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APOSTILA CURSO

“COMO ABRIR UM NEGÓCIO”.

Temas abordados:

• Formas Societárias;
• Tributação na Micro e Pequena Empresa; e

Facilitadora:

Ana Júlia Nascimento Souza.

Fevereiro/ 2010.

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ÍNDICE

APRESENTAÇÃO

1 – Conceitos 04

2 - Formas Societárias; 08
2.1 - Formulário Empresário 08
2.2 - Empresária Limitada 09
2.3 - MEI – Micro Empreendedor Individual. 13

3 - Tributos 14

4 - Formas Tributárias 16

4.1 - MEI – Micro Empreendedor Individual; 16

4.2 - Simples Nacional; 20

4.3 - Lucro Presumido 33

5. Referências Bibliográficas 38

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APRESENTAÇÃO

Os Centros de Pesquisas, através de estudos de mercados,


indicam que a formalização de novos negócios, baseados na
criatividade, planejamento e no dinamismo dos jovens
empreendedores, é fundamental para o crescimento e fortalecimento
da economia do país.

No entanto, vontade e coragem não são suficientes para o sucesso


de um empreendimento. O primeiro passo é examinar o mercado e as
oportunidades locais específicas. O empreendedor deve examinar quais
são seus pontos fortes e os setores de atividade nos quais tem maior
conhecimento ou experiência, tentando em seguida equacionar as duas
coisas.

Após definir a atividade a ser desenvolvida, o novo empresário


deve também conhecer todos os aspectos e fases que envolvem a
formalização de um negócio, como as formas societárias e tributárias
pertinentes, assim como, de onde virão os recursos necessários para a
instalação e a operacionalização do empreendimento.

Este material visa orientar o futuro empreendedor sobre a


formalização e Gestão Tributária de uma empresa. As variáveis acima
descritas, aliadas com a atividade a ser desenvolvida e à competência
gerencial, são imprescindíveis para o sucesso do negócio.

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1 - Conceitos: neste material iremos abordar apenas as formas societáriais mais
comuns: Empresário Individual e Sociedade Limitada. Para melhor compreensão,
vamos iniciar conceituando alguns elementos que são comuns para ambas:

a) Empreendedor é o termo utilizado para qualificar, ou especificar, principalmente,


aquele indivíduo que detém uma forma especial, inovadora, de se dedicar às
atividades de organização, administração, execução; principalmente na geração de
riquezas, na transformação de conhecimentos e bens em novos produtos –
mercadorias ou serviços; gerando um novo método com o seu próprio conhecimento.

b) Nome empresarial: é o nome utilizado pelo empresário para se identificar ao


exercer atividade econômica. Existem duas espécies de nome empresarial: a) a
firma, designada para o empresário individual e algumas espécies de sociedades, e b)
a denominação, para o uso pelas sociedades anônimas, entre outras. Já as
sociedades limitadas têm a liberdade de usar qualquer uma das formas mencionadas.

c) Capital Social: é montante que representa o investimento efetuado numa empresa


pelos proprietários, sócios ou acionistas. Pode ser na forma de ações (se for
Sociedade Anônima) ou quotas (se for Sociedade Limitada) e pode ser representado
em moeda corrente e/ou outros bens.

d) Objetivo Social: atividade a ser explorada pela empresa (comerciais, industriais, de


prestação de serviços), observando o manual da Secretaria da Receita Federal.

e) Capacidade para exercer a atividade empresarial:


Os artigos 3º a 5º do Código Civil determinam a capacidade para exercer atos da vida
civil.
"Art. 3º - São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil:
I – Os menores de dezesseis anos;
II – os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário
discernimento para a prática desses atos;
III – os que, mesmo por causa transitória, não puderam exprimir sua vontade.

Art. 4º - São incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de os exercer:


I – os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;
II – os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiência mental,
tenham o discernimento reduzido;
III – os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo;
IV – os pródigos.
Parágrafo único – A capacidade dos índios será regulada por legislação especial.

Art. 5º - A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica
habilitada à pratica de todos os atos da vida civil;

Parágrafo único – Cessará, para os menores, a incapacidade:

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I – pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento
público independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido
o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;
II – pelo casamento;
III – pelo exercício de emprego público efetivo;
IV – pela colação de grau em curso de ensino superior;
V – pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de
emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha
economia própria".

Assim, a menoridade que cessava apenas aos 21 anos, passa para os 18 anos; a
incapacidade relativa para os menores que era para maiores de 16 anos e menores de
21 anos, passa a ser para maiores de 16 anos e menores de 18 anos.

A Lei nº 6.015 de 31.12.1973, que dispõe sobre os registros públicos, em seus artigos
89, 90 e 91 regula o ato de emancipação, previsto no item I do art. 5º, sendo o ato de
emancipar efetuado por sentença judicial ou por escritura pública. Esta última
modalidade é a mais utilizada: o instrumento público é lavrado no Cartório de
Registro Civil da comarca em que reside, e ali, consolidado o ato, do qual lhe será
fornecida uma certidão. Este documento é encaminhado à Junta Comercial para
arquivamento. Somente a partir de então é que o emancipado estará apto a exercer
plenamente o ato de ser empresário.

Há os que são juridicamente capazes, contudo, legalmente impedidos para comerciar:


a) Os Presidentes e Governadores;
b) Os magistrados e os empregados da Fazenda, dentro do distrito em que exercerem
suas funções;
c) Os oficiais militares de 1ª linha de mar, terra e ar e das Forças Públicas Estaduais,
salvo se forem reformados;
d) Os falidos, enquanto não forem declaradas extintas as suas obrigações;
e) Os corretores e agentes de leilão;
f) Os Cônsules em geral, com exceção dos casos em que a lei permita a mercância;
g) O Capitão de navio que navegar em parceria e carga;
h) Os médicos na exploração da indústria ou comércio de farmácia, simultaneamente
com o exercício de sua profissão;
i) Os estrangeiros não residente no País (com restrição aos residentes quanto à
propriedade de empresa jornalística e de radiodifusão – participação limitada a 30%
no capital);
j) Os funcionários públicos;
l) Os incursos em quaisquer dos crimes previstos em Lei ou nas restrições legais que
possam impedi-los de exercer atividades mercantis.

Ser absolutamente ou relativamente incapaz para o exercício de empresário não


significa ter impedida a participação em sociedades mercantis. O Código de Processo
Civil em seu art. 8º diz que: "Os incapazes serão representados ou assistidos por seus
pais, tutores ou curadores, na forma da lei civil". Os absolutamente incapazes serão
representados por quem a lei determina, não comparecendo aos atos e tendo a
assinatura de um representante no lugar da sua. Os relativamente incapazes serão

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assistidos, podendo comparecer aos atos, contanto que assistidos e ambos deverão
assinar quando necessário.
O fato de ser somente acionista ou quotista, sem qualquer função administrativa, não
significa nenhum impedimento, podendo participar de sociedades, como acionistas
ou quotistas:
a) menor de 16 anos: desde que seja representado; neste caso, o representante é que
assina no lugar do menor, contanto que suas quotas ou ações sejam integralizadas no
ato da subscrição;
b) menor de 18 e maior de 16 anos: desde que seja assistido; neste caso, o
representante assina o documento juntamente com o menor e suas quotas ou ações
terão que ser integralizadas também no ato da subscrição;

c) menor de 18 e maior de 16 anos: este, de acordo com o Código Civil, artigo 4º,
poderá ser emancipado, e desta forma, será considerado habilitado para qualquer ato
da vida civil, podendo assim, ser empresário em toda a sua plenitude, inclusive ser
titular de firma individual;
d) funcionário público da União: O Estatuto dos Funcionários Públicos Civis da
União (Lei nº 1.711 de 28.12.1952), em seu artigo 5º veda ao funcionário exercer o
comércio ou ser parte em sociedade comercial como gerente ou administrador,
podendo fazê-lo como acionista, quotista ou comanditário, ou quando se tratar de
cargo público de magistério;
e) militar da ativa: o Estatuto dos Militares (Lei nº 5.774, de 23.12.1971) veda sua
participação em empresas, nas mesmas circunstâncias que os Funcionários Públicos
Civis da União.
f) funcionário público estadual: é vedada, enquanto na atividade, participar de
diretoria, gerência, administração, conselho técnico ou administrativo em empresa ou
sociedade que seja:
1 - contratante ou concessionária de serviço público estadual;
2 - fornecedor de equipamento ou material de qualquer natureza ou espécie, a
qualquer órgão estadual.
g) estrangeiro:
h) corretores oficiais: estão impedidos de comerciar, salvo se constituírem sociedade
com objetivo comercial único e específico de corretagem;
i) as pessoas: estão também impedidas de comerciar, as enquadradas no art. 71,
inciso III, do Decreto nº 57.671, de 19.01.1966 (pessoa que esteja sendo processada
ou que tenha sido definitivamente condenada pela prática de crime cuja pena vede,
ainda que de modo temporário, o acesso a funções ou cargos públicos, ou por crime
de prevaricação, falência culposa ou fraudulenta, peita ou suborno, peculato, ou
ainda por crime contra a propriedade, a economia popular ou a fé pública).

O ato de ser empresário é o que envolve o titular empresário, gerente ou diretor de


empresa ou ainda, participante do Conselho de Administração ou Fiscal. O fato de
ser somente acionista ou quotista, sem qualquer função administrativa, não gera
nenhum impedimento.

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f) Documentos necessários para registro de empresa:
• CIC e RG dos sócios ou titular: 03 cópias autenticadas;
• Comprovante de residência de cada um dos sócios, podendo ser contas de água,
luz ou telefone do mês anterior (02 cópias);
• IPTU do local onde será instalada a empresa do ano vigente (02 cópias), da
frente do carnê, para verificar o número de registro do imóvel junto a Prefeitura
Municipal;
• Caso o IPTU não esteja no nome do proprietário do imóvel, apresentar uma
cópia autenticada da escritura ou Contrato de Compra e Venda do imóvel ou
contrato de locação. Quando se tratar de herdeiros, apresentar cópia autenticada
do Formal de Partilha.
• Comprovante de registro do sócio ou profissional habilitado junto ao Conselho
Regional da Categoria, para o caso de sociedade prestadora de serviços de
profissão regulamentada).

g) Micro Empresa e Empresa de Pequeno Porte


No âmbito federal, é considerada microempresa aquela que possui receita anual bruta
igual ou inferior a R$ 240 mil. Já as empresas de pequeno porte são as que têm
faturamento superior a R$ 240 mil e igual ou inferior a R$ 2 milhões e 400 mil.
A solicitação de enquadramento como Microempresa ou Empresa de Pequeno
Porte é opcional, podendo ser requerido no ato ou após a constituição da
empresa. Após o arquivamento da comunicação de enquadramento, é
obrigatório acrescentar a expressão ME ou EPP ao nome empresarial, em
todos os documentos (Lei 9.841/98).

h) Cadastro Sincronizado Nacional


O que é o Cadastro Sincronizado Nacional? O projeto Cadastro Sincronizado
Nacional (CadSinc) representa a integração dos procedimentos cadastrais relativos às
Pessoas Jurídicas e demais entidades no âmbito das Administrações Tributárias da
União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e dos demais órgãos e
entidades que participem do processo de formalização e legalização de empresas -
denominados convenentes, ou seja, Receita Estadual (SEFA) e Prefeitura Municipal.

