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O Salmo do Príncipe
Salmo 2
INTRODUÇÃO

Este Salmo pode ser incluído em duas categorias distintas: Escatológico


e Messiânico. Ou seja, aponta para a vida e obra do messias (embora, o seu
autor não tivesse consciência disso, enquanto era usado por Deus para sua
escrita). Escatologia é o “Estudo das últimas coisas” ou do futuro, e este salmo
também trata deste tema.
Davi o mantém em dois planos, literal e alegórico. Se lemos o salmo inteiro,
primeiro com o olho literal de Davi, o sentido é óbvio, e se situa acima de
qualquer disputa com a história sagrada. Mas há um brilho descomunal na
expressão das figuras de linguagem, e a maneira de dizer é até exagerada de
vez em quando, como se fosse de propósito para sugerir, e levar-nos a
contemplar, os assuntos mais elevados e importantes que nisso se ocultam.
Depois deste aviso, se virmos o salmo, desta vez, relacionando-o com a
pessoa e os interesses do Messias, uma nobre série de eventos surge à vista
imediatamente, e o sentido se torna mais evidente, além de mais exaltado. O
colorido que talvez pareça muito ousado e gritante para o rei de Israel, não mais
parecerá quando colocado sobre seu grande antítipo.

Chamaremos este hino de “O SALMO DO PRÍNCIPE”, pois é sobre este


ponto de vista que Jesus é apresentado aqui. Mais do que isso, é um texto que
apresenta o Messias pelo viés político, ou, a interferência e a transformação que
o Messias, o Príncipe dos príncipes (ou Rei dos reis) causa no meio político.
Em tempos de desesperança geral e principalmente política, em tempos
onde o futuro parece não trazer consigo nada de bom, este salmo é uma lufada
de novos ares.

O salmo segue uma linha histórica lógica:


 O povo tumultuado contra o ungido do Senhor,
 O propósito resoluto de Deus de exaltar seu próprio Filho, e
 O reinado final desse Filho sobre todos os seus inimigos.

1. Rugem as nações (v. 1 - 3)

Por que se amotinam as nações e os povos tramam em vão?


Os reis da terra tomam posição e os governantes conspiram unidos contra
o Senhor e contra o seu ungido, e dizem: "Façamos em pedaços as suas
correntes, lancemos de nós as suas algemas! "

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v. 1 e 2. Gentios, povos, reis da terra e príncipes – gentios eram aqueles
que não confiavam no senhor, povos é toda a humanidade... Ou seja, a
humanidade que caminha neste mundo sem Deus. Por reis e príncipes
entendamos como os governantes.
Os gentios se enfurecem, vivem sempre com raiva e os povos tramam
planos vãos ou MEDITAM planos vãos (ou seja, o exato oposto de Salmo 1. 2).
Não necessariamente ele está planejando algo mal, mas mesmo os bons
planos de um homem sem Deus, serão pecado. Isso porque, “o justo viverá
pela fé” e “aquilo que não provém da fé é pecado” (Romanos 14.23).

Destruímos argumentos e toda pretensão que se levanta contra o


conhecimento de Deus, e levamos cativo todo pensamento, para torná-lo
obediente a Cristo. - 2 Coríntios 10.5

Conspiram contra Deus – Não temem a Deus.


Ungido = Messias (hebraico) ou Cristo (grego).

Esta é uma profecia muito atual que se cumpre em nossos dias. A Bíblia
diz que no tempo do fim as nações se enfureceriam (Apocalipse 11.18). Disse
Cristo que antes de Sua vinda surgiriam "guerras e rumores de guerras...
Porquanto se levantará nação contra nação, reino contra reino." (Mateus
24.6-7). Portanto, isso indica que estamos no tempo do fim, que se apressa a
passos largos, culminando na destruição do mundo e dos pecadores.
Mas a pergunta mais perscrutadora é "por quê?" Por que se enfurecem os
povos, as nações e os homens em geral? Por que estão irados? A resposta já
está implícita na pergunta: Isso é consequência do pecado. Deus perguntou a
Caim: "Por que andas irado? E por que descaiu o teu semblante?" (Gênesis
4.6)
O pecado com os quais tramam planos sempre irá contra os desígnios de
Deus. Eles consideram as leis morais, como prisões e algemas (v. 2), mal
sabem que obedecer a Deus é a única forma de se tornar verdadeiramente livre.
Os homens destruíram as leis e os padrões, não existe mais lei moral e
verdadeiramente acham que isso é um avanço.
Isso não é uma exclusividade de nosso tempo -Jeremias 5.5

