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PATERNIDADE QUE MODELA DESTINO


 

Baseado no livro: “Is There a Father in the House?” de Paul Bersche. 

ÍNDICE 
PARTE 1. 
INTRODUÇÃO 
CLAMOR DOS PAIS ESPIRITUAIS 
ANARQUIA ESPIRITUAL 
HISTÓRICO DO PROTESTO E RESISTÊNCIA  
INDEPENDÊNCIA X INTERDEPENDÊNCIA 
O QUE SIGNIFICA ESPÍRITO DE INDEPENDÊNCIA? 
AS FASES DE NOSSA VIDA 
FASES DA VIDA PARA FORMAR UM PAI E LÍDER 
ESTAÇÕES DA VIDA 
ESTAÇÕES DE TRANSIÇÃO 
SEMEADURA E COLHEITA 
PARTE 2.  
A PERSONALIDADE DA CASA. 
A PATERNIDADE COMO FORMA DE MODELAGEM 
A PRESENÇA DA PATERNA QUE APONTA DESTINO 
EXISTEM MUITAS INFLUÊNCIAS, MAS POUCOS PAIS. 
SEMPRE EXISTIRÁ UM FILHO ANTES DE SER UM PAI. 
A INTEGRIDADE DA CASA 
O ESPIRITUAL VALOR DA MATURIDADE 
EDIFICANDO FILHOS 
GERAÇÃO DE JUSTIÇA. 
QUATRO PODEROSAS ARMAS DO REINO 
PARTE 3. 
CRESCENDO SEM PATERNIDADE 
AUSÊNCIA DE PATERNA SUPERESTIMA A MODELAGEM SOCIAL 
SOBRE ORFANDADE E ALIANÇA 
O DILEMA DOS ÓRFÃOS 
EQUIPANDO JOVENS, COM PROTEÇÃO E BONDADE DA DISCIPLINA. 
A BONDADE DA DISCIPLINA 
CINCO CHAVES PARA A PATERNIDADE 
OS LUGARES DE DEUS PARA PAIS E FILHOS 
AUTORIDADE E DISCIPLINA 
SERVIÇO E DEPENDÊNCIA 
HERANÇA PARA OS FILHOS 
PAIS E MENTORES: PATERNIDADE INTENCIONAL QUE MODELA DESTINO. 
MOISÉS E JOSUÉ 
ELIAS E ELISEU 
PAULO E TIMÓTEO 
DESTRAVANDO FILHOS MORALMENTE SAUDÁVEIS E MADUROS. 

 

INTRODUÇÃO. 

  Pais  físicos  e  psicológicos  trazem  uma  positiva  influência  na  vida  de  seus 
filhos,  vivemos  uma  geração de famílias desestruturadas, cujos filhos, ausente de 
pais,  desejam  ser  paternizados.  Como  resultado  dessa  desfiliação,  a  atual 
sociedade  tem  dificuldade  para  conhecer  o  caráter  pleno  de  Deus  porque  não 
teve pais com testemunho moral que os ensinassem. 

“Foi  também  congregada  a  seus  pais  toda  aquela  geração;  e  outra  geração 
após  eles  se  levantou, que não conhecia o SENHOR, nem tampouco as obras 
que fizera a Israel.” (Jz.2.10). 

  Os  judeus  tinham  prioridade  em  ensinar  uma  geração  posterior,  pela 
consciência  de  que  uma  geração futura pode vir a esquecer-se de Deus. Quando 
uma  geração  não  é  ensinada  espiritualmente  pelos  seus  pais,  ela  torna-se  um 
terreno  vazio  para  aprender  coisas  que  não  convém  ao  povo  de  Deus.  Vivemos 
uma geração de órfãos espirituais! 

  Apesar  disso,  Deus  quer  levantar  uma  geração  de  Eliseus  que  possam 
receber  dupla  porção  da  unção  divina,  determinada  a  serem  íntegros,  prósperos 
e  exercer  liderança  na  Igreja  de  Cristo  e  fora  dela  para  seu  destino  e  glória.  Esta 
promessa  cabe  a  alguém  que  é  paternizado  por  pais  de  caráter  moral 
semelhantes a Elias. 

CLAMOR DOS PAIS ESPIRITUAIS. 

“Os dias da nossa vida sobem a setenta anos ou, em havendo vigor, a oitenta; 
neste  caso,  o  melhor  deles  é  canseira  e  enfado,  porque  tudo  passa 
rapidamente,  e  nós  voamos.  Quem  conhece  o  poder  da  tua  ira?  E  a  tua 
cólera,  segundo  o temor que te é devido? Ensina-nos a contar os nossos dias, 
para que alcancemos coração sábio.” Sl.90.10-12. 

  De  outra  sorte,  pais  estão a procura de filhos que sejam íntegros, maduros, 


compromissados  e  responsáveis;  os  quais  estejam  a  altura  de  cooperar  na 

construção  do  Reino  e  não  meros  ambiciosos  que  queiram  tirar  vantagem  e 
promoção  pessoal  a  custas  de  sacrifícios  de  gerações  anteriores,  assim  como 
absalão tentou tirar vantagem do reino que Deus conferiu a seu pai Davi. 

Filhos  que  tenham  gana  não  só  pelo  poder,  mas  que  estejam  dispostos  a 
ter  a  mesma  vontade  para  o  esforço,  trabalho  e  sacrifício  em  prol  da  construção 
de  algo  geracional  em  Deus.  Assim,  demonstrem  confiança  diante  daqueles que 
já foram experimentados e estejam aptos para esse desafio e legado. 

ANARQUIA ESPIRITUAL. 

  Várias  gerações  de  israelitas,  viveram  sem  clara  liderança,  eles  tinham  os 
escritos  de  Moisés,  a  tradição  das  festas  e  os  sacrifícios,  mas  simplesmente,  não 
tinham ninguém para seguir no correto caminho que os conduzissem a liderança. 

“Naqueles  dias,  não  havia  rei  em Israel; cada um fazia o que achava mais 


reto.” ​Jz.21.25. 

Isto  ilustra  a  necessidade  de  uma  clara  liderança  por  parte  da  experiência 
de  pais  na  fé,  cujo  propósito,  de  forma  moral,  espiritual  e  financeira  proporciona 
treinamento aos filhos e os prepara para o futuro. 

HISTÓRICO DO PROTESTO E RESISTÊNCIA. 

A  revolução  industrial  trouxe  certa  resistência  em  atitudes  que  foram 


implantadas  no  coração  dos  filhos  com  respeito  a  paternidade.  Eles  pensam 
assim:  ​“Eu  não  preciso  de  meus  pais,  eles  já  estão  ultrapassados.”  Essa  perversa 
falta  de  consideração  trouxe  negativa  influência  para  a igreja gerando espírito de 
protesto e independência.  

INDEPENDÊNCIA X INTERDEPENDÊNCIA. 

  A  revolução  industrial  criou  essa  mentalidade  independente,  a  qual  gerou 


egoísmo,  levando  futuras  gerações  a  pensarem  e  viverem  para  si  mesmos.  Esta 
auto centralidade é uma direta contradição com as Escrituras. 

“Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada 
qual o que é dos outros.” Fl.2.4. 

A  Igreja  tem  recebido  idéias  essas  cativantes do mundo, particularmente a 


sedutora  idéia  pagã  de  independência  que  aliada  ao  sentimento  de  repressão 
com apelo do egoísmo produz sórdido espírito de protesto e desobediência. 

Filhos  que  foram  rejeitados  na  infância,  tendem  a  permanecer 


emocionalmente  imaturos, assim, como reação a esses dilemas pessoais evocam 
sentimento  de  protesto,  que  por  sua  vez,  proclama  sua  voz  de  independência 
gerando  a  ilusória  sensação  de  auto  afirmação  e  liberdade,  a  qual,  manifesta  a 
impressão  de  subjetividade,  mesmo  que  seja  a  “velha  fase  clichê”  de  se  tornar 
“adolescente  rebelde”  como  busca  de  reconhecimento  de  sua  conflitante 
perfilhação.  

Observe  o  típico  caso  de  Jefté,  sua  origem,  rejeição  paterna,  seu 
constante  esforço  e  protesto  pela  rebeldia  em  busca  de  aceitação, 
reconhecimento  e  sua  desastrosa  e  conflitante  liderança  em  Israel  (Jz.11.1  - 
Jz.12.7).  Assim,  muitos  jovens  estão  em  busca  de  ministério,  conforme  o  triste 
modelo  de  Jefté,  a  fim  de  encontrarem  seu  espaço  no  reconhecimento  e  na 
história,  mais  por  um  clamor  por  reconhecimento  do  que  por  uma  sólida direção 
divina.  

O QUE SIGNIFICA ESPÍRITO DE INDEPENDÊNCIA? 

  Independência  significa  estar  só.  Por  trás  dessa  atitude  que  ostenta 
liberdade  e  protesto  existe  a  reivindicação  orgulhosa  e  arrogante,  pois  diz:  ​“eu 
não necessito de ninguém para me acompanhar nos caminhos de Deus, para a vida 
e vou mostrar que sozinho posso conquistar meu sucesso e deixar minha marca”.  

Enquanto  que  interdependência  é  um  benigno  conceito;  todos  nós 


necessitamos  depender  uns  dos  outros,  nós  devemos  confiar  uns  nos  outros. Eu 
creio  que  este  é  o tempo aonde a Igreja volta para a interdependência, o coração 
de  Deus  deseja  que  a  Igreja  unida  ande  em  interdependência.  Interdependência 
é: ​“eu preciso de você e você precisa de mim”.​  

Os  jovens  deveriam receber treinamento e sabedoria dos pais e anciãos da 


Igreja. Assim, eles ascenderiam a liderança com temor.  

Entretanto,  a  anarquia  espiritual  tem  crescido  dentro  da  Igreja,  as 


perversas  atitudes  de  nossos  dias  tem  semeado  um  rebelde  espírito  de 
independência  nas  Igrejas  fazendo  com  que  neófitos  busquem  montar  seu 
cobiçoso projeto ministerial. 

  Observe  esse  princípio:​   Um  homem  cativo  gera  um  filho cativo, um homem 


livre  e  forte  gera  uma  posteridade  livre  e forte. Naquilo que espiritualmente você 
não é livre, gerará discípulos com esta fraqueza.  

  Assim,  alguns  jovens  nutrem  uma  ambição  fundamentada  em  seu  próprio 
espírito  de  independência  e  aguarda  apenas a oportunidade de manifestar quem 
ele  é  em  seu  interior.  Quando  um  jovem  com  tal  ambição se levanta para liderar, 
ele  prontamente  esquece  a  sabedoria  e  os  ensinamentos  de  uma  geração 
anterior. A soberba faz esquecer os ensinos dos anciãos.  

Pois,  fundamentado  na  repressão  de  seus  desejos,  agora,  ele  aproveita  a 
ocasião  para  que  em  desabafo  e  protesto,  rejeite  séculos  de  funcionamento  e 
êxito,  assim  queira  “inovar”  conceitos  e  procedimentos  só  para  deixar sua marca 
de  autocentralidade,  posto  que,  esta  vaidade  espiritual  está  condenada  ao 
fracasso,  tanto  pela  motivação  perversa  quanto  pela  inexperiência  de  seus 
procedimentos. 

Porém,  os  que  hoje  desrespeitam  os  líderes  serão  desrespeitados  pelas 
lideranças  de  outrora;  pois,  não  tem  estrutura  espiritual,  nem  autoridade  moral 
para  formar  novos  líderes  libertos desse infame comportamento. Então, a história 
se  repetirá  por  si  mesma  na  próxima  geração.  O  que  você  planta  nesta  estação, 
você  irá  colher  na  próxima  estação.  Filhos  desobedientes  a  pais  naturais,  terão 
filhos (netos) rebeldes como colheita de sua semeadura. 

Desta  forma,  muitos  líderes  ambiciosos  e  rebeldes  têm  produzido  uma 


liderança moralmente fraca que está subjugada às mesmas debilidades que seus 
predecessores. 

  Contudo,  o  propósito  de  Deus  é  que  os  anciãos  e  pais  devam  preparar  o 
caminho  de Deus para os seus futuros filhos, pois uma geração anterior prepara o 
caminho  para  o  mover  de  Deus  à  geração  seguinte,  segundo  os  planos  divinos 
para  a  nova  geração.  Deus  mostra  a  necessidade  de  não  apenas  trazer  filhos 
espirituais  para  a  próxima  geração,  mas  que  estes  filhos  sejam  libertos  da 
arrogância, moral e espiritualmente fortes. 

AS FASES DE NOSSA VIDA. 