Área do Cidadão Empreendedor: O acesso aos aplicativos a serem utilizados para


a inscrição, alteração e baixa no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ) é
possível navegando por esta área. Por enquanto o acesso é feito por intermédio da
página da Receita Federal do Brasil, mas futuramente será realizado através do
Portal.

Serviços Disponíveis (site: www.receita.fazenda.gov.br)

Aplicativos/Download
Coleta Offline (PGD)
Coleta Online (Web)
Classificador do Objeto Social

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Consultas Disponíveis
Comprovante de Inscrição
Consulta Situação Cadastral
Situação do Pedido

Cancelamento de Solicitação
Procedimentos
Para o cidadão, os passos para inscrição/alteração/baixa no Cadastro Sincronizado
Nacional são os mesmos adotados atualmente pelo CNPJ:

1º Passo: o cidadão utiliza o aplicativo de coleta de dados/informações para


inscrição/alteração/baixa da pessoa jurídica ou demais entidades (atualmente é o
Programa Gerador de Documentos CNPJ - PGD CNPJ ou o Aplicativo de Coleta On
Line - Web), composto tanto de fichas com informações do interesse da Secretaria da
Receita Federal do Brasil, quanto de fichas com informações de interesse dos
Estados, Distrito Federal ou Municípios. O aplicativo de coleta pode ser obtido via
Internet, seja na página da RFB, seja nas páginas dos convenentes.

2º Passo: o documento eletrônico gerado no aplicativo é transmitido/enviado pela


Internet, gerando um código de acesso para acompanhamento da solicitação. A
solicitação passa por verificações eletrônicas automatizadas que consultam tanto os
sistemas da Secretaria da Receita Federal do Brasil, quanto os dos conveniados. Caso
a pesquisa não verifique impedimentos, é emitida uma confirmação (atualmente é o
Documento Básico de Entrada (DBE) ou Protocolo de Transmissão). Caso haja
impedimentos, é disponibilizada na internet a relação dos impedimentos.

3º Passo: o contribuinte deve enviar a cópia do ato registrado e o DBE ou protocolo


para endereço informado na opção Consulta da Situação do Pedido na Internet. A
utilização do Sedex é opcional. Em havendo convênio com a Junta Comercial do seu
Estado para análise de CNPJ e se o ato constitutivo ou alterador, além de não estar
ainda registrado, ensejar registro na Junta (alteração sujeita a registro), a solicitação
de CNPJ e o registro do ato podem ser apresentados à respectiva Junta Comercial
conjuntamente (utilizar como data do evento a de preenchimento da solicitação, pois
esta data será depois alterada pela Junta).

4º Passo: o atendimento da Secretaria da Receita Federal do Brasil e dos


convenentes efetua a análise do pedido conforme procedimentos próprios de cada
Órgão, deferindo-o ou não.

5º Passo: o resultado é informado ao contribuinte via Internet. Por exemplo, no caso


de inscrição deferida, o contribuinte poderá emitir e imprimir o seu comprovante de
inscrição no CNPJ e a respectiva inscrição estadual e/ou municipal. O número
concedido alimentará tanto a base CNPJ da RFB, quanto a base de dados dos
convenentes envolvidos. Da mesma forma, o motivo do indeferimento do pedido será
informado (esse motivo poderá ser decorrente da Secretaria da Receita Federal do
Brasil ou dos convenentes).

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Nota: Para informações mais detalhadas sobre os procedimentos de inscrição,
alteração e baixa, sugerimos acessar o item “Orientações Gerais” da área do
cidadão.

2 - FORMAS SOCIETÁRIAS:
2.1 - FORMULÁRIO EMPRESÁRIO:
Surgiu a partir do NCC – Novo Código Civil, em 2002/2003, em substituição a Firma
Individual, podendo ser utilizado pelas pessoas físicas que desenvolvem atividades
mercantis;
O registro na Junta Comercial é efetuado em nome do empreendedor acompanhado de:
• Capa do Requerimento de Empresário em (04 vias);
• Guia de protocolo (01 via);
• Guia da taxa da JUCEPA (03 vias);
• Guia de DARF - código 6621 (03 vias) – CNPJ;
• Cópias legíveis da Carteira de Identidade e CPF do titular.
• Busca Prévia do Nome Empresarial a ser utilizado.

Informações Adicionais:
• Preenchimento da Capa do Requerimento e do Requerimento do
Empresário deverão ser preenchidos em letra de forma azul ou preta, exceto os
reservados para uso da JUCEPA, não admitindo-se emendas nem rasuras
(Instrução Normativa do DNRC nº 43 e Art. 35, Dec. 1800/96) e assinados pelo
titular ou representante legal.
• É vedado à pessoa física ser titular em mais
de um Requerimento Empresário;
• NO NOME EMPRESARIAL deverá ser indicado o nome completo ou
abreviado do titular, aditando, se quiser, designação mais precisa de sua pessoa
ou gênero de negócio;
O último sobrenome não poderá ser abreviado, nem ser excluído qualquer dos
componentes do nome (Inst. Normativa, DNRC nº 43);
Não constituem sobrenome os seguintes termos: Filho, Júnior, Neto, Sobrinho,
etc.

Exemplos:
José Carlos da Silva Filho, ou
J. Carlos da Silva Filho, ou
José C. da Silva Filho, ou
José Carlos da Silva Filho Mercearia.
Não é necessária a indicação de pontos nas abreviaturas, o uso, entretanto, não
invalida a informação.
Ex.: G L de Almeida
T. A. e Silva
Observa-se que aditando parte da atividade econômica ao Nome Empresarial,
esta deverá fazer parte do objetivo social da empresa.

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2.2 - EMPRESÁRIA LIMITADA:
É uma forma tributária utilizada para todos os ramos de atividades comerciais, seja
comércio, serviço ou indústria;
É formada por dois ou mais sócios, estes podem ser pessoas físicas ou pessoas
jurídicas;
As sociedades com atividades somente no ramo de serviços devem ser registradas
nos Cartórios de Registro de Títulos e Documentos;
As sociedades com atividades nos ramos do comércio e indústria devem ser
registradas nas juntas comerciais de seu estado, no caso do estado do Pará, a
JUCEPA – Junta Comercial d Estado do Pará.

2.2.1 - PROCEDIMENTOS PARA ABERTURA DE EMPRESA MERCANTIL,


PRESTADORA DE SERVIÇOS ou MERCANTIL COM PRESTAÇÃO
DE SERVIÇO:
1º Passo: CADASTRO SINCRONIZADO.

2º. Passo: JUNTA COMERCIAL – JUCEPA

• Busca Prévia do nome;


• Contrato Social assinado por um advogado, em 03 vias;
• Requerimento padrão da junta (pasta);
• FCN: Folhas 1 e 2 (02 vias de cada);
• CNPJ – efetuado via Internet e documentação enviada via sedex ou entregue
na Jucepa;
• CIC e RG dos sócios, 01 cópia autenticada;
• Comprovante de residência dos sócios.
• IPTU da sede da empresa, 01 cópia autenticada, frente do carnê;
• Taxas pagas no posto do banco dentro da JUCEPA referentes a
Busca Prévia;
Arquivamento;
DARF do CNPJ;

2º. Passo: Cartório de Registro Civil de Pessoa Jurídica


• O Contrato deve ser elaborado e levado ao cartório para análise;
• Contrato Social assinado por advogado em 03 vias (ou 04 vias se houver a
necessidade de averbação no Conselho Regional. Neste caso o contrato
deverá ser averbado antes do registro no Cartório);
• CIC e RG dos sócios, 01 cópia autenticada;
• Taxa para registro de acordo com o número de páginas do contrato social;
• Comprovante de registro do sócio responsável no Conselho Regional (01
cópia autenticada ) quando for o caso.

Providências Obrigatórias, por conta do empresário:

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Registro no INSS (no prazo de 30 dias após o registro na junta comercial)
Registro no Sindicato Patronal (prazo de 30 dias após o registro na junta
Comercial);
Requerimento do Alvará de Funcionamento e de Vigilância Sanitária;

3º Passo: Secretaria da Fazenda do Estado – SEFA - (Inscrição Estadual)


Atualmente a inscrição é efetuada através do Cadastro Sincronizado, os
documentos a seguir podem ser enviados através de Sedex ou entregues na
Jucepa.
• CIC e RG dos sócios, 1 cópia autenticada;
• Toda documentação registrada na Junta Comercial;
• Declaração Cadastral “DECA” (04 vias);
• IPTU da sede da empresa, cópia autenticada frente do carnê;
• Contrato de Locação registrado em cartório (01 cópia
autenticada), ou declaração do proprietário cedendo o imóvel, ou parte dele
quando for microempresa;
• Comprovante de residência dos sócios da empresa ou do titular
no caso de Firma Individual: 01 cópia;
• Livros Fiscais – 05 (Entrada, Saída, Apuração, Inventário e Ocorrência);
• Taxa para expedição da FIC, paga no Banco;
• 2ª Via do requerimento para Alvará de Funcionamento de
estabelecimento relacionado à saúde quando for o caso;
• Solicitação para emissão de blocos de notas fiscais (AIDF) deve ser
solicitada até 30 dias após a saída da inscrição estadual, caso contrário, a
inscrição será suspensa.

4º Passo: Prefeitura (Inscrição Municipal – Alvará para funcionamento);


Atualmente, para as cidades que fizeram a adesão, a inscrição é efetuada
através do Cadastro Sincronizado.
Toda documentação registrada na Junta Comercial;
• CIC e RG dos sócios: 01 cópia autenticada;
• IPTU da sede da Empresa: 01 cópia autenticada, frente do carnês;
• Registro do sócio responsável no Conselho Regional, quando a atividade
exigir;
• Habite-se; (antes de dar entrada da documentação na JUCEPA é
aconselhável primeiro solicitar o habite-se à prefeitura);
• Declaração de Microempresa, caso Legislação Municipal permita o
enquadramento;

5º Passo: Providências obrigatórias por conta do empresário:

• Alvará de funcionamento (prefeitura);


• Alvará de Vigilância sanitária ( da Prefeitura e /ou Estado);
• Confecção das Notas Fiscais (gráfica conveniada);

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• Registro do Produto no Ministério da Saúde;
• Autorização para colocação de anúncios e cartazes (Prefeitura);
• Outros.

