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PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA

Portal Educação

CURSO DE
ARTE NA EDUCAÇÃO

Aluno:

EaD - Educação a Distância Portal Educação

AN02FREV001/REV 4.0

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CURSO DE
ARTE NA EDUCAÇÃO

MÓDULO I

Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição do
mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido são
dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.

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SUMÁRIO

MÓDULO I
1 O QUE É ARTE?
1.1 A ARTE E A INTERFACE COM A EDUCAÇÃO.
1.2 OBJETIVOS DO ENSINO DE ARTES E SUA IMPORTÂNCIA NA EDUCAÇÃO
1.3 DO LÚDICO AO APRENDIZADO
1.4 DO NORMAL AO ESPECIAL: COMO LIDAR O ASPECTO ARTÍSTICO NO
CONTEXTO EDUCACIONAL
1.5 MODALIDADES ARTÍSTICAS
1.5.1 Definição de artes visuais; elementos das artes visuais
1.5.2 Definição de música, notas musicais e propriedades da música.
1.5.3 Definição de jogos teatrais; sugestões de jogos teatrais a serem realizados na
escola
1.5.4 Definição de dança; dança na escola; e atividades com danças para serem
utilizadas na escola.
1.6 BREVE HISTÓRICO SOBRE A ARTE NO BRASIL E NO MUNDO, VOLTADA
PARA A EDUCAÇÃO NA ESCOLA
1.7 A ARTE E SEU POTENCIAL PARA A CRIATIVIDADE

MÓDULO II
2 UM OLHAR PSICOLÓGICO SOBRE A ARTE DENTRO DO CONTEXTO
EDUCACIONAL.
2.1 O DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR PELO USO DA ARTE NA EDUCAÇÃO
2.2 AS FORMAS DA ARTE PARA CADA FASE DO DESENVOLVIMENTO.
2.2.1 Rabiscos
2.2.2 Simbólico
2.2.3 Esquemático
2.2.4 Realismo

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2.2.5 Pseudorrealismo
2.3 ENSINO DA ARTE COMO INSTRUMENTO PARA DESENVOLVER
HABILIDADES COGNITIVAS
2.4 ENSINO DA ARTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL
2.5 FASES DO DESENVOLVIMENTO ARTÍSTICO
2.6 A CRIANÇA E O DESENHO SOB O OLHAR DO EDUCADOR
2.7 O OLHAR DA CRIANÇA E A SUA CRIAÇÃO
2.8 A EDUCAÇÃO ARTÍSTICA SEGUNDO PIAGET
2.9 TECNOLOGIAS DO SÉCULO XXI; A ARTE NA EDUCAÇÃO.

MÓDULO III
3 AS CONSTRUÇÕES EDUCACIONAIS PELA ARTE
3.1 PERSPECTIVAS DE AMPLIAÇÃO DA EDUCAÇÃO: DO TRADICIONAL AO
ARTÍSTICO
3.2 O AUXÍLIO DA ARTE À COGNIÇÃO
3.3 DESENVOLVENDO A MEMÓRIA
3.4 DESENVOLVENDO A IMAGINAÇÃO.
3.5 DESENVOLVENDO O ENTENDIMENTO
3.6 DESENVOLVENDO HABILIDADES ANALÍTICAS
3.7 DESENVOLVENDO A HABILIDADES DE SÍNTESE
3.8 DESENVOLVENDO A HABILIDADES DE CRIAR: “A ARTE QUE VEM DO LIXO”
(RECICLAGEM – HISTÓRICO E EXEMPLOS.)
3.8.1 Dez maneiras de reutilizar garrafas pet
3.8.1.1 Vaso de “cristal”
3.8.1.2 Luminária oriental
3.8.1.3 Quadro de tampinhas
3.8.1.4 Horta vertical do “lar doce lar”
3.8.1.5 Jardineira
3.8.1.6 Cofrinho
3.8.1.7 Horta caseira
3.8.1.8. Porta-lápis
3.8.1.9 Vasos decorativos

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3.8.1.10 Caixinha “porta-treco”
3.9 PROPOSTAS DE ATIVIDADES PARA REAPROVEITAMENTO DE MATERIAIS
3.9.1 Papel
3.9.2 Plástico
3.9.3 Vidro:
3.9.4 Metais
3.9.5 Em casa
3.9.6 No escritório
3.9.7 Com as crianças
3.10 PINTURA COM TINTA DE TERRA
3.10.1 Rosa
3.10.2 Laranja
3.10.3 Amarelo
3.10.4 Verde
3.10.5 Azul
3.10.6 Roxo
3.10.7 Marrom
3.10.8 Cinza
3.10.9 Líquen
3.10.10 Fungos
3.10.11 Tinta de legumes e/ou verduras
3.10.12 Tinta de terra
3.10.13 Tinta guache

