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MAICON SILVEIRA
Panambi
2016
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MAICON SILVEIRA
Panambi
2016
3
MAICON SILVEIRA
Banca examinadora
_____________________________________
Manfred Litz, Esp. Eng. – Orientador
_____________________________________
Patrícia Carolina Pedrali, Me. Eng.
DEDICATÓRIA
É com muita alegria que dedico este trabalho a minha esposa e companheira
Sandreli Oliveira Silveira, a qual reservo o mais profundo e puro sentimento de amor
e carinho, pela companheira que foi e esta sendo, me apoiando em todos os
momentos durante a conquista de mais este sonho.
Amo você!
5
AGRADECIMENTOS
RESUMO
ABSTRACT
Currently, companies in the agribusiness sector are suffering a lot from the
tribological phenomena occurring in their equipment and machinery. The main
problem evidenced by farmers refers to abrasive wear in agricultural pipes, caused
by the mass loss during relative movement between an abrasive medium (grain) and
a contact surface. Through constant advancement of Materials Engineering, you can
develop innovative solutions to minimize this unwanted effect, correlating the
products developed with the conditions of application and characteristics of the work
environment. In this context, this study will address a comparative analysis of the 5
metals and polymers 4 (engineering materials), as its resistance to abrasive wear,
through a methodology of standardized tests in the laboratory. It is then briefly
presented the main calculations of economic viability involved in the process of
channeling agricultural production, and can determine the best design among the
tested solutions.
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
LISTA DE SIMBOLOS
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................ 15
2 OBJETIVO GERAL ......................................................................... 16
2.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ........................................................... 16
3 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA ................................................... 17
4 JUSTIFICATIVA .............................................................................. 18
5 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ........................................................... 19
5.1 EVOLUÇÃO DOS MATERIAS NA HISTÓRIA ................................. 19
5.1.1 Materiais metálicos ....................................................................... 20
5.1.2 Materiais cerâmicos ...................................................................... 21
5.1.3 Materiais poliméricos ou plásticos .............................................. 21
5.1.4 Materiais compósitos .................................................................... 23
5.2 TRIBOLOGIA................................................................................... 23
5.3 DESGASTE ..................................................................................... 26
5.4 MECÂNISMO DE DESGASTE ........................................................ 26
5.4.1 Desgaste Abrasivo ........................................................................ 28
5.5 CANALIZAÇÃO AGRÍCOLA PARA CEREAIS ................................ 33
5.5.1 Definições e características ......................................................... 33
5.5.2 Acessórios para tubulações de grãos ......................................... 36
5.5.2.1 Canos ou Tubos Redondos ............................................................. 36
5.5.2.2 Canos ou Tubos Quadrados ........................................................... 37
5.5.2.3 Amortecedor Final ........................................................................... 37
5.5.2.4 Bifurcada ......................................................................................... 38
5.5.2.5 Cano Flexível................................................................................... 38
5.5.2.6 Curva ............................................................................................... 39
5.5.2.7 Presilha ........................................................................................... 39
5.5.2.8 Transição ......................................................................................... 40
5.6 PROPRIEDADES DOS GRANEIS .................................................. 40
5.6.1 Ângulo de repouso ou talude natural dos grãos ........................ 40
5.6.2 Tamanho e forma dos grãos ........................................................ 41
5.7 LIGAS DE AÇO RESISTÊNTES A ABRASÃO ................................ 43
5.7.1 Generalidades ................................................................................ 43
5.7.2 Efeito dos elementos de liga nos aços........................................ 45
5.7.2.1 Alumínio (Al) .................................................................................... 45
5.7.2.2 Boro (B) ........................................................................................... 45
5.7.2.3 Cobalto (Co) .................................................................................... 45
5.7.2.4 Cromo (Cr) ...................................................................................... 45
5.7.2.5 Enxofre (S) ...................................................................................... 46
5.7.2.6 Tungstênio (W) ................................................................................ 46
5.7.2.7 Vanádio (V) ..................................................................................... 46
5.7.3 Ligas de aço Manganês Austeníticos ou “Hadfield” .................. 47
5.8 UTILIZAÇÃO DE CARGAS NOS POLIMEROS .............................. 48
5.8.1 Fibra de Vidro ................................................................................ 49
5.8.2 Fibra de Carbono ........................................................................... 50
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1 INTRODUÇÃO
Diante do grande déficit na armazenagem de grãos no Brasil, que segundo o
Ministério da Agricultura (Mapa) a capacidade de armazenagem estática de grãos no
país em 2014 é 20% menor do que as 190 milhões de toneladas estimadas para a
safra brasileira de 2014/2015.
