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XIII CONGRESSO BRASILEIRO DE SOCIOLOGIA

GRUPO DE TRABALHO 25: SOCIOLOGIA DA CULTURA

MODERNISMO BRASILEIRO E AS MARCAS PORTUGUESAS


DE UMA MODERNIDADE PERIFÉRICA

Ana Lúcia Teixeira


Universidade de São Paulo (USP)
e-mail para contato: alucia@usp.br

29 de maio a 1 de junho de 2007


UFPE, Recife (PE)
Nesta comunicação buscarei propor uma correlação entre as literaturas
modernistas brasileira e portuguesa e uma certa noção de Modernidade que parece se
imprimir em ambas, de maneira a problematizar a interpretação canônica feita pela
crítica literária brasileira que definiu a nossa literatura modernista como o momento em
que já estava plenamente sedimentada uma suposta ruptura com o cenário cultural
português.
O vigor com que o Modernismo brasileiro continua despertando o
interesse daqueles que se dispõem a pensar o Brasil é ainda bastante significativo, o que
provavelmente se correlaciona com o diagnóstico nele impresso de momento ápice do
processo de construção de uma nacionalidade num país colonizado e profundamente
miscigenado, onde as referências de suas origens são múltiplas e difusas. Em termos
gerais, o pensamento brasileiro dedicado ao movimento modernista recortaria do
cenário nacional aquilo em cujo crédito depositaria o teor de especificidade de uma
possível “brasilidade”. Tratou-se, portanto, de buscar a singularidade de uma nação em
gestação. Tomemos a aproximação que Antonio Candido, em seu texto “Literatura e
Cultura de 1900 a 1945”1, faz do problema. Segundo ele, a constituição de uma
literatura nacional, ainda no século XIX, pautava-se ainda por um necessário “diálogo
com Portugal”, por meio do qual uma ainda imatura, se bem que dinâmica e em
movimento inegável de auto-superação, tomada de consciência de nós próprios como
um país que, mesmo falante da língua portuguesa e recém independente de Portugal em
termos políticos, nunca havia acertado contas com sua antiga metrópole em termos de
igualdade. Nesse cenário, a despeito da língua comum, as condições do ambiente
cultural diverso impuseram formas específicas para o seu emprego, e definiram, desde
sempre, condicionantes sociais que resguardam um determinado “particularismo” no
conjunto cultural que não se confundia com o português, particularismo este que se
veria inscrito sem lenitivos no nacionalismo literário erguido como bandeira em
momentos diversos da nossa literatura. Dois são os momentos decisivos em que em que
essa ânsia autonomizante ganha expressão: Se durante o Romantismo se fizera
expressiva uma atitude hostil de negação do predomínio da norma literária portuguesa,
o que se deu no momento nascente da consciência de nós mesmos, com o Modernismo,
o que se verificou foi um puro e simples desconhecimento do que se passava na cena

1
Antonio Candido. Literatura e Cultura de 1900 a 1945. In: _____. Literatura e Sociedade. Oitava
Edição. São Paulo, TAQueiroz/Publifolha, 2000.

