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BIERNAT, Carolina; RAMACCIOTTI,

Karina. La tutela estatal de la madre y


el niño en la Argentina: estructuras
administrativas, legislación y cuadros
técnicos (1936-1955). Historia, Ciencias,
Saúde - Mangumhos, Rio de Janeiro,
v.15, n.2, p.331-351, abr.-jun. 2008.
La tutela estatal de la Resumen
madre y el niño en la Describe y analiza uno de los proyectos
políticos que cobró fuerza en los años
Argentina: estructuras de entreguerras en la Argentina y tuvo
permanencia durante el peronismo: la
administrativas, organización de la tutela estatal de la
madre y el niño. Examinar la Dirección
legislación y cuadros de Maternidad e Infancia permite
identificar cómo esta repartición
técnicos (1936-1955) consideró al 'binomio madre e hijo',
qué propuestas realizó para resolver los
problemas de mortalidad infantil, qué

Government tutelage of tipo de cuadros técnicos puso a su


cargo y qué limitaciones tuvo en el

mothers and children in proceso de implementación. Asimismo,


se describen los cambios y

Argentina: administrative permanencias de dicha institución


durante el peronismo.

structures, law, and technical Palabras clave: legislación sanitaria;

staff (1936-1955) cuadros técnicos; peronismo; Dirección


de Maternidad e Infancia; Argentina.

Abstract
The article describes and analyzes one oftiie
political projects thatgamedstrength in
Argentina during the between-waryears and
remained in place throughout Peronism:
goveniment tutelage ofmotiiers and
children. It examines how the Dirección de
Carolina Biemat Maternidad e Infancia viewed the mother-
child dyad, how this officeproposed to
Investigadora externa del Centro de Estudios de Estado y Sociedad;
profesora de la Universidad Nacional de Qu il mes. address the issueofinfantmortaUty, what
Piedras 715-2 C type of technical staffwas in place, and
1068 - Ciudad Autónoma de Buenos Aires - Argentina what limitations were encountered in trying
cbiernat@yahoo.com
to enforce these ideas. It abo looks at what
changed and what stayed the same at the
Karina Ramacciotti office under Peronism.
Investigadora externa del Centro de Estudios de Estado y Sociedad;
Keywords: sanitary legislation; technical
profesora de la Universidad de Buenos Aires.
Laprida 924 4A staff; Peronism; Dirección de Maternidad e
1187 - Ciudad Autónoma de Buenos Aires - Argentina Infancia; Argentina.
karinaramau.iotti@arnet.com .ar

Recibido para publicación en septiembre 2006.


Aprobado para publicación en octubre 2007.

v.l 5, n.2, p.331-351, abr.-jun. 2008 331


Carolina Biernat, Karina Ramacciotti

L a necesidad de crear leyes e i n s t i t u c i o n e s para proteger a las madres y a sus h i j o s


aparece e n las discusiones de la esfera pública argentina, e n consonancia c o n l a de l a
m a y o r parte de los países occidentales, e n las últimas décadas del siglo X I X . Su o b j e t i v o
p r i n c i p a l se centra e n la l u c h a contra la incidencia negativa de l a m o r t a l i d a d i n f a n t i l e n el
c r e c i m i e n t o de la p o b l a c i ó n local. De todos m o d o s puede ser pensada, t a m b i é n , c o m o
parte de u n a agenda política reformista que brega por propósitos más a m p l i o s c o m o el
r e o r d e n a m i e n t o social, la m e j o r a de las condiciones de v i d a de los sectores populares y la
v i g i l a n c i a y moralización de la población (Suriano, 2004).
Así, para c o m b a t i r la m o r t a l i d a d i n f a n t i l , j u n t o c o n los esfuerzos de i n s t i t u c i o n e s
públicas, pero p r i n c i p a l m e n t e de las privadas, p o r educar a las madres e n los conceptos
básicos d e l cuidado, higiene y alimentación de sus hijos recién nacidos, se p r o p o n e c o n e g i r
y, e n t o d o caso penalizar, prácticas sociales t a n extendidas c o m o el i n f a n t i c i d i o , el a b a n d o n o
de n i ñ o s y la ' i l e g i t i m i d a d ' c o n y u g a l . C o n t o d o , las medidas más eficaces para revertir este
p r o b l e m a demográfico se centran e n t o m o a las mejoras de las condiciones sanitarias y de
v i d a a fin de e v i t a r las p r i n c i p a l e s causas de d e f u n c i o n e s i n f a n t i l e s : las enfermedades
infectocontagiosas, la dianea y la enteritis (Mazzeo, 1993; C e l t o n , 1995; M e a d , 2000; N a r i ,
2004, p.24-28).
D u r a n t e la p r i m e r a posguena, la protección de las madres y de sus hijos se enmarca e n
u n c o n j u n t o d e p r o b l e m a s q u e le a p o r t a n u n i n u s i t a d o p r o t a g o n i s m o y d i n a m i s m o
\ p o l í t i c o . E n p r i m e r lugar, la d e c l i n a c i ó n del flujo i n m i g r a t o r i o c o m o consecuencia d e l
/ c o n f l i c t o bélico, las políticas restrictivas del Estado a r g e n t i n o y la crisis e c o n ó m i c a d e b i l i t a n
la c o n f i a n z a p o b l a c i o n i s t a e n la i n m i g r a c i ó n u l t r a m a r i n a c o m o m u l t i p l i c a d o r a de la
p o b l a c i ó n local. Por o t r o lado, el análisis de los resultados del censo de población de 1914
muestra la disrrünución del n ú m e r o de nacimientos, p r i n c i p a l m e n t e e n los grandes centros
u r b a n o s . C o m o resultado c o m i e n z a a pensarse e n la necesidad de reforzar los factores
endógenos que aseguren el i n c r e m e n t o demográfico (Biernat, 2005a, p.217-245). Así t o d o ,
el ascendiente de estas ideas e n la reflexión argentina responde a la fuerte i m p r o n t a del
' n a t a l i s m o ' en las concepciones y políticas demográficas francesas, desde las primeras décadas
del siglo X X , e italianas, durante la entreguenas (Reggiani, 1995-1996; Ipsen, 1997).
U n segundo aspecto se v i n c u l a c o n el f o r t a l e c i m i e n t o del discurso eugenésico e n los
ámbitos académicos, políticos e institucionales. Esta corriente de pensamiento, p a r t i e n d o
de la premisa de que todos los caracteres de los seres h u m a n o s son hereditarios, t a n t o las
capacidades y t a l e n t o s c o m o l a p r o p e n s i ó n a l a e n f e r m e d a d , se p r o p o n e l o g r a r el
m e j o r a m i e n t o de la 'raza' blanca a través de la reproducción de determinados i n d i v i d u o s
o grupos h u m a n o s calificados c o m o 'mejores', i n h i b i e n d o la multiplicación de otras personas
consideradas ' i n f e r i o r e s ' o 'indeseables'. En l a ^ A r g e n t i n a , la eugenesia se i n t e r p r e t a e n
clave 'neolamarckiana'. Según esta visión, las c a r á ^ e ñ s t i c a s morfológicas y funcionales de
los i n d i v i d u o s p u e d e n ser modificadas por el m e d i o social y a m b i e n t a l , transmitiéndose
por vía hereditaria y pasando a f o r m a r parte de su acervo genético (Stepan, 1991; M i r a n d a ,
Vallejo, 2005; Biernat, 2005b). A partir de la generalización de esta d o c t r i n a , c o m p a r t i d a
por defensores de las m á s variadas corrientes ideológicas, el b i n o m i o m a d r e - h i j o cobra
i m p o r t a n c i a e n t a n t o p r i n c i p a l responsable del f u t u r o de la raza y, p o r ende, del progreso
de la Nación.

332 Historia, Ciencias, Saúde - Manguinhos, Rio de Janeiro


La tutela estatal de ia madre y el niño en la Argentina

U n tercer n i v e l de discusiones está asociado al impacto que los cambios sociales producen
en el universo de certezas morales. La creciente incorporación de las mujeres al mercado de
trabajo, sobre t o d o de aquellas que pertenecen a los sectores populares, es interpretada por
los c o n t e m p o r á n e o s , c o m o u n a traición a sus 'deberes maternales' y c o m o u n riesgo para
su ' v i r t u d ' . De allí la necesidad de reorientarlas para que abandonen sus responsabilidades
laborales y regresen a su hogares y, en caso de n o ser posible, protegerlas de las amenazas
que p u e d e n sufrir su potencial r e p r o d u c t i v o y sus funciones maternales a través de u n a
serie de leyes c o m o la prohibición de su desempeño en empleos considerados insalubres y
del despido p o r embarazo, la licencia remunerada p o r m a t e r n i d a d antes y después del
parto, el p e r m i s o para amamantar y la instalación de salas cuna e n los lugares de trabajo.
Estas medidas se c o m p l e m e n t a n , desde l o ideológico, con el proceso de naturalización de
la m a t e r n i d a d , i n t e n t a n d o concientizar a las mujeres de su carácter i n s t i n t i v o y del b i n o m i o
m a d r e - h i j o , e x p l i c a n d o u n a relación social p o r sus caracteres b i o l ó g i c o s ( N a r i , 2004;
Ramacciotti, 2 0 0 5 b ) .
U n cuarto n i v e l de discusión se centra en la necesidad de establecer, a n i v e l nacional,
u n sistema sanitario encargado de la protección de la madre y el n i ñ o . C o m o e n tantas
otras áreas de la atención de la salud y la acción social, los distintos niveles de gobierno y
las esferas pública y privada se superponen, c o m b i n a n d o diferentes grados de a u t o n o m í a
y d a n d o c o m o resultado u n servicio ineficiente. El Departamento N a c i o n a l de Higiene es
v i s u a l i z a d o c o m o e s c e n a r i o p r i v i l e g i a d o para la o r g a n i z a c i ó n de u n a e s t r u c t u r a
a d m i n i s t r a t i v a que asegure la centralización de la protección del b i n o m i o m a d r e - h i j o .
Este desafió parece responder a u n proyecto político m u c h o más ambicioso de u n g r u p o de
médicos quienes, t e n i e n d o c o m o epicentro esta repartición nacional, i n t e n t a n dar respuesta
a los problemas sociales desde el ámbito de la higiene y colonizar la estructura burocrática
del Estado e n su calidad de expertos. Si b i e n este proceso se había i n i c i a d o en las últimas
décadas del siglo X I X , e n los a ñ o s 1930 de la siguiente c e n t u r i a se acentúa (González
Leandri, 2005). Por u n lado, la creciente intervención estatal e n la regulación de la vida
e c o n ó m i c a y social expande su burocracia y las posibilidades de acceder a ella. Por o t r o
parte, la d e m a n d a o f i c i a l de galenos y a n o está vinculada solamente a los esporádicos
brotes e p i d é m i c o s , tal cual c o m o sucedía en el período anterior, s i n o que se asocia al
m e j o r a m i e n t o de la salud física y m o r a l de la población, presente y f u t u r a . En este sentido,
la protección de la madre y el n i ñ o comparte la agenda de preocupaciones oficiales con
otros temas c o m o el t r a t a m i e n t o de la tuberculosis o la profilaxis de las enfermedades
venéreas (Armus, 2004; Biernat, 2007).
De todos m o d o s , resulta indispensable u n ordenamiento legal que dote a esta repartición
de capacidades institucionales y recursos materiales. Para ello es necesario apelar a la acción
parlamentaria, espacio e n el que se hace evidente la rivalidad de intereses y proyectos en
t o r n o a la organización de u n sistema nacional que involucra a funcionarios, especialistas,
políticos y numerosos grupos de la sociedad civil.
U n último aspecto considerado e n los debates es aquel del reclamo de reconocimiento
oficial de los médicos especialistas e n la protección y atención de la madre y sus hijos. La
puericultura, la h o m n i c u l t u r a , la obstetricia y la pediatría, copiando modelos de otras latitudes,
surgen c o m o las disciplinas específicas para dar respuesta a este n u e v o sujeto de la medicina