MÓDULO IV
4 OS PRINCIPAIS ARTISTAS DO BRASIL E DO MUNDO E SUAS ARTES
4.1 CÂNDIDO PORTINARI
4.1.1 Características da obra de Portinari
4.1.2 Principais obras de Portinari
4.2 DI CAVALCANTI
4.2.1 Estilo artístico e temática de Di-Cavalcanti
4.2.2 Principais obras de Di-Cavalcanti

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4.3 CARYBÉ
4.3.1 Algumas obras de Carybé
4.4 ANITA MALFATTI
4.4.1 Principais obras de Anita Malfatti
4.5 TARSILA DO AMARAL
4.5.1 Características das suas obras de Tarsila do Amaral
4.5.2 Principais obras de Tarsila do Amaral
4.6 ALFREDO VOLPI
4.6.1 Principais obras de arte de Alfredo Volpi
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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MÓDULO I

1 O QUE É ARTE?

Toda teoria necessita, primeiro, de uma conceituação. A arte não foge a esta
regra. Segundo o site Spiner (2012), a arte é uma criação humana com valores
estéticos (beleza, equilíbrio, harmonia, revolta) que sintetizam as suas emoções, sua
história, seus sentimentos e a sua cultura. É um conjunto de procedimentos
utilizados para realizar obras, e no qual aplicamos nossos conhecimentos.
Apresenta-se sob variadas formas como: a plástica, a música, a escultura, o cinema,
o teatro, a dança, a arquitetura etc. Pode ser vista ou percebida pelo homem de três
maneiras: visualizadas, ouvidas ou mistas (audiovisuais). Atualmente, alguns tipos
de arte permitem que o apreciador participe da obra. O artista precisa da arte e da
técnica para se comunicar.
Não há como falarmos em arte e não voltarmos no tempo, buscar nos
arcabouços do imaginário social suas representatividades e darmos o ponto inicial à
arte na Antiguidade, como pontuado pelo Mundo Educação (2012) em que
preconizam que os homens da Pré-História desenhavam a arte rupestre (desenhos
feitos nas cavernas). As figuras representavam a caça, mas isso não significava
como o grupo vivia; pois elas tinham um caráter mágico, faziam com o que o grupo
se preparasse para a tarefa que garantiria a sobrevivência.
Tomando-se ainda aportes teóricos do Brasil Escola, a arte é expressa ainda
como uma forma de o ser humano tentar demonstrar suas emoções, sua história e
sua cultura por intermédio de alguns valores estéticos, como beleza, harmonia,
equilíbrio. A arte pode ser representada por meio de várias formas, em especial na
música, na escultura, na pintura, no cinema, na dança, entre outras.
Corroborando a estes conceitos, Spiner (2012) elucida que a arte é uma
criação humana com valores estéticos (beleza, equilíbrio, harmonia, revolta) que
sintetizam as suas emoções, sua história, seus sentimentos e a sua cultura. É um

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conjunto de procedimentos utilizados para realizar obras, e no qual aplicamos
nossos conhecimentos.
Outra importante contribuição é o que Pires et al (2009, p. 561) trazem sobre
a temática. Para estes autores, há de se buscar as seguintes ideias de outros
pensadores:

Em Platão, vê-se um ambiente propício para pensá-la pelo viés da reflexão


não propriamente da arte, mas do belo, das ideias e do ideal. Na Estética de
Hegel ela aparece como fenômeno ligado à história e ao sintoma da vida
contínua, obstinada, do espírito, indicando aí o seu desenvolvimento.
Nietzsche, acerca do Nascimento da Tragédia, a enxerga como potência da
própria vida, entrelaçada pelo delírio dionisíaco e pela beleza apolínea,
eivada de embriaguez da alma. Aristóteles nos fala da arte da mimesis, em
sentido de metáfora da vida, com finalidades do prazer e do deleite estético.
Em busca de alguns paradoxos fundadores da arte. Kant propõe quatro
momentos do julgamento estético, quais sejam: a satisfação
desinteressada, a subjetividade universal, a finalidade sem fim e a
necessidade livre.

Contudo, ainda sobre esta questão, o principal problema na definição do que


é arte é o fato de que esta definição varia com o tempo e de acordo com as várias
culturas humanas.

1.1 A ARTE E A INTERFACE COM A EDUCAÇÃO.

A arte é a linguagem natural da humanidade e representa um caminho de


conhecimento da realidade humana Ostrower (1998, apud PEIXOTO, 2007, p. 182).
Ainda cita que ela se faz presente, juntamente com a ciência, desde as primeiras
manifestações humanas, pois, “ao percorrermos a história, percebemos que todos
somos criadores, tendo esse poder gerador dentro de nós, pronto para ser acessado e,
assim, fecundar nosso tempo segundo as nossas próprias potencialidades criativas”.
Tomando-se as palavras de Vygotsky (2003) por representar em nossas
reflexões sobre a arte, uma visão sócio-histórica. Sustenta que a atividade criadora
“é toda realização de algo novo, tratando-se de reflexos de algum objeto do mundo
exterior, de determinadas construções do cérebro ou dos sentimentos que vivem e
se manifestam no próprio ser humano” (2001, p. 7).

