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Você Não é Obrigado a Morrer no Deserto

Por David Wilkerson

Há pouco tempo atrás, comecei a elaborar o esboço de um livro sobre o


sofrimento dos santos de Deus. Eu quis encorajar os cristãos em relação à
fidelidade que o Senhor tem mostrado ao Seu povo no meio das provações. Desde
então, muitos leitores têm me escrito, testemunhando sobre como Deus tem lhes
dado graça em momentos de sofrimento. Uma senhora escreveu sobre uma longa
provação física:

"Doze anos atrás, eu e meu marido nos aposentamos, e Deus nos impulsionou às
nações como mssionários evangelistas. Durante aquele tempo, viajamos por mais
de trinta países. Muitas vezes ministramos sob circunstâncias terríveis, mas o
Senhor sempre nos conservou com boa saúde e nos agraciou com resistência
sobrenatural."

"Então, março passado, fui atacada por uma doença desconhecida particularmente
séria. Nós tínhamos visto essa calamidade tocar multidões de pessoas a quem
ministramos em regiões remotas. A doença causa dor e inchaço nas mãos. Diversos
especialistas, contudo, não puderam identificar a causa exata do doloroso inchaço
nas minhas juntas; eles simplesmente coçavam a cabeça confusos."

"Eu clamei a Deus, mas o céu parecia estar em silêncio. O tempo todo, nunca senti
Sua presença perto de mim. Passei nove meses solitários num deserto de dor e
incerteza. Em dezembro de 1999 a dor tinha me cobrado seu preço, física e
mentalmente. Eu estava exausta e quase não conseguia dormir. E estava perdendo
terreno espiritualmente. Aqueles foram alguns dos dias mais negros da minha vida.
Eu não sabia se conseguiria ver o novo século".

"Então uma manhã, despertei com a luz do sol invadindo meu quarto. Percebi que
tinha dormido a noite toda pela primeira vez. Meu primeiro pensamento foi, 'Eu não
sinto dor alguma'. Eu tive medo de contar ao meu marido. Continuei esperando que
a dor voltasse, mas ela não voltou".

"Percebi que enquanto eu dormia, Deus estava trabalhando. E senti que Ele tinha
dito ao diabo, 'Chega, é suficiente.' Agora um ano se passou, e continuo livre de
toda a dor. Os registros do meu médico têm essas palavras escritas: 'milagre
misterioso.' Eu tenho mais força do que já tive algum dia. Eu saí do meu deserto
repousando nos braços do meu amado Jesus, e confiando em Sua palavra".

É inspirador para a nossa fé ler testemunhos como esse, nos quais crentes
emergem de seus sofrimentos no deserto, regozijando-se na fidelidade de Deus.
Eles falam de dores terríveis, provas, calamidades, tragédias, provações que
parecem nunca ter fim. Primeiro suas esperanças são elevadas, daí então eles são
frustrados; experimentam rompantes súbitos de força sobrenatural, mas depois são
subjugados por um medo terrível. E perguntas importurnas inundam suas mentes:
"Por que esta desgraça veio para mim? Será que Deus está me julgando por algum
pecado do passado? Por que minhas orações não estão sendo respondidas? Eu
tenho jejuado e orado, mas não ouço nada. Por que?".

Eles podem ter oscilado durante a provação, e quase desfaleceram. Mas em meio a
tudo isso, eles guardaram a fé. Como? Foi porque permitiram que os sofrimentos os
direcionassem para seus joelhos. Como resultado, sua confiança no Senhor
somente aumentou. Eles saíram do deserto testemunhando a bondade e o poder de
libertação de Deus.

Quero lhe dizer o seguinte: eu nunca ouvi falar de tamanho sofrimento no meio do
povo de Deus. Minha esposa Gwen e eu, ficamos atônitos com as cartas que temos
lido. Nós sempre dizemos um ao outro, "Você alguma vez já ouviu falar de algo
assim? O sofrimento dessa pessoa é inimaginável".