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Carolina Biernat, Karina Ramacciotti

y la asistencia social (Billorou, 2006). Paralelamente reclaman el r e c o n o c i m i e n t o oficial de


estas disciplinas c o m o especialidades de la medicina y el acceso a los cargos públicos a través
de concursos probatorios de i d o n e i d a d y de experiencia previa del candidato en la materia.
Las d e n d a s j s o d a l e s e n la A r g e n t i n a h a n abordado esta temática desde explicaciones de
corte c u a n t i t a t i v o y c u a l i t a t i v o . Si las primeras se enfocan e n el estudio estadístico de la
variación de los índices de n a t a l i d a d , de m o r t a l i d a d y de n u p c i a l i d a d c o m o reflejo del
proceso de "transición demográfica" (Otero, 2004; Pantelides, 1983; Torrado, 2003, p.82-
96), las segundas o r i e n t a n su análisis al p l a n o de las ideas y debates e n t o m o a la población
deseada, a las propuestas para m o d i f i c a r los c o m p o r t a m i e n t o s demográficos entre finales
del siglo X I X y los años 1940, a los enunciados legales que i n t e n t a n dar respuesta a estos
c o m p o r t a m i e n t o s y a su relación c o n l a construcción del estado social e n la A r g e n t i n a
(Barrancos, 2002; D i Liscia et a l . , 2000; Lobato, 2000; Nari, 2004).
A pesar de que m u c h o s de estos trabajos i n t r o d u c e n perspectivas renovadoras, n o t a m o s
u n a carencia de información acerca de c ó m o estas ideas se plasmaron e n políticas públicas
y el grado de concreciones materiales. Para ello, analizaremos la creación de u n a repartición
n a c i o n a l e n la órbita del D e p a r t a m e n t o Nacional de Higiene encargada de la tutela de la
m a d r e y el n i ñ o : la D i r e c d ó n d e M a t e r n i d a d e Infancia a l o largo de 19 años. Estudiaremos
c ó m o esta d e p e n d e n d a consideró a l b i n o m i o m a d r e - h i j o , q u ^ r p p u e s t a s realizó, qué
i n s t i t u d o n e s creó y q u é perfil de f u n d o n a r i o s puso a su cargo para resolver los problemas
de m o r t a l i d a d i n f a n t i l y de descenso de la fecundidad. En segundo lugar, nos p r o p o n e m o s
evaluar los resultados de la gestión de este organismo estatal y los límites que se i m p u s i e r o n
al desanollo de su acmiinistradón. Por último, poner la lupa e n d período 1936-1955 nos
p e r m i t i r á , p o r u n l a d o , dar c u e n t a de las c o n t i n u i d a d e s y las m o d i f i c a c i o n e s e n la
institucionalizadón de la protección de l a madre y el n i ñ o u n a vez ingresados e n los años
del l l a m a d o p e r o n i s m o clásico. Por o t r o lado, nos introdudrá e n la comprensión de los
múltiples intereses que f o r m a n parte del armado de las políticas públicas.

La tutela de la madre y el niño como problema de política nacional (1936-1944)


La necesidad de crear i n s t i t u c i o n e s estatales de protección m a t e r n o - i n f a n t i l aparece
c o n fuerza en el discurso m é d i c o higienista a finales del siglo X I X . U n a de las razones más
i m p o r t a n t e s que sustentan esta d e m a n d a es la constatadón de altas tasas de m o r t a l i d a d
i n f a n t i l nadonales. La m u n i d p a l i d a d de la d u d a d de Buenos Aires es u n a de las primeras
j u r i s d i c d o n e s e n i n c l u i r e n su agenda esta problemática. En la última década del siglo X I X
l a Asistenda Pública crea el Patronato de la I n f a n d a . Esta i n s t i t u d ó n filantrópica sostiene
sus establedmientos - entre ellos u n c o n s u l t o r i o médico gratuito para la p r i m e r a i n f a n d a ,
u n a sala cuna para menores de seis años y u n internado para n i ñ o s abandonados - c o n
subsidios de la c o m u n a y c o n d o n a d o n e s privadas. N o obstante la a c c i ó n del Patronato,
las autoridades de la d u d a d v e n la necesidad de delinear u n p l a n de asistenda a la niñez y
establecer u n organismo público que se ocupe de ella. Surge así, e n 1 9 0 8 ^ 1 a _ W r e c d ó n d e la
l

Primera I n f a n d a con la t r i p l e f u n d ó n de b r i n d a r asistencia médica, educativa y s o d a l a


través de sus dispensarios de lactantes, de los institutos de p u e r i c u l t u r a y de los centros
sanitarios de i n t e m a d ó n .

334 Historia, Ciencias, Saúde - Manguinhos, Rio de Janeiro


La tutela estatal de la madre y el niño en la Argentina

El éxito o b t e n i d o por la capital federal e n la disminución de sus índices de m o r t a l i d a d


i n f a n t i l ( D i Liscia, jul.-ago. 2002), la permanencia de los m i s m o s en u n n i v e l a l t o en el
i n t e r i o r del país, la preocupación p o r la abrupta caída de la natalidad, f u n d a m e n t a l m e n t e
e n los centros urbanos, y la i n f l u e n c i a de la legislación i n t e r n a c i o n a l respecto de los derechos
de la niñez, u n i d o s todavía a los de las progenitoras, se c o n s t i t u y e n e n razones de peso
para reclamar la organización, a n i v e l nacional, de la tutela de la madre y el n i ñ o .
El D e p a r t a m e n t o N a c i o n a l de Higiene b r i n d a u n a respuesta oficial creando, e n 01923, l a
Sección de Asistencia y Protección a la M a t e r n i d a d y la I n f a n c i a . Su director, Gregorio
Aráoz Alfaro, reconocido pediatra e higienista, justifica esta determinación e n la necesidad
de revertir las "cifras realmente pavorosas" de m o r t a l i d a d i n f a n t i l registradas en algunas
provincias y territorios nacionales, atribuyendo sus causas a la "falta de asistencia médica
y social a la madre y el n i ñ o y a la ignorancia de las madres de la población e n general
sobre higiene i n f a n t i l y p u e r i c u l t u r a " . Para subsanar estas carencias p r o p o n e la instalación
de c o n s u l t o r i o s , d i s p e n s a r i o s de l a c t a n c i a , centros de a t e n c i ó n m a t e r n o - i n f a n t i l e s
( f u n d a m e n t a l m e n t e e n aquellas regiones d o n d e la m o r t a l i d a d i n f a n t i l es elevada) y la
organización de u n sistema de visitadoras de higiene social (Aráoz Alfaro, 1928). N o obstante
la insistencia de Aráoz Alfaro de contar con u n presupuesto exclusivo para la División de
M a t e r n i d a d e Infancia, dicha repartición lleva a cabo su labor c o n u n a exigua cifra anual
(Olarán Chans, Siri, 1929).
Paralelamente a estas iniciativas, se presentan en el Congreso N a c i o n a l varios proyectos
legislativos. En m a y o de 1926, Aníbal Olarán Chans y Luis Siri, responsables de la División
de M a t e r n i d a d e I n f a n c i a , h a c e n p ú b l i c o e n la Sociedad A r g e n t i n a de Pediatría u n
p r o g r a m a de asistencia y p r o t e c c i ó n de la m a d r e y el n i ñ o . D i c h o proyecto es r e m i t i d o al
Congreso de la Nación d o n d e , después de casi diez años, es presentado p o r el senador
Alfredo Palacios a la Comisión de Legislación. Finalmente, el 2 1 de diciembre de Í 9 3 6 _ se
sanciona la ley 12.341 c o n la que se crea la Dirección de M a t e r n i d a d e Infancia, bajo la
D e p e n d e n c i a d e l D e p a r t a m e n t o N a c i o n a l de H i g i e n e . Su f i n a l i d a d es " p r o p e n d e r al
perfeccionamiento de las generaciones futuras por el c u l t i v o armónico de la personalidad
del n i ñ o en t o d o s sus aspectos, c o m b a t i e n d o la m o r b i m o r t a l i d a d i n f a n t i l en todas sus
causas y a m p a r a n d o a la m u j e r e n su condición de madre o futura m a d r e " . Se p r o p o n e
c o m o objetivos la asistencia pre concepcional, del embarazo y el parto, la v i g i l a n c i a del
n i ñ o desde su n a c i m i e n t o a través de fichas sanitarias individuales, la lactancia materna,
la alimentación racional y la protección social de los niños necesitados. Su radio de acción
i n c l u y e a t o d o el país, p r o p e n d i e n d o a que cada pueblo o c i u d a d posea, cuanto menos, u n
c e n t r o de h i g i e n e m a t e r n a l e i n f a n t i l . Ejerce la v i g i l a n c i a sobre todas las i n s t i t u c i o n e s
oficiales y privadas que se o c u p e n de la asistencia y protección de la m a t e r n i d a d y de la
infancia, c o n excepción de las que dependen de la Sociedad de Beneficencia.
U n decreto r e g l a m e n t a r i o de m a r z o de 1937, e l a b o r a d o p o r Olarán C h a n s y Siri,
determinará las divisiones en las que se organizará la Dirección y las responsabilidades de
cada u n a de ellas: La D i v i s i ó n de H i g i e n e Social de la I n f a n c i a , encargada de hacer
investigaciones demográficas, estadísticas sanitarias y de organizar la propaganda higiénica
y la educación popular sanitaria; la División de Eugenesia, M a t e r n i d a d y Primera I n f a n c i a ,
ocupada de la creación, dirección técnica y vigilancia de las instituciones o servicios de