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Ainda nas ideias do autor acima (2001, p. 321) sobre a interface educação e
arte, ele enfatiza que:

Não é por acaso que, desde a Antiguidade, a arte tem sido considerada
como um meio e um recurso da educação, isto é, como certa modificação
duradoura do nosso comportamento e do nosso organismo. Tudo de que
trata esse capítulo – todo o valor aplicado da arte –, acaba por reduzir-se ao
seu efeito educativo, e todos os autores que percebem uma afinidade entre
a pedagogia e a arte, e, veem inesperadamente o seu pensamento
confirmado pela análise psicológica.

Pontes (2009, p. 45) relata que a situação da arte inserida na escola busca
tratar que é necessário atentar para como a criança se aproxima e age em relação
ao aspecto estético e artístico do conhecimento, essas observações ajudarão o
professor saber o que e como propor experiências e situações que façam avançar
as percepções e observações das crianças, bem como seus repertórios de saberes.
Pires et al (2009, p. 561) pontuam ainda que:

Ensinar por meio da arte possibilita produzir experiências de aprendizagem


não padronizáveis pela instrumentalidade da razão, incentivando processos
criativos capazes de forjar sujeitos do saber e da liberdade. Tal intento se
manifesta principalmente pela disposição da arte em produzir, em trazer à
existência vivências susceptíveis de ser e de não ser, cujo princípio reside
no artista.

Há uma frase dita pelos mesmos autores anteriores, que se elucida da


seguinte maneira: “Entrelaçar arte e educação significa produzir sentidos de
aprendizagem que ultrapassem o mecanicismo da técnica.” (PIRES ET AL, 2009, p.
561). Ainda nesta perspectiva, trazem que abstrações que subvertam a rigidez da
ordem, pela expressão do sentimento que se exprime por si e para além do que está
posto. Essa parece ser a principal força motriz das manifestações artísticas, capazes
de desencadear processos formativos dialógicos.
Pontes (2009, p. 33) resgata o assunto, colaborando que o estético e o
artístico foi, desde o início dos tempos, uma forma de conhecer e explicar o mundo.
Simbolizar foi e é forma de humanização. “O entorno percebido é sentido/pensado
esteticamente e representado. No ato de ler e representar, o homem constrói
sentidos para necessidades, desejos, sentimentos e conhecimentos.”
Ainda neste processo de arte e o educar, entrelaçados por sentimentos e
expressões do ser humano.

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Pontes (2009, p. 33) corrobora a citação acima, quando coloca que:

Por muito tempo, a escola percebeu a Arte na generalidade das linguagens,


como mais um recurso de expressão e comunicação de sentimentos e do
conhecimento pertinente às outras áreas. Por possibilitar a expressão, foi
articulada para trabalhar conflitos psicológicos. Como técnica, permitia a
construção de habilidades motoras que serviriam para desenvolver outras
formas de representação tais como a escrita.

Continuando, a autora anterior (2009, p. 35) preconiza que:

Enquanto na educação a Escola Nova se contrapunha à Escola Tradicional,


no campo da Arte, os modernistas chamavam à atenção para a Arte da
criança‖, valorizando a originalidade e a qualidade expressiva das
produções infantis e dos povos aborígines. Alegavam eles, que a força
criativa dessas produções se justificava por esses povos e as crianças não
serem afetados pelas convenções sociais e manterem assim, reguardados
os canais puros da criatividade. A criatividade pura, livre das convenções,
que era a meta dos artistas modernistas acabou também por ser a meta
para muitos professores progressistas.

1.2 OBJETIVOS DO ENSINO DE ARTES E SUA IMPORTÂNCIA NA EDUCAÇÃO

Uma noção que vislumbramos na atualidade, e que se encontra ainda


fortalecida no passado, é que a educação continua em parâmetros avaliativos
ultrapassados.
Atentar-se para a díade cognição e arte é debruçar-se sobre as pontuações
de Pontes (2009, p. 46) em que, para esta autora, as mudanças na concepção de
Educação e de Arte “e os estudos no sentido de resgatar esse conhecimento na
escola têm colocado a importância das ações cognitivas sobre experiências
estéticas e artísticas e a relevância do contato/diálogo com imagens de Arte”.
Nessa situação, vale lembrar os apontamentos de Pontes (2001, p. 22) em
que, para ela, os cursos de formação para professores contribuem para que as
linguagens artísticas sejam concebidas apenas como instrumentos, pois em sua
maioria não atribuem à Arte o mesmo tratamento que atribuem às demais áreas, isto
é, não veem na Arte uma área de conhecimento que possui peculiaridades que

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poderiam ser o foco das reflexões e articulação de situações de ensino por
professores.
A mesma autora (2009, p. 32) salienta que:

A visão contemporânea de Arte na Educação tem colocado a necessidade


de resgatar o valor da arte nas escolas como um saber e um fazer passível
de reflexão e de construções cognitivas; um conhecimento que pode ser
aprendido e ensinado também na escola. No Brasil, esta concepção foi
sintetizada na Abordagem Triangular cuja proposta é de tratar Arte como
um conhecimento que pode ser abordado na conjunção das ações de leitura
de imagens, contextualização e fazer artístico.

