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Interpretação de análises clínicas

Conteúdos
ANÁLISE DO SANGUE .................................................................................................................... 3
Hematologia .................................................................................................................................. 3
ERITROGRAMA .......................................................................................................................... 3
1. Hematócrito .................................................................................................................. 3
2. VCM ou VGM ................................................................................................................. 3
3. HCM ............................................................................................................................... 3
4. CHCM ou CHGM ............................................................................................................ 4
5. RDW............................................................................................................................... 4
LEUCOGRAMA ........................................................................................................................... 4
A. Neutrófilos ..................................................................................................................... 4
B. Linfócitos ....................................................................................................................... 4
C. Monócitos ...................................................................................................................... 4
D. Eosinófilos...................................................................................................................... 5
E. Basófilos ........................................................................................................................ 5
PLAQUETOGRAMA .................................................................................................................... 5
NOTA: ....................................................................................................................................... 5
Marcadores de inflamação............................................................................................................ 5
Proteínas marcadoras de fase aguda ........................................................................................ 5
VHS ou VS (Velocidade de Hemossedimentação) ..................................................................... 6
PCR (Proteína C Reativa): .......................................................................................................... 6
Metabolismo do ferro ................................................................................................................... 7
Ferritina ..................................................................................................................................... 7
Saturação da transferrina.......................................................................................................... 7
Ferro total.................................................................................................................................. 7
Marcadores de destruição tecidular ............................................................................................. 7
CK ou CPK – MARCADOR DE DESTRUIÇÃO MUSCULAR ............................................................ 7
LDH – LACTATO DESIDROGENASE ............................................................................................. 8
Provas Hepáticas - Hepatograma .................................................................................................. 8
O COLESTEROL........................................................................................................................... 8
TRANSAMINASES ....................................................................................................................... 8
GAMA GT (GGT) e FOSFATASE ALCALINA (FA) .......................................................................... 9
BILIRRUBINAS ............................................................................................................................ 9
ALBUMINAS ............................................................................................................................. 10
PROVAS DE COAGULAÇÃO – COAGULOGRAMA ..................................................................... 10

Gaku
Interpretação de análises clínicas
Glicose ......................................................................................................................................... 10
Glicose: .................................................................................................................................... 11
Hemoglobina Glicada (Hb A1c) ............................................................................................... 11
Eletrólitos .................................................................................................................................... 11
Na+ ........................................................................................................................................... 11
K+ ............................................................................................................................................. 11
Ca2+ .......................................................................................................................................... 11
P- .............................................................................................................................................. 11
Função Tiroideia .......................................................................................................................... 11
PSA .............................................................................................................................................. 11
Função Renal ............................................................................................................................... 12
UREIA E CREATININA SÉRICOS................................................................................................. 12
ANÁLISE DA URINA ...................................................................................................................... 12
URINA II (EXAME SIMPLES DE URINA) OU EAS (ELEMENTOS ANORMAIS DE SEDIMENTO) ... 12
URINA DE 24 HORAS................................................................................................................ 15
UROCULTURA .......................................................................................................................... 16
ANÁLISE DAS FEZES ..................................................................................................................... 17
Exame Parasitológico .............................................................................................................. 17
PSOF ........................................................................................................................................ 17
Exames específicos ...................................................................................................................... 17
Péptido Natriuréticos (BNP e NT- pro BNP) ............................................................................ 17
Teste de Coombs ..................................................................................................................... 17

Gaku
Interpretação de análises clínicas

ANÁLISE DO SANGUE
Hematologia
3 linhagens: Eritrograma, Leucograma,
Plaquetograma

ERITROGRAMA

(transporte de oxigénio, anemia vs


policitémia)

 120 dias ou 4 meses


 (Insuficiência Renal Aguda, Anemia vs
Policitemia)
 Causas secundárias de anemia:
Neoplasias. Insuficiência renal.
Leucemias. Linfomas. Mieloma
múltiplo. Doenças do trato
gastrointestinal. Hipotiroidismo.
Deficiências de vitaminas como B12 e ácido fólico. Toxicidade da medula óssea por
drogas. Doenças do fígado. Infeções. Lúpus. Síndrome hemolítica urémica. SIDA.
Alcoolismo. Sangramento digestivo.
 Causas primárias de anemia: Anemia falciforme. Talassemia. Anemia sideroblástica.
Esferocitose. Hemoglobinúria paroxística noturna. Deficiência de G6PD.

1. Hematócrito
(percentagem do sangue que é ocupado por GV)

 Baixo: transporte do oxigénio prejudicado


 Alto: maior viscosidade do sangue e risco de formação de coágulos
 Doenças associadas:

2. VCM ou VGM
(Volume Corpuscular Médio, 80-100 fl fentolitros):

 Volume Médio das hemácias


 VCM > 110 = Macrocitose (macrocitose em alcoólicos mas sem anemia, deficiência em
ácido fólico e vitamina B12 com anemia)  Hiperregeneração da medula ou síntese
alterada de DNA
 VCM < 80 = Microcitose (deficiência de ferro

3. HCM
(Hb Corpuscular Média, 27-32 pg, Hb x 10/GV)

 Quantidade Média de Hb por hemácia


 HCM>32 pg = Hipercromia

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 HCM<27 pg = Hipocromia. Microcitose e Hipocromia anemia por deficiência na
síntese de Hb (deficiência de ferro e talassemias)

4. CHCM ou CHGM

(Concentração de Hb corpuscular/globular média)