v.15, n.2, p.331-351, abr.-jun. 2008 335


Carolina Biernat, Karina Ramacciotti

a t e n c i ó n de l a m a d r e y el n i ñ o ; la División de Edad Pre-escolar, Escolar y Adolescencia,


abocada a la aplicación de las medidas que se establezcan para su protección física, m o r a l y
social; la D i v i s i ó n de I n f a n c i a A b a n d o n a d a , Enfermos y A n o r m a l e s , p r e v e n c i ó n d e l
abandono; la División de Inspección y Legislación, ocupada d e l c o n t r o l , técnico y a d m i -
nistrativo de todas las instituciones, oficiales y privadas, encargadas de la asistencia y protección
maternal e i n f a n t i l , salvo las que dependen de la Sociedad de Beneficencia; la División de
Servicio Social, encargada de la organización y contralor d e l servicio social e n todas las
instituciones de asistencia y protección maternal e i n f a n t i l y la creación de la Escuela de
Servicio Social de la Infancia.
De todos m o d o s , la ley 12.341 d e m o r a dos años para ser reglamentada. U n a de las
razones de este retraso es u n recurso que i n t e r p o n e el Patronato N a c i o n a l de Menores.
D i c h o o r g a n i s m o de carácter p r i v a d o , dependiente del M i n i s t e r i o de Justicia e Instrucción
Pública, encargado de l a asistencia de la infancia abandonada y d e l i n c u e n t e , considera
que la m e n c i o n a d a ley avanza sobre atribuciones consideradas propias. El escenario político
se hace c o m p l e j o .
El p r i m e r o de j u l i o de 1937 el Patronato envía u n a carta a su m i n i s t e r i o de t u t e l a
oponiéndose a la reglamentación de la ley 12.341 y amenazando c o n abandonar la " o b r a
de organización y t r a t a m i e n t o de los menores". En primer lugar, a f i r m a que el r e g l a m e n t o
e x t t a l i m i t a el alcance de la ley, la protección de la primera y la segunda i n f a n c i a (hasta los
siete a ñ o s ) , s u p e r p o n i e n d o facultades conferidas al Patronato desde 1 9 3 1 . En segundo
lugar, sostiene que " l a obra de protección a la infancia es esencialmente pedagógica" y,
aunque n o descarta el a m p a r o m a t e r i a l del n i ñ o desvalido y su examen m é d i c o clínico,
" t o d a la obra responde e n su c o n j u n t o a u n concepto jurídico social, siendo lógico entonces
que deba depender solamente de los tribunales para menores". En conclusión, la creación
de i n s t i t u t o s médicos tiene u n a f i n a l i d a d completamente ajena a la protección de la infancia.
Por último sugiere a l D e p a r t a m e n t o Nacional de Higiene que se dedique a l o que es p r o p i o
a su función, e n cuanto a la primera y la segunda infancia y a las enfermedades que asolan a
la niñez e n t o d o el país.
El M i n i s t e r i o de Instrucción Pública y Justicia envía el reclamo al M i n i s t e r i o del Interior
y éste al D e p a r t a m e n t o N a c i o n a l de Higiene. Según la opinión del director esta repartición,
M i g u e l Sussini, n o existe c o n f l i c t o jurisdiccional entre la Dirección de M a t e r n i d a d e Infancia
y el Patronato N a c i o n a l de Menores puesto que las funciones d e l ú l t i m o n o son las de
velar p o r la salud de los menores e n general, sino "sobre aquellos cuyos padres t u v i e r a n
pérdida transitoria o d e f i n i t i v a de la patria potestad". Según Sussini, e n la carta enviada
por el Patronato se le confiere " u n significado y una extensión abusiva al término 'menores'
- la mayoría de los cuales n o son delincuentes y abandonados - p o r cuya salud y desanollo
debe velar la Dirección de M a t e r n i d a d e Infancia". Mientras que el Patronato ejerce u n a
a c c i ó n r e s t r i n g i d a de c a r á c t e r " j u r í d i c o - t u t e l a r " , a la D i r e c c i ó n le i n c u m b e desplegar
" u n a acción a m p l i a de h i g i e n e social de la infancia en el país, bajo todos sus aspectos y en
particular e n l o que se refiere a la eugenesia y a la m o r t i n a t a l i d a d " . Por o t r o lado, considera
que el límite de la i n f a n c i a es la pubertad, determinada por ley c i v i l 12 años en la m u j e r y
14 e n el varón, siendo, además, u n "concepto universal, m é d i c o y social". Por ú l t i m o ,
insiste e n que, según la l e y 12.341, la Dirección de M a t e r n i d a d e Infancia "centraliza la

336 Historia, Ciencias, Saúde - Manguinhos, Rio de Janeiro


La tutela estatal de la madre y el niño en la Argentina

supervisión de la asistencia y protección del n i ñ o , cualquiera sea la institución que l o


asista o p r o t e j a " .
El p r o c u r a d o r del tesoro se expide afirmando que el decreto reglamentario "ha excedido
el espíritu de l a ley 1 2 . 3 4 1 " ya que de todos sus articulados surge que el c o n t r a l o r del
D e p a r t a m e n t o N a c i o n a l de Higiene se extiende t a n solo a la primera y segunda infancia.
Según este f u n c i o n a r i o , pretender extender la m i n o r i d a d a los 22 años sería atentar contra
el espíritu de la ley e n c u y o artículo 13 se ha empleado " i n d e b i d a m e n t e la palabra 'menores',
c u a n d o la que c o n e s p o n d í a en realidad era la de i n f a n t e s " . En consecuencia, sugiere que
se m o d i f i q u e el decreto.
Por su parte, el procurador general de la Nación sostiene que hasta ese m o m e n t o n o se ha
registrado u n caso concreto de superposición de funciones pero, para prevenirla se sugiere
m o d i f i c a r el decreto. Considera "insostenible que la n u e v a l e y haya c o l o c a d o b a j o la
d e p e n d e n c i a d e la D i r e c c i ó n de M a t e r n i d a d e I n f a n c i a al D e p a r t a m e n t o N a c i o n a l de
Trabajo, al Consejo N a c i o n a l de Educación, al Patronato aludido, y a todos los internados,
escuelas, seminarios y asilos, cárceles y establecimientos diversos d o n d e se i m p a r t a enseñanza
o cuidados a menores de edad". C o m o la tutela de los menores que ejerce el Patronato es
encargada directamente por los jueces, éste depende del M i n i s t e r i o de Justicia. En conclusión
" n o se advierte c ó m o el Departamento Nacional de Higiene pudiera tomar a su cargo la
dirección de u n asunto que, si bajo algún aspecto a t a ñ e a la salud, c o m o todos, e n l o
f u n d a m e n t a l c o m p o r t a a l ejercicio de una prenogativa j u d i c i a l " .
La resolución a este c o n f l i c t o de superposición de atribuciones está dada p o r el decreto
5.520, del 15 de j u n i o de 1938 que establece una nueva reglamentación de la ley Palacios.
Se crean n u e v a s d i v i s i o n e s de la Dirección y las existentes hasta el m o m e n t o s u f r e n
modificaciones. La División de Eugenesia, M a t e r n i d a d y Primera Infancia, pasa a ocuparse
ú n i c a m e n t e de eugenesia y maternidad; se crean las divisiones de Primera Infancia (hasta
los dos a ñ o s y m e d i o ) y de Segunda Infancia (edad preescolar); desaparece la División
Edad Preescolar, Escolar y Adolescencia; las divisiones Infancia Abandonada-Enfermos y
Anormales y la de Servicio Social, se concentran en u n a sola: Niños Enfermos, Anormales
y Necesitados y se crea la División Odontológica (asistencia o d o n t o l ó g i c a p r e v e n t i v a y
curativa de las madres y los niños).
U n o s a ñ o s más tarde, los puericultores a cargo de la Dirección de M a t e r n i d a d e Infancia
subrayan las graves consecuencias que para la actuación de este organismo n a c i o n a l ha
t e n i d o la restricción de su incumbencia a l o niños menores de seis años. Según Olarán
Chans, " n o podría concebirse, p o r ejemplo, que en el C e n t r o de Higiene Maternal e I n f a n t i l
de Río G r a n d e (Tierra d e l Fuego) se interrumpiera la asistencia médica, odontológica o
social de u n n i ñ o por el hecho de haber c u m p l i d o seis años de edad, m á x i m e cuando esa
es la ú n i c a institución médica que existe en el lugar" (Olarán Chans, 1941, p.163). Por su
parte, Pilades Dezeo - jefe de la División de Higiene y Servicio Social de la Dirección de
M a t e r n i d a d e Infancia - advierte que la ley, l i m i t a d a p o r el decreto de 1938, " t r u n c a la
obra e n u n a edad de la vida del n i ñ o cuya atención m é d i c o social sigue siendo urgente y
n e c e s a r i a " . S e g ú n su o p i n i ó n , " h a b r í a bastado q u e el n u e v o d e c r e t o r e g l a m e n t a r i o
especificara que 'quedaban excluidos de la ley los niños o menores que se encuentren bajo
dependencia judicial o instituciones públicas'" (Dezeo, 1939).