1.3 DO LÚDICO AO APRENDIZADO

A pontuação que a psicologia faz sobre a exteriorização dos sentimentos e


emoções pela arte e, quando voltada para a infância, como exemplo, busca trazer à
tona as palavras de Pontes (2009, p. 35) em que a atividade artística, transformada,
assim, “em técnicas para expressão de emoções e conflitos, acaba por distanciar os
alunos do contato refletido com os elementos que compõem as linguagens artísticas,
bem como da construção cultural que há em torno da Arte”1.
Nas palavras de Ramos (2012):

Os brinquedos e jogos são reconhecidos por educadores como fator


importante na educação, uma vez que, o brinquedo é oportunidade de
desenvolvimento. Brincando, a criança experimenta, descobre, inventa,
aprende e aprimora habilidades.

Este mesmo autor acrescenta que:

Partindo de concepções teóricas de que a criança tem sua curiosidade


despertada por jogos e brincadeiras e por meio deles se relaciona com o meio
físico e social, de modo a ampliar seus conhecimentos, desenvolver habilidades

1
Pontes (2009) pontua da seguinte maneira esta colocação: Como reflexo destas concepções acerca
da arte na escola, o planejamento, numa visão tecnicista de ensino, divide os objetivos de ensino em
três ângulos: cognitivo, afetivo e motor. O fazer artístico passa a ser utilizado para atingir a objetivos
voltados para o afetivo e para o aspecto motor. Expressão e elaboração de sentimentos e ou
desenvolvimento de habilidades se constituíam nas finalidades da Arte na escola.

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motoras, cognitivas e linguísticas, a escola deve considerar o lúdico como
parceiro e utilizá-lo amplamente para atuar no desenvolvimento dos alunos.

Outra situação importante a ser pontuada se prende ao lúdico, no qual este


permite a exploração do indivíduo entre seu corpo e espaço, provoca possibilidades
de deslocamento e velocidade e cria condições mentais para resolver problemáticas
mais complexas (TEZANI, 2004).
Dallabona e Mendes (2004) apontam que o lúdico serve como um meio
pedagógico que envolve o aluno nas tarefas da sala de aula, bem como colocam
que o educador deve ter claro em mente os objetivos em relação ao
desenvolvimento e à aprendizagem.
Nestas citações, o importante é a percepção gestáltica do educador dentro
do ambiente escolar, no que visa este processo da ludicidade. Fato este que é
comunicado por Dallabona e Mendes (2004) no qual indicam que a educação
mediante atividades lúdicas demanda o ato consciente e planejado para resgatar a
satisfação e o interesse do aluno.
Para tanto, Ramos (2012) finaliza informado que o educador deve repensar
sua prática pedagógica, visando inserir atitudes que prezem pela reconstrução do
pensamento e da maneira de perceber e compreender o conhecimento, cabendo ao
profissional, o compromisso de modificação e transformação por meio da interação
com os alunos.

1.4 DO NORMAL AO ESPECIAL: COMO LIDAR O ASPECTO ARTÍSTICO NO


CONTEXTO EDUCACIONAL

Um ponto especial a ser levantado neste tópico é a expressividade do


homem pela arte. Pontes (2009, p. 48) ressalta que:

A educação estética e artística da criança, na escola, deve partir do


pressuposto de que ela está inserida no ambiente afetivo e social em que
vai desenvolver seu processo de socialização, isto é, desenvolver formas de
ser e estar no mundo, entre elas as das linguagens artísticas.

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Não fugindo a esta situação positiva, por volta da década de 80, novas
abordagens foram introduzidas no ensino da Arte no Brasil, Almeida (2003, p. 75
apud GOMES e NOGUEIRA, 2008). A imagem ganhou um lugar de destaque na
sala de aula, o que representa uma das tendências da Arte contemporânea e uma
novidade para o ensino da época. As imagens produzidas tanto pela cultura artística
(pintores, escultores) como as produzidas pela mídia (propaganda de TV e
publicitária gráfica, clipe musical, internet) passaram a ser utilizadas pelos
professores e alunos da educação básica.

1.5 MODALIDADES ARTÍSTICAS

A primeira noção sobre manifestações de arte e educação ressalta Barbosa


(1991, apud PONTES, 2009, p. 37), tratando da linguagem plástica da Arte, resgata
a importância da presença de imagens nos processos de ensino, para a formação
do fruidor em Arte. A exemplo dela, outros autores têm ressaltado os significados do
contato com obras de Arte em todas as linguagens. A leitura de obras pode ser um
recurso do ensino da Arte voltado para qualquer manifestação artística.
Nesta premissa podemos destacar: artes visuais; música; jogos teatrais e dança.

