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Pimenta Orgânica: PRAGAS E DOENÇAS NAS PIMENTEIRAS Page 1 of 55

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sexta-feira, 3 de setembro de 2010 Produtora e


PRAGAS E DOENÇAS NAS PIMENTEIRAS Empreendedora

PRAGA . (1.) Abundância de coisas nocivas ou


desagradáveis. (2.) Designação comum aos insetos e
moléstias que atacam as plantas e os animais. (3.) Bot.
Bras. Erva daninha. Designa-se como praga o surto de
MAGNA COUTO
determinadas espécie nocivas ao desenvolvimento agrícola magna_10souto@hotmail.com
ou que destroem a propriedade humana, perturbam os
ecossistemas, ou que provocam doenças epidémicas no Arquivo do blog
homem ou noutros animais.
Embora se refira, geralmente, a animais (insetos e ratos, ► 2011 (1)
principalmente), também se pode aplicar a erva daninhas, ▼ 2010 (26)
consideradas invasoras, prejudiciais à biodiversidade de
► Dezembro (1)
alguns ambientes ou à produção agrícola. No primeiro caso,
temos, por exemplo, os gafanhotos que nas suas migrações ► Outubro (1)
podem devastar campos; no segundo, o caso das acácias ou ▼ Setembro (2)
do eucalipto, que se propagam facilmente, não permitindo a
PRIMEIRO ANIVERSÁRIO
existência de outras espécies de árvore.
O conceito oficial de praga é estabelecido pela FAO como PRAGAS E DOENÇAS NAS
sendo: "qualquer espécie, raça ou biótipo de vegetais, PIMENTEIRAS
animais ou agentes patogênicos, nocivos aos vegetais ou
► Agosto (1)
produtos vegetais". Portanto, o termo praga compreende
animais (insetos, ácaros e nematóides). ► Julho (3)
► Junho (1)

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DOENÇA [Do lat. dolentia.] (1.) Med. Denominação genérica ► Maio (4)
de qualquer desvio do estado normal. (2.) Med. Conjunto de
sinais e/ou sintomas que têm uma só causa; moléstia. Na ► Abril (1)
plantação a doenças é (causadas por fungos, bactérias, ► Março (7)
vírus e viróides). A maneira mais usada atualmente para
► Fevereiro (3)
combater as pragas na agricultura são os agrotóxicos,
produtos químicos que têm a finalidade de exterminar ► Janeiro (2)
pragas ou doenças que ataquem as culturas agrícolas. Entre ► 2009 (34)
eles, podemos encontrar os inseticidas, herbicidas,
fungicidas, raticidas e outros. Além de serem tóxicas, essas
Pimenta Fotos
substâncias se mantêm no solo por muitos anos e, pela
cadeia alimentar, vão se acumulando no corpo dos animais
e do ser humano, causando doenças graves até a morte.
Uma forma alternativa é a utilização de controle biológico.
Principais insetos e ácaros que causam danos à
PIMENTEIRA
Os artrópodes associados à cultura da pimenteira podem
causar danos indiretos, como os pulgões e tripes, vetores de
viroses, e danos diretos, como besouros, lagartas,
minadores de folhas, percevejos, cochonilhas e ácaros.
Mas não vamos só falar sobre pragas e doenças da
pimenteira como achei pouca coisa sobre esse assunto, farei Aventuras NivaSouto
no geral e cada um tira o necessário para a sua plantação.
Ia colocar algumas receitas, mas farei um artigo só sobre as
receitas caseiras para controle nas pragas depois.
UMA RECEITA DE INSETICIDA CASEIRO. A calda de fumo
pode ser preparada em casa e combate muitas pragas, como
pulgões, cochinilhas sem carapaça, lagartas, entre outros. É
Seguidores
fácil de fazer: Aquecer um litro de água, acrescentando 50
gramas de fumo de corda picado e deixar ferver por cinco
Seguir
minutos. Desligar o fogo, deixar esfriar e coar. Como
Google Friend Connect
aplicar: dissolver a mistura em dois litros de água e
pulverizar a planta, de preferência no fim da tarde, não Seguidores (13)
regando logo após esta aplicação.
Dicas: Podem-se acrescentar pimentas malaguetas
esmagadas, para aumentar o efeito de controle. A adição de
um pouco de sabão na mistura facilita a aderência deste
produto na planta. Mas atenção: para consumir as plantas
nas quais a calda foi aplicada, deve se esperar pelo menos
24 horas!
QUAL A MELHOR FORMA DE COMBATER AS PRAGAS? A Já é um membro?Fazer login
agricultura e a pecuária são das principais atividades
humanas na produção de recursos alimentares. Estas
remontam ao tempo em que o Homem se tornou sedentário,
sendo que teve de ir desenvolvendo técnicas para conseguir
um aumento da quantidade e qualidade da produção. Um
dos principais problemas com que logo se deparou foi a
questão das pragas. Qualquer espécie indesejável para o ser
humano é considerada uma praga. Estas podem afetar a
diversos níveis, tal como, ao competirem pelos nutrientes,
transmitirem doenças ou ao se alimentarem das colheitas.
Para se combaterem estes problemas, foram criados todo o
tipo de pesticidas. Durante muitos anos, as empresas
responsáveis pelo desenvolvimento das tecnologias
agroquímicas que foram utilizadas nos últimos anos,
prometiam que esses desenvolvimentos iriam permitir
acabar com a fome mundial, ao aumentarem bastante a
produção. Contudo, tal não sucedeu e, além disso, estas
técnicas apresentavam vários problemas, entre os quais, a
sua toxicidade, que afetava muitas espécies além da
pretendida, o fato de acelerarem o processo evolutivo das

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espécies, tornando-as mais resistentes (já existem


indivíduos naturalmente protegidos contra o tóxico, pelo
que esses sobrevivem e transmitem essa proteção à sua
descendência), e serem causadores de poluição e ameaças à
saúde pública (segundo a OMS, milhões de pessoas são
envenenadas todos os anos, morrendo cerca de 200 mil).
São substâncias persistentes, que contaminam os solos,
águas e seres vivos durante muito tempo.
Atualmente, já existem técnicas mais evoluídas, que tentam
evitar as desvantagens acima referidas. A técnica mais
conhecida atualmente, tem a ver com a produção de OGM's
(organismos geneticamente modificados). Com o
desenvolvimento das tecnologias de manipulação do DNA,
já é possível produzir plantas com resistência a
determinados seres vivos (sejam eles insetos, fungos,
bactérias, vírus) ou produtos, como herbicidas. Devida à sua
recente utilização, esta ainda é controversa, já que muitas
pessoas receiam os perigos de se manipular algo tão
complexo e importante como o código genético.

Outra maneira de controlar as pragas pode ser através do


uso de hormonas que interfiram no ciclo de vida dos insetos
e impeçam o seu desenvolvimento. Também podem ser
usadas feromonas para os guiar para armadilhas ou atrair
os seus predadores naturais. Esses predadores também
podem ser introduzidos pelo Homem de forma a regularem
naturalmente as populações de espécies consideradas como
pragas. Um bom exemplo disso é a utilização de joaninhas
no combate aos pulgões, técnica já amplamente utilizada
em vários países. Repelentes naturais também têm vindo a
ser desenvolvidos. O alho, que, segundo a lenda, serve para
afastar vampiros, é, segundo estudos da Universidade da
Califórnia, um bom repelente contra muitos tipos de
bactérias prejudiciais.
Contudo, todas estas técnicas utilizadas para substituir os
pesticidas têm muitas desvantagens, sendo a principal a sua
menor eficácia. Por outro lado, não são tão invasivas e não
afetam o ambiente. Também não induzem a seleção natural
das espécies e, por isso, não cria super espécies resistentes
a pesticidas. Atualmente, a agricultura biológica tem
ganhado cada vez mais adeptos. Ela pretende aumentar a
produção através do controlo da época e quantidade de
colheitas (por exemplo, a realização da policultura pode
permitir a menor utilização de adubos, já que as culturas
necessitam de diferentes nutrientes, e atrai diferentes tipos
de pragas, que podem competir entre si e reduzir os danos).
Estas técnicas não têm uma grande eficácia, mas ao serem
combinados com as outras já referidas, podem tornar-se na
melhor solução a longo prazo.Contudo, continua a existir
uma grande controvérsia à volta desta questão, em grande

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parte devido aos interesses econômicos. Por exemplo,


aproximadamente 90% destes químicos são produzidos por
3 empresas (Beyer, Monsanto, Syngenta) que, como é
óbvio, tentam evitar o decréscimo da venda de pesticidas e,
por isso esforçam-se por refutar estas teses que apóiam
técnicas alternativas. De um ponto de vista responsável, a
abordagem correta deveria ser utilizar a menor quantidade
possível de pesticidas, tentando controlar as pragas
naturalmente. Mas talvez este modelo ideal nunca venha a
ser possível de implantar à grande escala, visto que devido
à explosão demográfica, cada vez mais há a necessidade de
produzir mais alimentos, por isso a produtividade agrícola
tem de se manter alta. Nos países em desenvolvimento é
necessário fazer um esforço ainda maior no controlo
demográfico, enquanto nos países desenvolvidos é urgente
uma maior poupança dos recursos. Caso contrário, será
cada vez mais difícil produzir quantidades suficientes de
alimento, agravando, assim, os problemas
ambientais.Apesar de todos estes esforços, é imprescindível
apostar forte na investigação tecnológica e educar as
pessoas para que compreendam e aceitem as novas
técnicas.Externato C. da Benedita, Alcobaça, Portugal.
MANEJO DE PRAGAS E DOENÇAS EM HORTAS. O ataque de
pragas e doenças é um dos maiores problemas enfrentados
por pequenos ou grandes produtores de hortaliças. Algumas
plantas podem ser atacadas por dezenas ou até uma
centena de doenças. Da mesma forma, algumas pragas
podem atacar dezenas ou até centenas de espécies de
plantas. O uso de agrotóxicos para combater doenças e
pragas nem sempre é a melhor opção, principalmente em
pequenas áreas. Afinal, além de custarem caro, a aplicação
errada desses produtos pode representar riscos de
contaminação ao aplicador, aos alimentos e ao ambiente.
As doenças podem ser causadas por fungos, bactérias, vírus
e nematóides. Essas criaturinhas são chamadas pelos
cientistas de patógenos e só podem ser vistas com o uso de
microscópio. Mas os estragos que elas causam nas raízes,
no caule, nas folhas e nos frutos das plantas são bem
conhecidos pelo produtor. Mas não são apenas esses
patógenos que causam as doenças. A falta ou o excesso de
luz, de água e de adubação também podem prejudicar a
saúde das hortaliças.
Muitas vezes, os sintomas das doenças são parecidos e o
produtor tem dificuldade para saber o que está afetando
sua plantação. Sem o diagnóstico correto, o agricultor não
saberá quais as medidas necessárias para enfrentar o
problema. Por isso, ele deve buscar informações em livros e
na assistência técnica de sua região.
No caso das pragas, é preciso dividi-las em dois tipos:
aquelas que transmitem doenças para as plantas, como a
mosca-branca, tripes e pulgão, e aquelas que danificam e
impedem o crescimento das hortaliças, como a vaquinha, as
lagartas e as formigas. Mas nem todo inseto é praga. Há
também aqueles que são amigos do produtor, pois comem
as ovas e os insetos que fazem mal à planta.
Em áreas pequenas, o produtor pode controlar pragas como
a vaquinha com a catação manual. Para isso, ele deve
colocar os insetos em um recipiente e depois fechar. No
caso de outras pragas que deixam ovas nas folhas, como o
pulgão, o agricultor pode fazer o esmagamento com o dedo.
Francisco Vilela Resende, pesquisador da Embrapa

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Hortaliças participa do programa e, entre outras


orientações, explica que o produtor deve, primeiro, escolher
bem o local da horta. “O produtor deve colocar a horta em
local que tenha bastante luz e evitar áreas encharcáveis”.
Outro cuidado diz respeito à irrigação. “O produtor deve
evitar o excesso de irrigação que é um dos principais
facilitadores dos ataques de várias doenças e pragas”,
explica Resende.
As mudas merecem um cuidado especial. Mais frágeis, elas
são mais suscetíveis ao ataque de pragas que as plantas
adultas. Além disso, uma muda contaminada pode levar
doenças ao campo quando transplantada. Por isso, as
mudas devem ser produzidas em ambiente controlado, que
pode ser sofisticado, como uma casa de vegetação, ou bem
simples, como uma gaiola montada com pedaços de madeira
e uma tela apropriada para conter insetos, que pode ser
comprada em casas agropecuárias.
Tipos de Pragas e Doenças que atacam as plantas: Aves,
Ácaros, Besouros, Brocas, Brocas do Ponteiro, Burrinhos,
Caramujos, Cochonilhas, Ferrugem, Formigas, Fungos,
Lagartas, Lagarta Rosca, Largata Minador, Lesmas, Mosca
Branca, Moscas do Mediterrâneo, Minadores de Folhas,
Nematóides, percevejos, Pulgões, Raspador, Tatuzinho,
Tripés, Vetores de veroses, Vírus.
TIPOS DE PRAGAS E DOENÇAS:

AVES. Os pardais. [De or. incerta; poss. do gr. párdolos,


'certo pássaro' (<>

ÁCAROS. [Do tax. Acarus Classificação científica. Domínio:


Eukariota, Reino: Animal. Subreino: Metazoa. Filo:
Arthropoda. Subfilo: Chelicerata. Classe: Arachnida. Ordem:
Acarina. São parecidos com carrapatos, só que bem
menores, podendo ser enxergados somente com o auxílio de
uma lupa. Os principais são os ácaros vermelhos, os ácaros
brancos e os rajados. Considerando ciclo biológico de uma
semana, a ausência de controle natural e a produção de 50
fêmeas, em quatro semanas cada ácaro (fêmea) pode dar
origem a mais de seis milhões de ácaros. O que são. Ácaro é

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o nome comum de aproximadamente 30.000 espécies de


aracnídeos diminutos, semelhantes a carrapatos, possuindo
a cabeça, tórax e abdômen unidos num corpo segmentado,
porém, com tamanho muito inferior e impossível de ser
visto a olho nu. Corpo. Ainda na forma de larva, os ácaros
podem possuir três pares de patas, já na fase adulta, este
número aumenta para quatro. Possui estrutura bucal
adaptada para perfuração. Como a maioria dos aracnídeos,
os ácaros respiram através de traquéias (pequenos tubos
que se abrem na camada superficial do corpo) e vivem tanto
em ambiente terrestre quanto em ambiente aquático. Tipos
de ácaros. Entre os ácaros mais importantes se encontra o
ácaro vermelho e o ácaro da sarna. Há também os ácaros do
folículo, que infectam os folículos pilosos e as glândulas
sebáceas humanas. Ácaro rajado (Tetranychus urticae)
(Koch, 1836) (Acari: Tetranychidae), estes artrópodos são
de tamanho bastante reduzidos, apresentando na sua fase
adulta quatro pares de pernas. Tem como característica
principal duas manchas escurecidas na face dorsal do corpo.
Localizam-se na face inferior dos folíolos e tecem
considerável quantidade de teia, em altas infestações
migram para o ponteiro da planta para dispersão. As
injúrias são muito parecidas com as causadas por tripes.
Durante a alimentação introduzem seus estiletes nas células
das folhas e sugam o conteúdo celular extravasado. As
plantas geralmente apresentam as folhas cloróticas, e com
a evolução do ataque tornam-se bronzeadas, podendo cair.
Ácaro vermelho (Tetranychus evansi) (Baker & Pritchard,
1960) (Acari: Tetranychidae), morfologicamente estes
ácaros são muito parecidos com o ácaro rajado, porém
apresentam coloração vermelha intensa. Os sintomas são os
mesmos do ácaro rajado, ou seja, formação de teia e
clorose nos folíolos. Os ácaros não são tão importantes
como praga do amendoinzeiro em condições normais,
entretanto quando da ocorrência de veranico (alta
temperatura e baixa unidade) podem se tornar problema
sério, pois nestas condições seu desenvolvimento
populacional é bastante acelerado. Entre os animais pode-
se citar os ácaros dos pássaros, que infectam a pele destes
animais, o das galinhas, que atacam as aves domésticas,
podendo, inclusive, produzir dermatite nos seres humanos.
Com relação aos ácaros que vivem em ambiente aquático,
existem nos rios e nos lagos, espécies de água doce. Entre
outros ácaros comuns se encontram as conhecidas aranhas
vermelhas ou ácaros aranha, que formam teias, alimentam-
se de folhas e destroem muitos tipos de plantas. Causador
de alergia. Os corpos dos ácaros mortos e seus excrementos
ficam misturados com a poeira dentro das casas. Este
material pode provocar alergias nos seres humanos, quando
inalado ou até mesmo em contato com a pele. CONTROLE.
Os ácaros geralmente causam prejuízos em duas situações:
(1) a combinação de fatores climáticos como a alta
temperatura, baixa umidade e ausência de chuvas
favorecem o crescimento populacional; (2) o desequilíbrio
ambiental provocado pelo uso constante de inseticidas e
fungicidas nas lavouras, que favorecem o crescimento
populacional da praga. As espécies economicamente mais
importantes são o ácaro rajado Tetranyuchus urticae e os
ácaros vermelhos T. evansi e T. marianae (Acarina,
Tetranychidae); o ácaro branco Polyphagotarsonemus latus
(Acarina, Tarsonemidae) e ácaro plano Brevipalpus

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phoenicis (Acarina, Tenuipalpidae). Por serem muito


pequenos, difíceis de se ver a olho nu, uma das maneiras de
identificar a espécie é através da descrição da
sintomatologia dos danos. O ácaro-rajado apresenta-se nas
cores branca, verde, alaranjada e vermelha, e tem duas
manchas pretas em seu dorso. O ácaro-vermelho possui
coloração vermelha muito intensa, que o distingue
facilmente dos outros ácaros. Ambos localizam-se na face
inferior das folhas independente da idade destas, causando
danos caracterizados pelos seguintes sintomas: (1.) clorose
generalizada das folhas, sendo que as nervuras mantêm-se
mais verdes; (2.) aparecimento de teia envolvendo uma ou
mais folhas; (3.) queda acentuada das folhas e morte das
plantas. O ácaro-branco localiza-se preferencialmente na
parte apical das plantas, nos brotos terminais. Seus danos
tornam as folhas endurecidas (‘coriáceas’), com os bordos
recurvados ventralmente e de coloração bronzeada. O ácaro
-plano localiza-se nas hastes e folhas mais tenras da planta
e têm coloração amarelada. As plantas podem apresentar
aparência bronzeada ou manchas cloróticas nas folhas.É
feito através da aplicação de acaricidas específicos (ácaros
vermelho, rajado e branco) ou enxofre, no caso do ácaro
plano.Pode aplicar a calda de fumo com sabão - basta
adicionar sabão à calda de fumo comum e pulveriza na
folhagem.

BACTÉRIAS. [Do gr. bakteríon, 'pequeno bastão'; tax.


Bacterium.] Biol. (1.) Microorganismo unicelular,
desprovido de núcleo individualizado, pertencente ao grupo
que abrange todos os organismos procariotos, à exceção
das cianofíceas. [Cf. micróbio. F. paral.: bactério.]Bactérias
são organismos unicelulares, procariontes (não possuem
envoltório nuclear, nem organelas membranosas). Podem
ser encontrados na forma isolada ou em colônias e
pertencem ao domínio homônimo bactéria. Podem viver na
presença de ar (aeróbias), na ausência de ar (anaeróbias),
ou ainda serem anaeróbias facultativas.As bactérias são um
dos organismo mais antigos, com evidência encontrada em
rochas de 3,8 bilhões de anos. Segundo a Teoria da
Endossimbiose, dois organelos celurares, as mitocôndrias e
os cloroplastos teriam derivado de uma bactéria
endossimbionte, provavelmente autotróficas, antepassada
das atuais cianobactérias.As bactérias são geralmente
microscópicas ou submicroscópicas (detectáveis apenas
com uso de um microscópio eletrônico). Suas dimensões
variam de 0,5 a 5 micrómetros. Excepções são as bactérias
Epulopiscium fishelsoni isolada no tubo digestivo de um
peixe, com um comprimento compreendido em 0,2 e 0,7 mm
e Thiomargaritanamibiensis, isolada de sedimentos
oceânicos, que atinge até 0,75 mm de comprimento.

