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Obá Ananí

Orixá Obá é a rainha da nação de Elekô (antiga cidade leste de Oyó) e que teve seu culto
destruído na África após o ataque que o Aláfín de Oyó fez no século XIX, destronando assim
toda a cidade de Elekô transformando-a numa província de Oyó onde hoje situa-se a cidade de
Ila.

Obá teve como grande mentor em sua vida seu pai que a ensinou a lutar e a se defender. Obá
é filha de Ananí, este sendo até então o rei de Ekô. Ananí se casou com Iyemowo e com ela
gerou uma criança, Ananí acreditava ser um menino, então antes do nascimento, Ananí
comprou vários adornos de guerreiros como espada, escudos, armaduras, elmos e lanças, tudo
na esperança de que seu filho nascesse e fosse um grande guerreiro conquistador de terras
para que um dia reinasse sobre a terra de Ekô. Mas Iyemowo ficou pensativa e saiu da
situação, foi atrás de um babálawô como era de costume para as mulheres gestantes irem á
um adivinho saber o sexo do bebê. Mas ao chegar ouviu a forte notícia de que a criança em
sua barriga não era um menino mas sim uma menina. Iyemowo ficou desesperada pois sabia
como Ananí ficaria se soubesse que na verdade sua criança era uma menina, então, quando
chegou a sua casa disse à Ananí que era um menino e que Okanran-Mejí estava dando boas
energias pera esse nascimento. No dia de seu nascimento, foi para o mar onde teria seu "filho"
mas antes de qualquer parto, era necessário um sacrifício para as mães feiticeiras Iyá-Mí Ajés,
caso o contrário, a criança nasceria e seria devorada por elas rasgando a barriga da mãe e
como Iyemowo esqueceu de fazer os preceitos não deu outra, quando Obá nasceu, logo as Iyá-
Mí enfurecidas com o desfeito de Iyemowo, foram para cima de Obá para devora-la e depois
rasgaria a barriga de Iyemowo e seu útero seria servido aos abutres, mas Iyemowo lembrando
do preceito do nascimento, rapidamente com efún, wají e dendê pintou a menina e com o
pombo branco arrancou-lhe a cabeça e deu o sangue à cabeça de Obá, assim, as bruxas não
puderão fazer nada em respeito a Obá devido a Iyemowo ter feito o preceito ao nascer das
crianças, porém, Iyemowo não havia feito o preceito de antes que protegeria não só sua filha,
mas a sí própria, então as Iyá-Mí partiram para cima de Iyemowo arrancando-lhe os úteros e
servindo-os aos seus abutres. Iyemowo ficara praticamente morta mas não podia deixar que
sua filha ficasse ali, então encantou rapidamente Obá com a folha de Aderun (folha dos cultos
de Obá) e a enrolou em panos sedosos e com sacrifício caminhou até Ekô para deixar sua filha
à seu marido Ananí. Ao chegar, Iyemowo deixou Obá em cima do trono do rei e veio a cair no
chão morta e toda ensanguentada. Ao chegar, Ananí vira sua esposa e rainha morta ao chão e
seu "filho" deixado em cima de seu trono, Ananí ficou enfurecido com a morte de sua esposa e
foi atrás de um babalawo para saber o ocorrido e este lhe falou que sua esposa não havia feito
o preceito às bruxas Iyá-Mí e então foi a pena para quem não faz o sacrifício à elas. Ananí ficou
enfurecido e jurou se vingar da morte de sua esposa contra as feiticeiras. Ananí pegou um ódio
mortal por elas, e consequentemente, um ódio fatal pelas mulheres devido as Iyá-Mí serem
mulheres e zeladoras de seus cultos. Ananí mandou suas tropas matar todas as mulheres de
seu reino, matando até as crianças e jovens moças que estavam ali crescendo. Ananí não se
continha em puro ódio e para se vingar, queria exterminar todas as mulheres do mundo para
que o culto das Iyás fossem enfraquecido e assim ele poderia vingar a morte de sua esposa,
então, acreditando que seu filho fosse um homem, lhe deu o nome de Obánani e lhe ensinaria
toda a arte da guerra para que se tornasse um grande rei e ajudasse a vingar a morte de sua
mãe. Assim, com os passares dos anos, Obá cresceu como homem, vestindo-se como homem,
andando como homem e agindo como homem. Obá realmente acreditava ser um homem pois,
como não havia mais mulheres no reino de Ekô, não sabia diferenciar homem de mulher.
Obánani se tornou forte e o melhor dos guerreiros, impiedoso e valente, nada e ninguém
emplacava sua força, e com suas tropas e força, conquistou vários reinos para seu pai Anani
que o admirava com orgulho vendo o filho tão forte e bravo. Obanani não distinguia o que era
amor, não distinguia o que era atração e muito menos o que era paixão, seu amor era a
guerra, sua maior atração era a morte e sua paixão era sua espada, nada escapava das lâminas
de Obanani.

