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ÍNDICE
PARTE 1.
INTRODUÇÃO
CLAMOR DOS PAIS ESPIRITUAIS
ANARQUIA ESPIRITUAL
HISTÓRICO DO PROTESTO E RESISTÊNCIA
INDEPENDÊNCIA X INTERDEPENDÊNCIA
O QUE SIGNIFICA ESPÍRITO DE INDEPENDÊNCIA?
AS FASES DE NOSSA VIDA
FASES DA VIDA PARA FORMAR UM PAI E LÍDER
ESTAÇÕES DA VIDA
ESTAÇÕES DE TRANSIÇÃO
SEMEADURA E COLHEITA
PARTE 2.
A PERSONALIDADE DA CASA.
A PATERNIDADE COMO FORMA DE MODELAGEM
A PRESENÇA DA PATERNA QUE APONTA DESTINO
EXISTEM MUITAS INFLUÊNCIAS, MAS POUCOS PAIS.
SEMPRE EXISTIRÁ UM FILHO ANTES DE SER UM PAI.
A INTEGRIDADE DA CASA
O ESPIRITUAL VALOR DA MATURIDADE
EDIFICANDO FILHOS
GERAÇÃO DE JUSTIÇA.
QUATRO PODEROSAS ARMAS DO REINO
PARTE 3.
CRESCENDO SEM PATERNIDADE
AUSÊNCIA DE PATERNA SUPERESTIMA A MODELAGEM SOCIAL
SOBRE ORFANDADE E ALIANÇA
O DILEMA DOS ÓRFÃOS
EQUIPANDO JOVENS, COM PROTEÇÃO E BONDADE DA DISCIPLINA.
A BONDADE DA DISCIPLINA
CINCO CHAVES PARA A PATERNIDADE
OS LUGARES DE DEUS PARA PAIS E FILHOS
AUTORIDADE E DISCIPLINA
SERVIÇO E DEPENDÊNCIA
HERANÇA PARA OS FILHOS
PAIS E MENTORES: PATERNIDADE INTENCIONAL QUE MODELA DESTINO.
MOISÉS E JOSUÉ
ELIAS E ELISEU
PAULO E TIMÓTEO
DESTRAVANDO FILHOS MORALMENTE SAUDÁVEIS E MADUROS.
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INTRODUÇÃO.
Pais físicos e psicológicos trazem uma positiva influência na vida de seus
filhos, vivemos uma geração de famílias desestruturadas, cujos filhos, ausente de
pais, desejam ser paternizados. Como resultado dessa desfiliação, a atual
sociedade tem dificuldade para conhecer o caráter pleno de Deus porque não
teve pais com testemunho moral que os ensinassem.
“Foi também congregada a seus pais toda aquela geração; e outra geração
após eles se levantou, que não conhecia o SENHOR, nem tampouco as obras
que fizera a Israel.” (Jz.2.10).
Os judeus tinham prioridade em ensinar uma geração posterior, pela
consciência de que uma geração futura pode vir a esquecer-se de Deus. Quando
uma geração não é ensinada espiritualmente pelos seus pais, ela torna-se um
terreno vazio para aprender coisas que não convém ao povo de Deus. Vivemos
uma geração de órfãos espirituais!
Apesar disso, Deus quer levantar uma geração de Eliseus que possam
receber dupla porção da unção divina, determinada a serem íntegros, prósperos
e exercer liderança na Igreja de Cristo e fora dela para seu destino e glória. Esta
promessa cabe a alguém que é paternizado por pais de caráter moral
semelhantes a Elias.
“Os dias da nossa vida sobem a setenta anos ou, em havendo vigor, a oitenta;
neste caso, o melhor deles é canseira e enfado, porque tudo passa
rapidamente, e nós voamos. Quem conhece o poder da tua ira? E a tua
cólera, segundo o temor que te é devido? Ensina-nos a contar os nossos dias,
para que alcancemos coração sábio.” Sl.90.10-12.
construção do Reino e não meros ambiciosos que queiram tirar vantagem e
promoção pessoal a custas de sacrifícios de gerações anteriores, assim como
absalão tentou tirar vantagem do reino que Deus conferiu a seu pai Davi.
Filhos que tenham gana não só pelo poder, mas que estejam dispostos a
ter a mesma vontade para o esforço, trabalho e sacrifício em prol da construção
de algo geracional em Deus. Assim, demonstrem confiança diante daqueles que
já foram experimentados e estejam aptos para esse desafio e legado.
ANARQUIA ESPIRITUAL.
Várias gerações de israelitas, viveram sem clara liderança, eles tinham os
escritos de Moisés, a tradição das festas e os sacrifícios, mas simplesmente, não
tinham ninguém para seguir no correto caminho que os conduzissem a liderança.
Isto ilustra a necessidade de uma clara liderança por parte da experiência
de pais na fé, cujo propósito, de forma moral, espiritual e financeira proporciona
treinamento aos filhos e os prepara para o futuro.
INDEPENDÊNCIA X INTERDEPENDÊNCIA.
“Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada
qual o que é dos outros.” Fl.2.4.
Observe o típico caso de Jefté, sua origem, rejeição paterna, seu
constante esforço e protesto pela rebeldia em busca de aceitação,
reconhecimento e sua desastrosa e conflitante liderança em Israel (Jz.11.1 -
Jz.12.7). Assim, muitos jovens estão em busca de ministério, conforme o triste
modelo de Jefté, a fim de encontrarem seu espaço no reconhecimento e na
história, mais por um clamor por reconhecimento do que por uma sólida direção
divina.
Independência significa estar só. Por trás dessa atitude que ostenta
liberdade e protesto existe a reivindicação orgulhosa e arrogante, pois diz: “eu
não necessito de ninguém para me acompanhar nos caminhos de Deus, para a vida
e vou mostrar que sozinho posso conquistar meu sucesso e deixar minha marca”.
Assim, alguns jovens nutrem uma ambição fundamentada em seu próprio
espírito de independência e aguarda apenas a oportunidade de manifestar quem
ele é em seu interior. Quando um jovem com tal ambição se levanta para liderar,
ele prontamente esquece a sabedoria e os ensinamentos de uma geração
anterior. A soberba faz esquecer os ensinos dos anciãos.
