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A uva para vinificar é colhida entre 10 de fevereiro e 10 de março, iniciando-se pela cultivar
Merlot, seguida pela Cabernet Franc e Cabernet Sauvignon. A colheita da uva é feita
manualmente, utilizando-se canivetes ou tesouras para cortar o pedúnculo do cacho. A uva
deve apresentar bom estado de maturação, tanto em relação ao teor de açúcar, como de
acidez, compostos fenólicos e constituintes aromáticos, além de adequado aspecto
sanitário. Depois de colhida, a uva é colocada, inicialmente, em pequenos recipientes de
plástico ou vime, e depois em caixas de plástico com capacidade de 20 Kg, furadas na parte
inferior.
Sob o ponto de vista enológico, o mosto das cultivares Merlot, Cabernet Franc e Cabernet
Sauvignon deve apresentar, aproximadamente, características analíticas desejáveis para
vinificar. Confira, na Tabela 1, essas características.
Características da Cantina
O local escolhido para construir a cantina deve levar em consideração os seguintes fatores:
Clima adequado, uma vez que interfere naturalmente no tipo de uva e nos sistemas
de vinificação e conservação adotados.
Características do mercado e da concorrência.
Distâncias entre o vinhedo e a cantina.
Disponibilidade de capital e de mão-de-obra.
É importante que a cantina não fique próxima a estradas movimentadas que provoquem
trepidações. A melhor posição para a construção da cantina é o sentido Leste-Oeste, pois
permite a penetração de maior quantidade de luz solar pela manhã e à tarde.
Facilidade de acesso para a matéria-prima. Para a condução da uva na parte mais elevada
da cantina, deve ser construída rapa de acesso, com inclinação de, no máximo, 8%.
A planta industrial de uma cantina, por exigência legal e mesmo para o seu bom
funcionamento, deve ter os seguintes setores: recepção da uva, fermentação, estabilização
do vinho, engarrafamento, envelhecimento do vinho em garrafas, tratamento de efluentes
vinícolas, laboratório e escritório.
Processo de produção do vinho tinto.
Acrescenta-se a levedura
15 a 20g / 100 L (de mosto)
20g ----- 100L
X ------- 13L x = 2,6 g de levedura
O processamento do vinho tinto inicia com o recebimento da uva. Para receber diariamente
3.500 Kg de uva, ou 175 caixas de 20 Kg (estimativa de produção para este estudo) o local
de recepção, de acordo com a legislação brasileira, deve ter uma superfície de 12m² e
paredes revestidas de azulejos ou outro material lavável até a altura de 2m. Para facilitar o
trabalho de descarga da uva, é aconselhável a construção de uma plataforma que deve ter a
altura da carroceria ou do trator transportador da uva.
A uva é recebida em caixas de plástico de 20 Kg, furadas na parte inferior, para escorrer o
mosto proveniente da uva esmagada. Nessa etapa do processo, são feitas:
Avaliação do estado sanitário da uva.
Confirmação da cultivar utilizada.
Pesagem em balança com capacidade para 1.000 Kg.
Também nessa fase, é retirada uma amostra para posterior determinação, em laboratório,
da composição analítica do mosto. As caixas devem ser muito bem higienizadas – lavadas
com água de boa qualidade sob pressão, imediatamente após a retirada da uva – pois as
principais causas do aumento do teor de ferro no vinho são a presença de terra no fundo da
caixa e na própria uva, restos de mosto em fermentação e em estado adiantado de
acetificação, que comprometem a fermentação alcoólica e a qualidade do produto final.
O processo de esmagamento da uva para fabricação do vinho tinto não deve ser
excessivamente enérgico, para não triturar a parte sólida da uva, que responde pela
formação de grande quantidade de borras e pelo aparecimento de gostos herbáceos
excessivos.
Depois desta operação o mosto é enviado para o recipiente de fermentação, com o auxílio
de bombas apropriadas.
Fermentação
Recipientes de fermentação
Maceração
O período em que a parte sólida da uva – película e semente – permanece em contato com
o mosto é chamado de maceração Nesse período, ocorre a diluição seletiva e a difusão de
compostos da película e semente para o mosto. Para produzir vinhos com boa intensidade
de cor e com aromas frutados, o período de maceração deve ser em torno de 6 dias, mas
podendo chegar a 30 dependendo do vinho que se almeja produzir e da matéria-prima que
se possui.
Remontagens
As remontagens – que devem ser efetuadas, de forma suave, pelo menos duas vezes por dia
– são realizadas para extrair os componentes da parte sólida da uva, homogeneizar a massa
vínica em fermentação, controlar a temperatura de fermentação e evitar o desenvolvimento
de microorganismos indesejáveis na parte superior da parte sólida da uva. Esse trabalho
consiste em retirar o mosto da parte inferior do recipiente e colocá-lo novamente na parte
superior, com o auxílio de uma bomba. É importante cuidar para que a parte sólida fique
submersa por um período de 30 min para cada operação.
Descuba
O mosto extraído sem auxílio da prensa dá origem ao vinho gota, enquanto o mosto obtido
da prensagem origina o vinho-prensa, que tem aproximadamente, 15% do volume total.
Prensagem
Calcula-se que, para cada recipiente com 3.500 Kg de uva sem a ráquis, sejam extraídos
entre 500 Kg a 600 Kg da parte sólida, ou seja, entre 15 e 18% do total da uva. Depois de
prensada, a parte sólida – matéria-prima para elaboração da graspa – é colocada em silo
apropriado, para completar a fermentação alcoólica.
Fermentação lenta
Fermentação maloláctica
Temperatura;
Acidez
Oxigênio
Anti-sépticos
Presença de borras
Atestos e trasfegas
Estabilização tartárica
Filtração
Filtro a terra
Filtro a placa
1. Placas de grande rendimento
2. Intermediárias
3. Esterilizantes
Filtro de membrana
Engarrafamento
Lavagem da garrafa
A água da lavagem deve ser isenta de germes patogênicos ou outro tipo de microorganismo
que pode se desenvolver no vinho.
Preparo da rolha
O diâmetro das rolhas, geralmente é de 24mm, enquanto o bico das garrafas é de 18,5mm.
Assim, a rolha deve sofrer um compressão de 6mm no seu diâmetro, para haver uma boa
vedação.
Enchimento da garrafa
Fechamento da garrafa
A vedação da garrafa, com a rolha de cortiça, tem como principal função proteger o vinho
tinto das contaminações microbianas e das oxidações. A rolha de cortiça é o mais antigo
processo utilizado para a conservação do vinho por um período mais longo.
A cortiça utilizada para a fabricação da rolha provém da casca de carvalho (Quercus súber L.)
árvore adaptada às regiões mais secas.
Capsulagem
Essa operação tem por finalidade encobrir o bico da garrafa, para evitar possíveis contatos
do ar com o vinho e melhorar a estética do recipiente. A capsulagem é feita em esteira,
onde a cápsula de plástico é colocada sobre a garrafa. Depois, ela passa por um túnel
aquecido por resistência elétrica, provocando a contração da cápsula pelo calor.
Rotulagem
Após o processo de acondicionamento do vinho nas garrafas, elas são transportadas para o
setor de envelhecimento e empilhadas horizontalmente, para manter a rolha úmida. Nesse
local, o vinho passa por uma série de transformações físico-químicas. O seu aroma torna-se
mais fino e agradável e sua cor sofre modificações devido às alterações das antocianinas,
responsáveis pela coloração vermelha do vinho tinto jovem.