No pós-modernismo não existem verdades absolutas, tudo é relativo, não


existe mais certo/errado, todas as possibilidades são certas. O cristianismo não
combina com isso, a palavra de Deus é a verdade absoluta, ela é o parâmetro
imutável que rege as nossas vidas.

Agir com parcialidade nos julgamentos não é nada bom.


Quem disser ao ímpio: "Você é justo", será amaldiçoado pelos povos e
sofrerá a indignação das nações. - Provérbios 24. 23 e 24

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Na verdade, mesmo muitas “igrejas” já estão amordaçadas e lançaram fora
os padrões de Deus, não falando contra o pecado ou o inferno, mas se fala o
que os homens querem ouvir. Se promete bênçãos, se canta canções genéricas
que exaltam apenas o homem, mas não a Deus...
Como já disse, essa situação nos deixa com medo e desesperançado, mas
diante de tudo isso, você já se perguntou como Deus vê tudo isso?

2. O Senhor se rí deles (v. 4 – 6)

Do seu trono nos céus o Senhor põe-se a rir e caçoa deles. Em sua ira
os repreende e em seu furor os aterroriza, dizendo: "Eu mesmo estabeleci
o meu rei em Sião, no meu santo Monte".

Zombar - Antropomorfismo (característica humana usada para ilustrar um


comportamento divino).

Temos ouvido acerca dos atributos divinos, mas é difícil ouvirmos que Ele
se ri. Eu gosto desta expressão que indica que nós temos um Deus que reage,
que tem sentimentos, muito diferente daquele Deus impassível que nos pintam
muitos teólogos.
Pode imaginar o Deus Todo-poderoso olhando para esses fracos humanos
conspirando contra Ele? Pode imaginar o Criador contemplando estas pobres
criaturas revoltadas e levantando os seus punhos em luta contra Ele? Pode
imaginar as infinitas desvantagens nas quais se encontram esses rebeldes?
Como podem finitos mortais se levantar contra o Eterno e infinito Deus? Não
poderia ser diferente. Se é Deus que os contempla, só pode mesmo se rir e
zombar da pretensão desses ímpios.

Mas essa não é a única reação divina para a atual situação. Embora a
situação pareça cômica, o Senhor também se ira com tamanha rebeldia.

O que é a ira de Deus? Se os gentios se enfureceram, se as nações estão


iradas, agora é a vez de Deus revelar a sua ira. O homem foi feito à semelhança
de Deus e como nós temos ira, Deus tem ira. Mas qual é a diferença entre a ira
de Deus e a ira do homem? A ira do homem é motivada pelo pecado; a ira de
Deus é motivada pela santidade. A ira do homem é uma paixão irracional e
descontrolada, visando a vingança; a ira de Deus é um princípio controlado,
racional, visando a justiça. A ira do homem revela injustiça; a ira de Deus revela
sua inescapável justiça.

Sabemos que essa ira se demonstrará "a seu tempo", e que esse tempo será pouco
antes da volta de Cristo, o Seu Ungido, e se revelará nas 7 Últimas Pragas que
sobrevirão ao mundo. Hoje vemos que a ira de Deus está mesclada com
a misericórdia. Mas isto é apenas por esse tempo de graça, enquanto temos
oportunidade de nos arrepender de nossos pecados e nos levantar a favor do

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nosso grande Deus e de Jesus Cristo. Mas naquele tempo a sua ira se revelará
sem misericórdia, e todos os ímpios habitantes da terra serão destruídos. E todos
proclamarão a justiça do Rei do universo.