“Não  vos  enganeis:  de  Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, 


isso  também  ceifará. Porque o que semeia para a sua própria carne da carne 
colherá  corrupção;  mas  o  que  semeia  para o Espírito do Espírito colherá vida 
eterna.  E  não  nos  cansemos  de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, 
se  não  desfalecermos.  Por  isso,  enquanto  tivermos  oportunidade,  façamos  o 
bem a todos, mas principalmente aos da família da fé.” Gl.6.7-10 

  Ser  um  pai  espiritual é um estágio no qual podemos trazer grande impacto 


em nossas expectativas, no mundo e no Reino de Deus. Deus proporcionou que o 
homem  tenha  expectativas  espirituais,  mas,  somente  quando  nós  temos  estas 
expectativas  espirituais  realistas  é  que  nós  podemos  ser  capazes  de  vencer 
nossas fadigas e aflições.  

A  despeito  disso,  muitas  pessoas  confundem  expectativas  espirituais  com 


ambições  mundanas.  As  expectativas  espirituais  são  realistas,  mas  às  ambições 
mundanas  não.  Ora,  as  expectativas  espirituais  são  benéficas  e  colabora  na 
construção  do  sentido  do  homem  e  dos  projetos  de  Deus.  A ambição é perversa 
e  uma  perigosa  intenção  capaz  de  gerar  profundas  destruições  tanto  de  forma 
individual quanto na sociedade.  

Como  discernir  se  uma  intenção  é  expectativa  espiritual  ou  ambição 


mundana?  Tiago  nos  dá  a  resposta:  A  paciência!  Ambição  é  impaciente  e 
precipitada  por  natureza,  mas  a  expectativa  espiritual  sabe  esperar  o  tempo  de 
Deus.  

Quem  entre  vós  é  sábio  e  inteligente?  Mostre  em  mansidão  de  sabedoria, 
mediante  condigno  proceder,  as  suas  obras.  Se,  pelo  contrário,  tendes  em 
vosso  coração  inveja  amargurada  e  sentimento  faccioso,  nem  vos  glorieis 
disso,  nem  mintais  contra  a  verdade.  Esta  não é a sabedoria que desce lá do 
alto;  antes,  é  terrena,  animal  e  demoníaca.  Pois,  onde  há  inveja  e sentimento 
faccioso,  aí  há  confusão  e  toda  espécie  de  coisas  ruins.  A  sabedoria,  porém, 
lá  do  alto  é,  primeiramente,  pura;  depois,  pacífica,  indulgente,  tratável, plena 
de misericórdia e de bons frutos, imparcial, sem fingimento. Tg.3.13-17. 

  O  propósito  de  Deus  é  que  tenhamos  expectativas  espirituais  e  possamos 


aprender  a  contar  nossos  dias  com  o  coração  sábio  (Sl.90.10-12).  O  que  é  ter  um 
coração  sábio?  Salomão  fala  de  conhecimento,  compreensão  e  sabedoria  na 
elaboração de nossas expectativas.  

● Conhecimento​ é conhecer a perspectiva da vida de Deus para nós. 


● Compreensão  que  aliado  a  inteligência  observa  como  ocorre  essa 
perspectiva divina em nossas vidas. 
● Sabedoria  é  aplicar  e  viver  essa  perspectiva  da  vida  de  Deus  e  poder 
compartilhar abnegadamente a outros.  

Segundo  Tiago,  da  mesma  forma  que  expectativa  e  ambição,  muitas 


pessoas  confundem  informação,  conhecimento  ou  inteligência  com  sabedoria. 
Os  novatos  presumem  que  por  terem  mais  acesso  à  informação  e  ao 
conhecimento,  talvez  estejam  preparados  para  enfrentar  a  vida,  mas 
desconhecem  a  crueldade  ou infortúnio que o mundo pode apresentar; portanto, 
falta-lhes sabedoria, a qual é vivencial, temperada e primordialmente prática.  

Ora,  esse  conhecimento  teórico  só  ensoberbece,  em  contrapartida,  a 


sabedoria  celestial  vinculada  ao  amor  edifica.  1  Co.8.1,2.  Conhecimento  e 
inteligência  sem  a  sabedoria  celestial  produz  ambição,  fracasso  e  queda;  mas  a 
sabedoria aliada a perspectiva celestial promove o sucesso e a Glória para Deus. 

O  saber  ensoberbece,  mas  o  amor  edifica.  Se  alguém  julga  saber  alguma 
coisa, com efeito, não aprendeu ainda como convém saber. 1 Co.8.1b,2. 

Este  é  o  ministério  dos  pais  espirituais,  mostrar  além  de  conhecimento, 


sabedoria  para  aquela  expectativa  que  Deus  tem  investido  a  fim  de  preparar  a 
próxima geração para serem bondosos, terem expectativa abnegada e sábios. 

“Com  a  sabedoria  edifica-se  a  casa,  e  com  a  inteligência  ela  se  firma;  pelo 
conhecimento  se  encherão  as  câmaras  de  toda  sorte  de  bens,  preciosos  e 
deleitáveis. Pv.24.3-4. 

FASES DA VIDA PARA FORMAR UM PAI E LÍDER MINISTERIAL. 

Dentro  da  percepção  de  fases  da  vida,  bem  como,  o  agregar  de  fases 
ministeriais,  pode-se  constatar  que  nossos  oitenta  anos  são  divididos  em  quatro 
fases de tempo ou estações de vinte anos cada. 

Os  dias  da  nossa  vida sobem a setenta anos ou, em havendo vigor, a oitenta; 


neste  caso,  o  melhor  deles  é  canseira  e  enfado,  porque  tudo  passa 
rapidamente,  e  nós  voamos.  Quem  conhece  o  poder  da  tua  ira?  E  a  tua 
cólera,  segundo  o  temor  que  te  é  devido?  Ensina-nos  a  contar  os  nossos 
dias, para que alcancemos coração sábio. Sl.90.10-12. 

1. PREPARAÇÃO. 

  Os  primeiros  vinte  anos  são  de  preparação.  Pois,  aos  20  anos  estamos 
motivados  a  aprender  e  a  fazer.  Isto  é,  aflora  em  nós  senso  de  aprendizado  e 
realização. 

Estes  anos  são  de  crescimento,  treinamento  da  personalidade,  edificação 


do  caráter  e  recebimento  da  educação  dos  líderes  adultos.  Os  jovens  terão  que 
ter  corações  ensináveis.  Isto  é  uma  maravilhosa  oportunidade  de  ser  hábil  para 
direcionar toda a nossa paixão e entusiasmo para Deus e seus propósitos.  

Prontamente  os  jovens  desta  época  recebem  sonho  ou  visão  ou  profecia 
de  Deus.  Em  suas  ambições,  eles  presumem  que  estejam  prontos  para verem a 
visão  e  chamados  se  concretizarem  imediatamente.  Só  que  as  coisas  de  Deus  e 

suas  expectativas  não  funcionam  assim;  quando  não  acontece  imediatamente 


eles  se  questionam:  ​“O  que  está acontecendo?” ou ​“Porque não está acontecendo? 
Eu  deveria  estar  pregando  para  milhares!”​.  Este  é  o  meu  propósito  de  vida  e 
destino,  só  que  eles  não  entendem  os  princípios  aplicados  acima  do  porquê 
devem esperar. 

  Eles  prontamente  falham  em  compreender  que  os  planos  de  Deus  são 
revelados  para  o  futuro.  Assim  eles  terão  que  passar  por  um  árduo  trabalho  de 
preparação,  até  que  eles  estejam  preparados  para  suportarem 
responsabilidades.  Nestes  primeiros  vinte anos, eles terão que ser flexibilizados e 
dobrados  ao  ponto  de  romperem com o sentimento de protesto a fim de sujeitar, 
depender  e  estar  submisso  a  Deus  e  a  autoridade  de  pessoas.  Ora,  quem  não 
consegue  ser  submisso  a  liderança,  não  consegue  e  nem  conseguirá  se  tornar 
submisso a Deus a ponto de Ele confiar o seu Reino e o uso de Sua Glória.   

Os  pais  não  devem  apenas  ensinar  as  coisas  concernente  aos  aspectos 
morais,  espirituais  e  ministeriais,  também  devem  ensinar  os  filhos  para  estar 
preparados para enfrentar a vida e seus desafios. 

2. PRODUÇÃO. 

  O  segundo  estágio  de  vinte  anos  é  usualmente  o  estágio  de  produção. 


Nesse  período  de  20  aos 30 anos (alguns até os 40 ou mais), queremos aprimorar 
nossa  performance  ministerial  ou  em  qualquer  outro  sentido,  mostrar  que 
podemos ser habilidosos; assim nos destacar naquilo que fazemos. 

É  nesse  estágios  que  as  pessoas  começam  a  estabelecer  uma  carreira 


secular  e  edificar  uma  família.  Assim  como  no  ministério  ele  deve  produzir 
dádivas  e  talentos  na  Igreja,  ele  também  terá  que formar os fundamentos de sua 
família,  carreira,  seus  negócios  e  encontrar  seu  lugar  no  Corpo  de  Cristo.  Nesse 
período  é  importantíssimo  que  o  sujeito  exteriorize  seus  valores  morais,  pois  ele 
estará  em  constante  prova  diante  de  Deus  e  das oportunidades no tocante a seu 
íntegro comportamento,  
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3. PROVISÃO. 

  A  terceira  fase  é  o  tempo  da  provisão,  para  alguns  esse  tempo  regula nos 
30  aos  50  anos,  com  outros  pode  ocorrer  antes  ou  mais  tarde.  Neste  tempo  nós 
temos  que  ser  capazes  de  doar  abnegadamente  mais  de  nós  mesmos  para 
tornar  uma  significante  influência  no  Corpo  de  Cristo.  Por favor, não compreenda 
mal,  isto  não  significa  que  as  pessoas  nos  dois  primeiros  estágios  da  vida  não 
trabalharam  e  não  doaram  de  si  mesmas;  mas,  agora,  com  a  sua  experiência  e 
sabedoria,  eles  terão  oportunidade  para  incrementá-la  com  autoridade  e  unção. 
Isto  é,  nessa  fase  da  vida  e  do  ministério,  tais  constatam  que  precisa  discipular 
nessa mesma unção. 

Ora,  quem for ambicioso terá dificuldades de se doar e de forma abnegada 
servir  a  terceiros;  ou  seja,  o mesmo se estagna na segunda fase da vida de forma 
permanente,  se  inflando  em  orgulho  por  meio  de  sua  produção.  Mas, 
infelizmente,  tal  indivíduo  perderá  as  melhores  fases  que  Deus  proporcionou 
como presente para sua vida.   

4. PROTEÇÃO. 

O  último  estágio  é  a  proteção.  Essa  fase  deveria  começar  a  partir  dos  40 
anos;  mas,  grande  maioria  das  pessoas  começa  só  a  partir  dos  60  anos.  O 
propósito  de  Deus  é  que  nesta  fase  tais  sejam  protetores  de  tudo  o  que  Deus 
tem  colocado  sob  sua  autoridade,  ou  seja,  necessitam  deixar  legado.  Nisto 
descobrem  que  além  do  discipulado,  deveriam  destinar  importância  para  escrita 
como  mantenedora  dos  princípios adquiridos pela expectativa e sabedoria dadas 
por Deus através de suas fases da vida. 

Este  é  o  tempo  cristão  dos  estadistas.  A  Igreja  precisa  de  estadistas; 


pessoas  que  tem  desenvolvido  uma  profunda  intimidade  com  Deus  através  dos 
anos, que agora podem fluir com poder e santa influência na história da Igreja. 

  Através  de  todos  estes  anos,  eles  desenvolveram  conhecimento, 


compreensão  e  principalmente  sabedoria  acerca  dos  princípios  da  Igreja  e  do 
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Reino.  Eles  são  uma  voz  necessária  para  dar  conselhos  e  direção  aos  que  em 
temor querem atuar no Reino de Deus. 

Há  uma larga possibilidade de nossa existência se tornar desconhecida em 
quatro  gerações  se  não  deixarmos  nossos  ensinamentos  como  registro.  Daí  a 
importância  da  escrita  como mantenedora do legado, assim como Paulo e outros 
apóstolos  deixaram  seus  escritos  para  o  crescimento  do  Evangelho  e  edificação 
da Igreja. 

ESTAÇÕES DA VIDA. 

  Recapitulando,  se  nós  semeamos  um  espírito  de  independência  na  nossa 
família  e  na  Igreja,  aqueles  que  nos  observam  estarão  seguindo  nosso  exemplo. 
Eles  irão  receber  a  semente  de  protesto,  independência  e  resistência  não 
transcenderão  as  fases  da  vida  de  forma  apropriada.  Ao  passo  que  os  mesmos 
deveriam  receber  a  semente  da  humildade,  perseverança,  arrependimento  e 
obediência  que  edificam  uma atitude de interdependência e assim completariam 
com êxito o propósito designado por Deus. 