Certo dia, foi ordenada à Obánaní destruir um reino próximo de Ekô que foi designado por seu
pai a destruição e monopolitização de Ekô nesta terra, esse reino se chamava Irê, a terra do
orixá Ogún, o mais conquistador de todos os orixás e também grande ferreiro e ferramenteiro
irmão de Oxóssi, o rei de Ketú. Obánaní seguiu com as ordens e pôs a marchar para a terra de
Irê. Ogún sentiu um frio e como mágica Exú, o mensageiro dos orixás apareceu, lhe dizendo
que uma forte tropa estava a caminho de Irê e que esta tropa era liderada por uma mulher.
Ogún desacreditado das palavras de Exú, foi se consultar com um babálawo, este lhe dizendo
que era realmente uma mulher a líder da tropa e que seu nome era conhecido em toda a
parte, sendo venerado como o "Deus" da guerra e que Ogún não tinha chance alguma contra
essa vitoriosa guerreira. Ogún perderia o embate e em consequência, perderia o título de Deus
da guerra. Ogún ficou enfurecido com aquilo, "como uma mulher poderia vence-lo?" e como
ele poderia perder para alguém, Ogún era indestrutível e sua força insuperável. Então Ogún
perguntou ao babálawo como poderia contornar a situação, e como no culto Iorubá se
trabalha com Darma e não com Karma, o babálawo lhe recomendou servir um cabrito, um
saco de búzios e 13 galos à Exú, que este lhe faria o feito para vencer o embate e continuar
com o título e então, assim Ogún fez o ebó e dado à Exú, cumpriu com seu papel dando-lhe
tudo o que o babálawo recomendou. No dia seguinte, Obánani chegou ás terras de Ogún e
com sua forte tropa partiu para cima de Ogún, este que já sabia do plano de Exú, levou a
batalha para somente um canto da cidade, bloqueando as outras entradas e saídas com pedras
e falsos arbustos espinhosos e venenosos. Só havia um caminho, só havia uma entrada e era a
mesma da saída, e então Ogún encurralou Obánani onde era de local marcado. O embate
havia começado e Obananí estava com sangue nos olhos para cima de Ogún, quase o matando
com poucos golpes e Ogún assustado com tamanha força e ainda desacreditado que poderia
ser mesma uma mulher. Chegando no local, Exú jogou sobre o chão um ensopado de quiabo
gosmento e escorregadio no local, onde nenhum ser conseguiria parar em pé e com a luta se
travando, Ogún passou do local, esperando do outro lado Obánaní atacar quando de repente,
Obánaní escorrega e não consegue se levantar, era a poça de quiabo que Exú jogara a mando
de Ogún. Assim Ogún foi tirar a dúvida de que era realmente uma mulher, então como
Obánaní estava impossibilitada de contra-atacar, Ogún despiu Obánaní e com seus próprios
olhos, viu que era realmente uma mulher, neste exato momento, Ogún assediou Obánani,
deixando-a completamente derrotada e desdonzelada por Ogún. Pensou Ogún: - "Que melhor
forma existe vencer de uma mulher senão à assediando"... Assim Ogún prendeu Obánani em
seu reino e a obrigou casar-se com ele. Obanani não entendia nada do que havia ocorrido, e
nem sabia do que se tratava daquilo que ocorreu quando estavam no chão, vendo seu órgão
sexual tão diferente da do seu oponente, e também reparara que havia peitos diferentes das
quais seu oponente tinha. Obánani então se questionou e Ogún lhe respondera:

- " Oras Obanani, eres uma mulher, não reparou em seu corpo não?... e nem no meu?...sou
seu marido de agora em diante e irei destronar o reino de vosso pai e ter você como troféu. "

