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Apostila Digital Licenciada para william da silva martins - uillmartins92@gmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
Apostila Digital Licenciada para william da silva martins - uillmartins92@gmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Obs.:
1) As letras x, y, z (final do alfabeto) são usadas co-
RACIOCÍNIO LÓGICO mo variáveis (valor variável)
2) quando o termo algébrico não vier expresso o co-
QUANTITATIVO eficiente ou parte numérica fica subentendido que
este coeficiente é igual a 1.
1. Estruturas lógicas; lógica de argumentação. 3 4 3 4
Exemplo: 1) a bx = 1.a bx 2) –abc = –1.a.b.c
2. Diagramas lógicos. Termos semelhantes: Dois ou mais termos são se-
3. Trigonometria. melhantes se possuem as mesmas letras elevadas aos
4. Álgebra linear. mesmos expoentes e sujeitas às mesmas operações.
5. Probabilidades.
6. Combinações. Exemplos:
7. Arranjos e permutação. 3 3 3
1) a bx, –4a bx e 2a bx são termos semelhantes.
8. Geometria básica. 3 3 3
2) –x y, +3x y e 8x y são termos semelhantes.
As questões devem estabelecer a estrutura lógica de
relações arbitrárias entre pessoas, lugares, coisas ou brico: E a soma
Grau de um monômio ou termo algé
eventos fictícios e deduzir novas informações a partir dos expoentes da parte literal.
das relações fornecidas.. Nenhum conhecimento mais
profundo de lógica formal ou matemática será necessá- Exemplos:
rio para resolver as questões de raciocínio lógico- 4 3 4 3 1
1) 2 x y z = 2.x .y .z (somando os expoentes da
analítico. parte literal temos, 4 + 3 + 1 = 8) grau 8.
ÁLGEBRA LINEAR Expressão polinômio: É toda expressão literal
constituída por uma soma algébrica de termos ou mo-
EQUAÇÕES
nômios.
EXPRESSÕES LITERAIS OU ALGÉBRICAS
2 2
Exemplos: 1)2a b – 5x 2)3x + 2b+ 1
IGUALDADES E PROPRIEDADES
São expressões constituídas por números e letras, Polinômios na variável x são expressões polinomiais
unidos por sinais de operações. com uma só variável x, sem termos semelhantes.
2 2
Exemplo: 3a ; –2axy + 4x ; xyz; x + 2 , é o mesmo Exemplo:
3 2
2 2 5x + 2x – 3 denominada polinômio na variável x cuja
que 3.a ; –2.a.x.y + 4.x ; x.y.z; x : 3 + 2, as letras a, x, y 2 3 n
forma geral é a0 + a1x + a2x + a3x + ... + anx , onde a0,
e z representam um número qualquer.
a1, a2, a3, ..., an são os coeficientes.
Chama-se valor numé rico de uma expressão algébri-
Grau de um polinômio não nulo, é o grau do monô-
ca quando substituímos as letras pelos respectivos valo-
mio de maior grau.
res dados:
2 4 2
2 Exemplo: 5a x – 3a x y + 2xy
Exemplo: 3x + 2y para x = –1 e y = 2, substituindo
2
os respectivos valores temos, 3.(–1) + 2.2 → 3 . 1+ 4 Grau 2+1 = 3, grau 4+2+1= 7, grau 1+1= 2, 7 é o
→ 3 + 4 = 7 é o valor numérico da expressão. maior grau, logo o grau do polinômio é 7.
Exercícios Exercícios
Calcular os valores numéricos das expressões: 1) Dar os graus e os coeficientes dos monômios:
1) 3x – 3y para x = 1 e y =3 2
a)–3x y z grau coefciente__________
2) x + 2a para x =–2 e a = 0 7 2 2
b)–a x z grau coeficiente__________
2
3) 5x – 2y + a para x =1, y =2 e a =3 c) xyz grau coeficiente__________
Respostas: 1) –6 2) –2 3) 4
2) Dar o grau dos polinômios:
brico ou monômio: é qualquer número
Termo algé 4 2
a) 2x y – 3xy + 2x grau __________
real, ou produto de números, ou ainda uma expressão b) –2+xyz+2x y
5 2
grau __________
na qual figuram multiplicações de fatores numéricos e
literais. Respostas:
4
Exemplo: 5x , –2y, 3 x , –4a , 3,–x 1) a) grau 4, coeficiente –3
b) grau 11, coeficiente –1
Partes do termo algébrico ou monômio. c) grau 3, coeficiente 1
2) a) grau 5 b) grau 7
Exemplo:
sinal (–) CÁLCULO COM EXPRESSÕES LITERAIS
5
–3x ybz 3 coeficiente numérico ou parte numérica
5
x ybz parte literal Adição e Subtração de monômios e expressões poli-
nômios: eliminam-se os sinais de associações, e redu-
Raciocínio Lógico Quantitativo 1 A Opção Certa Para a Sua Realização
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APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
zem os termos semelhantes. Note que o x foi para o 1.º membro e o 3 foi para o
2.º membro com as operações invertidas.
Exemplo: Dizemos que 5 é a solução ou a raiz da equação, di-
2 2
3x + (2x – 1) – (–3a) + (x – 2x + 2) – (4a) zemos ainda que é o conjunto verdade (V).
2 2
3x + 2x – 1 + 3a + x – 2x + 2 – 4a =
2 2
3x + 1.x + 2x – 2x + 3a – 4a – 1 + 2 = Exercícios
2
(3+1)x + (2–2)x + (3–4)a – 1+2 = Resolva as equações :
2
4x + 0x – 1.a + 1 = 1) 3x + 7 = 19 2) 4x +20=0
2
4x – a + 1 3) 7x – 26 = 3x – 6
6x – 2y = 4
22 Respostas: 1.º caso
11x+ 0=22 ⇒ 11x = 22 ⇒ x = ⇒x=2 2 2
11 1) a + 4a + 4 2) 9 + 12a + 4a
4 2 2
Substituindo x = 2 na equação I: 3) x + 6x a + 9a
5x + 2y = 18
5 . 2 + 2y = 18 2.º Caso : Quadrado da diferença
2 2 2
10 + 2y = 18 (a – b) = (a – b). (a – b) = a – ab – ab - b
2y = 18 – 10 ↓ ↓
2 2
2y = 8 1.º 2.º ⇒ a – 2ab + b
8
y= Resumindo: “O quadrado da diferença é igual ao
2
y =4 quadrado do 1.º menos duas vezes o 1.º pelo 2.º mais o
então V = {(2,4)} quadrado do 2.º.
Exemplo 1: Determine os números naturais de modo Exercícios. Efetuar os produtos da soma pela dife-
que 4 + 2x > 12. rença:
4 + 2x > 12 1) (a – 2) (a + 2) 2) (2a – 3) (2a + 3)
2 2
2x > 12 – 4 3) (a – 1) (a + 1)
8
2x > 8 ⇒ x > ⇒ x>4 Respostas: 3.º caso
2 2 2
1) a – 4 2) 4a – 9
4
3) a – 1
Exemplo 2: Determine os números inteiros de modo
que 4 + 2x ≤ 5x + 13 FATORAÇÃO ALGÉBRICA
4+2x ≤ 5x + 13
2x – 5x ≤ 13 – 4 1.º Caso: Fator Comum
–3x ≤ 9 . (–1) ⇒ 3x ≥ – 9, quando multiplicamos por
(-1), invertemos o sinal dê desigualdade ≤ para ≥, fica: Exemplo 1:
−9 2a + 2b: fator comum é o coeficiente 2, fica:
3x ≥ – 9, onde x ≥ ou x ≥ – 3
3 2 .(a+b). Note que se fizermos a distributiva voltamos
no início (Fator comum e distributiva são “operações
Exercícios. Resolva: inversas”)
1) x – 3 ≥ 1 – x,
2) 2x + 1 ≤ 6 x –2 Exercícios. Fatorar:
1) 5 a + 5 b 2) ab + ax 3) 4ac + 4ab
3) 3 – x ≤ –1 + x
Respostas: 1) x ≥ 2 2) x ≥ 3/4 3) x ≥ 2
Respostas: 1.º caso
PRODUTOS NOTÁVEIS 1) 5 .(a +b ) 2) a. (b + x)
3) 4a. (c + b)
1.º Caso: Quadrado da Soma
2 2 2
(a + b) = (a+b). (a+b)= a + ab + ab + b Exemplo 2:
2
↓ ↓ 3a + 6a: Fator comum dos coeficientes (3, 6) é 3,
2 2
1.º 2.º ⇒ a + 2ab +b porque MDC (3, 6) = 3.
Exemplo 2: Exemplos:
2
4 – a , extrair as raízes dos extremos 4 = 2, a2 1) 2, 3 2 , - 2 são semelhantes observe o n = 2
2
= a, fica: (4 – a ) = (2 – a). (2+ a) “raiz quadrada” pode omitir o índice, ou seja, 2 5 = 5
Simplificação de Radicais 2
Podemos simplificar radicais, extraindo parte de raí- Outros exemplos: devemos fazer:
3
n n
2
zes exatas usando a propriedade a simplificar índice
2 3
22 2 ⋅ 3 22 23 4 23 4 3
com expoente do radicando. ⋅ = = = = 4
Exemplos:
3
21 3
22
3
21 ⋅ 22
3
23 2
1)Simplificar 12
decompor 12 em fatores primos: Exercícios.
12 2 Racionalizar:
3
2 1 3 2
6 2 12 = 22 ⋅ 3 = 22 ⋅ 3 = 2 3 1) 2) 3)
3 3 3
3 3 4 2 2 3
1
Exemplos: 2
∆ = b - 4ac logo se ∆ > 0 podemos escrever:
2
3x - 6x + 8 = 0
2
2x + 8x + 1 = 0
2
x + 0x – 16 = 0
2
y -y+9 =0 −b± ∆
x=
2
- 3y - 9y+0 = 0
2
5x + 7x - 9 = 0 2a
COEFICIENTE DA EQUAÇÃO DO 2.º GRAU RESUMO
Os números a, b, c são chamados de coeficientes da NA RESOLUÇÃO DE EQUAÇÕES DO 2.º GRAU
equação do 2.º grau, sendo que: COMPLETA PODEMOS USAR AS DUAS FORMAS:
2 2
• a representa sempre o coeficiente do termo x . 2 ou ∆ = b - 4ac
• b representa sempre o coeficiente do termo x. −b ± b − 4 a c
x=
• c é chamado de termo independente ou termo 2a −b± ∆
constante. x=
2a
Exemplos:
2
a)3x + 4x + 1= 0
2
b) y + 0y + 3 = 0 Exemplos:
2
a =3,b = 4,c = 1 a = 1,b = 0, c = 3 a) 2x + 7x + 3 = 0 a = 2, b =7, c = 3
2 2
2
c) – 2x –3x +1 = 0 d) 7y + 3y + 0 = 0 − b ± b2 − 4 a c − (+ 7 ) ± (7 ) − 4 ⋅ 2 ⋅ 3
a = –2, b = –3, c = 1 a = 7, b = 3, c = 0 x= ⇒ x=
2a 2⋅2
Exercícios − (+ 7 ) ± 49 − 24 − (+ 7 ) ± 25
Destaque os coeficientes: x= ⇒x =
2 2 4 4
1)3y + 5y + 0 = 0 2)2x – 2x + 1 = 0 − (+ 7 ) ± 5 −7 + 5 -2 -1
2 2
3)5y –2y + 3 = 0 4) 6x + 0x +3 = 0 x= ⇒x'= = =
4 4 4 2
Respostas: −7 − 5 -12
x"= = =-3
1) a =3, b = 5 e c = 0 4 4
2)a = 2, b = –2 e c = 1 −1
3) a = 5, b = –2 e c =3 S = , - 3
2
4) a = 6, b = 0 e c =3
c)
2
9x – 81= 0 b2 − b2 + 4ac
2 x'⋅x "= ⇒
9x = 81 4a2
2 81
x = 4ac c
9 x'⋅x "= ⇒ x '⋅x " =
2
x = 9 4a2 a
x= ± 9
c
x=±3 Daí o produto das raízes é igual a ou seja:
S = { ±3} a
c
x '⋅ x " = ( Relação de produto)
Equação da forma: ax = 0 onde b = 0, c = 0 a
A equação incompleta ax = 0 admite uma única
solução x = 0. Exemplo: Sua Representação:
2
3x = 0 • Representamos a Soma por S
S=x'+ x"= − =-
b (-72) = 72 = 8 Daí temos: x + bx + c = 0
a 9 9
c 45
P = x '⋅ x " = = =5
a 9
2
2) 3x +21x – 24= 0 a = 3, b = 21,c = –24
S=x'+x"= − =-
b (21) = - 21 = −7
a 3 3
P = x '⋅x " = =
(
c + - 24 ) =
− 24
= −8 REPRESENTAÇÃO
a 3 3 Representando a soma x’ + x” = S
a = 4, Representando o produto x’ . x” = P
2
E TEMOS A EQUAÇÃO: x – Sx + P = 0
2
3) 4x – 16 = 0 b = 0, (equação incompleta)
c = –16 Exemplos:
b 0 a) raízes 3 e – 4
S = x ' + x "= − = = 0 S = x’+ x” = 3 + (-4) =3 – 4 = –1
a 4
P = x’ .x” = 3 . (–4) = –12
c + (- 16 ) − 16 x – Sx + P = 0
P = x '⋅ x " = = = = −4 2
a 4 4 x + x – 12 = 0
a = a+1
2
4) ( a+1) x – ( a + 1) x + 2a+ 2 = 0 b = – (a+ 1) b) 0,2 e 0,3
c = 2a+2 S = x’+ x” =0,2 + 0,3 = 0,5
S=x'+x"= − =-
b [- (a + 1)] = a + 1 = 1 P = x . x =0,2 . 0,3 = 0,06
2
a a +1 a +1 x – Sx + P = 0
2
x – 0,5x + 0,06 = 0
c 2a + 2 2(a + 1)
P = x'⋅x " = = = =2
a a +1 a +1 5 3
c) e
2 4
Se a = 1 essas relações podem ser escritas:
5 3 10 + 3 13
b S = x’+ x” = + = =
x'+ x"= − x ' + x " = −b 2 4 4 4
1
5 3 15
c P=x.x= . =
x'⋅x "= x '⋅ x "=c 2 4 8
1 2
x – Sx + P = 0
Exemplo: 2 13 15
2
x – x+ =0
x –7x+2 = 0 a = 1, b =–7, c = 2 4 8
S=x'+x"= − =-
b (- 7)
=7
a 1 d) 4 e – 4
S = x’ +x” = 4 + (–4) = 4 – 4 = 0
c 2
P = x'⋅x " = = = 2 P = x’ . x” = 4 . (–4) = –16
a 1 2
x – Sx + P = 0
2
EXERCÍCIOS x –16 = 0
Calcule a Soma e Produto
2
1) 2x – 12x + 6 = 0 Exercícios
2
2) x – (a + b)x + ab = 0 Componha a equação do 2.º grau cujas raízes são:
2
3) ax + 3ax–- 1 = 0 −4
2
4) x + 3x – 2 = 0 1) 3 e 2 2) 6 e –5 3) 2 e
5
Respostas: 4) 3 + 5e3– 5 5) 6 e 0
1) S = 6 e P = 3
2) S = (a + b) e P = ab Respostas:
2 2
−1 1) x – 5x+6= 0 2) x – x – 30 = 0
3) S = –3 e P =
a 2 −6 x 8
3)x – – =0
4) S = –3 e P = –2 5 5
2 2
4) x – 6x + 4 = 0 5) x – 6x = 0
Exemplo:
Qual é o número cuja soma de seu quadrado com
seu dobro é igual a 15?
número procurado : x
2
equação: x + 2x = 15 Observações:
Na função constante, f ( x ) = c ; o conjunto imagem é
Resolução: unitário.
2
x + 2x –15 = 0
2 2
∆ =b – 4ac ∆ = (2) – 4 .1.(–15) ∆ = 4 + 60 A função constante não é sobrejetora, não é injetora e
∆ = 64 não é bijetora; e, em consequência disto, ela não admite
− 2 ± 64 −2 ± 8 inversa.
x= x=
2 ⋅1 2 Exemplo:
−2 + 8 6 Consideremos a função y = 3, na qual a = 0 e b = 3
x'= = =3
2 2 Atribuindo valores para x Є lR determinamos y Є lR
−2 − 8 −10 xЄR y=0.X+3 y Є lR (x, y)
x"= = = −5 –3 y = 0 .(–3)+ 3 y = 3 (–3, 3)
2 2
–2 y = 0. (–2) + 3 y = 3 (–2, 3)
Os números são 3 e – 5. –1 y = 0. (–1) + 3 y = 3 (–1, 3)
0 y = 0. 0 + 3 y=3 ( 0, 3)
Verificação: 1 y = 0. 1 + 3 y=3 (1 , 3)
2
x + 2x –15 = 0
2
x + 2x –15 = 0 2 y = 0. 2 + 3 y=3 ( 2, 3)
2 2
(3) + 2 (3) – 15 = 0 (–5) + 2 (–5) – 15 = 0
9 + 6 – 15 = 0 25 – 10 – 15 = 0 Você deve ter percebido que qualquer que seja o valor
0=0 0=0 atribuído a x, y será sempre igual a 3.
(V) (V)
S = { 3 , –5 } Representação gráfica:
Resumindo:
VARIAÇÃO DO SINAL DA FUNÇÃO LINEAR
∀ x ∈ lR | x > 3 ⇒ y<0
A variação do sinal da função linear y = ax + b é forne- ∀ x ∈ lR | x < 3 ⇒ y>0
cida pelo sinal dos valores que y adquire, quando atribuí- ∃ x ∈ lR | x = 3 ⇒ y=0
mos valores para x.
a) para x = 2 obtém-se y = 0
b) para x > 2 obtém-se para y valores positivos, isto
é, y > 0. y tem o mesmo sinal de a quando x assume valores
c) para x < 2 obtém-se para y valores negativos, isto maiores que a raiz.
é, y < 0. y tem sinal contrário ao de a quando x assume valores
Resumindo: menores que a raiz.