As pessoas descrevem serem acometidas por doenças terríveis e mortais. Famílias


estão se desintegrando, com maridos e esposas se divorciando, filhos rebelando-se
e voltando-se para as drogas. Outros escrevem estarem num deserto mental ou
espiritual. Enfrentam depressão, medo, ansiedades de todos os tipos. Alguns
carregam o peso de dificuldades financeiras e dívidas acumuladas. E agora o
estresse os levou a um deserto de desespero.

Um homem que perdeu um ente querido numa tragédia escreve, "Eu tremo cada
vez que o telefone toca. Eu penso, 'Serão mais notícias ruins?' É preciso apenas um
telefonema".

Uma piedosa mulher conta sobre a vez que recebeu esse tipo de ligação. Ela
diz: "Somos uma família fiel e crente na Bíblia, e participamos dos cultos
regularmente. Na época de nossa provação, nosso três lindos garotos tinham 7
anos, 3 anos e 14 meses. Meu terrível telefonema veio em 26 de Agosto de 1996.
Meu marido tinha caído de uma altura de mais de onze metros, de um telhado que
estava consertando".

"Ele precisou fazer uma cirurgia de reparação de um fêmur e um cotovelo


quebrados. A última coisa que ele disse para mim antes da operação foi, 'Diga às
crianças que as amo, e verei todos vocês de manhã'. Mas durante a cirurgia, os
médicos enfrentaram complicações. De manhã meu marido estava em coma".

"Minha fé me dizia que ele estava descansando, e logo estaria de volta conosco.
Mas treze dias depois - depois de muitos procedimentos, de transferência para o
melhor hospital, e uma corrente de oração por todo o Estado - o Senhor levou meu
marido".

"Tudo parecia ir tão bem para nós. Então de repente, nosso mundo desabou. Jesus
nunca disse que os cristãos não teriam que enfrentar tribulação, não é? Agora,
criando sozinha três filhos eu pude comprovar isso".

"Apesar disso, através do ocorrido, os meus filhos adquiriram um desejo


incomparável pelo céu. Agora não somente eles possuem um Deus Pai os
esperando no céu, mas também têm seu pai terreno os aguardando lá, e isto tem
transformado suas vidas. Louvamos a Deus agora, após Ele ter levado seu papai
salvo para o céu. É o objetivo para todos nós algum dia".

Essa mulher saiu do seu deserto também apoiando-se nos braços de Jesus.
Contudo muitos cristãos parecem nunca encontrar o conforto, a consolação e a
força de Deus. Deixe-me lhe perguntar: como você tem enfrentado suas provações
no deserto? Talvez você esteja passando por uma agora mesmo.

Talvez seu deserto seja o Vale da Morte. Você ouviu as palavras do médico: "É
câncer. Maligno". Ou, talvez alguém da família tenha recebido diagnóstico de uma
enfermidade incurável; você compartilha da dor de inúmeras outras pessoas que
suportam horas e horas de espera numa sala de hospital, chorando e clamando em
silêncio por um milagre.

Talvez o seu deserto seja uma depressão profunda. Todo dia você tem medo de
acordar porque uma nuvem negra está continuamente sobre você. Seu clamor
constante é, "Senhor, me ajude. Eu não posso mais suportar isso". Quando vai à
igreja, você faz o melhor possível para mostrar um sorriso. Mas por dentro, você
está atravessando o inferno. Você jejuou, orou, buscou a Deus por dias, semanas,
meses. Mas Deus não parece estar respondendo sua oração.

Às vezes, todos nós acabamos num deserto. Eu poderia escrever um livro sobre as
muitas provações de deserto que suportei em minha vida. Apesar disso, muitos
cristãos recusam-se a aceitar que o deserto inevitavelmente chega para todos nós.
Eles acham que esse tipo de conversa indica falta de fé. Conheço um pastor que
disse à sua congregação, "Minha fé me imunizou dos males. Eu amarrei toda a dor
e desgraça em nome de Jesus. Eu simplesmente recuso tudo isso".