Orixá Ogún

Obanani que ainda não entendia nada, continuara ali sem entender nada, então para ela foi
chamado um babálawo e este lhe explicou tudo o que havia acontecido no passado e tirado
todas suas dúvidas. Obananí não acreditara no que ouvia, e com raiva e ódio, queria sair de lá
a todo custo com um ódio infernal dos homens, tanto que por pouco quase mata o babálawo
mas Obananí estava fraca e enjoada, sentindo-se cansada e com fortes contrações em sua
barriga. Obá foi levada a um curandeiro do local, este dissera que Obanani não tinha doença
alguma, Obananí estava grávida de Ogún. Assim com ódio do que houve, não queria ter o filho
de Ogún e muito menos carregar uma criança consigo por semanas até nascer, Obanani
desconhecia aquilo. Então Obananí fugiu do reino de Ogún se escondendo na floresta. Obanani
estava fraca, estava doente e faminta, pôs se a correr atrás de um cervo mas como não tinha
habilidade alguma com caças, Obananí não conseguiu abater o animal, deixando-o escapar.
Olhando do alto da árvore estava Oxóssi, o rei de Ketú e Deus da caça, que a tudo observava.
Oxóssi comecara a rir e descendo da árvore, com um simples atirar, num segundo o animal
caiu morto no chão com uma flecha no pescoço. Obanani vendo Oxóssi, o reconheceu como
homem e foi para cima dele, mas logo foi travada por ele, pois, com um veneno paralisou
Obanani por alguns instantes. Oxóssi curou Obananí, e lhe revestiu com peles de bichos para
que não sofresse frio e nem picada de mosquito. Obánaní quando voltou a se mexer viu como
Oxóssi era diferente dos outros homens que só a abusavam e a enganavam a vida toda. Então
Oxóssi a alimentou e lhe deu um arco e flecha, ensinando-a a caçar para que não dependesse
de ninguém. Por tempos Obánani viveu no reino de Oxóssi aprendendo com ele e com
Ossaíyn, divindade das folhas liturgicas, a arte da caça, da pesca e do cultivo a terra, porém
Obananí queria se vingar do pai, então saiu de Ketú e se pôs as terras de Ekô, onde era terra de
seu pai. Obá voltou após meses, e seu pai Ananí estava preocupado com o "filho" que teria ido
à guerra contra Ogún. Obanani estava com muito ódio e clm raiva de seu pai. Este com
nenhum dó de sua filha Obánaní, disse-a que sempre soube que era mulher e que desde que
virou "mocinha", aquele carinho que fazia nela a noite era assédio sexual e então Obanani com
mais ódio ainda, arrancou sua espada e cortara a cabeça de seu pai sem misericórdia alguma,
Obananí grávida e sozinha lutou contra o reino todo que só havia homens, e sozinha venceu
um por um sem recuar, ser hesitar, apenas com ódio e raiva no peito por ter sido enganada,
ter sido assediada, ter sido treinada como homem, matou e matou mais e mais soldados de
Ekô não deixando sobrar um, ficando sozinha com todos os corpos dos homens jogados
mutilados no chão. Obánaní entrou num depressão profunda e por dias caída no chão quase
morreu novamente e seu filho no ventre prestes à nascer. Exú contara à Ogún que sua esposa
estava em Ekô e quase morta, então Ogún foi até lá encontrando-a no chão quase morta e
com vários corpos mortos de soldados a seu redor. Obanaí havia se lavado de sangue. Ogún
levou sua esposa para Irê e lá ela foi tratada e protegida. Obananí acordara e deu a luz a seu
primeiro filho que na verdade era menina, esta sendo filha de Obá com Ogún. Obá ainda sentia
raiva dos homens, e tentou mais uma vez matar Ogún, quando este expulso-a de seu reino
pois não queria que houvesse aquilo que havia ocorrido em Ekô, deixando sua filha a seus
cuidados e aos cuidados de sua primeira esposa Oyá.