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• DESPESAS INICIAIS A SEREM CONSIDERADAS PARA ABERTURA
DE EMPRESA:

CUSTO REGISTRO JUNTA COMERCIAL:

HISTÓRICO LIMITADA EMPRESÁRIO


R$ R$
PASTA DE PROTOCOLO JUCEPA 6,00 6,00
ARQUIVAMENTO NA JUCEPA 267,00 135,00
DARF – CNPJ 21,00 10,00
TAXA SEURB PARA SOLICITAR
HABITE- SE 27,20 27,20
HABITE-SE ATÉ 100M2, OU, 73,80 73,80
HABITE-SE ACIMA DE 100M2 141,69 141,69
ALVARÁ (Depende do número de atividade)–Média
cobrada para uma atividade, Parcelado em até 4 vezes +OU- 380,00 380,00
DESPESAS COM AUTENTICAÇÕES DE
DOCUMENTOS E ASSINATURAS 48,00 48,00
TAXA INSCRIÇÃO SEFA 33,72 33,72
BOMBEIRO 122,00 122,00

CUSTO REFERENTE REGISTRO CARTÓRIO – EMPRESA LIMITADA


SOMENTE PRESTADOR DE SERVIÇOS.

HISTÓRICO EMPRESA LIMITADA R$


PRIMEIRA FOLHA 128,10

DEMAIS FOLHAS 25,10


CERTIDÃO (PARA A RECEITA FEDERAL) 111,60
DARF – CNPJ 21,00
TAXA SEURB PARA SOLICITAR-HABITE- SE 27,20
HABITE-SE ATÉ 100M2, OU, 73,80
HABITE-SE ACIMA DE 100M2 141,69
ALVARÁ (Depende do número de atividade)
–Média cobrada- Parcelado em até 4 vezes +OU- 380,00
DESPESAS C/AUTENTICAÇÕES 48,00
BOMBEIRO 122,00

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2.3 - MEI – MICRO EMPREENDEDOR INDIVIDUAL: O Empreendedor
Individual é a pessoa que trabalha por conta própria e que se legaliza como
pequeno empresário. Para ser um empreendedor individual, é necessário faturar,
no máximo, até R$ 36.000,00 por ano, não ter participação em outra empresa
como sócio ou titular e ter um empregado contratado que receba o salário
mínimo ou o piso da categoria.

2.3.1 - COMO SE INSCREVER NO MEI: A formalização do Empreendedor


Individual será feita pela Internet no endereço
www.portaldoempreendedor.gov.br a partir do dia 1º de julho de 2009, de forma
gratuita. Após o cadastramento, o CNPJ e o número de inscrição na Junta
Comercial são obtidos imediatamente, gerando um documento que deve ser
impresso, assinado e encaminhado à Junta Comercial acompanhado de cópia da
Identidade e do CPF. O Empreendedor Individual também poderá fazer a sua
formalização com a ajuda de empresas de contabilidade que são optantes pelo
Simples Nacional e estão espalhadas pelo Brasil. Essas empresas irão realizar a
formalização e a declaração anual sem cobrar nada no primeiro ano.

2.3.2 - PASSO A PASSO PARA A FORMALIZAÇÃO:

a) - Antes de fazer o registro no sistema, o interessado deve estar ciente da


viabilidade do exercício de sua atividade no local escolhido (domicílio, imóvel
comercial ou mesmo em vias públicas). Também deve conhecer outras
obrigações a serem cumpridas, que são importantes, como as sanitárias, por
exemplo. Para isso, o Sebrae, os escritórios de contabilidade optantes pelo
Simples e as prefeituras podem ajudá-lo.

b) - Ciente da viabilidade do seu negócio e das regras mínimas, o interessado


deve fazer uma pesquisa para saber se o nome da empresa a ser registrada está
disponível. O sistema informará se o nome poderá ser registrado e, se não, dará
opções de outros nomes.

c) - Aprovado o nome da empresa, deve preencher a ficha de inscrição,


informando os dados pessoais e os da empresa a ser aberta, junto com uma
declaração de ciência e cumprimento da legislação. Feito isso, recebe
automaticamente os registros no CNPJ, na Junta Comercial, na Previdência
Social e um documento com valor de alvará de funcionamento. A previsão é
que esse processo dure no máximo 30 minutos.

d) - Depois, será gerado um documento, que deverá ser impresso, assinado,


anexado a uma cópia do RG e encaminhado para a Junta Comercial num prazo
de até 60 dias. O envio do requerimento à Junta é necessário porque a lei exige
assinatura do interessado.

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e) - Concluída a inscrição, o empreendedor deverá solicitar a emissão do
Documento de Arrecadação Simplificada (DAS), por meio do qual fará o
pagamento do imposto único mensal. Como esse valor é fixo, ele poderá
solicitar o DAS para o ano inteiro e pagar mês a mês.

f) - Obtenção de alvará: A concessão do Alvará de Localização depende da


observância das normas contidas nos Códigos de Zoneamento Urbano e de
Posturas Municipais. Por esse motivo, a maioria dos municípios mantém o
serviço de consulta prévia para o empreendedor investigar se o local escolhido
para estabelecer a sua empresa está de acordo com essas normas. Além disso,
outras normas deverão ser seguidas, como as sanitárias, por exemplo, para
quem manuseia alimentos. Assim, antes de qualquer procedimento, o
empreendedor deve consultar a as normas municipais para saber se existe ou
não restrição para exercer a sua atividade no local escolhido, além de outras
obrigações básicas a serem cumpridas.

g) - Alvará Provisório: O Portal do Empreendedor tem documento pelo qual o


interessado irá declarar que está cumprindo a legislação municipal, motivo pelo
qual é fundamental que ele consulte essas normas e declare, de forma
verdadeira, que entende a legislação e a obedecerá, sob pena de ter o seu
empreendimento irregular. Esse documento terá o valor de alvará provisório
por até 180 dias.

3 – TRIBUTOS: O Código Tributário Nacional – CTN conceitua tributo no seu art. 3º


dispondo que: “Tributo é toda contraprestação pecuniária compulsória, em
moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que sanção de ato ilícito, instituída
em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada”.

3.1 - ESPÉCIES DE TRIBUTOS:


3.1.1 - Impostos: Tributo que se destina a cobrir as necessidades públicas gerais tem
características não vinculadas.
Exemplo: Imposto de Renda – IR, Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI,
Imposto Predial e Territorial Urbano.
3.1.2 - Taxas: Diferentemente do imposto, a taxa tem como característica essencial a
vinculação à prestação de serviços públicos; portanto de caráter remuneratório.
Exemplo: Taxa de Alvará, Taxa de Iluminação Pública.
3.1.3 - Contribuição de Melhoria: É o tributo instituído para fazer face ao custo de
obras públicas de que decorra valorização imobiliária.
Exemplo: Contribuição de Melhoria pela pavimentação de uma rua.
3.1.4 - Empréstimos Compulsórios: Tributos que poderão ser instituídos para o
atendimento de despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de
guerra externa ou sua iminência; ou no caso da necessidade relevante de
investimentos públicos de caráter urgente.
Exemplo: Empréstimo Compulsório sobre energia elétrica, combustíveis,
aquisição de veículos novos.

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3.1.5 - Contribuições: previstas na Constituição Federal no seu art. 149, podem ter
diferentes finalidades e distintas bases de cálculo. Poderão, pois, conceituarem-se
como imposto ou taxa, ou ser um misto das duas categorias, ou contribuição de
melhoria. Sendo assim sua identificação é específica e deve ser efetuada de acordo
com a previsão constitucional.
Exemplo: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – COFINS,
Contribuição para o Programa de Integração Social – PIS, Contribuição para o
Instituto Nacional de Seguridade Social – INSS.

3.2 - COMPETÊNCIA: O legislador utiliza-se desse título para designar a quem


compete normatizar ou cobrar determinados tributos, fundamentalmente
distribuídos entre os seguintes poderes: União, Estados, Distrito Federal e
Municípios.

3.3 - CAMPO DE INCIDÊNCIA: É o delimitador da área de incidência de um tributo.


Exemplo: o ISS é de competência municipal, no entanto tem o campo de
incidência limitado aos serviços previstos em Lei Complementar Federal.

3.4 - FATO GERADOR: É o nascimento da obrigação tributária. Exemplo: a


obrigação tributária com o IPI nasce no momento em que ocorre a saída de
produto industrializado do estabelecimento industrial.

3.5 - ALÍQUOTA: É o percentual que será calculado sobre a base de cálculo para
apurar qual será o valor do tributo. Exemplo: a alíquota do imposto de renda da
pessoa jurídica é 15%.

3.6 - BASE DE CÁLCULO: É a base sobre a qual será calculada a alíquota. Exemplo:
a base de cálculo do Imposto de renda da pessoal jurídica é o lucro real,
presumido ou arbitrado.
3.7 - IMPOSTO DE RENDA: De acordo com o Decreto-Lei 5.844/43, são
contribuintes do Imposto de Renda as pessoas jurídicas de direito privado,
domiciliadas no Brasil, que tiverem lucros apurados conforme a legislação, sejam
quais forem os seus fins e nacionalidade. São equiparadas às pessoas jurídicas,
para efeito de tributação do Imposto de renda as firmas individuais e os que
praticarem habitual e profissionalmente, em seu próprio nome, operações de
natureza civil ou comercial com o fim especulativo de lucro.

16
PRINCIPAIS TRIBUTOS DA ATIVIDADE EMPRESARIAL

Compe-
Tributo Espécie tência Fato Gerador Base de Alíquo-
Cálculo ta
COFINS Receita 3%
cumulativa Contribuição Federal Obter receita de qualquer espécie Ajustada
Receita
COFINS não Ajustada-
cumulativa Contribuição Federal Obter receita de qualquer espécie Lucro Real 7,60%
COFINS Valor da
importação Contribuição Federal Importar bens ou serviços Importação 7,60%
ajustado
PIS Receita
Cumulativa Contribuição Federal Obter receita de qualquer espécie Ajustada 0,65%
Receita
PIS não Ajustada –
cumulativa Contribuição Federal Obter receita de qualquer espécie Lucro Real 3,65%
Valor da
PIS Importação
Importação Contribuição Federal Importar bens ou serviços ajustado 3,65%
Lucro Real,
CSLL Contribuição Federal Lucro Presumido ou 9%
arbitrado
ICMS não Circulação/importação de mercadorias e Valor da 4% a
cumulativo Imposto Estadual prestação de serviços de transporte mercadoria 30%
interestadual ou intermunicipal e de comercializada
comunicação
Federal Valor dos 20% a
INSS Contribuição Pagamento de salários e remuneração de salários ou 22,,5%
autônomos remunerações
IPI não Imposto
cumulativo Federal Venda ou importação de produtos 0% a 130%
Lucro Real,
IRPJ Imposto Federal Lucro Presumido ou 15% a 25%
arbitrado

ISS Imposto Prestação de serviços descritos na Valor do 0% a 5%


Constituição Federal. serviço
prestado
Federal Valor da
Imposto de Imposto Importar mercadoria ou serviços do Importação Variável
Importação exterior ajustado
Realizar operações financeiras de Valor da
IOF Imposto Federal câmbio, empréstimos, etc operação 0% a 25%

4 - FORMAS TRIBUTÁRIAS:
4.1 - MEI – MICRO EMPREENDEDOR INDIVIDUAL:
A Lei Complementar nº 128, de 19/12/2008, criou condições especiais para que o
trabalhador conhecido como informal, possa se tornar um Empreendedor Individual
legalizado. Entre as vantagens oferecidas por essa lei, está o registro no Cadastro

17
Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), o que facilitará a abertura de conta bancária, o
pedido de empréstimos e a emissão de notas fiscais.