Eu não desejo mal a ninguém, mas sem dúvida este homem está dirigindo-se para
um deserto. A convicção dele simplesmente não se alinha com as Escrituras. Davi
escreve, "Salva-me, ó Deus, pois as águas me sobem até o pescoço. Atolei-me em
profundo lamaçal, onde não se pode firmar o pé; entrei na profundeza das águas,
onde a corrente me submerge. Estou cansado de clamar; secou-se-me a garganta;
os meus olhos desfalecem de esperar por meu Deus" (Salmos 69:1-3) .

A Bíblia é clara sobre isso. Mesmo o mais piedoso dentre nós passa por profundas
provações no deserto. A pergunta é: de que modo sairemos dessas experiências?
Nós podemos ter certeza que nossa experiência no deserto irá provocar mudanças
em nós. Afinal de contas, é somente no deserto que nossa fé é colocada à prova.
Então, a provação que você está vivendo hoje está lhe mudando para melhor ou
para pior?

Você Testifica Ter Fé, Mas Como a Obteve?

Sobre qual alicerce sua fé está edificada? As Escrituras nos dizem que a fé vem
pelo ouvir, e que a Palavra de Deus nos dá "ouvidos espirituais", capacitando-nos a
ouvir (veja Romanos 10:17). Bem, aqui está o que a Bíblia diz sobre as
experiências de deserto na nossa vida:

"Não me submerja a corrente das águas e não me trague o abismo...Ouve-me,


Senhor, pois grande é a tua benignidade...Não escondas o teu rosto do teu servo;
ouve-me depressa, pois estou angustiado" (Salmos 69:15-17). Claramente, águas
de aflição inundam a vida dos santos.

"Pois tu, ó Deus, nos tens provado; tens nos refinado como se refina a prata.
Fizeste-nos entrar no laço; pesada carga puseste sobre os nossos
lombos...passamos pelo fogo e pela água"(66:10-12). Quem nos faz entrar num
laço de aflições? Deus mesmo o faz."Antes de ser afligido, eu me extraviava; mas
agora guardo a tua palavra... Foi-me bom ter sido afligido, para que aprendesse os
teus estatutos" (119:67, 71). Este verso explica claramente. É bom para nós -
inclusive nos abençoa - sermos afligidos.

Considere o testemunho do salmista: "Amo ao Senhor, porque ele ouve a minha


voz e a minha súplica... Os laços da morte me cercaram; as angústias do Seol se
apoderaram de mim; sofri tribulação e tristeza. Então invoquei o nome do Senhor,
dizendo: Ó Senhor, eu te rogo, livra-me" (Salmos 116: 1-4). Aqui está um servo
fiel que amou Deus e tinha grande fé. Ainda assim enfrentou as tristezas da dor,
das dificuldades e da morte.

Nós encontramos este tema ao longo de toda a Bíblia. A Palavra de Deus declara
ruidosamente que o caminho da fé é através das inundações e do fogo: "Pelo mar
foi teu caminho, e tuas veredas pelas grandes águas" (Salmos 77:19). "Eis que
faço uma coisa nova; agora está saindo à luz... eis que porei um caminho no
deserto" (Isaías 43:19). "Quando passares pelas águas, eu serei contigo; quando
pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás,
nem a chama arderá em ti" (Isaías 43:2). "Porque eu, o Senhor teu Deus, te
seguro pela tua mão direita, e te digo: Não temas; eu te ajudarei" (Isaías 41:13).

Este último verso guarda um ponto importante: em toda experiência de deserto


que enfrentamos, nosso Pai está segurando nossa mão. Porém somente aqueles
que passam através do deserto têm essa mão de conforto. Ele a estende para
aqueles que são pegos nos turbulentos rios das dificuldades.

Uma leitora da nossa lista de correspondência escreveu um livro poderoso sobre


sofrimento. O seu nome é Esther Hunter, e o título do livro é "Joy in the Mourning"
(aproximadamente Alegria no Luto). Esther nos escreveu recentemente sobre uma
provação terrível que enfrentou. Ela e seu marido viajaram de sua casa em
Arkansas até Manitoba, no Canadá, para o enterro do pai de Esther, um pastor de
noventa anos de idade. Todos os doze filhos daquele piedoso homem vieram
homenageá-lo em seu falecimento.