3. A Proclamação do decreto real (v. 7 – 9)

Proclamarei o decreto do Senhor: Ele me disse: "Tu és meu filho; eu


hoje te gerei. Pede-me, e te darei as nações como herança e os confins da
terra como tua propriedade. Tu as quebrarás com vara de ferro e as
despedaçarás como a um vaso de barro".

Esse mesmo Deus que se rí dos planos vãos dos poderosos do mundo,
havia prometido que seu Filho nasceria, e que a Ele seriam dadas as nações e
os confins da terra como propriedade... Hebreus 1.5 explica exatamente esse
verso dos Salmos.

7 e 8 – aquilo que já aconteceu, o poder alcançado com a morte.

Parênteses... v8. Pede-me, e te darei... Jesus precisa orar, nos deixando


o exemplo para isso...

v. 9 – escatologia... o futuro

Por isso Deus o exaltou à mais alta posição e lhe deu o nome que está
acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, no
céu, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é
o Senhor, para a glória de Deus Pai. - Filipenses 2.9-11

4. Conselhos aos reis (v. 10 – 12)

Por isso, ó reis, sejam prudentes; aceitem a advertência, autoridades


da terra. Adorem ao Senhor com temor; exultem com tremor. Beijem o filho,
para que ele não se ire e vocês não sejam destruídos de repente, pois num
instante acende-se a sua ira. Como são felizes todos os que nele se
refugiam!

Um alerta – ainda há tempo para arrependimentos e voltar-se ao Senhor

Os versos finais contêm o último apelo do Céu para os reis, governantes


e povo em geral. Assim como o Apocalipse tem o último apelo de Deus para o
Seu povo.

 "Sede prudentes". Buscai a sabedoria. Isto é indispensável para termos


a segurança da felicidade e da salvação. Não há mais a perder nas
cisternas rotas das loucuras do mundo. Carecemos de mais prudência.
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 "Deixai-vos advertir". Muitos não querem reconhecer os seus erros, e
julgam difícil se deixar persuadir a fim de receber a advertência divina.
Isso requer que deixemos o orgulho de lado, porque sem humildade não
podemos conseguir nada diante de Deus.
 "Servi ao Senhor com temor". O serviço de Deus é o mais alto
privilégio de criaturas humanas; mas temos que servi-Lo com temor,
porque se trata de um serviço para o majestoso Rei dos reis.
 "Alegrai-vos nEle com tremor". Como podemos nos alegrar com
tremor? A vida cristã é cheia de alegria, mas servimos a Deus com
temor, porque o temor é o equilíbrio necessário para não nos
desviarmos pelos caminhos deste mundo.

Beijai o Filho para que se não irrite, e não pereçais no caminho; porque
dentro em pouco se lhe inflamará a ira." A ira mencionada é a ira do Cordeiro,
diante da qual todos os ímpios correrão, naquele dia da volta de Cristo dizendo
aos montes e rochas: "Caí sobre nós e escondei-nos da face daquele que
se assenta no trono e da ira do Cordeiro, porque chegou o grande Dia da
ira deles; e quem é que pode suster-se?" (Apocalipse 6.16-17).

O beijo nos tempos antigos era um símbolo de reconciliação, como no


caso de Jacó e Esaú. O apelo para beijar o Filho é um claro chamado à
reconciliação com Deus, através da fé no sacrifício de Cristo, que derramou o
Seu sangue para nos reconciliar com o Pai: "Em nome de Cristo, pois,
rogamos que vos reconcilieis com Deus." (2Corpintios 5.20).

CONCLUSÃO

Mas a respeito do Filho, diz: "O teu trono, ó Deus, subsiste para todo
o sempre; cetro de equidade é o cetro do teu Reino.
Amas a justiça e odeias a iniquidade; por isso, Deus, o teu Deus,
escolheu-te dentre os teus companheiros, ungindo-te com óleo de alegria".
E também diz: "No princípio, Senhor, firmaste os fundamentos da
terra, e os céus são obras das tuas mãos. Eles perecerão, mas tu
permanecerás; envelhecerão como vestimentas.
Tu os enrolarás como um manto, como roupas eles serão trocados.
Mas tu permaneces o mesmo, e os teus dias jamais terão fim". - Hebreus
1.8-12

Pr. Daniel S. Neto


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