Pois, fundamentado na repressão de seus desejos, agora, ele aproveita a
ocasião para que em desabafo e protesto, rejeite séculos de funcionamento e
êxito, assim queira “inovar” conceitos e procedimentos só para deixar sua marca
de autocentralidade, posto que, esta vaidade espiritual está condenada ao
fracasso, tanto pela motivação perversa quanto pela inexperiência de seus
procedimentos.
Porém, os que hoje desrespeitam os líderes serão desrespeitados pelas
lideranças de outrora; pois, não tem estrutura espiritual, nem autoridade moral
para formar novos líderes libertos desse infame comportamento. Então, a história
se repetirá por si mesma na próxima geração. O que você planta nesta estação,
você irá colher na próxima estação. Filhos desobedientes a pais naturais, terão
filhos (netos) rebeldes como colheita de sua semeadura.
Contudo, o propósito de Deus é que os anciãos e pais devam preparar o
caminho de Deus para os seus futuros filhos, pois uma geração anterior prepara o
caminho para o mover de Deus à geração seguinte, segundo os planos divinos
para a nova geração. Deus mostra a necessidade de não apenas trazer filhos
espirituais para a próxima geração, mas que estes filhos sejam libertos da
arrogância, moral e espiritualmente fortes.
Quem entre vós é sábio e inteligente? Mostre em mansidão de sabedoria,
mediante condigno proceder, as suas obras. Se, pelo contrário, tendes em
vosso coração inveja amargurada e sentimento faccioso, nem vos glorieis
disso, nem mintais contra a verdade. Esta não é a sabedoria que desce lá do
alto; antes, é terrena, animal e demoníaca. Pois, onde há inveja e sentimento
faccioso, aí há confusão e toda espécie de coisas ruins. A sabedoria, porém,
lá do alto é, primeiramente, pura; depois, pacífica, indulgente, tratável, plena
de misericórdia e de bons frutos, imparcial, sem fingimento. Tg.3.13-17.
O saber ensoberbece, mas o amor edifica. Se alguém julga saber alguma
coisa, com efeito, não aprendeu ainda como convém saber. 1 Co.8.1b,2.
“Com a sabedoria edifica-se a casa, e com a inteligência ela se firma; pelo
conhecimento se encherão as câmaras de toda sorte de bens, preciosos e
deleitáveis. Pv.24.3-4.
Dentro da percepção de fases da vida, bem como, o agregar de fases
ministeriais, pode-se constatar que nossos oitenta anos são divididos em quatro
fases de tempo ou estações de vinte anos cada.
1. PREPARAÇÃO.
Os primeiros vinte anos são de preparação. Pois, aos 20 anos estamos
motivados a aprender e a fazer. Isto é, aflora em nós senso de aprendizado e
realização.
Prontamente os jovens desta época recebem sonho ou visão ou profecia
de Deus. Em suas ambições, eles presumem que estejam prontos para verem a
visão e chamados se concretizarem imediatamente. Só que as coisas de Deus e
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Eles prontamente falham em compreender que os planos de Deus são
revelados para o futuro. Assim eles terão que passar por um árduo trabalho de
preparação, até que eles estejam preparados para suportarem
responsabilidades. Nestes primeiros vinte anos, eles terão que ser flexibilizados e
dobrados ao ponto de romperem com o sentimento de protesto a fim de sujeitar,
depender e estar submisso a Deus e a autoridade de pessoas. Ora, quem não
consegue ser submisso a liderança, não consegue e nem conseguirá se tornar
submisso a Deus a ponto de Ele confiar o seu Reino e o uso de Sua Glória.
Os pais não devem apenas ensinar as coisas concernente aos aspectos
morais, espirituais e ministeriais, também devem ensinar os filhos para estar
preparados para enfrentar a vida e seus desafios.
2. PRODUÇÃO.
3. PROVISÃO.
A terceira fase é o tempo da provisão, para alguns esse tempo regula nos
30 aos 50 anos, com outros pode ocorrer antes ou mais tarde. Neste tempo nós
temos que ser capazes de doar abnegadamente mais de nós mesmos para
tornar uma significante influência no Corpo de Cristo. Por favor, não compreenda
mal, isto não significa que as pessoas nos dois primeiros estágios da vida não
trabalharam e não doaram de si mesmas; mas, agora, com a sua experiência e
sabedoria, eles terão oportunidade para incrementá-la com autoridade e unção.
Isto é, nessa fase da vida e do ministério, tais constatam que precisa discipular
nessa mesma unção.
Ora, quem for ambicioso terá dificuldades de se doar e de forma abnegada
servir a terceiros; ou seja, o mesmo se estagna na segunda fase da vida de forma
permanente, se inflando em orgulho por meio de sua produção. Mas,
infelizmente, tal indivíduo perderá as melhores fases que Deus proporcionou
como presente para sua vida.
4. PROTEÇÃO.
O último estágio é a proteção. Essa fase deveria começar a partir dos 40
anos; mas, grande maioria das pessoas começa só a partir dos 60 anos. O
propósito de Deus é que nesta fase tais sejam protetores de tudo o que Deus
tem colocado sob sua autoridade, ou seja, necessitam deixar legado. Nisto
descobrem que além do discipulado, deveriam destinar importância para escrita
como mantenedora dos princípios adquiridos pela expectativa e sabedoria dadas
por Deus através de suas fases da vida.
Reino. Eles são uma voz necessária para dar conselhos e direção aos que em
temor querem atuar no Reino de Deus.
Há uma larga possibilidade de nossa existência se tornar desconhecida em
quatro gerações se não deixarmos nossos ensinamentos como registro. Daí a
importância da escrita como mantenedora do legado, assim como Paulo e outros
apóstolos deixaram seus escritos para o crescimento do Evangelho e edificação
da Igreja.
ESTAÇÕES DA VIDA.
Recapitulando, se nós semeamos um espírito de independência na nossa
família e na Igreja, aqueles que nos observam estarão seguindo nosso exemplo.
Eles irão receber a semente de protesto, independência e resistência não
transcenderão as fases da vida de forma apropriada. Ao passo que os mesmos
deveriam receber a semente da humildade, perseverança, arrependimento e
obediência que edificam uma atitude de interdependência e assim completariam
com êxito o propósito designado por Deus.
Há um princípio poderoso para os pais espirituais chamado de mentoria!
