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24/12/2018 'Brasil me ensinou a partilhar', diz venezuelana que tenta reconstruir vida no RS após programa de interiorização | Rio Grande do …

RIO GRANDE DO SUL

'Brasil me ensinou a partilhar', diz venezuelana que tenta


reconstruir vida no RS após programa de interiorização
Kimberly Domínguez vive há mais de 2 meses com a família em fazenda no interior de Gravataí. Dos 837
estrangeiros transferidos de RR para o RS, mais de 300 já conseguiram uma ocupação.

Por Joyce Heurich, G1 RS


24/12/2018 10h33 · Atualizado há 5 horas

Imigrante venezuelana está no Rio Grande do Sul desde setembro e conta suas experiências

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Desde que chegou ao Rio Grande do Sul, no dia 12 de setembro, Kimberly Domínguez é só gratidão. A esperança da
venezuelana, de 22 anos, renasceu quando soube que o nome dela estava na lista de passageiros que seriam
transferidos de Roraima, no Norte do país, para Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre.

· Venezuelanos contam como é a vida em outros estados; leia relatos

“Chorei, gritava, era uma emoção tão grande”, lembra. “‘Todo mundo disse: ‘faz muito frio, não vá, é muito longe’. E
eu disse: ‘eu quero ir’”, conta Kimberly, fazendo uso do típico "portunhol".

A mudança de estado foi possível por meio do programa de interiorização, capitaneado pelo governo federal, com
o objetivo de distribuir e melhor acolher os cerca de 10 mil venezuelanos que chegaram ao Brasil somente em
2018. Provocada pela crise econômica e social que assolou a Venezuela, a emigração em massa se intensi cou
desde a chegada de Nicolás Maduro ao poder.

“Todos queríamos uma vida melhor. Comíamos uma vez ao dia, às vezes não comíamos. O dinheiro não dava para
comprar medicamento”, justi ca a imigrante.

Kimberly, de 22 anos, com o lho Albert Jesús Díaz, de dois, no colo — Foto: Joyce Heurich/G1

Canoas foi a cidade que mais recebeu os estrangeiros no estado. Ao lado de Kimberly, do marido e do lho de dois
anos, outros 302 imigrantes desembarcaram no município, de acordo com a prefeitura. Todos foram encaminhados
a Centros Temporários de Acolhimento (CTAs). Os prédios foram escolhidos pelo Alto Comissariado das Nações
Unidas para os Refugiados (Acnur), que é quem paga os aluguéis. A gestão dos centros é feita pelo município, com
apoio da verba que vem do governo federal.

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“Estávamos em uma barraca antes e, quando chegamos aqui ao Rio Grande, era uma casa, um quarto com ar, com
televisão, com cama, cozinha, e eu chorava de emoção. Nos levaram comida e suco no quarto, aos meninos, fralda e
Reservar
remédio... Foiagora
muito lindo”, de ne a venezuelana. "Muito agradecida com todos os gaúchos, "gurias" como se fala
aqui", brinca.

Foram menos de duas semanas dividindo o abrigo com outras famílias. Logo, servidores da prefeitura avisaram
sobre uma oportunidade de trabalho em uma fazenda, no interior de Gravataí, cidade vizinha a Canoas. Ela e o
marido, Albert Díaz, de 23 anos, já haviam trabalhado com serviços gerais em fazendas na Venezuela e se
encaixaram no per l procurado.

“Eu queria rápido, eu queria trabalho, me sentia desesperada”, recorda Kimberly.

Vida na fazenda

Kimberly exibe o queijo que ela mesma preparou na fazenda — Foto: Joyce Heurich/G1

Com um sorriso no rosto, a venezuelana recebeu e apresentou à reportagem do G1 o novo lar de sua família. As
botas de borracha que calçava indicavam que alguma atividade estava sendo interrompida. "Estava fazendo queijo",
confessa, avisando, logo em seguida, que não haveria problema em continuar o trabalho mais tarde.

Kimberly conta que quase não sai da fazenda, já que o terreno ca numa zona rural, distante do centro da cidade,
cujo acesso se dá por uma estrada de chão batido.

Ela, o marido e o lho se mudaram para a propriedade, onde passaram a viver e trabalhar, no dia 25 de setembro.
Os dois cumprem a função de caseiros, dando conta das mais diversas atividades que a manutenção do espaço
exige. Em troca, recebem salário, casa e comida. O gás e a luz também são pagos pelos patrões.