 Concentra

5. RDW
 Diferença de tamanho entre os GV
 Alto: Anisocitose- tamanhos muito díspares (por exemplo na deficiência de ferro em que
não há material para fazer a nova Hb e ficam pequenas

LEUCOGRAMA

(Defesa do organismo)

 4,0-11,0 10^9/L ou 4000 – 11000 /microL ou mm3


 Leucocitose: Leucemias (>50 x 10^9/L), Abdómen agudo, Infeções (20-30 x 10^9/L)
 Leucopenia: Lesão da MO, Quimioterapia, fármacos, invasão tumoral
 As alterações são normalmente devido aos Neutrófilos ou aos Linfócitos

A. Neutrófilos
 O mais comum dos leucócitos (45-75%). Tempo de vida de 24-48 horas (após controlo
da infeção, demora este tempo à sua normalização)
 >xxxxxxx = Neutrofilia: Quando há um aumento de leucócitos pelo aumento de
Neutrófilos estaremos perante uma Infeção bacteriana aguda (MO aumenta a sua
produção para nos defender de bactérias patogéneas): pneumonia, otite, amigdalite,
meningite, sinusite, erisipela, osteomielite, pielonefrite.
 <xxxxxxx = Neutropenia:
 Blastos são neutrófilos jovens lançados para a corrente sanguínea pela MO antes de
amadurecerem, para combaterem infeção ativa. O normal é corresponderem a 5% dos
neutrófilos circulantes. Quando o nº aumenta chama-se “desvio à esquerda”. Os
neutrófios maduros chamam-se segmentados (paciente não doente ou fase final da
doença)

B. Linfócitos
 O 2ºtipo mais comum de leucócitos (15-45%)
 >xxxxxxx = Linfocitose: Produção de Anticorpos no Combate a Infeção viral, são os
primeiros na rejeição de transplantes, e contra o surgimento de tumores
 <xxxxxxx = Linfopenia = Imunossupressão, são as células atacadas pelo VIH levando a
infeções oportunistas
 Linfócitos Atípicos: infeções EBV, gripe; autoimunes LES, AR e GB

C. Monócitos
 3-10% dos leucócitos circulantes

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 Aumento: em resposta tanto a infeções bacterianas como virais, quando ativado
transforma-se em macrófago que digere os invasores. Costumam estar aumentados
mais nas infeções crónicas como na Tuberculose
 Os monócitos são produzidos na MO e ficam poucas horas na circulação. Seguem para
outros tecidos, onde sofrem processo de diferenciação em macrófagos (células de
Kupffer, no fígado; microglia, no sistema nervoso; células de Langerhans na epiderme).

D. Eosinófilos
 1-5% dos leucócitos circulantes
 >xxxxxxxx = Eosinofilia, responsável pelo combate aos parasitas e pelo mecanismo da
alergia
 <xxxxxxxx = Eosinopenia

E. Basófilos
 0-2% dos leucócitos circulantes
 Podem aumentar em estados alérgicos ou de inflamação crónica

PLAQUETOGRAMA

(Início do processo de coagulação )

 150 000 – 450 000 /uL


 (estudar antes de procedimentos cirúrgicos, investigação de pacientes com quadros de
hemorragia ou equimoses frequentes)
 Tromocitose
 Trombocitopenia: não perigoso enquanto >50 000

NOTA:
Se as três linhagens diminuídas (Pancitopenia), suspeitar de:

 Infiltração da medula óssea: neoplasias hematológicas (Leucemia, Linfoma, Mieloma


Múltiplo, Síndrome Displásico), infiltrações metastáticas, doenças infeciosas (TB, e
fungos)  ocupam o lugar de formação das células sanguíneas
 Aplasia medular: deficiências nutricionais (B12, ácido fólico), anemia aplásica, doenças
infeciosas (HIV, hepatite viral, Parvovírus B19), certas doenças autoimunes afetam
células tronco e impedem desenvolvimento de novas células
 Destruição (precoce ou aumentada) das células sanguíneas circulantes: CID, PTT,
hiperesplenismo, distúrbios megaloblásticos e displásicos.

Marcadores de inflamação
Proteínas marcadoras de fase aguda
 POSITIVAS (aumentam em caso de inflamação):
o Ferritina (proteína produzida pelo fígado, proporcionalmente às reservas de
ferro corporal. Uma inflamação concomitante a uma anemia ferropénica pode
resultar em valores falsamente elevados das reservas de ferro)
o Hepcidina (proteína que regula negativamente a ferroportina e, portanto, a
absorção de ferro)
o Ver mais
 NEGATIVAS (reduzem em caso de inflamação):

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o Albumina (deixa de transportar bilirrubina não conjugada até ao
fígadoicterícia)
o Transferrina (deixa de transportar o ferro até à medula óssea anemia
ferropénica com CTFF diminuída)
o Ver mais

VHS ou VS (Velocidade de Hemossedimentação)


