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DIREITO EMPRESARIAL /
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
CHEQUE
Ação monitória fundada em cheque prescrito e dispensabilidade da menção
ao negócio jurídico subjacente à emissão da cártula
Súmula 531-STJ: Em ação monitória fundada em cheque prescrito ajuizada contra o emitente,
é dispensável a menção ao negócio jurídico subjacente à emissão da cártula.
STJ. 2ª Seção. Aprovada em 13/05/2015, DJe 18/05/2015.
Mesmo estando o cheque prescrito, ainda assim será possível a sua cobrança?
SIM. Com o fim do prazo de prescrição, o beneficiário não poderá mais executar o cheque. Diz-se que o
cheque perdeu sua força executiva. No entanto, mesmo assim o beneficiário poderá cobrar o valor desse
cheque por outros meios, quais sejam:
Ação de enriquecimento sem causa (“ação de locupletamento”): prevista no art. 61 da Lei do Cheque
(Lei nº 7.357/85). Essa ação tem o prazo de 2 anos, contados do dia em que se consumar a prescrição
da ação executiva.
Ação de cobrança (ação causal): prevista no art. 62 da Lei do Cheque. O prazo é de 5 anos, nos termos
do art. 206, § 5º, I, CC.
Ação monitória.
Desse modo, estando o cheque prescrito (sem força executiva), ele poderá ser cobrado do emitente por
meio de ação monitória?
SIM. O beneficiário do cheque poderá ajuizar uma ação monitória para cobrar do emitente o valor
consignado na cártula. Existe até uma súmula que menciona isso:
Súmula 299-STJ: É admissível a ação monitória fundada em cheque prescrito.
Na petição inicial da ação monitória fundada em cheque prescrito, é necessário que o autor mencione o
negócio jurídico que gerou a emissão daquele cheque? É necessário que o autor da monitória indique a
origem da dívida expressa no título de crédito (uma compra e venda, p. ex.)?