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"Tive que aprender a fazer o queijo, aprendi muito rápido, a manteiga amarela, depois dar comida ao papagaio,
alimentar os animais, limpar a casa dos patrões, o salão de festas", relata Kimberly, que cumpre meio turno para
receber R$ 600. Entre uma tarefa e outra, Kimberly precisa olhar o lho, que ainda não frequenta a escola.

Sobrinho e lho de Kimberly brincam juntos no balanço improvisado com um pneu — Foto: Joyce Heurich/G1

Já o marido trabalha o dia todo e recebe o dobro. Ele é responsável por aparar a grama, cuidar da horta, ordenhar e
alimentar os animais de grande porte.

A casa onde passam as noites, rodeada por plantas e animais, é modesta: um quarto, cozinha e sala integradas e um
banheiro. Para a família de Kimberly, representa uma oportunidade recomeço. Depois de passar fome na Venezuela
e morar por três meses na rua em Roraima, dependendo de doações, a garantia do básico é assimilada como luxo.

“Brasil me ensinou a partilhar, me ensinou tanta coisa, a ser solidária com todos, a ajudar”, re ete. “Na Venezuela,
tínhamos tudo, nunca havíamos necessitado nada de ninguém”, explica.

Desejo de voltar à Venezuela

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Família reunida em frente à casa onde dorme Kimberly, o marido e o lho, na fazenda, em Gravataí — Foto: Joyce Heurich/G1

Embora a vida pareça estar voltando pouco a pouco aos eixos, a imigrante ainda nutre o desejo de poder um dia
retornar à terra natal. “Se Maduro sair da presidência, nós vamos voltar para a Venezuela”, planeja.

Até lá, a venezuelana promete lutar para proporcionar um futuro melhor aos lhos. Além de Albert Jesús Díaz, de
dois anos, o casal tem um lho mais velho, de seis, que chegou a vir para o Brasil, mas acabou voltando com a avó,
mãe de Kimberly, para a Venezuela.

Somente em julho de 2019, por conta de questões burocráticas, a mãe pretende trazê-lo ao Brasil. “Nossa meta é
seguir adiante e conseguir algo melhor para ajudar a nossa família. E é difícil porque estamos longe de nossos
familiares, mas é preciso lutar”, con a a imigrante.

Por enquanto, mãe e lho mantêm contato diariamente pelo celular emprestado pelo dono da fazenda. No
aparelho, Kimberly mostra uma foto do mais velho, de mochila nas costas. A ideia de reunir toda a família
novamente é o que a motiva a sair da cama todos os dias.

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Kimberly mostra a foto do lho mais velho, que cou na Venezuela — Foto: Joyce Heurich/G1

"Trabalhando duro para poder buscar meu lho, tê-lo aqui e car felizes todos juntos", planeja a venezuelana. "Meus
sonhos são meus lhos", completa.

Há aproximadamente duas semanas, o cunhado dela, de 20 anos, a esposa, de 18, e os dois lhos pequenos, de 1
ano e 3 anos, também deixaram a Venezuela para morar na mesma fazenda. “Os meninos chegaram fracos e, em
uma semana, já estavam gordinhos”, comemora Kimberly.

O endereço mudou, mas as tradições seguem as mesmas. Com o Natal se aproximando, o próximo dia de folga do
trabalho na semana, que costuma ser de descanso, vai ser destinado à compra do clássico "presente do Papai Noel"
para as crianças.

"Dia 24 de dezembro, chega o Papai Noel. E no dia 25 de dezembro, os meninos acordam com seus presentes",
explica sorrindo.

Kimberly, ao lado do lho, apresenta a sala e cozinha da nova casa — Foto: Joyce Heurich/G1

Informalidade
Mesmo trabalhando 6 dias na semana, o casal de venezuelanos não têm carteira assinada. De acordo com o
procurador do Ministério Público do Trabalho do Rio Grande do Sul (MPT/RS) Ivan Sérgio Camargo dos Santos, essa
também é a realidade de outros tantos imigrantes e, até mesmo, brasileiros que acabam caindo na vala comum da
informalidade.
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Por desconhecerem as leis trabalhistas brasileiras, alguns imigrantes acabam se tornarnando vítimas de
subempregos, que não contemplam seus direitos.