 Como se mede: coloca-se o sangue num tubo de ensaio, e mede-se em 1 hora a
velocidade de precipitação das hemácias. O resultado é dado em mm/h.
 Para que serve: marcador indireto de inflamação de fase aguda, não específico.
 Explicação: Quando há um processo inflamatório em curso (infeção, doença autoimune
ativa, pancreatite aguda, um tumor avançado…), o fígado produz em grandes
quantidades fibrinogênio. Este fibrinogênio age como uma cola, ligando as hemácias
umas às outras, formando blocos que obviamente são mais pesados e caem mais
rapidamente, aumentando assim a velocidade de hemossedimentação. Mede
indiretamente a inflamação a partir do efeito do fibrinogénio.
 Valor atual: seguimento de algumas doenças como artrite reumatoide, arterite
temporal e polimialgia reumática, quando uma elevação da VHS pode indicar
precocemente uma recaída ou uma ausência de resposta ao tratamento
medicamentoso.
 Uma VHS muito elevado, acima e 100 mm/h, costuma ser uma informação diagnóstica
útil, pois, são poucas as doenças que cursam com uma elevação tão grande, entre elas
lúpus, mieloma múltiplo, osteomielite e tuberculose
 Valores normais:
o 0 a 15 mm/h em jovens (1ª hora)
o 0 a 30 mm/h em idosos (1ª hora), VS aumenta com a idade!
o Mulheres costumam ter a VHS ligeiramente mais elevados que homens.

PCR (Proteína C Reativa):


 Para que serve: Medidor direto de inflamação de fase aguda. Mais valor que a VS,
porque: mede diretamente a proteína produzida pelo fígado; não aumenta com a idade;
tem elevação mais precoce. É também um indicador de risco de doença cardiovascular.
 A inflamação pode ter origem infeciosa (pneumonia…) ou não infeciosa (apendicite,
AVC, MM, pancreatite aguda, DII, traumatismos, queimaduras, doenças reumáticas e
autoimunes, …). O valor é mais alto em causas infeciosas (+bacterianas)
 Valores:
o Até 0.1 mg/dL (1 mg/L): Normal.
o Entre 0.1 mg/dL (1 mg/L) e 1,0 mg/dL (10 mg/L): Pequenas inflamações com
pouca relevância clínica: gengivite, constipação, obesos, diabéticos,
hipertensos, IR, alcoólicos, fumadores.
o Inflamações importantes: Acima de 1,0 mg/dL (10 mg/L):
 Entre 1 mg/dL (10 mg/L) e 4 mg/dL (40 mg/L): gripe, mononucleose,
doenças reumáticas
 Acima dos 5 mg/dL (50 mg/L): infeções bacterianas como pneumonia
 Acima dos 20 mg/dL (200 mg/L): Sépsis

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Metabolismo do ferro
Ferritina

 Proteína produzida no fígado; é o reservatório de ferro do organismo; presente nos


músculos, MO, baço e fígado; também é proteína de fase aguda como a PCR e a VS.
 Valores normais: Em geral, 1 ng/dL de ferritina no sangue equivale a um reservatório
corporal de aproximadamente 10 mg de ferro. Portanto, uma pessoa cuja ferritina
sanguínea seja 50 ng/dL, apresenta cerca de 500 mg de ferro estocado. Os valores
normais da ferritina podem variar dependendo do laboratório, mas são geralmente ao
redor de 30-300 ng/dL em homens e 15-150 ng/dL em mulheres (a menstruação mensal
faz com os estoques de ferro sejam menores nas mulheres)
 Na maioria dos casos, a ferritina está baixa quando há carência de ferro e alta quando
há excesso. Porém, é importante saber que a ferritina também é uma proteína de fase
aguda como a PCR e o fibrinogênio, explicados nos tópicos anteriores. Qualquer
inflamação pode estimular a produção de ferritina, não significando que haja um
aumento dos estoques de ferro. Isto pode ser um fator confusional em uma investigação
diagnóstica. Uma pessoa com anemia por carência de ferro pode ter níveis de ferritina
normais ou elevados caso também apresente um estado inflamatório associado, como
uma doença autoimune ativa, por exemplo

Saturação da transferrina

Ferro total

Marcadores de destruição tecidular


CK ou CPK – MARCADOR DE DESTRUIÇÃO MUSCULAR

 A creatinofosfoquinase (CPK) ou creatinoquinase (CK) é uma enzima presente em vários


sítios do nosso organismo, sendo encontrada em abundância no coração e,
principalmente, nos músculos e é responsável por fornecer energia à célula. Sua
elevação na corrente sanguínea é um forte indicador de lesão muscular, uma vez que a
destruição das células dos músculos provoca um grande fluxo de CK em direção ao
sangue.
 3 subtipos de CK:
o CK-BB em vários tecidos do corpo
o CK-MM em grande quantidade nos músculos e no coração
o CK-MB pequena quantidade nos músculos, mas em grande quantidade no
coração.
 Quando solicitamos a dosagem da CK sanguínea, recebemos um valor que corresponde
a soma desses 3 subtipos. Por isso ela é comumente chamada de CK Total. Se a CK total
estiver elevada por conta de um aumento na CK-MB e da CK-MM, isso é um forte indício
de lesão no coração, sugerindo um infarto do miocárdio. Se a CK estiver alta por
elevação apenas da CK-MM, uma grave lesão muscular (rabdomiólise) é o mais provável.
A dosagem da CK-BB têm pouca utilidade clínica.
 Quando pedir o doseamento: Normalmente isso só é feito em pacientes internados ou
em serviços de urgência quando há suspeita de infarto ou no atendimento de algum
trauma, quando o paciente pode apresentar graves lesões musculares, e para

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acompanhar pacientes que estão usando drogas que podem causar lesão muscular,
entre elas, as Estatinas usadas no tratamento da colesterol alto ou os corticoides.
Suspeita de CK também pode ser útil no diagnóstico de algumas doenças musculares
raras como a polimiosite, dermatomiosite, distrofia de Duchenne e outras