Os irmãos de Esther e seus familiares se apertaram em cinco carros no retorno do


funeral para casa. Mas no caminho, uma violenta tempestade causou um acidente
na estrada. Em meio à tempestade, o carro que ia à frente separou-se dos outros.

Esther e seu marido estavam no segundo carro. Logo à frente, viram que um
terrível acidente tinha acontecido, com dois carros esmagados horrivelmente.
Esther é enfermeira, e assim seu marido parou o carro para oferecer ajuda. Ao se
aproximarem da cena, eles perceberam horrorizados que um dos carros era aquele
que estava à frente do seu cortejo. Um carro que vinha do sentido oposto tinha
tentado ultrapassar um caminhão no temporal, e bateu de frente com eles.

Esther olhou para o carro destruído e viu sua irmã, seu sobrinho de quatro anos de
idade e dois dos seus irmãos caídos dentro do carro. Ela tirou o sobrinho, que foi
levado às pressas para um hospital. Esther tirou então sua irmã que logo morreu
em seus braços. Os seus irmãos já estavam mortos, tendo morrido no impacto.

O pequeno sobrinho de Esther sobreviveu ao horrível acidente. Mas ninguém na


família jamais poderia esquecer a cena indescritível naquela estrada fria e deserta.
Durante todo o ocorrido, o seu pai jazia num caixão na agência funerária. E sua
mãe, que sofria do Mal de Alzheimer, nunca soube qualquer coisa sobre a tragédia.

Durante dois anos, Esther vagou por um deserto de aflição e confusão. Ela
continuamente se derramava em lágrimas. Ela carregava perguntas, culpa e um
fardo terrível de perguntas do tipo "e se?". Ela passava horas de joelhos orando e
buscando a Palavra de Deus. Ela se desesperava para achar um mínimo de
consolação e cura da terrível tragédia.

Um dia, enquanto Esther caminhava ao longo de um rio, ela apanhou uma pedra.
Riscou nela as palavras, "Eu não posso carregar este peso". E se
conscientizou: "Não posso mais me culpar". Então lançou a pedra na água.
Naquele momento, Deus removeu o seu fardo.

Esther saiu do seu terrível deserto apoiando-se nos braços de Jesus. E ela deu um
testemunho poderoso: "Meu Pai faz tudo bem. Com meu Pai amado, não há
acidentes". Ela tinha verdadeiramente achado alegria em seu luto.

Alguns Cristãos Querem Arrancar o Livro de Jó da Bíblia

Alguns crentes não podem lidar com o fato de que Jó era um homem íntegro,
santo, amado de Deus que sofreu calamidades terríveis. Eu digo a esses cristãos: é
impossível para nós conhecermos a verdadeira fé a menos que possamos olhar
diretamente para as dificuldades de Jó e dizer, "Deus permitiu todas essas coisas
acontecer a Jó para um propósito".

Sim, Deus permitiu que os filhos de Jó fossem tomados. Ele permitiu a perda da
saúde de Jó, de suas propriedades, sua reputação. Jó foi desonrado nas mãos de
supostos amigos. Até mesmo sua própria esposa o escarneceu. E seu corpo
suportou feridas horríveis e dolorosas.

Este homem viveu com dor insuportável e tristeza de coração. Olhe para ele entre
as ruínas da sua vida: sentindo-se abandonado, esmagado pela aflição, os céus
parecendo repelir suas orações. Jó passou noites sombrias sem dormir, e dias
terríveis, dolorosos. A dor era tão grande que pediu a Deus que tomasse sua vida.
Ainda assim, durante todo o ocorrido, Deus ainda o amava. De fato, Jó nunca foi
tão precioso na visão de Deus, do que no meio da sua tribulação.

Foi no pior momento de Jó que Deus lhe deu uma revelação de Si próprio, que
mudou sua vida. Ele pessoalmente conduziu Jó para fora do deserto. E Jó emergiu
com uma fé indomável, testemunhando, "Ainda que ele me mate, contudo nele
esperarei" (Jó 13:15).