2
portuguesa, desconhecimento expresso no silêncio guardado pelos modernistas
brasileiros, décadas depois, acerca da produção cultural portuguesa do início do século
XX, expressão já de amadurecimento e confiança em nossa autonomia intelectual e
cultural em relação aos valores portugueses.
Quando nos deparamos com a leitura feita pela crítica portuguesa, a
postura teórica que recorta um objeto que não é uma cultura circunscrita
territorialmente, mas comporta a extensão do idioma, ao invés de segregar, agrega suas
culturas componentes, lançando o foco analítico sobre semelhanças num movimento
precisamente contrário ao anterior. No interior desse “universo lusófono”, o Brasil
ocupa apenas uma fração, se bem que ali detenha relevância crucial. Daí que críticos
portugueses como Eduardo Lourenço2 e Arnaldo Saraiva3 tenham salientado de maneira
até bastante sentimental a inconsistência da postura teórica brasileira, atestando a
necessária relação que “naturalmente” sobrevive entre uma cultura mãe e aquela por ela
originada.
Um tal confronto de interpretações acerca de um mesmo movimento
literário parece ganhar maior complexidade quando se considera que, mesmo em se
tratando de uma discussão que ganha maior visualidade no âmbito literário, ao mesmo
tempo o excede imensamente. Isso porque, a meu ver, o aprofundamento das tensões
entre essas duas literaturas está centrado no papel que essa dimensão da cultura
historicamente desempenhou nos dois países: em ambos os lugares a noção canônica de
nacionalidade se constituiu de maneira mais sólida na produção da literatura. Por isso
mesmo o traçado nacionalista é tão forte em ambos os casos, o que, por sua vez, atribui
tanto à literatura brasileira quanto à portuguesa uma fisionomia diferencial em relação
às literaturas modernistas, por exemplo, francesa e inglesa, já que as vanguardas
modernistas desenvolvidas no centro da Europa parecem não ter erguido como pilar de
sustentação fundamental o projeto de construção simbólica da nação. Diversamente,
tanto no Brasil quanto em Portugal, ao se pensar um projeto cultural voltado para a
invenção do estritamente novo, construir a nação do ponto de vista simbólico aparece
como um horizonte comum a ambos os países. Daí que me pareça pertinente pensar a
emergência da literatura modernista brasileira e também da portuguesa como projetos
não só de construção simbólica de cada uma dessas nações, mas, sobretudo, de sua

2
Eduardo Lourenço. A nau de Ícaro e Imagem e Miragem da Lusofonia. São Paulo, Companhia das
Letras, 2001.
3
Arnaldo Saraiva. Modernismo brasileiro e modernismo português. Subsídios para o seu estudo e para a
história das suas relações. Campinas, SP, Editora da Unicamp, 2004.

3
construção como nação moderna, posto que linguagem modernista e valorização dos
elementos culturais locais parecem duas dimensões do mesmo processo de renovação
cultural. Considerando que se trata de duas culturas perifericamente localizadas quando
correlacionadas com as vanguardas modernistas, é possível assumir que nos dois casos
desenvolveu-se um projeto de construção cultural, em que a literatura desempenha papel
central, articulado com um projeto de modernização de países periféricos, projeto esse
que excede, portanto, o âmbito da cultura.
O recorte da cultura como locus privilegiado para se entender o problema
da modernização, contudo, não é especificidade dos países periféricos, mas um atributo
da noção de Modernidade tal como ela se desenvolveu em seu lugar de origem: a
Europa dos tempos modernos, para usar os termos de Habermas4. O conceito de
Modernidade, segundo o autor, foi pela primeira vez definido claramente como conceito
por Hegel, filósofo que primeiramente formula como especificidade da Modernidade
sua necessidade de extrair de si mesma a sua normatividade, e, portanto, por seu
atributo de autocertificação. Mas é o conceito de Modernidade definido por Weber que,
segundo Habermas, se conecta necessariamente com a noção de racionalismo ocidental,
consolidado na Europa ao longo do século XIX. Ocorre, porém, que essa noção
originária da Modernidade, tal como explicita Habermas, sofre uma inflexão substantiva
a partir das teorias da modernização desenvolvidas a partir dos anos 50 do século XX. O
conceito de Modernidade sofre um processo de estilização, transformando-se num
padrão neutralizado no tempo e no espaço. Com isso, a conexão necessária entre o
conceito de Modernidade e o racionalismo ocidental que lhe dava sustentação estava
dissolvida, de maneira que o racionalismo ocidental cedera lugar a processos
cumulativos de reforço mútuo, tais como a formação do capital e a mobilização de
recursos, o estabelecimento do poder político centralizado, entre outros. Como resultado
da desconexão histórica entre o conceito de Modernidade e o de racionalidade, a própria
Modernidade perde a exclusividade de sua relação com seu contexto de origem, a
Europa central, podendo assim, em certa medida descaracterizada, exceder as suas
fronteiras originais. Nesse sentido, se supomos que a Modernidade nos alcança na
periferia da cena moderna, com as transformações necessárias que lhe foram impressas
localmente pelo convívio com formações sociais pré-modernas, é possível assumir que
se trate de uma Modernidade por assim dizer desterrada, que perdera os vínculos