Além disso, o Empreendedor Individual será enquadrado no Simples Nacional e ficará


isento dos impostos federais (Imposto de Renda, PIS, Cofins, IPI e CSLL). Pagará
apenas o valor fixo mensal de R$ 57,10 (comércio ou indústria) ou R$ 61,10 (prestação
de serviços), que será destinado à Previdência Social e ao ICMS ou ao ISS. Essas
quantias serão atualizadas anualmente, de acordo com o salário mínimo.

Com essas contribuições, o Empreendedor Individual terá acesso a benefícios como


auxílio maternidade, auxílio doença, aposentadoria, entre outros.

Para se inscrever como Empreendedor Individual, o trabalhador deve exercer atividades


em uma das categorias a seguir:

• Comércio em geral;
• Indústria em geral;
• Serviços de natureza não intelectual/sem regulamentação legal, como por exemplo,
ambulante, camelô, lavanderia, salão de beleza, artesão, costureira, lava-jato,
reparação, manutenção, instalação, auto-escolas, chaveiros, organização de festas,
encanadores, borracheiros, digitação, usinagem, solda, transporte municipal de
passageiros, agências de viagem, dentre inúmeros outros;
• Escritórios de serviços contábeis;
• Prestação de serviços de creche, pré-escola e estabelecimento de ensino fundamental,
escolas técnicas, profissionais e de ensino médio, de línguas estrangeiras, de artes,
preparatórios para concursos, gerenciais e escolas livres; agência terceirizada de
correios; agência de viagem e turismo; centro de formação de condutores de veículos
automotores de transporte terrestre de passageiros e de carga; agência lotérica e
serviços de instalação, de reparos e de manutenção em geral, bem como de
usinagem, solda, tratamento e revestimento em metais. *

* Exceto prestação de serviços intelectuais, de natureza técnica, científica,


desportiva, artística ou cultural, que constitua profissão regulamentada ou não, bem
como serviços de instrutor, de corretor, de despachante ou de qualquer tipo de
intermediação de negócios.

Não poderão se inscrever como empreendedores individuais os trabalhadores das


seguintes atividades:
• Construção de imóveis e obras de engenharia em geral, inclusive sob a forma de
subempreitada, execução de projetos e serviços de paisagismo e decoração de
interiores;
• Serviço de vigilância, limpeza ou conservação;
• Administração e locação de imóveis de terceiros;
• Academias de dança, de capoeira, de ioga e de artes marciais, academias de
atividades físicas, desportivas, de natação e escolas de esportes;
• Elaboração de programas de computadores, inclusive jogos eletrônicos;
• Licenciamento ou cessão de direito de uso de programas de computação;

18
• Planejamento, confecção, manutenção e atualização de páginas eletrônicas;
• Montagem de estandes para feiras;
• Produção cultural e artística;
• Produção cinematográfica e de artes cênicas;
• Laboratórios de análises ou de patologia clínicas;
• Serviços de tomografia, diagnósticos médicos por imagem, registros gráficos e
métodos óticos e ressonância magnética;
• Serviços de prótese em geral;
• Serviço de transporte intermunicipal e interestadual de passageiros (exceto
serviços municipais);
• Operação, transmissão, distribuição ou comercialização de energia elétrica;
• Importação ou fabricação de automóveis e motocicletas;
• Importação de combustíveis;
• Produção ou venda no atacado de: cigarros, cigarrilhas, charutos, filtros para
cigarros, armas de fogo, munições e pólvoras, explosivos e detonantes, bebidas
alcoólicas, refrigerantes e águas com sabor e gaseificadas, preparações
compostas, não alcoólicas, para elaboração de bebida refrigerante e cervejas sem
álcool;
• Cessão ou locação de mão-de-obra;
• Serviços de consultoria;
• Loteamento e incorporação de imóveis;
• Locação de imóveis próprios (exceto se incluir a prestação de serviços tributados
pelo ISS);

4.1.1 - Custos após a formalização:


a) Para a Previdência: R$ 56,10 por mês (representa 11% do salário mínimo que é
reajustado no início de cada ano);
b) Para o Estado: R$ 1,00 fixo por mês se a atividade for comércio ou indústria;
c) Para o Município: R$ 5,00 fixos por mês se a atividade for prestação de serviço.

4.1.2 – Pagamento: O pagamento desses valores será feito por meio de um documento
chamado DAS, que é gerado pela Internet no endereço
www.portaldodempreendedor.gov.br. Esse documento pode ser gerado por qualquer
pessoa em qualquer computador ligado à Internet. O pagamento será feito na rede
bancária e casas lotéricas, até o dia 20 de cada mês.

4.1.3 - Responsabilidade: O Empreendedor Individual pode ter um empregado


ganhando até um salário mínimo ou o piso salarial da profissão.

4.1.4 - Custo e benefícios na contratação de um empregado:

a) O Empreendedor Individual deve fazer a Guia do FGTS e Informação à


Previdência (GFIP) que é entregue até o dia 7 do mês seguinte ao pagamento do
salário, através de um sistema chamado Conectividade Social da Caixa
Econômica Federal;

19
b) Ao preencher e entregar a GFIP, o Empreendedor Individual deverá depositar o
FGTS, calculado à base de 8% sobre o salário do empregado. Além disso,
deverá recolher 3% desse salário para a Previdência Social;

c) Com esse recolhimento, o Empreendedor Individual fica livre de reclamações


trabalhistas e o seu empregado terá direito a todos os benefícios previdenciários
como, por exemplo, aposentadoria, seguro desemprego, auxílio por acidente de
trabalho ou doença ou licença maternidade;

d) Todas essas contas são feitas automaticamente pelo sistema GFIP, que deve ser
baixado do site da Internet da Receita Federal no endereço
www.receita.fazenda.gov.br na parte de Download;

e) Em resumo, o custo total do empregado para o Empreendedor Individual é 11%


do respectivo salário, ou R$ 56,10 se o empregado ganhar o salário mínimo. O
cálculo será sempre o salário multiplicado por 3% (parte do empregador) e por
8% (parte do empregado).

4.1.5 - Cuidados:

a) Documentação: O Empreendedor Individual será dispensado de contabilidade e,


portanto, não precisa escriturar nenhum livro. Deve guardar as notas de compra
de mercadorias, os documentos do empregado contratado e o canhoto das notas
fiscais que emitir. Todo ano, o Empreendedor Individual deve declarar o valor
do faturamento do ano anterior. A primeira declaração será preenchida pelo
contador gratuitamente. As declarações dos anos seguintes poderão ser feitas
pelo próprio empreendedor. Além disso, o contador pode orientá-lo a fazer o
recibo de pagamento do seu empregado e informar como fazer as guias para
pagar os impostos. O Comitê Gestor do Simples Nacional está estudando uma
forma simples de o próprio empreendedor fazer as suas declarações e pagar os
impostos, sem ajuda do contador.

b) Atraso do pagamento: Caso haja esquecido o pagamento na data certa, haverá


cobrança de juros e multa. A multa será de 0,33% por dia de atraso limitado a
20% e os juros serão calculados com base na taxa Selic, sendo que para o
primeiro mês de atraso os juros serão de 1%. Após o vencimento deverá ser
gerado novo DAS, acessando-se novamente o endereço
www.portaldoempreendedor.gov.br. A emissão do novo DAS já conterá os
valores da multa e dos juros.

c) Outras obrigações: Anualmente, o Empreendedor Individual deverá fazer uma


Declaração do Faturamento, também pela Internet e nada mais. Essa declaração
deverá ser feita até o último dia do mês de janeiro de cada ano.

O empreendedor deverá registrar, mensalmente, em formulário simplificado, o total


das suas receitas. Deverá manter em seu poder, da mesma forma, as notas fiscais de
compras de produtos e de serviços;

20
4.1.6 – Desenquadramento: quando o faturamento for superior a R$ 36.000,00. Nesse
caso há duas situações:

A Primeira – o faturamento foi maior que 36.000,00, porém não ultrapassou R$


43.200,00. Nesse caso o seu empreendimento é incluído no sistema do Simples
Nacional a partir de janeiro do ano seguinte ao ano em que o faturamento
excedeu os R$ 36.000,00. A partir daí o seu pagamento passará a ser de um
percentual do faturamento por mês, que varia de 4% a 17,42%, dependendo do
tipo de negócio e do montante do faturamento. O valor do excesso deverá ser
acrescentado ao faturamento do mês de janeiro e os tributos serão pagos
juntamente com o DAS referentes àquele mês;

A Segunda – o faturamento foi superior a R$ 43.200,00. Nesse caso o


enquadramento no Simples Nacional é retroativo e o recolhimento sobre o
faturamento, conforme explicado na Primeira Situação passa a ser feito no
mesmo ano em que ocorreu o excesso no faturamento, com acréscimos de juros
e multa. Por isso, recomenda-se que o empreendedor, ao perceber que seu
faturamento no ano será maior que R$ 43.200,00, inicie imediatamente o cálculo
e o pagamento dos tributos acessando diretamente o Portal do Simples Nacional,
no endereço www.receita.fazenda.gov.br.

4.1.7 - Prestar Trabalho para outras empresas: O empreendedor individual não


poderá realizar cessão ou locação de mão-de-obra. Isso significa que o benefício
fiscal criado pela Lei Complementar 128/2008 é destinado ao empreendedor, e
não à empresa que o contrata. Significa, também, que não há intenção de
fragilizar as relações de trabalho, não devendo o instituto ser utilizado por
empresas para a transformação em empreendedor individual de pessoas físicas
que lhes prestam serviços.