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AGROBACTERIUM. Os grandes crescimentos destas raízes


são galhas induzidas por Agrobacterium sp. Tumefaciens
causa a doença galha da coroa das plantas.São tumores -
sintomas hiperplásicos em plantas - incitados por espécies
de Agrobacterium sp. sempre exerceram fascínio sobre
fitopatologistas desde o início do Século XX, quando Erwin
Smith e colaboradores demonstraram serem eles de
etiologia bacteriana. No início, imaginava-se que os tumores
eram decorrentes de alterações hormonais na planta
provocadas pela bactéria. Contudo, até recentemente, a
microbiologia e a biologia molecular não eram
suficientemente avançadas para que os cientistas pudessem
compreender e deduzir a forma através da qual o patógeno
incitava os tumores. Demorou quase um século para que se
deslindassem os complexos mecanismos bioquímicos,
genéticos e fisiológicos através dos quais o patógeno
transforma a planta, inserindo no genoma desta uma região
de seu megaplasmídeo de modo a criar para si mesmo um
nicho ecológico específico.

XANTHOMONAS CAMPESTRIS é uma espécie bacteriana que


causa uma variedade de doenças de plantas. Disponível a
partir do NCPPB e outras coleções internacionais Cultura
como ICMP, ATCC e LMG em uma forma purificada, é
utilizada na produção comercial de um polissacarídeo de
alto peso molecular - goma xantana - que é um viscosifier
eficiente da água e que tem muitos usos importantes,
especialmente na indústria de alimentos. Xanthomonas
axonopodis pv. Citri. A agricultura brasileira e mundial é
bastante afetada por várias doenças ocasionadas por
espécies do gênero Xanthomonas, provocando assim,
perdas substancias em várias culturas de grande
importância econômica. Esse gênero contém uma ampla
variedade de espécies, linhagens, e hospedeiros (124
monocotiledôneas e 286 dicotiledôneas) (LEYNS et al.,
1984) e representa o maior grupo de bactérias
fitopatogênicas, o qual apresenta uma extraordinária
diversidade patogênica e importância econômica
(VAUTERIN et al., 2000; VICENTE et al., 2001). Além disso,
a Xac, agente etiológico do cancro cítrico, está entre as
Xanthomonas, como a bactéria que causa maior impacto na

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agricultura mundial (SCHUBERT et al., 2001). Bactérias do


gênero Xanthomonas são cosmopolitas, com duas
características morfológicas comumentes presentes: (1.)
devido à produção de goma xantana (exopolissacarídeo que
auxilia na dispersão e sobrevivência do patógeno, além de
ser uma importante matéria prima nas indústrias de
alimentos e petrolífera), suas colônias possuem aspecto
mucóide e (2.) possuem cor amarela devido à produção de
pigmentos, principalmente xantomonadina, quando
cultivadas em meio Nutriente Ágar, após 2 ou 3 dias de
incubação a 28 oC (BEBENDO, 1995, VAUTERIN et al.,
1996). O cancro cítrico é uma doença causada pela bactéria
Xanthomonas axonopodis pv. citri.Vauterin et al., sendo
disseminada principalmente pelo homem, também podendo
ocorrer pela ação da natureza e pelo plantio de mudas
contaminadas. Suas lesões são encontradas nos ramos,
folhas e frutos, porém sua disseminação no pomar pode
ocorrer em plantas vizinhas ou não, podendo também
contaminar toda a área cultivada em poucos meses, sem os
cuidados adequados. CONTROLE. Não existe controle para o
cancro cítrico, porém, existem alguns métodos para
diminuir perdas econômicas, como por exemplo, erradicar a
planta infectada e as demais em um raio de 30 metros,
queimando-as no próprio local de maneira que não ocorra
uma maior contaminação no restante do pomar.

BESOUROS. Bras. Zool. Designação comum aos insetos


coleópteros, holometabólicos, cujas asas anteriores são
córneas. O aparelho bucal é mastigador. [Sin.: cascudo.]
Diversos coleópteros danificam a pimenteira, como o
burrinho, Epicauta suturalis (Coleoptera, Meloidae),
crisomelídeos conhecidos como ‘vaquinha’ Diabrotica
speciosa (Coleoptera, Chrysomelidae) que são as espécies
mais importantes, além de ‘bicudos ou carunchos’ como
Helipodus destructor e Faustinus cubae (Coleoptera,
Curculionidae). O nome científico deste besouro é Epicauta
adspersa (Coleoptera: Meloidae), conhecido popularmente
como "burrinho" justamente pela coloração acizentada.
Adultos e larvas se alimentam em plantas da família
Solanácea, a mesma do tomate. (Ver Burrinho) Os
coleópteros, mais conhecidos como besouros ou
escaravelhos são insetos pertencentes à ordem Coleoptera.
Estes animais são caracterizados principalmente pelo par de
asas anterior endurecido, conhecidas como élitros. A ordem
Coleoptera é a que tem maior número de espécies dentre
todos os seres vivos - cerca de 350 mil - sendo portanto o
grupo animal mais diverso que existe. Dentre os seus
representantes mais conhecidos estão as joaninhas, os rola-
bosta, os gorgulhos, os besouros serra-pau e os vaga-

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lumes. A maior família dentro da ordem coleoptera é a


família curculionidae. São os coleópteros providos de rostro.
As antenas são genículo-clavadas ou genículo capitadas.
São importantes pragas de culturas, como é o caso do
bicudo do algodoeiro, Anthonomus grandis, e as pragas de
grãos armazenados do gênero Sithophilus sp.Besouro
desfolhador. Um pequeno besouro de cor marrom escuro
coberto por um pó amarelo (Lytostilus juvencus) se
alimenta de folhas de pimenteiras provocando grandes
orifícios irregulares na lâmina foliar. Uma folha danificada
pode ter grande porção da margem irregularmente
destruída e em casos de ataque severo as folhas ficam
reduzidas a uma faixa estreita de tecido próxima da nervura
central. CONTROLE. O inseto tem sido controlado com
aplicações do inseticida à base de carbaryl, na dose de 225
mL/100 litros de água. (2.) O agrônomo da Coopermota,
José Roberto Massud, insiste no método cultural para
controle dos besouros do coró. Ele recomenda que os
agricultores façam armadilhas com vasilhas de água
próximas de lâmpadas. Atraídos pela luz, os insetos caem
na água e podem ser recolhidos e destruídos momentos
depois ou no dia seguinte. A medida pode ser em princípio
estranha e sem muito efeito, mas a médio e longo prazo
pode produzir resultados surpreendentes. (Ver Coros)

BICHO FURÃO. Ecdytolopha aurantiana - é uma mariposa


que deposita ovos em frutos, provocando o seu
apodrecimento e queda. Quando a infestação é precoce, os
frutos verdes também podem ser atacados. A praga ganhou
o nome de bicho furão porque na sua fase de lagarta fura o
fruto, penetra e ali se desenvolve, só saindo para se
transformar em pupa, na qual emerge o adulto, a pequena
mariposa de coloração negra. Ocorrência. Foi descrito pela
primeira vez no Brasil em 1915. Ocorre na maioria dos
Estados produtores de citros do Brasil.Ciclo de Vida. Dura de
32 a 60 dias e é mais rápido em regiões quentes; uma
temperatura média de 30oC é a ideal para seu
desenvolvimento. O inseto ataca os pomares mais
intensamente entre os meses de novembro e março. (1.) A
fêmea da mariposa coloca os ovos em frutos maduros ou
verdes que estão entre um a dois metros do chão.
Costumam colocar apenas um ovo por fruto, geralmente ao
entardecer, entre 17 h e 20 h - período ideal para o
controle. (2.) Cada fêmea chega a colocar até 200 ovos
durante o ciclo. (3.) Dos ovos, saem lagartas de cabeça
escura, que medem cerca de 5 mm. Elas furam a casca e
penetram nos frutos, onde se desenvolvem até chegarem a
cerca de 18 mm. Durante o seu desenvolvimento no fruto,
que pode durar de 14 a 30 dias, dependendo da
temperatura, a lagarta se alimenta da polpa e joga
excrementos e restos de sua alimentação para fora - esse
material fica endurecido e preso à casca. Essa característica
ajuda a identificar a presença do bicho furão no pomar. (4.)
Antes que o fruto caia, as lagartas tecem um fio para descer
ao solo, onde passam para a fase de pupa. Algumas vezes, a
pupação pode ocorrer no fruto. CONTROLE. Podem ser

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utilizados inseticidas químicos, biológicos ou reguladores de


crescimento de insetos. (1.) Hora certa - qualquer método
de controle escolhido deve ser realizado ao entardecer (a
partir das 17 h), horário em que a praga acasala e coloca os
ovos. (2.) Quando pulverizar - As pulverizações devem ser
feitas somente nos talhões que atingirem o nível de controle
(pelo menos seis machos por armadilha a cada semana).
(3.) Produtos - O controle pode ser feito com produtos
biológicos ou químicos. O primeiro é indicado para
infestações baixas (média de seis
machos/armadilha/semana). O segundo para baixas e altas
infestações. (4.) Controle biológico - A pulverização deve
ser por cobertura, na planta toda. Deve-se espalhar de sete
a dezoito dias após a contagem da armadilha atingir o nível
de controle. O objetivo é esperar a postura e fazer o
controle antes que a lagarta penetre no fruto.Os inseticidas
biológicos, à base de Bacillus thuringiensis, são eficientes
no controle do bicho furão por até 60 dias. A primeira
aplicação deve ser feita logo que constatada a existência de
mais de seis machos por armadilha. A segunda aplicação é
feita 20 a 30 dias mais tarde. Esses inseticidas agem por
mais tempo quando misturados com óleo vegetal ou
mineral. (5.) Controle fisiológico - Os produtos fisiológicos
interferem na troca e formação quitina ("pele") dos insetos,
inibindo ou acelerando seu crescimento. A aceleração faz
com que haja mal formação da "pele" do inseto, o que mata
a lagarta. Os inseticidas fisiológicos têm efeito por até 30
dias. A vantagem destes produtos é que eles são mais
seletivos em relação aos inimigos naturais do bicho furão,
preservando aranhas, formigas, ácaros e outros predadores.
(6.) Controle químico - Inseticidas químicos de largo
espectro de ação podem ser usados nos focos iniciais da
praga. Durante dois a três dias após a pulverização, as
lagartas podem se contaminar ao contato com o
defensivo.Recomendação - Se a escolha for pelo controle de
adulto, é recomendável realizar a pulverização tão logo seja
atingido o nível de controle. Atenção: Antes da aplicação
dos defensivos, solicite a orientação de um agrônomo para
conhecer as doses corretas, a garantia de registro,
seletividade aos inimigos naturais e uso de equipamentos
de proteção.

BICUDO. O Bicudo-do-algodoeiro (Anthonomus grandis) é


um besouro da família dos curculionídeos, originário da
América Central, de coloração cinzenta ou castanha e
mandíbulas afiadas, utilizadas para perfurar o botão floral e
a maçã dos algodoeiros. É tido como uma importante praga
agrícola nos E.U.A., e a espécie foi introduzida no Brasil em
1983, causando prejuízos nas plantações de algodão do
Nordeste. O adulto: É considerado a principal praga dos
algodoeiros nas Américas. É um besouro de 7 mm de

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comprimento, coloração cinza ou castanha, com o rosto


bastante alongado, correspondendo à metade do
comprimento do corpo. Apresenta dois espinhos no fêmur
do primeiro par de pernas. Às larvas: são brancas, ápodas,
com 5 mm de comprimento. As pupas: são de coloração
branca. Os primeiros adultos migram para a cultura por
ocasião do florescimento e atacam inicialmente os botões
florais os quais, após o ataque, apresentam brácteas
abertas e posteriormente caem. As flores atacadas ficam
com o aspecto de ''balão'' devido a não abertura normal das
pétalas. O fruto apresenta perfurações externas,
decorrentes do hábito de alimentação e oviposição do
inseto, sendo que internamente as fibras e sementes são
destruídas pelas larvas, que impedem a sua abertura
normal, deixando-as enegrecidas. O adulto oviposita
preferivelmente botões florais, flores e frutos. Para a
postura, a fêmea coloca um ovo por orifício, feito através do
seu rosto, sendo a cavidade posteriormente fechada por
uma secreção gelatinosa, que permite a diferenciação dos
orifícios de alimentação do inseto. O período de incubação é
de 3 a 4 dias, sendo que as larvas passam à fase de pupa
após 7 a 12 dias, em câmaras construídas nas próprias
estruturas atacadas. As pupas após 3 a 5 dias transformam-
se em adultos. Estes adultos tem uma longevidade de 20 a
40 dias, durante o ciclo do algodão, colocando em média de
100 a 300 ovos. Terminado o ciclo da cultura, parte da
produção migra para abrigos naturais e aí permanecem em
diapausa, por períodos variáveis de 150 a 180 dias até um
novo ciclo da cultura. CONTROLE. Principais ações de
combate ao bicudo: (1.) Destruição de soqueiras
imediatamente após a colheita, com prazo máximo até 31
de agosto. (2.) Armadilhamento nas bordaduras
aproximadamente 60 dias antes do início do plantio. (3.)
Plantio concentrado em um período curto. (4.) Controle
químico de bordaduras (início na segunda folha verdadeira).
(5.) Aplicações de inseticida no início da emissão de botões
florais (uma a três aplicações espaçadas de cinco dias,
conforme amostragens nas armadilhas). (6.) Controle do
bicudo com índices inferiores a 5% de botões atacados. (7.)
Bateria de aplicações de inseticidas no início de abertura de
capulho. (8.) Aplicação de inseticidas juntamente com o
desfolhante. (9.) Além de outras ações complementares.As
aplicações de inseticidas na fase de botão floral são muito
importantes, pois os adultos que sobraram em refúgios e
que escaparam das aplicações de bordadura, caso não
forem controlados na fase inicial, começarão a se reproduzir
nos botões florais e a aumentar sua população rapidamente,
podendo acarretar sérios danos, com gasto de defensivos e
quebra de produtividade. Inseticidas de boa eficácia nesta
fase são fundamentais, porque um bom controle evita altas
populações nas fases seguintes. Devem, também, ser
utilizados produtos com modos de ação diferentes para
evitar possível seleção de indivíduos resistentes. Evitar
produtos que possam desequilibrar o ambiente,
aumentando o problema de outras pragas, como, por
exemplo, os ácaros, também é um fator a ser levado em
conta. Dentre as opções de produtos que podem ser
utilizados nesta fase inicial da cultura, o Marshal Star
encaixa-se neste segmento. A Círculo Verde Pesquisa testou
o produto Marshal Star em seu campo experimental, para
verificar sua ação no controle do bicudo. Foi comprovada

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sua boa performance sobre esta praga, equivalendo-se aos


produtos-padrão utilizados. Além do bom controle do
bicudo, o Marshal Star apresenta outras vantagens, como o
excelente controle do pulgão e supressão de algumas
espécies de lagartas nos primeiros instantes que ocorrem
nesta fase.

BROCA. Nome Popular Broca, broca-da-raiz, besouro,


capitão, lagarta-rosca. Ordem: Coleoptera e Lepidóptera.
Filo: Arthropoda. Partes Afetadas: Raízes, colo, caule,
pseudobulbos, ramos, tubérculos, rizomas e bulbos.
Sintomas: Enfraquecimento, tombamento,
subdesenvolvimento, morte repentina, apodrecimento de
ramos. Recebem a denominação popular de brocas, os
estágios larvais de besouros, mariposas e borboletas que
não ficam expostos na parte aérea das plantas. Desta
maneira, as brocas são geralmente de cores claras, como o
branco, o amarelo, o creme e o verde, pois como ficam
escondidas, não precisam de proteção contra a luz do sol.
Também na maioria das vezes elas não possuem pelos
urticantes como algumas lagartas. Quando às encontramos,
elas se enrolam rapidamente. Estas larvas são muito
vorazes e seu efeito expoliativo nas plantas são sentidos
rapidamente, principalmente em plantas de pequeno porte,
como em hortas. Elas escavam galerias nos órgãos de
reserva da planta, deixando galerias com excrementos.
Quando estão bem alimentadas e crescidas entram no
estágio de pupa, para então realizarem a metamorfose que
em pouco tempo às transformará em insetos adultos, aptos
a reprodução. Os adultos de besouros também danificam as
plantas, devorando folhas e brotos; já as mariposas e
borboletas normalmente têm uma vida curta. Após o
acasalamento, as fêmeas adultas procuram novas plantas
para a postura dos ovos e o reinício do ciclo. Além do
prejuízo direto à diversas culturas, as brocas propiciam a
entrada de microrganismos como fungos, bactérias e vírus,
e insetos secundários capazes de provocar novos danos.
Além disso, muitas são vetores de nematóides, outra
importante praga. (Ver Nematóides) CONTROLE desta praga
não é nada fácil, pois as brocas estão sempre bem
protegidas, dificilmente predadores e inseticidas
conseguem chegar até elas. Em pequenos jardins, a catação
é ainda o melhor método para plantas pequenas. Em
árvores, aplique calda de fumo nos orifícios abertos pela
brocas e tape-os com cera derretida. Em hortas, lavouras e
pomares, a combinação de métodos é mais eficiente. O
diagnóstico da praga é importante para que se possa
destruir os ramos, raízes ou plantas afetadas. Restos
culturais também devem ser destruídos pois atraem os

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adultos. Estuda-se a utilização de controle biológico com


nematóides (Steinernema sp e Heterihabtidis sp) e
microorganismos (Bacillus thuringiensis e Beauveria
bassiana). A rotação de culturas acaba muitas vezes com
este problema, principalmente quando às espécies de
plantas escolhidas são bem diferentes. Jatos com soluções
inseticidas, dirigidos às partes afetadas, são eficientes no
controle da broca, mas só devem ser utilizadas em último
caso, pois também prejudicam insetos benéficos às plantas.
Em pomares, podas de limpeza são úteis e pode-se
aproveitar a oportunidade para examinar as plantas e
diagnosticar outros problemas. Atualmente, iscas
impregnadas com feromônios atrativos e alimentos servem
para aprisionar os adultos e monitorar a presença da broca
em diversos cultivos.