Pensando neste déficit o Governo Federal vem alocando recursos e
investimentos para a fabricação de Silos, com objetivo de melhorar as condições de
armazenagem, e auxiliar no escoamento da produção de grãos no país.
Com esta crescente demanda de armazenagem e escoamento da produção no
Brasil, aliada com a liberação de recursos e incentivos por parte do governo federal,
as empresas do ramo Metal Mecânico com atuação no segmento de movimentação
de graneis, estão cada vez mais alocando recursos para a pesquisa e inovação de
seus produtos, aumentando sua capacidade e tecnologia empregada.
Quando se fala em armazenagem de grãos, os primeiros equipamentos que
são lembrados são os silos e os armazéns graneleiros, no entanto poucos sabem
que existem muitos outros equipamentos interagindo com os silos antes do
armazenamento final, tais como moegas, transportadores (verticais e horizontais),
máquina de limpeza e secagem, além das canalizações agrícolas.
A Canalização é um dos principais componentes para o escoamento de cereais
em uma unidade armazenadora, tendo como finalidade principal realizar o manejo
de grãos na entrada e saída dos transportadores até a armazenagem ou expedição.
Neste contexto o presente trabalho, ira abordar uma análise do mecanismo de
desgaste abrasivo provocado pelo elevado fluxo de grãos (arroz e soja) no interior
de uma canalização agrícola de cereais, de modo a pesquisar e comparar os
materiais mais utilizados pela indústria metal mecânica, através de testes
normatizados, encontrando uma alternativa viável para o efeito de desgaste
prematuro das canalizações.
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2 OBJETIVO GERAL
Comparar materiais (Metais e Polímeros) utilizados na indústria metal
mecânica, com relação as suas propriedades de resistência ao desgaste abrasivo,
através de uma metodologia de testes normatizados.
Com objetivo de entender o mecanismo de desgaste abrasivo ocorrido no
interior de uma canalização agrícola com alto fluxo de grãos, analisando a melhor
opção de material dentre os testados.
3 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA
O problema em questão diz respeito ao alto grau de desgaste das canalizações
em um curto período de utilização. Se a canalização para manejo de grãos estiver
funcionando em plena carga, estima-se que o problema ocorra em torno de três
semanas, ou seja a canalização “fura” antes de terminar a safra, conforme detalhes
da Figura 01.
a) b) c) d)
4 JUSTIFICATIVA
Este trabalho de pesquisa se dá a partir da dificuldade enfrentada pelos médios
e grandes agricultores/cooperativas voltadas para a produção e armazenagem de
granéis, no que se diz respeito ao desgaste precoce em suas canalizações durante
o beneficiamento dos grãos nos períodos de safra.
Os grãos são recebidos nas unidades de beneficiamento com grande teor de
impurezas e presença de matérias estranhas com dimensões, formas e densidades
muito diferentes daquelas características dos grãos.
Estas impurezas, aliadas com as propriedades abrasivas de cada cultura, bem
como com o alto fluxo/vasão das unidades de recebimento e armazenagem,
contribuem para o desgaste prematuro das canalizações agrícolas.
A necessidade de realização de constantes manutenções no decorrer da safra
(estima-se de três em três semanas), gerando custos e estresse administrativo, tanto
por parte dos clientes, quando pelos próprios fabricantes da canalização. Na Figura
2, pode-se verificar a imagem de uma unidade onde a canalização desgastou a
ponto de furar, causando vazamento “desperdício” de produto.
5 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Como forma de amparar os estudos apresentados neste trabalho, pesquisas
referentes ao tema tornam-se necessárias para o entendimento e compreensão do
assunto, através do ponto de vista de diferentes autores.