4.1.8- Benefícios:

• Cobertura previdenciária.
• Contratação de um funcionário com menor custo.
• Isenção de taxas para registro da empresa
• Ausência de burocracia
• Acesso a serviços bancários, inclusive crédito.
• Compras e vendas em conjunto
• Redução da carga tributária
• Controles muito simplificados
• Emissão de alvará pela internet
• Cidadania
• Assessoria gratuita
• Apoio do técnico do SEBRAE na organização do negócio.
• Possibilidade de crescimento como empreendedor
• Segurança jurídica.

21
4.2 - SIMPLES NACIONAL: Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e
Contribuições das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples) é um regime
tributário diferenciado, simplificado e favorecido, aplicável às pessoas jurídicas con-
sideradas como microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP), nos termos
definidos na Lei no 9.317, de 1996, e alterações posteriores, estabelecido em
cumprimento ao que determina o disposto no art. 179 da Constituição Federal de 1988.
Constitui-se em uma forma simplificada e unificada de recolhimento de tributos, por
meio da aplicação de percentuais favorecidos e progressivos, incidentes sobre uma
única base de cálculo, a receita bruta.

4.2.1 - Receita Bruta: É o produto da venda de bens e serviços nas operações de conta
própria, o preço dos serviços prestados e o resultado nas operações em conta alheia,
excluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos.
Obs: No caso de início de atividade no próprio ano-calendário, os limites são
respectivamente, de R$ 20.000,00 para ME e de R$ 200.000,00 para EPP, multiplicados
pelo número de meses de funcionamento naquele período, desconsideradas as frações de
meses.

4.2.2 - Quem Pode Optar: As pessoas jurídicas enquadradas na condição de


microempresa ou empresa de pequeno porte, desde que não pratique nenhuma das
atividades impeditivas, e que esteja em situação regular para com a Fazenda Nacional e
INSS.

4.2.3 - Como Optar: O artigo 16 da Instrução Normativa SRF Nº 608/2006 define que
a opção pelo Simples dar-se-á mediante a inscrição da pessoa jurídica no Cadastro
Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), quando o contribuinte prestará todas as
informações necessárias, inclusive quanto:
• Aos impostos dos quais é contribuinte (IPI, ICMS, ISS);
• Ao porte da pessoa jurídica (microempresa ou empresa de pequeno porte).
• A pessoa jurídica que já estiver inscrita no CNPJ, formalizará sua opção para
adesão ao Simples, mediante alteração cadastral. Enquanto que a pessoa jurídica
em início de atividade poderá formalizar sua opção para adesão ao Simples
imediatamente, mediante utilização da própria Ficha Cadastral da Pessoa
Jurídica (FCPJ).

4.2.4 - Efeitos da opção: A opção exercida conforme o tópico anterior será definitivo
para todo o período a que corresponder e submeterá a pessoa jurídica à sistemática do
Simples a partir:
• Do primeiro dia do ano-calendário da opção, no caso de empresa já inscrita no
CNPJ, se a solicitação de enquadramento no Simples for exercida no mês de
janeiro;
• Do primeiro dia do ano-calendário subseqüente ao da opção, no caso de empresa
já inscrita no CNPJ, no caso de a opção ser formalizada entre os meses de
fevereiro e dezembro;

22
• No início de atividade, para as empresas que exercerem a opção pelo Simples
juntamente com a solicitação de inscrição no CNPJ.
• No caso de a empresa iniciar as suas atividades no mês de janeiro e não exercer
a opção pelo Simples quando da inscrição no CNPJ, poderá fazê-la mediante
alteração cadastral até o último dia útil do mês de janeiro desse ano-calendário,
retroagindo a opção para a data de início das atividades.

4.2.5 - Mudança de Enquadramento:


a) Micro Empresa para Empresa de Pequeno Porte: A ME que ultrapassar, no ano-
calendário imediatamente anterior, o limite de receita bruta correspondente a R$
240.000,00, estará excluída do Simples nessa condição, podendo mediante alteração
cadastral, com a apresentação da Ficha Cadastral da Pessoa jurídica - FCPJ - código
do evento 222, inscrever-se na condição de EPP.
A alteração de enquadramento deverá ser efetuada até o último dia útil do mês de
janeiro do ano calendário subseqüente àquele que se deu o excesso de receita bruta.

b) Empresa de Pequeno Porte para Microempresa: A empresa de pequeno porte inscrita


no Simples que auferir no ano-calendário imediatamente anterior receita bruta de até
R$ 240.000,00 poderá, mediante alteração cadastral, com a apresentação da FCPJ -
código do evento 222, comunicar o seu enquadramento na condição de micro-
empresa.
A pessoa jurídica enquanto não efetuar a alteração permanecerá na condição de EPP,
no entanto, se realizar a alteração cadastral, será enquadrado na condição de ME a
partir do mês subseqüente à alteração, exceto no caso da alteração ocorrer no dia 1º
até o último dia útil do mês de janeiro do ano-calendário imediatamente seguinte ao
ano-calendário em que a receita ficou dentro do limite de microempresa, será
enquadrada na condição de ME a partir do dia 1º de janeiro do ano corrente.

4.2.5 - Vedação à Opção: conforme determina a Instrução Normativa SRF Nº 608 de


09 de janeiro 2006 em seu artigo 20 não poderá optar pelo Simples, a pessoa jurídica:
• Na condição de microempresa, que tenha auferido, no ano-calendário
imediatamente anterior, receita bruta superior a R$ 240.000,00 (duzentos e
quarenta mil reais);
• Na condição de empresa de pequeno porte, que tenha auferido, no ano-
calendário imediatamente anterior, receita bruta superior a R$ 2.400.000,00
(dois milhões e quatrocentos mil reais);
• Constituída sob a forma de sociedade por ações;
• Cuja atividade seja banco comercial, banco de investimentos, banco de
desenvolvimento, caixa econômica, sociedade de crédito, financiamento e
investimento, sociedade de crédito imobiliário, sociedade corretora de títulos, de
valores mobiliários e câmbio, sociedade de crédito a microempreendedor,
distribuidora de títulos e valores mobiliários, empresa de arrendamento
mercantil, cooperativa de crédito, empresa de seguros privados e de
capitalização e entidade aberta de previdência complementar;
• Que se dedique à compra e à venda, ao loteamento, à incorporação ou à
construção de imóveis;
• Que tenha sócio estrangeiro residente no exterior;

23
• Constituída sob qualquer forma, de cujo capital participe entidade da
administração pública, direta ou indireta, federal, estadual ou municipal;
• Que seja filial, sucursal, agência ou representação, no país, de pessoa jurídica
com sede no exterior;
• Cujo titular ou sócio participe com mais de 10% (dez por cento) do capital de
outra empresa, optante pelo Simples ou não, desde que a receita bruta global
ultrapasse o limite de R$ 2.400.000,00 (dois milhões e quatrocentos mil reais)
no ano calendário, observado os valores proporcionais ao tempo de atividade no
ano.
• De cujo capital participe, como sócio, outra pessoa jurídica;
• Que realize operações relativas a: locação ou administração de imóveis;
armazenamento e depósito de produtos de terceiros; propaganda e publicidade,
excluídos os veículos de comunicação; factoring e prestação de serviço de
vigilância, limpeza, conservação e locação de mão-de-obra;
• Que preste serviços profissionais de corretor, representante comercial,
despachante, ator, empresário, diretor ou produtor de espetáculos, cantor,
músico, dançarino, médico, dentista, enfermeiro, veterinário, engenheiro,
arquiteto, físico, químico, economista, contador, auditor, consultor, estatístico,
administrador, programador, analista de sistema, advogado, psicólogo,
professor, jornalista, publicitário, fisicultor, ou assemelhados, e de qualquer
outra profissão cujo exercício dependa de habilitação profissional legalmente
exigida;
• Que participe do capital de outra pessoa jurídica, ressalvados os investimentos
provenientes de incentivos fiscais efetuados antes da vigência da Lei nº 7.256,
de 27 de novembro de 1984, quando se tratar de microempresa, ou antes da
vigência da Lei nº 9.317, de 1996, quando se tratar de empresa de pequeno
porte;
• Que tenha débito inscrito em Dívida Ativa da União ou do INSS, cuja
exigibilidade não esteja suspensa;
• Cujo titular ou sócio que participe de seu capital com mais de 10% (dez por
cento), esteja inscrito em Dívida Ativa da União ou do INSS, cuja exigibilidade
não esteja suspensa;
• Que seja resultante de cisão ou qualquer outra forma de desmembramento da
pessoa jurídica, salvo em relação aos eventos ocorridos antes da vigência da Lei
nº 9.317, de 1996;
• Cujo titular ou sócio com participação em seu capital superior a 10% (dez por
cento) adquira bens ou realize gastos em valor incompatível com os rendimentos
por ele declarados;
• Que exerça a atividade de industrialização, por conta própria ou por encomenda,
de bebidas, cigarros e demais produtos classificados nos Capítulos 22 e 24 da
Tabela de Incidência do IPI (TIPI), sujeitos ao regime de tributação de que trata
a Lei nº 7.798, de 10 de julho de 1989; mantidas até 31 de dezembro de 2000, as
opções já exercidas.

NOTAS:
1 - A vedação relativa ao item 12 não se aplica às pessoas jurídicas que se
dediquem exclusivamente às atividades de creche, pré-escola,

24
estabelecimento de ensino fundamental e agência terceirizada de correios;
agência de viagem e turismo e de centro de formação de condutores de
veículos automotores de transporte terrestre de passageiros e de carga e de
agência lotérica.
2 - A vedação a que se referem os incisos 9 e 13 não se aplica na hipótese de
participação no capital de cooperativa de crédito.
3 - As pessoas jurídicas que prestem serviços de correspondente bancário,
conforme regulamentações do Banco Central, desde que não incorram em
nenhuma das demais hipóteses de vedação previstas na legislação, podem
optar pelo Simples.
4 - A determinação do item 12 não se aplica às pessoas jurídicas que se
dediquem às seguintes atividades:
Serviços de manutenção e reparação de automóveis, caminhões, ônibus e outros
veículos pesados; Serviços de instalação, manutenção e reparação de
acessórios para veículos automotores; Serviços de manutenção e reparação de
motocicletas, motonetas e bicicletas; Serviços de instalação, manutenção e
reparação de máquinas de escritório e de informática e Serviços de
manutenção e reparação de aparelhos eletrodomésticos.