Há  um  princípio  poderoso  para  os  pais  espirituais  chamado  de  mentoria! 
Em  cada  geração  Deus  tem  levantado  pais espirituais para serem mentores. Para 
que  a  próxima  geração  experimente  uma  dupla  porção  da  unção;  como  Elias  foi 
pai e mentor de Eliseu; Eliseu na sua obediência recebeu a dupla unção de Elias. 

“Havendo  eles  passado,  Elias  disse  a  Eliseu:  Pede-me o que queres que eu te 


faça,  antes  que  seja  tomado  de  ti.  Disse  Eliseu:  Peço-te  que  me  toque  por 
herança porção dobrada do teu espírito.” 2 Rs.2.9 

ESTAÇÕES DE TRANSIÇÃO. 

  Pessoas  perguntam:  Qual  estação  da  vida  é  considerada  a  mais  difícil?  A 


resposta  é:  Todas  elas! Cada estação tem seu desafio e requer que você aprenda 
novos princípios e aplicações. 

Quando  eu  olho  para  paternidade  espiritual  nas  Escrituras,  eu  percebo  os 
pais  levando  seus  filhos  para  todas  as  estações,  ao  ponto  dos  respectivos  se 
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tornarem  pais.  Este  é  o  tempo  quando  o  filho  se  torna  pai,  e  seu  relacionamento 
com  seu  pai  não  deve  ser  diferente  disto.  Este é o caminho do mundo espiritual, 
assim  você  torna  um  filho  espiritual  que  está  se  movendo  para  ser  um  pai 
espiritual,  seu  pai  espiritual  irá  ser seu conselheiro e admoestador, o qual, te dará 
direção, liderança e ordens; então, você terá que aprender a tomar decisões.  

Isto  é  difícil  para  um  filho  que busca o que Deus tem designado para a sua 


posição,  mas  reconhece  que  ainda  não  está  preparado  para  tomar  esta  posição. 
Assim, seu pai espiritual lhe conduzirá este chamado para a vida. 

  É  como  a  ilustração  de  um  cavalo  selvagem.  Este  cavalo  selvagem  tem 
grande  potencial  para  a  corrida;  porém,  ele  não  conhece  sua  energia,  assim  a 
qualquer  estampido  ele  corre  rapidamente,  sem  definir  lugar  ou  direção 
específica.  Depois  de  correr  muito  tempo,  ele  volta  ao  mesmo  lugar  e  começa  a 
pastar.  Este  processo  pode  ser  repetido  várias  vezes.  Até  o  tempo  em  que  este 
cavalo  selvagem  seja  capturado  e  trazido  ao  curral  de um domador que começa 
um  longo  processo  de  domá-lo;  somente  depois  de  ser  domado  é  que  o  cavalo 
pode  correr  em  uma  direção  específica,  com  um  propósito  específico,  fazendo 
com  que  toda  a  sua  energia  se  torne  aplicável. Esta é a regra dos pais espirituais, 
ser ‘cowboy’s de Deus´ trazendo os filhos para baixo da submissão. 

Para  o  filho  é  duro  o  fato  de  reconhecer  que  eles  estão  sendo  domados; 
pois,  isto  arde  em  seus  corações,  eles  desejam  correr, porém ainda não sabem o 
caminho, tampouco estão preparados para as estações que estão à frente. 

PROCESSO DE TRANSIÇÃO. 

Primeiramente,  o  pai  deve  trabalhar  neles  a  oportunidade  de,  em  certas 


áreas  de  sua  vida,  experimentarem  situações  bem  sucedidas, saberem lidar com 
as  respectivas  frustrações  e  controlarem  suas  ansiedades.  Se  um  filho  não  sabe 
lidar  com  a  frustração,  ele  não  está  apto  a  ascender  para  uma  superior  fase  da 
vida.  O  filho  deve  se  submeter  a  ser  encilhado  e  refreado,  o  qual,  o  guardará  da 
ansiedade e seu pai o livrará de um ministério e de uma vida frustrada. 
13 

Segundo,  o  filho  deve  compreender  que  ele  está  sendo  preparado  para 
Deus  colocar  nele,  humildade,  perseverança,  arrependimento  e  obediência. 
Sendo  assim,  aquela  inquietação  da  ansiedade,  bem  como,  a  mundana  ambição 
vai desaparecendo, tornando-se preparado para nova estação da vida.  

Deus  quer  te  transcender  e  te  colocar  numa  nova  posição.  Você  pode 
pensar  que  está  preparado,  mas  Deus  conhece  que  você  não  está.  O  propósito 
do  vaso  é  ser  usado  pelo  Senhor  e  esperar  nele  até  o  toque  final,  e  completá-lo 
para  a  próxima  estação.  Se  você  prematuramente  for  para  a  próxima  estação, 
será  como  aquele  jovem  de  doze  a  quatorze  anos  desejando  ser  pai,  você ainda 
não  está  preparado  para  prover  e  suprir,  sendo  assim,  Deus  faz  seus  vasos 
aguardarem até o tempo oportuno. 

Muitos,  através  da  ambição  e  independência,  pela  sua  ansiedade  vão  se 
precipitar  nas  estações  e  sofrerão  oposição  do  “Próprio  Deus”,  ainda  que 
atribuam a oposição as adversidade, terceiros ou o inimigo.  

Antes,  ele  dá  maior  graça;  pelo  que  diz:  Deus  resiste  aos  soberbos,  mas  dá 
graça  aos  humildes.  Sujeitai-vos,  portanto,  a  Deus; mas resisti ao diabo, e ele 
fugirá de vós. Tg.4.6,7. 

Quando  a  pessoa  anda  em  obediência,  a  paixão  por  Deus  cresce,  esta  é  a 
forma  de  Deus  trabalhar  em  nele  seu  bom  propósito  (Fp.2.13),  a  Escritura diz que 
Deus  resiste  ao  soberbo.  Assim  quando  o  sujeito  se  levanta  em  orgulho,  Deus 
resiste  contra  ele,  esta  é  a  sua  Santa  Palavra;  Ele  resiste  ao  orgulho, sempre que 
o indivíduo se orgulhar, Deus sempre resistirá. 

Se  o  mesmo  torna  a  operar  independentemente,  ele  perde  a  paixão  por 


Deus,  então  percebe  que,  por  sua  ambição,  ele  opera  no  orgulho,  e  assim 
começa aflorar nele aquele velho sentimento de protesto e resistência.   

Todavia  aquele  que  se  sujeitar  à  disciplina,  após  sentir-se  domado,  por 
submeter-se  a  liderança;  pela sabedoria celestial, o mesmo obterá vitória sobre a 
ansiedade  e  frustração.  Então,  entenderá  que  a  liderança  está  com  ele  para  seu 
14 

bem  e  proteção;  que  Deus  colocou  um  pai  espiritual na sua vida a qual não deve 


resistir a sua liderança.  

O  potencial  da  Igreja  de  Jesus  Cristo  depende  do  quanto  nós  estamos 
dispostos a nós mesmos para nos submeter ao processo de cada estação. 

O  Pai  deve  estar  a  frente  das  necessidades  de  seus  filhos  e gradualmente 
fazê-los  crescer em suas responsabilidades para haver uma transição de posição. 
Muitos,  almejam  os  benefícios  da  transição  de  posição,  mas  não  assumem 
responsabilidades,  assim,  nessa  ansiedade  rejeitam  sua  liderança,  e  de  forma 
precoce  migram  à  procura  de  alguém  que  satisfaça  suas  mundanas  ambições. 
Porém,  nesta  disciplina,  outros  não  devem  interferir  no  processo  ordenado  por 
Deus para paternizar alguém. 

SEMEADURA E COLHEITA. 

  Deveras,  o  neófito  indisciplinado  tem  sido  uma  questão  que  tem 


contaminado e atacado em grande escala a saúde da Igreja! 

Eu  declaro  que  quando  uma  criança  nos  seus  dois  anos  encontra-se 
totalmente  indisciplinada,  ele  futuramente  crescerá  e quando tiver doze anos ela 
causará  muitos  danos,  por  que  muitas  coisas  erradas  foram  colocadas  quando 
ela  ainda  era criança. As crianças indisciplinadas seguem o exemplo de seus pais, 
eles irão colher aquilo que semearam. 

  Da  mesma  forma  no  Reino  de  Deus,  uma  criança  espiritual  precisa  ser 
educada para, quando chegar a adolescência, esta não caia em sérios problemas; 
pois  eles  dizem:  ​“Os  nossos  pais  já  tiveram  os  seus  dias,  agora  eles  estão  fora  da 
moda  e  desconectados  com  o  mundo  atual”.​   Nós  temos  percebido  que  os  jovens 
falham em não dar honra e respeito aqueles que estão sobre eles no Senhor. 

Nessa  presunção  rejeitam  os  fundamentos  antigos,  tentam  “reinventar  a 


roda”  e  acabam  sendo  expostos  e  alguns  até  ridicularizados.  Falta-lhes  a 
humildade,  coragem,  perseverança,  arrependimento,  obediência  e  experiência 
15 

necessárias  para  receberem  de  Deus,  não  de  seus  esforços,  um  ministério  de 
sucesso que aos olhos de Deus seja de vitória. 

Em  contrapartida,  Deus  tem  promessas  maravilhosas  para  aqueles  que, 


renunciando  suas  ambições,  colocam  sua  fé  e  expectativa  espiritual  nEle.  Estão 
dispostos  a  se  submeterem  em  conselho  e  esperar  com  paciência  para  que 
adquiram  a  celestial  sabedoria;  assim  transcendam  nas  fases  da  vida,  tenham 
uma história de honra, sucesso e um destino memorável.   

PARTE 2. A PERSONALIDADE DA CASA. 

  Cada  casa  tem  seu  próprio  estilo  e  personalidade.  O  pai  da  casa 
expressam  necessariamente  a  si  mesmo  edificando  o  que  está  na  casa.  Seus 
filhos e filhas irão tornar-se como ele e carregarão sua semelhança. Todos os que 
o  conhecem  identificarão  também  seus  filhos.  Isto  é  bom,  pois  eles  irão carregar 
a marca de justiça que está nele. 

Ao  verem  a  intrepidez  de  Pedro  e  João,  sabendo  que  eram  homens iletrados 
e  incultos,  admiraram-se;  e  reconheceram  que  haviam  eles  estado  com 
Jesus. At. 4.13.   

Observe  como  a  personalidade de Jesus foi tão influente ao ponto de seus 


discípulos  carregarem  sua  marca  de  Justiça.  De  fato,  os  próprios  fariseus 
reconheceram  que,  apesar  de  iletrados,  estes  se  tornaram  proeminentes porque 
se deixaram ser modelados por Cristo. 

Um filho de coração, ou um discípulo autêntico é aquele que se deixa levar 
a marca de justiça de seu mentor e progenitor.  

Qual  marca  de  justiça  você  tem  se  deixado  levar?  quais  são  os  traços  de 
sua casa que você trás em sua integridade? 
16 

A PATERNIDADE COMO FORMA DE MODELAGEM.  

Este  é  o  livro  da  genealogia  de  Adão.  No  dia  em  que  Deus criou o homem, à 
semelhança  de  Deus  o  fez;  homem  e  mulher  os  criou,  e  os  abençoou, e lhes 
chamou  pelo nome de Adão, no dia em que foram criados.  Viveu Adão cento 
e  trinta  anos,  e  gerou  um  filho  à  sua semelhança, conforme a sua imagem, e 
lhe chamou Sete. Gn.5.1-3. 

Todo  paternidade  produz,  por  meio  da  modelagem,  comportamentos 


humanos  que  são  aprendidos  por  meio  de  exemplos,  seja  de  forma  intencional 
ou  acidental.  Assimilamos  uma  ampla  e  variada  gama  de  comportamentos  em 
nosso  cotidiano  observando  outras  pessoas  e  padronizando  nosso  próprio 
comportamento conforme estes modelos.  

A  Palavra  de  Deus  apresenta  esse  tipo  de  modelagem,  a  citação  de 
Gênesis  descreve  que  Adão  foi  modelado  por  Deus  e  trouxe  Sua  imagem moral; 
No  entanto,  no  quesito  paternidade,  as  Escrituras  constatam  que  Sete  trazia  a 
modelagem  de  Adão.  Isto  é,  o  comportamento  de  Sete  em  observar  seu  pai, 
Adão  como  modelo,  o  fez  absorver  parte  de  sua  personalidade  em  seu  próprio 
comportamento. 

Assim  muitos  aspectos  de  nossa  personalidade  apresentada  por 


comportamentos,  quer  sejam  bons  e  maus,  normais  ou  anormais,  são adquiridos 
por meio de imitação do comportamento de nossas influências.  

Ora,  os  pais  deveriam  ser  os  maiores  modeladores  de  personalidade 
moral,  espiritual  e  social  sobre  seus  filhos,  da  mesma  sorte,  os  pais  na  fé 
deveriam  modelar  a  personalidade  de  seus  filhos  fazendo  com  que  este 
carregue seus valores e sua marca de justiça. 