BROCAS DO PONTEIRO e dos frutos da pimenteira -


Conotrachelus denieri. Os adultos são pequenos besouros
que medem entre 3 a 5 mm de comprimento, apresentando
uma coloração ocre, com manchas claro-cinza sobre os
élitros. Os adultos se alimentam perfurando as partes
tenras e brotações das plantas, fazem orifícios na casca ao
redor da parte terminal do caule, onde colocam os ovos. Nas
maçãs perfuram a epiderme para depositar os ovos
recobrindo-os com uma espécie de cera. De um modo geral
os ovos são colocados na base das maçãs e entre os
espaços intercapelares, podendo-se encontrar de 3 a 4
larvas por estrutura. Os ovos são de cor branca e inseridos
nas cascas do caule, ramos, botões florais e maçãs. As
larvas de cor branco-cremosa são ápodas, apresentando
entre 5 a 7 mm de comprimento quando desenvolvidas.
Após a eclosão as larvas penetram no interior do caule, e a
partir do ápice constroem galerias através da medula no
sentido descendente. As larvas passam por 4 estádios de
crescimento, a seguir caem e penetram no solo onde se
transformam em pupa de cor branco-amarelada. Nas
condições de verão, o ciclo da espécie pode durar cerca de
25 a 30 dias. As três primeiras gerações ocorrem no caule e
ramos e, geralmente a 4ª e 5ª gerações, no interior das
maçãs. Na ausência do algodoeiro outras plantas
hospedeiras suprem as necessidades alimentares e de
reprodução da espécie. A partir das áreas de refúgio os
adultos penetram nas lavouras logo após à emergência das
plantas. Inicialmente as infestações concentram-se nas

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bordaduras, com os adultos destruindo, plantas recém-


nascidas. As plantas com mais de 15 dias de idade podem
sobreviver, permanecendo com o crescimento
temporariamente paralisado, apresentando entre nós curtos
e super brotamento. A ocorrência de grande pressões
populacionais reduzem significamente o estande,
necessitando na maioria das vezes o replantio parcial ou
total dos talhões. Nas fases de frutificação as maçãs são
atacadas determinando prejuízos na produção. CONTROLE.
(1.) Destruir os frutos encontrados sob as plantas para se
evitar novas infestações; (2.) A aplicação de inseticidas
realizadas ao entardecer proporciona eficiente controle
destas espécies, podendo reduzir os danos em até 80%;
(3.) Não utilizar inseticidas granulados sistêmicos no solo
por ocasião do transplante visando o controle deste inseto
(esta prática não apresenta bons resultados).Em função das
dificuldades de se realizar estimativas, mesmo que
aproximadas, de possíveis ataques das brocas, todas as
medidas adotadas para o controle destas pragas deverão
ser sempre preventivas. O histórico da região ou da área a
ser cultivada, será o melhor indicador sobre o potencial de
infestação das brocas. O controle cultural é básico para um
manejo efetivo destas brocas. A destruição adequada das
soqueiras, e em tempo hábil, é o fator mais importante para
o controle das brocas. A antecipação das operações de
preparo do solo em pelo menos 40 dias, eliminando refúgios
e desalojando os adultos das brocas, favorecem o manejo
das mesmas. A identificação dos locais de abrigo e o
mapeamento dos pontos iniciais de ataque destes insetos
nas propriedades favorecem a localização das faixas de
plantio isca, como também determinam os focos de
infestação. Os adultos das brocas sobreviventes de entre
safra são fortemente atraídos pelas primeiras plantas que
emergem nas áreas de cultivo, assim sendo será uma boa
estratégia a instalação do plantio isca para atração e
combate das brocas. As faixas de plantio isca com
aproximadamente 500 m2 deverão ser instaladas nas
bordaduras e proximidades de áreas permanentemente
vegetadas que abrigam as brocas, antecedendo entre 10 a
15 dias ao estabelecimento definitivo da lavoura. As
sementes utilizadas nestas faixas iscas deverão ser tratadas
com inseticidas e fungicidas. A partir da emergência das
plantas, entre 3 a 5 dias, deve-se iniciar as aplicações de
inseticidas, com reaplicação a cada 7 ou 10 dias, até os 40
dias de idade das plantas. As faixas de plantio isca são
indicadoras da ocorrência e sinalizam o potencial de
infestação de brocas para as lavouras. As plantas com
entrenós curtos, sintoma do ataque da broca do ponteiro,
deverão ser arrancadas e destruídas, evitando-se a
formação da segunda geração da praga na cultura. A
instalação de faixas iscas em diferentes pontos da área
toma maior importância no sistema de plantio direto do
algodoeiro, pois as plantas iscas estabelecidas nas
periferias dos talhões, indicariam a ocorrência e atrairiam
as brocas para fora da área cultivada. O uso de inseticidas
na época da dessecação, torna-se imprescindível para
redução populacional das brocas no interior da área. O
plantio deverá ser realizado dentro da época recomendada
para cada região. A semeadura antecipada é
desaconselhável pois normalmente propiciará maiores
infestações. As lavouras deverão ser implantadas com

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inseticidas sistêmicos aplicados nas sementes e ou solo,


que oferecem uma proteção entre 30 a 70% de controle das
brocas dependendo do produto a ser utilizado e das
condições de umidade do solo. Mas a eficiência de controle
das brocas é complementado com a aplicação aérea de
inseticidas a partir da emergência até os 30 dias de idade
das plantas. O inseticida mais tradicionalmente aplicado
para o controle da broca da raiz tem sido o paratiom-metil,
mas outros produtos como: clorpirifós, triazophós,
monocrotofós e cloridrato são também recomendados para
o controle da praga. Todas as técnicas indicadas para o
manejo da broca da raiz deverão ser também recomendadas
para o controle da broca do ponteiro. (Ver Broca do Pnteiro)
Contudo deve-se considerar que a partir dos 80 dias a
Conotrachelus denieri ataca as maçãs, quando deve-se
aplicar medidas de controle semelhantes àquelas
designadas para o bicudo.

BURRINHO - Epicauta suturalis e E. attomaria. Em


entomologia, o termo burrinho é a designação comum a
diversas espécies de besouro do gênero Epicauta e da
família dos meloídeos. Possuem corpo afilado, bem
distribuídos no Brasil em plantações de batatinha, tomateiro
e outras solanáceas. Expelem um líquido amarelo que causa
bolhas ao contato com a pele. A forma adulta é destruidora
de folhagem, enquanto as larvas se alimentam de ovos de
outros insetos. Também são conhecidos pelos nomes de
caga-fogo, caga-pimenta, cantárida, papa-pimenta,
pimenta, potó, potó-grande, potó-pimenta e vaquinha. (Ver
Vaquinha) Os adultos são besouros polífagos, negros,
revestidos de densa pilosidade cinza na cabeça, élitros e
patas, medindo 8-17 mm de comprimento. As fêmeas
ovipositam geralmente no solo, podendo alcançar 400-500
ovos durante sua existência. Os ovos eclodem após 10 dias,
e deles originam-se larvas que são ativas, fortes e
predadoras de outros insetos. O adulto é a única fase desta
espécie que é prejudicial às plantas, porque se alimenta das
folhas, ramos tenros e brotações da pimenteira e outras
solanáceas. Trata-se de um inseto que aparece raramente,
em razão do elevado uso de inseticidas na cultura. Mas, com
um maior uso do controle biológico, é possível que ocorra
um aumento populacional, por causa de suas características
migratórias – em bando, o Burrinho coloniza a cultura em
grupos de até 4000 indivíduos – e pela elevada capacidade
consumidora de folhas. O inseto ataca em reboleiras,
deixando apenas as hastes e frutos da planta. É um besouro
de até 2 cm de comprimento, de cor negra e coberto de fina
penugem de cor branca. CONTROLE. (1.) Práticas culturais
como rotação de culturas, aração e gradagem do solo,
pousio e queima dos restos culturais reduzem populações

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de burrinhos e vaquinhas; (2.) Inseticidas com ação de


contato e ingestão são em geral eficientes para controlar
estes insetos. (3.) O controle é feito pulverizando-se
inseticidas piretróides sintéticos apenas nas regiões
atacadas.

CARAMUJOS, [Do esp. escaramujo, 'roseira silvestre de


fruto edule'; 'caramujo', com aférese, poss.] (1.) Zool.
Designação comum aos moluscos gastrópodes, aquáticos,
providos de brânquias, concha grossa, pesada e muito forte.
[Sin. (lus.): cornetinha.]Caramujo ou Burrié é um molusco
gastrópode de água doce. Tem a concha em espiral, com as
voltas ou giros no mesmo plano, recebendo por isso a
denominação de planorbídeo. Os caramujos ou planorbídeos
criam-se e vivem na água doce de corrégos, riachos, valas,
alagados, brejos, açudes, represas ou outros locais onde
haja pouca correnteza.Os caramujos jovens alimentam-se
de vegetais em decomposição e folhas verdes. Existem
caramujos nocivos e caramujos inofensivos ao homem.
Entre os tipos nocivos encontram-se o Biomphalaria
tenagophila, B. glabrata e B. straminea que podem
transmitir a esquistossomose.Nome Popular Caramujo-
africano, acatina, caracol-africano, caracol-gigante, caracol-
gigante-africano, caramujo-gigante, caramujo-gigante-
africano, rainha-da-áfrica, falso-escargot. Nome Científico:
Achatina fulica. Família: Helicidae. Filo: Mollusca. Partes
Afetadas: Folhas, flores, frutos, caule. Sintomas: Partes das

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plantas roídas, rastros de secreção sobre as plantas e


vasos.O caramujo-africano é uma espécie considerada
praga em diversos países no mundo todo. Foi introduzido
ilegalmente no Brasil na década de 80, com o intuito de
oferecer um substituto mais interessante economicamente
e de maior peso que o escargot verdadeiro (Helix aspersa).
Em pouco tempo de criação se verificou que o animal não
tinha boa aceitação pelo mercado consumidor brasileiro, o
que provocou a desistência da maioria dos criadores, que se
desfizeram dos animais de forma errônea: liberando os
caramujos em jardins, matas ou simplesmente colocando-os
no lixo. Estes caramujos não encontraram predadores
naturais à sua altura e se multiplicaram rapidamente,
invadindo diversos tipos de ecossistemas brasileiros. Como
são hermafroditas (possuem os dois sexos em um mesmo
animal) e realizam a auto fecundação, basta apenas um
indivíduo para que a praga se alastre, afinal são cerca de
400 ovos ano ao por caramujo. O caramujo-africano é um
molusco grande e escuro, com até 15 cm de comprimento e
200 gramas de peso. Sua concha é alongada e cônica, com
manchas claras. Ele não deve ser confundido com os
moluscos brasileiros. Os nativos aruás-do-mato
(Megalobulimus sp) têm importante papel ecológico, além
de servirem de alimento e como matéria prima no
artesanato dos índios. Eles têm a borda da abertura da
concha espessa, enquanto que o caramujo-africano tem
esta borda cortante. Os caramujos-africanos são conhecidos
por serem hospedeiros de duas espécies de verminoses que
acometem os seres humanos. A angiostrongilíase
meningoencefálica, causada pelo Angiostrongylus
cantonensis e angiostrongilíase abdominal, cujo agente é o
Angiostrongylus costaricensis. Apesar da angiostrongilíase
abdominal ser ocasionalmente diagnosticada no Brasil,
geralmente ela está relacionada com outros hospedeiros,
entre caracóis e lesmas, que não incluem o caramujo-
africano. No entanto, estas doenças são bons argumentos
para que o controle do caramujo-africano seja mais efetivo.
A invasão do caramujo-africano é atualmente muito mais
relevante no aspecto ecológico do que no agrícola ou
sanitário. Este caramujo está invadindo ecossistemas e
ocupando um lugar que não é seu. Reduzindo assim a
diversidade de espécies. Além de devorar folhas, flores e
frutos, causando um enorme estrago em plantas de
importância agrícola, ornamental e ecológica ele também é
canibal, alimentando-se de ovos e jovens caracóis de sua
mesma espécie, como forma de obter cálcio para sua concha
em ambientes com escassez deste elemento.Este caramujo
é resistente a períodos de seca, além de ser bastante ativo
no inverno. Como outros caracóis, ele aprecia a umidade e a
sombra, se locomovendo e se alimentando mais à noite e
em dias nublados e chuvosos. É capaz de escalar muros e
árvores e desta forma transpor de um terreno a outro. Ao se
depararem com infestações de caramujo-africano, as
pessoas logo pensam em venenos para controlá-los.
Infelizmente os caracóis e lesmas em geral são muito
resistentes a venenos e os únicos produtos comerciais
disponíveis que se mostram um pouco eficientes
(metaldeídos), demonstram elevada toxicidade para os
seres humanos e outros animais, de forma que a utilização
de pesticidas não é o método de controle atual mais
indicado para estes moluscos. (Ver Lesmas) As pesquisas

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de substâncias eficientes têm se revelado muito


importantes neste sentido. A cafeína por exemplo, estudada
pelos americanos Robert Hollingsworth, Jonhn Armstrong e
Earl Campbel apresenta resultados interessantes. Assim
como o látex da coroa-de-cristo (Euphorbia splendens
hislopii), que está sendo testado no combate ao caramujo-
gigante-africano pela equipe coordenada pelo pesquisador
Maurício Vasconcellos. CONTROLE do caramujo-africano
consiste na catação e destruição dos caramujos. Jamais
coloque-os no lixo, pois estará disseminando o problema.
Também não coloque sal nos animais pois assim
contaminará o solo. O preconizado é o seguinte: Utilize
luvas descartáveis para pegar e manusear os animais.
Proteja a pele e as mucosas: não coma, fume ou beba
durante o manuseio do caramujo. Coloque os caramujos em
dois sacos plásticos e quebre suas conchas, pisando em
cima. Enterre-os em valas com pelo menos 80 cm de
profundidade, longe de cisternas, poços artesianos ou do
lençol freático. Aplique cal virgem sobre os caramujos
quebrados (cuidado, a cal queima a pele). Feche a vala com
terra. Retire as luvas e lave muito bem as mãos após isso. É
possível também utilizar iscas atrativas, que facilitam a
catação. Papas de farelo de trigo com cerveja atraem
caramujos a metros de distânica. Cascas de frutas e
legumes, estopas embebidas em cerveja ou leite, assim
como simples pedaços podres de madeira que lhes servem
de abrigo. Verifique as iscas diariamente e não esqueça de
protegê-las da chuva e do sol. Coloque-as em locais úmidos
e frescos. Preferencialmente sobre a terra. Manter o jardim
limpo de folhas mortas e frutos caídos também irá afastar
os bichos, e desta forma ainda estará prevenindo outras
doenças e pragas, como podridões de origem fúngica e
bacteriana, moscas-das-frutas, etc. Não esqueça: as pragas
só vivem e se multiplicam onde lhes é oferecido abrigo,
comida e água. É muito comum a confusão entre caramujos
e caracóis, na verdade são animais que muito embora de
aparência externa muito parecida, são bem diferentes. Os
caramujos são animais aquáticos e respiram por um sistema
semelhante aos peixes, enquanto os caracóis são animais
terrestres e dotados de 1 pulmão, portanto se um caracol
for lançado à água ele morrerá afogado, mesmo porque sua
anatomia não permite que o mesmo nade. No artigo inicial
desta página cita-se os caramujos como animais de água
doce, porem também são encontrados em água salgada.

CIGARRINHA. Empoasca kraemeri. As cigarrinhas são


insetos sugadores que, durante o período da seca,
permanecem na pastagem na fase de ovo. São os chamados
ovos em diapausa. Estes só dão origem ÀS NINFAS (formas
jovens das cigarrinhas) quando do início do período
chuvoso. Além do calor, as cigarrinhas dependem, para o
seu desenvolvimento, de muita umidade. Isto é facilmente

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notado, uma vez que as ninfas, geralmente localizadas na


base das plantas, vivem no interior de massas de espuma
secretadas pelas mesmas. Nesta fase do desenvolvimento,
as cigarrinhas causam algum dano, no entanto, os maiores
prejuízos são causados pelas cigarrinhas adultas.

Estas, ao se alimentarem, injetam substâncias de dois tipos:


umas que se coagulam no interior dos tecidos da folha,
possivelmente desorganizando o transporte da seiva; e
outras solúveis, que se translocam nas folhas,
predominantemente no sentido apical, determinando a
morte dos tecidos. Em geral, as folhas atacadas pelas
cigarrinhas morrem a partir das pontas, apresentando,
posteriormente, um aspecto retorcido. Exceto no que se
refere às plantas muito jovens, as cigarrinhas não matam as
touceiras, que rebrotam e se recuperam com o tempo.
Quando em altas populações, as cigarrinhas reduzem
drasticamente o crescimento das gramíneas, diminuindo a
produção das pastagens. Cumpre lembrar que as pastagens
severamente atacadas pelas cigarrinhas podem apresentar
menores teores de proteína e fósforo, além de um teor mais
elevado de fibra. Portanto, tem-se, além de uma reduzida
produção, pastos de menor qualidade. Nestas condições, a
pastagem tem sua capacidade de suporte reduzida.
CONTROLE. Pelas características extensivas da nossa
bovinocultura de corte, o controle destes insetos não é
tarefa fácil. Pastagens são consideradas culturas de baixo
valor por unidade de área. Neste caso, o controle químico,
comum em outras culturas de maior valor por unidade de
área como o algodão e a soja, por exemplo, torna-se, na
maioria das vezes, antieconômico.Há casos em que o
controle químico poderá ser utilizado como, por exemplo,
em áreas destinadas à produção de sementes, ou em outras
a critério do produtor. O importante é que este controle seja
feito somente com produtos inseticidas registrados para o
controle das cigarrinhas, e apenas nos locais e momentos
adequados. Alerta-se para um aspecto de interesse. É
comum o produtor, após constatar a pastagem amarelecida,
pensar em adotar o controle químico. Através de resultados
de pesquisas, verificou-se que os sintomas de danos
demoram ao redor de três semanas para se manifestarem
plenamente. Entretanto, como os adultos das cigarrinhas
vivem em média dez dias, ao se constatar as pastagens
amarelecidas, a maior parte da população que ocasionou
estes danos já morreu, não justificando, portanto, a adoção
de controle naquele momento. Dadas as características do
sistema de produção e também pelas dificuldades práticas
de se definir momentos adequados de adoção de medidas
curativas, o controle das cigarrinhas deve ter um enfoque

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preventivo. A principal recomendação é que o produtor,


dentro do possível, diversifique a sua propriedade incluindo
no sistema de produção gramíneas resistentes às
cigarrinhas-das-pastagens. Atualmente, as gramíneas
Brachiaria brizantha cv. Marandu e Andropogon gayanus cv.
Planaltina são as melhores alternativas. Presentemente, no
Centro Nacional de Pesquisa de Gado de Corte (CNPGC) da
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA),
estão sendo conduzidas avaliações em centenas de novas
introduções do gênero Brachiaria e também da espécie
Panicum maximum, visando, entre outros objetivos, a
identificação de gramíneas resistentes às cigarrinhas. Uma
recomendação complementar refere-se ao manejo das
pastagens. O produtor deve procurar adequar a carga
animal de modo a evitar sobra de pasto (evitando, é claro, o
superpastejo). A sobra de pasto resulta, ao longo do tempo,
em maior quantidade de palha acumulada ao nível do solo.
Verificou-se que esta palha propicia microclima favorável ao
desenvolvimento das cigarrinhas, garantindo maior
sobrevivência, resultando em maiores populações.

COCHONILHAS. [Var. de cochinilha, do esp. cochinilla.].