4.2.6 - EXCLUSÃO DO SIMPLES: A exclusão do Simples deverá ser feita por


comunicação da pessoa jurídica, ou ainda, de ofício.

a) Exclusão por Comunicação da Pessoa Jurídica: dar-se-á:


I - por opção;
II - obrigatoriamente, quando:
• Incorrer em qualquer das situações excludentes;
• Ultrapassado, no ano-calendário de início de atividade, o limite de receita
bruta correspondente a R$ 200.000,00 (duzentos mil reais), multiplicados
pelo número de meses de funcionamento nesse período.
• A exclusão por comunicação será formalizada pela pessoa jurídica,
mediante alteração cadastral, firmada por seu representante legal e
apresentada à unidade da SRF de sua jurisdição.
• No caso de a empresa estar obrigada a exclusão, esta deverá comunicar
tal fato através de alteração cadastral que deverá ser efetuada:
• Até o último dia útil do mês de janeiro do ano-calendário subseqüente
àquele em que se deu o excesso de receita bruta;
• Até o último dia útil do mês subseqüente àquele em que houver ocorrido
o fato que ensejou a exclusão, nas demais situações.
• A alteração cadastral fora do prazo previsto, conforme o caso, somente
será admitida se efetuada antes de iniciado procedimento de ofício,
sujeitando a pessoa jurídica à multa, exigida de ofício, incidente sobre os
valores devidos em conformidade com o Simples no mês de dezembro do
ano-calendário em que se deu o excesso de receita bruta.

25
b) Exclusão de Ofício: A exclusão de ofício ocorrerá quando a pessoa jurídica
incorrer em quaisquer das seguintes hipóteses abaixo conforme dispõe artigo 23
na IN SRF Nº 608/2006:
• Quando a exclusão for obrigatória pelo excesso de receita e não realizada por
comunicação da pessoa jurídica;
• Embaraço à fiscalização, caracterizado pela negativa não-justificada de
exibição de livros e documentos a que estiver obrigada, bem assim pelo não
fornecimento de informações sobre bens, movimentação financeira, negócio
ou atividade, próprios ou de terceiros, quando intimado, e demais hipóteses
que autorizam a requisição de auxílio da força pública, nos termos do art. 200
da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966;
• Resistência à fiscalização, caracterizada pela negativa de acesso ao
estabelecimento, ao domicílio fiscal ou a qualquer outro local onde se
desenvolvam as atividades da pessoa jurídica ou se encontrem bens de sua
posse ou propriedade;
• Constituição da pessoa jurídica por interpostas pessoas que não sejam os
verdadeiros sócios ou acionistas, ou o titular, no caso de firma individual;
• Prática reiterada de infração à legislação tributária;
• Comercialização de mercadorias, objeto de contrabando ou descaminho;
• Incidência em crimes contra a ordem tributária, com decisão definitiva.

4.2.7 - Efeitos da Exclusão: Para os efeitos da exclusão do regime simplificado


deverão ser observados os prazos constantes do artigo 24 da IN SRF Nº 608 de
09/01/2006.
Tributação como as demais pessoas jurídicas
A pessoa jurídica excluída do Simples sujeitar-se-á, a partir do período em que
ocorrerem os efeitos da exclusão, às normas de tributação aplicáveis às demais
pessoas jurídicas.

4.2.8 – BASE DE CÁLCULO E ALÍQUOTAS: Para o cálculo do SIMPLES é


necessário verificar qual a alíquota que será utilizada no cálculo do valor a recolher
constantes nas tabelas a seguir:

Receita Bruta Acumulada Anexo Anexo Anexo


nos doze meses anteriores Anexo I Anexo III IV V
Enquadramento (R$) II
Comércio Serviço Serviço Serviço
Indústria
(I) (II) (III)
De Até
Micro-Empresa
- 120.000,00 4,00% 4,50% 6,00% 4,50% **
ME)
120.000,01 240.000,00 5,47% 5,97% 8,21% 6,54%
Empresa de 240.000,01 360.000,00 6,84% 7,34% 10,26% 7,70%
pequeno porte
(EEP) 360.000,01 480.000,00 7,54% 8,04% 11,31% 8,49%
480.000,01 600.000,00 7,60% 8,10% 11,40% 8,97%

26
600.000,01 720.000,00 8,28% 8,78% 12,42% 9,78%
720.000,01 840.000,00 8,36% 8,86% 12,54% 10,26%
840.000,01 960.000,00 8,45% 8,95% 12,68% 10,76%
960.000,01 1.080.000,00 9,03% 9,53% 13,55% 11,51%
1.080.000,01 1.200.000,00 9,12% 9,62% 13,68% 12,00%
1.200.000,01 1.320.000,01 9,95% 10,45% 14,93% 12,80%
1.320.000,01 1.440.000,00 10,04% 10,54% 15,06% 13,25%
1.440.000,01 1.560.000,00 10,13% 10,63% 15,20% 13,70%
1.560.000,01 1.680.000,00 10,23% 10,73% 15,35% 14,15%
1.680.000,01 1.800.000,00 10,32% 10,82% 15,48% 14,60%
1.800.000,01 1.920.000,00 11,23% 11,73% 16,85% 15,05%
1.920.000,01 2.040.000,00 11,32% 11,82% 16,98% 15,50%
2.040.000,01 2.160.000,00 11,42% 11,92% 17,13% 15,95%
2.160.000,01 2.280.000,00 11,51% 12,01% 17,27% 16,40%
2.280.000,01 2.400.000,00 11,61% 12,11% 17,42% 16,85%
Ref.: LC 123/2006, alterada pela LC nº128/2008
**Aplicação da tabela em função do fator "r" apurada sobre a Folha de
Salários em relação a receita bruta.

1) Será apurada a relação (r) conforme abaixo:

(r) = Folha de Salários incluídos encargos (em 12 meses)

Receita Bruta (em 12 meses)

2) Nas hipóteses em que (r) corresponda aos intervalos centesimais da Tabela V-A, onde “<”
significa menor que, “>” significa maior que, “=<” significa igual ou menor que e “>=” significa
maior ou igual que, as alíquotas do Simples Nacional relativas ao IRPJ, PIS/Pasep, CSLL,
Cofins e CPP corresponderão ao seguinte:

TABELA V-A

0,10=< (r) 0,15=< (r) 0,20=< (r) 0,25=< (r) 0,30=< (r) 0,35=< (r)
Receita Bruta em 12 (r) >=
(r)<0,10 e e e e e e
meses (em R$) 0,40
(r) < 0,15 (r) < 0,20 (r) < 0,25 (r) < 0,30 (r) < 0,35 (r) < 0,40

Até 120.000,00 17,50% 15,70% 13,70% 11,82% 10,47% 9,97% 8,80% 8,00%

De 120.000,01 a
17,52% 15,75% 13,90% 12,60% 12,33% 10,72% 9,10% 8,48%
240.000,00

27
De 240.000,01 a
17,55% 15,95% 14,20% 12,90% 12,64% 11,11% 9,58% 9,03%
360.000,00

De 360.000,01 a
17,95% 16,70% 15,00% 13,70% 13,45% 12,00% 10,56% 9,34%
480.000,00

De 480.000,01 a
18,15% 16,95% 15,30% 14,03% 13,53% 12,40% 11,04% 10,06%
600.000,00

De 600.000,01 a
18,45% 17,20% 15,40% 14,10% 13,60% 12,60% 11,60% 10,60%
720.000,00

De 720.000,01 a
18,55% 17,30% 15,50% 14,11% 13,68% 12,68% 11,68% 10,68%
840.000,00

De 840.000,01 a
18,62% 17,32% 15,60% 14,12% 13,69% 12,69% 11,69% 10,69%
960.000,00

De 960.000,01 a
18,72% 17,42% 15,70% 14,13% 14,08% 13,08% 12,08% 11,08%
1.080.000,00

De 1.080.000,01 a
18,86% 17,56% 15,80% 14,14% 14,09% 13,09% 12,09% 11,09%
1.200.000,00

De 1.200.000,01 a
18,96% 17,66% 15,90% 14,49% 14,45% 13,61% 12,78% 11,87%
1.320.000,00

De 1.320.000,01 a
19,06% 17,76% 16,00% 14,67% 14,64% 13,89% 13,15% 12,28%
1.440.000,00

De 1.440.000,01 a
19,26% 17,96% 16,20% 14,86% 14,82% 14,17% 13,51% 12,68%
1.560.000,00

De 1.560.000,01 a
19,56% 18,30% 16,50% 15,46% 15,18% 14,61% 14,04% 13,26%
1.680.000,00

De 1.680.000,01 a
20,70% 19,30% 17,45% 16,24% 16,00% 15,52% 15,03% 14,29%
1.800.000,00

De 1.800.000,01 a
21,20% 20,00% 18,20% 16,91% 16,72% 16,32% 15,93% 15,23%
1.920.000,00

De 1.920.000,01 a
21,70% 20,50% 18,70% 17,40% 17,13% 16,82% 16,38% 16,17%
2.040.000,00

De 2.040.000,01 a
22,20% 20,90% 19,10% 17,80% 17,55% 17,22% 16,82% 16,51%
2.160.000,00

De 2.160.000,01 a
22,50% 21,30% 19,50% 18,20% 17,97% 17,44% 17,21% 16,94%
2.280.000,00

De 2.280.000,01 a
22,90% 21,80% 20,00% 18,60% 18,40% 17,85% 17,60% 17,18%
2.400.000,00

28
3) Somar-se-á a alíquota do Simples Nacional relativa ao IRPJ, PIS/Pasep, CSLL, Cofins e
CPP apurada na forma acima a parcela correspondente ao ISS prevista no Anexo IV.
4) A partilha das receitas relativas ao IRPJ, PIS/Pasep, CSLL, Cofins e CPP arrecadadas na
forma deste Anexo será realizada com base nos parâmetros definidos na Tabela V-B, onde:

(I) = pontos percentuais da partilha destinada à CPP;

(J) = pontos percentuais da partilha destinada ao IRPJ, calculados após o resultado do fator (I);

(K) = pontos percentuais da partilha destinada à CSLL, calculados após o resultado dos fatores
(I) e (J);

L = pontos percentuais da partilha destinada à COFINS, calculados após o resultado dos


fatores (I), (J) e (K);

(M) = pontos percentuais da partilha destinada à contribuição para o PIS/PASEP, calculados


após os resultados dos fatores (I), (J), (K) e (L);

(I) + (J) + (K) + (L) + (M) = 100

N = relação (r) dividida por 0,004, limitando-se o resultado a 100;

P = 0,1 dividido pela relação (r), limitando-se o resultado a 1.

