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Direito
Civil
O
presente
material
constitui
resumo
elaborado
por
equipe
de
monitores
a
partir
da
aula
ministrada
pelo
professor
em
sala.
Recomenda-‐se
a
complementação
do
estudo
em
livros
doutrinários
e
na
jurisprudência
dos
Tribunais.
Sumário
1.
Pessoa
Natural
...........................................................................................
2
1.1.
Capacidade
(cont.)
..............................................................................
2
1.1.1.
Aspectos
Relevantes
do
Atos
Praticados
por
Incapazes
.............
12
1.1.1.1
Validade
dos
Negócios
Jurídicos/Responsabilidade
contratual
e
negocial........................................................................................................12
1.1.1.2
Prática
de
Atos
Ilícitos
...........................................................
15
1.1.1.3
Contagens
de
Prazos
Prescricionais
e
Decadência
................
20
1.2.
Fim
da
Existência
da
Pessoa
Natural
................................................
21
1.2.1.
Morte
Real
..................................................................................
21
1.1.1.4
Feto
Anencéfalo
....................................................................
23
1.1.1.5
Ortotanásia
e
Eutanásia
........................................................
25
1.2.2.
Morte
Ficta
.................................................................................
27
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Direito
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constitui
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a
partir
da
aula
ministrada
pelo
professor
em
sala.
Recomenda-‐se
a
complementação
do
estudo
em
livros
doutrinários
e
na
jurisprudência
dos
Tribunais.
1. Pessoa Natural
Desse
modo,
ao
invés
de
interditar,
definir
o
grau
de
incapacidade
e,
depois,
deferir
um
curador
na
medida
e
extenção
dela,
nessa
nova
sistemática
já
se
visualizaria
um
procedimento
de
curatela
direto.
Essa
é
uma
das
posições
que
tem
até
se
apoiado
na
maioria
dos
que
comentaram
o
tema.
Ou
seja,
é
a
doutrina
majoritária.
Vale
ressaltar
a
existência
de
uma
segunda
corrente
que
diz
que
haverá
interdição,
se
necessário
for
a
curatela,
para
que
seja
declarada
a
relativa
incapacidade,
com
fundamento
no
artigo
4º,
inciso
III
do
CC/02.
Art.
4o
São
incapazes,
relativamente
a
certos
atos
ou
à
maneira
de
os
exercer:
(Redação
dada
pela
Lei
nº
13.146,
de
2015)
(Vigência)
III
-‐
aqueles
que,
por
causa
transitória
ou
permanente,
não
puderem
exprimir
sua
vontade;
(Redação
dada
pela
Lei
nº
13.146,
de
2015)
(Vigência)
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aula
ministrada
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em
sala.
Recomenda-‐se
a
complementação
do
estudo
em
livros
doutrinários
e
na
jurisprudência
dos
Tribunais.
Assim,
a
interdição
se
daria
dentro
desse
fundamento
e,
por
isso,
nomearia
curador.
Porém,
lembra-‐se
que
a
primeira
corrente
é
a
majoritária.
Rodolfo
Hartman
também
fala
dessa
situação
ímpar
de
aplicar
a
curatela
sem
efetivamente
falar
em
interdição.
Não
são
só
as
pessoas
com
deficiência
que
precisam
de
interdição.
Ainda
existe
a
interdição
do
pródigo,
do
ébrio
habitual,
do
toxicômano,
pessoas
que
por
outras
causas
(que
não
deficiência)
não
possam
exprimir
a
sua
vontade,
estão,
por
exemplo,
entubadas
e
precisam
de
uma
forma
de
manifestação
de
vontade,
não
por
conta
do
intelecto,
mas
por
falta
de
condições
de
manifestação
efetivo
e
a
necessidade
de
nomeação
de
curador.
O
novo
CPC
prevê
o
procedimento
de
interdição
antes
da
nomeação
de
curador,
como
uma
etapa
para
a
curatela.
Com
efeito,
aos
18
anos
atinge-‐se
a
capacidade
plena
e
passa-‐se
a
responder
sozinho
pelos
próprios
atos
e
exercer
os
atos
da
vida
civil.
É
possível
contratar
livremente;
assumir
as
responsabilidades
contratuais
dos
atos
que
celebre;
não
deve,
mas
pode
cometer
atos
ilícitos
e,
se
o
fizer,
a
pessoa
será
chamada
a
responsabilidade
sozinha
porque
com
a
maioridade
cessa
o
poder
familiar
e
cessa
para
os
pais
a
necessidade
de
responder
pelo
filho
(não
importando
se
ainda
há
dependência
econômica).
Em
2002,
no
período
de
vacatio,
alguns
autores
como
Maria
Helena
Diniz
criticaram
a
redução
da
maioridade,
porque
com
18
anos
as
pessoas
não
teriam
condições
econômicas
de
sustentar
a
responsabilidade
dos
seus
atos,
criando
ambiente
de
insegurança
para
as
vítimas.
Partindo
para
a
análise
do
parágrafo
único
do
artigo
5º,
este
diz
que
a
capacidade
plena
pode
ser
antecipada
para
aquele
que
ainda
não
tem
a
maioridade.
Trata-‐se
não
de
antecipar
a
maioridade,
mas
o
seu
efeito,
que
é
a
aquisição
da
capacidade
plena,
e
isso,
para
os
menores,
dá-‐se
pela
emancipação.
Art.