Em cada geração Deus tem levantado pais espirituais para serem mentores. Para
que a próxima geração experimente uma dupla porção da unção; como Elias foi
pai e mentor de Eliseu; Eliseu na sua obediência recebeu a dupla unção de Elias.
ESTAÇÕES DE TRANSIÇÃO.
Quando eu olho para paternidade espiritual nas Escrituras, eu percebo os
pais levando seus filhos para todas as estações, ao ponto dos respectivos se
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tornarem pais. Este é o tempo quando o filho se torna pai, e seu relacionamento
com seu pai não deve ser diferente disto. Este é o caminho do mundo espiritual,
assim você torna um filho espiritual que está se movendo para ser um pai
espiritual, seu pai espiritual irá ser seu conselheiro e admoestador, o qual, te dará
direção, liderança e ordens; então, você terá que aprender a tomar decisões.
É como a ilustração de um cavalo selvagem. Este cavalo selvagem tem
grande potencial para a corrida; porém, ele não conhece sua energia, assim a
qualquer estampido ele corre rapidamente, sem definir lugar ou direção
específica. Depois de correr muito tempo, ele volta ao mesmo lugar e começa a
pastar. Este processo pode ser repetido várias vezes. Até o tempo em que este
cavalo selvagem seja capturado e trazido ao curral de um domador que começa
um longo processo de domá-lo; somente depois de ser domado é que o cavalo
pode correr em uma direção específica, com um propósito específico, fazendo
com que toda a sua energia se torne aplicável. Esta é a regra dos pais espirituais,
ser ‘cowboy’s de Deus´ trazendo os filhos para baixo da submissão.
Para o filho é duro o fato de reconhecer que eles estão sendo domados;
pois, isto arde em seus corações, eles desejam correr, porém ainda não sabem o
caminho, tampouco estão preparados para as estações que estão à frente.
PROCESSO DE TRANSIÇÃO.
Segundo, o filho deve compreender que ele está sendo preparado para
Deus colocar nele, humildade, perseverança, arrependimento e obediência.
Sendo assim, aquela inquietação da ansiedade, bem como, a mundana ambição
vai desaparecendo, tornando-se preparado para nova estação da vida.
Deus quer te transcender e te colocar numa nova posição. Você pode
pensar que está preparado, mas Deus conhece que você não está. O propósito
do vaso é ser usado pelo Senhor e esperar nele até o toque final, e completá-lo
para a próxima estação. Se você prematuramente for para a próxima estação,
será como aquele jovem de doze a quatorze anos desejando ser pai, você ainda
não está preparado para prover e suprir, sendo assim, Deus faz seus vasos
aguardarem até o tempo oportuno.
Muitos, através da ambição e independência, pela sua ansiedade vão se
precipitar nas estações e sofrerão oposição do “Próprio Deus”, ainda que
atribuam a oposição as adversidade, terceiros ou o inimigo.
Antes, ele dá maior graça; pelo que diz: Deus resiste aos soberbos, mas dá
graça aos humildes. Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti ao diabo, e ele
fugirá de vós. Tg.4.6,7.
Quando a pessoa anda em obediência, a paixão por Deus cresce, esta é a
forma de Deus trabalhar em nele seu bom propósito (Fp.2.13), a Escritura diz que
Deus resiste ao soberbo. Assim quando o sujeito se levanta em orgulho, Deus
resiste contra ele, esta é a sua Santa Palavra; Ele resiste ao orgulho, sempre que
o indivíduo se orgulhar, Deus sempre resistirá.
Todavia aquele que se sujeitar à disciplina, após sentir-se domado, por
submeter-se a liderança; pela sabedoria celestial, o mesmo obterá vitória sobre a
ansiedade e frustração. Então, entenderá que a liderança está com ele para seu
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O potencial da Igreja de Jesus Cristo depende do quanto nós estamos
dispostos a nós mesmos para nos submeter ao processo de cada estação.
O Pai deve estar a frente das necessidades de seus filhos e gradualmente
fazê-los crescer em suas responsabilidades para haver uma transição de posição.
Muitos, almejam os benefícios da transição de posição, mas não assumem
responsabilidades, assim, nessa ansiedade rejeitam sua liderança, e de forma
precoce migram à procura de alguém que satisfaça suas mundanas ambições.
Porém, nesta disciplina, outros não devem interferir no processo ordenado por
Deus para paternizar alguém.
SEMEADURA E COLHEITA.
Eu declaro que quando uma criança nos seus dois anos encontra-se
totalmente indisciplinada, ele futuramente crescerá e quando tiver doze anos ela
causará muitos danos, por que muitas coisas erradas foram colocadas quando
ela ainda era criança. As crianças indisciplinadas seguem o exemplo de seus pais,
eles irão colher aquilo que semearam.
Da mesma forma no Reino de Deus, uma criança espiritual precisa ser
educada para, quando chegar a adolescência, esta não caia em sérios problemas;
pois eles dizem: “Os nossos pais já tiveram os seus dias, agora eles estão fora da
moda e desconectados com o mundo atual”. Nós temos percebido que os jovens
falham em não dar honra e respeito aqueles que estão sobre eles no Senhor.
necessárias para receberem de Deus, não de seus esforços, um ministério de
sucesso que aos olhos de Deus seja de vitória.
Cada casa tem seu próprio estilo e personalidade. O pai da casa
expressam necessariamente a si mesmo edificando o que está na casa. Seus
filhos e filhas irão tornar-se como ele e carregarão sua semelhança. Todos os que
o conhecem identificarão também seus filhos. Isto é bom, pois eles irão carregar
a marca de justiça que está nele.
Ao verem a intrepidez de Pedro e João, sabendo que eram homens iletrados
e incultos, admiraram-se; e reconheceram que haviam eles estado com
Jesus. At. 4.13.
Um filho de coração, ou um discípulo autêntico é aquele que se deixa levar
a marca de justiça de seu mentor e progenitor.
Qual marca de justiça você tem se deixado levar? quais são os traços de
sua casa que você trás em sua integridade?
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Este é o livro da genealogia de Adão. No dia em que Deus criou o homem, à
semelhança de Deus o fez; homem e mulher os criou, e os abençoou, e lhes
chamou pelo nome de Adão, no dia em que foram criados. Viveu Adão cento
e trinta anos, e gerou um filho à sua semelhança, conforme a sua imagem, e
lhe chamou Sete. Gn.5.1-3.