∀ x ∈ lR | x > 2 ⇒ y>0
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
∀ x ∈ lR | x < 2 ⇒ y<0 01) Determine o domínio das funções definidas por:
2
∀ x ∈ lR | x = 2 ⇒ y=0 a) f ( x ) = x + 1
x3 + 1
Esquematizando: b) f ( x ) =
x−4
x −1
c) f ( x ) =
x−2
Solução:
a) Para todo x real as operações indicadas na
fórmula são possíveis e geram como resultado
2º CASO: a < 0 um número real dai: D ( f ) = IR
Consideremos a função y = –2x + 6, onde a = – 2 e b) Para que as operações indicadas na fórmula se-
b = 6. jam possíveis, deve-se ter: x – 4 ≠ 0, isto é, x
≠ 4. D ( f ) = { x Є lR | x ≠ 4}
c) Devemos ter:
x –1 ≥ 0 e x–2 ≠0
x ≥ 1 x ≠2
e daí: D ( f ) = { x Є lR | x ≥ 1 e x ≠ 2 }
Resposta:
Somente o gráfico 3 não é função, porque existe x 05) Dentre os diagramas seguintes, assinale os que
com mais de uma imagem y, ou seja, traçando-se uma representam função e dê D ( f ) e Im( f )
reta paralela ao eixo y, ela pode Interceptar a curva em
mais de um ponto. Ou seja:
a) Determinação da raiz:
y = 2x – 6 = 0 ⇒ 2x = 6 ⇒ x = 3
Portanto, y = 0 para x = 3.
b) Determinação do sinal de y:
Se x > 3 , então y > 0 (mesmo sinal de a)
Se x < 3 , então y < 0 (sinal contrário de a)
Respostas:
1) È função ; D(f) = {a.b,c,d} e Im(f) = {e,f }
2) Não é função
3) È função ; D(f) = {1, 2, 3} e Im(f) = { 4, 5, 6 }
4) È função ; D(f) = {1, 2, 3 } e Im(f) = { 3, 4, 5}
5) Não é função
04) Estudar o sinal da fundão y = –3x + 5 6) È função ; D(f) = {5, 6, 7, 8, 9} e Im(f) = {3}
Solução: 7) É função ; D(f) = { 2 } e Im(f) = { 3 }
a = –3 (sinal de a) b=+5
06) Construa o gráfico das funções:
a) Determinação da raiz: 1
a) f(x) = 3x b) g ( x ) = – x
5 2
y = –3x + 5 = 0 ⇒ –3x = – 5 ⇒ x=
3 2 5
c) h ( x ) = 5x + 2 d) i ( x ) = x +
3 2
ANÁLISE COMBINATÓRIA
Solução: Aplicações
Desenhamos o gráfico de f e o projetamos sobre o 1) Uma moça dispõe de 4 blusas e 3 saias. De
eixo 0x quantos modos distintos ela pode se vestir?
x y Solução:
O segmento AB é o gráfico de f; sua
–1 –3 A escolha de uma blusa pode ser feita de 4 manei-
projeção sobre o eixo 0y nos dá:
2 3 ras diferentes e a de uma saia, de 3 maneiras diferen-
Im ( f ) = [ – 3 , 3 ]
tes.
Blusa saia
4 . 3 = 12 modos diferentes
Respostas:
a) decrescente b) crescente Como para cada percurso escolhido de A a B temos
c) crescente d) decrescente ainda 5 possibilidades para ir de B a C, o número de
trajetos pedido é dado por: 4 . 5 = 20.
09) Fazer o estudo da variação do sinal das funções:
1) y = 3x + 6 6) y = 5x – 25 Esquema:
2) y = 2x + 8 7) y = –9x –12 Percurso Percurso
3) y = –4x + 8 8) y = –3x –15 AB BC
4) y = –2x + 6 9) y = 2x + 10
5) y = 4x – 8
4 . 5 = 20
Respostas:
Exercícios
1) Uma indústria automobilística oferece um determi-
nado veículo em três padrões quanto ao luxo, três
tipos de motores e sete tonalidades de cor. Quan-
tas são as opções para um comprador desse car-
ro?
2) Sabendo-se que num prédio existem 3 entradas
diferentes, que o prédio é dotado de 4 elevadores e
que cada apartamento possui uma única porta de
6) Quantos números de 3 algarismos distintos po- entrada, de quantos modos diferentes um morador
demos formar com os algarismos 1, 2, 3, 4, 5, 6, pode chegar à rua?
7, 8 e 9? 3) Se um quarto tem 5 portas, qual o número de ma-
(n + 2) ! + (n + 1) !
8) Obtenha n, que verifique 8n! =
n +1
Introdução:
Consideremos os números de três algarismos
distintos formados com os algarismos 1, 2 e 3. Esses
números são : 123 132 213 231 312 321
e) Devemos permutar entre si 6 elementos, tendo
A quantidade desses números é dada por A3,3= 6. considerado as letras T, R, E como um único elemento:
{
{
4) De quantos modos diferentes podemos dispor Assim, 1 temos:
2 1 1
as letras da palavra ESPANTO, de modo que as 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 !
vogais e consoantes apareçam juntas, em p5(2,1,1) = = 60 anagramas
2!
qualquer ordem?
5) obtenha o número de anagramas formados com
Exercícios
as letras da palavra REPÚBLICA nas quais as
1) O número de anagramas que podemos formar
vogais se mantenham nas respectivas posições.
com as letras da palavra ARARA é:
a) 120 c) 20 e) 30
PERMUTAÇÕES SIMPLES, COM ELEMENTOS RE- b) 60 d) 10
PETIDOS
2) O número de permutações distintas possíveis
Dados n elementos, dos quais : com as oito letras da palavra PARALELA,
α1 são iguais a a1 → a1 , a1 , . . ., a1 começando todas com a letra P, será de ;
α1 a) 120 c) 420 e) 360
α 2 são iguais a a2 → a2, a2 , . . . , a2 b) 720 d) 24
α2
. . . . . . . . . . . . . . . . . 3) Quantos números de 5 algarismos podemos
formar com os algarismos 3 e 4 de maneira que
ar → ar , ar , . . . , ar
αr são iguais a o 3 apareça três vezes em todos os números?
αr
a) 10 c) 120 e) 6
b) 20 d) 24
sendo ainda que: α1 + α 2 + . . . + αr = n, e indicando-
se por pn (α1, α 2 , . . . α r ) o número das permutações 4) Quantos números pares de cinco algarismos
simples dos n elementos, tem-se que: podemos escrever apenas com os dígitos 1, 1,
2, 2 e 3, respeitadas as repetições
apresentadas?
Aplicações a) 120 c) 20 e) 6 b) 24 d) 12
1) Obter a quantidade de números de 4 algarismos
5) Quantos anagramas da palavra MATEMÁTICA
n! terminam pela sílaba MA?
pn (α1, α 2 , . . . αr ) = a) 10 800 c) 5 040 e) 40 320
α1 ! α ! . . . αr !
b) 10 080 d) 5 400
Fórmula:
n!
C n ,p = , p≤n e { p, n } ⊂ lN
p! ( n - p )!
Solução:
Aplicações Um triângulo fica identificado quando escolhemos 3
1) calcular: desses pontos, não importando a ordem. Assim, o nú-
a) C7,1 b) C7,2 c) C7,3 d) C7,4 mero de triângulos é dado por:
8! 8 ⋅ 7 ⋅ 6 . 5!
Solução: C 8,3 = = = 56
7! 7 ⋅ 6!
3!5 ! 3 ⋅ 2 . 5!
a) C7,1 = = =7
1! 6 ! 6! 6) Em uma reunião estão presentes 6 rapazes e 5
7! 7 ⋅ 6 ⋅ 5 ! moças. Quantas comissões de 5 pessoas, 3 ra-
b) C7,2 = = = 21
2! 5! 2 ⋅ 1 ⋅ 5 ! pazes e 2 moças, podem ser formadas?
7! 7 ⋅ 6 ⋅ 5 ⋅ 4!
c) C7,3 = = = 35 Solução:
3!4! 3 ⋅ 2 ⋅ 1 ⋅ 4 ! Na escolha de elementos para formar uma
7! 7 ⋅ 6 ⋅ 5 ⋅ 4! comissão, não importa a ordem. Sendo assim :
d) C7,4= = = 35
4!3! 4! ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅ 1 6!
• escolher 3 rapazes: C6,3 = = 20 modos
3!3!
2) Quantos subconjuntos de 3 elementos tem um 5!
conjunto de 5 elementos? • escolher 2 moças: C5,2= = 10 modos
2! 3!
5! 5 ⋅ 4 ⋅ 3!
C5,3 = = = 10 subconjunt os
3! 2! 3! ⋅ 2 ⋅ 1 Como para cada uma das 20 triplas de rapazes te-
mos 10 pares de moças para compor cada comissão,
Cn,3 4 então, o total de comissões é C6,3 . C5,2 = 200.
3) obter n, tal que =
Cn,2 3
7) Sobre uma reta são marcados 6 pontos, e sobre
Solução: uma outra reta, paralela á primeira, 4 pontos.
a) Quantas retas esses pontos determinam?
b) Quantos triângulos existem com vértices em
três desses pontos?
Raciocínio Lógico Quantitativo 18 A Opção Certa Para a Sua Realização
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distintos. Obtenha:
Solução: a) o número de retas distintas que esses
a) C10,2 – C6,2 – C4,2 + 2 = 26 retas onde pontos determinam;
b) o número de triângulos com vértices nesses
C6,2 é o maior número de retas possíveis de serem pontos;
determinadas por seis pontos C4,2 é o maior número c) o número de quadriláteros com vértices
de retas possíveis de serem determinadas por nesses pontos;
quatro pontos . d) o número de hexágonos com vértices
nesses pontos.
9) Numa circunferência marcam-se 7 pontos 21) Em um piano marcam-se vinte pontos, não
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alinhados 3 a 3, exceto cinco que estão sobre rumar a travessa e servi-la foi instruído para que
uma reta. O número de retas determinadas por a mesma contenha sempre só dois tipos dife-
estes pontos é: rentes de salgadinhos frios e dois diferentes dos
a) 180 quentes. De quantos modos diversos pode o
b) 1140 garçom, respeitando as instruções, selecionar
c) 380 os salgadinhos para compor a travessa?
d) 190 a) 90 d) 38
e) 181 b) 21 e) n.d.a.
c) 240
22) Quantos paralelogramos são determinados por
um conjunto de sete retas paralelas, 29) Em uma sacola há 20 bolas de mesma dimen-
interceptando um outro conjunto de quatro retas são: 4 são azuis e as restantes, vermelhas. De
paralelas? quantas maneiras distintas podemos extrair um
a) 162 conjunto de 4 bolas desta sacola, de modo que
b) 126 haja pelo menos uma azul entre elas?
c) 106 20 ! 16 ! 1 20 ! 16 !
d) 84 a) − d) ⋅ −
16 ! 12 ! 4 ! 16 ! 12 !
e) 33
20 !
b) e)n.d.a.
23) Uma lanchonete que vende cachorro quente o- 4 ! 16 !
ferece ao freguês: pimenta, cebola, mostarda e 20 !
molho de tomate, como tempero adicional. c)
16 !
Quantos tipos de cachorros quentes diferentes
(Pela adição ou não de algum tempero) podem
ser vendidos? 30) Uma classe tem 10 meninos e 9 meninas.
Quantas comissões diferentes podemos formar
a) 12
com 4 meninos e 3 meninas, incluindo obrigato-
b) 24
riamente o melhor aluno dentre os meninos e a
c) 16
d) 4 melhor aluna dentre as meninas?
e) 10 a) A10,4 . A9,3 c) A9,2 – A8,3 e) C19,7
b) C10,4 - C9, 3 d) C9,3 - C8,2
24) O número de triângulos que podem ser traçados
31) Numa classe de 10 estudantes, um grupo de 4
utilizando-se 12 pontos de um plano, não ha-
será selecionado para uma excursão, De quan-
vendo 3 pontos em linha reta, é:
a) 4368 tas maneiras distintas o grupo pode ser forma-
b) 220 do, sabendo que dos dez estudantes dois são
marido e mulher e apenas irão se juntos?
c) 48
a) 126 b) 98 c) 115 d)165 e) 122
d) 144
e) 180
RESPOSTAS
25) O time de futebol é formado por 1 goleiro, 4 de-
fensores, 3 jogadores de meio de campo e 3 a-
Principio fundamental da contagem
tacantes. Um técnico dispõe de 21 jogadores,
1) 63 14) 24
sendo 3 goleiros, 7 defensores, 6 jogadores de
2) 12 15) 90 pares e 120 ím-
meio campo e 5 atacantes. De quantas manei-
3) 20 pares
ras poderá escalar sua equipe?
4) 72 16) 18
a) 630
5) 6 760 000 17) 48
b) 7 000
9 6) 45 697 600 18) 72
c) 2,26 . 10
7) 216 19) 1 680
d) 21000
8) 180 20) 504
e) n.d.a.
9) 360 21) 30
10) 2 520 22) 20
26) Sendo 5 . Cn, n - 1 + Cn, n - 3, calcular n.
11) 120 23) 720
12) 4 536 24) 48
27) Um conjunto A possui n elementos, sendo n ≥
13) 60 25) 72
4. O número de subconjuntos de A com 4
26) 96
elementos é:
a)
[n !] c) ( n – 4 ) ! e) 4 ! Arranjos simples
24( n - 4 ) 1) a) 8 c) 336
n! b) 56 d) 1680
b) d) n !
(n-4)
2) a) 9 b) 89,6
28) No cardápio de uma festa constam 10 diferentes 3) a) s = {3} b) S = {4} c) S = {5}
tipos de salgadinhos, dos quais apenas 4 serão
servidos quentes. O garçom encarregado de ar-
Raciocínio Lógico Quantitativo 20 A Opção Certa Para a Sua Realização
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APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Fatorial Se as bolas da urna fossem todas vermelhas, a ex-
1) e 2) e tração de uma vermelha seria certa e de probabilidade
3) a) 132 b) 43 c) 35 d) 330 igual a 1. Consequentemente, a extração de uma bola
n+2 5M − 2 branca seria impossível e de probabilidade igual a zero.
4) a) n b) c) n + 2 d) 1 e)
n +1 M
5) n = 9 b) n = 5 c) n = 3 d) n = 6 Espaço amostral:
Dado um fenômeno aleatório, isto é, sujeito ás leis do
6) a acaso, chamamos espaço amostral ao conjunto de todos
os resultados possíveis de ocorrerem. Vamos indica-lo
7) a) S = {10} b) S = {3} pela letra E.
8) n = 5 EXEMPLOS:
Lançamento de um dado e observação da face
9) n = 17 voltada para cima:
E = {1, 2, 3, 4, 5, 6}
Permutações simples
1) a) 40 320 d) 720 2) 144 Lançamento de uma moeda e observação da face
b) 5 040 e) 4 320 3) 72 voltada para cima :
c) 120 f) 11 520 4) 288 E = {C, R}, onde C indica cara e R coroa.
5) 120
Lançamento de duas moedas diferentes e
Permutações simples com elementos repetidos observação das faces voltadas para cima:
1) d 2) c 3) a 4) d 5) b E = { (C, C), (C, R), (R, C), (R, R) }
dos que não são de A. indica-se por A . 4) Uma urna contém 7 bolas brancas, 5 vermelhas
e 2 azuis. De quantas maneiras podemos retirar
4 bolas dessa urna, não importando a ordem em
que são retiradas, sem recoloca-las?
a) 1 001 d) 6 006
14 !
b) 24 024 e)
7! 5! 2!
Aplicações
1) Considerar o experimento "registrar as faces c) 14!
voltadas para cima", em três lançamentos de
uma moeda. PROBABILIDADE
Sendo n(A) o número de elementos do evento A, e
a) Quantos elementos tem o espaço amostral?
n(E) o número de elementos do espaço amostral E ( A
b) Escreva o espaço amostral.
⊂ E), a probabilidade de ocorrência do evento A, que se
Solução: indica por P(A), é o número real:
a) o espaço amostral tem 8 elementos, pois para n( A )
cada lançamento temos duas possibilidades e, P( A )=
assim: 2 . 2 . 2 = 8. n(E )
b) E = { (C, C, C), (C, C, R), (C, R, C), (R, C, C), (R,
R,C), (R, C, R), (C, R, R), (R, R, R) } OBSERVAÇÕES:
1) Dizemos que n(A) é o número de casos favoráveis
2) Descrever o evento "obter pelo menos uma cara ao evento A e n(E) o número de casos possíveis.
no lançamento de duas moedas". 2) Esta definição só vale se todos os elementos do
espaço amostral tiverem a mesma probabilidade.
Solução:
3) A é o complementar do evento A.
Cada elemento do evento será representado por um
par ordenado. Indicando o evento pela letra A, temos: A
Propriedades:
= {(C,R), (R,C), (C,C)}
3) Obter o número de elementos do evento "soma
de pontos maior que 9 no lançamento de dois
dados".
Solução: Aplicações
O evento pode ser tomado por pares ordenados com 4) No lançamento de duas moedas, qual a
soma 10, soma 11 ou soma 12. Indicando o evento pela probabilidade de obtermos cara em ambas?
letra S, temos:
S = { (4,6), (5, 5), (6, 4), (5, 6), (6, 5), (6, 6)} ⇒ Solução:
⇒ n(S) = 6 elementos Espaço amostral:
E = {(C, C), (C, R), (R, C), (R,R)} ⇒ n(E).= 4
4) Lançando-se um dado duas vezes, obter o nú-
mero de elementos do evento "número par no Evento A : A = {(C, C)} ⇒ n(A) =1
primeiro lançamento e soma dos pontos igual a n( A ) 1
7". Assim: P ( A ) = =
n(E ) 4
Solução:
Indicando o evento pela letra B, temos: 5) Jogando-se uma moeda três vezes, qual a
B = { (2, 5), (4, 3), (6, 1)} ⇒ n(B) = 3 elementos probabilidade de se obter cara pelo menos uma
vez?
Exercícios
1) Dois dados são lançados. O número de Solução:
elementos do evento "produto ímpar dos pontos E = {(C, C, C), (C, C, R), (C, R, C), (R, C, C), (R, R,
obtidos nas faces voltadas para cima" é: C), (R, C, R), (C, R, R), (R. R, R)} ⇒ n(E)= 8
a) 6 b) 9 c) 18 d) 27 e) 30 A = {(C, C, C), (C, C, R), (C, R, C), (R, C, C), (R, R,
C), (R, C, R), (C, R, R) ⇒ n(A) = 7
2) Num grupo de 10 pessoas, seja o evento ''esco-
2
P( A ) =
3
Temos: 1.POSTULADOS
n ( A ∩ B) 1 a) A reta é ilimitada; não tem origem nem
P(B / A ) = =
n (A) 13 extremidades.
b) Na reta existem infinitos pontos.
c) Dois pontos distintos determinam uma única reta
(AB).
2. SEMI-RETA
Um ponto O sobre uma reta divide-a em dois
subconjuntos, denominando-se cada um deles semi-
reta.
Solução: 3. SEGMENTO
AB ∩ BA = AB
A intersecção das duas semi-retas define o
9. MEDIDAS
segmento AB . 1 reto ↔ 90° (noventa graus)
1 raso ↔ 2 retos ↔ 180°
6. ANGULOS SUPLEMENTARES
São ângulos que determinam por soma um ângulo 11. REPRESENTAÇÃO
raso. x é o ângulo; (90° – x) seu complemento e
(180° – x) seu suplemento.
12. BISSETRIZ
É a semi-reta que tem origem no vértice do ângulo e
o divide em dois ângulos congruentes.
7. CONGRUÊNCIA DE ÂNGULOS
O conceito de congruência é primitivo. Não há
definição. lntuitivamente, quando imaginamos dois
ângulos coincidindo ponto a ponto, dizemos que
possuem a mesma medida ou são congruentes (sinal
de congruência: ≅ ).
8. ÂNGULO RETO
Considerando ângulos suplementares e con-
gruentes entre si, diremos que se trata de ângulos
retos.
) )
a ≅ m
) )
b ≅n
) ) ângulos correspondentes congruentes
c ≅ p
) )
d ≅ q Resolução:
De acordo com a figura seguinte, teremos pelo
Consequências: enunciado:
a) ângulos alternos congruentes:
) ) ) )
d ≅ n = 180 0 (alternos a ≅ p (alternos â + â = 320° ⇔ 2â = 320° ⇔ â = 160°
) ) ) )
c ≅ m = 180 0 internos) b ≅ q externos) Sendo b a medida dos ângulos agudos, vem:
) ) ) )
a + b = 180° ou 160° + b = 180° ⇒ b = 20°
b) ângulos colaterais suplementares: Resp.: Os ângulos obtusos medem 160° e os
) )
a + q = 180 o agudos 20°.