Obviamente,  os  pais  deveriam  imprimir  a  marca  de  justiça  através  de 
comportamentos  positivos,  como:  temor,  integridade,  devoção,  força,  coragem, 
perseverança  e  otimismo.  Valores  que  são  aprendidos  por  meio  dos  pais  e  de 
outros modelos. 
17 

A PRESENÇA PATERNA QUE APONTA DESTINO. 

Através  da  observação  do  comportamento  de  nossos  pais,  de  seus 
exemplos  e  da  consequência  destes,  nós  aprendemos  e  adaptamos  ao  nosso 
próprio  comportamento  selecionando  as  atitudes  desejadas.  Isto  é,  tomamos 
uma  decisão  deliberada  e  consciente  de  nos  comportarmos  seguindo  exemplo 
de nossos pais. 

Ora,  quando  um  Pai  está  em  casa,  a  influência  de  sua  presença  traz 
segurança  e  direção;  assim  manifesta  sua  marca  de  justiça.  Tal  influência, 
segurança  e  direção  faz  com  que  seus  filhos  o  tenham  admiração,  a  qual 
proporciona referência e imitação (Mc.10.32). 

Admoesto-vos, portanto, a que sejais meus imitadores. 1Co 4.16.  

Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo. 1 Coríntios 11.1. 

Uma  saudável  presença  paterna  e  sua  influência  faz  com  que  seus  filhos 
almejem  receber  a  sua  marca  de  justiça  como  herança  por  meio  da  referência  e 
imitação.  Uma  evidência  de  que  o  pai  está  em  casa e tem orientado seus filhos a 
um  destino  é  que  filhos  de  forma  espiritual,  moral  e  psicológica  saudáveis  veem 
progresso  social  e  o  Reino  de  Deus  como  mais  importante  para  eles  do  que  seu 
crédito pessoal. 

Em  contrapartida,  a  exacerbada  motivação  pelo  crédito  pessoal  em busca 


da  compensação  pela  superioridade  ou  sucesso  particular,  apenas  deflagra  a 
existência  de  uma  geração  decadente  que  sente  a  ausência  de  uma  poderosa 
influência abençoadora de seu pai.   

EXISTEM MUITAS INFLUÊNCIAS, MAS POUCOS PAIS. 

  Poucos  têm  estado  debaixo  da  liderança  de  um  pai;  além  disso, 
pouquíssimos  tem  humildade  suficiente  para  se  submeter  a  ela.  Deus 
providenciou  uma  variedade  de  pessoas  para  nos  influenciar  de  modos 
diferentes,  nós  temos  muitas  necessidades  e  nosso  Deus  todas  as  conhece.  O 
18 

povo  de  Deus  possuem  uma  variedade  de  regras  e  funções  cotidianas,  elas  são 
dignas de uma diversidade de respectivos níveis. 

  Nesta  ordem,  para  melhor  operarmos  e  interagirmos,  nós  devemos 


compreender  o  nível  de  autoridade  que  Deus  dará  para  cada  pessoa  que  ele 
colocará nesta posição sobre nós. 

  “Porque,  ainda  que  tivésseis  milhares  de  preceptores  em  Cristo,  não  teríeis, 
contudo,  muitos  pais;  pois  eu,  pelo  evangelho,  vos  gerei  em  Cristo  Jesus.”1 
Co.4.15. 

Paulo  descreve  que  existem  tutores  e  preceptores, o qual são importantes 


para nós, eles nos instruem acerca do arrependimento. 

“Digo,  pois,  que,  durante  o  tempo  em  que o herdeiro é menor, em nada difere 


de  escravo,  posto  que  é  ele senhor de tudo. Mas está sob tutores e curadores 
até ao tempo predeterminado pelo pai.”Gl.4.1,2 

Paulo  afirma  sobre  guardiões,  você  irá  ter  tutores  e  guardiões,  que  lhe 
mostrarão o caminho para o arrependimento. 

“Fiel  é  a  palavra:  se  alguém  aspira  ao  episcopado,  excelente  obra  almeja.  É 
necessário,  portanto,  que  o  bispo  seja  irrepreensível,  esposo  de  uma  só 
mulher,  temperante,  sóbrio,  modesto,  hospitaleiro,  apto  para  ensinar;  1 
Tm.3.1,2 

Paulo  aponta  para  dirigentes,  que  irão  nos  mostrar  o  caminho  para  a 
liderança  para  a nossa própria casa, eles irão mostrar a direção para nossas vidas, 
negócios,  filhos  e  lar.  Entende  que  cada  um  tem  um  lugar  na  paternidade  de 
nossa  vida?  Há  tutores;  há  guardiães  e  há  dirigentes.  Dirigentes  mostram  como 
executar  a  lei  de  uma  casa,  enquanto  estamos  vivendo  nela, se você está dentro 
de uma casa você deve executar a lei que está vigorando naquela casa. 

  Poucos  podemos  reconhecer  como  pais  na  nossa  vida;  alguns  podem  ser 
tutores,  guardiães  ou  dirigentes,  o  qual  irão  nos  assistir  em  áreas  específicas. 
Devemos  dar  a  cada  um  a  autoridade,  honra  e  o  respeito  de  suas  posições.  As 
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regras  da  paternidade  incluem  sobre  estes  ministérios,  mas  isto  precisa também 
estar incluído de bom grado em seu coração. 

SEMPRE EXISTIRÁ UM FILHO ANTES DE SER UM PAI. 

  Você  deve ser um filho antes que você possa ser um pai. Esta geração tem 
que  aprender  que  não pode se tornar um pai da casa sem que primeiro se sujeite 
e  seja  um  filho  da  casa.  Este  é  o  essencial  princípio  da  substituição.  Isso  porque 
muitos querem se tornar pais, sem nunca ter se submetido a ser filho (obediente). 

“E  ele  mesmo  concedeu  uns  para  apóstolos,  outros  para  profetas,  outros 
para  evangelistas  e  outros  para  pastores  e  mestres,  com  vistas  ao 
aperfeiçoamento  dos  santos  para  o  desempenho  do  seu  serviço,  para  a 
edificação  do  corpo  de  Cristo,  Até  que  todos  cheguemos  à  unidade  da  fé  e 
do  pleno  conhecimento  do  Filho  de  Deus,  à  perfeita  varonilidade,  à  medida 
da  estatura  da  plenitude  de  Cristo,  para  que  não  mais  sejamos  como 
meninos,  agitados  de  um  lado  para  outro  e  levados  ao  redor  por  todo  vento 
de  doutrina,  pela  artimanha  dos  homens,  pela  astúcia  com  que  induzem  ao 
erro.Ef.4.11-14. 

  Uma  ilustração  das  coisas  naturais  irão  auxiliar  compreender o devastador 


problema  de  se  tornar  pai  sem  antes  aprender  a  ser  um  filho.  Considere  um 
relacionamento  de  promiscuidade de adolescentes. Eles têm um relacionamento 
sexual  prematuro,  a  menina  possui  treze  anos  e  o  rapaz  quatorze  anos.  Os  dois 
não  compreendem  que  podem  se  tornar  pais,  eles  apenas  procuram  o privilégio 
de terem o prazer para si mesmo. 

Todavia  acontece  que  este  jovem  garoto  não  entende  as  conseqüências 
de  sua  situação,  ele  agora  pensa  que  é  um  homem,  ele  pode  gabar-se  de  sua 
masculinidade,  e  de  ter  até  gerado  um  filho,  mas  ele não pode suprir e cuidar de 
uma  criança.  Ele  não  é  suficientemente  responsável  para  trabalhar  e  dar  o 
suprimento,  tudo  que  ele  deseja  é  jogar  games,  e  que  ele  quer  é  olhar  para 
outras  garotas,  ele  deseja  ter  a  sua  liberdade.  Definitivamente  ele  não  está 
preparado para ser um pai porque ele ainda não aprendeu a ser um filho. 
20 

  Este  cenário  devastador  com  suas  conseqüência  acontece  no  Reino  de 
Deus,  num  aspecto  espiritual.  Pois  jovens  imaturos,  desejam  se  tornar  pais  na 
casa de Deus, quando eles não aprenderam a serem filho. Eles não podem liderar 
porque eles não se submeteram à autoridade. 

  Primeiramente,  um  filho  deve  compreender  que  ele  ainda  não  é  capaz  de 
substituir  seu  pai.  Infelizmente,  no  Corpo  de  Cristo  encontra-se  um 
comportamento de extraordinária vaidade, soberba e orgulho, isto é, um filho que 
deseja  se  tornar  pai  antes  de  se  tornar  filho,  Ele  se  torna  um  lobo  vestido  de 
ovelha,  pois  ele  tentará  tomar  vantagem  de sua posição na casa para sua própria 
glória  pessoal  ao  invés  de  paternizar  a  casa  para  a  Glória  de  Deus,  roubando  a 
Glória de Deus (Is.48.11). 

  Por  isso  é  essencial  que  alguém  que  queira  ser  líder  de  pessoas  se  torne 
em  seu  coração  e  no  seu  espírito,  um  filho;  todos  os  jovens  que  desejam  ser 
líderes  sem  serem  filhos,  eles  estão  plantando  sementes  de  independência  e 
insubmissão, as quais trarão uma colheita de rebelião e destruição na casa. 

A INTEGRIDADE DA CASA 

  Pois,  quando  se  muda  o  sacerdócio,  necessariamente  há  também  mudança 


de lei. Hebreus 7:12.  

A  atitude  de  filiação  prematura  é  a  evidência  que  constata  um  espírito  de 
independência,  tal  qual  atitude  do  filho  pródigo  (Lc.15).  Eles  não  conseguem  se 
colocar  debaixo  de  autoridade  sem  quebrá-las;  assim  eles  plantam  as  sementes 
de independência e ansiedade no Corpo. 

  Deus está levantando pessoas maduras que compreendem as estações da 
vida.  Aqueles  que  são  anciãos  (no  Senhor)  podem liderar aqueles que são jovens 
escolhidos por Deus em posição de autoridade. 

  A  integridade  da  casa  deverá  ser  guardada  por  aqueles  que  estão  sendo 
preparados  para  liderarem  o  Reino.  Aqueles  que  mostram  autoridade  dão  aos 
21 

jovens  a  oportunidade  de  demonstrar  mais  do  que  um  processo  preparatório 
para  uma  carreira,  quer  seja  secular  ou  ministerial,  mas  um  processo  e 
preparação  de  suas  vidas:  Aquele  que  pouco  é  dado,  pouco  será  requerido, 
quem  é  fiel  no  pouco mais será dado. Assim os jovens devem aprender a ser fiéis 
no  pouco  para  serem  colocados  no  muito  a  fim  de  que,  paulatinamente,  eles  se 
tornem  capazes  e  aptos;  desta  forma,  sua  inexperiência  de  liderança  não  lhes 
trará frustração. 

  O  ingrediente  essencial  no  processo  de  paternidade  espiritual  é  que  Deus 


deseja  levantar  pais  para  trazer  filhos  a  seu  comando.  Assim  podemos  ensinar 
pelo  exemplo,  dando  a  eles  muitas  oportunidades  para  aprenderem  e  terem 
êxito  fazendo  “o  pouco”  até  que  estejam  aptos  para  serem  colocados  no  muito 
(Lc.19.12-26). 

  O ESPIRITUAL VALOR DA MATURIDADE. 

Deus  está  mais  interessado em maturidade do que idade cronológica! Sim, 


Deus  está  mais  interessado  em  maturidade  e  caráter do que em êxito ministerial. 
Ainda  que  filhos  que  andem  em  superficialidade  busquem  reconhecimento 
paterno  através  de  seu  êxito  pessoal,  mas  tal  atitude  só  demonstra  que  os 
mesmos não possuem maturidade.  

  É  freqüente  observar  jovens  inexperientes  na  liderança  da Igreja, cujo zelo 


sem  entendimento  (Rm.10.2)  faz  com  que  eles  ignorem  os  conselhos  e  as 
lideranças  dos  mais  experimentados.  Porque  lhes falta a compreensão do senso 
renovado  e  mais  abrangente  da  história.  Na  ansiedade  por  inovar  e  deixar  sua 
marca,  esses  jovens  menosprezam  aquilo  que  já  está  a  séculos  de  bom 
funcionamento.  Eles  precisam  reconhecer  que  Deus  usou  esses  homens  para 
preparar  o  caminho  para  suas  próprias  lideranças.  Sem  eles  o  caminho  não 
estaria nessa envergadura estrutural. 

  O  ancião  deve  possuir  sabedoria  e  discernimento  para  que  de  forma 


efetiva  mostre  e  aplique  na  presente  Igreja a experiência de um poderoso mover 
de  Deus  tal  qual  deveriam  ser  os  anciãos  da  tribo  de  Israel  (Sl.78.3,4).  Os  santos 
22 

anciãos  têm  sabedoria  e  discernimento,  não  apenas  para  curar  a  dor,  remover  a 
ansiedade  e  solucionar  problemas,  mas  para  apontar  o  caminho  pelo  meio  do 
deserto. 