4
Jürgen Habermas. O Discurso Filosófico da Modernidade. São Paulo, Martins Fontes, 2000.

4
necessários com seu contexto de emergência, e com ele da noção de racionalismo que a
caracterizara na origem. Uma tal Modernidade desterrada será, portanto, caracterizada
pela objetivação histórica de estruturas racionais nas mais diversas esferas da vida
social, quer se trate de um aparelho estatal burocratizado, quer se trate da cristalização
dos núcleos organizadores da empresa capitalista. Contudo, a despeito dos princípios
racionais que orientam o funcionamento dessas estruturas objetivadas, por exemplo, no
Brasil, as formas sociais desdobradas da economia colonial, que se formou numa
combinação entre o modo de produção escravocrata e o modo de circulação capitalista
que movimentaram por longo tempo a economia brasileira, sobreviveram no processo
complexo de modernização brasileira trazendo precisamente as marcas da contradição
sobrevivente entre formas econômicas mutuamente excludentes5. Isso proporcionou um
mútuo engendramento entre o desenvolvimento de uma economia de mercado no Brasil
e um lastro social em larga medida irracional se pensado à luz do racionalismo ocidental
traçado por Weber, de datação anterior a esse mesmo processo de racionalização. O
mesmo vale para a institucionalização do Estado no Brasil, onde se pode fazer convergir
uma legalização inspirada num Estado racional e uma extrema fragilidade no que
concerne ao ideário democrático que pareceria inerente a essa mesma
institucionalização, tal como explicita Sérgio Buarque de Holanda6.
Com esse panorama no horizonte talvez fosse possível considerar que a
desconexão apontada por Habermas entre a Modernidade e o racionalismo ocidental em
que essa se sustentava se dê a ver mais claramente na periferia do mundo moderno,
onde essa mesma Modernidade chega com algum grau de artificialidade, posto que não
brota das relações sociais aqui desenvolvidas. Diversamente, terá de suplantá-las. Como
contrapartida, a possibilidade de migração de aspectos produzidos pela Modernidade
para a periferia do cenário internacional permitiu também por essa via um
questionamento da grande teoria racional, produzida na Europa, imbuída de pretensões
universalistas. Isso porque é na periferia do mundo que ela receberá limites e será
relativizada, como apontara Roberto Schwarz: “Largamente sentido como defeito, bem
conhecido mas pouco pensado, esse sistema de impropriedades decerto rebaixava o
cotidiano da vida ideológica e diminuía as chances da reflexão. Contudo facilitava o
ceticismo em face das ideologias, por vezes bem completo e descansado, e compatível
aliás com muito verbalismo. (...) O fundamento deste ceticismo não está seguramente na
5
Caio Prado Jr. Formação do Brasil Contemporâneo: Colônia. São Paulo, Brasiliense/Publifolha, 2000.
6
Sérgio Buarque de Holanda. Raízes do Brasil. São Paulo, Companhia das Letras, 26ª. Edição, 1997.