5.2 TRIBOLOGIA
Originalmente, o termo Tribologia tem sua origem no grego Τριβο (Tribo – que
significa esfregar, atritar, friccionar) e Λογοσ (Logos - que significa estudo) que em
tradução literal significa Estudo do Atrito. (STOETERAU, 2004).
Jost (1990) através de seus estudos, definiu a tribologia como sendo a ciência
e tecnologia que estuda e analisa a interação entre superfícies com movimento
relativo, de temas e praticas associadas.
24
5.3 DESGASTE
Conforme Gahr (1987, p. 560) o desgaste nada mais é que a deterioração da
superfície que ocorre no nível topográfico e microestrutural, ou ambos, com perda ou
ganho de material em uma camada da superfície, ou apenas quando ocorre
deformação plástica e consequentemente, mudança de forma.
Para Bayer (2004, p. 399), o desgaste é um progressivo dano a uma superfície,
causado pelo relativo movimento desta com respeito à outra substância,
apresentando ou não perda de material.
Outras definições citadas por Dias & Gomes (2003) e Davis (2001) incluem no
fenômeno do desgaste o deslocamento de material causado pela presença de
partículas duras que estão entre ou embutidas em uma ou ambas superfícies em
movimento relativo.
Já Bayer (1994), afirma que existem pelo menos três modos em que o desgaste
pode ser classificado.
Ângulo de repouso dos grãos: o fluxo de escoamento dos grãos através das
tubulações é inversamente proporcional ao ângulo de repouso ou talude
natural dos grãos; menor ângulo de repouso, maior fluxo;
34
Canalização
para grãos
5.5.2.4 Bifurcada
É usada com a função de dividir em duas direções, uma de cada vez, o fluxo
da massa de grãos nas tubulações, abaixo segue imagem representada pela Figura
17. (MILMAN, 2002).
5.5.2.6 Curva
É usada com a função de mudar a direção das tubulações, feita de ferro
fundido com anéis nas bordas para ligação com as presilhas, abaixo segue imagem
na Figura 19. (MILMAN, 2002).
5.5.2.7 Presilha
É usada com a função de fixação das peças de um sistema de tubulações de
grãos, abaixo segue imagem na Figura 20. (MILMAN, 2002).
5.5.2.8 Transição
É usada com a função de conectar uma tubulação de seção circular com uma
de seção retangular, abaixo segue imagem na Figura 21. (MILMAN, 2002).
5.7.1 Generalidades
Conforme Chiaverini (1988), quaisquer que sejam as explicações das causas que
produzem o desgaste abrasivo, é certo que o mesmo são reduzidos pelo melhor
acabamento das superfícies em contato e pelo aumento da dureza e da resistência
mecânica do metal.
Em outras palavras a resistência ao desgaste dos metais depende dos seguintes
fatores: (CHIAVERINI, 1988).
Acabamento da superfície metálica, a qual deve se apresentar tão dura e
plana quanto possível, de modo a eliminar depressões projeções que ao
coincidirem umas com as outras, produzem o arrancamento de partículas
além de propiciar, pela energia produzida, uma elevação de temperatura;
Dureza, a qual deve ser elevada, para que o metal resista à penetração
inicial;
Resistência mecânica e tenacidade que, quanto mais altas, mais dificultam
o arrancamento das partículas metálicas, quais quer que sejam as causas
passiveis de produzir tal efeito;
44
O mais importante dos fatores citados, com certeza é a dureza, pois dela
depende o inicio do desgaste abrasivo. Outro fator também ponderável e que deve
ser levado em consideração é a estrutura metalográfica do material. (CHIAVERINI,
1988).
Os requisitos de alta dureza, elevados valores de resistência e tenacidade e
estrutura adequada são conseguidos nos aços mediante os seguintes artifícios:
(CHIAVERINI, 1988).
Sendo assim, a resistência ao desgaste dos metais pode ser obtida mediante os
seguintes meios: (CHIAVERINI, 1988).