A Palavra de Deus apresenta esse tipo de modelagem, a citação de
Gênesis descreve que Adão foi modelado por Deus e trouxe Sua imagem moral;
No entanto, no quesito paternidade, as Escrituras constatam que Sete trazia a
modelagem de Adão. Isto é, o comportamento de Sete em observar seu pai,
Adão como modelo, o fez absorver parte de sua personalidade em seu próprio
comportamento.
Ora, os pais deveriam ser os maiores modeladores de personalidade
moral, espiritual e social sobre seus filhos, da mesma sorte, os pais na fé
deveriam modelar a personalidade de seus filhos fazendo com que este
carregue seus valores e sua marca de justiça.
Obviamente, os pais deveriam imprimir a marca de justiça através de
comportamentos positivos, como: temor, integridade, devoção, força, coragem,
perseverança e otimismo. Valores que são aprendidos por meio dos pais e de
outros modelos.
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Através da observação do comportamento de nossos pais, de seus
exemplos e da consequência destes, nós aprendemos e adaptamos ao nosso
próprio comportamento selecionando as atitudes desejadas. Isto é, tomamos
uma decisão deliberada e consciente de nos comportarmos seguindo exemplo
de nossos pais.
Ora, quando um Pai está em casa, a influência de sua presença traz
segurança e direção; assim manifesta sua marca de justiça. Tal influência,
segurança e direção faz com que seus filhos o tenham admiração, a qual
proporciona referência e imitação (Mc.10.32).
Uma saudável presença paterna e sua influência faz com que seus filhos
almejem receber a sua marca de justiça como herança por meio da referência e
imitação. Uma evidência de que o pai está em casa e tem orientado seus filhos a
um destino é que filhos de forma espiritual, moral e psicológica saudáveis veem
progresso social e o Reino de Deus como mais importante para eles do que seu
crédito pessoal.
Poucos têm estado debaixo da liderança de um pai; além disso,
pouquíssimos tem humildade suficiente para se submeter a ela. Deus
providenciou uma variedade de pessoas para nos influenciar de modos
diferentes, nós temos muitas necessidades e nosso Deus todas as conhece. O
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povo de Deus possuem uma variedade de regras e funções cotidianas, elas são
dignas de uma diversidade de respectivos níveis.
“Porque, ainda que tivésseis milhares de preceptores em Cristo, não teríeis,
contudo, muitos pais; pois eu, pelo evangelho, vos gerei em Cristo Jesus.”1
Co.4.15.
Paulo afirma sobre guardiões, você irá ter tutores e guardiões, que lhe
mostrarão o caminho para o arrependimento.
“Fiel é a palavra: se alguém aspira ao episcopado, excelente obra almeja. É
necessário, portanto, que o bispo seja irrepreensível, esposo de uma só
mulher, temperante, sóbrio, modesto, hospitaleiro, apto para ensinar; 1
Tm.3.1,2
Paulo aponta para dirigentes, que irão nos mostrar o caminho para a
liderança para a nossa própria casa, eles irão mostrar a direção para nossas vidas,
negócios, filhos e lar. Entende que cada um tem um lugar na paternidade de
nossa vida? Há tutores; há guardiães e há dirigentes. Dirigentes mostram como
executar a lei de uma casa, enquanto estamos vivendo nela, se você está dentro
de uma casa você deve executar a lei que está vigorando naquela casa.
Poucos podemos reconhecer como pais na nossa vida; alguns podem ser
tutores, guardiães ou dirigentes, o qual irão nos assistir em áreas específicas.
Devemos dar a cada um a autoridade, honra e o respeito de suas posições. As
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regras da paternidade incluem sobre estes ministérios, mas isto precisa também
estar incluído de bom grado em seu coração.
Você deve ser um filho antes que você possa ser um pai. Esta geração tem
que aprender que não pode se tornar um pai da casa sem que primeiro se sujeite
e seja um filho da casa. Este é o essencial princípio da substituição. Isso porque
muitos querem se tornar pais, sem nunca ter se submetido a ser filho (obediente).
“E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros
para evangelistas e outros para pastores e mestres, com vistas ao
aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a
edificação do corpo de Cristo, Até que todos cheguemos à unidade da fé e
do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida
da estatura da plenitude de Cristo, para que não mais sejamos como
meninos, agitados de um lado para outro e levados ao redor por todo vento
de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao
erro.Ef.4.11-14.
Todavia acontece que este jovem garoto não entende as conseqüências
de sua situação, ele agora pensa que é um homem, ele pode gabar-se de sua
masculinidade, e de ter até gerado um filho, mas ele não pode suprir e cuidar de
uma criança. Ele não é suficientemente responsável para trabalhar e dar o
suprimento, tudo que ele deseja é jogar games, e que ele quer é olhar para
outras garotas, ele deseja ter a sua liberdade. Definitivamente ele não está
preparado para ser um pai porque ele ainda não aprendeu a ser um filho.
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Este cenário devastador com suas conseqüência acontece no Reino de
Deus, num aspecto espiritual. Pois jovens imaturos, desejam se tornar pais na
casa de Deus, quando eles não aprenderam a serem filho. Eles não podem liderar
porque eles não se submeteram à autoridade.
Primeiramente, um filho deve compreender que ele ainda não é capaz de
substituir seu pai. Infelizmente, no Corpo de Cristo encontra-se um
comportamento de extraordinária vaidade, soberba e orgulho, isto é, um filho que
deseja se tornar pai antes de se tornar filho, Ele se torna um lobo vestido de
ovelha, pois ele tentará tomar vantagem de sua posição na casa para sua própria
glória pessoal ao invés de paternizar a casa para a Glória de Deus, roubando a
Glória de Deus (Is.48.11).
Por isso é essencial que alguém que queira ser líder de pessoas se torne
em seu coração e no seu espírito, um filho; todos os jovens que desejam ser
líderes sem serem filhos, eles estão plantando sementes de independência e
insubmissão, as quais trarão uma colheita de rebelião e destruição na casa.
A INTEGRIDADE DA CASA
A atitude de filiação prematura é a evidência que constata um espírito de
independência, tal qual atitude do filho pródigo (Lc.15). Eles não conseguem se
colocar debaixo de autoridade sem quebrá-las; assim eles plantam as sementes
de independência e ansiedade no Corpo.