1.5.1 Definição de artes visuais; elementos das artes visuais

Definida como uma dos importantes elos entre a arte e a expressão,


Barbosa (1991 apud PONTES, 2009, p. 48), ao tratar da importância das imagens
de Arte na educação, afirma que:

O resgate do conhecimento de Arte pode ocorrer através do contato/diálogo


das crianças com as imagens. A imagem significa algo a ser lido e que pode
ser levado às salas de aula para que as crianças possam estabelecer uma
alfabetização visual e estética. Abordar Arte sem que se ponha à disposição

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das crianças a imagem, é como querer alfabetizar para a leitura e escrita
sem colocar a criança em contato com livros.

Segundo a Podcast Unesp [s. d.], as Artes Visuais envolvem diversos


recursos e formas de expressão. Por meio de desenhos, pinturas, gravuras,
esculturas e colagens, utilizando papel, tinta, gesso, argila, madeira e metais,
filmadoras, máquinas fotográficas, programas de computador e outras ferramentas
tecnológicas, o artista busca representar o mundo real ou o seu imaginário.
Outra situação importante a ser ressaltada, é pontuda por Santos e Fratari
(2011, p. 3) em que “a imagem visual tem uma presença marcante no cotidiano das
pessoas, é preciso conhecer a produção artística tendo consciência da nossa
participação enquanto construtores da cultura do nosso tempo”.
As Artes Visuais devem ser aceitas como uma linguagem que tem estrutura
e característica próprias, cuja aprendizagem acontece por meio dos seguintes
aspectos de acordo com o BRASIL (1998 apud SANTOS e FRATARI, 2011, p. 5):

Fazer artístico – centrado na exploração, expressão e comunicação de


produção de trabalhos de arte por meio de práticas artísticas, propiciando o
desenvolvimento de um percurso de criação pessoal;
Apreciação – percepção do sentido que o objeto propõe, articulando-o
tanto aos elementos da linguagem visual quanto aos materiais e suportes
utilizados, visando desenvolver, por meio da observação e da fruição, a
capacidade de construção de sentido, reconhecimento, análise e
identificação de obras de arte e de seus produtores;
Reflexão – considerada tanto no fazer artístico como na apreciação,
é um pensar sobre todos os conteúdos do objeto artístico que se manifesta
em sala, compartilhando perguntas e afirmações que a criança realiza
instigada pelo professor e no contato com suas próprias produções e as dos
artistas.

Segundo a InfoEscola(2012), a Arte Visual e o design atuam ao representar


visualmente uma forma, cor ou representação, estando presente no teatro, na
música, no cinema , na fotografia e demais expressões. Nos tempos atuais, além de
atuar no segmento artístico, também exercem papel fundamental na representação
visual comercial, de empresas e instituições públicas. Neste aspecto, tomando a
descrição da Wikipedia (2012), as artes visuais estão subdivididas em 31
especialidades, definidas como:

• Arquitetura
• Artes e ofícios

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• Asemic writing
• Collage
• Comics
• Arte conceitual
• Decollage
• Arte Decorativa
• Design
• Fashion design
• Garden design
• Design gráfico
• Web design
• Desenho
• Cinema
• Found art – arte encontrada
• Grafite (arte)
• Ilustração
• Concept art
• Installation art
• Mail art
• Mixed media
• Pintura
• Fotografia
• Printmaking
• Etching
• Litografia
• Serigrafia
• Escultura
• Tipografia
• Videoarte

Além das situações pontuadas acima, Viola e Cantoria (2012) ainda


elucidam que:

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As Artes Visuais, além das formas tradicionais (pintura, escultura, desenho,
gravura, arquitetura), incluem outras modalidades, que resultam dos
avanços tecnológicos e transformações estéticas a partir da modernidade
(fotografia, artes gráficas, cinema, televisão, vídeo, computação,
performance). Criar e perceber formas visuais implica trabalhar com a
relação entre os elementos que as compõem, tais como ponto, linha, plano,
cor, luz, movimento e ritmo.

1.5.2 Definição de música, notas musicais e propriedades da música.

A música (do grego μουσική τέχνη - musiké téchne, a arte das musas) é
uma forma de arte que se constitui basicamente em combinar sons e silêncio
seguindo uma pré-organização ao longo do tempo (WIKIPEDIA, 2012).
Uma transcrição literal sobre sua definição é debruçarmo-nos sobre a
seguinte situação: a música não é tarefa fácil porque apesar de ser intuitivamente
conhecida por qualquer pessoa, é difícil encontrar um conceito que abarque todos os
significados dessa prática. Mais do que qualquer outra manifestação humana, a
música contém e manipula o som e o organiza no tempo. Talvez por essa razão ela
esteja sempre fugindo a qualquer definição, pois ao buscá-la, a música já se
modificou, já evoluiu. E esse jogo do tempo é simultaneamente físico e emocional.
(DIGNOW, 2011).
O som possui quatro propriedades, definidas como: duração; intensidade;
altura (grau) e timbre. De forma a defini-las separadamente, temos:

Duração – É o tempo de produção do som;


Intensidade – É o que determina se o som é mais fraco ou mais forte;
Altura (Grau) – É o que determina ser um som mais grave ou mais agudo;
Timbre – É o que nos permite determinar o que deu origem ao som e é por
ele que distinguimos o som do violino, do piano, da flauta, da voz humana ou de
qualquer outro instrumento, por mais pitoresco que esse possa vir a ser.