Já ao contrário, alguns crentes saem de seus desertos amargurados e com raiva. As


provações desses crentes os tornam céticos, endurecidos e inconsoláveis
desprezando Deus. "Mas Sião diz: O Senhor me desamparou, o meu Senhor se
esqueceu de mim" (Isaías 49:14).

Eu tenho visto cristãos em sofrimento se voltando completamente contra o Senhor


que um dia eles amaram. Eles acusam Deus de abandoná-los no momento da
dificuldade. Assim, em troca, eles abandonam toda a oração; colocam suas Bíblias
de lado. E já não vão mais à igreja. Ao invés disso, carregam raiva e ressentimento
terríveis contra Deus.

Eu conheço um pastor cuja fé foi sacudida por uma morte em sua família. Este
homem achava que sua fé o protegeria contra todos os infortúnios. Então, quando
tragédia o golpeou, ele ficou arrasado. E se voltou completamente contra o Senhor.
Os amigos dele ficaram chocados com sua dureza. Ele lhes disse: "Não quero
nunca mais ouvir o nome de Jesus mencionado novamente".

Tragicamente, alguns crentes morrem em seus desertos. Isto é o que aconteceu


com Israel. Com exceção dos fiéis Josué e Calebe, uma geração inteira de israelitas
- um povo milagrosamente liberto do Egito - desperdiçou a vida no terrível e
uivante deserto. Eles morreram cheios de dúvidas, aflição, agonia e dor. Por que?
Porque recusaram-se a confiar no juramento de que Deus os guardaria em
momentos de dificuldade.

O Senhor havia prometido a eles: "Não vos atemorizeis, e não tenhais medo... O
Senhor vosso Deus, que vai adiante de vós, ele pelejará por vós... o Senhor vosso
Deus vos levou, como um homem leva seu filho... (Ele) ia adiante de vós no
caminho... para vos achar o lugar... para vos mostrar o caminho por onde havíeis
de andar" (Deuteronômio 1:29-33).

Ainda assim, leia também o que aconteceu com aquela geração duvidosa e
endurecida: "E os dias que caminhamos... foram trinta e oito anos, até que toda
aquela geração... se consumiu do meio do arraial... Também foi contra eles a mão
do Senhor, para os destruir... até os haver consumido." (2:14-15). Deus esperou
até que o último deles morresse antes que falasse novamente a Israel: "Ora,
sucedeu que, sendo já consumidos pela morte... o Senhor me disse" (2:16-17).

Qual foi a causa para que essa geração morresse no deserto? Foram as mesmas
duas razões pelas quais os cristãos morrem no seu próprio deserto hoje:

1. Eles Nunca Aceitaram o Amor de Deus Por Eles.

Durante todas as dificuldades dos israelitas, Deus tentou ocasião após ocasião
conduzir Seu grande amor a eles. Mas eles não o aceitaram. Eles simplesmente não
acreditavam que suas provações fluíam de Seu amor. Ao invés disso, as pessoas
sempre diziam, "Se Deus nos amasse, por que Ele nos traria aqui ao deserto para
nos matar? Por que Ele permitiria que sofrêssemos assim?".

Aqui nós vemos a raiz de toda a incredulidade: uma relutância para crer e
descansar no amor de Deus pelos Seus filhos. Ainda assim, a razão absoluta pela
qual Deus escolheu Israel para ser Seu povo foi por causa do Seu amor: "E,
porquanto (Deus) amou a teus pais, não somente escolheu a sua descendência
[vocês] depois deles... O Senhor não tomou prazer em vós nem vos escolheu
porque fôsseis mais numerosos do que todos os outros povos... mas, porque o
Senhor vos amou" (Deuteronômio 4:37, 7:7-8). Foi dito a Israel, "Deus não os
escolheu por causa de qualquer coisa especial quanto a vocês; Ele os escolheu
simples e unicamente porque os amou". Considere o seguinte:

Porque Deus não permitiu que Balaão amaldiçoasse Israel? "Contudo o Senhor teu
Deus...trocou-te a maldição em bênção; porquanto o Senhor teu Deus te amava"
(23:5).