5º
CC/02
Parágrafo
único.
Cessará,
para
os
menores,
a
incapacidade:
I
-‐
pela
concessão
dos
pais,
ou
de
um
deles
na
falta
do
outro,
mediante
instrumento
público,
independentemente
de
homologação
judicial,
ou
por
sentença
do
juiz,
ouvido
o
tutor,
se
o
menor
tiver
dezesseis
anos
completos;
II
-‐
pelo
casamento;
III
-‐
pelo
exercício
de
emprego
público
efetivo;
IV
-‐
pela
colação
de
grau
em
curso
de
ensino
superior;
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a
partir
da
aula
ministrada
pelo
professor
em
sala.
Recomenda-‐se
a
complementação
do
estudo
em
livros
doutrinários
e
na
jurisprudência
dos
Tribunais.
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aula
ministrada
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em
sala.
Recomenda-‐se
a
complementação
do
estudo
em
livros
doutrinários
e
na
jurisprudência
dos
Tribunais.
I
-‐
os
pais,
pelos
filhos
menores
que
estiverem
sob
sua
autoridade
e
em
sua
companhia;
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sala.
Recomenda-‐se
a
complementação
do
estudo
em
livros
doutrinários
e
na
jurisprudência
dos
Tribunais.
Atenção
para
as
hipóteses
de
exclusão,
como
foi
o
exemplo
do
emancipado
exercer
empresa,
trabalhar,
etc.
A
segunda
possibilidade
é
a
emancipação
judicial.
O
ato
emancipatório
é
do
juiz.
Assim,
a
decisão
judicial
é
que
emancipa,
e
não
se
trata
de
mera
decisão
de
suprimento
de
outorga
quando
há
divergência
entre
os
pais.
É
um
procedimento
em
que
cabe
ao
juiz,
com
exclusividade,
decidir
acerca
da
emancipação
–
e
qual
hipótese
é
essa?
Voltamos
um
pouco
para
o
artigo
5º,
inciso
I
do
CC/02
que
fala
que
os
pais
podem
emancipar
os
filhos
e
isso
decorre
do
poder
familiar,
que
só
os
pais
detém.
Porém,
se
o
menor
não
estiver
sob
o
poder
familiar?
Como
no
caso
de
órfão,
destituição
do
poder
familiar,
etc.
e
se
substitui
o
poder
sob
o
menor
pelo
regime
de
tutela.
O
tutor,
dentre
os
poderes
atribuídos,
não
detém
o
emancipatório,
de
forma
que
não
pode
emancipar
o
pupilo.
I
-‐
pela
concessão
dos
pais,
ou
de
um
deles
na
falta
do
outro,
mediante
instrumento
público,
independentemente
de
homologação
judicial,
ou
por
sentença
do
juiz,
ouvido
o
tutor,
se
o
menor
tiver
dezesseis
anos
completos;
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ministrada
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em
sala.
Recomenda-‐se
a
complementação
do
estudo
em
livros
doutrinários
e
na
jurisprudência
dos
Tribunais.
Ouve-‐se
o
tutor,
ouve-‐se
o
Ministério
Público,
analisa-‐se
se
as
razões
trazidas
pelo
menor
para
ser
emancipado
e
o
juiz
decide
rapidamente
o
processo.
Reconhece
presentes
os
pressupostos,
decide
fundamentamente,
apontando
as
razões
pelas
quais
considera
que
aquele
menor
tem
condições
de
capacidade
plena
e,
a
partir
daquele
momento,
passa
a
responder
pelos
seus
atos
contratuais
ou
extracontratuais
cometidos
dali
para
frente.
A
tutela
cessa
e
a
responsabilidade
do
tutor
somente
poderá
ser
invocada
por
fatos
ocorridos
antes,
quando
ainda
era
responsável,
e
não
por
fatos
supervenientes,
quando
já
não
tem
nenhuma
responsabilidade.
Se
houver
um
vício
no
processo
e
a
decisão
proferida
for
nula
ou
anulável.
A
invalidade
da
sentença
que
concedeu
a
interdição
ao
menor
pode
ser
invocada
devolvendo
a
ele
o
estado
de
incapacidade?
Sim,
se
a
decisão
for
declarada
nula
ou
anulada
preservam-‐se
os
atos
praticados
a
terceiros
de
boa-‐fé,
mas
a
incapacidade
poderá
retornar
e
a
tutela
também.
É
parecido
com
o
que
acontece
com
a
emancipação
voluntária.
Se
o
juiz
se
arrependeu,
não
haverá
relevância,
pois
a
decisão
judicial
é
irrevogável
e
irretratável.
Se
houver
invalidade
do
ato
judicial,
ele
é
invalidado
como
qualquer
ato
jurídico
inválido.
A
terceira
hipótese
é
de
emancipação
legal,
que
é
ope
legis
e
não
precisa
de
pronunciamento
judicial
sobre
ela
(se
houver,
é
meramente
declaratório,
não
será
constitutivo,
só
para
declarar
que
o
fato
já
existe).
Também
é
desnecessária
a
manifestação
dos
pais
porque
a
lei
já
considera
como
emancipatória
a
situação,
com
efeitos
ex
tunc
para
reconhecer
algo
que
já
estava
lá.
Os
fatos
estão
no
inciso
II
do
artigo
5º
do
CC/02.