  As  estações  da  vida  guardam  os  jovens  de  serem  tentados  a  fazer  coisas 
de  forma  precipitada,  pois  a  inquietude  e  o  orgulho  pode  levá-los  fazer  coisas 
prematuras.  

EDIFICANDO FILHOS 

  A  esperança  da  próxima  geração  dos  crentes  depende  do  sólido 


fundamento  que  nós  estabelecemos  hoje.  A  Casa  de  Deus  será  edificada  e forte 
nEle,  em  direta  correlação  do  que  hoje  nós  aplicamos  das  verdades  das  Suas 
Palavras.  Deus  deseja  fazer  com  que  seu  povo  seja  capaz  de  ser usado em cada 
estação da vida como uma pedra edificada para a próxima geração. 

“o  qual  é  fiel  àquele  que  o  constituiu,  como  também  o  era  Moisés  em toda a 
casa  de  Deus.  Jesus,  todavia,  tem  sido  considerado  digno  de  tanto  maior 
glória  do  que  Moisés,  quanto  maior  honra  do  que  a  casa  tem  aquele  que  a 
estabeleceu.  Pois  toda  casa  é  estabelecida  por  alguém,  mas  aquele  que 
estabeleceu  todas  as  coisas  é  Deus.  E  Moisés  era  fiel,  em  toda  a  casa  de 
Deus,  como  servo,  para  testemunho  das  coisas  que  haviam  de  ser 
anunciadas;  Cristo,  porém,  como  Filho,  em  sua  casa;  a qual casa somos nós, 
se  guardarmos  firme,  até  ao  fim,  a  ousadia  e  a  exultação  da  esperança.” 
Hb.3.2-6 

Aqui  podemos  considerar  que  Moisés  foi  considerado  digno  em  toda  a 
casa.  Deus  deseja  sempre  se  manifestar  como  pai,  sua  Igreja  como  lar  paterno 
sendo o lar de esperança que Deus deseja.  

Eu creio que este é o conceito das Escrituras que nós precisamos assimilar, 
este  é  o  Seu  conceito  de  casa,  a  Igreja  torna-se  a  Casa  de  Deus.  Cada  líder  que 
Deus  põe em seu respectivo seu lugar é um pai em casa. Deus sempre age como 
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pai.  O  que  encabeça  particularmente  o  grupo  ou  ministério  é  o pai da casa. Você 


não pode ter uma casa sem pai. 

  A  Igreja  é  edificada  por  pais  escolhidos  por  Deus;  a  casa sempre depende 


daquilo  que  seu  pai  faz.  A  passagem  de  Hb.3  mostra-nos  que  Jesus  é  o  Filho  na 
casa  do  Pai,  no  qual  está  diante  dEle.  Jesus  é  o  Filho  da  casa e agora nós somos 
também  Seus  filhos  na  casa.  A  casa  Sempre  depende  de  seus  pais;  os  filhos 
devem carregar os genes de integridade de seus pais, a integridade da casa. 

GERAÇÃO DE JUSTIÇA. 

“Filhos, obedecei a vossos pais no Senhor, pois isto é justo.” Ef.6.1 

  Se  observar  Igrejas  estruturadas,  perceberá  que  nelas  há  uma  liderança 
pastoral  honrada.  Você  perceberá  que  cada  casa  carregar  os  genes  do  pai  que 
está  na  casa.  Se  ele  é  um  homem  de  adoração  a  Igreja  será  adoradora.  Se  ele  é 
um  homem  de  oração,  ele  terá  uma  casa  de  oração.  Aqueles  que  seguem  a ele, 
irão  imitar  seu  estilo  de  ensinamentos  e  palavras.  Eles  irão  usar  suas  frases,  e 
suas  palavras  favoritas  por  que  eles  possuem  seus  genes. Isto está correto e isto 
é assim. Esta é a forma de Deus para os filhos carregarem os genes de seus pais. 

  Deus  colocará  em  uma  casa  certos  homens  para  que  estes  sejam 
despenseiros  e  mordomos  dEle.  Quando  Deus  coloca  um  homem  em  certa 
posição, Ele o concede em um lugar de responsabilidade. 

Um  homem  que  se  levanta  para  servir  a  Deus,  não  apenas  abençoa  a 
presente  geração,  mas  ele  potencialmente  abençoa  todos  que  vão  fluir  através 
das gerações que virão. 

QUATRO PODEROSAS ARMAS DO REINO 

  O  Tentador  possui  armas  em  seu  arsenal  contra  a  Igreja,  chamadas 


inquietude,  ambição,  acusação  e  decepção.  Ele  procura  com  isso  limitar  nosso 
discernimento, fé e poder. 
24 

Satanás  ama  trazer  indefinição  e  silêncio  nas  comunicações  entre  os 


crente.  Satanás  aproveita  quando  nos  calamos  ou  deixamos  de  instruir  o  povo, 
fazendo  com  que  o  povo  aprenda  sua  versão  sobre  os  fatos.  Isto  comumente 
nasce  de  uma  incompreensão,  de  uma  falsa  interpretação  e  desinformação 
aliando  ao  fato  dele ter seus agentes fofoqueiros de plantão. Satanás tem grande 
habilidade em interpretar quando nos calamos. 

Muitas  das  coisas  que  acontece  na  Igreja  acerca  da  falta  de  compreensão 
poderia  ser  facilmente  resolvida  simplesmente  por  trazer  o  irmão  e  explicar 
nossa interpretação acerca das indefinições causadas pelo silêncio. 

“Se  teu  irmão  pecar  contra  ti,  vai  argüi-lo  entre  ti  e  ele  só.  Se  ele  te  ouvir, 
ganhaste a teu irmão.” Mt.18.15 

“Porque  as  armas  da  nossa  milícia  não  são  carnais,  e  sim  poderosas  em 
Deus,  para  destruir  fortalezas,  anulando  nós  sofismas  e  toda  altivez  que  se 
levante  contra  o  conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à 
obediência  de  Cristo,  e  estando  prontos  para  punir  toda  desobediência, uma 
vez completa a vossa submissão.” 2 Co.10.4-6. 

  Vemos  que  um  dos  pré-requisitos  para  que  o  homem  possa manejar bem 


estas  armas,  é  uma  intercessão  justa.  Deus  tem  movido  o  intercessor  para  viver 
em  obediência.  O  fato  é  que  a  vida  do  intercessor  deve  ser  uma  vida  de 
demonstração  de  justiça,  o  qual  faz  Deus  responder  as  orações,  porque  se  nas 
nossas  orações  houver  vida  de  justiça,  autoridade  e  unção.  Satanás  sempre 
recuará quando se deparar com um intercessor obediente. 

  Além  de  possuirmos  uma  vida  de  intercessão,  nós  devemos  ter  quatro 
armas  dadas  por  Deus  para  frustrar  a  Satanás;  assim,  liberar  a  graça  de  Deus. 
Estas  armas  são  chamadas  de  ​“humildade”,  “arrependimento”,  “perseverança”  e 
“obediência”.​  
25 

1.  HUMILDADE 

Rogo  igualmente  aos  jovens:  sede  submissos  aos  que  são  mais  velhos; 
outrossim,  no  trato  de  uns  com  os  outros,  cingi-vos  todos  de humildade, porque 
Deus  resiste  aos  soberbos,  contudo,  aos  humildes  concede  a  sua  graça. 
Humilhai-vos,  portanto,  sob  a  poderosa  mão  de  Deus,  para  que  ele,  em  tempo 
oportuno,  vos  exalte,  lançando  sobre  ele  toda  a  vossa  ansiedade,  porque  ele 
tem cuidado de vós. 1 Pe.5.5-7. 

Aqui  Deus  não  está  perguntando  se  você  é humilde. Deus está dizendo que a 


responsabilidade  de  ser  humilde  é  sua.  Todas  as  tentações  de  Satanás  tem 
por  desígnio  movermos  para  fora  dos  propósitos  de  Deus,  nos  tirando  de  um 
coração humilde. 

2.  ARREPENDIMENTO 

Não  é  um  momento  de quebrantamento. Arrependimento é um estilo de vida. 


É  mediante  constante  arrependimento  que  mantemos  nosso  coração  em 
humildade. 

3.  PERSEVERANÇA 

E,  por  se  multiplicar  a  iniqüidade,  o  amor  se  esfriará  de quase todos. Aquele, 


porém, que perseverar até o fim, esse será salvo. Mt.24.12, 13,  

Deus  nos  deu  outra  graça,  chamada  perseverança.  Um  coração perseverante 


torna  muito  difícil  satanás  de  nos  abater,  desapontando  e  trazendo 
frustrações. É dever dos pais ensinar seus filhos a perseverarem. 

4.  OBEDIÊNCIA 

Deus conhece um coração que escolherá obedecer a Ele; Assim, Ele livrará de 
nossas vidas de muitos tormentos e frustrações nos trazendo conquista. 

  
26 

PARTE 3. CRESCENDO SEM PATERNIDADE 

Existem  jovens  dentro  das  igrejas  que  estão  crescendo  sem  paternidade. 
Freqüentemente  estes  jovens  vêm  de  lares  onde  o  pai  simplesmente  não  está 
presente,  e  nesta  situação  eles  tornam-se espiritualmente órfãos, eles estão sem 
pai espiritual para os guiar e direcioná-los de uma estação da vida para à próxima.  

AUSÊNCIA  DE  PATERNA  SUPERESTIMA  A  MODELAGEM  SOCIAL  E  CULTURAL 


NA IMPLANTAÇÃO DE VALORES EQUIVOCADOS. 

Não  obstante,  o  infortúnio  deste  século  é  que  satanás  logrou  de  tal 
maneira  desestruturar  famílias  que  não  já  não  há  mais  a  figura paterna dentro de 
casa;  os  pais  que  ainda  estão,  possuem  uma  influência  tão  fraca  que  sua 
presença  não  causa  mais  semeadura  de  justiça.  Desta  sorte,  os  filhos  que  agora 
existem, se encontram em um estarrecedor despreparo para vida.  

Nesse  sentido,  muitos  se  enganam,  pois  anelam  preparo  apenas  na 
formação de uma carreira ou currículo de vida terreno e menosprezam os valores 
mais importantes. O formato estético de vida de aparência e sucesso, além de ser 
superestimado,  mais  prejudica  do  que  contribui  para  o  exercício  o  destino 
preparado por Deus a seu filho. 

Apesar  do  filho  pós  contemporâneo  ter  a  disposição  tudo  aquilo  que  o 
conhecimento  e  a  tecnologia  desenvolveu  a  fim  de  facilitar  a  vida  e  sucesso; 
entretanto,  a  ausência  paterna  produz  delimitações  que  ativam  sentimentos  de 
inferioridade  levando-os  a  falta  firmeza  moral  e  assertividade  necessárias  para 
impulsionar seu propósito e chegar ao destino.  

Assim  surge  a  atual  discrepância  entre  potencialidade  daquilo  que  está  a 


alcance  para  que  esse  filho  venha  a  ser  como  indivíduo  maduro  ou  que  ele 
almeja  como  percepção  subjetiva  de  suas  ficções  e  expectativas  de  futuro,  com 
realidade de não ter competência moral para conquistar esse patamar.  

Tal  estado  vulnerável  de  alma  expõe  o  filho  que  seja  suscetível  às 
questões  que  levam  a  supervalorização  da  comparação  com  terceiros, 
27 

provocando  fortes  sentimentos  de  competitividade  como  resposta  a  auto 


afirmação,  devido  o  fato  de,  não  terem  opinião  formada  a  respeito  da  fé,  de  seu 
sentido em Deus como impulso em direção à autorrealização e à completude. 

Esse  sentimento  de  déficit  ou  de  inferioridade  faz  com que filhos imaturos 


lutem  pela  superioridade  pessoal  ou  pelo  sucesso  particular  como  meio  de 
compensação  e  não  por  uma causa nobre, como o êxito social ou Reino de Deus. 
Destarte,  a  maioria  daqueles  que  assim  se  esforçam  para  empenho,  por  não 
possuírem  correta  semeadura  de  justiça,  acabam  lutando  de  forma  ambiciosa  a 
favor  de seu complexo de superioridade, ao invés de lutarem de forma abnegada 
pelo sucesso do Reino de Deus e da glória do nome de Jesus. 