Deus está levantando pessoas maduras que compreendem as estações da
vida. Aqueles que são anciãos (no Senhor) podem liderar aqueles que são jovens
escolhidos por Deus em posição de autoridade.
A integridade da casa deverá ser guardada por aqueles que estão sendo
preparados para liderarem o Reino. Aqueles que mostram autoridade dão aos
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jovens a oportunidade de demonstrar mais do que um processo preparatório
para uma carreira, quer seja secular ou ministerial, mas um processo e
preparação de suas vidas: Aquele que pouco é dado, pouco será requerido,
quem é fiel no pouco mais será dado. Assim os jovens devem aprender a ser fiéis
no pouco para serem colocados no muito a fim de que, paulatinamente, eles se
tornem capazes e aptos; desta forma, sua inexperiência de liderança não lhes
trará frustração.
anciãos têm sabedoria e discernimento, não apenas para curar a dor, remover a
ansiedade e solucionar problemas, mas para apontar o caminho pelo meio do
deserto.
As estações da vida guardam os jovens de serem tentados a fazer coisas
de forma precipitada, pois a inquietude e o orgulho pode levá-los fazer coisas
prematuras.
EDIFICANDO FILHOS
“o qual é fiel àquele que o constituiu, como também o era Moisés em toda a
casa de Deus. Jesus, todavia, tem sido considerado digno de tanto maior
glória do que Moisés, quanto maior honra do que a casa tem aquele que a
estabeleceu. Pois toda casa é estabelecida por alguém, mas aquele que
estabeleceu todas as coisas é Deus. E Moisés era fiel, em toda a casa de
Deus, como servo, para testemunho das coisas que haviam de ser
anunciadas; Cristo, porém, como Filho, em sua casa; a qual casa somos nós,
se guardarmos firme, até ao fim, a ousadia e a exultação da esperança.”
Hb.3.2-6
Aqui podemos considerar que Moisés foi considerado digno em toda a
casa. Deus deseja sempre se manifestar como pai, sua Igreja como lar paterno
sendo o lar de esperança que Deus deseja.
Eu creio que este é o conceito das Escrituras que nós precisamos assimilar,
este é o Seu conceito de casa, a Igreja torna-se a Casa de Deus. Cada líder que
Deus põe em seu respectivo seu lugar é um pai em casa. Deus sempre age como
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GERAÇÃO DE JUSTIÇA.
Se observar Igrejas estruturadas, perceberá que nelas há uma liderança
pastoral honrada. Você perceberá que cada casa carregar os genes do pai que
está na casa. Se ele é um homem de adoração a Igreja será adoradora. Se ele é
um homem de oração, ele terá uma casa de oração. Aqueles que seguem a ele,
irão imitar seu estilo de ensinamentos e palavras. Eles irão usar suas frases, e
suas palavras favoritas por que eles possuem seus genes. Isto está correto e isto
é assim. Esta é a forma de Deus para os filhos carregarem os genes de seus pais.
Deus colocará em uma casa certos homens para que estes sejam
despenseiros e mordomos dEle. Quando Deus coloca um homem em certa
posição, Ele o concede em um lugar de responsabilidade.
Um homem que se levanta para servir a Deus, não apenas abençoa a
presente geração, mas ele potencialmente abençoa todos que vão fluir através
das gerações que virão.
Muitas das coisas que acontece na Igreja acerca da falta de compreensão
poderia ser facilmente resolvida simplesmente por trazer o irmão e explicar
nossa interpretação acerca das indefinições causadas pelo silêncio.
“Se teu irmão pecar contra ti, vai argüi-lo entre ti e ele só. Se ele te ouvir,
ganhaste a teu irmão.” Mt.18.15
“Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em
Deus, para destruir fortalezas, anulando nós sofismas e toda altivez que se
levante contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à
obediência de Cristo, e estando prontos para punir toda desobediência, uma
vez completa a vossa submissão.” 2 Co.10.4-6.
Além de possuirmos uma vida de intercessão, nós devemos ter quatro
armas dadas por Deus para frustrar a Satanás; assim, liberar a graça de Deus.
Estas armas são chamadas de “humildade”, “arrependimento”, “perseverança” e
“obediência”.
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1. HUMILDADE
Rogo igualmente aos jovens: sede submissos aos que são mais velhos;
outrossim, no trato de uns com os outros, cingi-vos todos de humildade, porque
Deus resiste aos soberbos, contudo, aos humildes concede a sua graça.
Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus, para que ele, em tempo
oportuno, vos exalte, lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele
tem cuidado de vós. 1 Pe.5.5-7.
2. ARREPENDIMENTO
3. PERSEVERANÇA
4. OBEDIÊNCIA
Deus conhece um coração que escolherá obedecer a Ele; Assim, Ele livrará de
nossas vidas de muitos tormentos e frustrações nos trazendo conquista.
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Existem jovens dentro das igrejas que estão crescendo sem paternidade.
Freqüentemente estes jovens vêm de lares onde o pai simplesmente não está
presente, e nesta situação eles tornam-se espiritualmente órfãos, eles estão sem
pai espiritual para os guiar e direcioná-los de uma estação da vida para à próxima.
Não obstante, o infortúnio deste século é que satanás logrou de tal
maneira desestruturar famílias que não já não há mais a figura paterna dentro de
casa; os pais que ainda estão, possuem uma influência tão fraca que sua
presença não causa mais semeadura de justiça. Desta sorte, os filhos que agora
existem, se encontram em um estarrecedor despreparo para vida.
Nesse sentido, muitos se enganam, pois anelam preparo apenas na
formação de uma carreira ou currículo de vida terreno e menosprezam os valores
mais importantes. O formato estético de vida de aparência e sucesso, além de ser
superestimado, mais prejudica do que contribui para o exercício o destino
preparado por Deus a seu filho.
Apesar do filho pós contemporâneo ter a disposição tudo aquilo que o
conhecimento e a tecnologia desenvolveu a fim de facilitar a vida e sucesso;
entretanto, a ausência paterna produz delimitações que ativam sentimentos de
inferioridade levando-os a falta firmeza moral e assertividade necessárias para
impulsionar seu propósito e chegar ao destino.