II
-‐
pelo
casamento;
III
-‐
pelo
exercício
de
emprego
público
efetivo;
IV
-‐
pela
colação
de
grau
em
curso
de
ensino
superior;
V
-‐
pelo
estabelecimento
civil
ou
comercial,
ou
pela
existência
de
relação
de
emprego,
desde
que,
em
função
deles,
o
menor
com
dezesseis
anos
completos
tenha
economia
própria.
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por
equipe
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a
partir
da
aula
ministrada
pelo
professor
em
sala.
Recomenda-‐se
a
complementação
do
estudo
em
livros
doutrinários
e
na
jurisprudência
dos
Tribunais.
arrepender
e
não
se
casar,
ele
não
está
emancipado,
porque
é
o
casamento
que
emancipa
e
não
a
autorização.
Se
o
casamento
foi
inválido,
não
produziu
o
efeito
pretendido
ou
ainda
vai
ser
desconstituído
o
efeito
pretendido.
Mas,
se
o
casamento
foi
válido
e
acabou
e
a
pessoa
não
completou
nem
18
anos,
a
emancipação
não
cessa,
a
pessoa
está
emancipada.
O
menor
viúvo
é
emancipado,
o
menor
divorciado
é
emancipado,
etc.,
ele
permanece
emancipado
mesmo
que
haja
o
fim
do
matrimonio
determinado
pela
viuvez
ou
divórcio
–
apenas
a
invalidade
pode
colocar
em
dúvida
essa
emancipação.
Mas,
é
possível,
em
situação
ímpar,
que
a
pessoa
seja
autorizada
pelo
juiz
a
casar
com
menos
de
16
anos
de
idade,
como
por
razão
de
gravidez.
Há
uma
certa
controvérsia
doutrinária,
mas
o
entendimento
prevalente
é
o
que
sustenta
que
a
lei
discriminou
as
situações
mo
inciso
I,
dizendo
que
somente
quem
tem
16
anos,
e
também
no
inciso
V.
V
-‐
pelo
estabelecimento
civil
ou
comercial,
ou
pela
existência
de
relação
de
emprego,
desde
que,
em
função
deles,
o
menor
com
dezesseis
anos
completos
tenha
economia
própria.
No
inciso
II,
por
sua
vez,
só
diz
que
é
pelo
casamento.
O
casamento,
nesse
caso
será
válido?
Se
o
casamento
é
válido
estará
emancipada?
A
posição
literal
é
que
sim
e
é
a
posição
da
maioria.
Se
o
juiz
entendeu
que
aquela
pessoa
com
menos
de
16
anos
teria
como
constituir
uma
entidade
familiar
própria,
não
tem
motivos
para
os
pais
se
imiscuírem
nessa
seara.
Há,
todavia,
uma
corrente
doutrinária
minoritária
que
entende
que
o
casamento
só
emanciparia
a
partir
dos
16
anos,
porque
só
se
poderia
conceder
emancipação
para
relativamente
incapaz,
não
para
absolutamente
incapazes
porque
seria
incompatibilidade
sistémica:
dizer
que
é
absolutamente
incapaz
e,
por
outro
lado,
dar
a
capacidade
pelo
casamento.
E
a
União
Estável?
Ela
é
um
pouco
mais
complicada
porque
não
altera
formalmente
o
estado
civil
–
e
estamos
discutindo
o
estado.
E,
no
caso
do
casamento,
o
estado
individual
de
capacidade
é
alterado
em
razão
da
alteração
legal
do
estado
civil.
Na
União
Estável
não
tem
essa
alteração
formal
–
a
pessoa
convivente
é
solteira/viúva/divorciada,
etc.
e
isso
tem
levado
a
pouca
jurisprudência
a
respeito
a
ser
mais
conservadora,
dizendo
que,
se
por
um
lado
o
casamento
inequivocamente
emancipa
porque
há
provas
dessa
transformação,
por
outro
a
união
estável
traria
muitas
duvidas
e
inseguranças,
não
sendo
um
estado
emancipatório.
Luís
Paulo
Vieira
de
Carvalho
tece
sua
crítica
dizendo
que
a
razão
de
emancipar
pelo
casamento
é
a
existência
de
nova
entidade
familiar;
a
união
estável
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resumo
elaborado
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equipe
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a
partir
da
aula
ministrada
pelo
professor
em
sala.
Recomenda-‐se
a
complementação
do
estudo
em
livros
doutrinários
e
na
jurisprudência
dos
Tribunais.
é
uma
nova
entidade
familiar,
constitucionalmente
reconhecida.
Assim,
se
há
nova
entidade
familiar,
isso
não
seria
um
estado
emancipatório,
devendo
fazer
a
prova
no
caso
concreto?
O
argumento
é
bom,
mas
ainda
tem
prevalecido
uma
visão
mais
conservadora
de
segurança
jurídica
por
conta
da
não
modificação
do
estado
civil
individual
formalmente.
Devemos
observar
porque
a
tendência
é
cada
vez
mais
a
equiparação
para
todos
os
fins.
O
inciso
III
do
artigo
5º,
parágrafo
único
do
CC/02
diz
que
também
há
a
emancipação
pelo
exercício
de
emprego
público
efetivo.
III
-‐
pelo
exercício
de
emprego
público
efetivo;
É
uma
questão
repetida
que
se
vê
com
constância
nas
provas
de
concurso.