5
exploração refletida dos limites do pensamento liberal. Está, se podemos dizer assim, no
ponto de partida intuitivo, que nos dispensava do esforço. Inscritas num sistema que não
descrevem nem mesmo em aparência, as idéias da burguesia viam infirmada já de
início, pela evidência diária, a sua pretensão de abarcar a natureza humana. Se eram
aceitas, eram por razões que elas próprias não podiam aceitar. (...) Abalava-se na base a
sua intenção universal. Assim, o que na Europa seria verdadeiramente façanha da
crítica, entre nós podia ser a singela descrença de qualquer pachola, para quem
utilitarismo, egoísmo, formalismo e o que for, são uma roupa entre outras, muito da
época mas desnecessariamente apertada.”7
Tanto no Brasil quanto em Portugal, muito mais do que na Europa
central, as contradições entre estruturas racionais historicamente objetivadas e padrões
tradicionais de sociabilidade aparecem escancaradas aos olhos do investigador,
deixando claras mudanças profundas que atuam sobre o conceito de Modernidade
quando esse é pensado a partir da periferia do mundo moderno. Se, como aponta
Habermas, a noção de Modernidade já não implica necessariamente o princípio do
racionalismo ocidental definido por Weber, num contexto como o brasileiro, uma tal
conexão sequer foi necessária, pelo menos não integralmente.
Essa me parece uma maneira profícua de entender os empreendimentos
literários brasileiro e português em sua profunda e bastante similar inspiração
nacionalista: em ambos os casos tratava-se de uma nova assimilação de padrões
culturais importados da Europa moderna, reformulados, contudo, pela percepção aliás
muito moderna, e portanto também importada, de que a pura assimilação de padrões
estéticos fora destituída de valor artístico. A invenção e a criatividade desfrutavam
assim de uma centralidade no fazer artístico de que nunca antes dispuseram. Bons
alunos, brasileiros e portugueses rapidamente notaram que a mera assimilação das
estéticas modernas oriundas da Europa Central constituía uma operação artística muito
pouco moderna. Essa assimilação do que vinha de fora tinha de ser contestada se se
quisesse adotar uma postura moderna bem estruturada. O paradoxo de uma tal
concepção é gritante: para se empreender aquilo que a cultura moderna bem lhes impôs,
brasileiros e portugueses tinham de erigir ruidosamente a bandeira da nacionalidade
contra o próprio princípio da importação cultural: para os portugueses, sobretudo
quando se pensa em Fernando Pessoa, poeta central do Modernismo português, tratava-

7
Roberto Schwarz. As idéias fora do lugar. In: _____. Ao vencedor as batatas. São Paulo, Duas Cidades,
1977, p.22-23.

6
se de libertar-se dos padrões franceses de produção cultural. Para os brasileiros, dentre
os quais têm destaque Mário de Andrade e Oswald de Andrade, eram os portugueses
que se tratava de rasurar a partir de então. Ao fazê-lo, produzem, em ambos os casos,
um novo paradoxo: construir o moderno impunha inelutavelmente selecionar da própria
história nacional, e, portanto, de seu passado de marcas sociais tradicionalistas e pré-
modernas, os elementos que caracterizam essa nacionalidade almejada: a vocação
descobridora de um Portugal arcaico que se lança ao mar pioneiramente no século XV;
e, no caso brasileiro, o folclore e a cultura miscigenada engendrada num contexto de
colonização. Ambos os processos de rasura de um padrão exterior, até então plenamente
concebido como canônico, estavam assim ligados à reconstrução simbólica do Brasil e
de Portugal como nações modernas, constituindo nesse andamento um projeto nacional
de modernização pela via da cultura, sobretudo da literatura. Nesses dois contextos,
cultura e modernização estariam assim amarradas para sempre.
Diversamente da crítica literária brasileira mais sedimentada, penso que o
mesmo universo de problemas se desdobra nos dois cenários, aproximando-os de
maneira inequívoca quando se pensam a produção da literatura modernista brasileira e a
portuguesa à luz de seus projetos mais audaciosos, que envolviam não só uma funda
transformação estética nas produções locais, mas uma reconstrução simbólica de cada
uma dessas nações, em ambos os casos fazendo implicarem-se mutuamente um projeto
de renovação cultural e um projeto de modernização nacional.
A conexão entre modernização e cultura, como já mencionado, não é
exclusividade dos contextos periféricos, mas encontra-se em sua concepção original
ensejada em larga medida pela análise estética. Se é no plano da análise estética, e,
portanto, da obra de arte, que a Modernidade passa a ser remetida à história, então é
possível entender que o Modernismo, ou seja, a cultura que emerge nesse momento da
história, se funda com a própria experiência histórica da Modernidade, de tal forma que
uma Modernidade desterrada como é essa que aporta em terreno brasileiro e português
exprimirá, como experiência histórica, uma correlação profunda entre processos de
modernização extremamente problemáticos e particulares, ainda que modernizantes, e
uma cultura que da mesma forma caminha numa relação tensa entre exprimir o
moderno, e mesmo produzi-lo, e não se desgarrar dos padrões nacionais arcaicos que a
caracterizavam, o que compromete ainda em outra dimensão a construção periférica
dessa Modernidade: se nos termos de Habermas a Modernidade se desenvolve buscando
uma autocertificação, construindo sua fundamentação a partir de si mesma, e não de