Aumenta a rigidez;
Aumenta a resistência ao desgaste;
Aumenta a resistência ao impacto;
Aumenta a resistência a tração;
5.8.4 Talco
O talco, silicato de magnésio hidratado, em partículas com tamanho médio de
2 a 20 microns, dureza mohs de 1,0 é usado principalmente como carga para o
polipropileno. Neste termoplástico, o talco em porcentagens de 10 a 40, aumenta a
rigidez e eleva a temperatura de deflexão ao calor, mantendo boas as propriedades
de resistência a tração, compressão e impacto. (GUEDES; FILKAUSKAS, 1986, p.
126)
5.8.5 Caulim
O Caulim é um componente mineral, utilizado como carga de reforço em
poliamidas e outros plásticos de engenharia, devido a melhora que proporciona na
resistência mecânica dos mesmos. (GUEDES; FILKAUSKAS, 1986, p. 126).
Devido ao seu desempenho, são inseridos aos plásticos de engenharia em
porcentagens similares as aplicadas para fibra ou esferas de vidro. (GUEDES;
FILKAUSKAS, 1986, p. 126).
5.8.6 Pigmentos
Os pigmentos são substâncias de natureza diversa com a característica
intrínseca de serem portadores de cores. Na terminologia técnica, faz-se uma
destinação entre pigmento e corante. (GUEDES; FILKAUSKAS, 1986, p. 127).
Pigmento são substâncias de origem inorgânicas, geralmente insolúveis em
solventes convencionais, como a agua e o álcool, e que conferem a cor por
dispersão através de um sistema. (GUEDES; FILKAUSKAS, 1986, p. 127).
52
6 METODOLOGIA
Onde:
Pvol= Perda de volume [mm³]
Pmassa= Perda de massa [g]
δ= Densidade [g/cm³]
Pva= Perda de volume ajustado
Dpad= Diâmetro do disco padrão (228,6mm)
Duso= Diâmetro do disco em uso [mm]
55
( )
IA = ( )
x 100 [3]
Onde:
IA= Índice de abrasão
de = ,
[4]
Onde:
de= Densidade do material ensaiado [g/cm³]
7 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
7.1 METODOLOGIA
De modo a exemplificar a metodologia adotada no procedimento experimental, foi
desenvolvido o organograma da Figura 27 abaixo, determinando as etapas
envolvidas no processo.
7.2 MATERIAIS
Para fins de realizar a análise comparativa entre diferente materiais com relação
as suas propriedade ao desgaste abrasivo, foram testados 9 materiais diferentes
sendo 5 metais, e 4 polímeros, conforme organograma da metodologia experimental.
7.2.1 Aços
7.2.2 Polímeros
7.2.2.1 UHMW
O semiacabado de Polietileno de ultra alto peso molecular (UHMW – oriundo
da expressão em inglês Ultra High Molecular Weight Polyethylene), é um polímero
de engenharia com propriedades excepcionais e muito particulares, tais como
resistência ao desgaste por abrasão e resistência ao impacto, e baixo coeficiente de
atrito. É um material plástico que atende a uma ampla gama de aplicações técnicas.
(ABNT NBR 14922, 2005, p. 1).
O UHMW se enquadra como um Polímero Sintético composto de cadeias
parafínicas, lineares ou ramificadas, cujo peso molecular médio é igual ou superior a
2,5x106 g/mol. (ALBUQUERQUE, 1990, p. 35).
Suas principais aplicações são:
Buchas;
Chapas de Desgaste;
Correias Transportadoras;
Roletes;
Roldanas para cabos;
Raspadores;
62
7.2.2.2 Nylon
O Nylon, é o nome comercial pelo qual ficou sendo tradicionalmente
conhecido poliamida, termoplástico obtido pela polimerização do benzeno.
(GUEDES; BENEDITO, 1986, p.102).
63
7.2.2.4 Ureplay
O revestimento comercial UREPLAY, caracteriza-se como um Polímero de
Poliuretano de Alta Performance, sendo aplicado (vulcanizado) em forma direta
sobre uma chapa flexível galvanizada de 0,41mm de espessura (conforme detalhes
da Figura 31). São fornecidos em placas de revestimento nas espessuras de 3, 5 e
8mm. (TRACSA, 2016).