) ) (colaterais externos)
b + p = 180 o 5) Na figura, determine x.
) )
d + m = 180 o
) ) (colaterais internos)
c + n = 180 o
G é o baricentro
Propriedade: AG = 2GM
BG = 2GN
CG = 2GP
16.3 - Congruê
ncia de triângulos
Dizemos que dois triângulos são congruentes
quando os seis elementos de um forem congruentes
com os seis elementos correspondentes do outro.
16.6 – Desigualdades
Resolução:
a + b + c = 13
a) 80° + x = 120° ⇒ x = 40°
a = 2b 3b = 9
b) x + 150° + 130° = 360° ⇒ x = 80°
a + b = 9
b =3
e
a = 6 5) Determine x no triângulo:
Resolução:
Portanto: c = 4
Resolução:
) )
∆ABC isósceles, vem: B ≅ C e portanto:
Sendo
) ) ) ) )
B ≅ C = 50° , pois A + B + C = 180° .
Assim, x = 80° + 50° ⇒ x = 130°
17. POLIGONOS
Propriedades:
1) Todas as do paralelogramo.
2) Diagonais congruentes.
n ( n - 3) d) Losango:
d = "Paralelogramo com os quatro lados congruentes".
2
( n = número de lados )
17.4 – Quadriláteros
a) Trapé
zio:
"Dois lados paralelos".
AB // DC
SEMELHANÇAS
1. TEOREMA DE THALES
b) Paralelogramo:
Um feixe de retas paralelas determina sobre um
“Lados opostos paralelos dois a dois”.
feixe de retas concorrentes segmentos cor-
AB // DC e AD // BC respondentes proporcionais.
Propriedades:
1) Lados opostos congruentes.
2) Ângulos apostos congruentes.
3) Diagonais se encontram no ponto médio
AB AC x 9 ⇔ c DE
4.2 - TEOREMA + bPITÁGORAS
=a
2 2 2
= ⇒ = ∴x = 6
MN MC 4 6 2 2 2
4. RELAÇÕES MÉTRICAS NO TRIÂNGULO a +b =c
RETÂNGULO
Exemplo:
Na figura: Na figura, M é ponto médio de BC , Â = 90°
e M̂ = 90°. Sendo AB = 5 e AC = 2, calcule Al.
Resolução:
a) Teorema de Pitágoras:
BC 2 = AB2 + AC2 ⇒ BC2 = 52 + 2 2 ⇒ AB = lado do quadrado ( l 4)
OM = apótema do quadrado (a4)
29 OA = OB = R = raio do círculo
⇒ BC = 29 ≅ 5,38 e MB =
2 Relações:
• AB 2 = R 2 + R 2 ⇒
AB BC
b) ∆ABC ~ ∆MBI ⇔ = ou AB
MB BI • OM = ⇒ l4
2 a4 =
2
5 29 29 • Área do quadrado:
= ⇔ BI = = 2,9 S 4 = l 24
29 BI 10
AI = 2,1
2 b) Triângulo equilátero:
AI = 5 - 2,9 ⇒
5. RELAÇÕES MÉTRICAS NO CÍRCULO
AC = l 3 (lado do triângulo)
OA = R (raio do círculo)
OH = a (apótema do triângulo)
Relações:
2 2 2
• AC = AH + HC ⇒ l3 3
h=
2
Nas figuras valem as seguintes relações: (altura em função do lado)
δ 2 =PA . PB=PM . PN
R = 2a
• AO = 2 OH ⇒
(o raio é o dobro do apótema)
l3 = R 3
P em relação à circunferência.
• Área:
l 23 3
δ 2
= d −R
2 2
S=
4
6. POLÍGONOS REGULARES
a) Quadrado: (área do triângulo equilátero em função do lado)
AB = l 6 (lado do hexágono)
OA = OB = R (raio do círculo) Resolução:
OM = a (apótema) PA . PB = PM . PN ⇒ 2. ( 2 + x ) = 4 X 10
⇔
Relações:
4 + 2 x = 40 ⇔ 2 x = 36 ⇔
• ∆ OAB é equilátero ⇒
⇔ x=18
• OM é altura ∆ OAB ⇒ R 3
a= 4) Calcule a altura de um triângulo equilátero cuja
• Área: 2 2
área é 9 3 m :
3R 2 3 Resolução:
S = 6 ⋅ S ∆ABC ⇒ S= l2 3 l2 3
2 S= ⇒9 3= ∴ l = 6m
4 4
7. EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
1) Num triângulo retângulo os catetos medem 9 cm l 3 6 3
h= ⇒h= ∴ h=3 3 m
e 12 cm. Calcule as suas projeções sobre a 2 2
hipotenusa. A l = 2πR ⋅ 2R = 4πR 2
Resolução:
A T = 2 ⋅ πR 2 + 4πR 2 = 6πR 2
V = πR 2 ⋅ 2R = 2πR 3
TEOREMA DE PITÁGORAS
Relembrando: Triângulo retângulo é todo triângulo
que possui um ângulo interno reto. ( = 90º)
2 2 2
a) Pitágoras: a = b + c ⇒
⇒ a2 =122 + 92 ⇒ a = 15 cm
2
b) C = a . m ⇒ 92 = 15 . m ⇒ m = 5,4
cm
2
c) b = a . n ⇒ 122 = 15 . n ⇒
n = 9,6
cm
2) As diagonais de um losango medem 6m e 8m. Obs: Num triângulo retângulo o lado oposto ao ân-
Calcule o seu perímetro: gulo reto é chamado hipotenusa e os lados adjacentes
Resolução: ao ângulo reto são chamados catetos.
Teorema de Pitágoras
Enunciado: Num triângulo retângulo, o quadrado da
medida da hipotenusa é igual à soma dos quadrados
das medidas dos catetos.
Exemplo:
l 2 = 4 2 + 32 ⇒ l = 5m
a) 5 cm
b) 14 cm
c) 100 cm
d) 10 cm
Nos estudos que faremos nesta unidade, se faz ne- A tangente de um ângulo a indica-se por tg α
cessário diferenciar os dois catetos do triângulo. Usa- cateto oposto a C c
mos para isso a figura que acabamos de ver. tg C = ⇒ tg C = .
cateto adjacente a C b
Tomando como referência o ângulo E. dizemos que: RELAÇÕES TRIGONOMÉTRICAS NUM TRIÂN-
• AC é o cateto oposto de B: GULO QUALQUER
• AB é o cateto adjacente ao ângulo B. No triângulo da figura destacamos:
• h1 : medida de altura relativa ao lado BC:
• h2 : medida da altura relativa ao lado AB,
8 3 x 2 8 3 2
⇒ = ⇒x= .
2 2 2 2
8 6
⇒ `x = ⇒ x=4 6
2
No ∆ retângulo ACH1 ( H1 é reto):
LEI DOS COSENOS
h 1. No triângulo acutângulo ABC,
2
temos b = a +
2
sen C = 1 ⇒ h1 = b ⋅ sen C 2
c - 2am
b
Comparando 1 e 2. temos:
c b
c . sen B = b . sen C ⇒ =
sen C sen B
º
No triângulo retângulo AHB. temos: cos ( 180 – B)
m
=
c
º
Como cos (180 – B) = – cos B, por uma propriedade
não provada aqui, temos que:
Exemplo: No triângulo da figura calcular a medida x:
m
– cos B = ⇒ m = – c . cos B
c
Substituindo 2 em 1, temos:
2 2 2
b = a + c + 2 . a .( –c . cos B )
2 2 2
b = a + c – 2 a c . cos B
Resolução: Dai a lei dos cosenos:
Pela lei dos senos:
Perímetro: 2b + 2h
Exemplo 1
4) Calcule x na figura:
TRAPÉZIO
A =
( 6 + 4) ⋅ 3
2
Perímetro: 2b + 2h 2
A = 15 cm
Exemplo 3
A altura de um paralelogramo é 4 cm e é a LOSANGO
metade de sua base. Qual é suá área ?
Solução: A = b .h
h = 4cm
b =2.h
b = 2 . 4 = 8cm
2
A =8.4 A = 32 m
TRIÂNGULO
D ⋅ d
A =
2
Exemplo 6:
Área do círculo:
A = π R2
A = área do círculo
R = raio
π = 3,14
V = abc
(volume)
(diagonal)
D = a2 + b2 + c 2
2. PIRÂMIDES
São sólidos com uma base plana e um vértice fora
do plano dessa base.
Cálculos:
A b = área do polígono da base.
A l = soma das áreas laterais.
A T = A l + 2A b (área total).
Para a pirâmide temos:
V = Ab . h A b = área da base
(volume)
A l = álea dos triângulos faces laterais
1.1 – Cubo
(área total) AT = Al + Ab
V = Ab ⋅h ( volume )
1 (volume)
V= Ab ⋅ h
3
3.1 - Cilindro equilátero
Logo:
A l = 2πR ⋅ 2R = 4πR 2
g é geratriz.
AT = a2 3 (área total)
∆ ABC é secção meridiana.
a 3
2 ( volume )
V=
12
2 2 2
g =h +R
A l = πRg (área lateral)
A b = πR 2
(área da base)
AT = Al + Ab (área total)
A b = πR 2
( área da base) 1
v= ⋅ Ab ⋅ h (volume)
3
A l = 2πR ⋅ h
( área lateral )
4.1 - Cone equilátero
3) O suplemento de 36°12'28" é:
a) 140º 27’12” b) 143°47'32"
c) 143°57'42" d) 134°03'03"
e) n.d.a.
Volume:
4 10) As medianas de um triângulo se cruzam num
πR 3
3 ponto, dividindo-se em dois segmentos tais que
um deles é:
a) o triplo do outro
Área da secção meridiana: π R2. b) a metade do outro
c) um quinto do outro
2
d) os do outro
3
e) n.d.a.
12 Arcos da circunferê
ncia
8) A base e a altura de um retângulo estão na razão
5
Se um ponto móvel em uma circunferência partir de A e
. Se a diagonal mede 26cm, a base medida será: parar em M, ele descreve um arco AM. O ponto A é a origem
a) 12 cm b) 24 cm c) 16 cm do arco e M é a extremidade do arco.
d) 8 cm e) 5 cm
R G
=
180
Exemplos
1 G
=
π 180
(d) m(AB) = (28cm)/(4cm) = 7 rad Qual é a medida (em graus) de três ângulos, sendo que a
soma das medidas do primeiro com o segundo é 14
Em uma circunferência de raio R, calcule a medida de um graus, a do segundo com o terceiro é 12 graus e a soma
arco em radianos, que tem o triplo do comprimento do das medidas do primeiro com o terceiro é 8 graus.
raio.
Resposta:
comprimento do arco(AB)
m(AB)=
comprimento do raio
Um atleta percorre 1/3 de uma pista circular, correndo sobre Sejam a, b e c os três ângulos, assim
uma única raia. Qual é a medida do arco percorrido em
graus? E em radianos? m(a)+m(b)=14 graus
Uma volta inteira na pista equivale a 360 graus, assim m(a)+m(c)= 8 graus
1/3 de 360 graus é 120 graus.
resolvendo o sistema de equações, obtemos:
Uma volta inteira na pista equivale a 2π radianos, então o
atleta percorreu (2/3) π.
Qual é a medida do ângulo que o ponteiro das horas de um Calcular o menor ângulo formado pelos ponteiros de um
relógio descreve em um minuto? Calcule o ângulo em relógio que marca 12h e 20minutos.
graus e em radianos.
Resposta:
Resposta:
O ponteiro das horas
O ponteiro das horas percorre em cada hora um ângulo percorre em cada hora um
de 30 graus, que corresponde a 360/12 graus. Como 1 ângulo de 360/12 graus =
hora possui 60 minutos, então o ângulo percorido é igual 30 graus. Em vinte minutos
a a=0,5 graus, que é obtido pela regra de três: ele percorre o ângulo a
Convertemos agora a medida do ângulo para radianos, A regra de três fornece a=10 graus, logo o ângulo forma-
para obter a=π/360 rad, através da regra de três: do entre os números 12 e 4 é de 120 graus, então o ân-
gulo entre os ponteiros é 120-10=110 graus.
180graus ………………… πrad
Em um polígono regular um ângulo externo mede pi/14 rad.
0,5 graus ………………… a rad Quantos lados tem esse polígono?
Resposta: Resposta:
O ponteiro dos minutos percorre 360° enquanto o pontei- Usando o fato de que 1 grau possui 60 minutos, temos
ro das horas percorre 360°/12=30º. Até 1:00h os pontei-
ros não se encontraram, o que ocorrerá entre 1:00h e 1 grau …………… 60 minutos
2:00h.
x graus …………… 28 minutos
Ponteiro dos minutos ponteiro das horas e da regra de três segue que:
360º 30º
M=12,4666. π/180=0,2211 rad
aº (a-30)º
Pela tabela, tem-se que: 360(a-30)=30.a, de onde segue Escreva o ângulo a=36°12'58" em radianos.
que 330a=10800e assim podemos concluir que
a=32,7272º Resposta:
O ponteiro dos minutos deslocou 32,7272º após 1:00h, Usando o fato de que 1 minuto possui 60 segundos, te-
mas ainda precisamos verificar quantos minutos corres- mos
ponde este ângulo.
1 min ……………60 segundos
5 min ………………… 30 graus
x min ……………58 segundos
x min …………… 32,7272 graus
x=58/60=0,967 min, logo
36°12'58''=36°(12+0,967)'=36°12,967'
x=12,967/60=0,2161° e 2,1137×0,2163=0,4572cm
(b) Analogamente:
180°…………………π rad
m(AÔB)=1,3672/1,2978=1,0535rad=60,360°=60°21,6'=6
x……………0,47623 rad
0°21'35''
Assim: x=0,47623 . 180/π
Em uma circunferência, dado o comprimento do arco AB e o
ângulo AÔB subtendido a este arco, calcule a medida do
=27,2911°=27°17,466'=27°17'27'' raio.
2º. quadrante 1º. quadrante e temos assim uma coleção infinita de arcos com extremi-
abscissa: negativa abscissa: positiva dade no ponto M.
ordenada: positiva ordenada: positiva
90º<ângulo<180º 0º<ângulo<90º
Generalizando este conceito, se m é a medida da primeira
3º. quadrante 4º. quadrante determinação positiva do arco AM, podemos representar as
abscissa: negativa abscissa: positiva medidas destes arcos por:
ordenada: negati- ordenada: negati-
va va µ(AM) = m + 2kπ
180º<ângulo<270º 270º<ângulo<360º
onde k é um número inteiro, isto é, k pertence ao conjunto
Os quadrantes são usados para localizar pontos e a ca- Z={...,-2,-3,-1,0,1,2,3,...}.
racterização de ângulos trigonométricos. Por convenção, os
pontos situados sobre os eixos não pertencem a qualquer um
dos quadrantes. Família de arcos: Uma família de arcos {AM} é o conjunto
de todos os arcos com ponto inicial em A e extremidade em
M.
Arcos com mais de uma volta
Exemplo: Se um arco de circunferência tem origem em A
Em Trigonometria, algumas vezes precisamos considerar
e extremidade em M, com a primeira determinação positiva
arcos cujas medidas sejam maiores do que 360º. Por exem-
medindo 2π/3, então os arcos desta família {AM}, medem:
plo, se um ponto móvel parte de um ponto A sobre uma cir-
cunferência no sentido anti-horário e para em um ponto M, Determinações positivas (sentido anti-horário)
ele descreve um arco AM. A medida deste arco (em graus)
k=0 µ(AM)=2π/3
poderá ser menor ou igual a 360º ou ser maior do que 360º.
Se esta medida for menor ou igual a 360º, dizemos que este k=1 µ(AM)=2π/3+2π=8π/3
arco está em sua primeira determinação. k=2 µ(AM)=2π/3+4π=14π/3
k=3 µ(AM)=2π/3+6π=20π/3
... ...
k=n µ(AM)=2π/3+2nπ=(2+6n) π/3
Seja o arco AM cuja primeira determinação tenha medida Exemplo: Arcos de uma mesma família são côngruos.
igual a m. Um ponto móvel que parte de A e pare em M, pode
ter várias medidas algébricas, dependendo do percurso.
Ângulos: As noções de orientação e medida algébrica de
arcos podem ser estendidas para ângulos, uma vez que a
cada arco AM da circunferência trigonométrica corresponde a
um ângulo central determinado pelas semi-retas OA e OM.
Existem também ângulos com Para o arco de 810° devemos obter quantas voltas com-
mais de uma volta e as mesmas pletas este arco tem pois 810°>360°. Dividindo 810 por
noções apresentadas para arcos 360, obteremos:
se aplicam para ângulos.
810 360
90 2
b) 5π/3rad
µ(AM') = 2k π+ π+ m = (2k+1) π + m
c) 336 graus
Trigonometria: Exercícios sobre o círculo trigonomé
tri-
co d) 14π/11rad
O correto é o ítem a: Quadrado, pois tomando An como Dada uma circunferência trigonométrica contendo o ponto
os arcos para n=0,1,2,..., teremos: A=(1,0) e um número real x, existe sempre um arco orientado
AM sobre esta circunferência, cuja medida algébrica corres-
A0= 5π/6, A1= 8π/6, A2=11π/6, A3=14π/6, ponde a x radianos.
A4=17π/6=5π/6+2π.
Seno: No plano cartesiano, consideremos uma circunfe-
Isto quer dizer que para n=4 temos a segunda determina- rência trigonométrica, de centro em (0,0) e raio unitário. Seja
ção do arco 5π/6 e para n>4 os arcos coincidem com os ar- M=(x',y') um ponto desta circunferência, localizado no primei-
cos determinados anteriomente. ro quadrante, este ponto determina um arco AM que corres-
ponde ao ângulo central a. A projeção ortogonal do ponto M
sobre o eixo OX determina um ponto C=(x',0) e a projeção
Além disso, estes 4 pontos
ortogonal do ponto M sobre o eixo OY determina outro ponto
dividem a circunferência em 4
B=(0,y').
partes iguais pois eles estão
3π/6=π/2 (rad) distantes um do
outro. A medida do segmento
OB coincide com a ordena-
da y' do ponto M e é defini-
Assim as extremidades dos da como o seno do arco
arcos determinam um quadrado. AM que corresponde ao
ângulo a, denotado por
Verifique se os arcos de medidas 7π/3 e 19π/3 são arcos sen(AM) ou sen(a).
côngruos?
Respota:
Como temos várias determinações para o mesmo ângulo,
Como a diferença entre as medidas de dois arcos dados escreveremos
é:
sen(AM)=sen(a)=sen(a+2kπ)=y'
d=19π/3-7π/3=4π
Para simplificar os enunciados e definições seguintes, es-
que é um múltiplo de 2π, então os arcos são côngruos. creveremos sen(x) para denotar o seno do arco de medida x
radianos.
Marcar no círculo trigonométrico as extremidades dos arcos
Cosseno: O cosseno do
de medidas x=2kπ/3, onde k é um número inteiro.
arco AM correspondente ao
ângulo a, denotado por
Respota: cos(AM) ou cos(a), é a
Para para cada k: x0, x1, medida do segmento 0C,
x2, ... são as medidas dos que coincide com a abscis-
arcos, logo: sa x' do ponto M.
x0 =0
x1 =2π/3 Como antes, existem várias determinações para este ân-
x2 =4π/3 gulo, razão pela qual, escrevemos
x3 =6π/3=2π
cos(AM) = cos(a) = cos(a+2kπ) = x'
Tangente
Marcar no círculo trigonométrico as extremidades dos arcos
de medidas x=π/4+2kπ/3, onde k é um número inteiro.