Bras. Zool. Inseto coccídeo, diminuto, que parasita vegetais,
alimentando-se de seiva, e cujas fêmeas segregam
substâncias cerosas, que lembram a laca (1), com que se
protegem, e aos ovos e larvas. Os machos adultos têm duas
asas, e as fêmeas são ápteras; constituem pragas para a
lavoura. [Sin.: escama, piolho-de-planta, piolho-dos-
vegetais.] São pontinhos brancos ou avermelhados, que
sugam as folhas e talos das plantas até acabar com a seiva.
Nome Popular Cochonilha. Ordem: Hemíptera. Filo:
Arthropoda. Partes Afetadas: Toda a planta, principalmente
folhas, ramos e raízes. Sintomas: Enrolamento e
enrugamento das folhas, subdesenvolvimento da planta,
casquinhas sobre as folhas, caule, brotações, frutos e
raízes.São denominadas cochonilhas, os pequenos insetos
pertencentes à superfamília Coccoidea. Eles têm aspecto
bastante diferente de outros insetos e são muito
importantes, devido às grandes perdas agrícolas que
porporcionam. No entanto, apesar de muitas cochonilhas
serem consideradas pragas, algumas espécies se destacam
na produção de verniz (Llaveia axin), laca (Laccifer lacca),
cêra (Ceroplastes ceriferus), medicamentos (Ceroplastes
ceriferus) e corante carmim (Dactylopius coccus). Muitas
também produzem uma secreção adocicada que, quando
coletada e processada pelas abelhas (Apis mellifera)
compõe o honeydew, um mel muito valioso e especial.As
espécies de cochonilhas podem ter aparência muito distinta
umas das outras. Elas podem ser algodonosas, de cor

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branca e aspecto farinhento, ou cerosas, de colorações


variadas, como laranja, vermelho, verde, marrom, perolado,
cinza, etc. As formas também são variadas, como cabeças
de prego, conchas de ostras, bolinhas, escamas, etc.As
fêmeas adultas são as pragas propriamente ditas. Elas são
imóveis e com aparelho bucal sugador muito desenvolvido,
capaz de sugar a seiva diretamente dos sistema vascular
das plantas. Após a fixação, elas produzem cera, que forma
a carapaça, recobrindo seu corpo como um escudo e que
serve de proteção contra os inimigos naturais e os
inseticidas. Os machos adultos são muito diferentes das
fêmeas e têm vida efêmera, durando cerca de 2 dias. Eles
nunca se alimentam, possuem asas, filamentos de cauda e
se assemelham a pequenos mosquitos ou moscas. As
cochonilhas podem se reproduzir sexualmente e por sete
tipos diferentes de partenogênese, de acordo com a espécie.
As fêmeas adultas põem ovos que eclodem dando origem a
ninfas, que são móveis, possuem patas e antenas. Desta
forma as fêmeas jovens podem se locomover, buscando
encontrar um bom lugar para se fixarem. Após a primeira
muda, suas patas se atrofiam e elas se tornam imóveis,
passando a sugar ininterruptamente a seiva da planta. Os
machos jovens são como as fêmeas jovens, mas no estágio
final, produzem asas. As cochonilhas podem ser
encontradas em ramos, folhas, frutos e raízes das mais
diversas plantas. Muitas apresentam associação com
formigas, que as protegem em troca da secreção adocicada
que produzem. Esta secreção também propicia o surgimento
da fumagina (Meliola sp e Capnodium sp), fungos de micélio
escuro, que recobre as partes da planta, impedindo a
fotossíntese. CONTROLE. As cochonilhas apresentam difícil
controle através de inseticidas, principalmente as que têm
espessa carapaça. A carapaça impede o contato dos
produtos com o corpo do inseto e, desta forma o inseticida
acaba afetando apenas os estágios de ninfas e os machos.
No entanto o controle com pulverizações de emulsões de
sabão e óleo mineral é efetivo, pois resulta em uma camada
impermeável sobre o inseto, impedindo-o de respirar,
matando assim por sufocamento. Combinações com calda
de fumo também podem auxiliar na eliminação da praga. O
controle biológico é muito importante no controle e é
realizado por joaninhas e algumas espécies de vespas. Estes
insetos agem predando as cochonilhas e outras pragas
como pulgões. Portanto deve-se evitar ao máximo o uso de
inseticidas sobre plantas afetadas, pois podemos estar
matando os importantes predadores e outros insetos
benéficos, como abelhas polinizadoras, sem no entanto
afetar cochonilhas mais resistentes.
Emulsão de óleo: leve 1 kg de sabão picado, 8 litros de óleo
mineral e 2 litros de água ao fogo até levantar fervura.
Mexa até virar uma pasta, que pode ser armazenada para
futuras aplicações. Na hora de pulverizar a emulsão,
dissolva a pasta em água morna e misture o equivalente a
300 gramas para cada 20 litros de água fria.

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CORÓS. Os corós (Coleoptera, Melolonthidae) são larvas de


solo de insetos que apresentam desenvolvimento
holometabólico. Apresentam o corpo em forma de “C”, de
cor esbranquiçada com a cabeça e os três pares de pernas
mais escuros. As espécies associadas ao trigo são nativas e
sua importância econômica cresceu a partir dos anos 80. A
espécie Diloboderus abderus (Sturm, 1826) é citada como
praga de trigo desde a década de 1950, enquanto que
Phyllophaga triticophaga Moron & Salvadori, 1998, foi
registrada mais recentemente.Os corós constituem
problema dos mais sérios para o trigo, no extremo sul do
Brasil. Embora a semelhança das larvas possa levar a
alguma dificuldade de identificação, estas espécies são
facilmente reconhecidas e distinguidas quanto a aspectos
morfológicos e biológicos. Os adultos (besouros) diferem
claramente no tamanho e na cor, e as larvas (corós) podem
ser distinguidas pelo tamanho, se comparadas no mesmo
instar (fase larval), cor da cabeça e pela disposição dos
pelos e dos espinhos na região ventral do último segmento
abdominal.Os adultos de D. abderus são besouros de
coloração quase preta, medindo em torno de 1,3 cm de
largura e 2,5 cm de comprimento. Os machos não voam e
apresentam um apêndice cefálico na forma de chifre, que se
projeta para trás e outro apêndice torácico, bifurcado e
mais curto que o anterior, que funcionam como
instrumentos de defesa. O ciclo da espécie é anual. Adultos
podem ser encontrados de novembro a abril, e a postura é
feita nesse período, com mais freqüência em janeiro e
fevereiro. Para oviposição, as fêmeas preferem locais com
abundância de palha que é utilizada na proteção dos ovos e
serve de alimento para as larvas pequenas. Cada fêmea
coloca, em média, 14 ovos. A incubação dos ovos dura entre
uma e duas semanas.

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As larvas duram em torno de sete meses, e passam por três


instares até empuparem, geralmente a partir de outubro;
em seu tamanho máximo atingem 4,0-5,0 cm de
comprimento por 1,1 cm de largura, vivem a uma
profundidade variável (geralmente entre 10 e 20 cm) e
duram cerca de cinco meses, dentro de uma galeria vertical
que lhe serve de abrigo. Os adultos de P. triticophaga são
besouros de coloração marrom avermelhada brilhante, com
pêlos dourados. Medem cerca de 1,8 cm de comprimento e
0,8 cm de largura. O ciclo desta espécie é bianual. De
maneira mais intensa no mês de outubro e início de
novembro, à noite, os adultos deixam o solo e vêem à
superfície para acasalamento e dispersão. Os ovos são
encontrados de novembro a dezembro. A fase larval ocorre
desde o final deste primeiro ano, prolonga-se durante todo
o ano seguinte e vai até janeiro-fevereiro do terceiro ano,
entretanto, a alimentação é interrompida geralmente em
novembro. A larva apresenta três instares e atinge 3,0-4,0
cm de comprimento por 0,8 cm de largura; não constrói
galerias e vive muito próximo à superfície do solo
(concentrando-se nos primeiros 10 cm de profundidade). As
pupas são encontradas nos meses de janeiro a abril e a
partir de março se transformam em adultos, forma na qual
sobrevivem ao inverno, enterrados e sem se
alimentarem.Ambas as espécies alimenta-se na fase larval,
consumindo sementes, raízes e plantas que puxam para
dentro do solo, após consumirem o sistema radicular. Um
único coró, em atividade plena e em seu tamanho máximo, é
capaz de consumir em torno de 2 plântulas de trigo em uma
semana. Por serem polífagas podem atacar diversas
espécies de plantas cultivadas ou não, incluindo plantas
daninhas. Todavia, devido a coincidência fenológica,
ocasionam maiores danos em culturas de inverno, embora
também possam danificar culturas de verão semeadas
precocemente (especialmente milho) ou em final de ciclo
(especialmente P. triticophaga em soja). Em qualquer caso,
os ataques iniciam em manchas, podendo evoluir para áreas
maiores. A ocorrência de corós na cultura do trigo não está
generalizada em todas as regiões produtoras. Além disso,
numa mesma área, as populações flutuam naturalmente. O
não revolvimento do solo para fins de plantio das culturas
favorece a sobrevivência dos corós. A crescente adoção de
sistemas conservacionistas de manejo do solo, como o
plantio direto e o preparo reduzido, apesar de todas as
demais vantagens que apresentam, têm contribuído para o
aumento da incidência de corós. O coró-das-pastagens está
amplamente disseminado no Rio Grande do Sul e em
algumas áreas de Santa Catarina, claramente associado ao
não revolvimento do solo. O coró-do-trigo ocorre no norte
do Rio Grande do Sul, nas regiões do Planalto Médio, Alto
Uruguai, Campos de Cima da Serra e Missões, assim como
em Santa Catarina, tanto em plantio direto como em solos
preparados convencionalmente para semeadura. Maiores
danos às culturas podem ocorrer anualmente, no caso do
coró-das-pastagens, ou em anos alternados, no caso do
coró-do-trigo. Em função do tamanho e da capacidade de
consumo das larvas de terceiro instar, o período mais crítico
para as culturas vai de maio a outubro, e às vezes, a
novembro. Os danos de corós em trigo são potencialmente
grandes, e decorrem da morte de plantas nas fases de
emergência e de perfilhamento e da redução da capacidade

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de produção das plantas que sobrevivem ao ataque.Outras


espécies de corós têm sido relatadas na cultura do trigo,
embora também não sejam pragas específicas. No estado do
Paraná, Phyllophaga cuyabana, denominado coró-da-soja
pode causar danos em trigo. Em Mato Grosso do Sul,
Lyogenis suturalis, conhecido pelo nome comum de coró-do
-milho também pode ser praga na cultura de trigo.
CONTROLE. Sugere-se, para o controle de corós na cultura
de cevada, o inseticida. O dano do coró do trigo é
semelhante ao das pastagens, se alimenta principalmente
do sistema radicular e a base das plântulas. Porem o seu
controle se torna mais difícil na questão em que este coró
não faz galerias no solo, dificultando e muito o seu controle
por meio de pulverização aérea. O método mais eficaz no
controle do coró do trigo se da no tratamento de sementes
da cultura a ser implantada. Principalmente nas culturas de
inverno, onde o espaçamento é reduzido, o percentual de
controle aumenta devido a maior concentração de produto
químico por m². Em áreas onde não foi realizado tratamento
de sementes em culturas para cobertura de solo, podemos
recorrer ao tratamento aéreo, que não é o mais eficaz, mas
ajuda no controle dos corós que realizam galerias no solo.
Além disso, não é recomendado plantar trigo em áreas
infestadas com níveis superiores a 5 larvas/m² sem o uso
do tratamento de sementes com inseticidas. Em algumas
situações, a aveia preta tem mostrado maior tolerância aos
danos de corós, podendo ser uma alternativa quando
plantada no cedo e manejada até o final de agosto, para fins
de cobertura de solo, pastejo e produção de palha, mas não
deixando de lado o tratamento de sementes para fins de
diminuir a população dos mesmos. O ciclo biológico do coró
das pastagens é anual, onde os adultos podem ser
encontrados de dezembro a abril, e a postura é feita com
mais freqüência em janeiro e fevereiro e, após um período
de incubação de uma a duas semanas, eclodem as larvas
que passam por três instares até empuparem, a partir de
outubro.

FERRUGEM. Nome Popular: Ferrugem, ferrugem-da-folha,


ferrugem-do-colmo, ferrugem-amarela, ferrugem branca,
ferrugem asiática, ferrugem polisora. Nome Científico:
Hemileia vastatrix, Puccinia horiana, Phakopsora pachyrhizi,
Physopella zea, Puccinia coronata, Puccinia cymbopogonis,
Puccinia graminis, Puccinia melanocephala, Puccinea
polysora, Puccinia recondita, Puccinia sorghi, Sphenospora
kevorkianii, Tranzschelia discolor, Uredo behnickiana.
Classe: Urediniomycetes. Filo: Basidiomycota Reino: Fungi.
Partes Afetadas: Folhas, caules, flores e colmos. Sintomas:
Lesões de coloração amarela a vermelha e em alguns casos
branca, de formato arredondado a oblongo. Presença de
esporos pulverulentos semelhantes à ferrugem.Muitas
espécies de plantas são atacadas pela doença mais

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conhecida como ferrugem, mas embora o nome seja o


mesmo, muitas vezes o agente causador da ferrugem não é
o mesmo em se tratando de plantas distintas. Por exemplo,
a ferrugem branca do crisântemo é causada pelo fungo
Puccinia horiana e a ferrugem das orquídeas pelo
Sphenospora kevorkianii. Entre as grandes culturas
alimentícias destaca-se a ferrugem-do-colmo do trigo,
causada por Puccinia graminis, e a ferrugem asiática da
soja, causada por Phakopsora pachyrhizi, entretanto
existem outras espécies de fungos que causam ferrugens
em café, roseira, milho, capim-limão, pessegueiro,
goiabeira, macieira e jabuticabeira, entre tantos outros.As
ferrugens são assim denominadas devido à lesão com
massa de esporos pulverulenta de coloração amarela a
avermelhada. Os esporos são estruturas de dispersão dos
fungos, semelhantes às sementes das plantas. Seu tamanho
é diminuto e cada lesão pode conter milhões de esporos
sendo que, para haver nova infecção, basta que um único
esporo germine em condições ideais de temperatura e
umidade. No entanto a viabilidade germinativa dos esporos
é restrita e nem todos os produzidos acabam por gerar
novas infecções. O principal mecanismo de dispersão dos
esporos é o vento, que pode carregá-los por milhares de
quilômetros. As ferrugens geralmente se beneficiam de
climas amenos, com temperaturas moderadas e alta
precipitação. Observa-se maiores incidências em anos
chuvosos e propensos a formação de orvalho sobre as
folhas. Estes fatores se relacionam com a necessidade de
haver molhamento das folhas para que o esporo germine.
Por isso, irrigação mal manejada pode favorecer
aparecimento de ferrugem, o ideal é irrigar o solo ou
substrato e evitar molhar em demasia as folhas,
principalmente se há histórico da doença no local.
CONTROLE. Os danos causados às plantas são irreparáveis
partindo do ponto de que os tecidos vegetais afetados não
têm capacidade regenerativa. Em ornamentais o ideal é
destruir as plantas atacadas para evitar que outras plantas
sejam afetadas. Em grandes culturas, o uso de fungicidas
pode minimizar o impacto negativo sobre a produção que é
o objetivo dos cultivos. Infelizmente, não existem produtos
fungicidas curativos, apenas preventivos, por isso as
doenças são um sério problema. Existe uma receita de
fungicida caseiro fácil de preparar e muito utilizada na
agricultura, trata-se da Calda Bordalesa. Consiste na
mistura de sulfato de cobre, cal hidratada ou cal virgem e
água. Esta calda tem eficácia comprovada sobre muitas
espécies de fungos e bactérias em muitas plantas, sejam
ornamentais, frutíferas, produtoras de grãos ou hortaliças.
As aplicações devem ser feitas preventivamente, como a
Calda Bordalesa age por contato, após alguns dias ou após
uma chuva de média intensidade, deve ser feita nova
aplicação. Não aplicar diretamente sobre todas as plantas,
deve-se testar em poucas folhas e averiguar se não há
toxidez, pode diluir ou concentrar a calda caso necessário.
Vale ressaltar que a sanidade das plantas deve sempre ser
averiguada no momento da compra, muitas doenças são
transmitidas via substrato contaminado ou plantas doentes.
Portanto, muito cuidado na hora de comprar, certamente
este é o melhor método de prevenção não só da ferrugem,
mas de outras doenças.

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FORMIGAS. [Do lat. formica, por via popular.]. Zool.


Designação comum a todos os insetos himenópteros,
formicídeos, caracterizados por terem o hipopígio do macho
em espinho voltado para cima. As fêmeas são dimórficas, as
operárias ápteras, com suturas torácicas ausentes ou muito
reduzidas, e as formas férteis com suturas presentes. Vivem
em colônias. Nome Popular Formiga, formiga-cortadeira.
Ordem: Formicidae. Filo: Arthropoda.Partes Afetadas:
Folhas verdes ou secas, casca de caules, caules verdes,
frutos e flores.Sintomas: Enfraquecimento, tombamento,
morte repentina, apodrecimento de ramos, queda de flores
e frutos. As formigas são insetos conhecidos por todos.
Vivem nos mais diversos ambientes e estão sempre atentas
a qualquer pedaço de alimento que esqueçamos em algum
lugar. O estudo das formigas denomina-se mirmecologia.
Nem todas as espécies de formigas utilizam partes vegetais;
as que atacam plantas são, principalmente, as Saúvas (Atta
spp.) e as Quenquéns (Acromyrmex spp.). Essas espécies
de formigas são conhecidas como cortadeiras, pois cortam
as plantas e carregam os pedaços para dentro dos ninhos.
Ao contrário do que muitos pensam, os pedaços vegetais
carregados não servem para alimentação da colônia, mas
sim, para alimentar uma espécie de fungo que, por sua vez,
será o alimento das formigas. Outra forma de as formigas
prejudicarem as plantas é protegendo outras espécies de
pragas, como pulgões e cochonilhas. As formigas protegem
esses animais da ação de predadores para obter alguma
substância nutritiva em “troca”. De forma geral, as formigas
consideradas pragas que não são cortadeiras são chamadas
de domésticas (Camponotus spp., Crematogaster spp.,
Wasmannia spp., etc). Manter os ambientes limpos é a
principal forma de evitar o “ataque” de formigas
domésticas, uma vez que seu controle é extremamente
difícil. Elas instalam-se em frestas e rachaduras das
construções e podem facilmente dividir a colônia em
colônias menores. Dica: o cravo-da-índia é repelente desse
tipo de formiga.
As cortadeiras saúvas têm o hábito de deixar trilhas nos
locais onde coletam os vegetais, de forma que é simples
seguir e descobrir onde está a colônia. No entanto, as
quenquéns além de buscar “suprimentos” durante a noite,
não deixam trilhas e por isso a sua localização e controle é
mais difícil. CONTROLE. Dentre os principais métodos de
controle, o uso de iscas formicidas e inseticidas em pó são
os que mais se destacam. Dica: o gergelim e o agave são
tóxicos para o fungo que serve de alimento às formigas.
Colocar gergelim próximo aos ninhos pode ajudar no
combate a essas pragas. Talvez o mais terrível inimigo da
horta, a formiga saúva e em certos lugares a formiga

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quemquém. Estas duas formigas cortadeiras, são


eficientemente combatidas com uma série de formicidas:
sulfureto de carbono, brometo de metila e outros que se
encontram no comércio e cujas bulas, que acompanham o
produto, explicam o modo de usar. Para pequenas áreas, o
melhor remédio é fazer o controle preventivo, com meios
mecânicos, impedindo que as formigas cheguem até as
folhas das plantas.Formiga saúva. [Var. de saúba, do tupi.]
Bras. Zool. Designação comum aos insetos himenópteros,
formicídeos, gênero Atta, distribuído por todo o Brasil. As
saúvas são cortadeiras e carregadeiras, utilizando as folhas
cortadas e outras substâncias para cultivarem o fungo com
que se alimentam. São consideradas a mais importante das
pragas agrícolas do Brasil. São sociais, e vivem em
formigueiros subterrâneos, formados de várias panelas,
canais e olheiros. [Sin.: formiga-cortadeira, formiga-
carregadeira, formiga-de-mandioca, formiga-cabeçuda,
formiga-de-roça, lavradeira, roceira, cabeçuda, caçapó,
cortadeira, maniuara.] Formiga quenquém [Voc. onom.].
Bras. Zool. Inseto himenóptero, formicídeo, gênero
Acromyrmex, cujos ninhos se restringem a uma única
panela. Algumas espécies constroem ninhos subterrâneos,
em cuja boca depositam fragmentos de vegetais. Podem
causar grandes prejuízos à lavoura. [Sin.: carrieira,
chanchã, formiga-carregadeira, formiga-cortadeira, formiga
-de-monte, formiga-mineira, formiga-quenquém, quenquém
-de-monte.] Formiga lava-pé, designação comum aos
insetos himenópteros, formicídeos, sobretudo às espécies
do gênero Solenopsis, sendo a mais comum a S. saevissima,
cujos ninhos subterrâneos são protegidos na entrada por
um amontoado de pequenas partículas de terra bastante
finas; formiga-de-fogo, formiga-de-novato, novato, formiga-
malagueta, formiga-ruiva, lava-pé, lava-pés, jiquitaia,
mordedeira, tacibura, tacipitanga, taçuíra, taxi.A Formiga
lava-pé, pequena e de cor vermelha, apesar de não atacar
as hortaliças, é perigosa para as crianças pois pica
ferozmente causando dor e irritação. Elas mudarão de
endereço, se localizarmos seu ninho e jogarmos água
fervendo no buraco deste ninho. Já no caso da formiga quen
-quen, o único controle é a aplicação de produto químico,
sendo necessário consultar uma cooperativa ou engenheiro
agrônomo. Formigas Saúva (cabeçuda): Para combater esta
formiga, existe no mercado uma série de formicidas. Mas o
mais prático e que não exige equipamento para aplicação é
o formicida granulado (em grãos). Você deve ter o máximo
cuidado de não tocar as mãos no formicida, porque as
formigas notariam o cheiro humano e não o levariam para o
formigueiro. A melhor hora para colocar o formicida no
canteiro das formigas é a tardinha, pois à noite elas o
carregam para o formigueiro. Você deve ter cuidado para
não colocar o formicida em lugares úmidos e nem aplicar
quando estiver ameaçando chuva. O formicida não deve ser
deixado ao alcance de crianças nem de animais, porque é
altamente perigoso e pode provocar até morte. Outros tipos
de Formiga (lava-pés, quem-quem, cupim etc.): Usar uma
solução de creolina, feita com 1 (um) copo de creolina para
cada 10 (dez) litros de água. Uso correto: Localizar o
formigueiro. Remover a terra com a enxada. Encharcar o
local com a solução de creolina. Se você tem horta ou
jardim em casa, deve tomar cuidado com as formigas, que
atacam as plantas. Elas podem ser um pesadelo. Vivem

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numa sociedade organizada. E não têm medo do trabalho.