LDH – LACTATO DESIDROGENASE

 Enzima presente em vários tecidos, principalmente no fígado, músculos, células


sanguíneas, cérebro e coração. Valores sanguíneos elevam-se sempre que há algum
dano tecidual (enfarte do miocárdio, hepatite aguda, cancros, hipotiroidismo, algumas
infeções pulmonares...  Muito inespecífico

Provas Hepáticas- Hepatograma


O COLESTEROL

 O colesterol total = HDL+LDL+VLDL


 HDL – colesterol bom. Protege os vasos da aterosclerose. Quanto mais elevado melhor.
 LDL e VLDL – Colesterol mau. Formador da aterosclerose que obstrui os vasos
sanguíneos e leva a enfartes. Quanto mais baixo melhor.
 Triglicerídeos – Estão relacionados ao VLDL. Normalmente equivale a 5x o seu valor. Um
paciente com 150 mg/dl de triglicerídeos apresenta 30 mg/dl de VLDL.
 Valores normais:

TRANSAMINASES

 Indicam lesão dos hepatócitos. As transaminases são enzimas presentes em várias


células para metabolização de proteínas, mas estão presentes em maior quantidade nas
células hepáticas. O seu aumento no sangue é sinal de que foram libertadas por lesão
dos hepatócitos. São 2 transaminases. A AST ou TGO (aspartato ou glutamato) e a ALT
ou TGP (alanina ou glutâmica pirúvica)
 AST ou TGO também presente nas células dos músculos e do coração (foi dos primeiros
marcadores de lesão cardíaca)
 ALT ou TGP existe quase somente nas células do fígado, sendo muito mais específica
para doenças do fígado que a AST
 Doenças que levam ao seu aumento (lesão dos hepatócitos)
o Hepatites virais
o Cirrose
o Esteato-hepatite
o Abuso de bebidas alcoólicas
o Lesão do fígado por drogas e medicamentos
o Insuficiência cardíaca
o Isquemia do fígado
o Câncer do fígado.
o Doenças musculares.
 Valores absolutos:
o Normais < 40 U/L
o Valores até 3 vezes maiores que o limite são inespecíficos e podem significar
lesão de outros órgãos que não o fígado. Lesões musculares e hipotireoidismo

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Interpretação de análises clínicas
são causas de pequenas elevações, principalmente da TGO. Lesões restritas às
vias biliares também podem cursar com pequenos aumentos das
transaminases, normalmente associados a grandes elevações da GGT e
fosfatase alcalina.
o Acima de 150 U/L sugerem fortemente doença do fígado, mas necessário mais
investigação.
o Acima de 1000 U/L: hepatites virais, hepatites por drogas ( ++ intoxicação por
paracetamol) ou hepatite isquémica.
 Valor relativo AST/ALT ou TGO/TGP
o Valor normal = 0,8 (ou seja, a ALT ou TGP costuma ser ligeiramente maior que a
AST ou TGO)
o Inversão da razão AST/ALT ou TGO/TGP > 2 (maior elevação da AST ou TGP,
tornando-se 2x maior) levanta suspeita, embora não confirme, de Hepatite
Alcoólica.
o Nos casos de cirrose, os valores costumam ficar semelhantes (TGO/TGP = 1).
 Doenças hepáticas crónica com na Hepatite C podem cursar com transaminases
normais.
 A LDH também aumenta nos casos de lesão hepática. Mas como é uma enzima também
presente em muitos outros tecidos do corpo, é muito inespecífica, indicando apenas
lesão celular.

GAMA GT (GGT) e FOSFATASE ALCALINA (FA)

 Indicam lesão das vias biliares, colestase (e não nos hepatócitos) pois existem nas
células das vias biliares e não nas hepáticas.
 O que sugere lesões das vias biliares é a elevação concomitante de AMBAS as enzimas
(porque FA também existe nos ossos, placenta e intestino; a GGT também existe no
coração, pâncreas e próprio fígado). GGT e FA não são tão específicas de lesão biliar
como a ALT é do fígado.
 Doenças que provocam elevação de ambas:
o Obstrução das vias biliares
o Cirrose biliar primária
o Colangite (infeção das vias biliares)
o Cancro das vias biliares
o Uso de alguns medicamentos (corticoides, barbitúricos e fenitoína)
 Elevação das 4 enzimas (TGP; TGO, GGT; FA)
o Abuso de bebida alcoólicas costuma causar uma elevação maior da GGT do que
da FA. Um doente com elevação de TGP menor que TGO e uma GGT maior que
a FA, provavelmente tem uma doença hepática causada por álcool.
o Doenças do fígado que causem lesão das vias biliares intra-hepáticas podem
cursar com elevação da TGO, TGP e também de GGT e FA.
o Obstruções das vias biliares que cursem com lesão do fígado também podem se
apresentar com elevação das 4 enzimas.