Seja a reta t tangente à circunferência trigonométrica no
ponto A=(1,0). Tal reta é perpendicular ao eixo OX. A reta
Respota: que passa pelo ponto M e pelo centro da circunferência inter-
secta a reta tangente t no ponto T=(1,t').
Assim a tangente do
ângulo a é dada pelas suas
várias determinações:
Para para cada k: x0, x1, x2, ... são as medidas dos arcos,
logo:
Um caso particular importante é quando o ponto M está Em particular, se a=π radianos, temos que
sobre o eixo horizontal OX. Neste caso:
cos(π)=-1, sen(π)=0 e tan(π)=0
cos(0)=1, sen(0)=0 e tan(0)=0
Ângulos no quarto quadrante
Ampliaremos estas noções para ângulos nos outros qua-
drantes O ponto M está no quar-
to quadrante, 3π/2<a< 2π.
Ângulos no segundo quadrante O seno de ângulos no quar-
to quadrante é negativo, o
Se na circunferência trigonométrica, tomamos o ponto M cosseno é positivo e a
no segundo quadrante, então o ângulo a entre o eixo OX e o tangente é negativa.
segmento OM pertence ao intervalo π/2<a<π. Do mesmo
modo que no primeiro quadrante, o cosseno está relacionado
Quando o ângulo mede 3π/2, a tangente não está definida
com a abscissa do ponto M e o seno com a ordenada deste
pois a reta OP não intercepta a reta t, estas são paralelas.
ponto. Como o ponto M=(x,y) possui abscissa negativa e
Quando a=3π/2, temos:
ordenada positiva, o sinal do seno do ângulo a no segundo
quadrante é positivo, o cosseno do ângulo a é negativo e a
tangente do ângulo a é negativa. cos(3π/2)=0, sin(3π/2)=-1
Em uma circunferência
trigonométrica, se M é um
ponto no primeiro quadran-
te e M' o simétrico de M em
relação ao eixo OX, estes
pontos M e M' possuem a
mesma abscissa e as or-
Outro caso particular importante é quando o ponto M está denadas possuem sinais
sobre o eixo vertical OY e neste caso: opostos.
sen(a) = sen(b)
cos(a) = -cos(b)
tan(a) = -tan(b)
em ordenadas e abscissas
simétricas. Se M é um ponto da
circunferência trigonomé-
Sejam A=(1,0) um ponto da circunferência, a o ângulo trica, cujas coordenadas
correspondente ao arco AM e b o ângulo correspondente ao são indicadas por
arco AM'. Desse modo: (cos(a),sen(a)) e a distân-
cia deste ponto até a
sen(a) = -sen(b) origem (0,0) é igual a 1.
Utilizando a fórmula da
distância, aplicada a estes
cos(a) = -cos(b)
pontos, d(M,0) = [(cos(a)-
1/2
0)²+(sen(a)-0)²] , de
tan(a) = tan(b) onde segue que
Uma maneira de obter o valor do seno e cosseno de al- Segunda relação fundamental
guns ângulos que aparecem com muita frequência em exer-
cícios e aplicações, sem necessidade de memorização, é Outra relação fundamental na trigonometria, muitas vezes
através de simples observação no círculo trigonométrico. tomada como a definição da função tangente, é dada por:
sen(a)
tan(a) =
cos(a)
Os triângulos OMN e
OTA são semelhantes,
logo:
AT OA
=
Primeira relação fundamental MN ON
sen(a)
que é verdadeira para todo ângulo a.
tan(a) =
cos(a)
Necessitaremos do conceito de distância entre dois pon-
tos no plano cartesiano, que nada mais é do que a relação de Forma polar dos números complexos
Pitágoras. Sejam dois pontos, A=(x',y') e B=(x",y").
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Um número complexo não nulo z=x+yi, pode ser repre- i(a+b)
sentado pela sua forma polar: e = cos(a)cos(b) - sen(a)sen(b)
onde r=|z|=R[x²+y²], i²=-1 e c é o argumento (ângulo for- Para que dois números complexos sejam iguais, suas par-
mado entre o segmento Oz e o eixo OX) do número comple- tes reais e imaginárias devem ser iguais, logo
xo z.
cos(a+b) = cos(a)cos(b) - sen(a)sen(b)
sen(a)cos(b)+cos(a)sen(b)
A = cos(a) + i sen(a)
tan(a+b)=
B = cos(b) + i sen(b)
cos(a)cos(b)-sen(a)sen(b)
onde a é o argumento de A e b é o argumento de B. As- Trigonometria: Exercícios sobre seno, cosseno e tan-
sim, gente
i(a+b)
e = cos(a+b)+isen(a+b) Determine o valor de sen(4290°).
e
i(a+b) ia ib
= e . e = [cos(a)+isen(a)] [cos(b)+isen(b)] Dividindo 4290 por 360, obtemos:
4290 360
e desse modo
sen(x)=5/13
sen(3555°)=sen(315°)=- 2 /2
Quais são os valores de y que satisfazem a ambas as igual-
Determine o valor de sen(-17π/6). dades:
Como Solução:
Então [(y+2)/y]²+[(y+1)/y]²=1
sen(-17π/6)=-1/2 (y²+4y+4)/y²+(y²+2y+1)/y²=1
Então Solução:
Mostre que a função definida por f(x)=tan(x) é ímpar, isto é, Os triângulos OBS e ONM são semelhantes, logo:
tan(-a)=-tan(a), para qualquer a real, tal que cos(a) 0.
BS ON
=
Solução: OB MN
Se o ponto M está OU OM
no quarto quadrante, o =
ângulo a pertence ao OM x'M
intervalo 3π/2<a<2π, que pode ser escrito como
assim a cotangente de
a é negativa. Se 1
a=3π/2, cot(3π/2)=0. csc(a)=
sen(a)
sec(a)<-1 ou sec(a)>1
csc(a)<-1 ou csc(a)>1
Secante e cossecante
O sinal da secante varia nos quadrantes como o sinal do
cosseno, positivo no 1o. e no 4o. quadrantes e negativo
Seja a reta r tangente à no 2o. e no 3o. quadrantes.
circunferência trigonométri-
ca no ponto M=(x',y'). Esta
O sinal da cossecante varia nos quadrantes como o sinal do
reta é perpendicular à reta
seno, positivo no 1o. e no 2o. quadrantes e negativo no
que contém o segmento
3o. e no 4o. quadrantes.
OM. A interseção da reta r
com o eixo OX determina o
ponto V=(v,0). A abscissa Não existe a secante de ângulos da forma a=π/2+kπ, onde k é
do ponto V, é definida co- um número inteiro, pois nesses ângulos o cosseno é ze-
mo a secante do arco AM ro.
correspondente ao ângulo
a. Não existe a cossecante de ângulos da forma a=kπ, onde k é
um número inteiro, pois são ângulos cujo seno é zero.
Assim a secante do ângulo a é dada pelas suas várias de- Relações trigonomé
tricas com secante e cossecante
terminações:
Valem as seguintes relações trigonométricas
sec(AM) = sec(a) = sec(a+2kπ) = µ(OV) = v
sec²(a) = 1 + tan²(a)
A interseção da reta r com o eixo OY é o ponto U=(0,u). A
ordenada do ponto U, é definida como a cossecante do arco csc²(a) = 1 + cot²(a)
AM correspondente ao ângulo a. Então a cossecante do
ângulo a é dada pelas suas várias determinações Estas fórmulas são justificadas como segue
sen²(a) 1
csc(AM) = csc(a) = csc(a+2kπ) = µ(OU) = u
1+tan²(a)=1+ = =sec²(a)
cos²(a) cos²(a)
Os triângulos OMV e Ox'M são semelhantes, deste modo,
OV OM
= cos²(a) 1
OM Ox' 1+cot²(a)=1+ = =csc²(a)
sen²(a) sen²(a)
que pode ser escrito como
Trigonometria: Exercícios sobre cotangente, secante
1 e cossecante
sec(a)=
cos(a)
Calcular:
se cos(a) é diferente de zero.
(a) sec(405°) (b) csc(-150°) (c) cot(19π/3)
Os triângulos OMU e Ox'M são semelhantes, logo:
Solução:
b) csc(-150°)= Solução:
Solução:
Como:
sen²(x)+cos²(x)
=
sen(x)cos(x) sen(a+b) = sen(a)cos(b) + cos(a)sen(b)
sen(a)cos(a)+cos(a)sen(a)= = cos(a)[2cos²(a)-3+2cos²(a)]
Se b=2a em b) sen(a-b)
a) sen(a+b) cos(π/12)=cos(π/3-π/4)=
b) sen(a-b)
cos(π/3)cos(π/4)-sen(π/4)sen(π/3)=...
c) cos(a+b)
tan(π/12)=sen(π/12)/cos(π/12)=...
d) cos(a-b)
Dado o ângulo de medida a=15 graus, determinar:
Solução: Temos que
a) sen(a)
sen(a±b)=sen(a)cos(b)±sen(b)cos(a),
b) cos(a)
que vale a relação fundamental
c) tan(a)
cos²(x)+sen²(x)=1, para todo x real e:
Solução: Como 45º e 30º são ângulos notáveis, escreva
15º=45º-30º e utilize as fórmulas:
cos(a+b)=cos(a)cos(b)-sen(a)sen(b)
sen(15°)=sen(45°-30°)=
cos(a-b)=cos(a)cos(b)+sen(a)sen(b)
sen(45°)cos(30°)-sen(30°)cos(45°)=
Calcularemos agora os valores de sen(b) e de cos(a).
cos(15°)=cos(45°-30°)=
sen²(b)=1-(2/3)²=5/9 e cos²(a)=1-(3/4)²=7/16
cos(45°)cos(30°)-sen(30°)sen(45°)=
Usando a notação R[x] para a raiz quadrada de x>0, obte-
remos:
tan(15°)=sen(15°)/cos(15°)=...
sen(b)=R[5]/3 (a pertence ao 2º quadrante)
Fonte: http://pessoal.sercomtel.com.br
cos(a)=R[7]/4 (b pertence ao 1º quadrante)
Supõe que queres pedir aos teus pais um aumento da Premissa 1: Todos os minhotos são portugueses.
"mesada". Como justificas este aumento? Recorrendo a ra- Premissa 2: Todos os portugueses são europeus.
zões, não é? Dirás qualquer coisa como: Conclusão: Todos os minhotos são europeus.
Os preços no bar da escola subiram; É claro que a maior parte das vezes os argumentos
como eu lancho no bar da escola, o lanche não se apresentam nesta forma. Repara, por exemplo, no
fica me mais caro. Portanto, preciso de um argumento de Kant a favor do valor objectivo da felicida-
aumento da "mesada". de, tal como é apresentado por Aires Almeida et al.
(2003b) no site de apoio ao manual A Arte de Pensar:
Temos aqui um argumento, cuja conclusão é: "preciso de
um aumento da 'mesada'". E como justificas esta conclusão? "De um ponto de vista imparcial, cada pessoa é um fim
Com a subida dos preços no bar da escola e com o facto de em si. Mas se cada pessoa é um fim em si, a felicidade de
lanchares no bar. Então, estas são as premissas do teu ar- cada pessoa tem valor de um ponto de vista imparcial e
gumento, são as razões que utilizas para defender a conclu- não apenas do ponto de vista de cada pessoa. Dado que
são. cada pessoa é realmente um fim em si, podemos concluir
que a felicidade tem valor de um ponto de vista imparcial."
Este exemplo permite-nos esclarecer outro aspecto dos
argumentos, que é o seguinte: embora um argumento seja Neste argumento, a conclusão está claramente identifica-
um conjunto de proposições, nem todos os conjuntos de da ("podemos concluir que..."), mas nem sempre isto aconte-
proposições são argumentos. Por exemplo, o seguinte con- ce. Contudo, há certas expressões que nos ajudam a perce-
junto de proposições não é um argumento: ber qual é a conclusão do argumento e quais são as premis-
sas. Repara, no argumento anterior, na expressão "dado
que". Esta expressão é um indicador de premissa: ficamos a
Eu lancho no bar da escola, mas o João não.
saber que o que se segue a esta expressão é uma premissa
A Joana come pipocas no cinema.
do argumento. Também há indicadores de conclusão: dois
O Rui foi ao museu.
dos mais utilizados são "logo" e "portanto".
Neste caso, não temos um argumento, porque não há ne-
Um indicador é um articulador do discurso, é uma palavra
nhuma pretensão de justificar uma proposição com base nas
ou expressão que utilizamos para introduzir uma razão (uma
outras. Nem há nenhuma pretensão de apresentar um con-
premissa) ou uma conclusão. O quadro seguinte apresenta
junto de proposições com alguma relação entre si. Há apenas
alguns indicadores de premissa e de conclusão:
uma sequência de afirmações. E um argumento é, como já
vimos, um conjunto de proposições em que se pretende que
uma delas seja sustentada ou justificada pelas outras — o
Indicadores de premis- Indicadores de conclu-
que não acontece no exemplo anterior.
sa são
Um argumento pode ter uma ou mais premissas, mas só
pode ter uma conclusão.
pois por isso
Exemplos de argumentos com uma só premissa: porque por conseguinte
dado que implica que
Exemplo 1 como foi dito logo
visto que portanto
devido a então
Mas não penses que só os argumentos em que a conclu- Lógica é a ciência das leis ideais do pensamento e a arte
são repete a premissa é que são maus. Um argumento é mau de aplicá-los à pesquisa e à demonstração da verdade.
(ou fraco) se as premissas não forem mais plausíveis do que
a conclusão. É o que acontece com o seguinte argumento: Diz-se que a lógica éuma ciê ncia porque constitui um sis-
tema de conhecimentos certos, baseados em princípios uni-
Se a vida não faz sentido, então Deus não versais. Formulando as leis ideais do bem pensar, a lógica se
existe. apresenta como ciência normativa, uma vez que seu objeto
Mas Deus existe. não é definir o que é, mas o que deve ser, isto é,
Logo, a vida faz sentido. as normas do pensamento correto.
Se não se aumentarem os níveis de exigência de estudo e de Vejamos, por exemplo, o conceito homem.
trabalho dos alunos no ensino básico, então os alunos conti-
nuarão a enfrentar dificuldades quando chegarem ao ensino A extensão desse conceito refere-se a todo o conjunto de
secundário. indivíduos aos quais se possa aplicar a designação homem.
Ora, não se aumentaram os níveis de exigência de estudo e A compreensão do conceito homem refere-se ao conjun-
de trabalho dos alunos no ensino básico. to de qualidades que um indivíduo deve possuir para ser
designado pelo termo homem: animal, vertebrado, mamífero,
Logo, os alunos continuarão a enfrentar dificuldades quando bípede, racional.
chegarem ao ensino secundário.
Esta última qualidade é aquela que efetivamente distingue
Este argumento pode ser considerado bom (ou forte), o homem dentre os demais seres vivos (2).
porque, além de ser válido, tem premissas menos discutíveis
do que a conclusão. 3. JUÍZO E O RACIOCÍNIO
As noções de lógica que acabei de apresentar são ele- Entende-se por juízo qualquer tipo de afirmação ou nega-
mentares, é certo, mas, se as dominares, ajudar-te-ão a fazer ção entre duas idéias ou dois conceitos. Ao afirmarmos, por
um melhor trabalho na disciplina de Filosofia e, porventura, exemplo, que “este livro éde filosofia”, acabamos de formu-
noutras. lar um juízo.
1.1. Lógica formal e Lógica material Três são as principais operações do intelecto humano: a
simples apreensão, os juízos e o raciocínio.
Desde Aristóteles, seu primeiro grande organizador, os es-
tudos da lógica orientaram-se em duas direções principais: a A simples apreensão consiste na captação direta (através
da lógica formal, também chamada de “lógica menor” e a da dos sentidos, da intuição racional, da imaginação etc) de uma
lógica material, também conhecida como “lógica maior”. realidade sobre a qual forma-se uma idéia ou conceito (p. ex.,
de um objeto material, ideal, sobrenatural etc) que, por sua
A lógica formal preocupa-se com a correção formal do vez, recebe uma denominação (as palavras ou termos, p.
pensamento. Para esse campo de estudos da lógica, o con-
teúdo ou a matéria do raciocínio tem uma importância relati- ex.: “mesa”, “três” e “arcanjo”).
va. A preocupação sempre será com a sua forma. A forma é
respeitada quando se preenchem as exigências de coerência O juízo é ato pelo qual os conceitos ou idéias são ligadas
interna, mesmo que as conclusões possam ser absurdas do ou separadas dando origem à emissão de um “julgamento”
ponto de vista material (conteúdo). Nem sempre um raciocí- (falso ou verdadeiro) sobre a realidade, mediante proposições
nio formalmente correto corresponde àquilo que chamamos orais ou escritas. Por exemplo: “Há três arcanjos sobre a
de realidade dos fatos. mesa da sala”
No entanto, o erro não está no seu aspecto formal e, sim, O raciocínio, por fim, consiste no “arranjo” intelectual dos
na sua matéria. Por exemplo, partindo das premissas que juízos ou proposições, ordenando adequadamente os conte-
údos da consciência. No raciocínio, parte-se de premissas
(1) todos os brasileiros são europeus para se chegar a conclusões que devem ser adequadas.
Procedendo dessa forma, adquirem-se conhecimentos novos
e que e defende-se ou aprofunda-se o que já se conhece. Para
tanto, a cada passo, é preciso preencher os requisitos da
(2) Pedro é brasileiro, coerência e do rigor. Por exemplo: “Se os três arcanjos estão
sobre a mesa da sala, não estão sobre a mesa da varanda”
formalmente, chegar-se-á à conclusão lógica que
Quando os raciocínios são organizados com técnica e arte
(3) Pedro é europeu. e expostos de forma tal a convencer a platéia, o leitor ou
qualquer interlocutor tem-se a argumentação. Assim, a ativi-
dade argumentativa envolve o interesse da persuasão. Ar-
Materialmente, este é um raciocínio falso porque a experi-
gumentar é o núcleo principal da retórica, considerada a arte
ência nos diz que a premissa é falsa.
de convencer mediante o discurso.
No entanto, formalmente, é um raciocínio válido, porque a
Partindo do pressuposto de que as pessoas pensam aquilo
conclusão é adequada às premissas. É nesse sentido que se
que querem, de acordo com as circunstâncias da vida e as
costuma dizer que o computador é falho, já que, na maioria
decisões pessoais (subjetividade), um argumento conseguirá
dos casos, processaformalmente informações nele previa-
atingir mais facilmente a meta da persuasão caso as idéias
mente inseridas, mas não tem a capacidade de verificar o
propostas se assentem em boas razões, capazes de mexer
valor empírico de tais informações.
com as convicções daquele a quem se tenta convencer. Mui-
tas vezes, julga-se que estão sendo usadas como bom argu-
Já, a lógica material preocupa-se com a aplicação das o- mento opiniões que, na verdade, não passam de preconcei-
perações do pensamento à realidade, de acordo com a natu- tos pessoais, de modismos, de egoísmo ou de outras formas
reza ou matéria do objeto em questão. Nesse caso, interessa de desconhecimento. Mesmo assim, a habilidade no argu-
que o raciocínio não só seja formalmente correto, mas que mentar, associada à desatenção ou à ignorância de quem
também respeite a matéria, ou seja, que o seu conteúdocor- ouve, acaba, muitas vezes, por lograr a persuasão.
responda à natureza do objeto a que se refere. Neste caso,
trata-se da correspondência entrepensamento e realidade.