Você não vai espantar com este dado: são mais de 7.500
espécies de formigas no mundo, distribuídas em quase
todas regiões do Planeta. Elas só não existem nos pólos e
em algumas ilhas oceânicas. Na natureza, os inimigos se
encarregam do equilíbrio ecológico: rãs, sapos e galinhas
comem formigas. Além, é claro, do falado tamanduá, no
Cerrado brasileiro. Já nas áreas cultivadas, elas têm comida
à vontade e não têm inimigo natural. Aí proliferam demais.
Vale lembrar que formigas têm papel importante na
natureza: quando escavam o chão, para construir
formigueiros, elas afofam a terra. Trazendo folhas picadas
para seu ninho, contribuem para a fertilização do solo.
Carregando sementes, podem ajudar a espalhar espécies
nativas.Tem mais: algumas espécies de formigas protegem
determinadas plantas, espantando animais herbívoros, em
troca de alimento e moradia. O problema é o desequilíbrio
ecológico. Se elas estiverem impedindo o desenvolvimento
da horta ou jardim, há receitas caseiras para combatê-las. O
importante é não usar produto tóxico. Cultivar gergelim
bravo próximo ao formigueiro é uma boa dica para eliminar
o inseto voraz. Também dá para, simplesmente, espalhar
sementes desta planta no caminho das formigas. Mudas de
hortelã-pimenta, calêndula e batata-doce, distribuídas pelo
local atacado pelas formigas é outra boa saída. Elas também
fogem da lavanda, manjerona, cravo-da-india e alho.
Amarrar na planta um saquinho de gaze, ou outro tecido,
cheio de pimenta vermelha, também é um jeitinho muito
usado.Se as formigas estão atacando suas árvores, a dica é
enrolar uma faixa melada com graxa ao redor dos troncos.
Será um obstáculo intransponível. Em vez da faixa, dá para
usar uma lata, com graxa na parte interna.Se o problema
for formigas na cozinha, é simples espantá-las. Coloque um
pouco de enxofre num saquinho de pano e deixe nas
gavetas e prateleiras. Há quem prefira manter um ramo de
salsa num copo com água. Na horta ou jardim, a formiga
cortadeira é a mais temida. É a famosa saúva (gênero Atta).
Ela ataca as folhas de vegetais como beterraba e pimentão.
Para resolver este drama, basta preparar uma isca. Conheça
a receita. (Isca contra saúvas) (1.) Bata no liquidificador
algumas folhas de angico com água. Deixe o preparado
descansando por dez dias. O cheiro é forte. Depois, coe a
mistura e junte bagaço de laranja. Para completar adicione
farinha de trigo, fazendo bolinhas bem pequenas com esta
massa, para que as formigas possam carregar. Espalhe
estas pequenas armadilhas pela trilha das cortadeiras. A
formiga de solo, ou lavadeira, é mais fácil de combater. Esta
espécie ataca rabanete, beterraba e cenoura, penetrando no
solo e retirando as partes comestíveis. Isso forma inúmeras
feridas na hortaliça. Para que mudem de endereço, misture
uma porção de cal virgem para cinco de água, jogue na toca
e tampe. Lembre: as formigas vivem numa sociedade
hierárquica, com o soldado, o carregador, o obreiro e o
ceifador. Os pedaços de folhas, vegetais e restos de comida
que elas carregam, servem para alimentar uma colônia de
fungos, chamados Rhozites gongylophora. Eles vivem
dentro do formigueiro e são a comida delas. Na verdade
tanto os inseticidas caseiros como o plantio de gergelim não
matam diretamente a formiga. Eles destroem o fungo. Sem
alimento, a formiga não sobrevive.

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FUNGOS. [Do lat. fungu.]. Biol. Organismo pertencente ao


Reino Fungi (q. v.), e que pode existir ou como célula única,
ou formar um corpo multicelular dito micélio, que consiste
em filamentos denominados hifas. Os fungos são
encontrados, ger., em condições terrestres úmidas e, devido
à ausência de clorofila, são ou parasíticos, ou saprofíticos,
em relação a outros organismos. Invisíveis a olho nu, certos
fungos provocam doenças nas hortaliças. O que se percebe
é o surgimento de manchas, brancas ou amarelas, nas
folhas. Todo cuidado é pouco, para a doença não se
espalhar: devem-se arrancar todas as folhas atacadas. Os
fungos (Fungi) são um vasto grupo de organismos
heterotróficos classificados como um reino pertencente ao
Domínio Eukaryota. Estão incluídos neste grupo organismos
de dimensões consideráveis, como os cogumelos, mas
também muitas formas microscópicas, como bolores e
leveduras. Foram já descritas umas 70.000 espécies, mas
talvez existam até 1,5 milhões de espécies, sendo que a
maioria ainda está a ser identificada e descrita pelos
micologista (Hawksworth, 1991; Hawksworth et al., 1995).
O Reino Fungi sofreu mudanças substanciais no arranjo dos
vários filos nas últimas décadas, especialmente a partir do
momento em que técnicas para comparar características
bioquímicas (tais como RNA ribossômico e DNA) se foram
tornando mais sofisticadas. A filogenia apresentada aqui
segue a de Bruns et al. (1991, 1993) para os
Eumycota' (fungos verdadeiros) e reconhece quatro
divisões: os Chytridiomycota, Zigomycota, Ascomycota e
Basidiomycota. Os fungos ocorrem em todos os ambientes
do planeta e incluem importantes decompositores e
parasitas. Fungos parasitas infectam animais, incluindo
humanos, outros mamíferos, pássaros e insetos, com
resultados variando de uma suave comichão à morte.
Outros fungos parasitas infectam plantas, causando
doenças como o apodrecimento de troncos e aumentando o
risco de queda das árvores. A grande maioria das plantas
vasculares têm associações simbióticas com fungos, a nível
da raiz, ao que se dá o nome de micorrizas. Esta associação
ajuda as raízes na absorção de água e nutrientes. Alguns
fungos, tais como: Shiitake, Porto Bello, Champignon,
shimeji, Maitake e Mexican Corn Smut, são utilizados como
alimento; outros são extremamente venenosos. Por muito
tempo os fungos foram considerados vegetais mas a partir
de 1969, foram classificados em um reino à parte, o Reino
Fungi (TRABULSI et al., 1999). São também conhecidos
como bolores, mofos ou cogumelos, estão interferindo
constantemente em nossas atividades diárias.
Características. Os fungos constituem um grupo de

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organismos em que não ocorre clorofila (são heterótrofos).


São geralmente filamentosos e multicelulares. O
crescimento é em geral apical, mas normalmente qualquer
fragmento hifálico pode dar origem a outra formação
micelial quando destacado e colocado em meio apropriado.
As estruturas reprodutivas são diferenciadas das
vegetativas, o que constitui a base sistemática dos fungos
(PUTZKE e PUTZKE, 1998). Alguns podem ser microscópicos
em tamanho, enquanto outros são muito maiores, como os
cogumelos e fungos que crescem em madeira úmida ou
solo. Os fungos formam esporos, que são dispersos por
correntes de ar (PELCZAR et al., 1996), encontrando-se no
solo, na água, nos vegetais, em animais, no homem e em
detritos, em geral (TRABULSI e TOLEDO, 1996).
O Reino Fungi é dividido em cinco filos: Oomycota que
compreende os fungos aquáticos: Zygomycota os fungos
terestres; Ascomycota as trufas, bolores verdes, amarelos e
vermelhos; Basidiomycota os cogumelos, ferrugens e
carvões; Deuteromycota fungos do tipo Penicillium.
Reprodução. Os fungos se reproduzem em ciclos assexuais,
sexuais e parassexuais. A reprodução assexuada ocorre
através de brotamento, fragmentação e produção de
conídios. A reprodução sexuada culmina na produção de
basidiósporos, no caso de basidiomicetos. A reprodução
parassexuada consiste na fusão de hifas e formação de um
heterocarion que contém núcleos haplóides. Apesar de ser
raro, o ciclo parassexual é importante na evolução de
alguns fungos (PELCZAR et al.., 1996). Nutrição. De acordo
com a nutrição, os fungos são classificados em duas
categorias: saprófitas (ou sapróbios) e parasitas. Os
saprófitas se alimentam de matéria orgânica animal ou
vegetal morta e os parasitas vivem dentro de ou sobre
organismos vivos (animais ou vegetais), deles retirando
seus alimentos, absorvem nutrientes em vez de ingeri-los,
secretando enzimas digestivas no substrato onde se
desenvolvem. Essas enzimas catalisam a quebra de
moléculas grandes em moléculas suficientemente menores
para serem absorvidas pela célula fúngica. Por essa razão,
os fungos crescem dentro ou sobre os alimentos (RAVEM,
2001). Desenvolve-se geralmente em meios contendo um
pH baixo, uma fonte de carbono uma fonte de nitrogênio
orgânico ou inorgânico e alguns minerais. Alguns
necessitam de vitaminas. (PELCZAR et al., 1996). Utilização.
Os fungos são muito utilizados industrialmente como o
Penicillium utilizado na fabricação da penicilina e o
Aspergillius niger na fabricação da progesterona e ácido
cítrico, na obtenção de exopolissacarídeos com potencial
terapêutico (ROSADO et al., 2003; WISBECK et al., 2002;
FAN et al., 2001; MAZIERO et al., 1998; BURNS et al., 1994),
como integradores e aromatizadores de alimentos como
sopas e cremes (SOLOMONS, 1975), na maturação de
queijos do tipo roque fort e camembert, e na fabricação do
saque vinho de arroz pelo fungo Aspergillus orysae. Oídio é
o nome genérico dado a um elevado número de fungos
unicelulares pertencentes à família dos erisifáceos. Por
extensão, dá-se o nome de oídio às doenças das plantas
provocadas por aqueles fungos. Uma das doenças mais
comuns e de maior importância econômica causadas por
este grupo de fungos é o oídio tuckeri da videira, provocado
pelo anamorfo da espécie Uncinula necator (Schw.) Burrill.
Os fungos também são causadores de muitas doenças

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como,micoses na pele ou nas unhas, rinites, bronquites,


asma e nas plantações de café, milho e feijão causam a
ferrugem que é uma praga que pode destruir plantações. O
oídio é provocado pelo fungo Uncinula necator e os seus
efeitos são visíveis nas folhas, nos pâmpanos novos e
sobretudo nos cachos. O tempo nublado e o ar com elevada
umidade relativa são as condições favoráveis para o
desenvolvimento do oídio. No Inverno o oídio refugia-se no
interior dos gomos sob a forma de micélio ou sob a forma
de cleistotecas nas folhas e varas que se encontram no solo.
Na Primavera o micélio nos gomos germina e liberta
conídios. As cleistotecas rebentam libertando os ascos com
os ascósporos. Os conídios e os ascósporos chegam aos
órgãos receptivos da videira através da ação do vento e
germinam. O micélio desenvolve-se sobre a planta
formando conidióforos que libertam conídios. Estes conídios
ao caírem sobre a planta germinam formando filamento
miceliano e novos conidióforos que libertam conídios que
vão produzir novas infecções. Estes ciclos sucedem-se
durante todo o período vegetativo. Todos os órgãos verdes
da videira podem ser infectados.Folhas: (1.) Ligeiro frisado
nos bordos. (2.) Pequenas manchas amarelas na página
superior e na zona correspondente da página inferior,
pequenos riscos que correspondem a células mortas. (3.)
Formação de frutificações cinzentas. CONTROLE. Deverá ser
realizada uma seleção cuidada das castas (se possível
escolher aquelas que são mais resistentes ao oídio), porta-
enxertos e do sistema de condução a implementar. Além
disso, a poda deve permitir o arejamento e exposição à luz e
se for necessário deverão ser realizadas intervenções como
a desfolha ou a despampa. Na poda de Inverno as varas
com cleistotecas visíveis devem ser eliminadas. Luta
química: (1.) Fungicidas de contacto: inibem a formação de
conídios e a formação dos haustórios antes da
contaminação. (2.) Enxofre (na variante molhável ou em
pó) e dinocape. (3.) Sistémicos do tipo IBE (inibidor da
biossintese do ergoesterol) (espiroxamida, fenarimol,
fenebuconazol, flusilazol, hexaconazol, miclobutanil,
penconazol, propiconazol, tebuconazol e tetraconazol). (4.)
Sistémicos estrobilurinas: azoxistrobina, cresoxime-metilo e
trifloxistrubina. (5.) Outros: quinoxifena.

GAFANHOTOS. Os gafanhotos são os insetos pertencentes à


subordem Caelifera da ordem Orthoptera, caracterizados
por terem o fémur das pernas posteriores muito grandes e
fortes, o que lhes permite deslocarem-se aos saltos.
Algumas espécies formam enormes enxames que podem
devastar grandes áreas de cultura; no entanto, essas pragas
são utilizadas por alguns povos como fonte de proteínas. Os
gafanhotos são polífagos, se alimentam de folhas de vários
tipos de plantas tais como: citros, arroz, soja, pastagens,

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alfafa, eucalopto e outras. A palavra Gafanhoto significa


inseto dos acridídeos ou dos locustídeos de antenas curtas,
especialmente os que migram em grandes nuvens. Dentre
as diversas palavras hebraicas traduzidas “gafanhoto”,
“‘ar.béh” e da grega “a.krís”, aparece mais freqüentemente
e é entendida como se referindo ao gafanhoto (locusta)
migratório, o inseto no estágio alado, plenamente
desenvolvido, andam em bando e se estendem sobre a
terra. A Tradução da palavra hebraica “Gob” e “Gobay”,
inseto que saem da terra (Na 3.17), e que devoram a erva
(Am 7.2). Com certeza, um inceto da família dos gafanhotos
e de espécie desconhecida.A palavra brugo, locusta e
gafanhoto tradução da palavra hebaica “Salam”, devorador.
Uma espécie desconhecida de gafanhoto (Lv 11.22).
Classificação Científica: Reino: Animália. Filo: Arthropoda.
Classe: Insecta Subclasse: Pterygota. Divisão: Neoptera.
Ordem: Orthoptera. Subordem: Caelifera. Informações
Importantes. Os gafanhotos são insetos que podem ser
encontrados em diversas partes do mundo: América,
Europa, Ásia Ocidental e região norte da África. Embora
tenham hábitos solitários, costumam formar grupos em
grandes quantidades (nuvens de gafanhotos) para atacar
plantações. Alimentam-se de folhas de diversos tipos de
árvores ou plantas. Possuem um par de pequenas antenas.
Emitem um som ao esfregarem as pernas traseiras. As
pernas traseiras são grandes e fortes, possibilitando a estes
insetos saltos a grande distância. O acasalamento dos
gafanhotos ocorrem durante o verão. A fêmea do gafanhoto
costuma botar de 50 a 100 ovos de uma única vez. As larvas
costumam nascer na época do inverno. Características
Principais. Cor: marrom claro e verde. Comprimento: 3 a 5
cm (macho) e 6 a 8 cm (fêmea). Peso: de 10 a 30 gramas. O
gafanhoto é considerado uma das piores pragas da
agricultura brasileira. Pois pode chegar a causar danos em
áreas muito grande, as áreas de plantio é um de seus
habitat favoritos. Além de gregário, já que só anda em
bandos, esse inseto é capaz de comer o correspondente a
seu peso por dia se alimentam desde gramíneas e
pastagens até roupas e móveis e, por esse motivo, não é à
toa que o governo brasileiro gasta anualmente cerca de um
milhão de dólares em inseticidas químicos para controlar o
gafanhoto. CONTROLE. Ataques de gafanhotos, deve-se
observar os locais de postura dos ovos, que geralmente são
solos sem vegetação e demarca-los sem removê-los. Assim
que os "mosquitos" se espalhem, aplicam-se as iscas ou
inseticidas, que podem ser adquiridas em lojas de produtos
agropecuários.

LAGARTAS. [Do lat. *lacarta, por lacerta.]. Zool. Designação


comum às larvas dos insetos lepidópteros, cujo tipo é

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eruciforme. São polípodes, e têm o corpo vermicular


alongado e mole, três pares de patas verdadeiras no tórax,
e pernas abdominais do tipo reduzido, sob a forma de
protuberâncias.
Proliferam-se com rapidez e se alimentam das partes aéreas
da planta. Para combatê-las, recomenda-se a remoção
manual ou com uma pinça. No caso de não conseguir
localizá-las, basta revolver a terra em volta da planta para
que fiquem expostas ao sol. Na linguagem vulgar, chama-se
lagarta ao primeiro estágio larval dos insetos da ordem
lepidoptera. Têm o aspecto de vermes, por vezes
segmentados e com os rudimentos dos três pares de patas
característicos dos adultos. O estado seguinte chama-se
pupa e geralmente forma-se dentro dum casulo.
Geralmente, as lagartas alimentam-se vorazmente e podem
atingir tamanhos de mais de 10 cm, embora o inseto adulto
raramente chegue a essas dimensões. Algumas alimentam-
se de folhas de plantas e podem constituir uma praga nas
culturas e jardins. Outras desenvolvem-se dentro de frutos
em maturação – a mãe coloca os ovos dentro do ovário da
flor e a larva alimenta-se do pericarpo ou mesmo da
semente. Noutros casos, os ovos podem ser colocados por
baixo da pele dum animal vivo e as lagartas parasitam-no.
As lagartas das moscas alimentam-se de animais mortos ou
de dejectos – são detritívoras. Há no Brasil lagartas,
denominadas taturanas assassinas, cujo veneno pode levar
à morte. No entanto, nem todas as lagartas são prejudiciais
– quer ao homem, quer aos ecossistemas. O bicho-da-seda,
por exemplo, é a larva que, ao passar a pupa, constrói o seu
casulo com seda. Muitas lagartas fazem parte da
alimentação de vários povos. À medida que cresce, a lagarta
muda de pele algumas vezes. O período entre duas mudas é
chamado instar. A lagarta deixa de se alimentar no último
instar, esvazia o estômago, fixa-se e sofre a última muda,
da qual surge a pupa ou crisálidaPor se moverem de forma
semelhante, chamam-se lagartas às cintas metálicas (ou
"esteiras") que unem as rodas dos veículos que requerem
alta capacidade de tração, como por exemplo os tratores
utilizados na construção de estradas e terraplenagem,
certos veículos militares como os tanques, etc. CONTROLE -
pulverizar a planta infectada - Dissolver 10 gramas de fumo
de rolo e 100 gramas de sabão de coco em 20 litros de água
fervente. Deixe descansar por 12 horas e pulverize os locais
afetados.Podem também aparecer lagartas: as mais comuns
são as "curuquerê", que comem folhas de couve e rúcula.
Quando em pequena quantidade pode-se fazer a retirada
manual destas lagartas. Porém, se a quantidade for grande,
vamos utilizar a calda de fumo. A boa dica, neste caso, é
separar algumas lagartas, construir com as crianças uma
casinha para elas (garrafa pet cortada ao meio, fechada
com gaze, com folhas e um chumaço algodão úmido dentro,
para proporcionar alimentação), observando seu
desenvolvimento até virarem mariposas.