BILIRRUBINAS

 A bilirrubina indireta ou não conjugada (amarelo-esverdeado) é resultado da destruição


de GV velhos ou defeituosos pelo baço. Do baço é transportada pela albumina, no
sangue até ao fígado onde é transformada em bilirrubina direta ou conjugada. Uma

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parte vai para a corrente sanguínea (coloração da urina), mas a maioria é eliminada na
bílis para o intestino, onde é metabolizada pelas bactérias intestinais e torna-se
acastanhada (responsável pela coloração das fezes).
 Bilirrubina total: 0,2 a 1,1 mg/dL.
 Bilirrubina indireta: 0,1 e 0,7 mg/dL.
 Bilirrubina direta: 0,1 a 0,4 mg/dL.
 Aumento da bilirrubina indireta: indica hemólise aumentada (malária, Hbpatias…) ou
doença do fígado que impeça o processamento da bilirrubina indireta (ex: Síndrome
genética de Gilbert).
 Aumento da bilirrubina direta: indica que fígado consegue processar, mas não a
consegue eliminar, acumulando-se no sangue (e filtrada pelo rim para a urina
provocando colúria cocacola). Obstrução do colédoco por litíase ou neoplasia. Casos de
hepatite aguda em que ocorre edema das vias biliares intra-hepáticas. Tumores do
fígado ou do pâncreas que causem obstrução das vias. As fezes ficam acólicas porque o
pigmento não consegue chegar ao intestino. A urina fica escura porque está a chegar
demasido.
 Bilirrubina total é a soma da direta com a indireta. Quando maior que 2 mg/dL
manifesta-se como icterícia pela sua deposição na pele e mucosas e prurido.

ALBUMINAS

 A queda dos seus valores indica má função hepática. A albumina é uma proteína
sintetizada no fígado tornando-se na proteína mais abundante no sangue. Sendo assim,
em conjunto com o TP (os fatores de coagulação e a vitamina k também são produzidos
pelos hepatócitos) é um indicador da função renal (e não propriamente de lesão das
células). Na falência hepática, o fígado não está a produzir estas proteínas (mesmo sem
lesão da célula, exemplo da cirrose), os níveis de albumina diminuem no sangue e este
demora mais tempo a coagular. É ainda um marcador de nutrição. (se desnutrição, ou
queimaduras ou infeção, a albumina diminui, não transporta a bilirrubina não conjugada
e dá cterícia)

PROVAS DE COAGULAÇÃO – COAGULOGRAMA

 PTT

o Tempo de Tromboplastina ativada

 TP

o Tempo de Protrombina

 INR

 Medem o tempo que o sangue demora para coagular. Tempos maiores indicam maior
propensão a sangramentos. A cascata da coagulação inicia-se com a ativação das
plaquetas e é completada pela ação dos fatores da coagulação.

Glicose

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Interpretação de análises clínicas

Glicose:
 Diagnóstico e controlo do tratamento da Diabetes Mellitus. É necessário jejum de pelo
menos 8 horas.
 Valores (em jejum):
 Normal: 60 – 100 mg/dL
 Pré-diabetes: 100 – 125 mg/dL
 Diabetes: >126 mg/dL (mas repetir a medição)

Hemoglobina Glicada (Hb A1c)

Eletrólitos
Na+
K+
Ca2+
P-

Ácido Úrico
Resultante do metabolismo de algumas proteínas

Níveis elevados são fatores de risco para:

 Gota
 Cálculo renal
 Estão associados a Hipertensão e a doenças cardiovasculares

Função Tiroideia
 TSH
 T3 livre
 T4 livre

PSA
 Valores Normais:
 Proteína elevada em caso de:
o Prostatite
o HBP
o Cancro da Próstata
o  Pedir em homens com sintomas urinários e rastreio de HBP
o Outras:

Função Pancreato Biliar

Anticorpos

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Interpretação de análises clínicas

Função Renal
UREIA E CREATININA SÉRICOS

 Clearance de creatinina ou taxa de filtração glomerular. Mostram o volume de urina


filtrado pelos rins a cada minuto. Valores de ureia e creatinina aumentados no sangue,
indicam diminuição da filtração renal.
 Valores e TFG pela creatinina sérica:
o Normal: os dois rins filtram em média 180 litros de sangue por dia, mais ou
menos 90 a 125 ml por minuto
o DRC estágio I: > 90 ml/min, mas alguma doença de risco (diabetes, hipertensão,
rins poliquísticos…) – são pessoas sem sintomas, com TFG normal, sem
alteração da função, no entanto têm risco
o DRC estágio II: 60-89 mL/min, fase de pré-insuficiência renal. Também muito
comum em idosos, e se não tiver nenhuma doença associada, não tem grande
problema. Estão em maior risco com medicações, contrastes,
o DRC estágio III: 30 -59 mL/min, Insuficiência Renal Crónica estabelecida, cursa
com sintomas (anemia pela deficiência de eritropoietina; osteodistrofia renal
pelo aumento de PTH e queda de Vitamina D). Nesta fase deve-se iniciar
medicação. Evolui rapidamente.
o DRC estágio IV: 15 - 29 ml/min, fase pré-diálise. Apresenta níveis elevados de
fósforo e PTH, anemia estabelecida, pH sanguíneo ácido, elevação do potássio,
emagrecimento e sinais de desnutrição, piora da hipertensão, enfraquecimento
ósseo, aumento do risco de doenças cardíacas, diminuição da libido, diminuição
do apetite, cansaço, etc. Devido à retenção de líquidos e edema, o paciente
pode não notar o emagrecimento. Nesta fase o paciente já deve começar a ser
preparado para entrar em hemodiálise, sendo indicada a construção da fístula
artério-venosa
o DRC estágio V: < 15 ml/min, insuficiência renal terminal. O rim já não
desempenha funções básicas. Está indicado o início da diálise. Sintomas de
uremia. Oligúria, grandes edemas, PA descontrolada, Hiperpotassemia
sanguínea que pode levar a arritmias cardíacas, desnutrição, náuseas matinais,
cansaço e anemia, edemas pulmonares, desorientação e convulsões. Rins
atrofiados na Eco. Mas muitas vezes, o primeiro e único sintoma da insuficiência
renal terminal é a morte súbita.