Pode-se, então, falar de dois tipos de argumentação: boa
ou má, consistente/sólida ou inconsistente/frágil, lógica ou
Assim sendo, do ponto de vista lógico, costuma-se falar de ilógica, coerente ou incoerente, válida ou não-válida, fraca ou
dois tipos de verdade: a verdade formal e a verdade material. forte etc.
A verdade formal diz respeito, somente e tão-somente, à
forma do discurso; já a verdade material tem a ver com a
De qualquer modo, argumentar não implica, necessaria-
forma do discurso e as suas relações com a matéria ou o
mente, manter-se num plano distante da existência humana,
conteúdo do próprio discurso. Se houver coerência, no pri-
desprezando sentimentos e motivações pessoais. Pode-se
meiro caso, e coerência e correspondência, no segundo, tem-
argumentar bem sem, necessariamente, descartar as emo-
se a verdade.
ções, como no caso de convencer o aluno a se esforçar nos
estudos diante da perspectiva de férias mais tranqüilas. En-
Em seu conjunto, a lógica investiga as regras adequadas à fim, argumentar corretamente (sem armar ciladas para o
produção de um raciocínio válido, por meio do qual visa-se à interlocutor) é apresentar boas razões para o debate, susten-
consecução da verdade, seja ela formal ou material. Relacio- tar adequadamente um diálogo, promovendo a dinamização
nando a lógica com a prática, pode-se dizer que é importante do pensamento. Tudo isso pressupõe um clima democrático.
que se obtenha não somente uma verdade formal, mas, tam-
bém, uma verdade que corresponda à experiência. Que seja,
Nas frases assertivas afirma-se algo, como nos exemplos: Existem alguns princípios tidos como conditio sine qua non
“a raiz quadrada de 9 é 3” ou “o sol brilha à noite”. Já, nas para que a coerência do raciocínio, em absoluto, possa ocor-
frases não assertivas, não entram em jogo o falso e o verda- rer. Podem ser entendidos como princípios que se referem
deiro, e, por isso, elas não têm “valor de verdade”. É o caso tanto à realidade das coisas (plano ontológico), quanto ao
das interrogações ou das frases que expressam estados pensamento (plano lógico), ou seja, se as coisas em geral
emocionais difusos, valores vivenciados subjetivamente ou devem respeitar tais princípios, assim também o pensamento
ordens. A frase “toque a bola”, por exemplo, não é falsa nem deve respeitá-los. São eles:
verdadeira, por não se tratar de uma asserção (juízo).
a) Princípio da identidade, pelo qual se delimita a reali-
As frases declaratórias ou assertivas podem ser combina- dade de um ser. Trata-se de conceituar logicamente qual é a
das de modo a levarem a conclusões conseqüentes, constitu- identidade de algo a que se está fazendo referência. Uma vez
indo raciocínios válidos. Veja-se o exemplo: conceituada uma certa coisa, seu conceito deve manter-se ao
longo do raciocínio. Por exemplo, se estou falando de um
(1) Não há crime sem uma lei que o defina; homem chamado Pedro, não posso estar me referindo a
Antônio.
(2) não há uma lei que defina matar ET’s como crime;
b) Princípio da não-contradição. Se algo é aquilo que é,
(3) logo, não é crime matar ET’s. não pode ser outra coisa, sob o mesmo aspecto e ao mesmo
tempo. Por exemplo, se o brasileiro João está doente agora,
não está são, ainda que, daqui a pouco possa vir a curar-se,
Ao serem ligadas estas assertivas, na mente do interlocu-
embora, enquanto João, ele seja brasileiro, doente ou são; c)
tor, vão sendo criadas as condições lógicas adequadas à
Princípio da exclusão do terceiro termo. Entre o falso e o
conclusão do raciocínio. Esse processo, que muitas vezes
verdadeiro não há meio termo, ou é falso ou é verdadeiro. Ou
permite que a conclusão seja antecipada sem que ainda
está chovendo ou não está, não é possível um terceiro termo:
sejam emitidas todas as proposições do raciocínio, chamase
está meio chovendo ou coisa parecida.
inferência. O ponto de partida de um raciocínio (as premis-
sas) deve levar a conclusões óbvias.
A lógica clássica e a lógica matemática aceitam os três
princípios como suas pedras angulares, no entanto, mais
1.4. Termo e Conceito
recentemente, Lukasiewicz e outros pensadores desenvolve-
ram sistemas lógicos sem o princípio do terceiro excluído,
Para que a validade de um raciocínio seja preservada, é admitindo valor lógico não somente ao falso e ao verdadeiro,
fundamental que se respeite uma exigência básica: as pala- como também ao indeterminado.
vras empregadas na sua construção não podem sofrer modi-
ficações de significado. Observe-se o exemplo:
2. Argumentação e Tipos de Raciocínio
Os jaguares são quadrúpedes;
Conforme vimos, a argumentação é o modo como é ex-
posto um raciocínio, na tentativa de convencer alguém de
Meu carro é um Jaguar alguma coisa. Quem argumenta, por sua vez, pode fazer uso
de diversos tipos de raciocínio. Às vezes, são empregados
logo, meu carro é um quadrúpede. raciocínios aceitáveis do ponto de vista lógico, já, em outras
ocasiões, pode-se apelar para raciocínios fracos ou inválidos
O termo “jaguar” sofreu uma alteração de significado ao sob o mesmo ponto de vista. É bastante comum que raciocí-
longo do raciocínio, por isso, não tem validade. nios desse tipo sejam usados para convencer e logrem o
efeito desejado, explorando a incapacidade momentânea ou
Quando pensamos e comunicamos os nossos pensamen- persistente de quem está sendo persuadido de avaliar o valor
tos aos outros, empregamos palavras tais como “animal”, lógico do raciocínio empregado na argumentação.
“lei”, “mulher rica”, “crime”, “cadeira”, “furto” etc. Do ponto de
vista da lógica, tais palavras são classificadas como termos, Um bom raciocínio, capaz de resistir a críticas, precisa ser
que são palavras acompanhadas de conceitos. Assim sendo, dotado de duas características fundamentais: ter premissas
o termo é o signo lingüístico, falado ou escrito, referido a um aceitáveis e ser desenvolvido conforme as normas apropria-
conceito, que é o ato mental correspondente ao signo. das. Dos raciocínios mais empregados na argumentação,
merecem ser citados a analogia, a indução e a dedução. Dos
Desse modo, quando se emprega, por exemplo, o termo três, o primeiro é o menos preciso, ainda que um meio bas-
“mulher rica”, tende-se a pensar no conjunto das mulheres às tante poderoso de convencimento, sendo bastante usado
quais se aplica esse conceito, procurando apreender uma pela filosofia, pelo senso comum e, particularmente, nos
nota característica comum a todos os elementos do conjunto, discursos jurídico e religioso; o segundo é amplamente em-
de acordo com a ‘intencionalidade’ presente no ato mental. pregado pela ciência e, também, pelo senso comum e, por
Como resultado, a expressão “mulher rica” pode ser tratada fim, a dedução é tida por alguns como o único raciocínio
como dois termos: pode ser uma pessoa do sexo feminino autenticamente lógico, por isso, o verdadeiro objeto da lógica
formal.
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A maior ou menor valorização de um ou de outro tipo de "a) Os elementos comparados devem ser verdadeiros e re-
raciocínio dependerá do objeto a que se aplica, do modo levantes, não imaginários ou insignificantes."
como é desenvolvido ou, ainda, da perspectiva adotada na
abordagem da natureza e do alcance do conhecimento. Analogia forte - Ana Maria sempre teve bom gosto ao
comprar suas roupas, logo, terá bom gosto ao comprar as
Às vezes, um determinado tipo de raciocínio não é ade- roupas de sua filha.
quadamente empregado. Vejam-se os seguintes exemplos: o
médico alemão Ludwig Büchner (1824-1899) apresentou Analogia fraca - João usa terno, sapato de cromo e per-
como argumento contra a existência da alma o fato de esta fume francês e é um bom advogado;
nunca ter sido encontrada nas diversas dissecações do corpo
humano; o astronauta russo Gagarin (1934-1968) afirmou Antônio usa terno, sapato de cromo e perfume francês; lo-
que Deus não existe pois “esteve lá em cima” e não o encon- go, deve ser um bom advogado.
trou. Nesses exemplos fica bem claro que o raciocínio induti-
vo, baseado na observação empírica, não é o mais adequado
b) O número de aspectos semelhantes entre uma situação
para os objetos em questão, já que a alma e Deus são de
e outra deve ser significativo.tc "b) O número de aspectos
ordem metafísica, não física.
semelhantes entre uma situação e outra deve ser significati-
vo."
2.1. Raciocínio analógico
Analogia forte - A Terra é um planeta com atmosfera,
Se raciocinar é passar do desconhecido ao conhecido, é com clima ameno e tem água; em Marte, tal como na Terra,
partir do que se sabe em direção àquilo que não se sabe, a houve atmosfera, clima ameno e água; na Terra existe vida,
analogia (aná = segundo, de acordo + lógon = razão) é um logo, tal como na Terra, em Marte deve ter havido algum tipo
dos caminhos mais comuns para que isso aconteça. No ra- de vida.
ciocínio analógico, compara-se uma situação já conhecida
com uma situação desconhecida ou parcialmente conhecida,
Analogia fraca - T. Edison dormia entre 3 e 4 horas por
aplicando a elas as informações previamente obtidas quando
noite e foi um gênio inventor; eu dormirei durante 3 1/2 horas
da vivência direta ou indireta da situação-referência.
por noite e, por isso, também serei um gênio inventor.
Normalmente, aquilo que é familiar é usado como ponto de
c) Não devem existir divergências marcantes na compara-
apoio na formação do conhecimento, por isso, a analogia é
ção.tc "c) Não devem existir divergências marcantes na com-
um dos meios mais comuns de inferência. Se, por um lado, é
paração.."
fonte de conhecimentos do dia-a-dia, por outro, também tem
servido de inspiração para muitos gênios das ciências e das
artes, como nos casos de Arquimedes na banheira (lei do Analogia forte - A pescaria em rios não é proveitosa por
empuxo), de Galileu na catedral de Pisa (lei do pêndulo) ou ocasião de tormentas e tempestades;
de Newton sob a macieira (lei da gravitação universal). No
entanto, também é uma forma de raciocínio em que se come- a pescaria marinha não está tendo sucesso porque troveja
tem muitos erros. Tal acontece porque é difícil estabelecer- muito.
lhe regras rígidas. A distância entre a genialidade e a falha
grosseira é muito pequena. No caso dos raciocínios analógi- Analogia fraca - Os operários suíços que recebem o salá-
cos, não se trata propriamente de considerá-los válidos ou rio mínimo vivem bem; a maioria dos operários brasileiros, tal
não-válidos, mas de verificar se são fracos ou fortes. Segun- como os operários suíços, também recebe um salário míni-
do Copi, deles somente se exige “que tenham alguma proba- mo; logo, a maioria dos operários brasileiros também vive
bilidade” (Introdução à lógica, p. 314). bem, como os suíços.
A força de uma analogia depende, basicamente, de três Pode-se notar que, no caso da analogia, não basta consi-
aspectos: derar a forma de raciocínio, é muito importante que se avalie
o seu conteúdo. Por isso, esse tipo de raciocínio não é admi-
a) os elementos comparados devem ser verdadeiros e im- tido pela lógica formal. Se as premissas forem verdadeiras, a
portantes; conclusão não o será necessariamente, mas possivelmente,
isto caso cumpram-se as exigências acima.
b) o número de elementos semelhantes entre uma situa-
ção e outra deve ser significativo; Tal ocorre porque, apesar de existir uma estrutura geral do
raciocínio analógico, não existem regras claras e precisas
c) não devem existir divergências marcantes na compara- que, uma vez observadas, levariam a uma conclusão neces-
ção. sariamente válida.
No raciocínio analógico, comparam-se duas situações, ca- O esquema básico do raciocínio analógico é:
sos, objetos etc. semelhantes e tiram-se as conclusões ade- A é N, L, Y, X;
quadas. Na ilustração, tal como a carroça, o carro a motor é B, tal como A, é N, L, Y, X;
um meio de transporte que necessita de um condutor. Este, A é, também, Z
tanto num caso quanto no outro, precisa ser dotado de bom logo, B, tal como A, é também Z.
senso e de boa técnica para desempenhar adequadamente
seu papel. Se, do ponto de vista da lógica formal, o raciocínio analó-
gico é precário, ele é muito importante na formulação de
Aplicação das regras acima a exemplos: hipóteses científicas e de teses jurídicas ou filosóficas. Con-
tudo, as hipóteses científicas oriundas de um raciocínio ana-
lógico necessitam de uma avaliação posterior, mediante pro-
a) Os elementos comparados devem ser verdadeiros e re-
cedimentos indutivos ou dedutivos.
levantes, não imaginários ou insignificantes.tc
O raciocínio indutivo nem sempre aparece estruturado nos Por lidarem com probabilidades, a indução e a analogia
moldes acima citados. Às vezes, percebe-se o seu uso pela são passíveis de conclusões inexatas.
maneira como o conteúdo (a matéria) fica exposta ou orde-
nada. Observem-se os exemplos: Assim sendo, deve-se ter um relativo cuidado com as suas
conclusões. Elas expressam muito bem a necessidade hu-
- Não parece haver grandes esperanças em se erradicar a mana de explicar e prever os acontecimentos e as coisas,
corrupção do cenário político brasileiro. contudo, também revelam as limitações humanas no que diz
respeito à construção do conhecimento.
Depois da série de protestos realizados pela população,
depois das provas apresentadas nas CPI’s, depois do vexa- 2.3. Raciocínio dedutivo - do geral ao particular
me sofrido por alguns políticos denunciados pela imprensa,
depois do escárnio popular em festividades como o carnaval O raciocínio dedutivo, conforme a convicção de muitos es-
e depois de tanta insistência de muitos sobre necessidade de tudiosos da lógica, é aquele no qual são superadas as defici-
moralizar o nosso país, a corrupção parece recrudescer, ências da analogia e da indução.
apresenta novos tentáculos, se disfarça de modos sempre
novos, encontrando-se maneiras inusitadas de ludibriar a No raciocínio dedutivo, inversamente ao indutivo, parte-se
nação. do geral e vai-se ao particular. As inferências ocorrem a partir
do progressivo avanço de uma premissa de cunho geral, para
- Sentia-me totalmente tranqüilo quanto ao meu amigo, se chegar a uma conclusão tão ou menos ampla que a pre-
pois, até então, os seus atos sempre foram pautados pelo missa. O silogismo é o melhor exemplo desse tipo de raciocí-
respeito às leis e à dignidade de seus pares. Assim, enquanto nio:
alguns insinuavam a suaculpa, eu continuava seguro de sua
inocência. Premissa maior: Todos os homens são mamíferos. univer-
sal
Tanto no primeiro quanto no segundo exemplos está sen-
do empregando o método indutivo porque o argumento prin- Premissa menor: Pedro é homem.
cipal está sustentado pela observação de muitos casos ou
fatos particulares que, por sua vez, fundamentam a conclu- Conclusão: Logo, Pedro é mamífero. Particular
são. No primeiro caso, a constatação de que diversas tentati-
vas de erradicar a corrupção mostraram-se infrutíferas con- No raciocínio dedutivo, de uma premissa de cunho geral
duzem à conclusão da impossibilidade de sua superação, podem-se tirar conclusões de cunho particular.
enquanto que, no segundo exemplo, da observação do com-
portamento do amigo infere-se sua inocência.
Aristóteles refere-se à dedução como “a inferência na qual,
colocadas certas coisas, outra diferente se lhe segue neces-
Analogia, indução e probabilidade
sariamente, somente pelo fato de terem sido postas”. Uma
vez posto que todos os homens são mamíferos e que Pedro
Nos raciocínios analógico e indutivo, apesar de boas é homem, há de se inferir, necessariamente, que Pedro é um
chances do contrário, há sempre a possibilidade do erro. Isso mamífero. De certo modo, a conclusão já está presente nas
ocorre porque se está lidando com probabilidades e estas premissas, basta observar algumas regras e inferir a conclu-
não são sinônimas de certezas. são.
É importante observar que a interpretação vero-funcional Assim como ocorre com a conjunção, sentenças A ou B e
da conjunção não expressa todos os usos da partícula e em B ou A são equivalentes. Isso vale tanto para o ou inclusivo
português. A sentença quanto para o exclusivo.
(15) Maria e Pedro tiveram um filho e casaram não é e-
quivalente a 7. A condicional
(16) Maria e Pedro casaram e tiveram um filho. Uma condicional é uma sentença da forma se A, então B.
A é denominado o antecedente e B o conseqüente da condi-
Em outras palavras, o e que ocorre em (15) e (16) não é cional.
uma função de verdade.
Em primeiro lugar, é importante deixar clara a diferença
6. A disjunção entre um argumento (23) A, logo B e uma condicional (24) se
Uma sentença do tipo A ou B é denominada uma disjun- A, então B.
ção. Há dois tipos de disjunção, a inclusiva e a exclusiva.
Ambas tomam dois valores de verdade como argumentos e Em (23) a verdade tanto de A quanto de B é afirmada. No-
produzem um valor de verdade como resultado. Começarei te que o que vem depois do ‘logo’ é afirmado como verdadei-
pela disjunção inclusiva. Considere-se a sentença ro e é a conclusão do argumento. Já em (24), nada se diz
(17) Ou João vai à praia ou João vai ao clube, que é for- acerca da verdade de A, nem de B. (24) diz apenas que se A
mada pela sentenças é verdadeira, B também será verdadeira. Note que apesar de
(18) João vai à praia uma condicional e um argumento serem coisas diferentes
e usamos uma terminologia similar para falar de ambos. Em
(19) João vai ao clube combinadas pelo operador ou. A (23) dizemos que A é o antecedente do argumento, e B é o
sentença (17) é verdadeira em três situações: conseqüente do argumento. Em (24), dizemos que A é o
(i) João vai à praia e também vai ao clube; antecedente da condicional, e B é o conseqüente da condi-
(ii) João vai à praia mas não vai ao clube e cional.
(iii) João não vai à praia mas vai ao clube.
Da mesma forma que analisamos o e e o ou como fun-
A tabela de verdade da disjunção inclusiva é a seguinte: ções de verdade, faremos o mesmo com a condicional. Anali-
A B A ou B sada vero-funcionalmente, a condicional é denominada con-
VVV dicional material.
VFV
FVV Quando analisamos a conjunção, vimos que a interpreta-
FFF ção vero-funcional do operador sentencial e não corresponde
exatamente ao uso que dela fazemos na linguagem natural.
No sentido inclusivo do ou, uma sentença A ou B é verda- Isso ocorre de modo até mais acentuado com o operador
deira quando uma das sentenças A e B é verdadeira ou se...então. Na linguagem natural, geralmente usamos
quando são ambas verdadeiras, isto é, a disjunção inclusiva se...então para expressar uma relação entre os conteúdos de
admite a possibilidade de A e B serem simultaneamente A e B, isto é, queremos dizer que A é uma causa ou uma
verdadeiras. explicação de B. Isso não ocorre na interpretação do
se...então como uma função de verdade. A tabela de verdade
Descartada a terceira linha, ainda há três possibilidades, As expressões abaixo também são equivalentes a se A,
que correspondem às seguintes situações: então B:
(a) Victor é carioca. A, somente se B
(b) Victor é paulista. Somente se B, A
(c) Victor é francês. A é condição suficiente para B
B é condição necessária para A,mas elas serão vistas
Suponha que Victor é carioca. Nesse caso, o antecedente com mais atenção na seção sobre condições necessárias e
e o conseqüente da condicional são verdadeiros. suficientes.