Apresenta propriedades Anti-Estáticas e Anti-Chamas para uma aplicação
segura em ambientes com circulação de partículas. Máxima resistência ao impacto e
abrasão. (TRACSA, 2016).
Suas áreas de atuação são exclusivamente terminais portuários, unidades de
recebimento de grãos e indústria de mineração. Contemplando as seguintes zonas
de aplicações: tubos redondos e quadrados, cabeça de elevadores, funis
distribuidores, secadores e descargas portuárias. (TRACSA, 2016).
Figura 32, sendo que as arestas dos corpos de prova devem ser deixadas com o
acabamento da usinagem e não devem ser rebarbadas de nenhuma forma.
8 RESULTADOS
Após a limpeza superficial, e pesagem inicial dos corpos de prova, foi iniciado
os ensaios de abrasão no equipamento padronizado conforme detalhes da Figura
25. Utilizando os seguintes parâmetros de processo, conforme definidos na Tabela
13 abaixo.
69
50,94
50,00
38,29
40,00
30,00
20,63
17,96 17,58
20,00
10,00
0,00
MET 150484 MET 150483 MET 150486 MET 150485 MET 150482
(SAE 1008) (ASTM A36) (SAE 1345) (SAE 1045) (RAEX 500)
depois das amostras que obtiveram menor desgaste abrasivo sendo a amostra MET
150486 (SAE 1345) e a MET 150482 (RAEX 500).
MET 150482
65,49% 54,09% 14,78% 2,12% N/A
(RAEX 500)
Fonte: Autor (2016).
73
200
150
110,4
100
51,7
50 36,6
0
UHMW Nylon Rhino Hyde Ureplay
160,00
140,00
116,21
120,00
94,50
100,00
80,00
60,00 41,69
40,00 32,97
20,00
0,00
UHMW Nylon Rhino Hyde Ureplay Aço 1020
150,00 122,97
100
100,00
44,12
50,00 34,89
0,00
UHMW Nylon Rhino Hyde Ureplay Aço 1020
PROCESSO DE FABRICAÇÃO
Corte térmico
Corte mecânico Conformação em
MATERIAL Furação Dobra (Laser,
(Guilhotina) Ferramental Solda
Convencional Plasma)
Dobra com
Furação com facilidade Possibilita a Excelente
Possibilita corte Possibilita corte
SAE 1008 broca Ferramenta: V 24 conformação com penetração e
mecânico térmico
convencional Raio de dobra: 3' facilidade acabamento
Retorno Elástico: 2'
Dobra com
Furação com facilidade Possibilita a Excelente
Possibilita corte Possibilita corte
ASTM A36 broca Ferramenta: V 24 conformação com penetração e
mecânico térmico
convencional Raio de dobra: 3' facilidade acabamento
Retorno Elástico: 2'
Recomendado
Somente com Possibilita a Bom
Ferramenta: V 50 Possibilita corte Possibilita corte
SAE 1345 broca de conformação com acabamento e
Raio de dobra: 8' mecânico térmico
metal duro grande dificuldade penetração
Retorno Elástico: 1'
Recomendado Possibilita a
Somente com Possibilita corte Bom
Ferramenta: V 40 Possibilita corte conformação com
SAE 1045 broca de mecânico com acabamento e
Raio de dobra: 5' térmico restrições (pode
metal duro limitações penetração
Retorno Elástico: 6' ocorrer trincas)
Recomendado Não
Bom
Somente com Ferramenta: V 50 recomendado Possibilita corte Somente
RAEX 500 acabamento e
(broca especial) Raio de dobra: 12' devido a dureza térmico Hot Forming
penetração
Retorno Elástico: 22' do material
Onde:
CT: Custos Totais (R$)
Cmp = Custo da matéria prima, contemplando os retalhos de processo (R$)
∑= Somatório de todos os processos por qual passam a peça
Th/m = Tarifa hora/maquina (R$/h)
Tp = Tempo de produção 1 peça (h)
Tabela 23- Demonstrativo custo do tubo redondo SAE 1345 sem revestimento
CANOS QUADRADOS
Processo de fabricação Valor hora/maquina (R$/h)
Corte térmico (laser) R$ 170,00
Dobra R$ 66,00
Solda agrícola R$ 45,00
Pintura liquida agrícola R$ 49,50
Montagem do revestimento R$ 56,00
Fonte: Autor (2016).