Para que uma música seja executada com fidelidade de expressão essas
propriedades têm de ser representadas na escrita musical.

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Estas situações aliadas à questão da arte incluída na educação, faz com que o
educando se familiarize com a arte da música e possa expressar por meio dela os
próprios sentimentos da situação vivida bem como o próprio sentido de sua existência.

Quanto à representação das propriedades do som na escrita musical, temos


as seguintes definições:

Duração – Pelas figuras utilizadas na música escrita e definições passadas


pelo autor;
Intensidade – Pelas indicações de dinâmica, inseridas na música escrita;
Altura – Pela posição da nota na música escrita;
Timbre – Pela indicação da voz ou instrumento que deve executar a música.

A música também possui seus elementos.


E quanto aos elementos da música temos:

Ritmo – Elemento primordial que provém da noção de duração. Em outras


palavras, é uma forma ordenada e regular de medir o tempo;
Melodia – É formada por uma sucessão de sons que variam de acordo com
a duração, altura e intensidade. É subordinada ao ritmo e tem sua origem nas
inflexões da palavra, nas exclamações, nos gritos, no silêncio ou no sentimento ou
impressão que se procura exprimir;
Harmonia – É a ciência dos sons expressos simultaneamente. Não se deve
confundir com polifonia, da qual provém;
Polifonia – Para completar, tem por base o acorde, que é um conjunto de
sons simultâneos provenientes de um mesmo som gerador;
Timbre – Além de ser uma propriedade do som, representando a diferença
de impressão que existe entre dois sons de duração, altura e intensidade iguais.
Tem importância considerável do ponto de vista da cor do som.

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1.5.3 Definição de jogos teatrais; sugestões de jogos teatrais a serem realizados na
escola

Segundo Viola e Cantoria (2012), o teatro foi formalizado pelos gregos,


passando dos rituais primitivos das concepções religiosas que eram simbolizadas,
para um espaço cênico organizado, como demonstração de cultura e conhecimento,
sendo a arte do homem exigindo sua presença de forma completa: seu corpo, sua
fala, seu gesto, manifestando a necessidade de expressão e comunicação.
O teatro favorece um trabalho voltado para a criança que tem dificuldades
em se expressar, é insegura, tem falta de criatividade, além de trabalhar com a
leitura e escrita e produção de texto.
Santos e Faria (2010, p. 4) auxiliam neste aspecto informando que:

O jogo teatral pode colaborar na formação de pessoas críticas e abertas ao


diálogo, pois o jogo propõe um problema a ser resolvido, cuja solução deve
ser encontrada em grupo e não solitariamente. Isso permite e suscita o
envolvimento do grupo, a criatividade, o improviso e a intuição que são
vitais para a aprendizagem.

Spolin (2007, apud SANTOS e FARIA, 2010, p. 5-6) pontua vários tipos de
jogos que podem contribuir para a aprendizagem, pois ajudam a desenvolver
habilidades de forma mais descontraída, permitindo a interação de todos. Vejamos
alguns tipos de jogos que podem ser utilizados facilmente no ambiente escolar,
conforme descritos abaixo:
Jogos de aquecimento: o aquecimento é necessário antes das oficinas,
como também são úteis ao final de oficinas de baixa energia para revigorar os
jogadores. Os jogos de aquecimento focam a interação do grupo.
Jogos de movimentos: esses jogos permitem a exploração do ambiente, a
liberação de gestos e de energia. Com isso a liberação do pensamento e das ideias
ocorre pela necessidade de criar movimentos e gestos. “As caminhadas no espaço
estendem esta exploração, dando aos alunos a chance de se movimentar e explorar