TABELA V-B

Receita Bruta em 12 meses (em


CPP IRPJ CSLL COFINS PIS/PASEP
R$)

I J K L M

0,75 X 0,25 X
Nx 0,75 X
Até 120.000,00 (100 - I) (100 - I) 100 – I – J – K - L
0,9 (100 – I – J - K)
XP XP

0,75 X 0,25 X
Nx 0,75 X
De 120.000,01 a 240.000,00 (100 - I) (100 - I) 100 – I – J – K - L
0,875 (100 – I – J - K)
XP XP

0,75 X 0,25 X
Nx 0,75 X
De 240.000,01 a 360.000,00 (100 - I) (100 - I) 100 – I – J – K - L
0,85 (100 – I – J - K)
XP XP

0,75 X 0,25 X
Nx 0,75 X
De 360.000,01 a 480.000,00 (100 - I) (100 - I) 100 – I – J – K - L
0,825 (100 – I – J - K)
XP XP

0,75 X 0,25 X
Nx 0,75 X
De 480.000,01 a 600.000,00 (100 - I) (100 - I) 100 – I – J – K - L
0,8 (100 – I – J - K)
XP XP

Nx 0,75 X 0,25 X 0,75 X


De 600.000,01 a 720.000,00 100 – I – J – K - L
0,775 (100 - I) (100 - I) (100 – I – J - K)

29
XP XP

0,75 X 0,25 X
Nx 0,75 X
De 720.000,01 a 840.000,00 (100 - I) (100 - I) 100 – I – J – K - L
0,75 (100 – I – J - K)
XP XP

0,75 X 0,25 X
Nx 0,75 X
De 840.000,01 a 960.000,00 (100 - I) (100 - I) 100 – I – J – K - L
0,725 (100 – I – J - K)
XP XP

0,75 X 0,25 X
Nx 0,75 X
De 960.000,01 a 1.080.000,00 (100 - I) (100 - I) 100 – I – J – K - L
0,7 (100 – I – J - K)
XP XP

0,75 X 0,25 X
Nx 0,75 X
De 1.080.000,01 a 1.200.000,00 (100 - I) (100 - I) 100 – I – J – K - L
0,675 (100 – I – J - K)
XP XP

0,75 X 0,25 X
Nx 0,75 X
De 1.200.000,01 a 1.320.000,00 (100 - I) (100 - I) 100 – I – J – K - L
0,65 (100 – I – J - K)
XP XP

0,75 X 0,25 X
Nx 0,75 X
De 1.320.000,01 a 1.440.000,00 (100 - I) (100 - I) 100 – I – J – K - L
0,625 (100 – I – J - K)
XP XP

0,75 X 0,25 X
Nx 0,75 X
De 1.440.000,01 a 1.560.000,00 (100 - I) (100 - I) 100 – I – J – K - L
0,6 (100 – I – J - K)
XP XP

0,75 X 0,25 X
Nx 0,75 X
De 1.560.000,01 a 1.680.000,00 (100 - I) (100 - I) 100 – I – J – K - L
0,575 (100 – I – J - K)
XP XP

0,75 X 0,25 X
Nx 0,75 X
De 1.680.000,01 a 1.800.000,00 (100 - I) (100 - I) 100 – I – J – K - L
0,55 (100 – I – J - K)
XP XP

0,75 X 0,25 X
Nx 0,75 X
De 1.800.000,01 a 1.920.000,00 (100 - I) (100 - I) 100 – I – J – K - L
0,525 (100 – I – J - K)
XP XP

0,75 X 0,25 X
Nx 0,75 X
De 1.920.000,01 a 2.040.000,00 (100 - I) (100 - I) 100 – I – J – K - L
0,5 (100 – I – J - K)
XP XP

0,75 X 0,25 X
Nx 0,75 X
De 2.040.000,01 a 2.160.000,00 (100 - I) (100 - I) 100 – I – J – K - L
0,475 (100 – I – J - K)
XP XP

Nx 0,75 X 0,25 X 0,75 X


De 2.160.000,01 a 2.280.000,00 100 – I – J – K - L
0,45 (100 - I) (100 - I) (100 – I – J - K)

30
XP XP

0,75 X 0,25 X
Nx 0,75 X
De 2.280.000,01 a 2.400.000,00 (100 - I) (100 - I) 100 – I – J – K - L
0,425 (100 – I – J - K)
XP XP

No caso de a receita bruta acumulada ser maior que R$ 2.400.000,00, a pessoa jurídica
estará automaticamente excluída do Simples no ano-calendário subseqüente,
podendo retornar ao sistema, formalizando sua opção no ano-calendário
subseqüente àquele em que a receita bruta anual tenha ficado dentro dos limites
aplicáveis.

4.2.9 - FORMA E DATA DE PAGAMENTO: O pagamento unificado de impostos e


contribuições, devidos pelas micro e empresas de pequeno porte, inscritas no Simples
será feito de forma centralizada pela matriz, mensalmente, por meio do DARF -
Simples, até o vigésimo dia do mês subseqüente àquele em que houver sido auferida a
receita bruta, com o código de receita 6106.

4.2.10 - BENEFÍCIOS PELA OPÇÃO: As pessoas jurídicas que optar por se


inscreverem no Simples poderá gozar de benefícios como, por exemplo, os que seguem
abaixo:
a. Tributação com alíquotas mais favorecidas e progressivas, de acordo com a receita
bruta auferida;
b. Recolhimento unificado e centralizado de impostos e contribuições federais,
com a utilização de um único DARF (DARF - Simples), podendo, inclusive,
incluir impostos estaduais e municipais, quando existirem convênios firmados
com essa finalidade;
c. Cálculo simplificado do valor a ser recolhido;
d. Dispensa a pessoa jurídica do pagamento das contribuições instituídas pela
União, destinadas ao Sesc, ao Sesi, ao Senai, ao Senac, ao Sebrae, e seus
congêneres, bem assim as relativas ao salário-educação e à Contribuição
Sindical Patronal (IN SRF no 355, de 2003, art.5o, § 7o);
e. Dispensa a pessoa jurídica da sujeição à retenção na fonte de tributos e
contribuições, por parte dos órgãos da administração federal direta, das
autarquias e das fundações federais (Lei no 9.430, de 1996, art. 60; e IN SRF no
306, de 2003, art. 25, XI);
f. Isenção dos rendimentos distribuídos aos sócios e ao titular, na fonte e na
declaração de ajuste do beneficiário, exceto os que corresponderem a pró-labore,
aluguéis e serviços prestados, limitado ao saldo do livro caixa, desde que não
ultrapasse a Receita Bruta.

31
4.2.11 – TRIBUTOS QUE INTEGRAM O SIMPLES NACIONAL: O Simples está
em vigor desde 1º de janeiro de 1997. Consiste no pagamento unificado dos seguintes
impostos e contribuições: IRPJ, PIS, COFINS, CSLL, INSS Patronal e IPI (se for
contribuinte do IPI).
A inscrição no Simples dispensa a pessoa jurídica do pagamento das contribuições
instituídas pela União, como as destinadas ao SESC, ao SESI, ao SENAI, ao SENAC,
ao SEBRAE, e seus congêneres, bem como as relativas ao salário-educação e à
Contribuição Sindical Patronal.
O Simples poderá incluir o ICMS e/ou o ISS devido por microempresa e/ou empresa
de pequeno porte, desde que o Estado e/ou o Município em que esteja estabelecida
venha aderir ao Simples mediante convênio.

4.2.12 – OBRIGAÇÕES:
1 - Entrega da Declaração: A microempresa e a empresa de pequeno porte entregarão,
anualmente, declaração simplificada que deverá ser transmitida pela Internet, até o
último dia útil do mês de maio do ano-calendário subseqüente ao da ocorrência dos
fatos geradores.

2 – Escrituração: A microempresa e a empresa de pequeno porte ficam dispensadas de


escrituração comercial desde que mantenham, em boa ordem e guarda e enquanto não
decorrido o prazo decadencial e não prescritas eventuais ações que lhe sejam
pertinentes: o Livro Caixa, o Livro de Registro de Inventário, todos os documentos e
demais papéis que serviram de base para a escrituração desses livros, entretanto não
ficam dispensadas das obrigações acessórias previstas nas legislações previdenciária e
trabalhista.

CASOS PRÁTICOS:
1- Apure o SIMPLES de uma empresa não contribuinte do IPI enquadrada como
micro empresa com atividade comercial conforme os dados abaixo:
RECEITA BRUTA TRIBUTAÇÃO
ACUMULADA
MENSAL DO MENSAL DO
Mês NOS 12 SIMPLES
ANO ANO %
MESES NACIONAL
ANTERIOR CORRENTE
ANTERIORES

JANEIRO 12.900,00 6.000,00

FEVEREIRO 12.400,00 7.000,00

MARÇO 8.000,00 8.000,00

ABRIL 5.835,00 9.000,00

32
MAIO 19.891,00 10.000,00

JUNHO 20.898,00 12.000,00

JULHO 12.085,00 13.000,00

AGOSTO 13.907,00 12.000,00

SETEMBRO 14.320,00 11.000,00

OUTUBRO 11.348,00 10.000,00

NOVEMBRO 12.500,00 8.000,00

DEZEMBRO 28.125,00 12.000,00

TOTAL 172.209,00 118.000,00

2- Apure o SIMPLES de uma empresa contribuinte do IPI enquadrada como


empresa de pequeno porte com atividade comercial e industrial conforme os
dados abaixo:

RECEITA
TRIBUTAÇÃO
BRUTA
ACUMULADA
Mês MENSAL MENSAL DO
NOS 12 SIMPLES
DO ANO ANO %
MESES NACIONAL
ANTERIOR CORRENTE
ANTERIORES

JANEIRO 12.000,00 15.000,00

FEVEREIRO 14.000,00 18.000,00

MARÇO 22.000,00 20.000,00

ABRIL 23.000,00 25.000,00

MAIO 25.000,00 28.000,00


JUNHO 30.000,00

33
20.000,00

JULHO 18.000,00 25.000,00

AGOSTO 17.000,00 32.000,00

SETEMBRO 30.000,00 35.000,00

OUTUBRO 35.000,00 40.000,00

NOVEMBRO 18.000,00 22.000,00

DEZEMBRO 15.000,00 28.000,00

TOTAL 249.000,00 318.000,00

4.3 - LUCRO PRESUMIDO: É o regime de tributação onde a base de cálculo do


imposto é um percentual, estabelecido pelo fisco, que será aplicado sobre a receita
bruta. O resultado da aplicação do percentual sobre a receita bruta é definido como
lucro presumido.

A opção pela tributação com base no lucro presumido será manifestada com o
pagamento da primeira ou única cota do imposto devido, correspondente ao primeiro
período de apuração, ou seja, o primeiro trimestre, e será definitiva em relação a todo o
ano-calendário.
Nem toda empresa pode se enquadrar nesse regime tributário, pois desde janeiro
de 2003, é preciso ter faturamento anual de, no máximo, R$ 48.000.000 (quarenta e oito
milhões de reais). Na determinação do limite de faturamento bruto devem ser incluídas
todas as receitas da empresa (venda de bens e prestação de serviços), juntamente com os
rendimentos com aplicação financeira, ganho de capital, locação de imóveis, etc. São
excluídas desse cálculo tanto as vendas canceladas como as transferências.
Mesmo que uma empresa se enquadre no limite de faturamento bruto anual, ela
pode acabar sendo impedida de adotar o regime de lucro presumido, caso:
9 Atue no setor financeiro (ex. bancos comerciais, sociedades de crédito,
corretoras de valores, empresas de seguros e previdência privada, etc)...
9 Explore atividade de prestação cumulativa e contínua de serviços na área de
gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas, factoring, etc.
9 Tenha obtido lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior.