Tais  filhos  imaturos  lutam  por  sua  superioridade  com  pouca  ou  nenhuma 
preocupação  com  objetivos  de  terceiros;  Alguns  deles  criam  disfarces 
inteligentes  e  até  espiritualizados  para  sua  ambição  pessoal;  e  podem,  de  forma 
consciente  ou  inconsciente,  esconder  sua  postura  autocentrada  (vulgo  egoísta) 
por  trás  do  manto  da  preocupação  ministerial.  Em  geral,  ao  filho  autocentrado 
permanece  inconsciente  de  seu  motivo  subjacente,  e  assim,  ele  nega  de  modo 
enfático  e  rejeita  de  modo  obstinado  qualquer  sugestão  de  que  deflagre  seu 
complexo  de  poder,  cujo  desejo  revela  autoafirmação  e  superioridade  sobre  os 
outros. 

Isto  porque  na  ausência  de  pais,  desde  a  infância,  os  filhos  seguem 
modelos  distorcidos  de  sucesso  que  a  sociedade  apresenta.  Pessoas  com 
autoconfiança  e  autoestima  baixas  são  muito  mais  propensas  a  imitar  o 
comportamento  de  um  modelo  do  que  aquelas,  cujo  pai  influencia  produz 
autoconfiança  e  autoestima  altas.  Assim,  elas  observam  outras  pessoas  e 
padronizam  seu  próprio  comportamento  de  acordo  com  o  delas  desenvolvendo 
um comportamento coletivo. 

Na  vida  real,  é  provável  que  os  filhos  imaturos  sejam  mais  influenciados 
por  quem  parece  ser  mais  semelhante  a  eles  do  que  por  alguém  que  seja,  de 
maneira  significativa  claramente  diferente  dele,  daí  a  cultura  do  protesto 
influenciar mais do que o conselho paterno na implantação do Reino. 
28 

Entre  os  muitos  comportamentos  que,  filhos  sem  pais,  adquirem  por  meio 
de  modelagem  estão  os  medos  irracionais  da  opinião  social,  levando-os  a  agir 
segundo  respostas  a  modelos  e  valores  que  a  sociedade  lhe  oferece.  Uma  vez, 
assimilados  pela  opinião  da  sociedade,  tal  situação  dá  aos  filhos  inconsistentes, 
um forte sentimento de segurança e de normalidade. 

Desta  forma,  por  falta  de  paternidade  que  seja  capaz  de  produzir  uma 
semeadura  de  justiça  na  Igreja,  a  cultura  evangélica  tem  sido  mais  influenciada 
na  apresentação  de  moldes  seculares  pela  cultura  terrena  do  que  pela  cultura 
celestial do Reino. 

Além  disso,  estamos  convictos  que  esses  filhos  imaturos,  ausente  de pais, 
escolhem  sua  conduta  de  vida  cristã  e  até  sua  congregação mais por um critério 
cultural  do  que  por  direção  do  Espírito  Santo.  Até  porque  eles  não  possuem 
direção  espiritual  para  tal,  pois  na  ausência  de  uma  orientação  espiritual  paterna 
a cultura e valores seculares assumem esta função. 

SOBRE ORFANDADE E ALIANÇA. 

A  Escritura  claramente  mostra  que  Deus  tem  uma  aliança especial com os 


órfãos.  As  estações  não  acontecem  automaticamente,  elas  precisam ser guiadas 
e desenvolvidas para que tenhamos o impacto que Deus deseja. 

Moisés escreveu: 

“Ele  executa  a  justiça  para  o  órfão  e  a  viúva,  e  mostra  seu  amor  para  o 
estrangeiro dando comida e roupa” Dt.10.18. 

Deus  provê  as  necessidades  do  órfão,  mesmo  que  estes  órfãos  sejam 
físicos  ou  espirituais.  Um  órfão  tem  um  lugar  especial  no  coração  de Deus, isto é 
muito  diferente  de  um  homem  compreender  um  órfão.  Quando  Deus  faz  uma 
aliança  com  um  órfão,  Ele  indica que suas necessidades são muito sérias, o órfão 
irá encontrar misericórdia e auxílio no seu Pai Celestial. (Os.14.3).  
29 

O DILEMA DOS ÓRFÃOS. 

Havendo  um  pai  em  casa,  ele  supre  um  senso  de  identidade,  o  pai  serve 
como  regra e modelo. Os filhos submissos e curados freqüentemente pretendem 
ser  como  seus  familiares,  o  pai  da  casa  serve  como  guia  e  instrutor concernente 
a muitos aspectos da vida.  

O  filho  imaturo,  ao  contrário,  possui  uma  necessidade  doentia de competir 


e  se  mostrar  superior  a  seu  pai  mediante  protesto  e  luta  por  superioridade, 
procura deixar sua marca de orgulho e superação (Síndrome de Absalão). 

Por  isso  que  existem  muitos  ministérios  que  Deus  não  deixa  prosperar; 
pois,  o  líder  tenta  edificar  o  seu  reino  no  lugar  do  Reino  de  Deus  por  meio  de 
atitudes  de  independência,  protesto,  ansiedade,  ambição,  luta  pela 
superioridade,  complexo  de  poder e orgulho; as quais são ferramentas diabólicas 
semeadas  na  orfandade  e  não  pela  correta aplicação de semeadura de justiça (1 
Pe.5.5-7). 

Mas  é  justamente  esse  comportamento  de  “órfão  bastardo”  que  Deus 


abomina, por isso ele sentencia: 

“Nenhum  bastardo  entrará  na  assembléia  do  SENHOR;  nem  ainda  a  sua 
décima geração entrará nela.” Dt.23.2. 

A  Palavra de Deus afirma que quando quebramos este vínculo de filiação e 
honra,  a  igreja  fica  prejudicada  e  seus  efeitos  vão  até  a  décima  geração.  Temos 
percebido  grandes  dificuldades daqueles que não tiveram um convívio com seus 
pais  naturais,  permanecerem  firmes  na  fé,  muitos  deles  trazem  problemas 
relacionados  a  sua  identidade  e  destino,  por  isso  é  papel  da  Igreja  adotá-los 
espiritualmente, para que possa haver cura em seus relacionamentos. 

Reconhecemos,  portanto,  que  não  devemos  ser  filhos  BASTARDOS  neste 


mundo,  porém,  reconhecer  e  honrar  nossa  filiação  na  fé.  A  nossa  prosperidade 
espiritual, está diretamente relacionada a esta honra. 
30 

O  órfão  precisa  destas  coisas,  sem  um  pai  espiritual,  um  jovem  não 
consegue  desenvolver  claramente  um  senso  de  identidade  e  propósito.  Ele 
carece  de  receber  direção  e  instrução.  Órfãos  necessitam  de  pais,  órfãos 
espirituais  necessitam  de  pais  espirituais.  A  necessidade  dos  órfãos  espirituais 
não  devem  ser  negligenciada,  os  cristãos  devem  desenvolver  uma  profunda 
compaixão  e  concerto  pelos  órfãos  o  qual  Deus  demonstra  na  sua  Palavra 
(Sl.68.5-6). 

A  Igreja tem a responsabilidade de ser o pai dos órfãos e isto pode ser feito 
de  muitas  maneiras.  Uma  pessoa  pode  tomar  a  responsabilidade  de  paternizar 
um  órfão  através  das  estações  da  vida  e  auxiliá-lo  a  chegar  ao  processo  de 
maturidade. 

Vivemos  uma  época  de  filhos  sem  pais.  Muitos  destes  têm  se  tornado 
assim  por  protesto  juvenil,  por  competição  com  o  pai,  por  descuido,  por 
negligência  deliberada  ou  pela  falta  de  ensinamento  bíblico  nesta  área.  A 
consequência  disto  é  uma  geração  de  filhos  sem  pais,  trazendo muitos prejuízos 
espirituais ao corpo de Cristo, como: 

● Pastores e Ministros de louvor inaptos, 

● Igrejas fracas, 

● Visão doutrinária de adoração pobre (Mensagem subliminar), 

● Grande  oscilação  e  transferência  de  membresia  em  vista  de  interesses 


pessoais e não por causa louvável, 

● Aumento das heresias pseudocristãs, 

● Diminuição  e  empobrecimento  da  visão  missionária  na implantação de igrejas 


no campo.  
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EQUIPANDO JOVENS COM PROTEÇÃO E BONDADE DA DISCIPLINA. 

“Pais,  eu  vos  escrevo,  porque  conheceis  aquele  que  existe  desde  o  princípio. 
Jovens,  eu  vos  escrevo,  porque  tendes  vencido  o  Maligno.  Filhinhos,  eu  vos 
escrevi,  porque conheceis o Pai. Pais, eu vos escrevi, porque conheceis aquele 
que  existe  desde  o  princípio.  Jovens,  eu  vos  escrevi,  porque  sois  fortes,  e  a 
palavra de Deus permanece em vós, e tendes vencido o Maligno.”1 Jo.2.13,14 

Muitos  jovens  crescem  no  seu  relacionamento  com  o  pai  baseado  no 
medo.  Estas  experiências  trazem  intimidação.  Um não saudável temor é baseado 
na  manipulação  e  intimidação,  um  temor  saudável  é  baseado  no  respeito,  assim 
Deus põem em nós o seu amor, e este amor lança fora todo o medo. 

Alguns  filhos  possuem  diferentes  tipos  de pai, ou homens significantes em 


suas  vidas,  o  qual  irão  trazer  mudanças  e  torná-lo  um  Homem  de  Deus, 
edificando  o  seu  caráter  para  a  vida,  e  assim  devemos  honrá-lo  e  serví-lo,  pois 
estas são as características de uma filiação justas. (Ef.6.1-2). 

A BONDADE DA DISCIPLINA  

Quando  o  filho  entende  o  que  é  filiação  e  começa  a  submeter-se  a 


autoridade  que  Deus  colocou  sobre  si,  o  Senhor  irá  lhe  ensinar  acerca  da 
disciplina, Ele deseja discipular através de seu paradigma de disciplina.  

Freqüentemente  as  pessoas  interpretam  disciplina  como  algo  negativo, 


mas  disciplina  é  uma  coisa  boa.  Disciplina  requer  dor,  perseverança  e  muitas 
vezes  também  humildade,  disciplina  é  uma  coisa  boa.  Nosso  paradigma  de 
disciplina precisa ser mudado para a ótica de Deus. 

O  processo  de  maturidade  começa  ocorrer  quando  um  filho  entende  que 
seu  pai  sabe  o  que  está  fazendo  com  ele.  Se  você  como  um  filho  ou  filha  não 
sabe  o  que  Deus  está  fazendo  contigo  numa  situação,  você  pode  confiar  que 
Deus  irá  falar  a  seu  pai  espiritual  e  ele lhe orientará acerca deste caminho. Esta é 
a ordem de Deus o qual nos preparou para que sejamos auxiliados na nossa vida. 
32 

Deus  deseja  completar  os  alvos  e  visões  para  nos  tornarmos  fortes,  assim 
Deus  não  irá  abençoá-lo  e dar a você a unção que irá prepará-lo. Esta velocidade 
de preparo é basicamente determinada pela sua obediência. 

Deus  está  gerando  um  senso  de  humildade  em  sua  vida  quando  se 
submete  a  liderança.  Pode-se  discernir  que  a  maturidade  acontece  quando  um 
indivíduo começa a crescer cada vez mais em senso de humildade. 

CINCO CHAVES PARA A PATERNIDADE. 

O  Senhor  diz  que  o  temor  e  a  apreensão  afeta  uma  vida  que  procura  se 
relacionar  com  Ele.  Estes  temores  vem  de  uma  experiência  de  intimidação e isto 
bloqueia a aceitação. 

Deus  não  deseja  que  sejamos  assim  inseguros  e incapacitados por dentro, 


eu  creio  que  o  Senhor  está  estabelecendo  pais  espirituais  na  vida  de  jovens,  o 
qual trarão o correto significado no relacionamento com Deus Pai.  

É  essencial  que  compreendamos  a  Escritura  e  o  modo  de  Deus  agir 


primeiramente para que depois possamos ver Deus como Pai.  

Para  que  possamos  compreender  a  Deus  como  Pai,  devemos  ver  que 
Deus  trabalha  nos  paternizando  por  meio  de  um  processo  de  aceitação,  e  isto 
acontece quando Deus nos enche com sua graça, amor e misericórdia. 

1. OS LUGARES DE DEUS PARA PAIS E FILHOS 

Deus  colocou posições no relacionamento entre pais e filhos, e ele tem um 
lugar  para  você.  Existem  três  tipos  de  posições  espirituais  neste  relacionamento: 
ser  filho,  ser  discípulo  e  ser  abençoado,  esta  é  a  chave  principal  no  modo  de 
Deus trabalhar. 