O
inciso
V
dispõe
que:
V
-‐
pelo
estabelecimento
civil
ou
comercial,
ou
pela
existência
de
relação
de
emprego,
desde
que,
em
função
deles,
o
menor
com
dezesseis
anos
completos
tenha
economia
própria.
O
menor
tem
que
ter
a
autogestão
da
economia.
Se
ele
tem
receita
e
ela
é
administrada
pelos
pais,
com
a
administração
da
vida
sob
o
poder
familiar,
ele
não
adquiriu
ope
legis
essa
autonomia.
A
emancipação
legal
vem
da
autonomia
patrimonial.
Se
depois
ele
falir/for
demitido
isso
não
muda
o
estado
emancipatório.
Se,
depois,
ele
for
exonerado
do
emprego
público
isso
também
não
muda
o
estado
emancipatório
porque
essas
circunstâncias,
uma
vez
alcançadas,
se
mantêm.
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Recomenda-‐se
a
complementação
do
estudo
em
livros
doutrinários
e
na
jurisprudência
dos
Tribunais.
Esse
dispositivo,
contudo,
tem
uma
redação
mais
sucinta
do
que
deveria,
porque
o
capaz
deve
ser
entendido
como
capaz
e
legitimado.
Com
efeito,
a
capacidade
é
aptidão
genérica
e
a
legitimação
é
a
aptidão
específica
(pode
ser
capaz,
e,
por
exemplo,
não
estar
legitimado
para
um
ato
específico).
Assim,
para
que
um
ato
seja
válido,
é
preciso
ser
capaz
e
estar
legitimado
àquele
ato.
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jurisprudência
dos
Tribunais.
Como
a
nulidade
não
convalesce
nem
com
o
decurso
do
tempo,
esse
ato
poderia
vir
a
ser
impugnado
a
qualquer
momento
e
a
sentença
declaratória
dessa
nulidade
teria,
via
de
regra,
efeitos
ex
tunc.
Seria
o
reconhecimento
da
total
ineficácia
do
ato
praticado.
Para
efeitos
de
negócio
jurídico,
para
suprir
a
invalidade,
faz-‐se
preciso
a
representação
legal.
Para
que
se
possa
suprir
esse
problema,
é
preciso
da
representação
legal
porque
se
o
ato
for
praticado
pelo
representante,
ele
é
válido
e,
consequentemente,
produzirá
os
efeitos
pretendidos.
Uma
coisa
importante
que
poucas
vezes
é
objeto
de
reflexão:
qual
a
responsabilidade
civil-‐contratual
desse
agente
(parte
contratante)
se
ele
inadimplir
as
obrigações?
A
resposta
depende
de
saber
se
o
contrato
é
válido
ou
não.
Se
ele
celebrou
o
contrato
de
forma
nula,
não
poderá
ser
responsabilizado
porque
nenhum
efeito
poderá
contra
ele
ser
utilizado;
somente
os
favoráveis
poderão
ser
exigidos
e
os
contrários
e
desfavoráveis
não
poderão
ser
opostos.
O
terceiro
tem
condições,
na
maioria
das
vezes,
de
saber
que
a
pessoa
era
menor
de
18
anos.
O
negócio
celebrado
validamente
através
da
representação
legal
é
válido
e
o
agente
tornou-‐se
parte
contratante
de
um
contrato
válido.
As
obrigações
nascidas
desse
contrato
e
os
créditos
dele
decorridos
pertencem
a
qual
patrimônio?
Ao
do
incapaz
que
é
o
contratante
ou
do
representante
que
apenas
manifestou
supletivamente
a
sua
vontade?
Ao
do
incapaz.
Portanto,
a
responsabilidade
patrimonial
pelo
inadimplemento
de
um
contrato
válido
recairá
sobre
o
contratante,
mesmo
que
ele
seja
incapaz.
A
questão
é
saber
se
é
válido
o
contrato
celebrado
–
se
a
representação
o
tornou
válido,
as
consequências
patrimoniais
recairão
sobre
o
patrimônio
do
incapaz.
O
incapaz
herdou
uma
série
de
imóveis,
o
representante
celebrou
uma
série
de
contratos
de
locação
para
fazer
renda
para
o
incapaz.
Nesses
contratos,
o
incapaz
é
o
locador,
que
também
tem
obrigações.
Se
as
obrigações
forem
inadimplidas,
a
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elaborado
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partir
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aula
ministrada
pelo
professor
em
sala.
Recomenda-‐se
a
complementação
do
estudo
em
livros
doutrinários
e
na
jurisprudência
dos
Tribunais.
O
artigo
178
do
CC/02
diz
que
decai
em
4
anos
a
ação
para
anular
negócios
jurídicos
praticados
por
relativamente
incapazes
sem
assistência.
Esse
não
é
um
direito
indisponível,
não
é
de
ordem
pública,
de
forma
que
se
não
for
feita
a
impugnação,
caduca.
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material
constitui
resumo
elaborado
por
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monitores
a
partir
da
aula
ministrada
pelo
professor
em
sala.
Recomenda-‐se
a
complementação
do
estudo
em
livros
doutrinários
e
na
jurisprudência
dos
Tribunais.
Art.
178.
É
de
quatro
anos
o
prazo
de
decadência
para
pleitear-‐se
a
anulação
do
negócio
jurídico,
contado:
Além
disso,
esse
ato
é
ratificável
e
pode
ser
confirmado
pelo
juiz,
basta
que
não
tenha
causado
prejuízo
efetivo.