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Carolina Biernat, Karina Ramacciotti

Así t o d o , Pilades Dezeo reconoce que n o se puede atacar c o n instituciones centralizadoras


a las instituciones de beneficencia privada porque éstas son necesarias para l a obra social.
Instituciones autárquicas o paraestatales c o m o el Patronato de Menores, el Patronato de la
Infancia, l a Sociedad de Beneficencia, la C o m i s i ó n de Asilos y Hospitales Regionales, el
Consejo N a c i o n a l de Educación, " c u y o d e s e n v o l v i m i e n t o es m u y a m p l i o , c o n m u c h o s
a ñ o s de existencia y m u c h a gravitación e c o n ó m i c a " , de sentirse atacadas " p l a n t e a r í a n
c o n f l i c t o de p r e e m i n e n c i a y desviarían a l a i n c i p i e n t e o r g a n i z a c i ó n de m a t e r n i d a d e
i n f a n c i a " (Dezeo, 1939, p.526).
Estas superposiciones jurisdiccionales n o se l i m i t a n solamente a l á m b i t o p ú b l i c o y
p r i v a d o s i n o que abarcan los distintos niveles de gobierno. E n efecto, muchas provincias
y m u n i c i p i o s poseen sus propios organismos de tutela de la madre y el n i ñ o , llevan a cabo
su a c c i ó n e n f o r m a a u t ó n o m a e i m p i d e n a la Dirección N a c i o n a l que supervise su labor.
Tal es el caso de Dirección de Infancia de la ciudad de Buenos Aires, de la Dirección P r o v i n c i a l
de T u c u m á n o de la Caja M u n i c i p a l de Asistencia Social a la M a t e r n i d a d e I n f a n c i a de
G o d o y C r u z (Mendoza), c o n t a n d o las dos últimas c o n u n aporte substancial de los sectores
p r o d u c t i v o s de l a región, industria del azúcar y del v i n o respectivamente (Argentina, 1 9 4 1 ;
G i m é n e z Lascano, 1 9 4 1 ; Maurín N a v a n o , 1943).
C o m o h e m o s v i s t o , la Dirección de M a t e r n i d a d e I n f a n c i a organiza su labor a través
de centros m a t e r n o infantiles dispersos e n t o d o el t e r r i t o r i o del país. La organización de
estos centros varía de acuerdo a las necesidades y a los recursos de que dispone la Dirección.
Hacia 1939 se cuenta c o n cincuenta en t o d o el país, de u n o a cuatro e n cada t e r r i t o r i o o
p r o v i n c i a . Paralelamente se c o n s t r u y e n tres e q u i p o s para c o n s u l t o r i o s a m b u l a n t e s de
p u e r i c u l t u r a destinados para Salta; San Luis y Santa Rosa (Olarán Chans, 1939).
De todos modos, son muchas las dificultades c o n las que se encuentra la Dirección. En
primer lugar, la escasez de presupuesto. Según Siri, subdirector de la repartición, en 1937 se
otorgan 938 m i l pesos; e n 1938 esa suma es reducida; e n 1939 se d i s m i n u y e a ochocientos m i l
pesos a los que se le suman setecientos m i l pesos que el Congreso destina para la creación de
centros de higiene maternal e i n f a n t i l y para la ampliación de servicios e n regiones de elevada
m o r t a l i d a d i n f a n t i l . Si consideramos, según l o expone Olarán Chans, que formar u n centro
materno i n f a n t i l cuesta 22 m i l pesos y si está equipado c o n maternidad, cien m i l pesos, es
poco l o que se puede lograr. E n segundo lugar, existen dificultades para encontrar locales
adecuados e n el i n t e r i o r del país e imposibilidad de hacer reformas e n los locales alquilados.
Por ú l t i m o , los sueldos exiguos, la falta de i d o n e i d a d y preparación especial de médicos,
enfermeras-visitadoras y preparadoras de alimentos, la necesidad de capacitar al personal
(salvo al médico y a las parteras) en el Instituto M o d e l o de Buenos Aires a fin de u n i f o r m a r
las n o r m a s de todas las instituciones de la Dirección c o n t r i b u y e n a reconstruir u n panorama
bastante pesimista (Siri, 1941, p.212; Olarán Chans, 1939, p.140-142).
Vista desde el i n t e r i o r del país, la labor de la Dirección es a ú n más reducida. Víctor
*j^jgieri, r^édico r u r a l de Bernardo de Irigoyen, p r o v i n c i a de Santa Fe, presenta su experiencia
e n é T 2 ° Congreso A r g e n t i n o Sanitario de M e d i c i n a Social, realizado e n j u l i o de 1942. Para
Frigieri ( 1 9 4 4 ) l a l e g i s l a c i ó n m a t e r n a l i s t a " h a s i d o t e ó r i c a m e n t e f r o n d o s a " , p e r o sus
resultados " p r á c t i c a m e n t e n o existen". La "protección a la n i ñ e z y a las grávidas se efectúa
l i m i t a d a m e n t e e n zonas 'elegidas' c o m o son las grandes ciudades, c o m o si los n i ñ o s de la

338 Historia, Ciencias, Saúde - Manguinhos, Rio de Janeiro


La tutela estatal de la madre y el niño en la Argentina

c a m p a ñ a n o f u e r a n n i ñ o s o n o t u v i e r a n p r o b l e m a s " . En consecuencia, la m o r t a l i d a d
i n f a n t i l adquiere caracteres impresionantes en el campo. En u n a segunda parte del trabajo,
Frigieri pasa a describir la asistencia sanitaria en su departamento. En l o que se refiere a la
atención hospitalaria, se cuenta solamente con dos policlínicos, p o r l o que madres, lactantes
y n i ñ o s de segunda i n f a n c i a deben concurrir al consultorio e x t e m o . U n a vez curados de
su proceso m o m e n t á n e o , n o hay ningún organismo que cuide de ellos puesto que n o h a y
maternidades e n el departamento.
Por su parte J u a n M a u r í n N a v a n o (1943), médico f u n d a d o r de la Caja M u n i c i p a l de
Asistencia Social a la M a t e r n i d a d e Infancia de G o d o y Cruz (Mendoza), se lamenta de que
la Dirección n o cuente " e n t r e los centros que c o n s t i t u y e n su p l a n t e l actual, s i n o c o n
cuatro ó cinco que t e n g a n la a p t i t u d f u n c i o n a l del de San Juan y que estén animados p o r
análogo espíritu de trabajo y de dedicación. El resto ha sido sojuzgado por el electoralismo
que l o degenera t o d o y que ha hecho que los contados organismos que debían ser baluartes
de la salud del n i ñ o en el i n t e r i o r se conviertan en menguados refugios de la compincharía
electoral".
Por ú l t i m o Roberto Bilella (1941), médico de San Juan, analiza los altos índices de
m o r t a l i d a d i n f a n t i l en su provincia, 33% a 35% (sic) en los a ñ o s 1936, 1937, 1938, y sitúa
e n cuarto lugar, entre las causas de decesos de lactantes, a la falta de asistencia sanitaria.
Según su descripción, n o existe e n San Juan una organización que se ocupe de la atención
del n i ñ o ; se cuenta c o n u n solo Centro de Protección M a t e r n o I n f a n t i l de orden nacional,
" m o d e l o p o r su organización y c o n u n pequeño i n t e r n a d o " ; n o h a y salas para i n t e r n a r
lactantes; el n ú m e r o de camas para maternidad es de cuarenta para u n a población de 210
m i l h a b i t a n t e s ; e n los d e p a r t a m e n t o s n o existe n i n g u n a o r g a n i z a c i ó n de p r o t e c c i ó n
m a t e m o - i n f a n t U ; los lactantes deben ser llevados a los consultorios extemos de la Asistencia
Pública de la c i u d a d c a p i t a l , atendidos por dos médicos, d o n d e c o n c u r r e n 150 n i ñ o s
diariamente, y n o hay u n a ordenanza apropiada sobre extracción, envase y expendio de
leche de vaca. _
( En 1940 Luis Siri (1941) propone c o m o solución a la incapacidad de la Dirección de
M a t e r n i d a d e i n f a n c i a de desplegar su a c c i ó n efectiva e n el e x t e n s o m a p a a r g e n t i n o
la adopción de u n plan nacional de higiene, asistencia y previsión social. En su opinión, la
p r i n c i p a l falla de los planes de organización de la asistencia social es que buscan la solución
" p a r t i e n d o de los aspectos formales alcanzados por las múltiples instituciones e n que se
d i v i d e la atención de la salud, e n vez de i r a buscar sus f u n d a m e n t o s en las raíces mismas
de la realidad d e l país". Por o t r o lado, remarca el escaso valor de las estadísticas de demografía,
c o m o e l e m e n t o de juicio en el estudio de los problemas médicos sanitarios, por realizarse
éstas de f o r m a insatisfactoria, y, p o r último, la falta de ideas precisas sobre la f o r m a e n que
se h a de efectuar la coordinación de los servicios de asistencia social.
U n a vez h e c h o el diagnóstico, para Siri las etapas que debe seguir el p l a n general de la
p r o t e c c i ó n de la madre y el n i ñ o son la determinación de la participación que e n los
planes regionales ha de conesponder a los gobiernos nacional, p r o v i n c i a l y m u n i c i p a l ; la
coordinación de las actividades de todas las instituciones o servicios, oficiales y privados
que se ocupen de la madre y el n i ñ o ; la armonización de las medidas legales de o r d e n
p r o v i n c i a l o m u n i c i p a l c o n la ley 12.341; la coordinación de los organismos provinciales y