Temos a primeira linha da tabela de verdade. Até aqui 8. Variantes da condicional material
não há problema algum. Partindo de uma condicional
(31) Se A, então B
Suponha agora que Victor é paulista. Nesse caso, o ante- podemos construir sua conversa,
cedente da condicional (26) Victor é carioca é falso, mas o (32) Se B, então A
conseqüente (27) Victor é brasileiro é verdadeiro. sua inversa
(33) Se não A, então não B e sua contrapositiva (34) Se
Temos nesse caso a terceira linha da tabela de verdade não B, então não A.
da condicional. Note que a condicional (25) continua sendo
verdadeira mesmo que Victor seja paulista, isto é, quando o Há dois pontos importantes sobre as sentenças acima
antecedente é falso. que precisam ser observados. Vimos que A e B e B e A,
assim como A ou B e B ou A são equivalentes. Entretanto, se
Por fim, suponha que Victor é francês. Nesse caso, tanto A, então B e se B então A NÃO SÃO EQUIVALENTES!!!
(26) Victor é carioca quanto (27) Victor é brasileiro são falsas.
Temos aqui a quarta linha da tabela de verdade da condicio- Isso pode ser constatado facilmente pela construção das
nal material. Mas, ainda assim, a sentença (25) é verdadeira. respectivas tabelas de verdade, que fica como exercício para
o leitor. Mas pode ser também intuitivamente percebido. Con-
Vejamos outro exemplo. Considere a condicional sidere as sentenças: (35) Se João é carioca, João é brasileiro
(28) Se Pedro não jogar na loteria, não ganhará o prêmio. e
(36) Se João é brasileiro, João é carioca.
Essa é uma condicional verdadeira. Por quê? Porque é
impossível (em uma situação normal) o antecedente ser ver- Enquanto a sentença (35) é verdadeira, é evidente que
dadeiro e o conseqüente falso. Isto é, não é possível Pedro (36) pode ser falsa, pois João pode perfeitamente ser brasilei-
não jogar e ganhar na loteria. Fica como exercício para o ro sem ser carioca.
leitor a construção da tabela de verdade de (28).
Uma condicional se A, então B e sua contrapositiva se
Não é difícil perceber, em casos como (25) e (28) acima, não B, então não A são equivalentes. Isso pode ser constata-
por que uma condicional é verdadeira quando o antecedente do pela construção da tabela de verdade, que fica como um
é falso. O problema é que, sendo a condicional material uma exercício para o leitor. Mas note que a contrapositiva de (35),
função de verdade, coisas como (29) se 2 + 2 = 5, então a (37) Se João não é brasileiro, não é carioca, é verdadeira nas
Lua é de queijo são verdadeiras. Sem dúvida, esse é um mesmas circunstâncias em que (35) é verdadeira. A diferença
resultado contra-intuitivo. Note que toda condicional material entre (35) e (37) é que (35) enfatiza que ser carioca é condi-
F
TABELA VERDADE
Tabela-verdade, tabela de verdade ou tabela veritativa
é um tipo de tabela matemática usada em Lógica para
DISJUNÇÃO (símbolo V): determinar se uma fórmula é válida ou se um sequente é
correto.
Este conectivo também serve para unir duas proposições. As tabelas-verdade derivam do trabalho de Gottlob Frege,
O resultado será verdadeiro se pelo menos uma das proposi- Charles Peirce e outros da década de 1880, e tomaram a
ções for verdadeira. forma atual em 1922 através dos trabalhos de Emil Post e
Ludwig Wittgenstein. A publicação do Tractatus Logico-
Ex3.: P V Q. (Ou o Pão é barato ou o Queijo não é bom.) Philosophicus, de Wittgenstein, utilizava as mesmas para
V = “ou” classificar funções veritativas em uma série. A vasta
influência de seu trabalho levou, então, à difusão do uso de
Regrinha para o conectivo de disjunção (V): tabelas-verdade.
Como construir uma Tabela Verdade
P Uma tabela de verdade consiste em:
VQ 1º) Uma linha em que estão contidos todas as
subfórmulas de uma fórmula. Por exemplo, a fórmula
V
∧
¬((A B)→C) tem o seguinte conjuntos de subfórmulas:
V ∧ ∧
{ ¬((A∋B)→C) , (A B)→C , A B , A , B , C}
V 2º) l linhas em que estão todos possíveis valores que os
F termos podem receber e os valores cujas as fórmulas
moleculares tem dados os valores destes termos.
BICONDICIONAL (símbolo ↔)
A Silogismo Hipoté
tico
↔B
V
F
F A B A
→B →C →C
V
V V V
DISJUNÇÃO EXCLUSIVA (OU... OU XOR) V F F
F V V
A conjunção é verdadeira se, e somente se, apenas um
dos operandos for verdadeiro F V F
V V V
A V F V
(B
V V V
F
V V V
V
V Algumas falácias
F
Afirmação do conseqüente
Se A, então B. (A→B)
Existem três possíveis tipos de relacionamento entre dois “A arte que dirige o próprio ato da razão, ou seja, nos
diferentes conjuntos: permite chegar com ordem, facilmente e sem erro, ao próprio
ato da razão – o raciocínio” (Jacques Maritain).
Indica que um con-
junto está ompleta- “A lógica é o estudo dos métodos e princípios usados pa-
mente contido no ra distinguir o raciocínio correto do incorreto” (Irving Copi).
outro, mas o inverso
não é verdadeiro. “A lógica investiga o pensamento não como ele é, mas
como deve ser” (Edmundo D. Nascimento).
formalmente, chegar-se-á à conclusão lógica que Quando os raciocínios são organizados com técnica e ar-
te e expostos de forma tal a convencer a platéia, o leitor ou
qualquer interlocutor tem-se a argumentação. Assim, a ativi-
(3) Pedro é europeu.
dade argumentativa envolve o interesse da persuasão. Ar-
gumentar é o núcleo principal da retórica, considerada a arte
Materialmente, este é um raciocínio falso porque a expe- de convencer mediante o discurso.
riência nos diz que a premissa é falsa.
Partindo do pressuposto de que as pessoas pensam aqui-
No entanto, formalmente, é um raciocínio válido, porque a lo que querem, de acordo com as circunstâncias da vida e as
conclusão é adequada às premissas. É nesse sentido que se decisões pessoais (subjetividade), um argumento conseguirá
costuma dizer que o computador é falho, já que, na maioria atingir mais facilmente a meta da persuasão caso as idéias
dos casos, processa formalmente informações nele previa- propostas se assentem em boas razões, capazes de mexer
mente inseridas, mas não tem a capacidade de verificar o com as convicções daquele a quem se tenta convencer. Mui-
valor empírico de tais informações. tas vezes, julga-se que estão sendo usadas como bom argu-
mento opiniões que, na verdade, não passam de preconcei-
Já, a lógica material preocupa-se com a aplicação das tos pessoais, de modismos, de egoísmo ou de outras formas
operações do pensamento à realidade, de acordo com a de desconhecimento. Mesmo assim, a habilidade no argu-
natureza ou matéria do objeto em questão. Nesse caso, inte- mentar, associada à desatenção ou à ignorância de quem
ressa que o raciocínio não só seja formalmente correto, mas ouve, acaba, muitas vezes, por lograr a persuasão.
que também respeite a matéria, ou seja, que o seu conteúdo
corresponda à natureza do objeto a que se refere. Neste Pode-se, então, falar de dois tipos de argumentação: boa
caso, trata-se da correspondência entre pensamento e reali- ou má, consistente/sólida ou inconsistente/frágil, lógica ou
dade. ilógica, coerente ou incoerente, válida ou não-válida, fraca ou
forte etc.
Assim sendo, do ponto de vista lógico, costuma-se falar
de dois tipos de verdade: a verdade formal e a verdade mate- De qualquer modo, argumentar não implica, necessaria-
rial. A verdade formal diz respeito, somente e tão-somente, à mente, manter-se num plano distante da existência humana,
forma do discurso; já a verdade material tem a ver com a desprezando sentimentos e motivações pessoais. Pode-se
forma do discurso e as suas relações com a matéria ou o argumentar bem sem, necessariamente, descartar as emo-
conteúdo do próprio discurso. Se houver coerência, no pri- ções, como no caso de convencer o aluno a se esforçar nos
meiro caso, e coerência e correspondência, no segundo, tem- estudos diante da perspectiva de férias mais tranqüilas. En-
se a verdade. fim, argumentar corretamente (sem armar ciladas para o
interlocutor) é apresentar boas razões para o debate, susten-
Em seu conjunto, a lógica investiga as regras adequadas tar adequadamente um diálogo, promovendo a dinamização
à produção de um raciocínio válido, por meio do qual visa-se do pensamento. Tudo isso pressupõe um clima democrático.
à consecução da verdade, seja ela formal ou material. Rela-
cionando a lógica com a prática, pode-se dizer que é impor- 1.3. Inferê
ncia Lógica
tante que se obtenha não somente uma verdade formal, mas,
também, uma verdade que corresponda à experiência. Que
Cabe à lógica a tarefa de indicar os caminhos para um ra-
seja, portanto, materialmente válida. A conexão entre os
ciocínio válido, visando à verdade.
princípios formais da lógica e o conteúdo de seus raciocínios
pode ser denominada de “lógica informal”. Trata-se de uma
lógica aplicada ao plano existencial, à vida quotidiana. Contudo, só faz sentido falar de verdade ou falsidade
quando entram em jogo asserções nas quais se declara algo,
emitindo-se um juízo de realidade. Existem, então, dois tipos
1.2. Raciocínio e Argumentação
de frases: as assertivas e as não assertivas, que também
podem ser chamadas de proposições ou juízos.
Três são as principais operações do intelecto humano: a
simples apreensão, os juízos e o raciocínio.
A força de uma analogia depende, basicamente, de três Pode-se notar que, no caso da analogia, não basta consi-
aspectos: derar a forma de raciocínio, é muito importante que se avalie
o seu conteúdo. Por isso, esse tipo de raciocínio não é admi-
a) os elementos comparados devem ser verdadeiros e tido pela lógica formal. Se as premissas forem verdadeiras, a
importantes; conclusão não o será necessariamente, mas possivelmente,
isto caso cumpram-se as exigências acima.
b) o número de elementos semelhantes entre uma situa-
ção e outra deve ser significativo; Tal ocorre porque, apesar de existir uma estrutura geral
do raciocínio analógico, não existem regras claras e precisas
que, uma vez observadas, levariam a uma conclusão neces-
c) não devem existir divergências marcantes na compara-
sariamente válida.
ção.
O esquema básico do raciocínio analógico é:
No raciocínio analógico, comparam-se duas situações,
casos, objetos etc. semelhantes e tiram-se as conclusões
adequadas. Na ilustração, tal como a carroça, o carro a motor A é N, L, Y, X;
é um meio de transporte que necessita de um condutor. Este,
tanto num caso quanto no outro, precisa ser dotado de bom B, tal como A, é N, L, Y, X;
senso e de boa técnica para desempenhar adequadamente
seu papel. A é, também, Z
a) Os elementos comparados devem ser verdadeiros e re- Se, do ponto de vista da lógica formal, o raciocínio analó-
levantes, não imaginários ou insignificantes.tc gico é precário, ele é muito importante na formulação de
hipóteses científicas e de teses jurídicas ou filosóficas. Con-
"a) Os elementos comparados devem ser verdadeiros e tudo, as hipóteses científicas oriundas de um raciocínio ana-
relevantes, não imaginários ou insignificantes." lógico necessitam de uma avaliação posterior, mediante pro-
cedimentos indutivos ou dedutivos.
Assim sendo, as verdades do raciocínio indutivo depen- 2. Antônio Carlos é político e é corrupto;
dem das probabilidades sugeridas pelo número de casos
observados e pelas evidências fornecidas por estes. A enu- Fernando é político e é corrupto;
meração de casos deve ser realizada com rigor e a conexão
entre estes deve ser feita com critérios rigorosos para que
Paulo é político e é corrupto;
sejam indicadores da validade das generalizações contidas
nas conclusões.
Estevão é político e é corrupto;
O esquema principal do raciocínio indutivo é o seguinte:
logo, todos os políticos são corruptos.
B é A e é X;
A avaliação da suficiência ou não dos elementos não é ta-
refa simples, havendo muitos exemplos na história do conhe-
C é A e também é X;
cimento indicadores dos riscos das conclusões por indução.
Basta que um caso contrarie os exemplos até então colhidos
D é A e também é X; para que caia por terra uma “verdade” por ela sustentada. Um
exemplo famoso é o da cor dos cisnes. Antes da descoberta
E é A e também é X; da Austrália, onde foram encontrados cisnes pretos, acredita-
va-se que todos os cisnes fossem brancos porque todos os
logo, todos os A são X até então observados eram brancos. Ao ser visto o primeiro
cisne preto, uma certeza de séculos caiu por terra.
No raciocínio indutivo, da observação de muitos casos
particulares, chega-se a uma conclusão de cunho geral. 2.2.1. Procedimentos indutivos
b.b. contam-se ou conferem-se todos as peças do jogo de c) A probabilidade natural é a relativa a fenômenos na-
xadrez: ao final da contagem, constata-se que são 32 peças. turais dos quais nem todas as possibilidades são conhecidas.
A previsão meteorológica é um exemplo particular de probali-
dade natural. A teoria do caos assenta-se na tese da imprevi-
Nesses raciocínios, tem-se uma conclusão segura, po-
sibilidade relativa e da descrição apenas parcial de alguns
dendo-se classificá-los como formas de indução forte, mesmo
eventos naturais.
que se revelem pouco criativos em termos de pesquisa cientí-
fica.
Por lidarem com probabilidades, a indução e a analogia
são passíveis de conclusões inexatas.
O raciocínio indutivo nem sempre aparece estruturado
nos moldes acima citados. Às vezes, percebe-se o seu uso
pela maneira como o conteúdo (a matéria) fica exposta ou Assim sendo, deve-se ter um relativo cuidado com as su-
ordenada. Observem-se os exemplos: as conclusões. Elas expressam muito bem a necessidade
humana de explicar e prever os acontecimentos e as coisas,
contudo, também revelam as limitações humanas no que diz
- Não parece haver grandes esperanças em se erradicar a
respeito à construção do conhecimento.
corrupção do cenário político brasileiro.
2.3. Raciocínio dedutivo - do geral ao particular
Depois da série de protestos realizados pela população,
depois das provas apresentadas nas CPI’s, depois do vexa-
me sofrido por alguns políticos denunciados pela imprensa, O raciocínio dedutivo, conforme a convicção de muitos es-
depois do escárnio popular em festividades como o carnaval tudiosos da lógica, é aquele no qual são superadas as defici-
e depois de tanta insistência de muitos sobre necessidade de ências da analogia e da indução.
moralizar o nosso país, a corrupção parece recrudescer,
apresenta novos tentáculos, se disfarça de modos sempre No raciocínio dedutivo, inversamente ao indutivo, parte-se
novos, encontrando-se maneiras inusitadas de ludibriar a do geral e vai-se ao particular. As inferências ocorrem a partir
nação. do progressivo avanço de uma premissa de cunho geral, para
se chegar a uma conclusão tão ou menos ampla que a pre-
- Sentia-me totalmente tranqüilo quanto ao meu amigo, missa. O silogismo é o melhor exemplo desse tipo de raciocí-
pois, até então, os seus atos sempre foram pautados pelo nio:
respeito às leis e à dignidade de seus pares. Assim, enquanto
alguns insinuavam a sua culpa, eu continuava seguro de sua Premissa maior: Todos os homens são mamíferos. uni-
inocência. versal
Tanto no primeiro quanto no segundo exemplos está sen- Premissa menor: Pedro é homem.
do empregando o método indutivo porque o argumento prin-
cipal está sustentado pela observação de muitos casos ou Conclusão: Logo, Pedro é mamífero. Particular
fatos particulares que, por sua vez, fundamentam a conclu-
são. No primeiro caso, a constatação de que diversas tentati- No raciocínio dedutivo, de uma premissa de cunho geral
vas de erradicar a corrupção mostraram-se infrutíferas con- podem-se tirar conclusões de cunho particular.
duzem à conclusão da impossibilidade de sua superação,
enquanto que, no segundo exemplo, da observação do com- Aristóteles refere-se à dedução como “a inferência na
portamento do amigo infere-se sua inocência. qual, colocadas certas coisas, outra diferente se lhe segue
As principais investigações lógicas de Aristóteles incidiam Uma vez que a inferência 3) conduz a uma falsa conclu-
sobre as relações entre as frases que fazem afirmações. são a partir de premissas verdadeiras, podemos ver que a
Quais delas são consistentes ou inconsistentes com as ou- forma do argumento 4) não é de confiança. Daí a não valida-
tras? Quando temos uma ou mais afirmações verdadeiras, de da inferência 2), não obstante a sua conclusão ser de
que outras verdades podemos inferir delas unicamente por facto verdadeira.
meio do raciocínio? Estas questões são respondidas na sua
obra Analíticos Posteriores. A lógica não teria conseguido avançar além dos seus pri-
meiros passos sem as letras esquemáticas, e a sua utilização
Ao contrário de Platão, Aristóteles não toma como ele- é hoje entendida como um dado adquirido; mas foi Aristóteles
mentos básicos da estrutura lógica as frases simples com- quem primeiro começou a utilizá-las, e a sua invenção foi tão
postas por substantivo e verbo, como "Teeteto está sentado". importante para a lógica quanto a invenção da álgebra para a
Está muito mais interessado em classificar frases que come- matemática.