Tal estado vulnerável de alma expõe o filho que seja suscetível às
questões que levam a supervalorização da comparação com terceiros,
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Tais filhos imaturos lutam por sua superioridade com pouca ou nenhuma
preocupação com objetivos de terceiros; Alguns deles criam disfarces
inteligentes e até espiritualizados para sua ambição pessoal; e podem, de forma
consciente ou inconsciente, esconder sua postura autocentrada (vulgo egoísta)
por trás do manto da preocupação ministerial. Em geral, ao filho autocentrado
permanece inconsciente de seu motivo subjacente, e assim, ele nega de modo
enfático e rejeita de modo obstinado qualquer sugestão de que deflagre seu
complexo de poder, cujo desejo revela autoafirmação e superioridade sobre os
outros.
Isto porque na ausência de pais, desde a infância, os filhos seguem
modelos distorcidos de sucesso que a sociedade apresenta. Pessoas com
autoconfiança e autoestima baixas são muito mais propensas a imitar o
comportamento de um modelo do que aquelas, cujo pai influencia produz
autoconfiança e autoestima altas. Assim, elas observam outras pessoas e
padronizam seu próprio comportamento de acordo com o delas desenvolvendo
um comportamento coletivo.
Na vida real, é provável que os filhos imaturos sejam mais influenciados
por quem parece ser mais semelhante a eles do que por alguém que seja, de
maneira significativa claramente diferente dele, daí a cultura do protesto
influenciar mais do que o conselho paterno na implantação do Reino.
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Entre os muitos comportamentos que, filhos sem pais, adquirem por meio
de modelagem estão os medos irracionais da opinião social, levando-os a agir
segundo respostas a modelos e valores que a sociedade lhe oferece. Uma vez,
assimilados pela opinião da sociedade, tal situação dá aos filhos inconsistentes,
um forte sentimento de segurança e de normalidade.
Desta forma, por falta de paternidade que seja capaz de produzir uma
semeadura de justiça na Igreja, a cultura evangélica tem sido mais influenciada
na apresentação de moldes seculares pela cultura terrena do que pela cultura
celestial do Reino.
Além disso, estamos convictos que esses filhos imaturos, ausente de pais,
escolhem sua conduta de vida cristã e até sua congregação mais por um critério
cultural do que por direção do Espírito Santo. Até porque eles não possuem
direção espiritual para tal, pois na ausência de uma orientação espiritual paterna
a cultura e valores seculares assumem esta função.
Moisés escreveu:
“Ele executa a justiça para o órfão e a viúva, e mostra seu amor para o
estrangeiro dando comida e roupa” Dt.10.18.
Deus provê as necessidades do órfão, mesmo que estes órfãos sejam
físicos ou espirituais. Um órfão tem um lugar especial no coração de Deus, isto é
muito diferente de um homem compreender um órfão. Quando Deus faz uma
aliança com um órfão, Ele indica que suas necessidades são muito sérias, o órfão
irá encontrar misericórdia e auxílio no seu Pai Celestial. (Os.14.3).
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Havendo um pai em casa, ele supre um senso de identidade, o pai serve
como regra e modelo. Os filhos submissos e curados freqüentemente pretendem
ser como seus familiares, o pai da casa serve como guia e instrutor concernente
a muitos aspectos da vida.
Por isso que existem muitos ministérios que Deus não deixa prosperar;
pois, o líder tenta edificar o seu reino no lugar do Reino de Deus por meio de
atitudes de independência, protesto, ansiedade, ambição, luta pela
superioridade, complexo de poder e orgulho; as quais são ferramentas diabólicas
semeadas na orfandade e não pela correta aplicação de semeadura de justiça (1
Pe.5.5-7).
“Nenhum bastardo entrará na assembléia do SENHOR; nem ainda a sua
décima geração entrará nela.” Dt.23.2.
A Palavra de Deus afirma que quando quebramos este vínculo de filiação e
honra, a igreja fica prejudicada e seus efeitos vão até a décima geração. Temos
percebido grandes dificuldades daqueles que não tiveram um convívio com seus
pais naturais, permanecerem firmes na fé, muitos deles trazem problemas
relacionados a sua identidade e destino, por isso é papel da Igreja adotá-los
espiritualmente, para que possa haver cura em seus relacionamentos.
O órfão precisa destas coisas, sem um pai espiritual, um jovem não
consegue desenvolver claramente um senso de identidade e propósito. Ele
carece de receber direção e instrução. Órfãos necessitam de pais, órfãos
espirituais necessitam de pais espirituais. A necessidade dos órfãos espirituais
não devem ser negligenciada, os cristãos devem desenvolver uma profunda
compaixão e concerto pelos órfãos o qual Deus demonstra na sua Palavra
(Sl.68.5-6).
A Igreja tem a responsabilidade de ser o pai dos órfãos e isto pode ser feito
de muitas maneiras. Uma pessoa pode tomar a responsabilidade de paternizar
um órfão através das estações da vida e auxiliá-lo a chegar ao processo de
maturidade.
Vivemos uma época de filhos sem pais. Muitos destes têm se tornado
assim por protesto juvenil, por competição com o pai, por descuido, por
negligência deliberada ou pela falta de ensinamento bíblico nesta área. A
consequência disto é uma geração de filhos sem pais, trazendo muitos prejuízos
espirituais ao corpo de Cristo, como:
● Igrejas fracas,
“Pais, eu vos escrevo, porque conheceis aquele que existe desde o princípio.
Jovens, eu vos escrevo, porque tendes vencido o Maligno. Filhinhos, eu vos
escrevi, porque conheceis o Pai. Pais, eu vos escrevi, porque conheceis aquele
que existe desde o princípio. Jovens, eu vos escrevi, porque sois fortes, e a
palavra de Deus permanece em vós, e tendes vencido o Maligno.”1 Jo.2.13,14
Muitos jovens crescem no seu relacionamento com o pai baseado no
medo. Estas experiências trazem intimidação. Um não saudável temor é baseado
na manipulação e intimidação, um temor saudável é baseado no respeito, assim
Deus põem em nós o seu amor, e este amor lança fora todo o medo.
A BONDADE DA DISCIPLINA
O processo de maturidade começa ocorrer quando um filho entende que
seu pai sabe o que está fazendo com ele. Se você como um filho ou filha não
sabe o que Deus está fazendo contigo numa situação, você pode confiar que
Deus irá falar a seu pai espiritual e ele lhe orientará acerca deste caminho. Esta é
a ordem de Deus o qual nos preparou para que sejamos auxiliados na nossa vida.