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Carolina Biernat, Karina Ramacciotti

municipales de las tareas relativas a vigilancia de instituciones, supervisión de la salud del


n i ñ o , educación p o p u l a r sanitaria y lucha contra el curanderismo; la creación de centros
de investigación y escuelas prácticas de puericultura, de orientación regional para el estudio
permanente de los problemas higiénico sociales de cada región y la formación de personal
capacitado para actuar e n su zona de influencia; la determinación de los recursos necesarios
para l a instalación y el f u n c i o n a m i e n t o de todas las i n s t i t u c i o n e s c o m p r e n d i d a s e n el
p l a n y el aporte que h a de conesponder a cada u n o de los gobiernos n a c i o n a l , p r o v i n c i a l
y m u n i c i p a l y a la obra privada.
C o m o p r i m e r paso de este ambicioso p l a n , Siri crea enJ1939,el Gabinete de Geografía
Social, bajo la órbita de M a t e r n i d a d e Infancia, c o n el f i n de estudiar las características y la
distribución de la población en las distintas zonas del país a través de u n a encuesta. A pesar
de sus esfuerzos p o r elaborar y poner en práctica u n p l a n sanitario y de asistencia social, sus
resultados parecen ser m u y modestos. A los problemas de superposiciones jurisdiccionales
entre cüstintas instituciones y niveles de gobierno, a la reticencia de las provincias a entregar
información estadística a la Dirección de M a t e r n i d a d e Infancia, a la falta de presupuesto y
personal, se le suma la resolución del decreto 31.589, del 30 de n o v i e m b r e de 1944, que
I excluye a la Dirección General de Salud Pública de las funciones de asistencia social y
j beneficencia, t r a n s f i r i e n d o esta responsabilidad a la Secretaría de Trabajo y Previsión,
" y restringe la jerarquía i n s t i t u c i o n a l de sus organismos convirtiéndolos n u e v a m e n t e e n
d i v i s i o n e s . Este recorte de sus f u n c i o n e s , c o n c r e t a d o p r i n c i p a l m e n t e e n la r e d u c c i ó n
presupuestaria y de su capacidad de asistencia social, representará para l a Dirección General
de Salud Pública, y para todas sus reparticiones, u n a ostensible limitación de su poder de
i n t e r v e n c i ó n e n las p r o v i n c i a s y e n los territorios nacionales y, e n consecuencia, de su
capacidad de organizar e n el ámbito nacional u n sistema de asistencia sanitaria efectivo.

La Dirección de Maternidad e Infancia durante el primer peronismo


A la llegada de Perón al poder se producen u n a serie de modificaciones institucionales.
E n el á m b i t o sanitario, el 23 de m a y o de 1946 se suprime p o r decreto la Dirección N a c i o n a l
de Salud Pública dependiente del Ministerio del Interior (1944-1946) y se crea la Secretaría de
Salud Pública. El n e u r o c i r u j a n o R a m ó n Carrillo ocupa el cargo de secretario y, e n 1949, se
convierte e n el p r i m e r m i n i s t r o de salud.
E n u n claro i n t e n t o p o r abandonar la v i n c u l a c i ó n c o n tradiciones previas, m u c h a s
instituciones c a m b i a n sus denominaciones. N o obstante ello, la Dirección de M a t e r n i d a d
e Infancia m a n t i e n e su n o m b r e y en 1947 es designado a su cargo Jaime Moragues Bernat.
Este prestigioso obstetra diseña la planificación para dicha área. Su preocupación central
es la despoblación y su propuesta gira e n d i s m i n u i r l a m o r t a l i d a d i n f a n t i l a los índices
históricos alcanzados p o r la c i u d a d de Buenos Aires. Pero a fines del m i s m o a ñ o que es
n o m b r a d o responsable es relevado de su cargo.
Cabe preguntarse p o r qué separar de sus funciones a l asesor técnico que había colaborado
e n la planificación sanitaria y poseía u n a i m p o r t a n t e trayectoria académica y reemplazarlo
por Lorenzo Pignone, u n pediatra sin antecedentes relevantes. Resulta sugerente que d e n t r o
del área de salud pública del primer gobierno peronista, las personalidades vinculadas c o n

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La tutela estatal de la madre y el niño en la Argentina

u n a acción científica o de gestión durante los años previos, n o fueron puestas e n cargos
directivos claves. N o obstante ello, m a n t i e n e n puestos de asesores y / o representantes del
Estado ante congresos internacionales. Así p o r ejemplo, Moragues Bernat es n o m b r a d o
asesor c o n s u l t i v o de la Secretaría de Salud Pública; Gregorio Aráoz Alfaro, ex presidente del
D e p a r t a m e n t o N a c i o n a l de Higiene y ligado a la gestión del presidente radical Marcelo T.
de Alvear, representa al g o b i e r n o ante la r e u n i ó n d e l Consejo D i r e c t i v o d e l I n s t i t u t o
I n t e r n a c i o n a l A m e r i c a n o de Protección a la Infancia, realizada en M o n t e v i d e o e n 1951;
Olarán Chans, director de M a t e r n i d a d e Infancia entre 1937 y 1945, es enviado a Estados
U n i d o s , e n 1948, con el f i n de estudiar las organizaciones médicas y científicas dedicadas
a la h i g i e n e m a t e r n o i n f a n t i l . Esta experiencia internacional n o es volcada e n la gestión
pública y a que a su regreso n o o c u p a n cargos en la misma.
P i g n o n e , s i n la t r a y e c t o r i a académica de su antecesor, m a n t i e n e su n o m b r a m i e n t o
hasta septiembre de 1949, m o m e n t o que se hace cargo de dicha repartición el pediatra
Pedro A l b e r t o Basílico. Esta rotación de cuadros técnicos parece estar en consonancia con
el recorrido de varios de los técnicos de la Secretaría y del M i n i s t e r i o de Salud Pública, a
excepción de la larga gestión de R a m ó n Carrillo q u i e n ocupó su cargo por o c h o años. Los
c a m b i o s de gestión son u n i n d i c a d o r de la modificación de las cuotas de p o d e r entre
grupos y puede ser e n t e n d i d a c o m o u n límite hacia la profesionalización, giros en la
acLmiriistración y por ío t a n t o suponen una alta i n c e r t i d u m b r e de las reglas de juego.
Entre fines de 1946 y 1948, n o existen medidas significativas vinculadas a la protección
de la m a d r e y el n i ñ o . En efecto, los cambios de funcionarios y la adecuación de nuevos
objetivos e n la planificación d a n lugar a u n t i e m p o de espera en la i m p l e m e n t a c i ó n de la
práctica política. La entrada de Pignone coincide con el m o m e n t o de m a y o r d i n a m i s m o
c o n s t r u c t i v o que se detiene hacia mediados de 1949 y su desplazamiento concuerda c o n
u n c a m b i o de r u m b o e n la p o l í t i c a de la D i r e c c i ó n de M a t e r n i d a d e I n f a n c i a d a d o
p r i n c i p a l m e n t e p o r u n recorte presupuestario. De tener como eje la construcción de centros
m a t e r n o s i n f a n t i l e s pasa a tener c o m o foco la difusión de medidas para la higiene y el
cuidado de los recién nacidos.

De la maternidad integral al centro materno infantil

D e n t r o de los tres ejes que organizan la salud pública durante el p r i m e r p e r o n i s m o - la


m e d i c i n a asistencial que a p u n t a a la cura de los i n d i v i d u o s ; la m e d i c i n a sanitaria o
profiláctica, centrada en la e n a d i c a c i ó n de los factores m e d i o a m b i e n t a l e s que i n c i d e n
directamente e n la difusión de enfermedades y la medicina social o preventiva, encargada
de t o m a r medidas encaminadas a mejorar el ámbito e c o n ó m i c o y social - la Dirección de
M a t e r n i d a d e Infancia f o r m a parte de esta última (Argentina, 1947, 1951a).
Según el Plan Analítico de Salud Pública de 1947, la Dirección de M a t e r n i d a d e Infancia
debe ejercer las funciones relativas a la asistencia y protección integral de la madre, de la
f u t u r a m a d r e y d e l n i ñ o p o r m e d i o de las l l a m a d a s ' m a t e r n i d a d e s i n t e g r a l e s ' . La
centralización de la asistencia sanitaria, social y m o r a l bajo u n solo organismo pretende
evitar la falta de coordinación entre la iniciativa nacional, la p r o v i n c i a l y la privada. Se
p r o p o n e c o n s t r u i r f u n d a m e n t a l m e n t e J u j u y , Salta y T u c u m á n , d o n d e los í n d i c e s de
m o r t a l i d a d son mayores (Argentina, 1947, p.442).

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Carolina Biernat, Karina Ramacciotti

Desde el p u n t o de vista técnico, la m a t e r n i d a d integral abarca los servicios de obstetricia