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o espaço familiar da sala de aula, proporcionando um novo imediatismo ao espaço.”
Spolin (2007, apud SANTOS e FARIA, 2010, p. 5).
Jogos de transformação: esses jogos tornam o invisível visível. Os jogadores
devem criar os objetos, coisas ou personagens e jogar com eles, de maneira criativa e
de improviso, porém com bastantes detalhes para que a plateia identifique em seus
gestos ou ações do que se trata aquele jogo. Com isso, tanto os jogadores como a
plateia experimentam o despertar do intuitivo “Quando o invisível se torna visível, temos
a magia teatral!” Spolin (2007, apud SANTOS e FARIA, 2010, p. 5).
Jogos sensoriais: sugerem uma nova consciência sensorial e a
concentração a fim de compreender claramente o que ouve, pois pode ser pedido a
um jogador, que o demonstre através de ações, gestos, desenhos, textos o que
ouviu, sem que tenha tempo para pensar nele.
Jogos com parte de um todo: quando o jogador entende que é uma parte
de um todo, torna-se responsável pela resolução daquele problema, apoiando o
outro e partilhando suas respostas. “Um jogador com corpo, mente e intuição em
uníssono, com alto nível de energia pessoal, conecta-se com os parceiros no
esforço de quebrar limitações.” Spolin (2007, apud SANTOS e FARIA, 2010, p. 6).
Assim, segundo os autores citados anteriormente, no contexto pedagógico, o
jogo que enfoca a parte de um todo, pode contribuir na formação de cidadãos mais
participantes e responsáveis pelo outro, como também alunos coparticipantes na
formação de outros. Como ele faz parte de uma sociedade, deve contribuir para que
a justiça, a tolerância e a inclusão estejam presentes abundantemente no cotidiano
das pessoas.
Jogos de palavras: o medo da comunicação verbal pode prejudicar a
aprendizagem. Esses jogos fomentam a necessidade de se comunicar, e através do
improviso e centrado no foco, as palavras surgem e com isso o diálogo acontece. A
superação da timidez contribui para que o educando possa suplantar seus limites e
partilhar plenamente do conhecimento científico e cultural.
Desta forma explicitada e tomando-se as ideias de Santos e Farias (2010,
p.3), “os jogos teatrais podem nos auxiliar, transformando essa transmissão de
conhecimento dominante na escola, e proporcionando meios para trabalhá-los em
sala de aula, estimulando debates problematizadores a respeito do conhecimento”.

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1.5.4 Definição de dança; dança na escola; e atividades com danças para serem
utilizadas na escola.

A história da dança cênica, conforme o Portaldarte (2012) representa uma


mudança de significação dos propósitos artísticos através do tempo. Com o Balé
Clássico, as narrativas e ambientes ilusórios é que guiavam a cena.

FIGURA 1 - BALÉ

FONTE: Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Dan%C3%A7a>. Acesso em: 9 jan. 2013.

Com as transformações sociais da época moderna, começou-se a


questionar certos virtuosismos presentes no balé e começaram a aparecer
diferentes movimentos de dança moderna. É importante notar que, nesse momento,
o contexto social inferia muito nas realizações artísticas, fazendo com que então a
Dança Moderna Americana acabasse por se tornar bem diferente da Dança
Moderna Europeia, mesmo que tendo alguns elementos em comum.
A dança contemporânea surgiu como nova manifestação artística, sofrendo
influências tanto de todos os movimentos passados, como das novas possibilidades
tecnológicas (vídeo, instalações). Foi essa também muito influenciada pelas novas

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condições sociais – individualismo crescente, urbanização, propagação e
importâncias da mídia, fazendo surgir novas propostas de arte, provocando também
fusões com outras áreas artísticas como o teatro, por exemplo.
Marques (1997, p. 21) elucida bem este questionamento da integração da
arte da dança no meio escolar. Para ela, as artes, frequentemente associadas ao
trabalho manual, foram também associadas à condição de "escravos". Não é de se
admirar, portanto, que uma arte como a dança, que trabalha direta e
primordialmente com o corpo, tenha sido durante séculos "presa nos porões e
escondida nas senzalas": foi banida do convívio de outras disciplinas na escola, ou
então atrelada ao tronco e chicoteada, até que alguma alma boa pudesse convencer
"o feitor" de sua "inocência".
Ainda a mesma autora (1997, p. 23) acima pontua claramente que:

A escola pode, sim, dar parâmetros para sistematização e apropriação


crítica, consciente e transformadora dos conteúdos específicos da dança e,
portanto, da sociedade. A escola teria, assim, o papel não de reproduzir,
mas de instrumentalizar e de construir conhecimento em/através da dança
com seus alunos(as), pois ela é forma de conhecimento, elemento essencial
para a educação do ser social.

O fato importante a elucidar neste tópico, seria a sua praticidade no campo


do conhecimento corporal aliado à dança e à educação. Para Marques (1997, p. 27),
mencionando os pensamentos de Reid (1983, apud MARQUES, 1996), o uso destas
estruturas de movimento, entretanto, necessita que conheçamos também nossas
habilidades/possibilidades corporais, cardiovasculares, respiratórias, a coordenação
muscular, a dinâmica do equilíbrio postural. Estes aspectos, alinhavados aos
coreológicos, abordam no processo de ensino-aprendizagem tanto a consciência
corporal quanto as necessidades de condicionamento físico do(a) dançarino(a), ou o
conhecimento de como dançar, o knowing how nas artes.
Assim como cada década tinha sua música e dança, cada país e região
também possui uma cultura diferente, tendo assim músicas e danças diferentes as
quais só existem lá e são passadas de geração a geração para que essa cultura não
se perca com o tempo (DICAS, 2012).

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Corroborando neste aspecto, Viola e Cantoria (2012) pontuam que:

A arte da dança faz parte das culturas humanas e sempre integrou o


trabalho, as religiões e as atividades de lazer. Os povos sempre
privilegiaram a dança, sendo esta um bem cultural e uma atividade inerente
à natureza do homem. A atividade da dança pode desenvolver a
compreensão de nossa capacidade de movimento, mediante um maior
entendimento de como nosso corpo funciona, ela é a investigação do
movimento humano.

