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O CONSULTÓRIO:
SUA INSTALAÇÃO,
O AMBIENTE FÍSICO
DE TRABALHO,
O EQUIPAMENTO
E A DISTRIBUIÇÃO
NA SALA CLÍNICA
À Suely,
Esposa e companheira, incentivadora de um trabalho profícuo;
“O objetivo da educação é despertar no indivíduo toda a perfeição de que ele seja capaz.”
(Kant)
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GNATUS
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 04
A ERGONOMIA APLICADA À ODONTOLOGIA 05
A LOCALIZAÇÃO PROFISSIONAL 06
A INSTALAÇÃO DO CONSULTÓRIO 07
O AMBIENTE FÍSICO DE TRABALHO 13
A SIMPLICAÇÃO DO TRABALHO 16
O EQUIPAMENTO DE CONCEPÇÃO ERGONÔMICA 18
DISTRIBUIÇÃO RACIONAL DO EQUIPAMENTO E INSTRUMENTAL 25
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA 31
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INTRODUÇÃO
Generalidades
Desde o despontar da História, o homem vem lutando para avaliar o fardo de seus
esforços diários; considerada a longa extensão do percurso feito, seu progresso tem sido
constante e seguro.
Muito desse progresso se deve à aplicação de certos princípios aos projetos de
máquinas, equipamentos, sistemas e tarefas, com o objetivo de melhorar a segurança,
saúde, conforto e eficiência do trabalho.
Esses princípios estão regidos por um conjunto de regras que recebe o nome
genérico de Ergonomia.
O que é Ergonomia?
Assim, este manual destina-se a orientar o futuro profissional, bem como o recém-
formado ou mesmo o profissional com mais tempo de graduação, na prática de uma
Odontologia mais produtiva, visto que racionalizada.
A LOCALIZAÇÃO PROFISSIONAL
A INSTALAÇÃO DO CONSULTÓRIO
SALA DE CLÍNICA
- área periférica: é aquela situada nos limites da sala, com aproximadamente 500
lux de iluminação;
- área de ação: compreende o espaço onde se situam os elementos de trabalho
do CD e ACD (0,5 m em torno do apoio de cabeça do paciente), com intensidade
luminosa entre 800 e 1000 lux;
- área de intervenção: compreende a boca do paciente, com um nível mínimo de
15.000 lux.
As áreas periféricas e de ação devem receber iluminação por lâmpadas tubulares
fluorescentes. Algumas condições, em conjunto, definem a qualidade da iluminação, entre
as quais, não deve modificar as cores com que os objetos se mostram, em comparação à
luz natural.
Um tipo de lâmpada tubular fluorescente adequado à prática odontológica é a G.E
Duramax super luz do dia 40 W 5.500º K (6 lâmpadas para uma sala clínica com até
10m²); outro tipo bastante satisfatório é a G.E. High Output (HO) super luz do dia 85 W
5.500 Kº (3 lâmpadas para uma sala clínica com até 10m²); ambas provêem intensa
iluminação de excelente qualidade e reproduzem adequada discriminação de cores
devido à temperatura de cor: 5.500 ºK.
A área de intervenção (cavidade bucal) deve receber iluminação com nível mínimo
de 8.000 lux. Essa intensidade é conseguida com refletores de luminosidade fria:
apresentam lâmpadas de tungstênio-halogêneo ou LEDs (semicondutores que geram luz
fria com grande vida útil a partir de uma baixíssima quantidade de energia, irradiando
grande intensidade de luz).
A SIMPLIFICAÇÃO DO TRABALHO
ESTUDOS DE AÇÕES
1 – dedos
2 – dedos e punho
3 – dedos, punho e antebraço
4 – dedos, punhos, antebraço e braço
5 - dedos, punhos, antebraço, braço e ombro, movimento este implicando mudança de
postura do profissional.
Em odontologia, é clássico afirmar-se que o movimento ideal é aquele contido até
ao nº 3 ou seja, aquele em que o CD realiza suas tarefas (alcança, move, gira, posiciona,
aplica pressão, apreende e descarta instrumentos) mantendo os cotovelos o mais próximo
possível do tronco, isto é, que o instrumental, o material e as pontas ativas estejam dentro
do chamado espaço ideal de apreensão (aproximadamente a 0,5 m da boca do paciente).
O movimento nº 4 é realizado dentro do chamado espaço máximo de apreensão
(todo o conjunto de trabalho está além de 0,5 m da boca do paciente), o que exige a
extensão de todo o braço: isto envolve um número adicional de músculos, o que propicia
o desencadeamento precoce do processo de fadiga; a repetir-se com freqüência passa a
ser francamente agressivo, promovendo episódios inflamatórios que podem culminar nas
lesões por esforço repetitivo (LER).
Especial atenção deve ser dispensada à coluna vertebral durante a realização do
procedimento: os movimentos de lateralidade devem ser reduzidos e os de torção,
abolidos.
A utilização adequada de pessoal auxiliar e a racionalização de técnicas, bem
como o ajuste às limitações fisiológicas do corpo relativamente aos movimentos dele
requeridos, devem estar presentes no planejamento do procedimento a ser realizado.
Para que isto ocorra, algumas condições precisam estar presentes:
• equipamento adequado, onde os princípios ergonômicos tenham sido
observados na concepção da cadeira, do mocho, das pontas ativas, da
unidade auxiliar, do refletor e do armário clínico;
• distribuição racional do equipamento e do instrumento nas áreas de ação
do CD e de ACD;
• posturas ergonômicas de trabalho;
• utilização eficiente de pessoal auxiliar, inclusive na função
instrumentadora.