Diferente
do
que
ocorre
com
o
absolutamente
incapaz,
os
negócios
do
relativamente
incapaz
produzem
efeitos
e
podem
ser,
depois,
definitivamente
confirmados
como
válidos.
Para
evitar
a
anulabilidade
caberia
a
assistência,
o
que
conferiria,
sem
maior
problema,
a
imediata
validade.
As
obrigações
pertencem
ao
relativamente
incapaz,
que
vai
responder
pelos
atos
praticados
com
assistência.
Agora,
sem
assistência,
poderá
haver
a
impugnação
pela
via
da
anulabilidade,
mas
ainda
sim
pode
ser
que
o
negócio
não
seja
anulado.
Pode
ser
que
o
negócio
seja
conservado
e
tenha
que
ser
cumprido.
Por
exemplo,
se
o
menor
entre
16
e
18
anos
falsificar
a
identidade
para
parecer
ser
maior
e
celebrar
negócio
jurídico,
depois
não
pode
alegar
a
própria
torpeza
para
não
cumprir.
Isso
é
algo
que
não
se
imputa
ao
absolutamente
incapaz,
mas
é
cabível
ao
relativamente
incapaz.
Veja
que
o
grau
é
diferente.
Todas
as
situações
de
incapacidade
que
não
sejam
por
idade
agora
fazem
parte
dessa
porção.
Então,
depois
da
maioridade,
qualquer
que
seja
a
causa
de
incapacidade,
será
hipótese
de
relativa
incapacidade.
O
tratamento
será
de
anulabilidade
e
haverá
um
prazo
decadencial
para
impugnação.
Ainda
que
na
pior
das
hipóteses
se
admita
que
o
deficiente
possa
ser
interditado,
o
que
não
é
pacífico,
e
ser
tratado
como
relativamente
incapaz
nomeando-‐se
um
curador
para
assisti-‐lo,
mas
ele
praticou
o
ato
sozinho,
o
prazo
para
impugnar
é
de
anulabilidade.
Isso
se
considerar
assim,
porque
ainda
pode
considerar
como
uma
pessoa
plenamente
capaz,
o
que
cria
ainda
mais
dúvida
sobre
qual
seria
a
consequência
do
curador
no
ato
do
incapaz.
De
qualquer
forma,
não
se
trabalha
mais
com
a
nulidade
absoluta,
mas
anulabilidade,
e
a
responsabilidade
contratual
é
do
incapaz
parte
do
contrato,
desde
que
este
seja
válido
e
apto
a
produção
de
efeitos.
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aula
ministrada
pelo
professor
em
sala.
Recomenda-‐se
a
complementação
do
estudo
em
livros
doutrinários
e
na
jurisprudência
dos
Tribunais.
ato
que
ele
cometia
gerava
repercussão
na
esfera
do
seu
representante,
mas
não
gerava
repercussão
para
ele
próprio.
O
CC/02
acabou
com
esse
sistema
e
fez
uma
unificação.
Passamos
a
ter
o
seguinte:
Responsabilidade
do
próprio
incapaz
e
responsabilidade
pelos
atos
do
incapaz.
A
responsabilidade
do
próprio
incapaz
veio
no
artigo
928
do
CC/02,
dispositivo
inovador
porque
abarca
o
absoluta
e
o
relativamente
incapaz.
Art.
928.
O
incapaz
responde
pelos
prejuízos
que
causar,
se
as
pessoas
por
ele
responsáveis
não
tiverem
obrigação
de
fazê-‐lo
ou
não
dispuserem
de
meios
suficientes.
Isso
que
significa
que
não
se
retira
do
incapaz
tudo
que
seja
necessário
à
reparação
do
dano,
mas
sim
parte
daquilo
que
é
necessário,
mas
reservando
aquilo
fundamental
a
sua
manutenção
digna.
O
arbitramento
do
valor
indenizatório
é
equitativo
e
ele
tem
uma
responsabilidade
fixada
equitativamente
para
respeitar
justamente
o
seu
patrimônio
mínimo/mínimo
necessário
a
sua
subsistência
–
e
aqui
entram
não
só
os
bens
de
família,
mas
também,
por
exemplo,
imóveis
que
estão
locados
e
que
o
valor
é
indispensável
à
vida
do
incapaz,
e
a
indenização
deverá
ser
fixada
em
um
valor
que
caiba
dentro
das
possibilidades
sem
privá-‐lo
de
uma
existência
digna.
O
valor
arbitrado
não
é
necessariamente
o
valor
do
dano.
O
incapaz
responde,
mas
não
exatamente
igual
a
pessoa
capaz.
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elaborado
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a
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da
aula
ministrada
pelo
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em
sala.
Recomenda-‐se
a
complementação
do
estudo
em
livros
doutrinários
e
na
jurisprudência
dos
Tribunais.
Nesse
sentido,
aprovou-‐se
enunciado
do
CJF
e
passou-‐se
a
ter
precedente
no
STJ:
autoridade
e
companhia
vistas
como
uma
autoridade
e/ou
companhia.
Para
os
pais,
detentores
do
poder
familiar,
estar
na
guarda
seria
um
plus,
mas
não
estar
não
isentaria
de
responsabilidade.