Por que Deus pôs Israel em cheque no mar Vermelho? Ele quis ver se eles
confiariam no amor do Pai celestial. Ele estava desejando saber, "Que tipo de Pai o
Meu povo imagina que Eu seja? Eles realmente crêem que os amo o suficiente para
nunca permitir que caiam nas mãos do inimigo? Eles descansam em minhas
promessas pétreas de que cuido deles em quaisquer circunstâncias? Será que
sabem que nunca os abandonarei, mesmo que a situação pareça sombria e
desesperadora?".

Por que Deus conduziu Israel às amargas águas de Mara? Uma vez mais, Ele quis
obter do Seu povo alguma prova de que acreditavam no Seu amor por eles. Ele
queria saber se eles confiariam nEle para saciar a sede por causa de Seu grande
amor.

Nós vemos ainda outra provação quando Israel estava às portas da terra
prometida. Doze homens foram enviados para que espiassem a terra. Mas dez
deles regressaram trazendo "más notícias". Eles sustentaram que Israel nunca
poderia tomar posse daquela terra, porque era repleta de gigantes, fortalezas,
grandes cidades muradas e obstáculos intransponíveis.

Como as pessoas reagiram a este relato? Uma vez mais clamaram com medo e
incredulidade: "Não poderemos subir contra aquele povo, porque é mais forte do
que nós" (Números 13:31). Elas estavam dizendo, em essência, "Nossos inimigos
são mais fortes que o amor de Deus por nós". Eles acusaram o Senhor de os
abandonar no momento de necessidade, os deixando por conta das suas próprias
forças. E passaram a noite toda reclamando e clamando, "Eu desejaria estar morto.
Por que Deus nos colocou nessa situação desesperadora?". O apóstolo Estevão
disse o seguinte sobre eles: "em seus corações voltaram ao Egito" (Atos 7:39).

Uma vez mais, vemos que em toda crise o Senhor garantia ao Seu povo: "Eu os
tenho amado fielmente". Contudo, em cada uma dessas vezes, eles permitiam que
os obstáculos nublassem o conhecimento de que Deus os amava.

Pense nisto: se nós acreditamos, aceitamos e confiamos no amor do nosso Pai


celestial, então o que há para temer? Por exemplo, eu aprendi que se eu
verdadeiramente descansar no amor de Deus por mim, eu não tenho que temer ser
enganado. Se eu verdadeiramente sou dEle -- se creio que Ele me carrega em Seus
braços amorosos -- então Ele nunca deixará o diabo ou qualquer voz me enganar.

E nem tenho que temer uma calamidade repentina, uma queda, ou o vislumbre de
um futuro incerto. Meu Pai amado não vai permitir que qualquer coisa aconteça em
minha vida, excluindo aquelas que Ele determinou previamente que fossem
melhores para mim e para meus familiares. Não importa quais sejam meus
problemas, Ele vai os desvendar e preparar o caminho para mim. O Deus de amor
pode operar um milagre após o outro a meu favor, se eu apenas confiar nEle.

Isto me permite enfrentar tempos difíceis, provações de fogo, e até mesmo a


morte. Eu sei que em meio a tudo isso, meu Deus irá compartilhar minha dor, e
minhas lágrimas serão tão preciosas quanto ouro para Ele. Ele não permitirá que as
provações me destruam. Ele sempre será fiel para me prover livramento.

Você pode perguntar, "Mas nós não complicamos nossas próprias vidas com nossas
decisões erradas? Não trazemos caos para nós mesmos porque saímos da vontade
de Deus? E quanto à todas as coisas tolas que fazemos e que nos enlaçam?". Eu
lhe asseguro: se você simplesmente confiar no amor de Deus, se arrepender e se
agarrar nEle, Ele resolverá todas as suas confusões. Ele torna as nossas cinzas em
beleza.
2. Eles Foram Cegados em Relação ao Deleite
que Deus Tem por Eles

O nosso Deus não somente ama o Seu povo, mas tem prazer em cada um de nós.
Ele tem grande alegria em nossas vidas. E Ele é na verdade bendito nos guardando
e nos livrando.