y ginecología, p u e r i c u l t u r a e i n f a n c i a . Desde el p u n t o de vista social, se plantea dar asilo a
las embarazadas pobres, así c o m o a las madres y sus h i j o s . También permitiría resolver
cuestiones morales d a d o que se considera que l a circulación de las embarazadas o parturientas
e n hospitales p o l i v a l e n t e s puede traer i n c o n v e n i e n t e s éticos o afectivos para los o t r o s
pacientes. En f o r m a c o m p l e m e n t a r i a y subsidiaria a las 164 maternidades que se p l a n i f i c a n ,
se estipula la creación de 35 centros maternos infantiles. Éstos deben estar e n zonas rurales,
dar asistencia e n el período p r e n a t a l y post n a t a l y su personal sería r o t a t i v o . Según l o
planeado, los casos graves t i e n e n que ser derivados a u n a m a t e r n i d a d . En franca oposición
a la práctica desarrollada p o r el D e p a r t a m e n t o N a c i o n a l de Higiene, se considera que " l a
l u c h a p o r proteger a la madre y el n i ñ o solo c o n centros m a t e m o s i n f a n t i l e s es t a n estéril
c o m o la l u c h a contra la tuberculosis reducida a dispensarios antituberculosos" (Argentina,
1947, p.455).
La m a t e r n i d a d i n t e g r a l e n c u e n t r a su antecedente e n u n p r o y e c t o de asistencia a l a
madre y a l n i ñ o presentado p o r Alberto Peralta Ramos, Ángel Sosa y Sánchez, Pedro Elizalde,
Juan G a r r a h a n , A l b e r t o Peralta Ramos ( h i j o ) , Jaime Moragues B e m a t y María Z u r a n o en
la C o n f e r e n c i a N a c i o n a l deAsistenciaJJocial dé 1933. ,En este p l a n la m a t e r n i d a d , que
debería c o n t a r c o n personal especializado, es concebida c o m o u n c o n c e p t o i n t e g r a l de
asistencia m é d i c a y social, de e n s e ñ a n z a y divulgación de p r i n c i p i o s de h i g i e n e para la
m a d r e y el recién nacido. En línea c o n las ideas del p u e r i c u l t o r francés A d o l p h e Pinard,
f o r m u l a n la creación de 'maternidades refugios' (Beruti, 1943, p.548-557).
Es i n d u d a b l e q u e l a p r o p u e s t a de b r i n d a r asistencia m é d i c a , social y m o r a l para l a
m a d r e y el n i ñ o , plasmada e n l a legislación e n 1947, es t r i b u t a r i a de los proyectos de los
años 1930. N o obstante ello, estos planes n o cuajan e n la práctica política y esto echa luz
acerca de las distancias entre l a enunciación del programa de g o b i e r n o y el campo de las
concreciones materiales. La distancia entre el ideal y l a práctica n o debe ser interpretada
c o m o u n fracaso de la política. Entendemos que hay que p r o f u n d i z a r t a n t o e n las demandas
de diferentes actores sociales y políticos que pudieron haber incidido n o sólo en los cambios de
f u n c i o n a r i o s sino, t a m b i é n , e n l a i n t r o d u c c i ó n de m o d i f i c a c i o n e s e n el r u m b o de las
políticas y e n el recambio de los cuadros técnicos. Así m i s m o , los efectos que puede generar
la i m p l e m e n t a c i ó n (o la ausencia) de u n a política t a m b i é n p r o d u c e n modificaciones sobre
las agendas públicas que deben ser consideradas e n el análisis. Rescatar este aspecto nos
p e r m i t e v i s u a l i z a r el proceso de c o n s t r u c c i ó n que l l e v a i m p l í c i t a t o d a p o l í t i c a social
(Ramacciotti, 2006).,
Entre fines^cíel947 y 1952 se h a b i l i t a n más de cincuenta centros maternales e n diferentes
partes d e l país, pero n o se crean nuevas maternidades. La estrategia para dar solución a las
problemáticas sanitarias de la madre y el n i ñ o se hacen desde el n i v e l a ( i m i n i s t r a t i v o local
a c o m p a ñ a d o d e l a s e s o r a m i e n t o t é c n i c o y n o r m a t i v o o t o r g a d o p o r l a D i r e c c i ó n de
M a t e r n i d a d e I n f a n c i a ( M e n c h a c a , 1953). En efecto, los c e n t r o s m a t e r n o s i n f a n t i l e s ,
i d e a l m e n t e pensados c o m o eslabones de u n sistema m á s a m p l i o , son e n l a p r á c t i c a
depositarios de u n g r a n m a r g e n de a u t o n o m í a . Poseen personal r o t a t i v o l o cual abre la
p o s i b i l i d a d de q u e , e n ciertas o p o r t u n i d a d e s , se q u e d e n s i n m é d i c o s o s i n p e r s o n a l
especializado. Lorenzo García (1954, p.63), fiel colaborador de C a r r i l l o d u r a n t e l a etapa

342 Historia, Ciencias, Saúde - Manguinhos, Rio de Janeiro


La tutela estatal de la madre y el niño en la Argentina

del M i n i s t e r i o de Salud, sostiene que los objetivos del p r i m e r p l a n q u i n q u e n a l se retardan


debido a la carencia de enfermeras especializadas, de médicos pediatras, de puericultores y de
visitadoras de higiene.
E n 1950 el M i n i s t e r i o de Salud Pública, e n f u n c i ó n de ajustar las a t r i b u c i o n e s y
j u r i s d i c c i o n e s a l o r e a l m e n t e existente, r e o r g a n i z a su r e g l a m e n t o i n t e r n o y e n esta
o p o r t u n i d a d n o aparece la maternidad integral. Siguiendo esta línea, el Plan Esquemático
de Salud Pública (1952-1958) estipula que el " C e n t r o de Salud M a t e r n o I n f a n t i l es el m e j o r
i n s t r u m e n t o de l u c h a contra la m o r t a l i d a d i n f a n t i l " y agrega que el capítulo escrito p o r
Moragues Bemat, está plagado de "planteos vacilantes y p o c o actualizados" y su fracaso se
debe, e n g r a n m e d i d a , p o r n o haber otorgado i m p o r t a n c i a a los centros m a t e m o - i n f a n t i l e s .
En u n claro sentido reparador se postula que estos centros se deben instalar " c o m o u n
a n e x o a los hospitales existentes y sólo c o n s t r u i r l o s en los lugares d o n d e n o existan
hospitales" (Argentina, 1950, 1951b).
A p a r t i r de 1947, la Dirección de M a t e r n i d a d e I n f a n c i a c o n t r o l a los hospitales que
c u e n t a n c o n m a t e r n i d a d y que anteriormente dependían de la Sociedad de Beneficencia
de la Capital Federal. Esta transferencia n o está libre de escollos y a que u n o de los tópicos
que se discute e n la Cámara de Diputados al crearse la Dirección Nacional de Asistencia
Social es d e c i d i r q u é o r g a n i s m o tendrá el c o n t r o l de los hospitales que a n t e r i o r m e n t e
dependían de la Sociedad de Beneficencia. La disputa está centrada sobre quiénes tendrán
mayores atribuciones para inspeccionar estos hospitales. Los 'médicos' de la Secretaría de
Salud, e n t a n t o figuras técnicas y poseedores de u n c o n o c i m i e n t o específico, o la Secretaría
de Trabajo y Previsión, e n función del p r e d o m i n i o de figuras políticas. Este a r g u m e n t o ,
basado e n la dicotomía 'técnicos' opuestos a los 'políticos', da cuenta de u n a disputa de
p o d e r y de u n a búsqueda de criterios de l e g i t i m i d a d que sustente la existencia, real o
simbólica, de nuevas instituciones en el entramado estatal. Las referencias a la necesidad
de " h o m b r e s prácticos" en oposición a los "hombres políticos" es u n elemento recunente
e n el discurso político argentino que se remonta a l ideario liberal. El supuesto es que la
entrada de ciertos profesionales a la arena del Estado redundaría e n u n beneficio para el
progreso de la n a c i ó n . 8

Las maternidades que dependían de la Sociedad de Beneficencia de la Capital Federal,


que pasan a la órbita de la Secretaría de Salud, están ubicados e n Buenos Aires, l o cual indica
trabas en la satisfacción de las demandas sanitarias en el interior. Muestra de estas limitaciones
son los constantes reclamos sobre la necesidad de crear servicios de atención a la madre
embarazada y a l n i ñ o e n las cartas enviadas por los particulares y las asociaciones c o m o
respuesta al p e d i d o de iniciativas para reformular el 2 o
Plan Q u i n q u e n a l e n diciembre de
1951. A m o d o de ejemplo, podemos mencionar el pedido de la U n i ó n de Mujeres Argentinas
de Liniers, quienes solicitan u n a maternidad en la zona ya que las madres deben acudir al
Hospital Salaberry y este nosocomio n o cuenta con camas suficientes. Por su parte, A r m a n d o
Benaguti solicita la construcción de u n hospital provincial e n Santa Fe ya que el existente
carece de sala de maternidad y de sala de niños. Agrega que, dada Ta~eldstenc4a^de escasos
servicios e insumos, los trabajadores deben concurrir a los sanatorios privadas. 9
/
La'pregunta'es por que el ideal de brindar "ayuda médica y social i n t e g r a l " está l i m i t a d o
en la práctica política. Por cierto, la planificación sanitaria debe ser reformulada, dadas las

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i

Carolina Biernat, Karina Ramacciotti

disputas jurisdiccionales, a partir de la creación de la Dirección de Asistencia Social bajo la


t u t e l a de la Secretaría de Trabajo y Previsión. Esta dependencia, d i r i g i d a p o r A r m a n d o
M é n d e z San Martín, tiene p o r función dar protección a la madre desamparada debiendo
concurrirse p o r t o d o s los medios a evitar la disolución d e l b i n o m i o m a d r e - h i j o . Así m i s m o ,
la asistencia a mujeres pobres que comienza a b r i n d a r Eva Perón es o t r o e l e m e n t o que
l i m i t a la planificación sanitaria. Muestra de ello es que a mediados de 1947, después de ser
i n t e r v e n i d a la Sociedad de Beneficencia, es el Estado q u i e n resguarda a las mujeres c o n o
sin h i j o s . U n a vez creada, e n el año 1948, la Fundación de A y u d a Social María Eva Duarte
de Perón, este hogar de tránsito depende de esta institución. Además se c o n s t r u y e n dos
hogares de tránsito más y el hogar de la empleada General J o s é de San Martín. A estas
instituciones de corte asistencial-médico debe sumarse la construcción de los policlínicos
de l a Fundación Eva Perón.
En u n p r i m e r m o m e n t o parecieran existir relaciones y lógicas comunes entre la Secretaría
de Salud Pública y la Fundación Eva Perón. En f u n c i ó n de dar cuenta de las demandas
sanitarias y sociales que p r o v i e n e n del i n t e r i o r del país, la Secretaría de Salud Pública crea,
a p r i n c i p i o s de 1947, u n Servicio de Ayuda Médica Integral. C o n v e r t i d a e n dirección e n
1950, esta repartición se aboca exclusivamente a dar satisfacción a los pedidos de personal,
remedios y servicios m é d i c o s p o r parte de la Fundación Eva Perón. Esta descripción da
c u e n t a de la existencia de áreas de competencias c o m p a r t i d a s e n t r e la f u n d a c i ó n y l a
secretaría. Esta relación complementaria se d i l u y e entrados los años 1950. Por u n l a d o -
c o m o l o demostraremos más adelante - la Fundación Eva Perón logra m a y o r a u t o n o m í a
e c o n ó m i c a y, p o r o t r o , l i m i t a la dependencia c o n el M i n i s t e r i o de Salud e n relación a la
dotación de personal t é c n i c o .
Las trabas q u e trae e n la práctica el proceso de especialización médica es o t r o factor
i m p o r t a n t e a la h o r a de pensar e n los límites operativos de la m a t e r n i d a d integral. Francisco
Menchaca, profesor a d j u n t o de higiene y m e d i c i n a preventiva de la Facultad de M e d i c i n a
de la U n i v e r s i d a d del L i t o r a l sostiene que la excesiva diversificación de las especialidades
médicas y su a t e n c i ó n e n distintos centros especializados traen c o m o consecuencia u n m a l
uso de los recursos. De allí que p r o p o n g a su centralización e n u n a sola institución q u e
b r i n d e asistencia integral a toda la familia - y n o sólo a la madre y al h i j o - a fin de evitar
las interferencias e n la a t e n c i ó n y la duplicación de las tareas. En esta m i s m a línea, Carrillo
cree que la c o n c e n t r a c i ó n de diferentes servicios e n u n solo edificio es la f o r m a m á s eficaz
y eficiente de resolver las múltiples demandas sanitarias. El policlínico, que abarca t a m b i é n
los servicios de m a t e r n i d a d , se propone c o m o u n a estrategia más ajustada ante la necesidad
de centralizar servicios c o n miras a racionalizar el presupuesto sanitario (Menchaca, 1952;
Carrillo, 1 9 5 1 , p.298).