“Já chegaram ao MPT relatos de situação de informalidade, de contratações sem assinatura de carteiras, de
promessas que não são cumpridas. Todos serão investigados”, garante.

O MPT/RS já pediu uma lista aos municípios gaúchos que estão recebendo esses migrantes com o nome de todos
que já estão empregados e dos empregadores. “Queremos conhecer as condições”, justi ca o procurador.

Para combater a exploração, também serão distribuídas cartilhas em espanhol sobre as leis trabalhistas para que os
migrantes saibam dos seus direitos. Para acessar a versão eletrônica da cartilha, clique aqui.

Venezuelanos no RS

Famílias da Venezuela reunidas em abrigo, em Porto Alegre — Foto: Joyce Heurich/G1

No total, 837 estrangeiros foram transferidos de Roraima para o Rio Grande do Sul, por meio do programa de
interiorização. O número divulgado pelo Ministério do Desenvolvimento Social é maior - 841 -, mas a prefeitura de
Canoas explica que 4 pessoas que estavam na lista do município acabaram não desembarcando, provavelmente,
por terem desistido na última hora.

Somente em setembro de 2018, além de Canoas, as cidades de Porto Alegre, Esteio e Cachoeirinha, na Região
Metropolitana, e Chapada, no Norte do estado, receberam venezuelanos. Do total, pelo menos 309 conseguiram
uma ocupação. O levantamento foi feito pelo G1 junto às prefeituras de cada cidade. O número inclui empregos
formais e informais, muitos trabalham como diaristas, por exemplo.

Esteio
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· Depois de Canoas, Esteio foi a cidade que mais acolheu venezuelanos

· 223 pessoas foram transferidas para o município

· Uma mãe e dois lhos caram apenas dois dias na cidade e logo viajaram para o Mato Grosso do Sul para
encontrar o pai das crianças

· Dos 220, 27 já deixaram os abrigos e estão vivendo de forma autônoma

· Alguns seguem morando em Esteio, outros em Maquiné, Soledade, Viamão, Arroio do Sal, Nova Petrópolis e
Imbituba (SC)

· São dois abrigos - 125 homens vivem em um abrigo especí co, e o restante vive em um abrigo voltado a famílias

Cachoeirinha

· Cidade recebeu 80 venezuelanos

· De acordo com o poder público, 64 permanecem no Centro Humanitário

· Os 16 que saíram foram morar por conta própria na cidade, em Gravataí, em Santo Antônio, em Santa Maria e
em Porto Alegre

· Dos que caram em Cachoeirinha, mas fora do abrigo, cinco foram morar no local de trabalho, e 11 alugaram
espaços escolhidos por eles

· Segundo a prefeitura, pelo menos 60% dos imigrantes estão trabalhando com carteira assinada

Chapada

· Cidade recebeu 52 venezuelanos e todos permanecem lá

· No dia da chegada, em 27 de setembro, todos foram morar em um abrigo, que é uma escola que foi reformada
para recebê-los

· Pelo menos três famílias já saíram e foram morar em outros lugares, alugando casa ou vivendo em propriedades
rurais, onde moram e trabalham

· Todos os adultos estão trabalhando com carteira assinada divididos entre um frigorí co, empresa de laticínios e
fazendas

· São 24 crianças e todas estão frequentando a escola

Na última terça-feira (18), outros 107 imigrantes chegaram ao estado em mais uma etapa do programa de
interiorização. Eles foram acolhidos na capital, em Viamão e Santo Antônio da Patrulha.

Abrigo na capital

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Mãe e lho venezuelanos se despedem do abrigo que os acolheu desde setembro em Porto Alegre — Foto: Joyce Heurich/G1

A capital gaúcha foi o destino de 70 venezuelanos que desembarcaram na cidade em setembro. As 20 famílias não
se conheciam, mas acabaram unidas pelo desejo comum de buscar uma vida melhor no Brasil. Todas foram
abrigadas na casa lar Aldeia Infantil SOS, no bairro Sarandi, que costuma receber crianças e adolescentes em
situação de vulnerabilidade social.

No espaço que reúne os imigrantes em Porto Alegre, não falta área verde. As 10 casas de acolhimento cam uma ao
lado da outra, ao redor de uma pracinha, com alguns brinquedos.

Cinco delas estavam desocupadas e acabaram destinadas aos venezuelanos. As peças foram mobiliadas
igualmente: sofá, mesa de jantar, televisão e computador na sala, camas e guarda-roupa nos quartos, pia, fogão,
mesa e armários na cozinha, banheiro e área de serviço.