Utilização do aço SAE 1345 (que obteve o segundo melhor resultado no teste
abrasivo), para a fabricação do tubo, sem o uso de revestimento interno;
9.2.3 Tubo Q340 com material SAE 1345 com e sem revestimento
A Tabela 28 abaixo, demonstra um resumo dos custos totais para a
fabricação do tubo Q340 utilizando o aço SAE 1345 com os revestimentos UHMW,
Rhino Hyde e Ureplay, e sem revestimento. O detalhamento dos cálculos de
viabilidade econômica realizados para canalização quadrada estão representados no
Apêndice B.
Para fins de comparação de resistência ao desgaste abrasivo, foi somado as
perdas volumétricas dos materiais (aço + polímero), sendo que quanto menor for o
resultado menor será o desgaste.
Tabela 29- Demonstrativo custo do tubo quadrado RAEX 500 sem revestimento
10 CONCLUSÃO
Os resultados obtidos nos ensaios realizados mostram compatibilidade com
as informações coletadas durante a pesquisa bibliográfica, principalmente com
relação aos aços, onde a resistência mecânica, dureza e ligações químicas C-Mn
sob altas taxas, interferem diretamente nas propriedades abrasivas do material.
Quanto aos polímeros devido a não se ter informações dos elementos e
percentual de cargas e aditivos, presente em cada material, não é possível identificar
as propriedades que tornaram os materiais Ureplay e Rhino Hyde superiores. No
entanto os resultados comprovam a eficiência perante a abrasão dos materiais
repassadas pelos fabricantes.
Com relação ao desgaste prematuro das canalizações, a bibliografia
pesquisada especifica que o desgaste ocorre em nível microestrutural devido ao
deslocamento de material causado por partículas com alta dureza, criando tensões
de compressão que quando concentradas causam fratura frágil no material,
desprendendo partículas de aço através de microtrincas. Estes efeitos são
minimizados tornando a superfície de ataque polida e com alta dureza superficial. Os
polímeros por sua vez apresentam propriedades que auxiliam na amortização do
impacto e no deslizamento dos grãos, minimizando o atrito e consequentemente o
desgaste abrasivo.
A analise realizada foi de caráter comparativo, sendo que os métodos
adotados para comparação entre os materiais, diz respeito a variável comum (perda
volumétrica em mm³) entre os 2 tipos de ensaios realizados (metais e polímeros), ou
seja mesmo que alguns revestimentos possibilitem uma melhora no tempo de
duração da canalização, não representam um ganho real aos consumidores finais.
Por fim, conclui-se que para aplicação em canalizações redondas as
melhores soluções entre as testadas, considerando perda volumétrica e viabilidade
econômica são a utilização do SAE 1345 sem revestimento, e SAE 1045 com
revestimento Ureplay. Para canalizações quadradas as melhores soluções entre as
testadas são a utilização de SAE 1345 com revestimento Ureplay, e RAEX 500 sem
revestimento. As quais devem ser comprovadas perante ensaios práticos em campo,
onde a situação real pode ser simulada.
97
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ASTM G65-04.Standard Test Method for Measuring Abrasion Using the Dry
Sand/Rubber Wheel Apparatus, 2010.
BUDINSKI K.G. Wear Modes: Surface Engineering for Wear Resistance. USA:
Editora Prentice Hall, 1988. p 15-43.
DAVIS, J.R., Davis & Associates. Surface Engineering for Corrosion and Wear
Resistance. ASM International, USA. 319 p. 2001.
100
DUCTILE IRON SOCIETY, Ductile iron data for design engineers, 2004.
Disponivel em: https://www.ductile.org. Acesso em 26 out. 2015
METALS HANDBOOK. Irons Steels and High Performance Alloys, 10th ed.
American Society form Metals International, 1990, p. 88-140. v.1.
http://www.ruukki.com.br/Aco/Acos-laminados-a-quente/A%C3%A7os-resistentes-
ao-desgaste/Aco-resistente-ao-desgate-Raex Acesso em 26 de Abr. 2016