Los únicos privilegiados son los niños

Desde la segunda década del siglo X X , distintas miradas p o n e n el acento e n la necesidad


de v a l o r i z a r a la i n f a n c i a c o m o u n a etapa de la v i d a a u t ó n o m a de la a d u l t a y de c u y o
c r e c i m i e n t o saludable depende el desanollo, físico, psíquico y social de las personas. C o n
diferentes a r g u m e n t o s , el cristianismo, los organismos de derechos h u m a n o s , los m i l i t a n t e s
socialistas y comunistas y las voces de la corporación médica defienden la idea de que el

344 Historia, Ciencias, Saúde - Manguinhos, Rio de Janeiro


La tutela estatal de la madre y el niño en la Argentina

' n i ñ o ' es sujeto de derechos. En función de este c l i m a de ideas, la Dirección de M a t e r n i d a d


e Infancia c o n t i n ú a c o n la línea planteada años antes de estudiar y propiciar la solución
de los problemas v i n c u l a d o s a los n i ñ o s de u n o a seis años. En esta valoración de la niñez
nos encontramos c o n u n terreno menos retórico y más ligado a la acción política.
Si b i e n a partir de 1948 se concreta u n d i n a m i s m o constructivo plasmado e n la creación
de centros de higiene materno-infantiles, éste se diluye cerca de 1950. Es e n este m o m e n t o
c u a n d o se hacen notorias las medidas vinculadas a la protección a la n i ñ e z representadas
p o r los controles a la alimentación del recién nacido y los consejos a las madres sobre la
m e j o r m a n e r a de b r i n d a r a l i m e n t o s n u t r i t i v o s a sus niños. En f u n c i ó n de m e j o r a r los
índices de m o r t a l i d a d i n f a n t i l , preocupación constante de la Dirección de M a t e r n i d a d e
Infancia, se realizan i n f o r m e s sobre la incidencia del clima en este f e n ó m e n o , se reglamentan
las cocinas de leche, se m o d i f i c a el registro del recién n a c i d o d e b i e n d o las autoridades
hospitalarias estar e n estrecha relación c o n las d e l Registro C i v i l a f i n de establecer la
correcta filiación del n u e v o ser, se realizan inspecciones en las salas cunas y en los jardines
de infantes, se entrega a las madres internadas u n ajuar para sus b e b é s y cartillas c o n
consejos sobre l a higiene y sobre la evolución cronológica deseada para sus hijos. En esta
valorización de la niñez se i n s t i t u y e la celebración de la Semana del N i ñ o que, j u n t o a la
Semana de la Salud de Trabajador y del Día del Médico, c o n s t i t u y e n instancias festivas en
el calendario sanitario (Argentina, 1952, p.391-417).
En 1948 se crea el Consejo del N i ñ o , bajo la órbita de la Dirección de M a t e r n i d a d e
I n f a n c i a y se i n s t i t u c i o n a l i z a n los problemas que amenazaban a la n i ñ e z . En América
Latina, este t i p o de instituciones t u v o c o m o antecedente a U r u g u a y que e n 1934 organizó
y puso e n f u n c i o n a m i e n t o u n Consejo del Niño y además s a n c i o n ó u n Código del Niño
( B i m , 2006).
En la A r g e n t i n a , el C o n s e j o d e l N i ñ o se abocará al c u i d a d o de la p r i m e r i n f a n c i a ,
m o m e n t o considerado f u n d a m e n t a l para asegurar el posterior desanollo del " h o m b r e del
m a ñ a n a " . Se c o n s i d e r a n a la a l i m e n t a c i ó n ' r a c i o n a l ' , p o r m e d i o de la i n s t a l a c i ó n de
lactarios, y la v i s i t a seguida a l dispensario, c o m o elementos que asegurarán el m e j o r
desarrollo biológico de los infantes. En función de evitar las "lacras sociales del f u t u r o " y
lograr el "ideal superior simbolizado p o r u n a j u v e n t u d fuerte sonriente y o p t i m i s t a " , los
c u i d a d o s m a t e r n a l e s y m é d i c o s d u r a n t e los p r i m e r o s a ñ o s s o n c o n s i d e r a d o s claves
(Argentina, 1948, p.40).
La lactancia m a t e r n a es u n t ó p i c o que atraviesa gran parte del siglo X X . D u r a n t e el
peronismo es fuertemente estimulada y penalizada moralmente la madre que n o la practica.
N o obstante ello, comienzan a darse recomendaciones para preparar de f o r m a más higiénica
la leche artificial. En 1951 se constituye el Servicio Nacional de la Leche que pretende limitar la
m o r t a l i d a d i n f a n t i l p o r m e d i o de u n a "distribución más lógica, r a c i o n a l y equitativa de
la leche" ya que, según informes técnicos, el 70% de la producción láctea es consumida en la
región Buenos Aires-litoral en d e t r i m e n t o del resto del país (Argentina, 1952, p.123).
Esta intervención sanitaria es parte de u n a reacción política a los constantes reclamos
de los profesionales de la salud y de las madres sobres dificultades que presentaba la leche
a r t i f i c i a l : las madres d e n u n c i a n que se agriaba y se cortaba c o n f a c i l i d a d , los pediatras
d e n u n c i a n trastornos digestivos debido a la falta de nutrientes esenciales e n la leche de

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Carolina Biernat, Karina Ramacciotti

vaca. La escasez de la leche y su encarecimiento dadas las huelgas de tamberos y de los


obreros de las industrias lecheras d i f i c u l t a n poder llevar a cabo muchas de las r e c o m e n -
daciones alimentarias sanitarias. En 1952 c o n u n claro t o n o crítico, el o r g a n i s m o sanitario
d e n u n c i a que en los lugares d o n d e la m o r t a l i d a d i n f a n t i l hace estragos es necesario instalar
t a m b o s pero, c o m o "esa solución escapa a las posibilidades del M i n i s t e r i o " , e n los centros
m a t e r n o s i n f a n t i l e s se debe proveer leche e n p o l v o , condensada y p r o d u c t o s dietéticos
derivados de la leche (Argentina, 1952, p.92).
A h o r a b i e n , esta v a l o r i z a c i ó n de l a n i ñ e z está v i n c u l a d a c o n u n d i s c u r s o l o c a l e
i n t e r n a c i o n a l que apunta e n este sentido. Es interesante rescatar que para la Dirección de
M a t e r n i d a d e Infancia esta asociación discursiva e n defensa de los derechos de los niños es
u n recurso que le p e r m i t e i n c i d i r políticamente dado el recorte de presupuestario de 1949.
A l n o poder sustentar su visibilidad pública p o r m e d i o de la construcción de centros m a t e m o s
i n f a n t i l e s , m a n t i e n e algún espacio político a partir de l a vinculación c o n otras dependencias
sanitarias tales c o m o la Dirección de C u l t u r a Sanitaria, la asociación c o n los organismos
internacionales y u n m a y o r diálogo con los pediatras. Esta búsqueda de nuevas bases de
l e g i t i m i d a d está e n sintonía c o n u n claro i n t e n t o de mantener su existencia, real o simbólica,
d e n t r o del espacio estatal.

Escasez de recursos
U n o de los escollos que t u v o que enfrentar la Dirección de M a t e r n i d a d e I n f a n c i a e n
los a ñ o s 1940, es la escasez de recursos para hacer frente a sus necesidades. En el terreno de
las construcciones hospitalarias, el Departamento Nacional de Higiene n o posee el c o n t r o l
de las construcciones hospitalarias. La decisión y el presupuesto sobre la edificación de
centros sanitarios son del Departamento de Arquitectura Hospitalaria, que depende del M i n i s -
terio de Obras Públicas. El traspaso de esta dependencia a la órbita de la Secretaría de Salud
Pública a m p l i f i c a el d i n a m i s m o y la capacidad material para estudiar, proyectar, construir,
conservar y a m p l i a r todas las obras hospitalarias en curso y para aquellas planeadas para
el f u t u r o . ...
A esta i n s t i m d o n a j i d a d f o r m a l s"e le agrega la entrada de nuevas partidas financieras
por m e d i o de la transferencia de u n a 'cuenta especial', compuesta p o r los recursos o r i g i -
nados p o r u n i m p u e s t o a la explotación de los casinos y los juegos de azar. Este subsidio es
u t i l i z a d o p o r la Secretaría de Salud Pública hasta mediados de 1949. Desde entonces, p o r
m e d i o de u n decreto del poder ejecutivo, es cedido a la Fundación Eva Perón. Este recorte
presupuestario, s u m a d o al c a m b i o de r u m b o e c o n ó m i c o a p a r t i r de 1950, es o b j e t o de
duras críticas p o r parte de Carrillo. En 1950 p u b l i c a u n i n f o r m e e n el que sostiene q u e
" m i e n t r a s el v o l u m e n de gastos ha aumentado cuatro veces, el v o l u m e n de presupuesto
solo se ha i n c r e m e n t a d o dos veces sin t o m a r e n cuenta el m a y o r costo de v i d a " . Agrega
que el m a y o r r e n d i m i e n t o solo tiene p o r explicación " l a m e j o r organización y u n ajuste
aclministrativo m a y o r en 1949 que e n 1946" (Carrillo, 1950, p.77).
Si b i e n entre 1946 y 1947 son escasas las obras vinculadas a la protección de la m a t e r n i d a d
e i n f a n c i a , el panorama se m o d i f i c a desde mediados de 1948. Es a partir de este m o m e n t o
y hasta 1950 d o n d e existe u n m a y o r d i n a m i s m o e n materia de construcción de centros
m a t e m o s infantiles. Durante este período se crean cerca de cincuenta centros a l o largo del