Xángô e Obá

Anos depois, Obánaní havia se recuperado. Vivendo sozinha ela estava, pois, havia aprendido
com Oxóssi a se virar, então por anos treinou sozinha, e preparou sua tropa com mulheres que
eram abandonadas por seus maridos, ou assediadas ou mal-tratadas e formou um grupo de
amazonas guerreiras e caçadoras, esta que após ter tido forças o suficiente, voltou a Ekô e
destronou o atual rei da sua antiga cidade, não deixando nada para trás, criou uma maçonaria
somente de mulheres, onde iria juntar todas as mulheres e se opor aos homens do mundo.
Obánaní subiu ao trono de Ekô e foi titulada pelas amazonas somente como "Obá" que
significa rainha. E reconstruiu seu antigo reino a renomeando como ÈLÉKÒ que significa "Nova
Ekô" e tomando seu lugar por direito ao trono como rainha e soberana daquele reino sendo
Obá chamada assim também como ÉLÈKÒ com a letra "E" do meio acentuado para trás, que
significa "Senhora de Elekô" ou também como ÉLÈKÒ ÁDJÁOSÍ que significa " A senhora de
Elekô guardiã da esquerda" (Esquerda era o nome dado ao poder feminino para os Nagôs,
enquanto o poder masculino era chamado de Direita) assim, ficando como " Senhora de Elekô
guardiã do poder feminino",esta era Obá. Porém, com todo esse grande poder que estava
recebendo a sociedade de Obá, as outras Iyágbás (orixás fêmeas) começaram a adotar sua
ideia e junto à Obá fizeram sua sociedade mais forte ainda, e como um grande apoio, havia um
dos grande símbolos do poder feminino, a Orixá Oxún, ninfa d'água e rainha de Oxogbô que
com todo seu poder uniu forças com Obá para destruir o poder masculino e junto a todas as
Iyágbás, Obá e Oxún estavam prestes a tomar o poder do mundo para elas tirando dos orixás
fúnfúns (que eram também masculinos) e dos Obóros (orixás masculinos) o controle maior do
mundo. Então se iniciou o plano de atacar e reabilitar o poder à elas. Exú ouviu tudo, e no
conselho da Direita, junto à todos orixás masculinos, Exú contou à Orúnmilá todo o plano de
Obá e Oxún e precisavam arquitetar um plano para que não fossem destronados pelo poder da
Esquerda, assim Orúnmilá tinha uma grande vantagem, podia usar seu oráculo e odús para
adivinhar o futuro e viu que se nada fosse feito, o poder da Esquerda dominaria tudo. Então
Orúnmilá teve como resposta de seu Oráculo uma ideia para manter tudo em equilíbrio, e
manter o poder feminino e poder masculino em equilíbrio para que o mundo não fossem
destruído, pois, era todo um conjunto e como Orúnmilá disse," todos os opostos servem para
manter o equilíbrio. Já viu dia sem noite?...preto sem branco?...orun sem aiyê?... não podemos
deixar o mundo em desequilibrio", então se iniciou um plano, plano este que era necessário
alguém seduzir Obá e te-la como esposa para que tudo fosse consertado, mas precisava de
alguém para bota-lo em prática mas nenhum orixá topou em conquistar Obá e te-la como
esposa. Ogún negou dizendo que já havia casado com Obá e que iriam se matar. Oxóssi disse
que tinha Obá como amiga e que não conseguiria fazer algo assim com ela. Obáluwaiyê dissera
que desse jeito não aguentaria, pois era muito agressivo. Ossaíyn e Oxúmarê se mantiveram
calados enquanto os outros empurravam um para o outro a responsabilidade. Assim Exú se
pronunciou e dissera que o único que conseguiria levar esse plano à frente era Xángô, pois,
Xángô tinha várias mulheres de todos os tipos e somente ele, um grande rei poderia tomar as
forças da poderosa Obá e reverter a situação. Então o plano foi colocado em ação, e Xángô
precisava conquistar Obá, assim Exú deu suporte e os dois foram ao encontro de Obá, que ao
chegar, vendo a rainha Obá se banhando no rio, Xángô chegou todo carinhoso e jogando seu
charme para Obá que, ao ve-lo se assustou e já iria empunhar sua espada para um corte rápido
e certeiro, porém, Xángô foi gentil e delicado e com calma e belas palavras, adoçou a amazona
Obá. Esta sendo durona, ainda continuava mulher, então seguindo o conselho de Orúnmilá de
que tinha que ir no ponto fraco de qualquer mulher, Obá sentiu pela primeira vez o amor, esta
imediatamente se apaixonando por Xángô, tendo com ele vários casos de romance, assim o
plano corria forte e cordial e era necessário afastar Obá de Oxún para que a intervenção da
Esquerda não ocorresse. Ao longo do tempo, Obá foi amando cada vez mais Xángô e se
entregando à seus caprichos, assim Xángô e Obá tiveram uma filha, esta chamada de Opará e
que seria símbolo da união de Obá e Xángô. Então o plano continuava a correr, e Xangô sabia
que poderia ataca-las na culinária. Durante anos, Xángõ criou uma rivalidade entre as duas,
sabendo de todas as vinganças que uma faria contra a outra para não perderem o amor de
Xángô. Assim, Exú se encarregava de contar uma para outra o que poderia fazer, e como Oxún
poderia atacar Obá e vice-versa. Assim começou:

Oxún corta o rabo do cavalo branco de Xangô e culpa Obá.