Lagartas. Vários tipos de larvas de mariposas e borboletas


estão associadas a solanáceas em geral, porém apenas as
espécies Neoleucinodes elegantalis (Lepidoptera,
Pyraustidae), Tuta absoluta e Gnorimoschema barsaniella
(Lepidoptera, Gelechiidae), Agrotis ipsilon e Prodenia spp.
(Lepidoptera, Noctuidae) causam danos de importância
econômica, por serem mais abundantes e de distribuição

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generalizada nas culturas. Outras espécies como:


Helicoverpa zea (Lepidoptera, Noctuidae), Manduca sexta
(Lepidoptera, Sphingidae) e Mechanitis lysimnia
(Lepidoptera, Danaidae) são de ocorrência ocasional e não
merecem medidas de controle químico especiais.

LAGARTA ROSCA – Bras. Zool. Designação comum às


lagartas dos insetos lepidópteros, noctuídeos,
especialmente os da subfamília dos agrotíneos. Atacam o
coleto das plantas durante a noite, enterrando-se no solo
durante o dia. Quando tocadas, enrolam-se rapidamente,
permanecendo certo tempo como se estivessem mortas.
Atacam o fumo, o algodoeiro, hortaliças, batatinha e plantas
de jardim. [Sin., nesta acepç.: lagarta-rosca.] Lagarta rosca
(Agrotis ipsilon) (Hufnagel, 1767) (Lepidoptera:
Noctuidae). A coloração da lagarta varia de cinza-escuro a
verde-escuro, tem o hábito de quando tocada enrolar-se
rapidamente. O adulto é uma mariposa de coloração
marrom. Esta praga corta o coleto da planta em nível de
solo. O ataque intenso reduz significativamente o estande
de plantas. Lagarta Rosca - Agrotis ipsilon e Prodenia spp.
Estas duas espécies são as mais comuns e os mais
importantes tipos de lagartas denominadas ‘roscas’ que são
encontradas nas lavouras. São confundidas erroneamente
com algumas espécies do gênero Spodoptera, que também
têm o hábito de se enroscarem ao serem tocadas. Os
adultos da lagarta-rosca são mariposas grandes, de
envergadura aproximada de 50 mm de comprimento e
apresentam asas anteriores escuras e posteriores brancas
ou cinzentas. As fêmeas podem fazer postura de até 1000
ovos, que são depositados em folhas e caules das plantas,
isoladamente ou em massas. As lagartas possuem o hábito
de cortar as plantas ao nível do solo durante a noite e,
durante o dia, as lagartas podem ser encontradas a pouca
profundidade do solo, bem próximo às plantas cortadas
anteriormente. O prejuízo causado pela lagarta-rosca tem
como conseqüência a redução do número de plantas, sendo
que em alguns casos há exigência de replantio em até 50%
da área. O período em que este inseto torna-se mais
prejudicial à pimenteira é logo após o transplantio, quando
as plantas estão em fase de pegamento, o que as tornam
mais sensíveis. No entanto, mesmo com o crescimento das
plantas e, conseqüentemente, com o aumento do diâmetro e
da dureza do caule, os danos da lagarta-rosca podem ser
observados, através do corte dos ponteiros, que são tenros
e não oferecem resistência às suas mandíbulas. Por isso, o
acompanhamento da cultura é fundamental para se evitar
prejuízos em épocas onde o replantio já não é mais viável.
CONTROLE. (1.) Fazer uma aração profunda três a seis

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semanas antes do plantio, mantendo neste período a área


livre de ervas daninhas e restos culturais; (2.) Após o
transplante, procurar manter a cultura limpa, evitando-se o
uso de cobertura morta, restos culturais ou restos de
capinas na área da cultura, que servem de abrigo para as
lagartas, protegendo-as de eventuais predadores ou outras
medidas de controle; (3.) Fazer as pulverizações com
inseticidas ao entardecer, dirigidas à base e na projeção da
copa das plantas.Encontradas embaixo do solo a uns 10 cm
de profundidade, elas podem ser pegas com uma isca bem
fácil de fazer. Isca: misture 100 gramas de açúcar, 100
gramas de pó de arroz e 5 gramas de inseticida DIPEL
(biológico). Vá adicionando água até criar flóculos. Aí é só
espalhar a isca em volta da planta atacada.

LAGARTA MINADORA - Nome Popular Lagarta-minadora,


minadora, minador, larva-minadora. Ordem: Lepidóptera.
Filo: Arthropoda. Partes Afetadas: Brotações, tecidos tenros
e folhas verdes. Sintomas: Enfraquecimento, formação de
galerias em folhas e brotações novas.A lagarta-minadora é
um tipo muito peculiar de inseto, ao menos em se tratando
de sua forma de atacar as plantas. É chamada de minadora
porque a fase larval desenvolve-se sob a primeira camada
de tecido foliar, formando galerias por onde passa. Os
gêneros mais comuns infestando as plantas são
Phyllocnistis e Liriomyza. (Ver Minador de folhas)Essa
praga ataca brotações e folhas de diversas plantas como:
tomateiro, citros diversos, couve e muitas espécies de
plantas ornamentais.O inseto adulto é bem conhecido, trata
-se de uma pequena mariposa de no máximo 1 cm de
comprimento que coloca os ovos sobre as folhas das plantas
e, quando esses eclodem, a lagarta penetra e alimenta-se
de tecido vegetal. Esse ciclo leva de 8 a 20 dias para
completar-se, fazendo com que a infestação cresça
rapidamente. Além do dano causado por si, a minadora
ainda facilita a entrada de microorganismos que causam
doenças nas plantas como fungos e bactérias. Ocorre
durante o ano todo, principalmente no período mais seco,
quase desaparecendo em períodos chuvosos. A irrigação
derruba os ovos e as larvas que não penetraram nas folhas
ou ramos, o que pode diminuir a incidência da praga.
CONTROLE. Em condições naturais, a praga é controlada por
parasitóides dos gêneros Diglyphus, Chrysocharis e
Halticoptera e por predadores de pupas como as formigas. O
controle químico é o mais usado, porém, tem efeito
satisfatório apenas nos adultos ou em larvas recém
eclodidas, nas lagartas que estão minando, o tecido vegetal
acaba por proteger a minadora. Arrancar folhas com a praga
e destruí-las também é importante para controlar a
população.

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LESMAS, [Do lat. limace, poss. por uma var. dialetal itálica
*lemex, icis, com metátese.] Zool. Designação comum aos
moluscos gastrópodes limacídeos, de concha muito reduzida
e oculta sob o manto, e dos vaginulídeos, desprovidos de
concha. Vivem em lugares úmidos, e alimentam-se
exclusivamente de vegetais. [Sin.: tintureiro-das-pedras e
cumbé.]. Zool. Planária.Classe: Gastropoda. Família: Várias.
Nome vulgar: Lesma. Tamanho: Variável. Coloração marrom
e acizentada. Reprodução Sexuada. Alimentação: Plantas
diversasAs lesmas são moluscos gastrópodes da sub-ordem
Stylommatophora, que possuem respiração cutânea.
Distinguem-se dos restantes gastrópodes, em particular dos
caracóis, pela inexistência de concha externa proeminente.
O corpo das lesmas é constituído por manto, pé e cabeça
com um par de tentáculos ópticos e um par de tentáculos
sensoriais, ambos retráteis. São bastante sensíveis à
desidratação e algumas também são sensíveis à luz. As
lesmas são seres hermafroditas. Caracterizam-se pelo fato
de que, durante o seu desenvolvimento, a massa visceral
sofre uma torção de 180 graus (característica dos moluscos
gastrópodes), enrolando-se sobre si mesma. Assim, adotam
a forma espiral tão característica da concha dos caracóis. As
lesmas são um problema sério em várias culturas, hortas,
pomares e jardins. Alimentam-se de uma grande variedade
de plantas, devorando tanto as raízes quanto a parte aérea,
sempre no período da noite. Sabe-se que o local está
infestado por lesmas pela observação dos rastros de muco
que ficam no chão cimentado e muros.Desidratação. Como
animal muito sensível à desidratação, a lesma pode morrer
ao se jogar sal sobre ela. Tal fenômeno é devido à osmose,
já que a concentração salina fora de seu corpo é muito
maior. Popularmente isto é visto como um "derretimento".
Biologia. Estes animais costumam aparecer quando o tempo
está fresco (não ensolarado) e úmido. Quando estas
circunstâncias permanecem, a população de lesma pode
aumentar. A maioria das espécies de lesmas são adultos
quando o inverno acaba, colocando seus ovos no começo da
primavera. Os ovos são colocados no solo e chocam em
aproximadamente 12 dias, e no começo, as lesmas se
alimentam de parte do próprio ovo, de depois se move para
as plantas. O sucesso destes estágios determinará o
tamanho da população no verão. Quando as circunstâncias
estiverem frescas e úmidas, os mais jovens sobreviverão,
pois tem poucos predadores naturais. O seu habitat:
Jardins, Sob folhas, Hortas. PREVENÇÃO E CONTROLE.
Colocar cascas de legumes e folhas de verdura sobre um
jornal ao anoitecer. Durante a noite as lesmas serão
atraídas para o alimento e logo ao nascer do sol deve-se
retirar o jornal com as lesmas e matá-las; Pano ou estopa
embebidos em cerveja também são um bom atrativo para
lesmas. O procedimento é o mesmo do jornal com legumes

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e verduras. Realizar catação manual. Para controle


residencial existem vários produtos de venda livre
encontrados no comércio em geral. Manejo. Para evitar que
as larvas se multipliquem, o controle deve ser iniciado com
as primeiras chuvas. A detecção da presença das lesmas, ou
mesmo o controle na área de cultivo ou nas regiões
circunvizinhas, antes do plantio, pode ser feito com
armadilhas confeccionadas com sacos de aniagem. Esses
sacos devem ser umedecidos e embebidos em diferentes
substâncias que atraem as lesmas, como cerveja, leite, suco
de folhagem de rabanete e melaço mais cerveja. Em
pequenas áreas, a eliminação das lesmas à noite, fazendo
uso de uma estaca de madeira pontiaguda, pode diminuir
significativamente a população, uma vez que elas saem
nesse período para se alimentarem - a maior atividade de
deslocamento dos moluscos em busca de alimento ocorre
nas primeiras horas da noite. Nas áreas infestadas, a
manutenção das bordas do campo livre de ervas daninhas e
de restos culturais e a dessecação com antecedência são
medidas que dificultam a sobrevivência das lesmas, pela
redução do grau de umidade do ar, baixo teor de água na
superfície do solo e pela falta de alimento. A drenagem dos
campos também é recomendada. Iscas granulares à base de
metaldeído são eficientes no controle de lesmas, mas não
devem ser aplicadas quando o solo estiver seco, porque
nessa condição a lesma não sai para alimentar.
Pulverizações foliares com inseticidas não controlam bem
as lesmas e os inseticidas granulares aplicados ao solo são
menos eficientes que as iscas. O controle de lesmas deve
ser realizado quando for observada 1 lesma/m2. Foram
identificados vários inimigos naturais das lesmas como
protozoários, platelmintos, nematelmintos e insetos.

MINADORES DE FOLHAS. Minador é um termo técnico


utilizado na agricultura e biologia que identificam larvas de
insetos que vivem no interior dos tecidos das folhas. A
maioria dos minadores são nocivos, causando danos nas
plantas. As espécies Liriomyza huidobrensis, Liriomyza
sativae e Liriomyza spp. (Diptera, Agromyzidae) não são
pragas em condições naturais ou onde hortaliças não são
continuamente pulverizadas com pesticidas devido à ação
eficiente de diversos parasitas e predadores. Estas espécies
causam danos econômicos quando inseticidas são utilizados
exageradamente, ocasionando assim a eliminação de seus
inimigos naturais, as vespinhas e formigas. Os adultos são
moscas muito pequenas e apresentam coloração geral
amarelo-brilhante e parte do tórax de cor preta lustrosa. As
fêmeas utilizam o ovipositor para auxiliar a alimentação e
postura. A inserção do ovipositor no limbo foliar

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inicialmente libera o exsudato da planta do qual a fêmea se


alimenta. Favorece também a postura e a proteção dos ovos
de condições climáticas adversas e de inimigos naturais.
Durante seu ciclo de vida as fêmeas colocam 300-700 ovos,
viáveis na sua maioria.As larvas completam seu ciclo entre
9-12 dias após a postura e, durante este período, escavam
galerias no parênquima foliar, que causam a morte das
folhas, reduzindo a capacidade da planta em proceder à
fotossíntese. Larvas no terceiro instar e pupas medem até 3
mm de comprimento e são de cor amarela. CONTROLE.
Práticas culturais como o uso de ‘mulching’ e cobertura
morta tendem a favorecer a ação de insetos como formigas,
tesourinhas e besouros, que são eficientes predadores de
pupas do minador de folhas;Deve-se evitar a aplicação
indiscriminada de inseticidas, principalmente aqueles de
largo espectro, pois estes produtos eliminam os inimigos
naturais do minador-de-folhas.

MOSCA BRANCA. (ô). [Do lat. musca.]. Bras. Zool.


Designação comum a todos os insetos dípteros, ciclorrafos,
esquizóforos, entre os quais se inclui a mosca-doméstica (q.
v.). Constituem a grande maioria dos dípteros, cujo número
de espécies ultrapassa hoje os 85.000.A mosca-branca nas
plantações. Nome Popular: Mosca-branca. Nome Científico:
Bemisia tabaci e Bemisia argentifolii. Ordem: Hemíptera.
Filo: Arthropoda. Partes Afetadas: Toda a planta,
principalmente folhas e botões. Sintomas: Folhas enrugadas
com coloração amareladas, amadurecimento irregular de
frutos, presença de fumagina. Redução de floração. A mosca
-branca é uma das pragas mais conhecidas no mundo e está
presente em praticamente todas as regiões agrícolas.
Tecnicamente não se trata de uma mosca, pois é um
hemíptero, mesma ordem dos pulgões e percevejos, e não
díptero que é a ordem das moscas comuns. Uma regra
prática para não confundir é o número de asas: hemípteros
têm quatro asas enquanto que dípteros têm duas. Existem
duas espécies bastante conhecidas como pragas, Bemisia
tabaci e Bemisia argentifolii. A segunda é conhecida por ser
mais destrutiva e resistente a certos inseticidas. A mosca-
branca é muito pequena, medindo de 1 a 2 milímetros e tem
coloração de branca a amarelo-pálido, os olhos são negros e
se destacam no corpo do inseto. Quando está em repouso,
mantém as asas fechadas, parecendo haver um par
somente. Não se move rapidamente sendo de fácil captura,
no entanto tem grande capacidade de dispersão pela
quantidade de ovos, 200 em média por fêmea, e pela ação
do vento como agente dispersante. Prefere climas mais
secos, onde são maiores sua longevidade e fertilidade. Os
danos causados pela mosca-branca são, além da sucção de

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seiva que enfraquece as plantas, o deposito de toxinas que


provocam crescimento desuniforme dos tecidos vegetais.
Ainda, assim como os pulgões, a mosca-branca também
secreta uma substância açucarada que permite o
desenvolvimento de fumagina, um tipo de fungo escuro que
impede a fotossíntese nas plantas. Outro dano, talvez o
mais importante em algumas culturas, é o fato de esta
praga ser transmissora dos vírus Begomovírus e do VMDF
(vírus do mosaico dourado do feijoeiro). A mosca branca
infesta muitas espécies de plantas conhecidas, como
tomateiro, feijoeiro, soja, brócolis e diversas ornamentais.
Também é encontrada em plantas daninhas presentes em
jardins, terrenos baldios e cultivos comerciais. CONTROLE
de mosca-branca em grande escala é realizado via aplicação
de inseticidas, principalmente em culturas como soja e
feijão. Em áreas menores como de hortaliças e ornamentais
sugere-se o controle preventivo. A aquisição de mudas
sadias, erradicação rápida de plantas doentes e restos
culturais são ações que evitam a infestação por mosca
branca. Também podemos utilizar armadilhas de coloração
amarela, em lona, plástico, etiquetas, etc., untadas com
óleo. Estas devem ser colocadas entre as plantas, na mesma
altura das plantas presentes no local. Existem diversos
inimigos naturais de mosca-branca, são várias espécies de
percevejos, lixeiras, besouros e vespas. Há, ainda, espécies
de parasitóides dos gêneros Encarsia, Erectomecerus e
Amitus. Realizando prevenção e/ou controle químico
racional, podemos manter e até aumentar a presença
desses inimigos naturais de mosca branca. Pelo fato de a
mosca-branca ser transmissora do VMDF, não existe nível
de controle estabelecido para essa praga, e o seu manejo
deve ser realizado de acordo com a época de plantio do
feijoeiro. Em áreas com histórico de alta incidência do
mosaico dourado e no plantio do feijão da "seca", de janeiro
a abril, desde que a mosca-branca esteja presente na área
amostrada, seu controle deve ser feito desde o plantio até o
estágio de florescimento, com tratamento de sementes e
complementado com pulverizações semanais. Normalmente,
quatro ou cinco pulverizações são suficientes. O período que
vai da germinação até o florescimento é a fase em que a
planta é mais suscetível ao VMDF e, conseqüentemente,
quando são observadas as maiores perdas na produção.
Após o florescimento do feijoeiro, não há necessidade de
fazer o controle da mosca-branca, pois os danos causados
pelo VMDF são pouco significativos, não justificando o
controle do vetor. No plantio das "águas", de agosto a
dezembro, e de "inverno", de maio a agosto, recomenda-se
somente o tratamento de sementes, não havendo
necessidade de pulverizações, pois a incidência da mosca-
branca e do VMDF é menos intensa. Nessas épocas de
plantio, as populações da mosca-branca geralmente são
menores, pois não há cultivos de soja e algodão, que
favorecem a multiplicação dessa praga, ou as lavouras não
estão no final de ciclo. A semeadura em épocas menos
propícias à disseminação do vírus, isto é, quando a
população do vetor é mais baixa, é uma prática cultural
importantíssima para o controle do VMDF. A definição de
épocas de plantio e/ou a regionalização da época de
semeadura do feijoeiro têm reduzido significativamente as
perdas devidas à transmissão do VMDF pela mosca-branca.
As joaninhas Cycloneda sanguinea, Coleomegilla maculata,

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Eriopis connexa e uma espécie de Chrysoperla têm sido


observadas predando ninfas e adultos de B. tabaci em
campos de feijão. No campo, também tem sido verificada a
ocorrência de parasitismo em ninfas de B. tabaci por
microhimenopteros, principalmente em plantas daninhas
hospedeiras da mosca-branca. Ao avaliar o parasitismo de
Encarsia sp. em B. tabaci, em casa de vegetação e no
campo, foram encontrados 85,4% e 45,7% de insetos
parasitados, respectivamente. Em certas condições, alguns
dos controles naturais mais efetivos da mosca-branca são
os fungos entomopatogênicos, sendo Paecilomyces
fumosoroseus, Verticillium lecanii e Ashersonia spp os mais
comumente encontrados em Bemisia e outras espécies de
mosca-branca.