çam por "todos", "nenhum" e "alguns", e em avaliar as infe-
rências entre elas. Consideremos as duas inferências seguin- Uma forma de definir a lógica é dizer que é uma disciplina
tes: que distingue entre as boas e as más inferências. Aristóteles
estuda todas as formas possíveis de inferência silogística e
1) estabelece um conjunto de princípios que permitem distinguir
os bons silogismos dos maus. Começa por classificar indivi-
Todos os gregos são europeus. dualmente as frases ou proposições das premissas. Aquelas
Alguns gregos são do sexo masculino. que começam pela palavra "todos" são proposições univer-
Logo, alguns europeus são do sexo masculino. sais; aquelas que começam com "alguns" são proposições
particulares. Aquelas que contêm a palavra "não" são propo-
2) sições negativas; as outras são afirmativas. Aristóteles ser-
viu-se então destas classificações para estabelecer regras
Todas as vacas são mamíferos. para avaliar as inferências. Por exemplo, para que um silo-
Alguns mamíferos são quadrúpedes. gismo seja válido é necessário que pelo menos uma premis-
Logo, todas as vacas são quadrúpedes. sa seja afirmativa e que pelo menos uma seja universal; se
ambas as premissas forem negativas, a conclusão tem de ser
negativa. Na sua totalidade, as regras de Aristóteles bastam
As duas inferências têm muitas coisas em comum. São
para validar os silogismos válidos e para eliminar os inváli-
ambas inferências que retiram uma conclusão a partir de
dos. São suficientes, por exemplo, para que aceitemos a
duas premissas. Em cada inferência há uma palavra-chave
inferência 1) e rejeitemos a inferência 2).
que surge no sujeito gramatical da conclusão e numa das
premissas, e uma outra palavra-chave que surge no predica-
do gramatical da conclusão e na outra premissa. Aristóteles Aristóteles pensava que a sua silogística era suficiente
dedicou muita atenção às inferências que apresentam esta para lidar com todas as inferências válidas possíveis. Estava
característica, hoje chamadas "silogismos", a partir da palavra enganado. De facto, o sistema, ainda que completo em si
grega que ele usou para as designar. Ao ramo da lógica que mesmo, corresponde apenas a uma fracção da lógica. E
estuda a validade de inferências deste tipo, iniciado por Aris- apresenta dois pontos fracos. Em primeiro lugar, só lida com
tóteles, chamamos "silogística". as inferências que dependem de palavras como "todos" e
"alguns", que se ligam a substantivos, mas não com as infe-
rências que dependem de palavras como "se…, então ", que
Uma inferência válida é uma inferência que nunca conduz
interligam as frases. Só alguns séculos mais tarde se pôde
de premissas verdadeiras a uma conclusão falsa. Das duas
formalizar padrões de inferência como este: "Se não é de dia,
inferências apresentadas acima, a primeira é válida, e a se-
é de noite; mas não é de dia; portanto é de noite". Em segun-
gunda inválida. É verdade que, em ambos os casos, tanto as
do lugar, mesmo no seu próprio campo de acção, a lógica de
premissas como a conclusão são verdadeiras. Não podemos
Aristóteles não é capaz de lidar com inferências nas quais
rejeitar a segunda inferência com base na falsidade das fra-
palavras como "todos" e "alguns" (ou "cada um" e "nenhum")
ses que a constituem. Mas podemos rejeitá-la com base no
surjam não na posição do sujeito, mas algures no predicado
"portanto": a conclusão pode ser verdadeira, mas não se
gramatical. As regras de Aristóteles não nos permitem deter-
segue das premissas.
minar, por exemplo, a validade de inferências que contenham
premissas como "Todos os estudantes conhecem algumas
Podemos esclarecer melhor este assunto se conceber- datas" ou "Algumas pessoas detestam os polícias todos". Só
mos uma inferência paralela que, partindo de premissas ver- 22 séculos após a morte de Aristóteles esta lacuna seria
dadeiras, conduza a uma conclusão falsa. Por exemplo: colmatada.
Desidé
rio Murcho Em termos rigorosos, não há problem algum com esta op-
ção; significa apenas que estamos a dar ao termo "dedução"
É comum falar em argumentos dedutivos, opondo-os aos força factiva, como damos ao termo "demonstração". Do
indutivos. Este artigo procura mostrar que há um conjunto de mesmo modo que não há demonstrações inválidas, também
aspectos subtis que devem ser tidos em linha de conta, caso não há, de acordo com esta opção, deduções inválidas. Se é
contrário será tudo muito confuso. uma dedução, é válida; se é uma demostração, é válida. Uma
"demonstração" inválida nada demonstra; uma "dedução"
inválida nada deduz.
Antes de mais: a expressão "argumento indutivo" ou "in-
dução" dá origem a confusões porque se pode ter dois tipos
muito diferentes de argumentos: as generalizações e as pre- O primeiro problema desta opção é exigir a reforma do
visões. Uma generalização é um argumento como modo como geralmente se fala e escreve sobre argumentos
dedutivos — pois é comum falar de argumentos dedutivos
inválidos, como as falácias formais (por oposição às infor-
Todos os corvos observados até hoje são pretos.
mais). Este problema não é decisivo, caso não se levantasse
Logo, todos os corvos são pretos.
outro problema: o segundo.
Numa generalização parte-se de algumas verdades
O segundo problema é o seguinte: Dado que todos os ar-
acerca de alguns membros de um dado domínio e genera-
gumentos são dedutivos ou não dedutivos (ou indutivos, se
liza-se essas verdades para todos os membros desse
quisermos reduzir todo o campo da não dedução à indução),
domínio, ou pelo menos para mais.
e dado que não faz muito sentido usar o termo "dedução"
factivamente e o termo "indução" não factivamente, o resulta-
Uma previsão é um argumento como do bizarro é que deixa de haver argumentos inválidos. O
termo "argumento" torna-se factivo tal como os termos "dedu-
Todos os corvos observados até hoje são pretos. ção" e "indução". E isto já é demasiado rebuscado; as pesso-
Logo, o próximo corvo que observarmos será preto. as não usam mesmo o termo deste modo, nunca; passamos
a vida a falar de argumentos inválidos. E faz todo o sentido
Uma pessoa imaginativa e com vontade de reduzir que o façamos, pois se adoptarmos o entendimento factivo
coisas — uma síndrome comum em filosofia — pode que- do termo um "argumento" inválido não é de todo em todo um
rer afirmar que podemos reduzir as previsões às generali- argumento: é apenas um conjunto de proposições.
Se Sócrates era ateniense, era grego. Uma situação que esses diagramas poderão ser usados, é na
Sócrates era grego. determinação da quantidade de elementos que apresentam
Logo, era ateniense. uma determinada característica.
Assim, um argumento é dedutivo ou indutivo em função Quantas pessoas têm no grupo ou quantas dirigem somente
da explicação mais adequada que tivermos para a sua vali- carro ou ainda quantas dirigem somente motos.
dade ou invalidade. Um argumento dedutivo inválido explica- Vamos inicialmente montar os diagramas dos conjuntos que
se adequadamente recorrendo unicamente à sua forma lógi- representam os motoristas de motos e motoristas de carros.
ca, no sentido em que a sua forma lógica é suficiente para
distinguir os argumentos dedutivos inválidos dos válidos; o Começaremos marcando quantos elementos tem a intersec-
mesmo não acontece com os argumentos indutivos, pois a ção e depois completaremos os outros espaços.
sua validade ou invalidade não depende exclusivamente da
sua forma lógica.
Em termos primitivos, pois, o que conta é a validade e in- Marcando o valor da intersecção, então iremos subtraindo
validade; há diferentes tipos de validade e invalidade: a dedu- esse valor da quantidade de elementos dos conjuntos A e B.
tiva e a indutiva. E os argumentos são dedutivos ou indutivos
Raciocínio Lógico Quantitativo 85 A Opção Certa Para a Sua Realização
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a) Temos no grupo: 8 + 10 + 33 = 51 motoristas. Fora dos diagramas teremos 150 elementos que não são
b) Dirigem somente carros 33 motoristas. leitores de nenhum dos três jornais.
c) Dirigem somente motos 8 motoristas. Na região I, teremos: 70 - 40 = 30 elementos.
No caso de uma pesquisa de opinião sobre a preferência Na região II, teremos: 65 - 40 = 25 elementos.
quanto à leitura de três jornais. A, B e C, foi apresentada a Na região III, teremos: 105 - 40 = 65 elementos.
seguinte tabela: Na região IV, teremos: 300 - 40 - 30 - 25 = 205 elementos.
Na região V, teremos: 250 - 40 -30 - 65 = 115 elementos.
Na região VI, teremos: 200 - 40 - 25 - 65 = 70 elementos.
Dessa forma, o diagrama figura preenchido com os seguintes
elementos:
Para termos os valores reais da pesquisa, vamos inicialmente Com essa distribuição, poderemos notar que 205 pessoas
montar os diagramas que representam cada conjunto. lêem apenas o jornal A.
Prof Msc SANDRO FABIAN FRANCILIO DORNELLES
A colocação dos valores começará pela intersecção dos três Verificamos que 500 pessoas não lêem o jornal C, pois é a
conjuntos e depois para as intersecções duas a duas e por soma 205 + 30 + 115 + 150.
último às regiões que representam cada conjunto individual- Notamos ainda que 700 pessoas foram entrevistadas, que é
mente. a soma 205 + 30 + 25 + 40 + 115 + 65 + 70 +
150.
Representaremos esses conjuntos dentro de um retângulo
que indicará o conjunto universo da pesquisa.
EXERCÍCIOS DE CONCURSOS
Diagramas Lógicos
RESPOSTAS
1.B 11.C
2.C 12.E
3.D 13.A
4.E 14.C
5.B 15.C (certo)
6.A 16.C,E,C,C,E
7.B 17.E,C,E,C
8.E
9.E
10.D
EQUIVALÊNCIA LÓGICA
A região sombreada corresponde à seguinte operação:
a) A ∪ B ∪ C
Na lógica, as asserções p e q são ditas logicamente
b) (A ∪ B) ∩ C equivalentes ou simplesmente equivalentes, se p = q e q =
c) A ∩ B∩ C p.
d) (A ∩ B) ∪ C
Em termos intuitivos, duas sentenças são logicamente
QUESTÕES CERTO / ERRADO (CESPE / UNB) equivalentes se possuem o mesmo "conteúdo lógico".
15. (UNB) Numa entrevista realizada pelo Departamento de Do ponto de vista da teoria da demonstração, p e q são
Ciências Econômicas da UCG com 50 pessoas, da classe equivalentes se cada uma delas pode ser derivada a partir da
média de Goiânia, acerca de suas preferências por aplica- outra. Semanticamente, p e q são equivalentes se elas têm
ções de seus excedentes financeiros, obteve-se o seguinte os mesmos valores para qualquer interpretação.
resultado: 21 pessoas disseram que aplicam em fundos de
renda fixa; 34 em cadernetas de poupança e 50 não aplicam EQUIVALÊNCIAS LÓGICAS NOTÁVEIS
em nenhuma dasmodalidades. Deste modo, 10 pessoas
aplicam nas duas modalidades (obs.: uma mesma pessoa
Negação da Negação (Dupla Negação)
pode aplicar em mais de uma modalidade).
~(~p) p
16. (MPU_99UNB) Em exames de sangue realizados em 500
moradores de uma região com péssimas condições sanitárias p ~q ~(p)
foi constatada a presença de três tipos de vírus: A, B, C . O
F V F
resultado dos exames revelou que o vírus A estava presente
em 210 moradores; o vírus B, em 230; os vírus A e B, em 80; V F V
os vírus A e C, em 90; e os vírus B e C, em 70. Além disso,
em 5 moradores não foi detectado nenhum dos três vírus e o
Como as tabelas-verdade são idênticas podemos dizer
numero de moradores infectados pelo vírus C era igual ao
dobro dos infectados apenas pelo vírus B. que ~(~p)⇔
⇔ p.
Com base nessa situação, julgues os itens abaixo:
I. O número de pessoas contaminadas pelo três vírus simul- Exemplo: "Não é verdade que Mario não é estudioso" é
taneamente representa 9% do total de logicamente equivalente a "Mario é estudioso".
pessoas examinadas. Exemplos:
a)
II. O número de moradores que apresentam o vírus C é igual
p: Não tem ninguém aqui.
a 230.
~p: Tem ninguém aqui.
III. 345 moradores apresentam somente um dos vírus.
~(~p): Tem alguém aqui.
IV. Mais de 140 moradores apresentaram pelo menos, dois
vírus.
Logicamente falando, "Não tem ninguém aqui" é equiva-
V. O número de moradores que não foram contaminados
lente à "Tem alguém aqui".
pelos vírus B e C representa menos de 16% do total de pes-
b)
soas examinadas.
p: Não dá para não ler.
~p: Dá para não ler.
17. Pedro, candidato ao cargo de Escrivão de Polícia Federal,
~(~p): Dá para ler.
necessitando adquirir livros para se preparar para o concurso,
utilizou um site de busca da Internet e pesquisou em uma
Logicamente falando, "Não dá para não ler" é equivalente
livraria virtual, especializada nas áreas de direito, administra-
à "Dá para ler".
ção e economia, que vende livros nacionais e importados.
Nessa livraria, alguns livros de direito e todos os de adminis-
Se todos os homens são mortais e todos os franceses são 6. De duas premissas afirmativas não se pode tirar
homens, então todos os franceses são mortais. conclusão negativa.
Em primeiro lugar, notemos que o silogismo categórico é 7. A conclusão segue sempre a premissa mais fraca.
composto de três proposições ou juízos: duas premissas – A particular é mais fraca do que a universal e a negativa mais
"Todos os homens são mortais" e "Todos os franceses são fraca do que a afirmativa. Isto significa que se uma das pre-
homens" – e uma conclusão – "Todos os franceses são mor- missas for particular, a conclusão sê-lo-á igualmente; o mes-
tais". Neste caso as premissas e a conclusão são todas pro- mo acontecendo se uma das premissas for negativa: "Se os
posições universais afirmativas (A), mas cada uma poderia europeus não são brasileiros e os franceses são europeus,
em princípio ser de qualquer outro tipo: universal negativa então os franceses não são brasileiros." Que outra conclusão
(E), particular afirmativa (I) ou particular negativa (O). se poderia tirar?
Em segundo lugar, nas três proposições entram unica- 8. Nada se pode concluir de duas premissas particula-
mente três termos: "mortais", "homens" e "franceses". Um res. De "Alguns homens são ricos" e "Alguns homens são
destes termos entra nas premissas mas não na conclusão: é sábios" nada se pode concluir, pois não se sabe que relação
o chamado termo mé dio, que simbolizaremos pela letra M. Os existe entre os dois grupos de homens considerados. Aliás,
outros dois termos são o termo maior, que figura na primeira um silogismo com estas premissas violaria também a regra 4.
premissa, que por isso é também designada de premissa
maior; e o termo menor, que figura na segunda premissa ou Modo e figura do silogismo
premissa menor. Estes dois termos são simbolizados res- Consideremos os três silogismos seguintes, com os res-
pectivamente pelas letras P e S. Assimilaremos melhor este pectivos esquemas:
simbolismo se tivermos em conta que, na conclusão, o termo
maior, P, é predicado e o termo menor, S, é sujeito. Nenhum asiático é europeu. (Nenhum M é P.)
Todos os coreanos são asiáti-
(Todo o S é M.)
Finalmente, embora a forma que utilizamos para apresen- cos.
tar o silogismo seja a melhor para dar conta da ligação lógica Portanto nenhum coreano é (Portanto nenhum S é
entre as premissas e a conclusão e esteja mais de acordo europeu. P.)
com a formulação original de Aristóteles, existem outras duas Ý
formas mais vulgarizadas, uma das quais será aquela que Nenhum ladrão é sábio. (Nenhum P é M.)
utilizaremos com mais frequência. Alguns políticos são sábios. (Algum S é M.)
Portanto alguns políticos não são (Portanto algum S não
Todo o M é P. Todo o M é P. ladrões. é P.)
Todo o S é M. Todo o S é M. Todos os jovens são alegres. (Todo o M é P.)
Logo todo o S é P. Todo o S é P. Todos os jovens são travessos. (Todo o M é S.)
Portanto alguns travessos são (Portanto algum S é
Regras do silogismo alegres. P.)
São em número de oito. Quatro referem-se aos termos e
as outras quatro às premissas. Estes silogismos são, evidentemente, diferentes, não
apenas em relação às proposições concretas que os formam,
Regras dos termos mas igualmente em relação à quantidade e qualidade dessas
1. Apenas existem trê s termos num silogismo: maior, proposições e à maneira como o termo médio nelas se apre-
médio e menor. Esta regra pode ser violada facilmente quan- senta, como no-lo indicam os esquemas que os acompa-
do se usa um termo com mais de um significado: "Se o cão é nham. Assim, no primeiro silogismo temos uma proposição
pai e o cão é teu, então é teu pai." Aqui o termo "teu" tem universal negativa (E), uma universal afirmativa (A) e mais
dois significados, posse na segunda premissa e parentesco uma universal negativa (E); no segundo, temos a sequência
na conclusão, o que faz com que este silogismo apresente na E, I, O; no terceiro, A, A, I. Quanto à posição do termo médio,
realidade quatro termos. verificamos que no primeiro silogismo ele é sujeito na premis-
sa maior e predicado na premissa menor; no segundo, é
2. Nenhum termo deve ter maior extensão na conclu- predicado em ambas as premissas; e no terceiro silogismo é
são do que nas premissas: "Se as orcas são ferozes e sujeito também tanto na maior como na menor. Fazendo
algumas baleias são orcas, então as baleias são ferozes." O variar todos estes factores de todas as maneiras possíveis
termo "baleias" é particular na premissa e universal na con- obteremos provavelmente uma soma assustadora de silogis-
clusão, o que invalida o raciocínio, pois nada é dito nas pre- mos diferentes.
missas acerca das baleias que não são orcas, e que podem
Existe uma particularidade importante em relação às di- Numa formulação mais intuitiva, o que isto quer dizer é
versas figuras. Através de diversos procedimentos, dos quais que, face a uma condição como a que é estabelecida na
o mais importante é a conversão, é possível reduzir silogis- premissa maior, afirmar a verdade do antecedente é afirmar
mos de uma figura a outra figura, ou seja, pegar, por exem- simultaneamente a verdade do consequente. Poderíamos
plo, num silogismo na segunda figura e transformá-lo num substituir as letras "p" e "q" por outras proposições verdadei-
silogismo na primeira figura. ras que o raciocínio continuaria válido.
Nenhum ladrão é sábio. O silogismo hipotético possui duas figuras válidas ou mo-
Alguns políticos são sábios. dos:
Portanto alguns políticos não são ladrões.
Modus ponens
Nenhum sábio é ladrão. Modus ponens, que corresponde ao exemplo dado, e que
Alguns políticos são sábios. poderíamos sintetizar nas seguintes regras:
Portanto alguns políticos não são ladrões. 1. Num juízo hipotético, a afirmação do antecedente o-
briga à afirmação do consequente.
Aqui o primeiro silogismo tem o termo médio na posição 2. Da afirmação do consequente nada se pode concluir.
de predicado das duas premissas. Trata-se portanto de um
silogismo da segunda figura, modo Festino. Através da con- Modus tollens
versão da premissa maior – um processo simples neste caso, Modus tollens, que corresponde ao seguinte esquema:
mas convém rever o que dissemos anteriormente sobre o "se p, então q; ora não q; logo não p", e cuja mecânica pode-
assunto (cf. Inferência imediata ) –, transformámo-lo num ríamos sintetizar nas seguintes regras:
silogismo categórico da primeira figura, em que o termo mé- 1. Num juízo hipotético, a negação do consequente torna
dio desempenha o papel de sujeito na premissa maior e pre- necessária a negação do antecedente.
dicado na menor. O modo do novo silogismo é Ferio. 2. Da negação do antecedente nada se pode concluir.
Tradicionalmente, a primeira figura tem sido considerada Formas muito vulgarizadas, mas não válidas, de si-
como a mais importante, aquela em que a evidência da de- logismo hipotético, são aquelas que quebram as regras atrás
dução é mais forte. Reduzir os silogismos nas outras figuras expostas. Por exemplo, afirmar o consequente para afirmar o
a silogismos equivalentes na primeira figura seria uma manei- antecedente, como em: "Se chovesse, o chão estaria molha-
ra de demonstrar a validade dos mesmos. A utilidade de do; ora o chão está molhado, logo choveu." Evidentemente, é
decorar os diversos modos válidos é relativa, uma vez que a provável que o chão esteja molhado por causa da chuva, mas
aplicação das regras do silogismo permitem perfeitamente também o pode estar outros motivos, como o facto de alguém
Antes de mais nada devemos saber que conceitos O conjunto A = { 0; 1; 2; 3; 4; 5; 6; 7; 8; 9 } pode ser
primitivos são noções que adotamos sem definição. representado por descrição da seguinte maneira: A = { x | x
é algarismo do nosso sistema de numeração }
Adotaremos aqui três conceitos primitivos: o de conjunto,
o de elemento e o de pertinência de um elemento a um con- O conjunto G = { a; e; i; o, u } pode ser representado por
junto. Assim, devemos entender perfeitamente a frase: de- descrição da seguinte maneira G = { x | x é vogal do nosso
terminado elemento pertence a um conjunto, sem que te- alfabeto }
H = { x | x é par positivo }
logo: n(D) = 49
4 Número de elementos de um conjunto Vamos dizer que dois conjuntos A e 8 são iguais, e indica-
remos com A = 8, se ambos possuírem os mesmos elemen-
Consideremos um conjunto C. Chamamos de número de tos. Quando isto não ocorrer, diremos que os conjuntos são
elementos deste conjunto, e indicamos com n(C), ao número diferentes e indicaremos com A ≠ B. Exemplos .
de elementos diferentes entre si, que pertencem ao conjunto.