  Deus  tem  levantado  líderes  para  serem  filhos,  e  levantado  alguns  para 
serem  discípulos  fortes  e  Deus  tem  levantado  as  multidões  para  serem 
abençoadas. Jesus abençoou as multidões, reuniu alguns para o discipulado, mas 
levantou doze para serem líderes e filhos. 
33 

“porque  Deus  é  quem  efetua  em  vós  tanto o querer como o realizar, segundo 


a sua boa vontade.” Fp.2.13 

Aqui  nos  ensina  que  Deus  tem  trabalhado  para  que  o  seu  bondoso  plano 
seja  trazer-nos  para  uma  filiação,  discipulado  e  grande  benção,  esta  é  a  ordem 
de  Deus.  A  grande  posição  do  ideal  de  Deus  conosco  é  nos  colocar  debaixo  de 
uma  liderança  paterna.  Se  você  é  um  pai  então  você  está  trazendo  o  seu  filho 
para um posição o qual irá te seguir na sua liderança. 

2. AUTORIDADE E DISCIPLINA 

Nem  todos  que  influenciam  nossas  vida  são  pais.  Pai  espiritual  tem 
relacionamento  de  autoridade  e  disciplina  com  seu  filho.  O  pai  espiritual  possui 
autoridade  e  disciplina  para  ministrar  com  graça  a  seu  filho,  levando-o  a  tomar 
decisões. 

Disciplina  é  acompanhada  por  um  resultado  da  autoridade  que  está  sobre 
nós  no  Senhor.  O  Senhor  Jesus  afirma  que  a  fé  é desenvolvida pela autoridade e 
disciplina,  isto  pode  ser  visto  em  Mt.8.5-13;  onde  a  compreensão  de  autoridade 
do  centurião  levou-o  a  ter  fé.  Assim  fé  é  acrescida  por  estar  debaixo  da 
autoridade  e  disciplina.  O  propósito  de  Deus  em  nossas  vidas  é  nos  tornar 
funcionais  para  o  seu  serviço,  nós  nos  tornamos  melhores  quando  servimos 
debaixo da dádiva e da visão de nossos pais, isto é fé.  

Fé  é  a  chave para operar no poder do Espírito de Deus, isto é desenvolvido 
em nossa vida quando estamos debaixo de autoridade e disciplina. 

3. SERVIÇO E 4. DEPENDÊNCIA  

Um  dos  propósitos  do  pai  espiritual  é  desenvolver  no  seu  filho  a 
dependência  do  Espírito  Santo.  Assim  como  as  crianças  dependem de seus pais, 
este  princípio  de  dependência  de  autoridade,  leva  as  pessoas  a  dependerem  do 
Espírito  Santo.  Quando  os  pais  ensinam seus filhos a serem dependentes, eles se 
tornam também dependentes nos seu coração do Espírito Santo. 
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“completai  a  minha  alegria,  de  modo  que  penseis  a  mesma  coisa,  tenhais  o 
mesmo  amor, sejais unidos de alma, tendo o mesmo sentimento. Nada façais 
por  partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os 
outros  superiores  a  si  mesmo.  Não  tenha  cada  um  em  vista  o  que  é 
propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros.”Fp.2.2-4. 

Como  você  pode  demonstrar  que  está  servindo  e  dependendo do Espírito 


de  Deus  se  você  não  se  espelhar  por  modelos.  O  processo  de  ensinar  a 
dependência aos filhos só acontece quando o pai possuem um coração de servo. 

“Então,  Jesus,  chamando-os, disse: Sabeis que os governadores dos povos os 


dominam  e  que  os  maiorais  exercem  autoridade  sobre  eles.  Não  é  assim 
entre  vós;  pelo  contrário,  quem  quiser  tornar-se grande entre vós, será esse o 
que  vos  sirva;  e  quem  quiser  ser  o  primeiro  entre  vós  será  vosso  servo;  tal 
como  o  Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar 
a sua vida em resgate por muitos.” Mt.20.25-28. 

5. HERANÇA PARA OS FILHOS  

Somente  um  filho  pode  ter  herança,  se  eu  sou  um  filho  de  Deus,  então eu 
tenho  o  privilégio  de  receber  a  herança  do  Reino  de  Deus.  Os  filho  herdam  de 
seus  pais,  também  isto  ocorre  no  espiritual. O seu pai espiritual te concede como 
herança  os  princípios,  as  atitudes  e  o  modo  das  coisas.  Há  um  compartilhar  de 
coisas  espirituais,  sendo  transferida  para  os  filhos,  quer  bençãos quer maldições, 
desafortunadamente  os  filhos  recebem  mais  as  fraquezas, no relacionamento de 
pai e filho, do que as bençãos. 

Os  pais  conseguem  transmitir  hereditariamente  os  princípios,  as  práticas, 


as  verdades  de  Deus  nos  seus  relacionamento  com  os  filhos,  eles  conseguem 
também  compartilhar  a  visão.  No  compartilhar  sua  própria  visão,  eles  abrem  a 
mente  dos  seus  filhos  espirituais  para  seguir  o  que  o  Espírito  Santo  está 
compartilhando  da  visão  com  ele,  abrindo  seus  corações  para  receberem  algo 
maior  do  que  eles  tenham  capacidade  de  assimilar ou imaginar, esta abertura de 
horizontes também vem por herança. 
35 

Somente  um  filho  pode  receber  herança.  Deus  tem  prometido  que 
receberíamos  herança  na  terra.  Deus  nos  prometeu  que  herdaríamos  toda  a 
bondade  nos  céus  e  na  terra,  assim  os  seus  filhos  recebem  uma  meiguice 
espiritual, como herança espiritual. 

Deus  providenciou  estas  cinco  chaves  espirituais  para  nos  conduzir  ao 
entendimento  da  verdade.  O  poder  e  a  unção  é  passada  de  uma  geração  para 
outra,  através  de  uma  multiplicação  e  efeitos.  Quando  nós aplicamos estas cinco 
chaves  espirituais  da  paternidade,  nós  damos  direção  para  as  futuras  gerações 
para um maravilhoso caminho. 

PAIS  E  MENTORES:  PATERNIDADE  INTENCIONAL  QUE  MODELA 


DESTINO. 

MOISÉS  E  JOSUÉ,  PATERNIDADE  MODELADA  PELO  EXEMPLO  E  RETRIBUIÇÃO 


PELO SERVIÇO. 

  As  Escrituras  mostram  um  maravilhoso  exemplo  de  ministério  sendo 


passado  de  uma  geração  para  a  próxima,  quando  nós  olhamos  para  história 
bíblica,  nós  não  podemos  ignorar  que Deus passou o manto e a unção ministerial 
de  uma  pessoa  para  a  outra.  Este  primeiro  exemplo  de  passagem  ministerial  é 
encontrado  na história de Moisés e Josué. Josué, o filho, herdeiro do ministério de 
Moisés. 

“Levantou-se  Moisés  com  Josué,  seu  servidor;  e, subindo Moisés ao monte de 


Deus,” Ex.24.13 

  Josué  recebeu  sua  repartição  de  Moisés  por  anos.  De  fato,  as  Escrituras 
ensinam  que  Josué  era  servo  de  Moisés. Moisés deu a Josué o mesmo ministério 
que  Deus  deu  a  ele.  Quando  o  filho  é  preparado  como  o  pai  é  preparado,  a obra 
do  Espírito  Santo  em suas vidas revelará qual é o tempo em que o ministério será 
transferido. 

  Um  ministério  não  pode  ser  transferido  por  gabinete  ou  transplante,  tem 
que  ser  transferido  por  uma  direção  e  ministração  espiritual  de  transferência,  o 
36 

qual  leva  anos.  É  como  tentar transplantar uma cabeça de um no corpo de outro, 


não funciona, o corpo rejeitará a cabeça. 

  Agora,  na  igreja  nós  mostramos  o  modo  de  se  transferir ministério, através 


de  um  preparo  de  coração,  com  um  longo  treinamento  moral,  espiritual  e 
governamental.  A  repartição de qualidades internas é que prepara o homem para 
ser o líder que Deus escolheu. 

  Moisés  preparou  o  povo  para  um  dia  receber  Josué  como  líder.  Assim, 
Josué  despendeu  15  anos  na  tenda  de  Moisés  através  de  seu  relacionamento 
pessoal, Moisés repartiu sua unção de liderança sobre Josué. 

  É  interessante  notar  que  Josué  estava  na  tenda  de  Moisés,  o  qual  implica 
que  ele  estava  fora  do  processo  de  decisões  de  governo,  Você  nunca  ouviu 
Josué  decidindo.  O  silêncio  para  ouvir  e  a  aprendizagem  pela  observação vicária 
é  importante.  Ele  estava  recebendo  os  respingos  de  todos  os  anciãos  ao  seu 
redor,  aprendendo  os  caminhos  de  Deus.  Moisés  estava  repartindo  sua  unção 
com ele. 

“Josué,  filho  de  Num,  estava  cheio  do  espírito  de  sabedoria,  porquanto 
Moisés  impôs  sobre  ele  as  mãos;  assim,  os  filhos de Israel lhe deram ouvidos 
e fizeram como o SENHOR ordenara a Moisés.” Dt.34.9. 

  As  estações foram essenciais para preparar Josué para sua transferência, o 
que  era  antecipadamente  chamado  de  “meu  ministério”  agora  é  “ministério  de 
Deus”.  Isto  é,  Ele  aprendeu  a  renunciar  as  ambições  pessoais  e  sua  necessidade 
por superação e reconhecimento para uma causa mais nome de realização.  

Josué foi de fato um filho obediente ao seu mentor e pai, a evidência dessa 
fidelidade  se  encontra  no  fato  de  Josué  andar  nos  mesmos  milagres  iniciais  que 
Moisés  como  a  abertura  das  águas,  a  manifestação  do  anjo  do  Senhor,  etc.  Se 
cumprindo  a  promessa:  “Assim  como  fui  com  Moisés,  assim  serei  contigo;  não te 
deixarei, nem te desampararei.” Js.1.5.  
37 

ELIAS  E  ELISEU,  PATERNIDADE  MODELADA  PELO  PROPÓSITO  E  RETRIBUIÇÃO 


PELO SERVIÇO. 

A  mentoria  e  paternidade  encontrada  no  relacionamento  de  Elias  e  Eliseu 


estabelece  um  nível  mais  profundo  do  que  apenas  paternidade  modelada  pelo 
exemplo.  Se  trata  na  verdade,  de  uma  modeladora  paternidade  que  visa 
compartilhar  propósitos  e  ministérios  em  comum:  ​“e  também  Eliseu,  filho  de 
Safate,  de  Abel-Meolá,  ungirás  profeta  em  teu  lugar”​.  1Rs.19.16.  Isto  significa que o 
processo  de  paternidade  e  mentoria  estabelecidos  na  relação  Elias  e  Eliseu  foi 
marcado  pela  proposta  de  um  destino  claro  e específico no que tange a questão 
ministerial. 

No  entanto,  para  que  Eliseu  recebesse  o  ministério  de  Elias,  primeiro  ele 
teve  que  aprender  a  renunciar  suas  ambições  e  servir.  Ou  seja,  todo  aquele  que 
não  negar  as  suas  ambições  próprias,  queimar  sua  junta  de  bois  (tomar  a  sua 
cruz)  não  pode ser discípulo de Elias (não pode ser discípulo de Jesus). A questão 
é  que  todos  querem  receber  a  unção  de  Elias;  mas,  poucos  abrem  mão  de  sua 
junta de bois. 

Partiu,  pois,  Elias  dali  e  achou  a  Eliseu,  filho  de  Safate,  que andava lavrando 
com  doze  juntas  de  bois  adiante  dele;  ele  estava  com  a  duodécima.  Elias 
passou  por  ele  e  lançou  o  seu  manto  sobre  ele.  Então,  deixou  este  os  bois, 
correu  após  Elias  e  disse:  Deixa-me  beijar  a  meu  pai e a minha mãe e, então, 
te  seguirei.  Elias  respondeu-lhe:  Vai  e  volta;  pois  já  sabes  o  que  fiz  contigo. 
Voltou  Eliseu  de  seguir  a  Elias,  tomou  a  junta  de  bois,  e  os  imolou,  e, com os 
aparelhos  dos  bois,  cozeu  as  carnes, e as deu ao povo, e comeram. Então, se 
dispôs, e seguiu a Elias, e o servia. 1 Rs.19.19-21. 

A  última  parte do versículo 21 diz que além de seguir Elias representando a 
mentoria  e  paternidade  modelada  pelo  exemplo  e  respectiva  obediência;  Eliseu 
o servia de tal maneira que os demais dava esse testemunho acerca disso. 
38 

Perguntou, porém, Josafá: Não há, aqui, algum profeta do SENHOR, para que 
consultemos  o  SENHOR  por  ele?  Respondeu  um  dos  servos  do  rei  de  Israel: 
Aqui  está  Eliseu,  filho  de  Safate,  que  deitava  água  sobre  as  mãos  de  Elias.  2 
Rs.3.11. 