Obá x Oxún

Obá coloca brasas no tapete de Oxún e esta queima os pés.

Oxún esconde a pedra do raio de Xangô e culpa Obá por roubo.

Obá tenta matar o filho de Oxún afogado, Logún-Edé.

E nisso por tempos continuavam e continuavam, até que um dia precisava ser decisivo, então,
Orunmilá dissera a Xangô que o final seria na culinária, e que Oxún iria brigaria com Obá e
naquele dia as duas iriam se opor para que depois unissem forças para não atacarem o lado da
Direita, pois, na verdade Orúnmilá queria que Obá conhecesse o lado bom da vida que é amar
e ver que não era necessário guerra, e foi o que ocorreu, Oxún e Obá brigaram, mas Xangô não
sabia que isso ocorreria em um de seus pratos prédiletos chamado o Amalá, prato que liga
toda a ancestralidade de sua família, então Xangô viu a orelha de Obá no Amalá e
inconsequentemente sem pensar expulsou Obá de seu reino, a exilando das terras de Oyó
devido a um ato tão sujo e desrespeitoso contra todo seu povo e sua dinastia, assim Xángô
havia quebrado o plano, e Obá invés de sentir amor pelos homens, sentiu mais ódio ainda,
então desabrigada voltou para a floresta com ódio dos homens e que voltaria a Elekô para unir
forças e destruir de uma vez o poder masculino do mundo. Mas Obá ficou triste com o que
ocorreu, ficou desiludida de amor por Xangô e sentiu a pior dor que um ser possa sentir, a dor
do amor! Essa dor foi tanta que Obá saiu pelas estradas sem rumo, sem ver onde estava indo e
todos que entrassem em sua frente, Obá cortava com sua espada sem razão ou motivo. Foi
para a floresta, chorou tanto que de suas lágrimas criou o Rio Obá, e por ali Obá ficou. Obá
procurava pelo único ser que se importou com ela, este era Oxóssi, então Obá caminhou por
dias na floresta atrás de Oxóssi mas não encontrava, somente se eoncontrando com Ossaíyn.
Este por sua vez assustado em ver Obá, disse-lhe o que ela estava fazendo ali, então Obá disse
que procurava por Oxóssi e que arrancaria fora a cabeça de Ossaíyn se ele não contasse.
Ossaíyn disse-a que encontraria Oxóssi mandando seu pássaro sagrado chamado Ipesán
procura-lo pela floresta. Ossaíyn cuidou de Obá a todo momento curando-a com o sumo das
folhas e raízes porém Obá não confiava em nenhum homem a não ser em Oxóssi, então
durante esse tempo, Ossaíyn ficou a merce de Obá com uma espada apontada em seu
pescoço, qualquer movimento suspeito à Obá, ele seria decapitado. Passado algumas horas,
Oxóssi chegou e Obá se desmanchou aos braços do caçador. Oxóssi já sabia do ocorrido e
ajudou Obá novamente. Deixando-a viver com ele de novo e a aprender coisas novas. Por um
bom tempo, Obá viveu com Oxóssi e ficou sendo praticamente o lado feminino de Oxóssi. E
Oxóssi sem perceber, consertou o que Xangô não fez, ele fez com que Obá não quisesse se
vingar dos homens e que ficaria o equilibrio entre homem e mulher no mundo sem que
havesse disputas entre as Iyágbás e os Obóros. Assim Obá mudou muito seu conceito, e
descobriu que seu verdadeiro amor sempre foi Oxóssi, pois o que é mais forte que o prórpio
amor, é o companheirismo que existe entre um ser e o outro, sem companheirismo não tem
amor, não paixão, não tem carinho e não tem união. Temos sempre que pensar na ajuda
mútua e ambígua, para que se haja harmonia.

Após certo tempo, Obá voltou a conhecer o mundo e a liderar sua grande sociedade feminista.
Obá para sempre se lembrara de Oxóssi e todos os Obóros agradeceram à Oxóssi pelo feito,
tanto que deram a ele o direito de ser o símbolo do equilibrio e junto à Xango, sinônimo de
vida, de força e de prazer. Que por coincidência ou não, se tornaram sinônimo de Candomblé
no mundo todo. O Ofá (arco e flecha) de Oxóssi e os Oxés (machados de dois lados) de Xángô.

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