ANÁLISE DA URINA
URINA II (EXAME SIMPLES DE URINA) OU EAS (ELEMENTOS ANORMAIS DE
SEDIMENTO)

 É o exame básico de urina. Usar a primeira urina da manhã, desprezando o primeiro


jato. Dá-nos informação de:
o Densidade: A densidade da água pura é 1000. Quanto mais próximo deste valor,
mais diluída está a urina. Os valores normais variam de 1005 (mais diluída) a
1035 (mais concentrada, mais escura e de cheiro forte, indicando desidratação)

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Interpretação de análises clínicas
o pH: A urina é naturalmente ácida, já que o rim é o principal meio de eliminação
dos ácidos do organismo. O pH da urina varia entre 5,5 e 7,0.
 pH > 7 (urina alcalina) pode ser provocada por: presença de bactérias,
dieta pobre em proteína animal, dieta rica em frutas cítricas ou
derivados de leite, e uso de medicamentos como acetazolamida, citrato
de potássio ou bicarbonato de sódio, vómitos horas antes do exame,
algumas doenças renais.
 pH < 5.5 (urina ácida) pode indicar: acidose no sangue ou doença nos
túbulos renais, dieta com elevada carga de proteína animal, episódios
de diarreia, ou uso de diurético (hidroclorotiazida ou clortalidona)
o Glicose: toda a glicose que é filtrada nos rins é reabsorvida de volta para o
sangue pelos túbulos renais. O normal é não apresentar evidências de glicose
na urina.
 A presença de glicose na urina é um forte indício de que os níveis
sanguíneos estão altos (DM com glicose acima de 180 mg/dL).
 A presença de glicose na urina sem que o indivíduo tenha diabetes
costuma ser um sinal de doença nos túbulos renais.
o Proteínas: A maioria das proteínas que circula no sangue é grande demais para
ser filtrada pelos rins, por isso, em situações normais, não costumamos
identificar proteínas na urina.
 Quantidades pequenas de proteínas na urina podem ter dezenas de
causas, que vão desde febre, exercício físico horas antes da colheita de
urina, desidratação ou estresse emocional, até causas mais graves,
como infeção urinária, lúpus, doenças glomerulares e lesão renal pelo
diabetes.
 Grandes quantidades de proteínas na urina, por outro lado, quase
sempre indicam a presença de uma doença renal, especificamente dos
glomérulos renais. A urina costuma ser espumosa e o paciente
apresenta edemas pelo corpo (síndrome nefrótica). Que doenças
podem provocar este tipo de lesão:
 Diabetes mellitus (é a principal causa de proteinúria;
microalbuminúria é o primeiro sinal da nefropatia diabética;
lesões não reversíveis)
 LES
 Doenças primárias do glomérulo (Glomerulonefrite como
Nefropatia por IgA, glomerulosclerose segmentar e focal (GESF)
ou nefropatia membranosa; lesões possivelmente reversíveis)
 Hepatite
 Sífilis, SIDA
 Reação a anti-inflamatórios
 Cancro, Mieloma Múltiplo
 Eclâmpsia, Obesidade
 Hipertensão arterial (De modo geral, independente da causa,
todo o paciente com proteinúria deve tentar controlar a PA de
forma rigorosa, mantendo-a abaixo de 135/85 mmHg, e evitar
ao máximo o consumo de sal. Medicamentos que reduzem
parcialmente a proteinúria podem ser prescritos, entre eles:

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Interpretação de análises clínicas
enalapril, ramipril, lisinopril, losartan, candesartan ou
valsartan)
 Existem duas maneiras de se apresentar o resultado da proteinúria: em
cruzes (de 0, o normal, a 4+) ou através de mg/dL.
 A quantidade exata de proteínas a ser perdidas são melhor avaliadas
pela Urina de 24 horas.
o Eritrócitos: os valores normais são descritos de duas maneiras, menos que 3 a 5
hemácias por campo ou menos que 10.000 cells/mL. A hematúria pode ocorrer
por diversas doenças: infeções, litíase renal, e doenças renais graves. (FP
mulheres no período menstrual, sémen dos homens). Uma vez detetada a
hematúria, o próximo passo é avaliar a forma das hemácias (dismorfismo
eritrocitário, pensar em glomerulonefrite). Apenas valores acima de 40 a 50%
de dismorfismo costumam ser considerados relevantes.
o Leucócitos (piúria): o normal é < 10 000 cells/mL ou < 5 cells/campo. A presença
de leucócitos na urina costuma indicar que há alguma inflamação nas vias
urinárias:
 +++ infeção urinária, ou traumas, uso de substâncias irritantes,
inflamações não infeciosas.
o Cetonas: Normalmente não presentes na urina. Os corpos cetónicos são
produto da metabolização da gordura, quando o corpo está com dificuldade em
utilizar a glicose como fonte de energia.
 As causas mais comuns são o diabetes, o jejum prolongado e dietas
rigorosas.
 Outras situações menos comuns incluem febre, doença aguda,
hipertireoidismo, gravidez e aleitamento materno.
 FP: medicamentos como captopril, ácido valproico, vitamina C (ácido
ascórbico) e levodopa.
o Urobilinogénio e bilirrubina: normalmente ausentes na urina, podem indicar
doença hepática ou hemólise.
 A bilirrubina só costuma aparecer na urina quando os seus níveis
sanguíneos ultrapassam 1,5 mg/dL.
 O urobilinogénio pode estar presente em pequenas quantidades sem
que isso tenha relevância clínica.
o Nitrito (reação de Griess): A urina é rica em nitratos. A presença de bactérias na
urina transforma esses nitratos em nitritos. Portanto, nitrito positivo (ou Griess
+) é sinal indireto da presença de bactérias. Nem todas as bactérias têm a
capacidade de metabolizar o nitrato, por isso, exame de urina com nitrito
negativo não descarta infeção urinária.
o Cristais: A presença de cristais na urina, principalmente de oxalato de cálcio,
fosfato de cálcio ou uratos amorfos, não tem nenhuma importância clínica. Ao
contrário do que se possa imaginar, a presença de cristais não indica uma maior
propensão à formação de cálculos renais. Dito isso, é importante destacar que,
em alguns casos, a presença de determinados cristais pode ser um sinal para
alguma doença. Os cristais com relevância clínica são:
 Cristais de cistina – Indicam cistinúria.
 Cristais de magnésio-amônio-fosfato (chamado de cristais de estruvita
ou cristais de fosfato triplo) – podem ser normais, mas também podem
estar presentes em casos de urina muito alcalina provocada por infeção

