp. 85-106).
BASTOS, Cristiana. 2003. “Comentário: Antropologias saindo da água”. Etnográfica, 7(1): 3-12 .
KAPLAN, M. 2007. “Fijian Water in Fiji and New York: local politics and a global commodity”.
Cultural Anthropology, 22 (4): 685-776.
Leitura Complementar:
ORLOVE, Ben & CATON, Steven C. 2010. “Water sustainability: anthropological approaches and
prospects”. Ann. Rev. of Anthropology, 39: 401-415.
15ª. Sessão (05/12/18). Debate sobre principais questões desenvolvidas no Curso e discussão
dos esboços de trabalho.