MOSCA-DO-MEDITERRÂNEO. Ceratitis dentre os quatro


gêneros de importância econômica é o único exótico. É
representado por apenas uma espécie: Ceratitis capitata,
conhecida como mosca-do-mediterrâneo. A mosca-do-
mediterrâneo Ceratitis capitata é praga de diversas fruteiras
e em geral está associada à cultura da pimenta a partir do
início da frutificação. Os ovos são colocados diretamente
sobre os frutos e as larvas se alimentam de sementes e da
polpa de frutos verdes e pequenos, até frutos grandes e
maduros sendo comum encontrar até 12 larvas por fruto. A
pupação ocorre em geral no solo. Frutos danificados pela
mosca-do-mediterrâneo podem ser aproveitados para
produção de páprica, pois não caem das plantas, desde que
não contaminados por bactérias. Perdas atribuídas à
associação do inseto com a bactéria são estimadas entre 12
-18%. CONTROLE. Usar armadilhas tipo Jackson com isca de
feromônio sexual Trimedilure;Utilizar isca tóxica com uma
mistura de substância atrativa, como proteína hidrolisada
5% ou melaço 10%, com inseticidas.

NEMATÓIDES: [De nemat(o)- + -óide.]. Adj. 2 g. 1. Fino e


alongado como um fio de linha. São “parentes” das
lombrigas e atacam pelo solo. As plantas afetadas
apresentam raízes grossas e cheias de fendas. Num ataque

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intenso, provocam a morte do sistema radicular e,


conseqüentemente, da planta. Algumas plantas dão sinais
em sua parte aérea, mostrando sintomas do ataque de
nematóides: as dálias, por exemplo, podem apresentar
áreas mortas, de coloração marrom, nas folhas mais velhas.
Nome Popular Nematóide, Nematóide-das-galhas. Nome
Científico: Meloidogyne sp, Pratylenchus sp, Radopholus
similis, Aphelenchoides sp. Filo: Nematoda. Partes Afetadas:
Folhas, flores, caule, raízes, tubérculos e bulbos. Sintomas:
Tamanho reduzido de órgãos vegetais, necrose de folhas,
raízes e flores, bulbos e tubérculos mal formados. Os
nematóides são minúsculos organismos que vivem em
diversos ecossistemas, ocorrendo em quase todas as
regiões do mundo. Podem ser vida livre, não causando
danos a outras espécies; podem alimentar-se de restos de
outros animais ou plantas, sendo chamados de saprófitas; e
podem ser parasitas de animais ou plantas. Um exemplo
prático desses animais são as conhecidas lombrigas que
parasitam os seres humanos. Já os nematóides que
parasitam plantas, são encontrados nas raízes e no solo.
São pragas importantes em grandes culturas como a soja
em diversos estados brasileiros. Também é grande causador
de perdas em plantas ornamentais, seja na produção em
larga escala ou em jardins domésticos. Um estudo da
Empresa Pernambucana de Pesquisa Agropecuária, em
2004, mostrou que mais de 40% das helicônias e 80% das
musáceas do estado estavam infectadas por nematóides. Os
danos causados pelos nematóides são principalmente:
redução no desenvolvimento das plantas que ficam com
todos os órgãos com tamanho reduzido, necrose nas folhas
e raízes, tubérculos e bulbos mal formados, coloração
anormal em folhas e flores. Além disso, deprecia o valor
econômico dos vegetais. Os nematóides parasitas de
plantas mais comuns são: Meloidogyne sp, Pratylenchus sp,
Radopholus similis e Aphelenchoides sp. Os nematóides não
têm grande mobilidade, movimentando-se alguns poucos
metros durante seu ciclo de vida. As formas mais comuns de
disseminação a longas distâncias são: erosão de solos pela
água da chuva, comercialização de substrato ou vegetais
contaminados, descarte de substratos contaminados.
CONTROLE. O controle preventivo certamente é o mais
eficaz e econômico contra esta praga. O uso de substrato
livre de nematóides, bem como aquisição de plantas sadias,
destruição de restos de plantas infectadas. Em áreas
maiores como jardins, podem-se cultivar plantas
antagônicas aos nematóides como crotalárias, que tem
potencial uso ornamental e/ou Tagetes sp, que além de
serem lindas ornamentais, liberam substâncias nematicidas
nos substratos. Ainda, a falta de umidade interrompe o ciclo
da praga, de forma que secar ao sol o substrato é uma
eficaz medida de controle. Algumas plantas superiores
produzem um número considerável de substâncias químicas
ativas, também chamadas de aleloquímicos, capazes de
influenciar a germinação, crescimento e desenvolvimento
de outras plantas. Esta interferência é denomada alelopatia.
A ação destes aleloquímicos não é muito específica,
podendo uma mesma substância desempenhar várias
funções. Sob o ponto de vista agrícola, estudos dos efeitos
alelopáticos e a identificação de plantas que os possuem,
torna-se assunto de grande importância, tanto na utilização
de cultivares capazes de inibir plantas daninhas, quanto na

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determinação de práticas culturais, como na rotação de


culturas, cobertura morta e outras. Segundo os
pesquisadores, as substâncias alelopáticas liberadas por
uma planta, poderão afetar o crescimento, prejudicar o
desenvolvimento normal e até mesmo inibir a germinação
de outras espécies vegetais. Também não visíveis, mas por
viverem dentro do solo, são os perigosos nematóides. São
vermes pequeninos, brancos, que perfuram as raízes das
plantas, sugando a seiva. Atacam principalmente as
hortaliças-frutos, como beterraba, rabanete, cenoura, nabo.
Evita-se, plantando mudas de tagetes ("cravo de defunto")
nas bordas do canteiro (duas mudas por canteiro, uma em
cada extremidade). O sol ajuda a combatê-los. Caso surjam,
será preciso arrancar todas plantas atacadas, retirar a terra
e cobrir o canteiro com lona preta, deixando o sol agir.

PERCEVEJOS. Algumas espécies de percevejos como


Acroleucus coxalis (Hemiptera Lygaeidae), Phthia picta e
Corecoris fuscus (Hemiptera, Coreidae), Corythaica cyathic
ollis, C. monacha e C. passiflora (Hemiptera, Tingidae); e as
espécies de cochonilhas Orthezia insignis e O. praelonga
(Homoptera, Coccidae), eventualmente causam danos à
pimenteira.O termo percevejo é a designação comum a
diversos insetos da ordem dos hemípteros, da subordem
dos heterópteros. O nome de sua subordem em latim,
Hemiptera, refere-se ao fato de as asas anteriores serem
parcialmente endurecidas e parcialmente membranosas
(nas pontas posteriores). Em repouso, as asas anteriores
cobrem as posteriores, formando uma superfície plana e,
geralmente, colorida. A maioria é fitófaga (alimenta-se de
sucos obtidos de vegetais, como a seiva), tendo, para esse
efeito, um aparelho bucal perfurador e sugador, que já
apresentam na fase de ninfa. Alguns, contudo, são
hematófagos (alimentam-se de sangue) ou perfuram e
sugam o interior de outros insetos. As ninfas são muito
semelhantes ao inseto adulto, mas sem asas. São
conhecidas cerca de 25 000 espécies, distribuídas em: (1.)
Divisão Geocorisae (2.) Divisão Anphibicorisae (3.) Divisão
Hydrocorisae.Percevejos: São mais conhecidos como
“marias-fedidas”, pois exalam um odor desagradável
quando se sentem ameaçados. Seu ataque costuma
provocar a queda de flores, folhas e frutos, prejudicando
novas brotações. CONTROLE. (1.) Vespas são suas
predadoras naturais; (2.) Devem ser removidos
manualmente, um a um; (3.) Se o controle manual não
surtir efeito, a Calda de Fumo pode funcionar como um
repelente natural; (4.) As aplicações de inseticidas para o
controle de outras pragas de importância mantêm as
populações de percevejos e cochonilhas abaixo do nível de
dano econômico.

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PULGÕES. [De pulga + -ão1.] Zool. Inseto homóptero,


afidóideo, especialmente da família dos afidídeos, de 1 a
5mm de comprimento, corpo piriforme, ovalar ou túmido,
uniformemente colorido de verde-alaranjado, pardo e
outras cores, de consistência muito delicada, polimórfico,
provido de tecas, alares ou ápteros. Alimentam-se dos
vegetais, aos quais podem transmitir várias doenças. [Sin.:
afídeo, piolho-de-planta, piolho-dos-vegetais, pulgão-de-
planta.]. Nome Popular Pulgão, piolho, afídio, afídeo.
Ordem: Hemíptera. Família: Aphididae. Nome vulgar:
Pulgão, afídeo. Tamanho: Variável de 3mm a 30mm.
Coloração Variável, de acordo com a espécie.

Esverdeados, esbranquiçados, marrons. Postura: 50 a 100


ovos ou filhotes. Reprodução: Sexuada e assexuada. Esta
última através da partenogênese, onde as fêmeas
depositam ovos férteis sem a necessidade de cópula.
Alimentação: Seivas das plantas. Partes Afetadas: Toda a
planta, principalmente folhas e botões. Sintomas:
Descoloração, amarelamento, enrolamento e enrugamento
das folhas, subdesenvolvimento de flores, frutos e de toda a
planta.Os pulgões são insetos sugadores capazes de se
multiplicar rapidamente, causando sérios prejuízos
econômicos para agricultores em geral. Das cerca de 4.000
espécies conhecidas, pelo menos 250 causam perdas
agrícolas. Eles se alimentam da seiva das plantas,
perfurando os vasos condutores. Além dos prejuízos diretos,
os pulgões ainda são transmissores de doenças entre as
plantas e favorecem o surgimento de fungos. Seu ciclo
reprodutivo é bastante interessante, sendo que nos meses
mais quentes do ano as fêmeas produzem outras fêmeas
partenogeneticamente, isto é, sem fecundação e de maneira
vivípara; enquanto que no outono, ocorrendo o
acasalamento entre machos e fêmeas, e tornam-se
ovíparos. Os pulgões podem apresentar diversas cores, de
acordo com a espécie, entre o marrom, o verde, o amarelo,
o vermelho, o cinza, o vinho e o preto. Alojam-se nas folhas
mais tenras, brotos e caules, sugando a seiva e deixando as
folhas amareladas e enrugadas, principalmente das
hortaliças e da erva-doce. Abrigos dos pulgões: Jardins,
Plantas ornamentais, Holerícolas, Frutíferas, Plantas
daninhas. Os principais predadores naturais dos pulgões
são as joaninhas, sirfídeos (moscas-das-flores), besouros e

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vespas, mas há inúmeros outros animais capazes de predá-


los. Algumas formigas utilizam-se de uma solução aquosa
rica em açúcares, que os pulgões excretam e por este
motivo protegem-nas dos predadores. Em grande
quantidade podem debilitar demasiadamente a planta e até
transmitir doenças perigosas. CONTROLE. Verificar a
presença de pulgões nas brotações, botões florais e folhas.
Podar o local infestado com queima posterior ou realizar
limpeza com algodão embebecido em água com sabão de
côco. Eles podem aparecer em qualquer época do ano, mas
os períodos mais propícios são a primavera, o verão e o
início do outono. Precisam ser controlados logo que
notados, pois se multiplicam com rapidez.Se forem poucos,
devem ser retirados manualmente. Se, quando percebidos,
já forem muitos, a saída é aplicar calda de fumo ou emulsão
de sabão e querosene. É muito difícil fazer catação manual,
a melhor maneira de combatê-los é pulverizando inseticidas
naturais. Calda de fumo: pique 20 gr de fumo de rolo,
coloque em 1 litro de água e deixe ferver durante meia
hora. Coe em pano fino e dilua a mistura em 4 litros de
água. Depois é só pulverizar sobre as plantas, em especial
nas partes afetadas pelos insetos. Métodos de controle.
Pode ser feito naturalmente com a introdução de
predadores e parasitas. Outras formas de combate
tradicionais e eficientes, são a calda de fumo e o óleo
mineral. Inseticidas comerciais devem ser usados apenas
em último caso, pois matam também insetos benéficos às
plantas como joaninhas e abelhas. Produtos para controle.
Para controle residencial existem vários produtos de venda
livre encontrados no comércio em geral: A cultura popular
brasileira é rica em dicas para o controle de pragas de
plantas. A maior parte delas ataca geralmente na
primavera, período de fertilidade e de grande atividade na
natureza. E elas causam vários estragos nas plantas, além
de favorecer o surgimento de doenças, principalmente
fúngicas. As pragas geralmente se tornam um problema
sério quando há um desequilíbrio ecológico no sistema onde
a planta está inserida. Outras situações que podem
favorecer o seu surgimento são desequilíbrios térmicos,
excesso ou escassez de água e insolação inadequada. (1.)
As joaninhas são suas predadoras naturais; (2.) Um
chumaço de algodão embebido em uma mistura de água e
álcool em partes iguais ajuda a retirar os pulgões das folhas
e isso pode ser feito semanalmente, Depois de removidos os
pulgões é que você deve aplicar o repelente, para evitar
novos ataques. (3) Aplique Calda de Fumo ou Macerado de
Urtiga.

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RASPADOR. Raspador-do-folíolo, Delocrania cossyphoides


Guérin, 1844. (Coleoptera: Chrysomelidae). Características.
Larva esbranquiçada, semitransparente e achatada, com
expansões laterais semelhantes a espinhos em cada
segmento abdominal. Adulto o besouro pequeno, de
coloração vermelho-clara, corpo achatado ventralmente,
com bordos laterais prolongados cobrindo as patas.Injúrias,
larvas e adultos alimentam-se raspando a epiderme da face
inferior dos folíolos das folhas mais novas, as quais secam e
adquirem coloração marrom-prateada. Ataques dessa praga
são mais comuns em coqueiros jovens, muito embora,
danos severos possam também ocorrer em plantas adultas.
O secamento causado nos folíolos das folhas novas de uma
planta jovem provoca redução da área foliar, e, em
conseqüência, atraso no desenvolvimento da planta e
retardo no início da produção do coqueiral. Na planta
adulta, reduz a produção chegando a anulá-la
completamente, ao tempo que predispõe a planta a outros
fatores que culminam em sua morte. CONTROLE. Controle
químico - Quando atingir o nível de controle determinado,
utilizar produtos de contato ou sistêmicos dirigindo-se o
jato da solução para a face inferior dos folíolos das folhas
danificadas. No caso de uso de produtos sistêmicos, a
colheita dos frutos para consumo in natura deve ser
realizada no mínimo 30 dias após a última aplicação do
produto. Realizar aplicação localizada somente para as
plantas ou áreas altamente infestadas.Em coqueirais
safreiros, localizados em áreas povoadas e de turismo, o
uso de produtos sistêmicos deve ser feito com muita
cautela, sendo mais indicado o tratamento, via “injeção
caulinar” ou “raiz”, devendo a colheita dos frutos para
consumo in natura ser realizada somente 90 dias após
tratamento das plantas.

TATUZINHOS. [De tatu + -zinho.]. Bras. Zool. Designação de


crustáceos isópodes, terrestres, armadilidiídeos
(Armadillidium vulgare e outras espécies próximas). O seu
aspecto e maneira de enrolar o corpo, como se fossem um
tatu-bola, valeu-lhes o nome popular. Quando em grande
número, podem causar dano às plantas. [Sin.: bicho-de-
conta, papa-breu.] Nome comum: tatuzinho. Nome
científico: ligia oceânica. Nome em inglês: common sea
slater or quarry-lice. Outras espécies: philoscia muscorum;
armadillidium vulgare; armadillidium nasatum; Porcellio
scaber; trichoniscus pusillus; oniscus asellus; Filo:
arthropoda. Classe: crustácea. Subclasse: malacostraca.
Família: ligiidae. Comprimento: até 2 cm. Alimento:
vegetação apodrecida. Características: O tórax tem 7 placas
duras. 7 pares de pernas.Os tatuzinhos não são nem
insetos, nem moluscos. São crustáceos que se adaptaram à
vida em terra firma, mas necessitam viver em um ambiente
úmido e escuro. Por isso, procuram as cavernas, onde

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podem esconder-se sob pedras ou paus. Para conservar a


umidade indispensável à sua sobrevivência, eles vivem em
colônias. Empilhados uns sobre os outros, protegem-se do
ressecamento por evaporação. Esses animais possuem
órgãos dos sentidos, fora da sua carapaça, que os ajudam a
encontrar locais úmidos. O tatuzinho é encontrado em todo
o mundo. Um das espécies mais difundidas na Europa é o
tatuzinho-das-cavernas, comum nos lugares arenosos e nas
florestas de pinheiros. Seu corpo cinza-azulado é mais chato
do que o corpo das demais espécies. As manchas brancas
que aparecem no corpo, na altura das duas primeiras
pernas, são as extremidades de finos tubos, pelo quais o
animal respira. Nas regiões de clima temperado, a
reprodução ocorre em abril e junho. O tatuzinho é uma
espécie de bicho-de-conta que se enrola em forma de bola
quando se toca nele.

Vivem sob pedras e matéria orgânica, tais como galhos e


folhas. Alimentam-se de matéria orgânica em
decomposição. Estes animais causam danos às raízes e às
folhas das plantas, entretanto são muito eficientes como
decompositores. São comumente encontrados em jardins
cujo solo apresenta grande umidade. É comum que estes
pequenos animais freqüentem a horta, mas se houver
desequilíbrio podem causar muitos danos à horta.
CONTROLE. Isca: espalhar pedaços de chuchu ou abóbora
pela horta, para atraí-los e depois pegá-los. Latas de pouca
espessura contendo sal e cerveja também são bastante
atraentes para estes pequenos insetos. Lesmas, caracóis e
outros bichinhos que podem invadir a horta. Estes moluscos
adoram a umidade. Aí, eles aparecem à noite, para devorar
as folhas de hortaliças (formam-se buracos nelas). De dia,
escondem-se em lugares úmidos e sombreados, como
pedras e folhas caídas. São fáceis de combater, se
descobertos logo que aparecerem. É só fazer a coleta
manual.