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Interpretação de análises clínicas
urinária pelas bactérias Proteus ou Klebsiella. Pacientes com cálculo
renal por pedras de estruvita costumam ter esses cristais na urina.
 Cristais de tirosina – Presentes na tirosinemia.
 Cristais de bilirrubina – Costumam indicar doença do fígado.
 Cristais de colesterol – Costuma ser um sinal de perdas maciças de
proteína na urina.
 Cristais de ácido úrico, se em grande quantidade, podem surgir em
pacientes com gota ou neoplasias, como linfoma ou leucemia. Cristais
de ácido úrico em pequena quantidade, porém, são comuns e não
indicam nenhum problema.
o Células epiteliais e cilindros: A presença de células epiteliais na urina é normal
(por descamação das próprias células do trato urinário). Elas só têm valor
quando se agrupam em cilindros epiteliais. Como os túbulos renais são
cilíndricos, substâncias em grande quantidade na urina adquirem esta forma
(proteínas, células, sangue…). A presença de cilindros indica que esta substância
veio dos túbulos renais e não de outros pontos do trato urinário como a bexiga,
ureter, próstata, etc. Os cilindros que podem indicar algum problema são:
 Cilindros hemáticos: Indicam glomerulonefrite.
 Cilindros leucocitários: Indicam inflamação dos rins.
 Cilindros epiteliais: indicam lesão dos túbulos.
 Cilindros gordurosos: indicam proteinúria.
 Cilindros hialinos não indicam doença, mas podem ser um sinal de
desidratação.
o Ou seja, Leucócitos, sangue, glicose, proteínas supostamente não devem estar
presentes. Em relação a infeção, a EAS apenas a sugere infeção. Hematúria com
piúria e nitritos positivos, indicam com bastante certeza Infeção Urinária, mas é
sempre necessária a Urocultura para confirmação (cálculos renais, DST e
nefrites elevam os mesmos parâmetros na Urina II) e identificação da bactéria.

URINA DE 24 HORAS

 A aplicação principal é definir a TFG para estudo da função renal e avaliar a proteinúria.
Também identifica as concentrações na urina de vários sais minerais (sódio, potássio,
cálcio e fósforo).
 A vantagem, em relação à Urina II, é a quantificação e não só a qualidade. Porém causa
alguma inconveniência ao paciente já que tem de coletar a sua urina para um garrafão
durante 24 horas ininterruptas (a primeira urina do período deve ser desprezada).
 Clearance de Creatinina: é basicamente a TFG (quantos mililitros de sangue os rins
filtram por minuto). É o principal modo de avaliar a função renal.
o Valores de referência da Clearance de creatinina: entre 80 e 120 ml/min.
o Pode indicar Insuficiência Renal
 Proteinúria: O EAS (urina II) é capaz de detetar a presença de proteínas na urina, mas
não consegue quantificá-la com exatidão. Além das proteínas totais, a urina de 24 horas
também pode dosear a albuminúria (Sinal clássico de proteinúria é urina espumosa,
típica da Síndrome Nefrótica). Os valores de referência:
o Proteinúria: menor que 150 mg em 24 horas.
 300-500 mg em 24 horas: proteinúria discreta
 500-1000 mg em 24 horas: proteinúria leve
 1000-3500 mg em 24 horas: proteinúria elevada