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CADEIRA CLÍNICA
Este importante componente do equipamento deve preencher determinados
requisitos, quais sejam:
• sua forma deve ser reta e simples, permitindo que o paciente seja
confortavelmente instalado. Deve permitir posicionamento horizontal do
usuário (a chamada posição supina). Isto mantém seu corpo totalmente
apoiado, facilitando o acesso do profissional ao campo de trabalho; o apoio
de cabeça deve ser ajustável, propiciando a visão direta a todos os
segmentos da cavidade bucal, seja na mandíbula ou na maxila, na
distância correta de visibilidade.
• o comando deve ser elétrico, tanto para sua elevação e descenso quanto
para o reajustes horizontais. Este comando, se possível, deve ser um
dispositivo tipo pedal localizado na parte posterior da base da cadeira, para
ser acionado tanto por CD quanto por ACD.
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MOCHO
Este componente deve preencher os seguintes requisitos:
• sua base deve ter preferentemente 5 rodízios, para permitir deslocamento
sem risco de queda. A altura do assento deverá permitir que o profissional
com variação de estatura de 1,50 m a 1,80 m possa sentar-se
corretamente, isto é, com o fêmur paralelo ao solo, o que permitirá que a
circulação de retorno (hemodinâmica) se processe naturalmente, sem risco
de compressão das safenas, situadas na porção póstero-interna da coxa. O
diâmetro do assento poderá ser em torno de 30 cm, de consistência semi-
rígida. Sua elevação pode ser à gás ou mecânica. O encosto deve
proporcionar correto apoio à coluna vertebral lombar, apresentando
regulagens em altura e profundidade de acordo com o biótipo do usuário.
Os mochos de CD e de ACD devem ter as mesmas características.
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Mocho Syncrus TOP Mocho Syncrus GLX Mocho Syncrus GL Mocho Syncrus
PONTAS ATIVAS
Nome genérico das canetas de alta e baixa rotação, bem como da seringa tríplice.
As características ideais de uma caneta de alta rotação compreendem: extra-
torque, nível de ruído até 75 dB, de 3 a 4 orifícios de resfriamento, sistema friction grip
com saca brocas ou push-button de liberação de broca, acoplamento de mangueira tipo
Borden para facilitar a maneabilidade do instrumento. Muito importante é que, se possível,
a mangueira não seja espiralada ou curta, para evitar contra-pressão ao usar o aparelho.
A pressão de ar de trabalho deve ser em torno de 32 e 35 Ibs, com RPM acima de 400
mil.
A caneta de baixa rotação, seja a peça reta ou o contra-ângulo, também deva ser
impulsionada a ar, pois, psicologicamente é mais bem aceita pelo paciente. Presença ou
não de sistema de resfriamento.
O esquema de lubrificação deva ser rigorosamente obedecido, a critério do
fabricante. Muito importante o sistema de esterilização: estas pontas ativas devem ser
passíveis de autoclavagem.
A seringa tríplice sempre impõe o recobrimento de sua ponta, para evitar contágio
entre pacientes.
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UNIDADE AUXILIAR
É composta pela unidade suctora (suctor e salivador) e a cuspideira.
O suctor é o dispositivo para a sucção de alta potência, destinado ao trabalho com campo
seco. Esta potência deve ser propiciada por bomba à vácuo, que pode suprir 4
consultórios simultaneamente (BIO VAC IV) ou 2 consultórios simultaneamente (BIO VAC
II).
Em qualquer tipo de atendimento, observe-se que o paciente não deve levantar-se para
cuspir: a sucção deverá ocorrer o tempo todo. O kit Suctor deve apresentar alternativas
de acoplamento em coluna ou em laterais de armários.
REFLETOR
Durante a intervenção sempre impõe-se a presença de iluminação fria, mediante o
conjunto de lâmpadas de tungstênio-halogêno ou LEDs (semicondutores que geram luz
fria com grande vida útil a partir de uma baixíssima quantidade de energia, irradiando
grande intensidade de luz).
A intensidade luminosa deve variar de um mínimo de 8 mil até 35 mil lux, níveis
que permitem a adequada iluminação de todos os quadrantes da cavidade bucal.
Seu acionamento pode ser:
a) mediante interruptor com haste longa, impondo seu recobrimento como medida
de biossegurança;
b) mediante acionamento através do pedal de comando da cadeira.
O braço do refletor deve ter extensão suficiente para que o foco luminoso recaia
verticalmente na boca do paciente, quando na posição supina.
PERIFÉRICOS
É óbvio que a excelência de serviços oferecidos e realizados conta ainda com
outros recursos valiosos, como os
periféricos de alta qualidade.
Jet Sonic
30.000 Hz
Ultra-som e jato de bicarbonato.
Sistema piezoelétrico.
Aparelho que reúne características
de ultra-som convencional com
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Jet Sonic US
30.000 Hz
Ultra-som piezoelétrico.
Funções:
• Remoção de Tártaro
• Endodontia
• Periodontia
• Condensação de Guta-Percha
• Condensação de Amálgama
• Condensação de Inlays/ Onlays
• Remoção de Pinos e Coroas
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Optilight LD Max
Fotopolimerizador/
Clareador
Raios-X Timex 70
Parede
Amalgamix
Amalgamador digital
Cirurgião-dentista destro
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Cirurgião-dentista canhoto
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Finalmente, para que o trabalho seja realizado com a maior produtividade, impõe-
se a ação de ACD. Quanto mais bem treinada for esta pessoa, mais ampla será a
delegação de funções, com a conseqüente melhora na qualidade do trabalho. Obras que
oferecem todo o subsídio nesse sentido são: PORTO, F.A. “O consultório odontológico”
(referência nº 16), e FIGLIOLI, M.D. “Treinamento do pessoal auxiliar em odontologia”
(referência nº 6).
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BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA