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Estudo de Argamassas

Relatório técnico sobre argamassas


Thiago Davi Rosa
Universidade Federal de Uberlândia
Materiais de Construção Civil 2
Prof. João Fernando Dias

2010
Sumário

1 Introdução .............................................................................................................................. 3
2 Traços preparados em aula .................................................................................................... 3
3 Massa unitária ........................................................................................................................ 4
4 Granulometria do agregado ................................................................................................... 4
5 Absorção por capilaridade ..................................................................................................... 5
6 Teor de ar incorporado .......................................................................................................... 6
7 Permeabilidade à água ........................................................................................................... 7
8 Consumo de materiais............................................................................................................ 7
9 Resistência à compressão ...................................................................................................... 9
10 Algumas características e resultados para o estado fresco ............................................... 10
11 Algumas características e resultados para o estado endurecido ....................................... 11
12 Conclusão ........................................................................................................................... 12
13 Bibliografia ......................................................................................................................... 12

2
1 Introdução

O trabalho de argamassas foi desenvolvido com base em análises de diferentes traços,


variando quantitativos e materiais. No decorrer das aulas em laboratório foram analisados os
diferentes comportamentos e desempenhos que as argamassas obtinham e por meio dessa
análise foi constatada a melhor utilização de cada tipo.

O principal objetivo é comparar as propriedades e características que as argamassas


apresentam em dois estados diferentes, endurecido e fresco. De fato, através disso, analisar o
comportamento das argamassas aéreas, hidráulicas e mistas. Não se pode esquecer que esse
estudo objetiva, também, o contato direto com os materiais, criando uma cultura de
percepção e análise.

O desenvolvimento do trabalho conforme roteiro individual de acompanhamento das aulas de


laboratório consistiu na preparação de diferentes traços de argamassas e para esses, foi
determinado algumas características como massa unitária, granulometria do agregado,
absorção por capilaridade, teor de ar incorporado, permeabilidade, consumo de materiais,
módulo de elasticidade e resistências a compressão e de aderência à tração.

A importância desse estudo não se dá apenas no sentido da familiarização com os materiais e


suas características, mas cria-se também uma base de dados importante para o futuro
profissional da área de Engenharia Civil, contribuindo para que faça as escolhas mais
adequadas dos traços e materiais a serem utilizados de acordo com as necessidades de cada
projeto.

2 Traços preparados em aula

Com o intuito de comparar as principais características dos materiais constituintes das


argamassas e seus comportamentos no estrado fresco e endurecido, foram preparados 4
traços diferentes que estão explicitados na Tabela 1.

Tabela 1 – Traços preparados em aula

Nº Traço em volume úmido Traço em volume seco Traço em massa seca


(C : Ca : Ag) (C : Ca : Ag) (C : Ca : Ag)
1 -:1:3 - : 1 : 2,5 - : 1 : 7,5
2 1:-:3 1 : - : 2,5 1 : - : 3,1
3 1:1:6 1 : 1 : 4,6 1 : 0,4 : 7,8
4 1:1:8 1 : 1 : 6,1 1 : 0,4 : 10,5

O volume considerado para o preparo da mistura foi de 3 litros de areia seca e os demais
volumes de materiais foram calculados a partir dessa informação.

3
3 Massa unitária

A massa unitária é também denominada massa específica aparente ou massa barimétrica e


consiste na massa da unidade de volume do agregado. A determinação dessa propriedade é
realizada através de um procedimento normatizado pela NBR 7251.

O procedimento foi realizado em laboratório e depois de três determinações foi encontrado


um valor médio para as massas unitárias de diversos componentes das argamassas. Os valores
adotados são δc=1,13kg/m³ para o cimento, δca=0,47kg/m³ para a cal e δal=1,49 para a areia
lavada seca.

Durante o preparo dos diferentes traços foi determinada a massa unitária dos componentes da
argamassa para cada traço e feito um comparativo com o valor médio encontrado
anteriormente. Os resultados obtidos estão mostrados na Figura 1.

Massas Unitárias
1,8

1,6 1,61 1,62 1,65


1,58
1,49
1,4 1,37
1,32
Massa Unitária (δ)

1,30
1,2 Cal
1,13
1 Cimento

0,8 Areia Seca

0,6 0,56
0,53 0,52
0,47
0,4

0,2
0 Traço1 1 2 Traço
3 2 4 Traço
5 3 6 Traço
7 4 8
Traços

Figura 1 – Massas unitárias

4 Granulometria do agregado

A granulometria do agregado utilizado para a preparação da argamassa influi diretamente na


trabalhabilidade da mesma no estado fresco. De fato, quando se tem grande quantidade de
material fino, a argamassa possui maior trabalhabilidade, entretanto, é necessária maior
quantidade de água. Por outro lado, pouca quantidade de finos prejudica a trabalhabilidade.

4
O ensaio de distribuição granulométrica foi realizado de acordo com a norma NBR 7217, e
agregado foi caracterizado como areia média-grossa bem graduada, ou seja, com graduação
contínua. O módulo de finura encontrado foi 3,2 e o diâmetro máximo 2,4mm.

A Figura 2 mostra a curva de distribuição granulométrica da areia lavada seca utilizada para a
preparação dos traços das argamassas.

Curva de distribuição granulométrica


100,00
100,00
99,36 97,95 Peneira
80,00
2,4
74,90 Peneira

% Retida acumulada
1,2
60,00 Peneira
0,6
Peneira
40,00
36,23 0,3
Peneira
20,00 0,15
10,36 Peneira
1,87 0,075
0,00
Fundo 0,075 0,15 0,3 0,6 1,2 2,4
Areia Fina Areia Média Areia Grossa

Abertura da peneira (mm)

Figura 2 – Curva de distribuição granulométrica

A análise do gráfico da distribuição granulométrica da areia utilizada para o preparo dos traços
evidencia uma boa graduação, o que contribui para uma argamassa com boa trabalhabilidade
e menor consumo de água e aglomerante. Evidentemente, os grãos menores preenchem os
espaços vazios dos menores, que por sua vez, tem seus espaços preenchidos pela pasta de
aglomerante.

5 Absorção por capilaridade

Absorção de água por capilaridade é devida aos pequenos poros capilares existentes no
material constituinte da argamassa. O ensaio mede a quantidade de água absorvida em função
do tempo. Esse ensaio foi adaptado do procedimento da NBR 9779:1987.

Os resultados obtidos no ensaio de absorção por capilaridade estão mostrados a seguir no


gráfico, Figura 3.

5
Absorção por capilaridade
4
3,5
3
2,5
Traço 2
2
Traço 3
1,5
1 Traço 4

0,5
0
0 10 20 30 40 50 60 70

Figura 3 – Absorção por capilaridade

A análise do gráfico de absorção por capilaridade nos mostra que o traço 2, formado por
apenas cimento, absorve uma quantidade de água menor que o traço 3, formado por cimento
e cal, pois a cal do traço 3 absorve maior quantidade de água. A maior absorção do traço 3 em
relação ao traço 4 acontece devido a quantidade de agregado no traço 4 ser maior, o que
contribui para o preenchimento dos vazios da argamassa.

6 Teor de ar incorporado

O ensaio para a obtenção do teor de ar incorporado foi uma adaptação da NBR 13278:1995. O
gráfico a seguir, Figura 4, apresenta o resultado obtido em laboratório.

Teor de ar incorporado
5
4,5 4,5
4
3,5
Teor de Ar (%)

3,33
3 Traço 1
2,5 2,36 Traço2
2 1,96 Traço 3
1,5 Traço 4
1
0,5
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8
Traços

Figura 4 – Teor de ar incorporado

6
7 Permeabilidade à água

O ensaio de permeabilidade à água foi realizado pelo método do cachimbo e tem como
objetivo avaliar a permeabilidade de argamassa de revestimento através da absorção de água
a uma pressão inicial de 92 mm de coluna de água, que corresponde à ação estática do vento
com velocidade de 140 km/h.

O gráfico a seguir apresenta os resultados do ensaio do método do cachimbo.

Método do cachimbo
4,5
4
3,5
Nível de àgua (cm³)

3
Traço 1
2,5
Traço 2
2
Traço 3
1,5
Traço 4
1
0,5
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8
Tempo (minutos)

Figura 5 – Método do cachimbo

A análise do gráfico mostra que a argamassa correspondente ao traço 2, constituída somente


de cimento e areia, apresenta a menor permeabilidade à água. De fato, isso pode ser explicado
pelo fato das argamassas preparadas com cimento apresentarem maior densidade que as
argamassas que possuem cal hidratada e, portanto, menor permeabilidade.

A medida que a quantidade de cal aumenta na proporção especificada pelos traços, pode-se
perceber aumento da permeabilidade da argamassa.

8 Consumo de materiais

A determinação do consumo de materiais é um fator muito importante na análise do


desempenho das argamassas. De fato, a construção civil busca sempre o melhor

7
custo/benefício em todas as áreas. Nas argamassas o maior consumo de aglomerante vai
acarretar em um preço mais elevado do custo final da mesma.

O cálculo do consumo de materiais será feito através da fórmula a seguir:

1000 − 𝑎𝑟
𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = 𝐶𝑐 =
1 𝐶𝑎 𝐴 𝑎
𝛾𝑐 + 𝛾𝑐𝑎 + 𝛾𝑎 + 𝑐

Os resultados do consumo de materiais para cada traço estão representados na Tabela 2, a


seguir.

Tabela 2 – Consumo de materiais

Traço Consumo de cimento Consumo de cal Consumo de agregado


Nº (kg/m³) (kg/m³) (m³/m³)
1 - 182,75 0,526
2 421,33 - 0,502
3 232,43 87,97 0,532
4 199,46 84,72 0,546

A Tabela 2 mostra que para a mesma proporção Cimento/Agregado e Cal/Agregado, ou seja,


Traço 1 e Traço 2, o consumo de cimento é muito maior do que o consumo de cal.
Evidentemente, para a mesma proporção, uma argamassa de cimento tem o custo mais
elevado que uma argamassa de cal.

O gráfico da Figura 6 mostra o consumo de aglomerantes de cada traço de argamassa.

Consumo de aglomerante
450,00
400,00
350,00
Consumo (kg/m³)

300,00
250,00
Cal hidratada
200,00
Cimento
150,00
100,00
50,00
0,00
Traço 1 Traço 2 Traço 3 Traço 4

Figura 6 – Consumo de aglomerante

8
9 Resistência à compressão

A resistência de uma argamassa varia de acordo com a utilização de cada uma. Elas podem ser
utilizadas para assentamento de alvenaria, execução de emboço, reboco, dentre outros. O
gráfico a seguir faz uma comparação das resistências à compressão de um corpo de prova para
cada traço executado em laboratório.

Resistência à compressão
10 8,76
Resistência Compressão (MPa)

TURMA A
8 6,74 TURMA B

6 5,53 TURMA C

4
2,66
1,99 1,75
2 1,25 1,291,23
0,180,350,18
0
1 2 3 4
Traço (vol. úmido)
Figura 7 – Resistência a compressão

O gráfico de resistência a compressão mostra que o Traço 2 apresenta a mais elevada


resistência à compressão. De fato, essa característica pode ser explicada pela presença de
cimento como aglomerante. Evidentemente, o traço 1 que é composto apenas por cal
hidratada apresenta as menores resistências a compressão.

Os traços 3 e 4 que apresentam pequena quantidade de cimento apresentam melhor


desempenho na resistência em relação ao traço que apresenta apenas cal. Evidenciando, mais
uma vez, a importância do cimento na resistência final de argamassas.

9
10 Algumas características e resultados para o estado fresco

Para um melhor entendimento das várias características dos diferentes traços das argamassas
preparadas em laboratório, foi criada uma tabela com as principais características e resultados
para o estado fresco.

Tabela 3 – Algumas características e resultados para o estado fresco

Traço: (v.
TRAÇO seco Relação Relação Consistência Trabalhabilidade Densidade Ar Retração Traço base
àg/mist Massa e/ou
Nº e massa) água/aglom. seca (mm) homogeneidade Fresca Incorporado destacamento
C : Ca : A (kg/kg) (kg/kg) exudação (kg/dm³) (%) na secagem
- : 1 : 2,5 a/c: 0 Trabalhável e bem
1 0,22 347 1,91 4,5 Não -
- : 1 : 7,5 a/agl: 1,9 homogeneizada.

1 : - : 2,5 a/c: 0,79 Trabalhável e com


2 0,19 376 2,07 2,36 Não -
1 : - : 3,1 a/agl: 0 exudação.

1 : 1 : 4,6 a/c: 1,36 Trabalhável e bem


3 0,99 299 2,03 3,33 Não -
1 : 0,4 : 7,8 a/agl: 3,6 homogeneizada.

1 : 1 : 6,1 a/c: 1,65


4 1,16 349 Muito trabalhável. 1,96 5,77 Não -
1 : 0,4 : 10,5 a/agl: 3,88

Pode-se perceber que em ambos os traços foi possível obter argamassas trabalháveis,
entretanto, a consistência encontrada foi muito elevada, o que pode prejudicar algumas
características na fase endurecida e mesmo durante a execução de algum serviço.

Não foi observado nenhum tipo de retração ou destacamento na secagem em nenhum tipo de
traço apresentado. Vale ressaltar que a argamassa que utilizou saibro apresentou elevada
retração na secagem, entretanto, os resultados desse tipo de argamassa não foram
apresentados no presente relatório.

A Tabela 3 apresentada refere-se à Tabela 4 da página 15 do roteiro individual de


acompanhamento das aulas de laboratório.

10
11 Algumas características e resultados para o estado endurecido

Para um melhor entendimento das várias características dos diferentes traços das argamassas
preparadas em laboratório, foi criada uma tabela com as principais características e resultados
para o estado endurecido.

Tabela 4 – Algumas características e resultados para o estado endurecido

Massa
TRAÇO Traço (vol específica ε Limite E Relação Consumo por Resistência
úmido) "seca ao ar" limite Ruptura (GPa) E/бr m³ de argamassa Aderência
Nº CP -3
(g/dm³) x (10 mm) (MPa) (kgf/cm²)
0,35 Ca: 182,75
a 1675,99
1 -:1:3 - - - 0
- Ag: 0,526
b -
6,74 C: 421,33
a 1962,39
2 1:-:3 - - - Ca: - 0,52
5,35 Ag: 0,502
b 1948,06
1,99 0,22 C: 232,43
a 1687,29
3 1:1:6 1,0 0,44 Ca: 87,97 0,16
2,11 0,21 Ag: 0,532
b 1811,5
1,29 0,14 C: 199,46
a 1755,61 0,18
4 1:1:8 3,1 Ca: 84,72 0
1,67 0,11 Ag: 0,546
b 1773,61

Pode-se perceber que o traço que apresenta maior proporção de cimento e,


consequentemente, maior consumo de cimento, apresenta o limite de ruptura mais elevado.
De fato, esse traço também apresenta maior massa específica, e, portanto, menor
permeabilidade.

Alguns dados de aderência e módulo de elasticidade não puderam ser preenchidos devido a
não realização de ensaios.

A Tabela 4 apresentada refere-se à Tabela 5 da página 16 do roteiro individual de


acompanhamento das aulas de laboratório.

11
12 Conclusão

O estudo das argamassas no laboratório obteve resultados satisfatórios e que estão de acordo
com as normas brasileiras que normatizam esses assuntos. De fato, os procedimentos
experimentais realizados retornaram resultados que propiciaram a comparação entre os
diferentes traços preparados.

A comparação das propriedades no estado fresco e no estado endurecido revelou que não só a
resistência à compressão irá determinar a qualidade de uma argamassa. Os fatores devem ser
analisados de acordo com a utilização de cada tipo de argamassa. De fato, características como
a trabalhabilidade e a aderência são muito importantes para todas as aplicações.

Portanto, o objetivo de se criar uma familiarização com os diversos materiais utilizados e suas
propriedades foi alcançado e esse estudo constituiu um importante livro de consulta para ser
utilizado na preparação de argamassas.

13 Bibliografia

WIKIPEDIA. Argamassas. Disponível em <http://www.wikipedia.com>. Acesso em: 09


out, 2010.

BAUER, L.A. Materiais de Construção – Volume 1. Rio de Janeiro: Editora LTC, 2009

ISAIA, Geraldo Cechella. Materiais de Construção Civil. São Paulo: IBRACON, 2007.

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