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 >3500 mg em 24 horas: proteinúria grave (proteinúria nefrótica)
o Albuminúria: menor que 30 mg em 24 horas.
 30 -300 mg em 24 horas: microalbuminúria
o São precisas várias confirmações já que pode haver uma ligeira proteinúria após
exercício intenso ou doenças febris
 Sódio urinário: é um modo indireto de se avaliar a quantidade de sal que o paciente
ingere. Em situações normais, a quantidade de sódio que sai na urina é semelhante a
quantidade consumida ao longo do dia. Essa informação é útil para os pacientes com
cirrose hepática, hipertensão arterial, síndrome nefrótica ou insuficiência cardíaca, que
devem manter uma ingestão máxima de 5 a 6 gramas de cloreto de sódio por dia. O
valor do sódio urinário costuma vir em mEq/24 horas. Para saber quantas gramas de
cloreto de sódio isso representa, basta dividir o valor por 17. Valores de referência:
o Sódio urinário: 40 a 220 mEq/24h. Nos pacientes que fazem restrição de sódio
na dieta, o ideal é manter o sódio urinário abaixo de 100 mEq/24h.
 Cálcio urinário: importante na avaliação dos pacientes com cálculo renal. Valores de
referência:
o Cálcio urinário: 100,0 a 300,0 mg/24h.
 Ácido Úrico Urinário: Importante para os pacientes com gota e/ou ácido úrico elevado
e para os pacientes com cálculo renal a base de ácido úrico. Valores de referência:
o Ácido úrico urinário: menor que 800 mg/24h.
 Citrato: é uma substância que inibe a formação de cálculos. Pacientes com citrato
urinário baixo estão sujeitos a litíase renal. Valores de referência:
o Citrato urinário: 300 a 900 mg/24h.
 Oxalato: também importante na investigação das causas de formação dos cálculos
renais. Valores de referência:
o Homens: 7,0 a 44,0 mg/24 h.
o Mulheres: 4,0 a 31,0 mg/24 h.
o Crianças: 13,0 a 38,0 mg/24 h.
 Potássio: útil na investigação de algumas doenças dos túbulos renais. Valores de
referência:
o Potássio urinário: 25,0 a 125,0 mEq/24h

UROCULTURA

 É o exame de escolha para diagnosticar infeção urinária (seja cistite ou pielonefrite),


identificando a bactéria responsável, o número de colónias e permitindo realizar o
antibiograma (quais são os antibióticos efetivos e resistentes). Rins e bexiga são locais
normalmente estéreis, a uretra pode estar colonizada. Como o resultado demora
48horas, quando a clínica e urina II levam fortemente à suspeita de cistite, o tratamento
é empírico sem pedir Urocultura (exemplo de sintomas em mulheres). Casos em que
Urocultura é útil:
o Se após a avaliação clínica, o médico ainda não está seguro de se tratar de uma
IU
o Quando o primeiro curso de antibióticos não consegue eliminar a infeção.
o Se suspeita de pielonefrite.
o Nas mulheres grávidas.
o Se IU de repetição.
o Se febre sem origem definida.
o Antes de procedimentos urológicos

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Interpretação de análises clínicas
 A ideal é a urina da manhã, não devem ser tomados antibióticos antes.
 Como interpretar resultados VER VALORES DA CULTURA HOMENS MULHERES, FORMA
DDA RECOLHA
o O grande problema da urocultura está quando há crescimento de colônias de
bactérias, mas estas estão em quantidade menor que as 100.000 UFC. Estes
valores podem ser resultados de contaminação da amostra. Atualmente só se
valorizam uroculturas entre 10.000 e 100.000 UFC quando também há piúria no
EAS (leucócitos na urina) e sintomas clínicos sugestivos de infecção urinária.
o Valores abaixo de 10.000 UFC são considerados contaminações por bactérias da
região perineal.
o Se o paciente estiver tomando antibióticos, estes podem inibir o crescimento
das bactérias, e mesmo um resultado com menos de 100.000 UFC deve ser
sempre valorizado.
o Em homens, o risco de contaminação é menor, portanto, valores maiores que
10.000 UFC já devem ser valorizados.
o Quando crescem bactérias da família Pseudomonas, Klebsiella, Enterobacter,
Serratia ou Moraxella, o resultado deve ser levado em conta mesmo com
contagens menores que 100.000 UFC

ANÁLISE DAS FEZES


Exame Parasitológico

 É o exame solicitado para investigar a presença de parasitas, conhecido vulgarmente


por vermes

PSOF

Exames específicos
Péptido Natriuréticos (BNP e NT- pro BNP)
Marcador de afeção Cardíaca. Tem elevada sensibilidade e VPN (se não elevado, é quase certo
que se pode excluir doença cardíaca). Pode estar elevado na DRC e com a idade, HT mal
controlada, valvulopatiS. Falsamente diminuído nos obesos e com diuréticos

Teste de Coombs
 Teste de Ig para detetar a presença de Anticorpos que atuem sobre os eritrócitos do
organismo. Útil em situações de: anemia hemolítica, Leucemia Linfocítica Crónica LLC,
Infeção micoplasmática, Eritroblastose fetal, Mononucleose infeciosa, reação de
transfusão, Sífilis, LES
 DIRETO: Deteta Ac ligados aos eritrócitos.
o Método: São usados os eritrócitos de quem queremos avaliar e adiciona-se um
soro de Coombs Anti Ig Humana, que vai provocar a aglutinação dos eritrócitos
(Coombs direto positivo) se estiver presente o complexo Ac – Ag –
eritrócito.

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Interpretação de análises clínicas
o Aplicações: aplicado recém-nascido com sangue Rh- cuja mãe é Rh+,
para verificar se a mãe produziu anticorpos para o antigénio Rh e estes
se deslocaram pela placenta até ao feto. Na anemia hemolítica. No pós
transfusão.
 INDIRETO: Deteta Ac presentes no soro mas ainda não aderido aos eritrócitos.
o Método: É usado o soro que queremos avaliar e adicionam-se eritrócitos e
soro anti Ig humana que vai provocar a aglutinação dos eritrócitos (Coombs
indireto positivo) se se tiver formado o complexo Ac – Ag – eritrócito.
o Aplicação: Detetar a presença de anticorpos no sanguge de um recetor
ou dador, antes de uma transfusão (testar compatibilidades). No pré-
natal, para proteger os fetos Rh+ no início de uma gravidez.

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