346 Historia. Ciencias, Saúde - Manguinhos, Rio de Janeiro


La tutela estatal de la madre y el niño en la Argentina

país y se restauraran otros que habían sido edificados p o r el Departamento N a c i o n a l de


Higiene. La poca especificidad sobre los servicios que realmente b r i n d a n , l i m i t a la posibilidad
de analizar el i m p a c t o real e n la v i d a de las personas. Esto es, m u c h o s centros m a t e m o s
infantiles solo c u e n t a n c o n servicios odontológicos l o que l i m i t a la satisfacción de otras
demandas. El recorte de presupuesto a partir de 1950 v a d a las a t r i b u d o n e s efectivas de Ja
D i r e c d ó n de M a t e r n i d a d e I n f a n d a ya que las cuestiones relativas a l b i n o m i o m a d r e - h i j o
se trasladan a o t r o espado de poder: la F u n d a d ó n Eva Perón.

Conclusiones
En los a ñ o s 1930 se c o n s t i t u y e n nuevas agencias estatales que redefinen muchas r d a d o n e s
crudales d e n t r o de la sociedad c i v i l , a u n aquellas que se e n c o n t r a b a n t r a d i d o n a l m e n t e
ceñidas a l á m b i t o de l o p r i v a d o . En el área de las políticas sanitarias esa i n t e r v e n c i ó n
centralizadora se basa e n los supuestos técnicos-organizativos de los médicos. Éstos, e n
t a n t o sus a n t i g u a s redes de i n s e r c i ó n p r o f e s i o n a l y p o l í t i c a , o b t i e n e n u n a c e n t u a d o
p r o t a g o n i s m o e n la esfera estatal. En sus agendas técnicas-políticas, dos t ó p i c o s son
recunentes: la necesidad de dotar al Estado de u n a organizadón centralizada y r a d o n a l de
la asistenda médico s o d a l y l a resoludón de la llamada 'crisis p o b l a c i o n a l ' caraderizada
por u n decaimiento e n el f l u j o de natalidad, principalmente e n las zonas prósperas, y u n
e m p o b r e d m i e n t o biológico de la p o b l a d ó n .
E n este artículo nos centramos en la trama de reladones que se constituye e n t o m o a la
D i r e c d ó n de M a t e r n i d a d de I n f a n d a entre 1936-1955. Este recorte nos p e r m i t e analizar las
c o n t i n u i d a d e s y las r u p t u r a s e n u n período que i n c l u y e u n r e c a m b i o de g o b i e r n o q u e
signó la historia política y s o d a l e n la Argentina: la llegada d d p e r o n i s m o y la a m p l i a d ó n
de los contenidos de la d u d a d a n í a sodal y política.
En el área de m a t e r n i d a d e i n f a n d a se produce u n reconocimiento de los derechos de las
madres y sus hijos antes de la llegada del peronismo. Este proceso n o está libre de tensiones
ya que la nueva repartición presenta u n a m p l i o arco de problemas: las disputas p o r l o que
otras r e p a r t i d o n e s i n t e r p r e t a n c o m o u n recorte de atribuciones, la i m p o s i b i l i d a d real de
dar curso a los proyectos, dada la escasez de recursos y la f a l t a de personal, la n u e v a
distribudón de poder entre grupos que esto genera y las dificultades para dar cauce a las
múltiples realidades p r o v i n d a l e s . Así por ejemplo, si b i e n l a D i r e c d ó n de M a t e r n i d a d e
I n f a n c i a p r e t e n d e la s u p e r i n t e n d e n d a sobre las i n s t i t u d o n e s privadas o los organismos
p r o v i n d a l e s y m u n i d p a l e s de tutela de la madre y el n i ñ o , su incapacidad material y su
falta de l e g i t i m i d a d le i m p i d e n ejercerla e n la mayoría de los casos.
C o n la llegada del p e r o n i s m o n o se i n t r o d u c e n cambios n o m i n a t i v o s de esta repartición
p ú b l i c a , p e r o se p r o d u c e u n r e c a m b i o d e l personal p o l í t i c o - t é c n i c o . La e n t r a d a a la
a(iministración de reconocidos obstetras establece m o d i f i c a d o n e s e n la f o r m a de plantear
la planificación estatal. Discursivamente, el centro materno i n f a n t i l es desplazado p o r la
idea de m a t e r n i d a d integral. Pero este entramado de ideas, plasmadas en el Plan Analítico
de Salud Pública de 1947, n o cuaja e n la práctica política ya que, luego de u n recambio de
personal caracterizado p o r la entrada de pediatras a la administradón pública, se r e a m e a
la c o n s t r u c d ó n de centros m a t e m o s infantiles.

v.l 5, n.2, p.331 -351, abr.-jun. 2008 347


Carolina Biernat, Karina Ramacciotti

La activa etapa constructiva c o m p r e n d i d a entre 1948 y 1950 da una m a y o r corporeidad


i n s t i t u c i o n a l a la protección m a t e r n a e i n f a n t i l e i m p l i c a u n a transformación p r o f u n d a
e n el c a m p o de la salud pública e n t a n t o busca proyectarse a t o d o el t e r r i t o r i o del país. Es
durante este lapso q u e se puede rastrear u n a a c c i ó n política n a c i o n a l d i n á m i c a que, n o
solo se caracteriza p o r c o n s t r u i r obras, sino que posee la capacidad necesaria para reducir
los efectos p r o d u c i d o s p o r las trabas regionales, las superposiciones a d m i n i s t r a t i v a s y la
constante rotación de f u n c i o n a r i o s .
Luego de u n a reducción del presupuesto se genera u n a poda de atribuciones efectivas
d a n d o lugar a u n a institución c o n e n t i d a d m á s simbólica que real. En f u n c i ó n de m a n t e n e r
algún espacio de i n c i d e n c i a política, se i n c r e m e n t a n las c a m p a ñ a s de difusión sanitaria
p r e v e n t i v a . La tutela de los n i ñ o s c o m i e n z a a dirigirse directamente a los n i ñ o s e n los
consultorios pediátricos, e n las escuelas o e n las colonias de vacaciones, e n función de la
a u t o n o m i z a c i ó n de sus derechos y de la penalización de las madres p o r las conductas
'irracionales' hacia sus hijos. Por último, los médicos parecen ser recluidos a sus saberes
disciplinarios o a su f u n c i ó n técnica y desplazados de su lugar de propulsores de u n proyecto
político.
Frente a este r e a c o m o d a c i ó n política, l a D i r e c c i ó n N a c i o n a l de Asistencia Social y,
principalmente, la Fundación Eva Perón quedan c o m o las principales instituciones que cubrirán
las demandas sanitarias y asistenciales de las madres y sus hijos ya que son las que p o r t a n
recursos simbólicos y efectivos para solucionar los problemas que se consideran prioritarios.
Estas diferentes vías para satisfacer las necesidades asistenciales de los niños y, secundariamente
de sus madres, da lugar a u n mecanismo estatal polimórfico en el que sus múltiples formas
representan el estado de fuerzas predominantes en u n m o m e n t o determinado.
Por ú l t i m o , focalizar la a t e n c i ó n e n c ó m o u n a repartición estatal plantea el t e m a del
l l a m a d o b i n o m i o m a d r e - h i j o e n el transcurso de 19 a ñ o s h a b i l i t a la r e f l e x i ó n sobre las
diferencias y similitudes existentes e n otras latitudes y e n los vasos c o m u n i c a n t e s entre
las políticas sociales surgidas e n diferentes países de América. Enfrentar d i c h a tarea, que
excede la p r o b l e m á t i c a de este trabajo, permitiría avanzar sobre la c o n s t r u c c i ó n de u n
m o d e l o teórico metodológico que, sin dejar de considerar aquellos concebidos en Europa
y América d e l N o r t e , responda a las características particulares del C o n o Sur. ( H o c h m a n ,
2005; Carrillo, 2005; B i r n , 2006).

NOTAS
1
Ley 12.341: creación de la Dirección de Maternidad e Infancia (Recopilación..., 1938).
2
Decreto reglamentario 101.341, 11 mar. 1937 (Creación..., jul.-ago. 1937).
' Carta del Patronato Nacional de Menores al ministro de Justicia e Instrucción Pública con fecha del 1 de
julio de 1937. Archivo General de la Nación, Ministerio del Interior, año 1937, caja 26, legajo 23.871.
4
Carta del director nacional de Higiene al ministro del Interior del 6 de octubre de 1937. Archivo General
de la Nación, Ministerio del Interior, a ñ o 1937, caja 26, legajo 23.871.
5
Opinión del procurador del Tesoro, fechada el 21 de septiembre de 1937. Archivo General de la Nación,
Ministerio del Interior, año 1937, caja 26, legajo 23.871.
6
Opinión del procurador general de la nación, fechada el 20 de octubre de 1937. Archivo General de la
Nación, Ministerio del Interior, año 1937, caja 26, legajo 23.871.

348 Historia, Ciencias, Saúde - Manguinhos, Rio de Janeiro


La tutela estatal de la madre y el niño en la Argentina

7
Decreto 5.520, 19 feb. 1938 (Ley de protección..., abr.-jun. 1938).
8
Diario de sesiones de la Cámara de Diputados, Imprenta del Congreso, p.3869, 1948.
9
Archivo general de la Nación, Secretaría Técnica, caja 45, iniciativas 10.848 y 15.051 del 21 de diciembre
de 1951.

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