Eu vejo este tipo de prazer paterno em minha esposa, Gwen, sempre que um de
nossos netos nos liga. Gwen se ilumina como uma árvore de Natal quando está
conversando com um dos nossos netinhos. Nada consegue tirá-la do telefone.
Mesmo se eu lhe disser que o Presidente da República está à nossa porta, ela me
afastá e continuará conversando.

Como eu poderia acusar o meu Pai celestial de se alegrar em mim, menos do que
eu o faço com a minha própria descendência? Às vezes meus filhos me
desapontam, fazendo coisas contrárias às que os ensinei. Mas em nenhum
momento os deixo de amar ou de me agradar neles. Assim, se eu possuo este tipo
de amor duradouro sendo um pai imperfeito, quanto mais nosso Pai celestial se
preocupa conosco, Seus filhos?

É por isso que eu considero este episódio com os espias de Israel tão
desconcertante. Repetidas vezes, Deus tinha provado Seu amor ao povo. Ainda
assim, em todas as ocasiões eles se recusaram a aceitá-lo. Finalmente, Josué e
Calebe se levantaram no meio deles e gritaram: "Se o Senhor se agradar de nós,
então nos introduzirá nesta terra e no-la dará" (Números 14:8). Que declaração
simples e ao mesmo tempo poderosa. Eles estavam dizendo, "Nosso Senhor nos
ama e tem prazer em nós. E Ele vai derrotar cada um dos gigantes, porque Ele se
delicia em fazer isto por nós. Portanto, não devemos olhar para nossos obstáculos.
Nós temos que manter nossos olhos no grande amor que o Senhor tem por nós".

Ao longo das Escrituras nós lemos que Deus se deleita em nós: "os que são
perfeitos em seu caminho são o seu deleite" (Provérbios 11:20). "a oração dos
retos lhe é agradável."(15:8). "meu inimigo forte... eram mais poderosos do que
eu... mas o Senhor foi o meu amparo. Trouxe-me para um lugar espaçoso; livrou-
me, porque tinha prazer em mim" (Salmo 18:17-19).

Neste último versículo, nós descobrimos a grande verdade que Israel não percebeu:
"Ele me libertou, porque se agradou de mim". Não importa quão forte nosso
inimigo possa ser -- não importa quão devastadora seja nossa provação de fogo, ou
quão sem esperanças as coisas possam parecer -- nosso Deus nos libertará. Por
que? Porque Ele se agrada em nós!

Deus tinha deixado abundantemente claro o Seu amor para com Israel. Por isso
Ele podia perguntar ao Seu povo "Por que dizes... ó Israel: O meu caminho está
escondido ao Senhor, e o meu juízo passa despercebido ao meu Deus?" (Isaías
40:27). Ele estava dizendo: "Como vocês podem dizer que Eu não vi sua aflição?
Como vocês podem acreditar que Eu não tenho prazer em vocês? Eu me agradei do
meu servo Jó durante todas as suas terríveis experiências. E estou Me agradando
de vocês agora mesmo, em meio às suas dificuldades".

É absolutamente imperativo que acreditemos - rapidamente e com convicção, hoje


-- que Deus nos ama e se agrada de nós. Então estaremos capacitados a aceitar
que toda circunstância em nossas vidas irá provar no final ser a amorosa vontade
de nosso Pai para conosco. Nós sairemos de nosso deserto repousando nos braços
amorosos de Jesus. E Ele produzirá alegria a partir do nosso choro.

Querido santo, não olhe para suas contas que se acumulam. E não tente olhar para
um futuro incerto. Sua função é confiar nas promessas de aliança de nosso Pai, e
repousar no Seu grande amor por você. Você sairá vitorioso, porque Ele o está
segurando em Seus braços de amor.

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