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Deus deseja completar os alvos e visões para nos tornarmos fortes, assim
Deus não irá abençoá-lo e dar a você a unção que irá prepará-lo. Esta velocidade
de preparo é basicamente determinada pela sua obediência.
Deus está gerando um senso de humildade em sua vida quando se
submete a liderança. Pode-se discernir que a maturidade acontece quando um
indivíduo começa a crescer cada vez mais em senso de humildade.
O Senhor diz que o temor e a apreensão afeta uma vida que procura se
relacionar com Ele. Estes temores vem de uma experiência de intimidação e isto
bloqueia a aceitação.
Para que possamos compreender a Deus como Pai, devemos ver que
Deus trabalha nos paternizando por meio de um processo de aceitação, e isto
acontece quando Deus nos enche com sua graça, amor e misericórdia.
Deus colocou posições no relacionamento entre pais e filhos, e ele tem um
lugar para você. Existem três tipos de posições espirituais neste relacionamento:
ser filho, ser discípulo e ser abençoado, esta é a chave principal no modo de
Deus trabalhar.
Deus tem levantado líderes para serem filhos, e levantado alguns para
serem discípulos fortes e Deus tem levantado as multidões para serem
abençoadas. Jesus abençoou as multidões, reuniu alguns para o discipulado, mas
levantou doze para serem líderes e filhos.
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Aqui nos ensina que Deus tem trabalhado para que o seu bondoso plano
seja trazer-nos para uma filiação, discipulado e grande benção, esta é a ordem
de Deus. A grande posição do ideal de Deus conosco é nos colocar debaixo de
uma liderança paterna. Se você é um pai então você está trazendo o seu filho
para um posição o qual irá te seguir na sua liderança.
2. AUTORIDADE E DISCIPLINA
Nem todos que influenciam nossas vida são pais. Pai espiritual tem
relacionamento de autoridade e disciplina com seu filho. O pai espiritual possui
autoridade e disciplina para ministrar com graça a seu filho, levando-o a tomar
decisões.
Disciplina é acompanhada por um resultado da autoridade que está sobre
nós no Senhor. O Senhor Jesus afirma que a fé é desenvolvida pela autoridade e
disciplina, isto pode ser visto em Mt.8.5-13; onde a compreensão de autoridade
do centurião levou-o a ter fé. Assim fé é acrescida por estar debaixo da
autoridade e disciplina. O propósito de Deus em nossas vidas é nos tornar
funcionais para o seu serviço, nós nos tornamos melhores quando servimos
debaixo da dádiva e da visão de nossos pais, isto é fé.
Fé é a chave para operar no poder do Espírito de Deus, isto é desenvolvido
em nossa vida quando estamos debaixo de autoridade e disciplina.
3. SERVIÇO E 4. DEPENDÊNCIA
Um dos propósitos do pai espiritual é desenvolver no seu filho a
dependência do Espírito Santo. Assim como as crianças dependem de seus pais,
este princípio de dependência de autoridade, leva as pessoas a dependerem do
Espírito Santo. Quando os pais ensinam seus filhos a serem dependentes, eles se
tornam também dependentes nos seu coração do Espírito Santo.
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“completai a minha alegria, de modo que penseis a mesma coisa, tenhais o
mesmo amor, sejais unidos de alma, tendo o mesmo sentimento. Nada façais
por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os
outros superiores a si mesmo. Não tenha cada um em vista o que é
propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros.”Fp.2.2-4.
Somente um filho pode ter herança, se eu sou um filho de Deus, então eu
tenho o privilégio de receber a herança do Reino de Deus. Os filho herdam de
seus pais, também isto ocorre no espiritual. O seu pai espiritual te concede como
herança os princípios, as atitudes e o modo das coisas. Há um compartilhar de
coisas espirituais, sendo transferida para os filhos, quer bençãos quer maldições,
desafortunadamente os filhos recebem mais as fraquezas, no relacionamento de
pai e filho, do que as bençãos.
Somente um filho pode receber herança. Deus tem prometido que
receberíamos herança na terra. Deus nos prometeu que herdaríamos toda a
bondade nos céus e na terra, assim os seus filhos recebem uma meiguice
espiritual, como herança espiritual.
Deus providenciou estas cinco chaves espirituais para nos conduzir ao
entendimento da verdade. O poder e a unção é passada de uma geração para
outra, através de uma multiplicação e efeitos. Quando nós aplicamos estas cinco
chaves espirituais da paternidade, nós damos direção para as futuras gerações
para um maravilhoso caminho.
Josué recebeu sua repartição de Moisés por anos. De fato, as Escrituras
ensinam que Josué era servo de Moisés. Moisés deu a Josué o mesmo ministério
que Deus deu a ele. Quando o filho é preparado como o pai é preparado, a obra
do Espírito Santo em suas vidas revelará qual é o tempo em que o ministério será
transferido.
Um ministério não pode ser transferido por gabinete ou transplante, tem
que ser transferido por uma direção e ministração espiritual de transferência, o
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Moisés preparou o povo para um dia receber Josué como líder. Assim,
Josué despendeu 15 anos na tenda de Moisés através de seu relacionamento
pessoal, Moisés repartiu sua unção de liderança sobre Josué.
É interessante notar que Josué estava na tenda de Moisés, o qual implica
que ele estava fora do processo de decisões de governo, Você nunca ouviu
Josué decidindo. O silêncio para ouvir e a aprendizagem pela observação vicária
é importante. Ele estava recebendo os respingos de todos os anciãos ao seu
redor, aprendendo os caminhos de Deus. Moisés estava repartindo sua unção
com ele.
“Josué, filho de Num, estava cheio do espírito de sabedoria, porquanto
Moisés impôs sobre ele as mãos; assim, os filhos de Israel lhe deram ouvidos
e fizeram como o SENHOR ordenara a Moisés.” Dt.34.9.
As estações foram essenciais para preparar Josué para sua transferência, o
que era antecipadamente chamado de “meu ministério” agora é “ministério de
Deus”. Isto é, Ele aprendeu a renunciar as ambições pessoais e sua necessidade
por superação e reconhecimento para uma causa mais nome de realização.