7
qualquer momento precedente da história, no contexto brasileiro e no português ela não
pode prescindir de recuperar de sua história local passada os elementos sobre os quais é
possível fundamentar uma noção local e periférica de Modernidade.
O que cabe salientar ainda uma vez é que não se trata de considerar esses
dois cenários, brasileiro e português, como locais em que aporta tardiamente uma noção
central de Modernidade, mas como cenários de construção de uma Modernidade
qualitativamente diversa da sua concepção européia central, que, contudo, com ela
guarda relações, já que uma tal reconstrução periférica pode ser entendida de maneira
combinada com as transformações sofridas pela noção de Modernidade no centro do
mundo moderno. Em outros termos, só foi possível uma tal readaptação periférica e
contraditória da noção originária de Modernidade porque essa noção foi profundamente
alterada em seu próprio lugar de origem. Com isso o que se quer sugerir é que apenas
uma Modernidade que já não se explica pelo racionalismo ocidental em que se fundou
no momento de sua emergência, e que, portanto, pode se desconectar de seu lugar de
origem, transformando-se em produto de exportação, tal como chega ao Brasil e a
Portugal. Certamente esse percurso não se faz sem as profundas alterações envolvidas
no processo de “tradução” de uma modernização que em cenário nacional se recomporá
convivendo com inúmeros elementos que contradizem precisamente o racionalismo que
a fundara em sua versão original, tal como propõe Schwarz. É ao prescindir de seus
fundamentos originais que ela viaja até a periferia do mundo, transformando-se em algo
que ela negaria inteiramente caso não houvesse deixado de implicar necessariamente os
fundamentos desse racionalismo.

BIBLIOGRAFIA

Candido, Antonio. Literatura e Cultura de 1900 a 1945. In: _____. Literatura e


Sociedade. Oitava Edição. São Paulo, TAQueiroz/Publifolha, 2000.

Habermas, Jürgen. O Discurso Filosófico da Modernidade. São Paulo, Martins Fontes,


2000.

Holanda, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. São Paulo, Companhia das Letras, 26ª.
Edição, 1997.

8
Lourenço, Eduardo. A nau de Ícaro e Imagem e Miragem da Lusofonia. São Paulo,
Companhia das Letras, 2001.

Prado Jr, Caio. Formação do Brasil Contemporâneo: Colônia. São Paulo,


Brasiliense/Publifolha, 2000.

Saraiva, Arnaldo. Modernismo brasileiro e modernismo português. Subsídios para o


seu estudo e para a história das suas relações. Campinas, SP, Editora da
Unicamp, 2004.

Schwarz, Roberto. As idéias fora do lugar. In: _____. Ao vencedor as batatas. São
Paulo, Duas Cidades, 1977.

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