A mobília foi paga com o dinheiro repassado pelo ACNUR, na intenção de garantir a dignidade dos estrangeiros
acolhidos. Deu certo. A maioria se mostrou muito satisfeita com o que encontrou. Tanto que no dia da despedida do
abrigo, Maria de Los Angeles Aguirre Mejias foi acometida por sentimentos con itantes.

“Não quero ir, não quero ir embora. Mas tenho, porque tenho que deixar para que outras pessoas possam vir. Elas
têm direito a ter o mesmo benefício que nós. Não podemos ser egoístas”, justi ca, referindo-se aos conterrâneos
que aguardam a abertura de vagas.

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Reboque carrega pertences da família venezuelana que está de mudança do abrigo em Porto Alegre — Foto: Joyce Heurich/G1

A venezuelana, de 35 anos, chegou à capital gaúcha no dia 25 de setembro acompanhada do marido e dos dois
lhos, de 13 anos e 16 anos. O novo lar dos Aguirre Mejias vai ser ainda mais perto do colégio dos adolescentes. Em
Porto Alegre, as crianças mais novas que imigraram ainda esperam a abertura de vagas em creches.

A conquista de um emprego, com promessa de carteira assinada, foi o que impulsionou e permitiu a saída do casal
do abrigo. O marido foi o primeiro a conseguir uma vaga em uma empresa de construção civil, como servente de
pedreiro. Além do salário de R$ 1.227, ele recebe vale alimentação e passagem.

Maria demorou um mês para ocupar o posto de auxiliar de limpeza em uma empresa de bu et. Recebe R$ 1.200,
mais auxílio transporte. Ambos ainda estão sob contrato de experiência. Se pudesse escolher, a imigrante gostaria
de trabalhar na sua área. “Cabeleireira. Essa é a minha pro ssão”, conta.

Além da família dela, outras três já deixaram o abrigo em Porto Alegre. Quatro estão esperando receber o valor
enviado pela ACNUR, de cerca de R$ 1.000, para ajudar na mudança.

Maigualida Martinez está ansiosa para deixar o abrigo e trazer os familiares que caram na Venezuela — Foto: Joyce Heurich/G1

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O objetivo, segundo o coordenador do projeto na capital, Claudeson Campos, é que eles conquistem autonomia em
até três meses para liberarem as vagas no abrigo a outros imigrantes que estão cruzando a fronteira. Na última
terça-feira, mais 17 chegaram à casa em Porto Alegre.

“O projeto vai até, no mínimo, setembro de 2019. E essas vagas são rotativas”, explica.

A garantia de uma renda xa mensal é condição para que os venezuelanos sejam autorizados a deixar a casa lar.
Embora recebam teto e comida sem custo algum, muitas famílias sonham em abrir mão do benefício para ter o
próprio espaço e poder trazer os parentes que ainda passam necessidades na Venezuela.

É o caso de Maigualida Martinez, que procurou Claudeson dizendo que gostaria de trocar o abrigo por um imóvel
alugado. A resposta do coordenador do projeto foi negativa para o descontentamento de Maigualida.

Abrigo em Porto Alegre reúne crianças venezuelanas, que ainda aguardam por vagas em creches — Foto: Joyce Heurich/G1

“Só que a família dela são seis pessoas, e só o marido trabalha. A irmã conseguiu um emprego na semana passada.
Não podemos deixar eles saírem para passar necessidade”, justi ca Claudeson.

Os venezuelanos não são obrigados a car, mas, se saírem sem o consentimento do projeto, são automaticamente
desligados e não recebem o dinheiro de apoio para a mudança.

Com o marido empregado, Andrea Villalba, de 29 anos, é uma das que está esperando a chegada do valor oferecido
pela ACNUR para poder deixar a casa lar com os dois lhos. A residência nova já tem endereço.

“Em duas semanas pretendo sair, tem que esperar o dinheiro para nós alugarmos. Queremos ter nosso espaço”,
planeja a venezuelana.

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Venezuelana Andrea Villalba oferece arroz ao lho em abrigo de Porto Alegre — Foto: Joyce Heurich/G1

CACHOEIRINHA CANOAS CHAPADA ESTEIO GRAVATAÍ PORTO ALEGRE RORAIMA SANTO ANTÔNIO DA PATRULHA

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