Josué foi de fato um filho obediente ao seu mentor e pai, a evidência dessa
fidelidade se encontra no fato de Josué andar nos mesmos milagres iniciais que
Moisés como a abertura das águas, a manifestação do anjo do Senhor, etc. Se
cumprindo a promessa: “Assim como fui com Moisés, assim serei contigo; não te
deixarei, nem te desampararei.” Js.1.5.
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No entanto, para que Eliseu recebesse o ministério de Elias, primeiro ele
teve que aprender a renunciar suas ambições e servir. Ou seja, todo aquele que
não negar as suas ambições próprias, queimar sua junta de bois (tomar a sua
cruz) não pode ser discípulo de Elias (não pode ser discípulo de Jesus). A questão
é que todos querem receber a unção de Elias; mas, poucos abrem mão de sua
junta de bois.
Partiu, pois, Elias dali e achou a Eliseu, filho de Safate, que andava lavrando
com doze juntas de bois adiante dele; ele estava com a duodécima. Elias
passou por ele e lançou o seu manto sobre ele. Então, deixou este os bois,
correu após Elias e disse: Deixa-me beijar a meu pai e a minha mãe e, então,
te seguirei. Elias respondeu-lhe: Vai e volta; pois já sabes o que fiz contigo.
Voltou Eliseu de seguir a Elias, tomou a junta de bois, e os imolou, e, com os
aparelhos dos bois, cozeu as carnes, e as deu ao povo, e comeram. Então, se
dispôs, e seguiu a Elias, e o servia. 1 Rs.19.19-21.
A última parte do versículo 21 diz que além de seguir Elias representando a
mentoria e paternidade modelada pelo exemplo e respectiva obediência; Eliseu
o servia de tal maneira que os demais dava esse testemunho acerca disso.
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Perguntou, porém, Josafá: Não há, aqui, algum profeta do SENHOR, para que
consultemos o SENHOR por ele? Respondeu um dos servos do rei de Israel:
Aqui está Eliseu, filho de Safate, que deitava água sobre as mãos de Elias. 2
Rs.3.11.
As pessoas têm dificuldades para deitar águas sobre as mãos de sua
liderança, isto é, sujeitar suas paixões, submeter seu ímpeto, sua ansiedade a fim
de ser tratado por seu pai na fé. Quem não se rende em seus desejos, se mantém
em atitude de protesto e resistência; não se deixa tratar por seu pai; tal sujeito
pode até receber uma recompensa ministerial. Todavia, não pode receber a
porção e herança de filho primogênito.
O filho na fé que é obediente, sabe honrar a seus pais, este recebe a
primogenitura. Quando tal anda de forma correta, submisso em obediência,
recebe não apenas as características de seu pai, mas as promessas e a sua
unção, isto é, pode receber até sua porção dobrada.
Porém, mais do que buscar herança de Elias como a maioria dos filhos
oportunistas querem (a exemplo do filho pródigo), Eliseu recebeu algo mais
solene, a transferência de caráter, seu legado, sua semeadura de justiça, a
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Havendo eles passado, Elias disse a Eliseu: Pede-me o que queres que eu te
faça, antes que seja tomado de ti. Disse Eliseu: Peço-te que me toque por
herança porção dobrada do teu espírito. Tornou-lhe Elias: Dura coisa pediste.
Todavia, se me vires quando for tomado de ti, assim se te fará; porém, se não
me vires, não se fará 2 Rs.2.9,10.
Sim, sobre o filho que almeja muito mais do que tirar vantagem e
promoção pessoal a custas de sacrifícios de gerações anteriores, Deus tem
reservado porção dobrada!
Muitos começam a ser provados no início da filiação, mas a real prova se
dá quando ele assume o ministério, na verdade essa é a principal provação! Pois
o mesmo se sente agora livre para fazer o que pensa; e se alguém traz consigo
aquele sentimento de protesto e soberba, então, sua vil ambição se manifestará.
Nesse aspecto, Elias testou Eliseu quatro vezes para saber se o mesmo
permaneceria nós propósitos e na integridade de sua casa. Tal aconteceu na
cidade de Gilgal a fim de conferir se Eliseu tinha um coração puro e sincero.
Outra vez em Betel a fim de saber se Eliseu queria só a unção e não o caráter.
Mais um teste em Jericó para saber se Eliseu passaria pela prova da fama e
busca pelo reconhecimento (Pv.27.21). E por fim, no Jordão a fim de certificar que
Eliseu seria humilde e quebrantado mantendo-se nisso para permanecer com a
porção dobrada. Pois mais do que ensinar unção, Elias ensinou o mais íntimo: A
humildade com o Senhor.
O que vendo Eliseu, clamou: Meu pai, meu pai, carros de Israel e seus
cavaleiros! E nunca mais o viu; e, tomando as suas vestes, rasgou-as em
duas partes. Então, levantou o manto que Elias lhe deixara cair e,
voltando-se, pôs-se à borda do Jordão. Tomou o manto que Elias lhe
deixara cair, feriu as águas e disse: Onde está o SENHOR, Deus de Elias?
Quando feriu ele as águas, elas se dividiram para um e outro lado, e Eliseu
passou. 2Rs.2.12-14.
Então Eliseu pegou o manto que Elias deixou cair no chão, agora pela
segunda vez. O primeiro em sua chamada, o segundo manto, a dupla honra do
ministério de Elias em sua ascensão.
Aqui está a grande diferença de um filho legítimo e um filho bastardo! O
legítimo espera com paciência a ascensão do Pai e se alegra com seu sucesso,
porque vê no sucesso do pai, o êxito de toda a casa. O filho bastardo, a
semelhança de Absalão, está sempre se comparando com o pai e não vê a hora
de substituí-lo.
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Mais do que modelar paternidade pelo exemplo ou paternidade pelo
propósito; De fato, Paulo empartiu seu coração a Timóteo dando-lhe o mesmo
espírito.
Finalmente em Atos 20.38, ocorreu o momento em que o apóstolo Paulo
foi divinamente ascendido da vida de Timóteo; agora ele estava liberado para
expressar o seu coração, que similar ao coração de Paulo, era também o coração
de Deus para o seu próprio ministério. Pois o coração é o centro de nossos mais
profundos desejos e qualidades para que compartilhemos com os outros nossa
vida e ministério.