Nosso país, por exemplo, possui vários estilos musicais e danças conforme
a região. Norte, Nordeste, Sul, Centro-Oeste e Sudeste, cada uma possui músicas e
danças típicas de sua região e cultura. Situações como estas que, por meio da
dança, existe o conhecimento, cultura e aprendizados de outras regiões onde se
encontra o alunado inserido nas escolas.

FIGURA 2 - DANÇAS GAÚCHAS, TÍPICAS DO SUL DO BRASIL

FONTE: Disponível em: <http://www.google.com.br/imgres. Acesso em: 9 jan. 2013.

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FIGURA 3 - DANÇA INDÍGENAS, TÍPICAS DO NORTE E DO CENTRO-OESTE

FONTE: Disponível em: < http://www.google.com.br/imgres? Acesso em 9 jan. 2013.

FIGURA 4 - XAXADO, DANÇA TÍPICA DA REGIÃO NORDESTE

FONTE: Disponível em: < http://www.google.com.br/imgres?Acesso em: 9 jan. 2103.

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A região Sudeste é caracterizada pelo samba, pagode, quadrilha e outras
danças mais modernas como o funk, o hip-hop, e o black. O próprio samba como
expressão popular.
Viola e Cantoria (2012) trazem ainda outras maneiras de utilizar a música,
não somente pela dança, mas o envolvimento dela como um todo. Para esta
situação, uma linguagem artística não pode ser tratada dissociada de outras
manifestações artísticas, sendo assim, a relação entre música e movimento, fazendo
inclusive um entendimento do papel da música na dança e no corpo, se faz de suma
importância propiciando uma reflexão corporal para a aprendizagem musical.
Relaxamento: com música suave. Deitado. Percorrer a reflexão sobre cada
parte do corpo, tentando imaginar uma luz, que percorre muito lentamente,
demonstrando a importância da consciência corporal, tentando sentir-se alegre, em
harmonia e segurança, podem-se incluir sons da natureza.
O trabalho pode se estender com imaginação de lugares e até mesmo de
sons.
O diálogo é construído em cima das sensações observadas durante a
dinâmica, assim como os possíveis incômodos. Após a realização do relaxamento e
conscientização corporal, inicia-se a aula normalmente a partir da aprendizagem de
cada aluno.
Espera-se que, a partir deste processo possa se esperar do aluno, que
busca mais conhecimentos musicais, uma maior concentração, harmonia consigo
mesmo, com a música, e com o seu próprio processo de aprender e se
compreender.

1.6 Breve histórico sobre a arte no Brasil e no mundo, voltada para a educação na
escola
Uma transcrição literal de arte no Brasil é o que é apontado por Barbosa
(apud PONTES, 2009, p. 38) em que:

Nas últimas décadas do século XX, no Brasil, educadores ligados à Arte


têm empreendido o movimento de resgate de sua valorização profissional e

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da valorização da Arte como um conhecimento que deve estar presente nos
currículos em todos os níveis de ensino. Articulam, assim, diretrizes
diferentes para a presença desse conhecimento na escola. Essas diretrizes
emergem como fruto da luta em defesa da presença da Arte no currículo e
de mudanças conceituais no seu ensino. Mudança e valorização conceitual
no intuito de devolver – Arte à educação é favorecer a todos o acesso aos
códigos artísticos e às possibilidades de expressão desses códigos. O
objetivo daqueles que acreditam nesses pressupostos conceituais é
contribuir para a difusão da Arte na escola, garantindo a possibilidade
igualitária de acesso ao seu conhecimento. É preciso levar a Arte, que está
circunscrita a um mundo socialmente limitado a se expandir, tornando-se
patrimônio cultural da maioria.

Ainda nesta perspectiva, Araújo e Fratari (2011) apontam que a disciplina de


desenho, trabalhos manuais, música e conto orfeônico, fazendo parte do currículo
das escolas primárias e secundárias. Com 30 anos de atividade em todo o Brasil, o
canto orfeônico foi substituído pela educação musical, entre os anos 20 e 70 o
ensino de arte volta-se para o desenvolvimento natural da criança. No período que
vai dos anos 20 aos dias de hoje, vive-se um crescimento cultural tanto dentro
quanto fora das escolas.

1.7 A arte e seu potencial para a criatividade

A vivência do mundo simbólico e a ampliação das experiências perceptivas que


fornecem elementos para a representação infantil dão-se no contato com o outro. Para
Pontes (2009, p. 49), tal resolutividade beneficia os laços entre o professor e o aluno
que pode, através do trabalho com o aprimoramento das potencialidades perceptivas,
conforme as palavras da autora, “enriquecer as experiências das crianças de
conhecimento artístico e estético, e isto se dá quando elas são orientadas para
observar, ver, tocar, enfim, perceber as coisas, a natureza e os objetos à sua volta”.

FIM DO MÓDULO I

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