O
Enunciado
40
do
CJF
veio
e
trouxe
o
seguinte
enunciado:
Enunciado
40
CJF
-‐
Considerando
que
a
responsabilidade
dos
pais
pelos
atos
danosos
praticados
pelos
filhos
menores
é
objetiva,
e
não
por
culpa
presumida,
ambos
os
genitores,
no
exercício
do
poder
familiar,
são,
em
regra,
solidariamente
responsáveis
por
tais
atos,
ainda
que
estejam
separados,
ressalvado
o
direito
de
regresso
em
caso
de
culpa
exclusiva
de
um
dos
genitores.
Os
dois
respondem
perante
a
vítima
e
aquele
que
não
teve,
de
fato,
culpa,
exerceria
o
direito
de
regresso
em
face
do
outro.
Neste
sentido,
STJ:
CIVIL
E
PROCESSUAL
CIVIL.
RESPONSABILIDADE
DOS
PAIS
E
DA
AVÓ
EM
FACE
DE
ATO
ILÍCITO
PRATICADO
POR
MENOR.
SEPARAÇÃO
DOS
PAIS.
PODER
FAMILIAR
EXERCIDO
POR
AMBOS
OS
PAIS.
DEVER
DE
VIGILÂNCIA
DA
AVÓ.
REEXAME
DE
FATOS.
INCIDÊNCIA
DA
SÚMULA
7/STJ.
DISSÍDIO
JURISPRUDENCIAL
COMPROVADO.
1.
O
Tribunal
a
quo
manifestou-‐se
acerca
de
todas
as
questões
relevantes
para
a
solução
da
controvérsia,
tal
como
lhe
fora
posta
e
submetida.
Não
cabe
alegação
de
violação
do
artigo
535
do
CPC,
quando
a
Corte
de
origem
aprecia
a
questão
de
maneira
fundamentada,
apenas
não
adotando
a
tese
da
recorrente.
Precedentes.
2.
Ação
de
reparação
civil
movida
em
face
dos
pais
e
da
avó
de
menor
que
dirigiu
veículo
automotor,
participando
de
"racha",
ocasionando
a
morte
de
terceiro.
A
preliminar
de
ilegitimidade
passiva
dos
réus,
sob
a
alegação
de
que
o
condutor
do
veículo
atingiu
a
maioridade
quando
da
propositura
da
ação,
encontra-‐se
preclusa,
pois
os
réus
não
interpuseram
recurso
em
face
da
decisão
que
a
afastou.
3.
Quanto
à
alegada
ilegitimidade
passiva
da
mãe
e
da
avó,
verifica-‐se,
de
plano,
que
não
existe
qualquer
norma
que
exclua
expressamente
a
responsabilização
das
mesmas,
motivo
pelo
qual,
por
si
só,
não
há
falar
em
violação
aos
arts.
932,
I,
e
933
do
CC.
4.
A
mera
separação
dos
pais
não
isenta
o
cônjuge,
com
o
qual
os
filhos
não
residem,
da
responsabilidade
em
relação
ao
atos
praticados
pelos
menores,
pois
permanece
o
dever
de
criação
e
orientação,
especialmente
se
o
poder
familiar
é
exercido
conjuntamente.
Ademais,
não
pode
ser
acolhida
a
tese
dos
recorrentes
quanto
a
exclusão
da
responsabilidade
da
mãe,
ao
argumento
de
que
houve
separação
e,
portanto,
exercício
unilateral
do
poder
familiar
pelo
pai,
pois
tal
implica
o
revolvimento
do
conjunto
fático
probatório,
o
que
é
defeso
em
sede
de
recurso
especial.
Incidência
da
súmula
7/STJ.
5.
Em
relação
à
avó,
com
quem
o
menor
residia
na
época
dos
fatos,
subsiste
a
obrigação
de
vigilância,
caracterizada
a
delegação
de
guarda,
ainda
que
de
forma
temporária.
A
insurgência
quanto
a
exclusão
da
responsabilidade
da
avó,
a
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a
partir
da
aula
ministrada
pelo
professor
em
sala.
Recomenda-‐se
a
complementação
do
estudo
em
livros
doutrinários
e
na
jurisprudência
dos
Tribunais.
autoridade
também
pode
ser
exercida
por
terceiros,
tal
como
a
escola.
No
momento
em
que
o
menor
está
na
escola,
os
danos
que
vier
a
causar
a
outrem
serão
de
responsabilidade
dela,
e
não
dos
pais.
Portanto,
o
legislador,
ao
traçar
que
a
responsabilidade
dos
pais
é
objetiva,
restringiu
a
obrigação
de
indenizar
àqueles
que
efetivamente
exercem
autoridade
e
tenham
o
menor
em
sua
companhia.
Nessa
medida,
conclui-‐se
que
a
mãe
que
não
exerce
autoridade
de
fato
sobre
o
filho,
embora
ainda
detenha
o
poder
familiar,
não
deve
responder
pelos
danos
que
ele
causar.
REsp
1.232.011-‐SC,
Rel.
Min.
João
Otávio
de
Noronha,
julgado
em
17/12/2015,
DJe
4/2/2016.
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ministrada
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em
sala.
Recomenda-‐se
a
complementação
do
estudo
em
livros
doutrinários
e
na
jurisprudência
dos
Tribunais.
Quem
hoje
se
beneficia
disso
são,
exclusivamente,
os
menores
de
16
anos.
Qualquer
outra
causa
que
leve
à
incapacidade
não
está
elencada
no
artigo
3º
do
CC/02
e,
para
que
não
reste
dúvida,
o
artigo
198,
inciso
I
do
CC/02
menciona
“pessoas
enumeradas
no
artigo
3º”.