Exemplos a) {a;e;i;o;u} = {a;e;i;o;u}
b) {a;e;i;o,u} = {i;u;o,e;a}
O conjunto A = { a; e; i; o; u } c) {a;e;i;o;u} = {a;a;e;i;i;i;o;u;u}
é tal que n(A) = 5. d) {a;e;i;o;u} ≠ {a;e;i;o}
O conjunto B = { 0; 1; 3; 4; 5; 6; 7; 8; 9 } é tal que n(B) = 2
e) { x | x = 100} = {10; -10}
10. 2
f) { x | x = 400} ≠ {20}
O conjunto C = ( 1; 2; 3; 4;... ; 99 ) é tal que n (C) = 99.
7 Subconjuntos de um conjunto
5 Conjunto unitário e conjunto vazio
Dizemos que um conjunto A é um subconjunto de um
Chamamos de conjunto unitário a todo conjunto C, tal que
conjunto B se todo elemento, que pertencer a A, também
n (C) = 1.
pertencer a B.
Exemplo: C = ( 3 )
Neste caso, usando os diagramas de Euler-Venn, o
conjunto A estará "totalmente dentro" do conjunto B :
E chamamos de conjunto vazio a todo conjunto c, tal que
n(C) = 0.
2
Exemplo: M = { x | x = -25}
Observações:
Raciocínio Lógico Quantitativo 95 A Opção Certa Para a Sua Realização
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Exemplos
Resolução
A - B = { y; z }
B - A= {w;v}
A - C= {x;z}
C – A = {u;t}
B – C = {x;w;v}
C – B = {y;u;t}
3. No diagrama seguinte temos:
n(A) = 20
n(B) = 30
n(A ∩ B) = 5 PROVA SIMULADA
(A) algumas plantas verdes são comestíveis. (A) os sobrinhos de não músicos nunca são músicos.
(B) algumas plantas verdes não são comestíveis. (B) os sobrinhos de não músicos sempre são músi-
(C) algumas plantas comestíveis têm clorofila. cos.
(D) todas as plantas que têm clorofila são comestí- (C) os sobrinhos de músicos sempre são músicos.
veis. (D) os sobrinhos de músicos nunca são músicos.
(E) todas as plantas vendes são comestíveis. (E) os sobrinhos de músicos quase sempre são músi-
cos.
10. A proposição 'É necessário que todo aconteci-
mento tenha causa' éequivalente a 16. O paciente não pode estar bem e ainda ter febre.
O paciente está bem. Logo, o paciente
(A) É possível que algum acontecimento não tenha (A) TEM FEBRE E NÃO ESTÁ BEM.
causa. (B) TEM FEBRE OU NÃO ESTÁ BEM.
(B) Não é possível que algum acontecimento não te- (C) TEM FEBRE.
nha causa. (D) NÃO TEM FEBRE.
(C) É necessário que algum acontecimento não tenha (E) NÃO ESTÁ BEM.
causa.
(D) Não é necessário que todo acontecimento tenha INSTRUÇÃO: Utilize o texto a seguir para responder
causa. às questões de nº 17 e 18.
(E) É impossível que algum acontecimento tenha "O primeiro impacto da nova tecnologia de aprendiza-
causa. do será sobre a educação universal. Através dos tempos, as
escolas, em sua maioria, gastaram horas intermináveis ten-
11. Continuando a seqüê
ncia 47, 42, 37, 33, 29, 26, ... , tando ensinar coisas que eram melhor aprendidas do que
temos ensinadas, isto é, coisas que são aprendidas de forma com-
portamental e através de exercícios, repetição e feedback.
(A) 21. Pertencem a esta categoria todas as matérias ensinadas no
(B) 22. primeiro grau, mas também muitas daquelas ensinadas em
(C) 23. estágios posteriores do processo educacional. Essas maté-
(D) 24. rias - seja ler e escrever, aritmética, ortografia, história, bio-
(E) 25. logia, ou mesmo matérias avançadas como neurocirurgia,
(A) 30.
Contudo, apesar da tecnologia disponível, a educa-
(B) 35.
ção universal apresenta tremendos desafios. Os conceitos
(C) 37.
tradicionais de educação não são mais suficientes. Ler, es-
(D) 42.
crever e aritmética continuarão a ser necessários como hoje,
(E) 44.
mas a educação precisará ir muito além desses itens bási-
cos. Ela irá exigir familiaridade com números e cálculos; uma
INSTRUÇÃO: Utilize o texto a seguir para responder
compreensão básica de ciência e da dinâmica da tecnologia;
às questões de nº 23 e 24.
conhecimento de línguas estrangeiras. Também será neces-
sário aprender a ser eficaz como membro de uma organiza-
“Os homens atribuem autoridade a comunicações de
ção, como empregado." (Peter Drucker, A sociedade pós-
posições superiores, com a condição de que estas comuni-
capitalista).
cações sejam razoavelmente consistentes com as vantagens
17. Para Peter Drucker, o ensino de maté rias como de escopo e perspectiva que são creditadas a estas posi-
aritmé
tica, ortografia, história e biologia ções. Esta autoridade é, até um grau considerável, indepen-
dente da habilidade pessoal do sujeito que ocupa a posição.
(A) Deve Ocorrer Apenas No Primeiro Grau. E muitas vezes reconhecido que, embora este sujeito possa
(B) deve ser diferente do ensino de matérias como ter habilidade pessoal limitada, sua recomendação deve ser
neurocirurgia e diagnóstico médico. superior pela simples razão da vantagem de posição. Esta é
(C) será afetado pelo desenvolvimento da informática. a autoridade de posição”.
(D) não deverá se modificar, nas próximas décadas.
(E) deve se dar através de meras repetições e exercí- Mas é óbvio que alguns homens têm habilidade supe-
cios. rior. O seu conhecimento e a sua compreensão, independen-
temente da posição, geram respeito. Os homens atribuem
18. Para o autor, neste novo cenário, o computador autoridade ao que eles dizem, em uma organização, apenas
por esta razão. Esta é a autoridade de liderança.' (Chester
(A) terá maior eficácia educacional quanto mais jovem Barnard, The Functions of the Executive).
for o estudante.
(B) tende a substituir totalmente o professor em sala 23. Para o autor,
de aula.
(C) será a ferramenta de aprendizado para os profes- (A) autoridade de posição e autoridade de liderança
sores. são sinônimos.
(D) tende a ser mais utilizado por médicos. (B) autoridade de posição é uma autoridade superior
(E) será uma ferramenta acessória na educação. à autoridade de liderança.
(C) a autoridade de liderança se estabelece por ca-
19. Assinale a alternativa em que se chega a uma racterísticas individuais de alguns homens.
conclusão por um processo de dedução. (D) a autoridade de posição se estabelece por habili-
dades pessoais superiores de alguns líderes.
(A) Vejo um cisne branco, outro cisne branco, outro (E) tanto a autoridade de posição quanto a autoridade
cisne branco ... então todos os cisnes são bran- de liderança são ineficazes.
cos.
(B) Vi um cisne, então ele é branco. 24. Durante o texto, o autor procura mostrar que as
(C) Vi dois cisnes brancos, então outros cisnes devem pessoas
ser brancos.
(D) Todos os cisnes são brancos, então este cisne é (A) não costumam respeitar a autoridade de posição.
branco. (B) também respeitam autoridade que não esteja liga-
(E) Todos os cisnes são brancos, então este cisne da a posições hierárquicas superiores.
pode ser branco. (C) respeitam mais a autoridade de liderança do que
de posição.
20. Cátia émais gorda do que Bruna. Vera émenos (D) acham incompatíveis os dois tipos de autoridade.
gorda do que Bruna. Logo, (E) confundem autoridade de posição e liderança.
(A) Vera é mais gorda do que Bruna. 25. Utilizando-se de um conjunto de hipóteses, um
(B) Cátia é menos gorda do que Bruna. cientista deduz uma predição sobre a ocorrê
ncia de
(C) Bruna é mais gorda do que Cátia. um certo eclipse solar. Todavia, sua predição
(D) Vera é menos gorda do que Cátia. mostra-se falsa. O cientista deve logicamente
(E) Bruna é menos gorda do que Vera. concluir que
21. Todo cavalo éum animal. Logo, (A) todas as hipóteses desse conjunto são falsas.
(A) Francisco desviou dinheiro da campanha assis- 33- A operação Å x é definida como o dobro do quadrado de
tencial. x. Assim, o valor da expressão Å 21/2 - Å [ 1Å 2 ] é igual a
(B) Francisco não cometeu um grave delito. a) 0
(C) Francisco cometeu um grave delito. b) 1
(D) alguém desviou dinheiro da campanha assistenci- c) 2
al. d) 4
(E) alguém não desviou dinheiro da campanha assis- e) 6
tencial.
34- Um crime foi cometido por uma e apenas uma pessoa de
27. Se Rodrigo mentiu, então ele éculpado. Logo, um grupo de cinco suspeitos: Armando, Celso, Edu, Juarez e
Tarso. Perguntados sobre quem era o culpado, cada um
(A) se Rodrigo não é culpado, então ele não mentiu. deles respondeu:
(B) Rodrigo é culpado. Armando: "Sou inocente"
(C) se Rodrigo não mentiu. então ele não é culpado. Celso: "Edu é o culpado"
(D) Rodrigo mentiu. Edu: "Tarso é o culpado"
(E) se Rodrigo é culpado, então ele mentiu. Juarez: "Armando disse a verdade"
Tarso: "Celso mentiu"
28. Continuando a seqüê ncia de letras F, N, G, M, H . . Sabendo-se que apenas um dos suspeitos mentiu e que
..., ..., temos, respectivamente, todos os outros disseram a verdade, pode-se concluir que o
culpado é:
(A) O, P. a) Armando
(B) I, O. b) Celso
(C) E, P. c) Edu
(D) L, I. d) Juarez
(E) D, L. e) Tarso
29. Continuando a seqüê
ncia 4, 10, 28, 82, ..., temos 35- Três rapazes e duas moças vão ao cinema e desejam
sentar-se, os cinco, lado a lado, na mesma fila. O número de
(A) 236. maneiras pelas quais eles podem distribuir-se nos assentos
(B) 244. de modo que as duas moças fiquem juntas, uma ao lado da
(C) 246. outra, é igual a
(D) 254. a) 2
(E) 256. b) 4
c) 24
30. Assinale a alternativa em que ocorre uma conclu- d) 48
são verdadeira (que corresponde à realidade) e o e) 120
argumento inválido (do ponto de vista lógico).
36- De um grupo de 200 estudantes, 80 estão matriculados
(A) Sócrates é homem, e todo homem é mortal, por- em Francês, 110 em Inglês e 40 não estão matriculados nem
tanto Sócrates é mortal. em Inglês nem em Francês. Seleciona-se, ao acaso, um dos
(B) Toda pedra é um homem, pois alguma pedra é um 200 estudantes. A probabilidade de que o estudante selecio-
ser, e todo ser é homem. nado esteja matriculado em pelo menos uma dessas discipli-
(C) Todo cachorro mia, e nenhum gato mia, portanto nas (isto é, em Inglês ou em Francês) é igual a
cachorros não são gatos. a) 30/200
(D) Todo pensamento é um raciocínio, portanto, todo b) 130/200
pensamento é um movimento, visto que todos os c) 150/200
raciocínios são movimentos. d) 160/200
(E) Toda cadeira é um objeto, e todo objeto tem cinco e) 190/200
pés, portanto algumas cadeiras tem quatro pés.
37- Uma herança constituída de barras de ouro foi totalmente
31 - Sabe-se que existe pelo menos um A que é B. Sabe-se, dividida entre três irmãs: Ana, Beatriz e Camile. Ana, por ser
também, que todo B é C. Segue-se, portanto, necessaria- a mais velha, recebeu a metade das barras de ouro, e mais
mente que meia barra. Após Ana ter recebido sua parte, Beatriz recebeu
a) todo C é B a metade do que sobrou, e mais meia barra. Coube a Camile
b) todo C é A o restante da herança, igual a uma barra e meia. Assim, o
c) algum A é C número de barras de ouro que Ana recebeu foi:
d) nada que não seja C é A a) 1
e) algum A não é C b) 2
c) 3
d) 4
40- Ou A=B, ou B=C, mas não ambos. Se B=D, então A=D. 47- Se Luís estuda História, então Pedro estuda Matemática.
Ora, B=D. Logo: Se Helena estuda Filosofia, então Jorge estuda Medicina.
a) B ¹ C Ora, Luís estuda História ou Helena estuda Filosofia. Logo,
b) B ¹ A segue-se necessariamente que:
c) C = A a) Pedro estuda Matemática ou Jorge estuda Medicina
d) C = D b) Pedro estuda Matemática e Jorge estuda Medicina
e) D ¹ A c) Se Luís não estuda História, então Jorge não estuda Medi-
cina
41- De três irmãos – José, Adriano e Caio –, sabe-se que ou d) Helena estuda Filosofia e Pedro estuda Matemática
José é o mais velho, ou Adriano é o mais moço. Sabe-se, e) Pedro estuda Matemática ou Helena não estuda Filosofia
também, que ou Adriano é o mais velho, ou Caio é o mais
velho. Então, o mais velho e o mais moço dos três irmãos 48- Se Pedro é inocente, então Lauro é inocente. Se Roberto
são, respectivamente: é inocente, então Sônia é inocente. Ora, Pedro é culpado ou
a) Caio e José Sônia é culpada. Segue-se logicamente, portanto, que:
b) Caio e Adriano a) Lauro é culpado e Sônia é culpada
c) Adriano e Caio b) Sônia é culpada e Roberto é inocente
d) Adriano e José c) Pedro é culpado ou Roberto é culpado
e) José e Adriano d) Se Roberto é culpado, então Lauro é culpado
e) Roberto é inocente se e somente se Lauro é inocente
42- Se o jardim não é florido, então o gato mia. Se o jardim é
florido, então o passarinho não canta. Ora, o passarinho 49- Maria tem três carros: um Gol, um Corsa e um Fiesta. Um
canta. Logo: dos carros é branco, o outro é preto, e o outro é azul. Sabe-
a) o jardim é florido e o gato mia se que: 1) ou o Gol é branco, ou o Fiesta é branco, 2) ou o
b) o jardim é florido e o gato não mia Gol é preto, ou o Corsa é azul, 3) ou o Fiesta é azul, ou o
c) o jardim não é florido e o gato mia Corsa é azul, 4) ou o Corsa é preto, ou o Fiesta é preto. Por-
d) o jardim não é florido e o gato não mia tanto, as cores do Gol, do Corsa e do Fiesta são, respectiva-
e) se o passarinho canta, então o gato não mia mente,
a) branco, preto, azul
43- Três amigos – Luís, Marcos e Nestor – são casados com b) preto, azul, branco
Teresa, Regina e Sandra (não necessariamente nesta or- c) azul, branco, preto
dem). Perguntados sobre os nomes das respectivas esposas, d) preto, branco, azul
os três fizeram as seguintes declarações: e) branco, azul, preto
Nestor: "Marcos é casado com Teresa"
Luís: "Nestor está mentindo, pois a esposa de Marcos é Re- 50- Um rei diz a um jovem sábio: "dizei-me uma frase e se ela
gina" for verdadeira prometo que vos darei ou um cavalo veloz, ou
Marcos: "Nestor e Luís mentiram, pois a minha esposa é uma linda espada, ou a mão da princesa; se ela for falsa, não
Sandra" vos darei nada". O jovem sábio disse, então: "Vossa Majesta-
Sabendo-se que o marido de Sandra mentiu e que o marido de não me dará nem o cavalo veloz, nem a linda espada".
de Teresa disse a verdade, segue-se que as esposas de Para manter a promessa feita, o rei:
Luís, Marcos e Nestor são, respectivamente: a) deve dar o cavalo veloz e a linda espada
a) Sandra, Teresa, Regina b) deve dar a mão da princesa, mas não o cavalo veloz nem
b) Sandra, Regina, Teresa a linda espada
c) Regina, Sandra, Teresa c) deve dar a mão da princesa e o cavalo veloz ou a linda
d) Teresa, Regina, Sandra espada
e) Teresa, Sandra, Regina d) deve dar o cavalo veloz ou a linda espada, mas não a mão
da princesa
44- A negação da afirmação condicional "se estiver choven- e) não deve dar nem o cavalo veloz, nem a linda espada,
do, eu levo o guarda-chuva" é: nem a mão da princesa
RESPOSTAS
01. B 11. C 21. B 31. C 41. B
02. A 12. C 22. E 32. B 42. C
03. C 13. D 23. C 33. C 43. D
04. E 14. A 24. B 34. E 44. E
05. E 15. A 25. C 35. D 45. A
06. B 16. D 26. E 36. D 46. B
07. B 17. C 27. A 37. E 47. A
08. D 18. A 28. D 38. A 48. C
09. C 19. D 29. B 39. C 49. E
10. B 20. D 30. E 40. A 50. B
23 Escreva o número que falta. 16 3. (No sentido dos ponteiros do relógio, multiplique por
3).
24 Escreva, dentro do parêntese, o número que falta. 22 232. (Subtraia a parte esquerda da parte direita e mul-
12 (336) 14 tiplique o resultado por dois).
15 (. . .) 16
23 21. (Os números aumentam em intervalos de 2, 4, 6 e
25 Escreva o número que falta. 8).
4 7 6
8 4 8 24 480. (O número inserto no parêntese é o dobro do
6 5 ? produto dos números de fora do mesmo).
25. 2. (A terceira coluna é o dobro da diferença entre a pri-
RESPOSTAS - TESTE DE HABILIDADE meira e a segunda).
NUMËRICA
TESTE DE HABILIDADE VÍSUO-ESPACIAL
1 48. (Some 2, 4, 8 e, finalmente 16).
2 24. (No sentido contrário aos ponteiros do relógio, os 1 Assinale a figura que não tem relação com as de-
números aumentam em 2, 3, 4, 5 e 6). mais.
20 Assinale a figura que não tem relação com as de- 25 Assinale afigura que não tem relação com es de-
mais. mais.
28 Assinale a figura que não tem relação com as de- 8 4. (A figura gira 90° cada vez em sentido contrario aos
mais. ponteiros do relógio, exceto o 4 que gira no mesmo senti-
do dos mencionados ponteiros).
BIBLIOGRAFIA _______________________________________________________
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Os testes acima foram extraídos da coleção “FAÇA SEU
TESTE”, da EDITORA MESTRE JOU – SÃO PAULO – SP. _______________________________________________________
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