Base de Cálculo do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica - IRPJ

34
O Lucro Presumido será apurado trimestralmente e corresponderá ao valor
resultante da aplicação sobre a receita bruta de vendas de mercadorias e/ou prestações
de serviços, auferido em cota trimestral dos percentuais de presunção do lucro constante
na tabela abaixo:

Espécies de atividades geradoras da receita %

Revenda para consumo, de combustível derivado de petróleo, álcool etílico 1,6 %


carburante e gás natural.
Venda de mercadorias ou produtos (exceto revenda de combustível para 8%
consumo). Atividades Imobiliárias (ver 1ª Nota) Construção por
Empreitada quando houver emprego de materiais próprios Transportes de
carga. Serviços hospitalares. Atividade Rural. Industrialização com
materiais fornecidos pelo encomendante. Qualquer outra atividade (exceto
prestação de serviços) para a qual não esteja previsto percentual
específico.
Serviços de transporte (exceto o de cargas) serviços (exceto hospitalares, 16 %
de transporte, de Sociedades Civis de profissão regulamentada) prestados
com exclusividade por empresas com receita bruta anual não superior a R$
120.000,00.
Serviços em geral, para os quais não esteja previsto percentual específico, 32 %
inclusive os prestados por sociedades civis de profissões regulamentadas.
Administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de
qualquer natureza, Intermediação de Negócios. Serviços de mão-de-obra e
de construção civil, quando a prestadora de serviços não empregar
materiais de sua propriedade e nem se responsabilizar pela execução da
obra.

Adicional do IRPJ
Sobre a parcela do presumido trimestral que exceder R$ 60.000,00 deverá ser
aplicada alíquota de 10% a título adicional do IRPJ, ou, no caso de inicio de atividades,
ao limite correspondente á multiplicação de R$ 20.000,00 pelo número de meses do
período de apuração.

Base de Cálculo da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido - CSLL


As pessoas jurídicas optantes pelo lucro presumido determinarão a base de
cálculo da Contribuição Social sobre a receita bruta com adições devidas de acordo com
os seguintes percentuais:
• 32% no caso de receitas de serviços em geral, exceto serviços hospitalares;
• 12% para as receitas das atividades comerciais, industriais, atividades
imobiliárias e hospitalares.

35
PIS / COFINS
O PIS - Programa de Integração Social e a COFINS - Contribuição para
Financiamento da Seguridade Social são devidos sobre as receitas mensais auferidas
pelas pessoas jurídicas em geral e na importação de produtos ou serviços, sem qualquer
direito a crédito sobre as entradas. Deverá ser observada legislação específica para
atividades sujeitas a redução de alíquota ou alíquota zero.
Alíquotas:

IRPJ 15% PIS 0,65%

CSLL 9%
COFINS 3% a 4%

Prazos de Recolhimento
O IRPJ e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido apurados deverão ser
recolhidos no último dia do mês seguinte ao do encerramento do trimestre ou, por opção
da empresa, em até três cotas mensais, desde que o valor de cada cota não seja inferior a
R$ 1.000,00.
O PIS e a COFINS deverão ser recolhidos até o dia 15 do mês subseqüente ao da
apuração.
Se a data de vencimento tributos não for dia útil o pagamento deverá ser
antecipado para o primeiro dia útil imediatamente anterior.
Para efetuar os respectivos recolhimentos deverá ser preenchido um Documento
de Arrecadação das Receitas Federais - DARF para cada tributo, com os seguintes
códigos:

• IRPJ 2089 • PIS 8109

• CSLL 2372 • COFINS 2172

Obrigações Acessórias
As empresas optantes pelo Lucro Presumido são obrigadas a:
• Escriturar o Livro Registro de Inventário, com base no inventário físico ao final
de cada ano. O prazo final para escrituração e até último dia útil do mês de
janeiro;
• Manter escrituração contábil completa, que pode ser substituída pelo Livro
Caixa, apenas para efeitos fiscais. O prazo para o fechamento será até o último
dia útil do trimestre seguinte ao da apuração do IRPJ e da CSLL;

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• Emitir Notas Fiscais no ato da operação;
• DIRF - Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte deve ser entregue
pelas pessoas jurídicas que pagaram rendimentos sujeitos à retenção na fonte do
Imposto de Renda, ainda que em um único mês do ano-calendário até o último dia
útil do mês de fevereiro;
• DIPJ – Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica até o
último dia útil do mês de junho de cada ano;
• DCTF - Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (Art 2º IN SRF
Nº 482/2004):
Mensal: até o quinto dia útil do segundo mês subseqüente ao mês de
ocorrência dos fatos geradores dos impostos e contribuições e devem declarar as
empresas que se enquadrarem em um dos seguintes critérios:
I - receita bruta auferida no ano-calendário de 2003, informada na DIPJ, superior
a trinta milhões de reais;
II - cujo somatório dos débitos declarados nas DCTF relativas ao ano-calendário
de 2003 tenha sido superior a três milhões de reais.
Semestral: As demais pessoas jurídicas deverão apresentar nos seguintes
prazos: até o quinto dia útil do mês de outubro referente ao primeiro semestre e
até o quinto dia útil do mês de abril relativo ao segundo semestre. ;
• DACON – Demonstrativo de Apuração das Contribuições Sociais (IN SRF Nº
543/2005):

Trimestral: Para as pessoas jurídicas de direito privado que estiverem


obrigadas à entrega mensal da DCTF o prazo de envio do DACON será
até o quinto dia útil do segundo mês subseqüente ao trimestre de
referência.
Semestral: Para as demais pessoas jurídicas os prazos serão: até o quinto
dia útil do mês de outubro referente ao primeiro semestre e até o quinto dia útil
do mês de abril no caso de DACON relativo ao segundo semestre.
• Guardar os documentos e os livros pelos seguintes prazos:
Para o IRPJ, a CSLL e a COFINS: até 5 anos, contados do ano
seguinte ao fixado para entrega da Declaração de IRPJ;
Para o PIS: 10 anos, contados conforme o prazo anterior.

CASOS PRÁTICOS:
1- Faça a apuração dos tributos de uma empresa com atividade de prestação de
serviços conforme os dados abaixo:

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JANEIRO/2____
- Faturamento Mensal R$ 39.000,00;
APURAÇÃO DOS TRIBUTOS MENSAIS A PAGAR:
- PIS: R$ 39.000,00 x 0,65% = R$
- COFINS: R$ 39.000,00 x 3,00% = R$
- ISS: R$ 39.000,00 x 5,00% = R$

FEVEREIRO/2____
- Faturamento Mensal R$ 45.000,00;
APURAÇÃO DOS TRIBUTOS MENSAIS A PAGAR:
- PIS: R$ 45.000,00 x 0,65% = R$
- COFINS: R$ 45.000,00 x 3,00% = R$
- ISS: R$ 45.000,00 x 5,00% = R$

MARÇO/2____
- Faturamento Mensal R$ 53.000,00;
APURAÇÃO DOS TRIBUTOS MENSAIS E TRIMESTRAIS A PAGAR:
- PIS: R$ 53.000,00 x 0,65% = R$
- COFINS: R$ 53.000,00 x 3,00% = R$
- ISS: R$ 53.000,00 x 5,00% = R$
- IRPJ:

Base de Cálculo: R$ ________ x 32% = R$ ________x


Alíquota 15,00%
IRPJ a Pagar R$ ______
- CSLL:
Base de Cálculo: R$ ________ x 32% = R$ _________x
Alíquota 9,00%
CSLL a Pagar R$ _______

2 - Faça a apuração dos tributos de uma empresa com atividade de comércio em geral de
acordo com as operações abaixo:

JANEIRO/2____
- Faturamento Mensal R$ 58.000,00;
- Compra de mercadoria de Fortaleza no valor de 35.000,00;

APURAÇÃO DOS TRIBUTOS MENSAIS A PAGAR:


- PIS: R$ 58.000,00 x 0,65% = R$ ________
- COFINS: R$ 58.000,00 x 3,00% = R$ _________
- ICMS:
Débito pela Venda: R$ 58.000,00 x 17% = R$ _______
Crédito pela Compra: R$ 35.000,00 x 12% = R$ _______
ICMS a Pagar/Compensar: = R$_____

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FEVEREIRO/2____
- Faturamento Mensal R$ 50.000,00;
- Compra de Mercadoria de Goiânia R$ 76.000,00

APURAÇÃO DOS TRIBUTOS MENSAIS A PAGAR:


- PIS: R$ 50.000,00 x 0,65% = R$ _______
- COFINS: R$ 50.000,00 x 3,00% = R$ _______
- ICMS:
Débito pela Venda: R$ 50.000,00 x 17% = R$ _______
Crédito pela Compra: R$ 76.000,00 x 12% = R$________
ICMS a Pagar/Compensar: = R$
MARÇO/2____
- Faturamento Mensal R$ 70.000,00;
- Compra de Mercadoria de São Paulo no valor de 18.000,00

APURAÇÃO DOS TRIBUTOS MENSAIS E TRIMESTRAIS A PAGAR:

- PIS: R$ 70.000,00 x 0,65% = R$ ________


- COFINS: R$ 70.000,00 x 3,00% = R$ _________
- ICMS:
Débito pela Venda: R$ 70.000,00 x 17% = R$ _________-
Crédito pela Compra: R$ 18.000,00 x 7% = R$ _________-
Crédito de Fevereiro: R$ _________-
ICMS a Pagar: = R$ _________
- IRPJ:
Base de Cálculo: R$ 178.000,00 x 8% = R$ ________x
Alíquota 15,00%
IRPJ a Pagar R$
- CSLL:
Base de Cálculo: R$ 178.000,00 x 12% = R$ ________x
Alíquota 9,00%
CSLL a Pagar R$ _______

3– REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

3.1 - Lei 10.833/2003 que altera a Legislação Tributária Federal;

3.2 - Decreto 3.000/99 – Regulamento do Imposto de Renda;

3.3 - Instrução Normativa SRF Nº 482 de 2004 – DCTF;

3.4 - Instrução Normativa SRF Nº 608 de 09/01/2006 – SIMPLES;


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3.5 - Boletim Informare Nº 24/2005 divisão Imposto de Renda e Contabilidade;

3.6 - Lei 9.317/96 – SIMPLES Federal;

3.7 - Lei 10.034/2000 altera a Lei no 9.317, de 5 de dezembro de 1996;

3.8 - Novo Código Civil – NCC – 2002/2003.

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