Como
hoje
só
estão
enumeradas
as
pessoas
menores
de
16
anos,
só
a
elas
que
se
aplica.
Qualquer
outra
causa
de
incapacidade
o
prazo
corre
e
deve-‐se
contentar
com
o
direito
de
regresso
contra
aquele
que
deveria
ter
assistido/orientado
e
não
o
fez
–
a
ação
será
contra
este.
O
direito
material,
em
si,
ou
a
pretensão,
pode
perder.
Uma
crítica
que
se
faz
ao
Estatuto
da
Pessoa
com
Deficiência
é
que,
nesse
ponto,
os
deficientes
mentais
graves
ficaram
menos
protegidos
porque
os
atos
por
eles
praticados,
ou
os
créditos
a
eles
pertencentes,
passam
a
estar
sujeitos
à
prescrição
e
decadência.
Essa
morte
referida
é
a
morte
real.
Isso
significa
que
tem
a
prova
inequívoca
do
óbito,
existe
um
atestado,
que
vai
levar
à
certidão
de
óbito.
O
legislador,
todavia,
diz
que
há
a
possibilidade
de
se
reconhecer
a
morte
presumida
e
abre
a
discussão
de
uma
presunção
de
morte,
em
um
procedimento
que
logo
iremos
comentar.
Vamos
fica,
no
momento,
com
a
morte
real,
que
é
aquela
que
é
atestada,
levada
ao
registro,
propiciando
uma
certidão
de
óbito
com
data,
hora,
causa
mortis
e,
com
base
nessa
certidão,
promovo
todos
os
atos
da
vida
civil
que
são
necessários:
previdenciários,
sucessórios,
etc.
A
partir
de
qual
momento
pode
a
pessoa
natural
ser
considerada
morta?
A
regra
geral
é
pela
falência
múltipla
dos
órgãos
e
cessação
dos
sinais
vitais.
Na
grande
maioria
das
vezes
o
atestado
de
óbito
reconhece
isso,
mas
em
algunas
situações,
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a
complementação
do
estudo
em
livros
doutrinários
e
na
jurisprudência
dos
Tribunais.
(ADPF
54,
Relator(a):
Min.
MARCO
AURÉLIO,
Tribunal
Pleno,
julgado
em
12/04/2012,
ACÓRDÃO
ELETRÔNICO
DJe-‐080
DIVULG
29-‐04-‐2013
PUBLIC
30-‐04-‐
2013
RTJ
VOL-‐00226-‐01
PP-‐00011)
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ministrada
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sala.
Recomenda-‐se
a
complementação
do
estudo
em
livros
doutrinários
e
na
jurisprudência
dos
Tribunais.
prossegue
anos
internada,
sendo
mantida
com
auxílio
de
aparelhos.
Essa
situação
é
dolorosa
para
família
e
provavelmente
para
o
doente.
Posso
promover
um
ato
de
bondade
e
fazer
cessar
aquela
situação
de
sofrimento
através
da
eutanásia
(boa
morte)?
Ou,
por
vezes
a
pessoa
está
sofrendo
e
pedindo
para
parar
de
sofrer.
Está
consciente
e
com
prognóstico
irreversível,
e
pede
para
morrer.
O
problema
da
eutanásia
é
que
ela
necessariamente
precisa
de
uma
conduta
comissiva
ou
omissiva
determinante
como
causa
para
a
morte.
Exemplo:
parar
de
alimentar
alguém
em
coma
ou
injetar
algo
na
veia
que
promova
a
morte.
Há
alguns
anos
um
pai
pediu
ao
Judiciário
Italiano
o
direito
de
poder
promover
a
eutanásia
na
filha
que
estava
há
17
anos
em
coma
sem
prognóstico
e
foi
autorizado.
A
eutanásia,
no
Brasil,
é
proibida,
por
melhor
que
seja
a
intenção.
Ainda
que
o
paciente
autorize,
peça,
diga
que
quer,
não
é
possível.
É
criminalmente
penalizada,
eticamente
também
junto
ao
órgão
de
classe
profissional.
Só
que
existe
uma
outra
situação,
que
é
da
ortotanásia
(orto
de
certa
e
tanásia
de
morte).
No
caso
da
ortotanásia
a
morte
real
é
certa.
A
atuação
aqui
é
de
não
reversão
artificial
do
quadro
de
morte.
Exemplo:
uma
pessoa
tem
um
câncer
no
pulmão
em
um
estado
irreversível,
está
internado,
nas
últimas
e
diz
que
se
tiver
uma
parada
cardiorrespiratória
não
quer
ser
reanimado.
Não
há
vantagem
na
reversão,
só
prolongando
o
sofrimento.
Não
é
de
uma
pessoa
jovem
e
saudável
que,
se
recuperada,
tem
a
vida
toda
pela
frente,
mas
sim
de
casos
clínicos
gravíssimos
nos
quais
a
pessoa
já
está
ali
se
prolongando
no
sofrimento.
Sabe-‐se
que
o
quadro
clínico
é
crítico
e
o
não
fazer,
a
conduta
omissiva,
poderia
ser
tratada
como
uma
omissão
dolosa,
uma
omissão
geradora
de
responsabilidade.