As  pessoas  têm  dificuldades  para  deitar  águas  sobre  as  mãos  de  sua 
liderança,  isto  é,  sujeitar  suas  paixões,  submeter  seu  ímpeto, sua ansiedade a fim 
de  ser tratado por seu pai na fé. Quem não se rende em seus desejos, se mantém 
em  atitude  de  protesto  e  resistência;  não  se  deixa  tratar  por  seu  pai;  tal  sujeito 
pode  até  receber  uma  recompensa  ministerial.  Todavia,  não  pode  receber  a 
porção e herança de filho primogênito. 

Elias  jogou  “​o  seu  primeiro  manto”​   sobre  Eliseu,  então Eliseu entendeu que 


deveria  ser  paternizado  por  Elias,  Eliseu  estava  recebendo  a  paternidade  da  fé. 
Pois,  o propósito desta paternidade é que Eliseu estava sendo ensinado para ficar 
no  lugar  de Elias como filho primogênito. Mais do que uma paternidade orientada 
pelo exemplo, tratava-se de uma paternidade modelada para o destino. 

no  dia  em  que  fizer  herdar  a  seus filhos aquilo que possuir, não poderá dar a 


primogenitura  ao  filho  da  amada,  preferindo-o  ao  filho  da  aborrecida,  que  é 
o  primogênito.  Mas  ao  filho  da  aborrecida  reconhecerá  por  primogênito, 
dando-lhe  dobrada  porção  de  tudo  quanto  possuir,  porquanto  aquele  é  o 
primogênito do seu vigor; o direito da primogenitura é dele. Dt.21.16,17. 

O  filho  na  fé  que  é  obediente,  sabe  honrar  a  seus  pais,  este  recebe  a 
primogenitura.  Quando  tal  anda  de  forma  correta,  submisso  em  obediência, 
recebe  não  apenas  as  características  de  seu  pai,  mas  as  promessas  e  a  sua 
unção, isto é, pode receber até sua porção dobrada. 

O  direito  da  primogenitura  não  se  dá  para  aquele cuja inclinação é natural, 


mas sobre aquele que em submissão e obediência o recebeu de forma espiritual.   

Porém,  mais  do  que  buscar  herança  de  Elias  como  a  maioria  dos  filhos 
oportunistas  querem  (a  exemplo  do  filho  pródigo),  Eliseu  recebeu  algo  mais 
solene,  a  transferência  de  caráter,  seu  legado,  sua  semeadura  de  justiça,  a 
39 

personalidade  e  integridade  da  casa;  se  tornando  espiritualmente  seu 


primogênito recebendo a porção dobrada de Elias como direito dessa herança.  

Havendo  eles  passado,  Elias  disse  a  Eliseu:  Pede-me  o  que  queres  que  eu te 
faça,  antes  que  seja  tomado  de  ti.  Disse  Eliseu:  Peço-te  que  me  toque  por 
herança  porção  dobrada  do teu espírito. Tornou-lhe Elias: Dura coisa pediste. 
Todavia,  se  me  vires quando for tomado de ti, assim se te fará; porém, se não 
me vires, não se fará 2 Rs.2.9,10. 

Sim,  sobre  o  filho  que  almeja  muito  mais  do  que  tirar  vantagem  e 
promoção  pessoal  a  custas  de  sacrifícios  de  gerações  anteriores,  Deus  tem 
reservado porção dobrada! 

Nesse  sentido,  encontra-se  uma  realidade  nas  Sagradas Escrituras, a qual, 


os  pais  recebem  a  promessa,  mas  são  os  filhos  tomam  posse  dela.  Abraão 
recebeu  promessa  de  possuir a terra, mas foram seus filhos que a receberam por 
herança.  Moisés  recebeu  a  promessa  de  levar  o  povo de Deus a terra prometida, 
mas,  Josué  foi  que  conquistou  a  terra  e  concretizou  a  promessa.  Davi  recebeu  a 
promessa  do  reino  de  Israel,  mas  fois  Salomão  que  conquistou  seu  auge  e 
esplendor.  Agora  temos  Elias  que  recebe  a  ordem  de  ungir  Jeú  e  Hazael  como 
reis  de  suas  nações,  mas  foi  Eliseu  que  cumpriu  a  promessa,  sendo  o  último 
ungido pelo seu discípulo (1 Rs.19.15-17 ). 

Eliseu  pediu  o  direito  de  primogenitura  e  por  ser  obediente  recebeu-a 


como  herança;  entretanto,  para  assumir  essa  porção,  ele  mais  uma  vez  teve 
renunciar  a  si  mesmo,  antes  ele  queimou  as  juntas  de  bois,  a  qual  foi  no período 
do anonimato, agora, ele rasga as suas vestes no período da fama.  

Muitos  começam  a  ser  provados  no  início  da  filiação,  mas  a  real  prova  se 
dá  quando  ele  assume  o  ministério,  na  verdade essa é a  principal provação! Pois 
o  mesmo  se  sente  agora  livre  para  fazer  o  que  pensa;  e  se  alguém  traz  consigo 
aquele sentimento de protesto e soberba, então, sua vil ambição se manifestará. 

O  manto  é  uma  representação  de  ministério,  quando  Elias  jogou  o  seu 


manto  ele  destinou  o  seu  ministério  sobre  Eliseu,  no  entanto,  existem  dois 
40 

mantos:  O  primeiro  manto  recebemos  por  chamada,  apontamento  e designação, 


o  segundo  manto  precisa  ser  conquistado  pela  obediência,  serviço,  honra  e 
semeadura de justiça.  

Nesse  aspecto,  Elias  testou  Eliseu  quatro  vezes  para  saber  se  o  mesmo 
permaneceria  nós  propósitos  e  na  integridade  de  sua  casa.  Tal  aconteceu  na 
cidade  de  Gilgal  a  fim  de  conferir  se  Eliseu  tinha  um  coração  puro  e  sincero. 
Outra  vez  em  Betel  a  fim  de  saber  se  Eliseu  queria  só  a  unção  e  não  o  caráter. 
Mais  um  teste  em  Jericó  para  saber  se  Eliseu  passaria  pela  prova  da  fama  e 
busca  pelo  reconhecimento  (Pv.27.21).  E  por  fim,  no Jordão a fim de certificar que 
Eliseu  seria  humilde  e  quebrantado  mantendo-se  nisso  para  permanecer  com  a 
porção  dobrada.  Pois  mais  do  que  ensinar  unção,  Elias  ensinou  o  mais  íntimo:  A 
humildade com o Senhor. 

O  que  vendo  Eliseu,  clamou:  Meu  pai,  meu  pai,  carros  de  Israel  e  seus 
cavaleiros!  E  nunca  mais  o  viu;  e,  tomando  as  suas  vestes,  rasgou-as  em 
duas  partes.  Então,  levantou  o  manto  que  Elias  lhe  deixara  cair  e, 
voltando-se,  pôs-se  à  borda  do  Jordão.  Tomou  o  manto  que  Elias  lhe 
deixara  cair,  feriu  as  águas  e  disse:  Onde  está  o  SENHOR,  Deus  de  Elias? 
Quando  feriu  ele  as  águas,  elas  se  dividiram  para  um  e  outro  lado,  e  Eliseu 
passou. 2Rs.2.12-14. 

Então  Eliseu  pegou  o  manto  que  Elias  deixou  cair  no  chão,  agora  pela 
segunda  vez.  O  primeiro  em  sua  chamada,  o  segundo  manto,  a  dupla  honra  do 
ministério de Elias em sua ascensão.  

Aqui  está  a  grande  diferença  de  um  filho  legítimo  e  um  filho  bastardo!  O 
legítimo  espera  com  paciência  a  ascensão  do  Pai  e  se  alegra  com  seu  sucesso, 
porque  vê  no  sucesso  do  pai,  o  êxito  de  toda  a  casa.  O  filho  bastardo,  a 
semelhança  de  Absalão,  está  sempre  se  comparando  com  o  pai  e  não  vê  a hora 
de substituí-lo. 
41 

De  fato,  Eliseu  recebeu  a  porção dobrada de Elias, pois, além de receber o 


manto  de  Elias  e  praticar  os  mesmos  milagres.  Na  verdade  Eliseu  praticou  o 
dobro de milagres de Elias, um fez sete sinais o outro quatorze sinais. 

4  Edificarão  os  lugares  antigamente  assolados,  restaurarão  os  de  antes 


destruídos  e  renovarão  as  cidades  arruinadas,  destruídas  de  geração  em 
geração...  6  Mas  vós  sereis  chamados  sacerdotes  do  SENHOR,  e  vos 
chamarão  ministros  de  nosso  Deus;  comereis  as  riquezas  das  nações  e  na 
sua  glória  vos  gloriareis.  7  Em  lugar  da  vossa  vergonha,  tereis  dupla  honra; 
em  lugar  da  afronta,  exultareis  na  vossa  herança;  por  isso,  na  vossa  terra 
possuireis o dobro e tereis perpétua alegria. Is.61.4,6,7. 

PAULO E TIMÓTEO, PATERNIDADE MODELADA PELO CORAÇÃO. 

Mais  do  que  modelar  paternidade  pelo  exemplo  ou  paternidade  pelo 
propósito;  De  fato,  Paulo  empartiu  seu  coração  a  Timóteo  dando-lhe  o  mesmo 
espírito.  

Espero,  porém,  no  Senhor  Jesus,  mandar-vos  Timóteo,  o mais breve possível, 


a  fim  de  que  eu  me  sinta  animado  também,  tendo  conhecimento  da  vossa 
situação.  Porque  a  ninguém  tenho  de  igual  sentimento  que,  sinceramente, 
cuide  dos  vossos  interesses;  pois todos eles buscam o que é seu próprio, não 
o  que  é  de  Cristo  Jesus.  E  conheceis  o  seu  caráter  provado,  pois  serviu  ao 
evangelho, junto comigo, como filho ao pai. Filipenses 2.19-22 

Timóteo,  a  semelhança  de  Josué  e  Eliseu  tomou  o  princípio  do  serviço, 


cujo  sua  principal  intenção  consistia no que podia servir ao seu pai espiritual, pois 
ele desejava aprender através do serviço.  

Timóteo  reconheceu  as  bênçãos  advindas  da  paternidade  espiritual 


quando  Paulo  impôs  sobre  ele  as  suas  mãos.  Um  pai  natural  pode  dar  bênçãos 
naturais  aos  seus  filhos  e  filhas,  mas  um  pai  espiritual  da  as  bênçãos  de  Deus  e 
destino  para  seus filhos espirituais; Ora os que são espirituais entendem que mais 
do  que  serem  abençoados  por  Deus  eles  se  dispõem a servir a Deus e encontrar 
o coração do Pai.  
42 

Paulo,  como  um  pai,  primeiramente  preparou  Timóteo  para  o  destino  e  o 


encorajou  a  ir;  assim  ele  o  enviou  como  está  em  Filipenses  2.19.  Sendo  Timóteo 
um  filho  obediente  que  tinha  o  coração  de  Paulo,  então,  Paulo  teve  a  confiança 
necessária para enviar Timóteo com encorajamento de Deus ao seu destino.  

Finalmente  em  Atos  20.38,  ocorreu  o  momento  em  que  o  apóstolo  Paulo 
foi  divinamente  ascendido  da  vida  de  Timóteo;  agora  ele  estava  liberado  para 
expressar  o  seu  coração,  que similar ao coração de Paulo, era também o coração 
de  Deus  para  o  seu  próprio  ministério.  Pois  o  coração  é  o  centro  de  nossos  mais 
profundos  desejos  e  qualidades  para  que  compartilhemos  com  os  outros  nossa 
vida e ministério.  

Assim  se  encontra  nas  sagradas  Escrituras  esses  três tipos de paternidade 


na  fé  e  mentoria  espiritual  Moisés  a  Josué,  o  qual  os  filhos  herdam  ministério. 
Eliseu  e  Elias  cujos  filhos  herdam  os  dons  e  os propósitos. Paulo e Timóteo cujos 
filhos que herdam o coração 

DESTRAVANDO FILHOS MORALMENTE SAUDÁVEIS E MADUROS  

“Tu,  pois,  filho  meu,  fortifica-te  na  graça  que está em Cristo Jesus. E o que de 


minha  parte  ouviste  através  de  muitas  testemunhas,  isso  mesmo  transmite a 
homens  fiéis  e  também  idôneos  para  instruir  a  outros.  Participa  dos  meus 
sofrimentos  como  bom  soldado  de  Cristo  Jesus. Nenhum soldado em serviço 
se  envolve  em  negócios  desta  vida,  porque  o  seu objetivo é satisfazer àquele 
que  o arregimentou. Igualmente, o atleta não é coroado se não lutar segundo 
as  normas.  O  lavrador  que  trabalha  deve  ser  o  primeiro  a  participar  dos 
frutos.  Pondera  o  que  acabo  de  dizer,  porque  o Senhor te dará compreensão 
em todas as coisas. 2 Tm.2.1-7 

  

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