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TRIPES - Thrips tabaci, T. palmi e Frankliniella


shulzeiNestas espécies, as formas ápteras têm corpo
alongado medindo aproximadamente 1 a 2 mm de
comprimento e mostram coloração branco-hialino ou
amarelo-claro. Os insetos podem ser encontrados na face
inferior das folhas, brotações, primórdios florais e flores. Os
tripes causam danos diretos às plantas pela sucção da
seiva. Estes, porém são infinitamente menores do que
aqueles produzidos indiretamente através da transmissão
do vírus de vira-cabeça do tomateiro. Os tripes adquirem o
vírus somente na fase larval, tornando-se capaz de
transmiti-lo pelo resto da sua vida. Os sintomas mais
comuns de vira-cabeça na cultura da pimenteira são:
mosaico amarelo, faixa verde nas nervuras, anéis
concêntricos, paralisação do crescimento e deformação dos
frutos. As plantas infectadas na sementeira ou logo após o
transplante têm sua produção totalmente comprometida.
Quando a contaminação ocorre tardiamente, a produção é
menos afetada em quantidade e qualidade.Os insetos,
particularmente o T. palmi, causam danos diretos nas
plantas, levando a seu ‘enfezamento’ e retardando seu
desenvolvimento. As folhas mostram-se ‘lanhadas’,
retorcidas, de tamanho reduzido e, sobretudo, disformes.
Os frutos apresentam-se com manchas de escurecimento,
cicatrizes de vários tipos, deformações diversas e redução
de tamanho. As flores sofrem danos diretos que causam
abortamento que implica na redução da produção de frutos
por planta sendo associada à presença do tripes com a
incidência de vírus do vira-cabeça. CONTROLE. (1.) Produzir
mudas em viveiros construídos em local afastado dos
campos de produção e protegido por telas que evitem a
entrada dos tripés. (2.) Erradicar plantas hospedeiras
nativas, solanáceas silvestres e solanáceas cultivadas
voluntárias; Evitar plantios novos em área adjacente a
plantios mais antigos. (3.) Incorporar ou queimar restos
culturais. (4.) Se registrado o produto, recomenda-se o uso
de inseticida de solo somente na fase de sementeira, além
de pulverizações periódicas com produtos de ação sistêmica
ou de contato, na sementeira e na fase inicial da cultura.
(5.) Intensificar as pulverizações durante os períodos
imediatamente anterior e posterior ao transplante, quando
as plantas são mais susceptíveis ao vírus.

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VAQUINHAS ou DIABRÓTICA. Zool. Designação comum a


coleópteros da família dos meloídeos, crisomelídeos e
escarabeídeos, e da subfamília dos melolontíneos. São
besouros alongados, de pernas muito compridas, tarsos
muito desenvolvidos, sobretudo no gênero Ecauta, e atacam
as folhas e flores das plantas. [Sin.: burrinho.] São
semelhantes a um besourinho, sendo que uma das
principais tem a coloração verde e amarela. A vaquinha
(Macrodactylus pumilio) ou (Diabrotica especiosa) é um
besouro da família dos sscarabeídeos da ordem coleoptera.
Possui cerca de 9 mm de comprimento, corpo recoberto de
densa pubescência verde manchada de amarela e pernas
longas. Ataca flores e frutos maduros de diversas árvores e
Gramineas cultivadas. Também é conhecido pelos nomes de
besouro-amarelo, vaquinha-amarela e vaquinha-das-flores.
Nome Popular Vaquinha, brasileirinho, patriota, larva
alfinete. Ordem: Coleóptera. Filo: Arthropoda. Partes
Afetadas: Folhas verdes, frutos, flores, raízes incluindo
tubérculos. Sintomas: Desfolhamento, tombamento, morte
repentina, apodrecimento de frutos e tubérculos, queda de
flores e frutos. Larva alfinete (Diabrotica speciosa)
(Germar, 1824) (Coleoptera: Chrysomelidae).

As larvas são de coloração branca-leitosa e de formato


afilado. O adulto é vulgarmente conhecido como vaquinha.
A larva perfura as vagens ainda não completamente
formadas, além facilitar a penetração de patógenos. O
adulto alimenta-se do limbo foliar, provocando perfurações
circulares. Esse besouro é conhecido como brasileirinha ou
vaquinha, dependendo da região do País. Possui coloração
verde e manchas amarelas, motivo pelo qual também é
conhecida como "patriota". Seu nome científico é Diabrotica
speciosa e é praga de diversas plantações em toda a
América Central e do Sul.A fase larval do inseto é
subterrânea sendo que se alimenta principalmente de raízes
de diversas espécies. O inseto adulto alimenta-se de partes
vegetativas e pólen de flores, causando grande destruição

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quando em alta densidade. Além do dano direto, a vaquinha


é vetor de doenças viróticas e bacterianas. O ciclo leva
aproximadamente um mês para completar-se, sendo que
cada fêmea pode colocar até mais de 2000 ovos, podendo,
dessa forma, atingir grande população em pouco tempo
caso não seja detectada precocemente. CONTROLE. Das
culturas mais atacas podemos citar a soja, o milho, as
cucurbitáceas, o amendoim e a batata. Muitas ornamentais
também são atacadas. Em princípio, o controle químico é
mais usual. Existe, no entanto, feromônios sexuais que
atraem os machos para armadilhas feitas de garrafas pet
contendo água e detergente. Como inimigos naturais a
vaquinha possui os fungos Beauveria bassiana e
Metarhizium anisopliae, que infectam naturalmente larvas e
adultos de D. speciosa no campo, e a mosca Celatoria bosqi
que parasita essa praga. Aranhas e algumas espécies de
formigas também são inimigos naturais. Porém, algumas
espécies do gênero Diabrotica, ao consumirem partes de
plantas cucurbitáceas, não são parasitadas pelo fato de
ingerirem uma substância chamada curcubitacina, que é
tóxica a alguns inimigos naturais.Diabrotica speciosa. Os
adultos têm 5-7 mm de comprimento, corpo ovalado e
coloração geral verde brilhante, mostrando três manchas
amarelo-alaranjadas em cada élitro. As fêmeas fazem a
postura no solo, próximo ao caule das plantas. As larvas são
brancas e possuem no dorso do último segmento abdominal
uma placa quitinosa de cor marrom ou preta. Os danos
causados pelas larvas às raízes de pimenteira são em geral
pouco importantes. Os adultos, contudo, podem produzir
injúrias sérias quando se alimentam das folhas,
principalmente em plantas nas sementeiras ou recém-
transplantadas para o campo. Outros crisomelídeos como
Systena tenuis, Epitrix parvula, Symbrotica bruchi e
Diabrotica spp. são mencionados na literatura como pragas
da pimenteira, principalmente das mudas recém-
transplantadas, de cujas folhas se alimentam. Estes insetos
perfuram as folhas causando atraso no desenvolvimento ou
morte das plantas. Extrato de Pimenta - bater 500 gramas
de pimenta e dois litros de água no liquidificador até a
maceração total. Coar e misturar sabão, acrescentando por
fim os 2 litros de água restantes.

VIRÓIDES. São fragmentos de RNA que causam doenças


apenas em plantas. Viroides são os menores sistemas
genéticos capazes de se replicar no interior de uma célula e
encontram-se confinados ao Reino Vegetal (abril de 2010).
Considerados os menores patógenos de plantas, são
constituídos por um minúsculo RNA de fita simples, circular,
com tamanho que oscila entre 246 e 401 nucleotídeos (10

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vezes menores que a maioria dos genomas dos menores


vírus de plantas conhecidos). Os viroides não codificam
proteínas e, diferentemente dos vírus, não possuem capa
proteica (envoltório de proteína que envolve e protege o
ácido nucleico viral), sendo totalmente dependentes da
maquinaria transcricional da célula do hospedeiro para
cumprir as diferentes etapas do seu ciclo infeccioso que
inclui: replicação, movimento (intra- e inter-celular) e
patogênese. Os viroides são denominados "Agentes
Subvirais" pelo Comitê Internacional de Taxonomia de Vírus
(ICTV) e, de acordo com suas propriedades biológicas e
moleculares, são classificados em duas famílias:
pospiviroidae e avsunviroidae. À família pospiviroidae
pertencem os viroides que se replicam no núcleo das
células, apresentam uma região conservada na molécula de
RNA denominada de CCR (região central conservada) e não
possuem ribozimas (estruturas com sequências específicas
da molécula de RNA que permitem seu auto-corte).
Diferentemente, os viroides que pertencem à família
avsunviroide replicam-se nos cloroplastos, não possuem
CCR e possuem ribozimas associadas à replicação.Os
viroides podem induzir doenças em plantas cultivadas de
importância econômica como o "afilamento do tubérculo da
batatinha" causado pelo Potato spindle tuber viroid
(PSTVd), a "exocorte dos citros" (Citrus exocortis viroid,
CEVd), a xiloporose dos citros (Hop stunt viroid, HSVd), o
"nanismo do crisântemo" (Chrysanthemum stunt viroid,
CSVd), o "cadang-cadang do coqueiro" (Coconut cadang-
cadang viroid, CCCVd), o "calico do pessegueiro" (Peach
latent mosaic viroid, PLMVd), entre outras. O mecanismo de
fabrico dos viroides é dependente do hospedeiro que
infectam. Plantas infectadas podem apresentar crescimento
distorcido. Cerca de 33 espécies já foram identificadas. Os
viróides foram descobertos pelo patologista Theodor Otto
Diener, em 1971. Características Gerais.

VÍRUS é uma palavra de origem latina que significa veneno.


É utilizada para se referir a um grupo de agentes infecciosos
microscópicos, com tamanho entre 20 e 30 mm,
constituídos basicamente por ácidos nucléicos recobertos
por uma capa protéica (podendo haver também, um
envoltório membranoso, originário da célula alvo onde foi
produzido). A capa protéica que recobre o material genético
é chamada CAPSÍDIO. Ao conjunto material genético mais
capsídio, dá-se o nome NUCLEOCAPSÍDIO. No que diz
respeito ao seu material genético, o vírus pode ser de RNA
OU DNA (nunca ambos), de cadeia simples ou dupla (sendo
que os RNAs de cadeia simples podem funcionar como
mRNA ou não, e são respectivamente denominados de RNA
de cadeia positiva e de cadeia negativa). Os vírus não
apresentam organização celular, ou seja, são ACELULARES.
Em decorrência disso, não apresentam metabolismo próprio
e são considerados sistemas moleculares replicativos NÃO

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VIVOS, e PARASITAS INTRACELULARES OBRIGATÓRIOS


(pois dependem da maquinaria de replicação da célula que
infectam para poderem ser produzidos). Existem vírus
capazes de infectar organismos de todos os reinos de seres
vivos, das bactérias aos animais e plantas.
Uma boa analogia para se referir aos vírus e às células que
eles infectam seria compará-los com um cd-rom e um
computador. O cd-rom, assim como um vírus, contém
informações, um jogo, por exemplo, mas para que essas
informações sejam lidas e executadas, é necessário o
hardware e software celulares, neste caso, do computador,
fazendo o papel de célula. Para que haja a produção e
montagem de novas partículas virais, a REPLICAÇÃO VIRAL,
o vírus deve invadir uma célula alvo, processo denominado
INFECÇÃO. A replicação como um todo, normalmente se dá
da seguinte forma: (1.) ADESÃO: É o processo pelo qual o
vírus se liga à célula alvo que irá infectar. Na superfície da
célula alvo existem proteínas chamadas RECEPTORES, que
se ligam as proteínas presentes na superfície do vírus (que
podem ser chamadas antireceptores ou ligantes).(2.)
PENETRAÇÃO: É a internalização da partícula viral e/ou do
material genético viral pela célula alvo. (3.) BIOSSÍNTESE:
A partir dos ácidos nucléicos virais, inicia-se a síntese de
mais ácidos nucléicos e proteínas virais. Os genes dos vírus
também atuam no sentido de alterar todo o metabolismo e
recursos celulares em direção à biossíntese dos novos vírus.
(4.) MONTAGEM: É a montagem de novas partículas virais a
partir dos componentes sintetizados pela célula alvo. Pode
haver a produção e montagem de centenas de novos vírus.
(5.) LIBERAÇÃO: Os VÍRUS já montados são liberados pela
célula. Pode ocorrer por exocitose ou pela lise celular.Dá-se
o nome de VÍRIONS às partículas virais capazes de infectar
uma célula alvo e direcioná-la a produzir novos vírus
(basicamente, é o vírus completo). No caso de alguns vírus,
como os que infectam as bactérias (BACTERIÓFAGOS), pode
acontecer de o material genético viral incorporar-se ao
genoma da célula alvo e permanecer em estado latente.
Neste caso, ele passa a ser chamado PROVÍRUS. No caso
dos bacteriófagos, seu ciclo de replicação pode seguir dois
caminhos: (1.) O CICLO LÍTICO: Neste caso, não ocorre a
integração do material genético do vírus no genoma da
bactéria, há a produção e montagem de novas partículas
virais, que vão promover a lise da bactéria, quando da
liberação dos vírus. (2.) O CICLO LISOGÊNICO: Neste caso,
o material genético do vírus é integrado ao genoma da
bactéria, e lá permanece latente, até o momento em que é
liberado do genoma bacteriano, e então inicia um ciclo
lítico. DOENÇAS VIRAIS. Os vírus causam doenças, pois
para a célula alvo, o resultado da infecção geralmente é a
morte, podendo ser causada pela própria ação viral, como
no momento da fase de liberação (lise), ou o
reconhecimento e destruição pelo sistema imunológico. Se
um tecido ou órgão perde suas células, perde sua função.
Além desse mecanismo, os vírus também podem originar
cânceres, pois como vimos, são capazes de integrar seu
material genético no genoma da célula alvo transformando-
a em uma célula tumoral. OUTROS PARASITAS ACELULARES.
VIRÓIDES: Moléculas de RNA fita simples e circulares que
infectam células de plantas. Não produzem proteínas.
VIRUSÓIDES: Praticamente iguais aos viróides, exceto pelo

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fato de que só se multiplicam se a célula estiver sendo


infectada simultaneamente por determinados tipos de vírus.

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

Vamos conhecer mais sobre o CONTROLE BIOLÒGICO.


Controle biológico é um fenômeno que acontece
naturalmente na natureza que consiste na regulação do
número de plantas e animais por inimigos naturais. É uma
estratégia que o homem há muito tempo vem utilizando,
explorando inimigos naturais para o controle de patógenos,
pragas e ervas daninhas - ação considerada uma arte por
muitos cientistas, embora vários esforços tenham sido
feitos para transferir o controle biológico para o domínio da
ciência. O termo Controle Biológico foi empregado pela
primeira vez em 1919, por H.S. Smith, para designar o uso
de inimigos naturais para o controle de insetos-praga.
Posteriormente essa expressão foi usada para designar
todas as formas de controle, alternativas aos produtos
químicos, que envolvessem métodos biológicos. Assim, o
Controle Biológico denominava técnicas tão diversas como o
uso de variedades resistentes, rotação de culturas,
antecipar ou retardar as épocas de plantio e colheita,
queima de restos de culturas, destruição de ramos e frutos
atacados, uso de atraentes e repelentes, de feromônios e de
armadilhas. Entretanto, esta denominação para os métodos
citados não é unanimemente aceita pelos especialistas da
área. Estes consideram o Controle Biológico como uma
ciência que trata da ação de inimigos naturais na regulação
das populações de seus hospedeiros e suas presas, sejam
eles insetos pragas ou ervas daninhas.
O controle biológico é o componente fundamental do
equilíbrio da Natureza, cuja essência está baseada no
mecanismo da densidade recíproca, isto é, com o aumento
da densidade populacional da presa, ou do hospedeiro, os
predadores, ou parasitos, tendo maior quantidade de
alimento disponível, também aumentam em número. Desta
maneira, os inimigos naturais causam um declínio na
população da praga. Posteriormente, a população do
inimigo natural diminui com a queda no número de presas,
ou hospedeiros, permitindo que a população da praga se
recupere e volte a crescer. Neste caso, os parasitos e
predadores são agentes de mortalidade dependentes da
densidade populacional da praga. Por outro lado, os fatores
físicos de mortalidade, como a temperatura e a umidade,
podem impedir, temporariamente, o aumento no numero de
indivíduos da praga, independente do tamanho da
população desta. Estes são os fatores de mortalidade
independentes da densidade. Portanto, é possível detectar o
efeito da mudança de diferentes fatores ambientais,
dependentes e independentes da densidade populacional,

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na densidade de uma população, em diferentes tipos de


ambientes. Em comparação ao CONTROLE QUÍMICO o
CONTROLE BIOLÓGICO apresenta vantagens e
desvantagens. Entre as vantagens pode-se citar que é uma
medida atóxica, não provoca desequilíbrio, não possui
contra-indicações, propicia um controle mais extenso e é
eficiente quando não existe maneira de se utilizar o controle
químico. Em compensação requer mais tecnologia, possui
um efeito mais lento, não é de tão fácil aquisição, nem
sempre pode ser aplicado em qualquer época do ano e,
geralmente, é mais caro. Para alcançar resultados, todo
programa de controle biológico deve começar com o
reconhecimento dos inimigos naturais da "praga-chave da
cultura" (principal organismo que causa danos econômicos
à lavouras). Uma vez identificada a espécie e o
comportamento da "praga" em questão, o principal desafio
dos centros de pesquisa diz respeito a reprodução desse
inimigo natural em grandes quantidades e com custos
reduzidos.Dentro do controle biológico podemos constatar
duas fases distintas: o controle biológico sem a
interferência (ou seja, na forma como é encontrado na
natureza) e aquele que é feito mediante introdução,
manipulação e aplicação de organismos capazes de agir de
forma contrária a pragas. Tipos de Controle Biológico:
Controle biológico artificial é quando o homem interfere de
modo a proporcionar um aumento de seres predadores,
parasitos ou patógenos, podendo esses serem: insetos
(mais atuantes no controle biológico natural), fungos ,
vírus, bactérias , nematóides e ácaros. Controle biológico
clássico. Importação e colonização de parasitóides ou
predadores, visando ao controle de pragas exóticas
(eventualmente nativas). De maneira geral, as liberações
são realizadas com um pequeno número de insetos por uma
ou mais vezes em um mesmo local. Neste caso o controle
biológico é visto como uma medida de controle em longo
prazo, pois a população dos inimigos naturais tende a
aumentar com o passar do tempo e, portanto, somente se
aplica as culturas semiperenes ou perenes. Controle
biológico natural. Refere-se a população de inimigos que
ocorrem naturalmente. São muito importantes em
programas de manejo de pragas, pois são responsáveis pela
mortalidade natural no agroecossistema e,
conseqüentemente, pela manutenção de um nível de
equilíbrio das pragas. Controle biológico aplicado. Trata-se
de liberações inundativas de parasitóides ou predadores,
após criação massal em laboratório. Esse tipo de controle
biológico é bem aceito pelo usuário, pois tem um tipo de
ação rápida, muito semelhante à de inseticidas
convencionais. O CBA refere-se ao preceito básico de
controle biológico atualmente chamado de multiplicação
(criações massais), que evoluiu muito com o
desenvolvimento das dietas artificiais para insetos,
especialmente a partir da década de 70.

"O fogo ali teconsumirá; a espada te exterminará; ela te


devorará como a locusta. Multiplica-te como a locusta,
multiplica-te como o gafanhoto. (v. 15) Multiplicaste os teus
negociantes mais do que as estrelas do céu; a locusta
estende as asas e sai voando. (v. 16) Os teus príncipes são
como os gafanhotos, e os teus chefes como enxames de

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gafanhotos, que se acampam nas sebes nos dias de frio; em


subindo o sol voam, e não se sabe o lugar em que estão.
(Naum 3. 15-17)

Fonte:Dicionário Aurélio
http:// wikpedia.com.br
www.agrorganica.com.br - autor Eng. Agr. Silvio Roberto
Penteado
(Publicado no URTIGA 154 - janeiro/fevereiro 2003 - pág.
7)
(Publicado no Urtiga 136 - jan/fev 2000 - pág. 2)
(In Diário Insular) Etiquetas: biofábrica, Ceratitis capitata,
David Horta Lopes, esterilização por radiação gama, Félix
Rodrigues, praga
http://www.isca.com.br/novo/isca.com.php?
menu=1504&page
http://www.portaldoagronegocio.com.br/conteudo.php?
id=29439 Data Edição: 28/07/2006 – Fundecitrus e outros
Proteção Florestal:
http://www.floresta.ufpr.br/~lpf/contbio01.html

Shalom Adonai para todos.

Postado por Magna Couto às 20:18

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