O
Conselho
Federal
de
Medicina,
através
da
Resolução
1.805/2006
passou
a
orientar
os
médicos
em
situações
como
essa.
Na
ausência
de
leis,
entenderam
por
editá-‐la
para
dispor
que
em
quadros
clínicos
como
estes
deve-‐se
ouvir
o
paciente
(se
puder)
e
os
familiares
para
dar
a
eles
a
oportunidade
de
dizer
que
não
querem
o
tratamento
se
a
situação
se
instalar.
Quando
a
Resolução
foi
publicada,
o
MPF
entrou
com
uma
ACP
para
questionar
quem
é
que
iria
definir
isso.
Será
que
isso
seria
utilizado
para
liberar
leito
em
hospitais
públicos,
abriria
espaço
para
eutanásia
de
má-‐fé?
Não
deixa
brecha,
segurança
jurídica,
etc.?
Essa
Resolução
ficou
com
a
eficácia
suspensa
até
que
o
TRF1
decidiu
que
não
havia
ilegalidade
na
resolução
porque
não
se
confundiriam
as
duas
situações
e
se
deveria
contar
com
a
boa-‐fé
dos
profissionais
envolvidos
e,
em
26
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Direito
Civil
O
presente
material
constitui
resumo
elaborado
por
equipe
de
monitores
a
partir
da
aula
ministrada
pelo
professor
em
sala.
Recomenda-‐se
a
complementação
do
estudo
em
livros
doutrinários
e
na
jurisprudência
dos
Tribunais.
caso
de
má-‐fé,
isso
geraria
as
consequentes
responsabilidades.
A
ortotanásia,
pois,
passou
a
ser
uma
possibilidade.
O
CFM
também
editou
uma
resolução
sobre
as
diretivas
antecipadas
da
vontade
(ou
testamento
vital,
como
é
muito
conhecido).
Quando
se
dispõe
sobre
determinadas
questões
que
poderá
não
estar
consciente
de
decidir
mais
tarde
(exemplo:
testemunha
de
Jeová
quer
que
conste
previamente
que
não
quer
receber
transfusão;
alguém
que
não
quer
doar
os
órgãos;
demonstrar
que
não
quer
receber
determinado
tipo
de
tratamento
de
reversão
artificial
da
morte).
A
pessoa
mesmo
promoveria
a
sua
vontade.
1.2.2. Morte
Ficta
É
a
do
artigo
6º,
parte
final
do
CC,
que
faz
referência
a
ausência
e
a
do
artigo
7º
do
CC/02.
Art.
7o
Pode
ser
declarada
a
morte
presumida,
sem
decretação
de
ausência:
I
-‐
se
for
extremamente
provável
a
morte
de
quem
estava
em
perigo
de
vida;
II
-‐
se
alguém,
desaparecido
em
campanha
ou
feito
prisioneiro,
não
for
encontrado
até
dois
anos
após
o
término
da
guerra.
Parágrafo
único.
A
declaração
da
morte
presumida,
nesses
casos,
somente
poderá
ser
requerida
depois
de
esgotadas
as
buscas
e
averiguações,
devendo
a
sentença
fixar
a
data
provável
do
falecimento.
27
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O
presente
material
constitui
resumo
elaborado
por
equipe
de
monitores
a
partir
da
aula
ministrada
pelo
professor
em
sala.
Recomenda-‐se
a
complementação
do
estudo
em
livros
doutrinários
e
na
jurisprudência
dos
Tribunais.
efeitos
retroagem
à
data
que
foi
estabelecida
na
sentença
porque
os
indícios
são
de
que
faleceu,
só
não
se
conseguiu
o
corpo
para
provar
inequivocamente.
A
sentença
substitui
o
atestado
de
óbito,
a
sentença
atesta
o
óbito,
ela
que
vai
ser
levada
à
sucessão.
Os
sucessores
serão
aqueles
do
momento
da
data
do
óbito
–
Exemplo:
aquele
alpinista
brasileiro
que
estava
acompanhado,
teve
nevasca
forte
e
morreu
sem
acharem
o
corpo.
Tem
uma
sentença
declarando
a
morte
presumida
independente
da
ausência
(sem
o
processo
de
ausência)
e
se
parte
direto
para
os
efeitos
normais
da
sucessão.
No
caso
Amarildo,
quando
foi
requerido
o
processo
de
morte
presumida,
o
juiz
disse
que
ainda
estavam
em
averiguações
e
isso
é
um
requisito
do
parágrafo
único
do
artigo
7º
do
CC/02.
Segundo
o
juízo,
não
se
pode
declarar
a
morte
presumida
se
ainda
está
sendo
investigada
a
razão
do
desaparecimento.
Nesse
momento,
o
que
pode
requerer
é
a
ausência.
A
família
recorreu
dessa
e,
no
meio
tempo,
veio
a
conclusão
do
inquérito
afirmando
que,
em
que
pese
não
terem
encontrado
o
corpo,
os
indícios
eram
de
que
ele
teria,
de,
fato,
morrido.
Por
isso,
o
Tribunal,
ao
apreciar
o
recurso,
com
base
nessa
informação,
decreta
a
morte
presumida
independente
da
ausência.
Se
não
tivesse
essa
conclusão,
seria
o
procedimento
da
ausência.
O
procedimento
de
presunção
de
morte
é
o
de
ausência
e
na
morte
presumida
é
o
procedimento
de
justificação
de
óbito
pela
Lei
6.015.
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