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2010
Sumário
1 Introdução .............................................................................................................................. 3
2 Traços preparados em aula .................................................................................................... 3
3 Massa unitária ........................................................................................................................ 4
4 Granulometria do agregado ................................................................................................... 4
5 Absorção por capilaridade ..................................................................................................... 5
6 Teor de ar incorporado .......................................................................................................... 6
7 Permeabilidade à água ........................................................................................................... 7
8 Consumo de materiais............................................................................................................ 7
9 Resistência à compressão ...................................................................................................... 9
10 Algumas características e resultados para o estado fresco ............................................... 10
11 Algumas características e resultados para o estado endurecido ....................................... 11
12 Conclusão ........................................................................................................................... 12
13 Bibliografia ......................................................................................................................... 12
2
1 Introdução
O volume considerado para o preparo da mistura foi de 3 litros de areia seca e os demais
volumes de materiais foram calculados a partir dessa informação.
3
3 Massa unitária
Durante o preparo dos diferentes traços foi determinada a massa unitária dos componentes da
argamassa para cada traço e feito um comparativo com o valor médio encontrado
anteriormente. Os resultados obtidos estão mostrados na Figura 1.
Massas Unitárias
1,8
1,30
1,2 Cal
1,13
1 Cimento
0,6 0,56
0,53 0,52
0,47
0,4
0,2
0 Traço1 1 2 Traço
3 2 4 Traço
5 3 6 Traço
7 4 8
Traços
4 Granulometria do agregado
4
O ensaio de distribuição granulométrica foi realizado de acordo com a norma NBR 7217, e
agregado foi caracterizado como areia média-grossa bem graduada, ou seja, com graduação
contínua. O módulo de finura encontrado foi 3,2 e o diâmetro máximo 2,4mm.
A Figura 2 mostra a curva de distribuição granulométrica da areia lavada seca utilizada para a
preparação dos traços das argamassas.
% Retida acumulada
1,2
60,00 Peneira
0,6
Peneira
40,00
36,23 0,3
Peneira
20,00 0,15
10,36 Peneira
1,87 0,075
0,00
Fundo 0,075 0,15 0,3 0,6 1,2 2,4
Areia Fina Areia Média Areia Grossa
A análise do gráfico da distribuição granulométrica da areia utilizada para o preparo dos traços
evidencia uma boa graduação, o que contribui para uma argamassa com boa trabalhabilidade
e menor consumo de água e aglomerante. Evidentemente, os grãos menores preenchem os
espaços vazios dos menores, que por sua vez, tem seus espaços preenchidos pela pasta de
aglomerante.
Absorção de água por capilaridade é devida aos pequenos poros capilares existentes no
material constituinte da argamassa. O ensaio mede a quantidade de água absorvida em função
do tempo. Esse ensaio foi adaptado do procedimento da NBR 9779:1987.
5
Absorção por capilaridade
4
3,5
3
2,5
Traço 2
2
Traço 3
1,5
1 Traço 4
0,5
0
0 10 20 30 40 50 60 70
A análise do gráfico de absorção por capilaridade nos mostra que o traço 2, formado por
apenas cimento, absorve uma quantidade de água menor que o traço 3, formado por cimento
e cal, pois a cal do traço 3 absorve maior quantidade de água. A maior absorção do traço 3 em
relação ao traço 4 acontece devido a quantidade de agregado no traço 4 ser maior, o que
contribui para o preenchimento dos vazios da argamassa.
6 Teor de ar incorporado
O ensaio para a obtenção do teor de ar incorporado foi uma adaptação da NBR 13278:1995. O
gráfico a seguir, Figura 4, apresenta o resultado obtido em laboratório.
Teor de ar incorporado
5
4,5 4,5
4
3,5
Teor de Ar (%)
3,33
3 Traço 1
2,5 2,36 Traço2
2 1,96 Traço 3
1,5 Traço 4
1
0,5
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8
Traços
6
7 Permeabilidade à água
O ensaio de permeabilidade à água foi realizado pelo método do cachimbo e tem como
objetivo avaliar a permeabilidade de argamassa de revestimento através da absorção de água
a uma pressão inicial de 92 mm de coluna de água, que corresponde à ação estática do vento
com velocidade de 140 km/h.
Método do cachimbo
4,5
4
3,5
Nível de àgua (cm³)
3
Traço 1
2,5
Traço 2
2
Traço 3
1,5
Traço 4
1
0,5
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8
Tempo (minutos)
A medida que a quantidade de cal aumenta na proporção especificada pelos traços, pode-se
perceber aumento da permeabilidade da argamassa.
8 Consumo de materiais
7
custo/benefício em todas as áreas. Nas argamassas o maior consumo de aglomerante vai
acarretar em um preço mais elevado do custo final da mesma.
1000 − 𝑎𝑟
𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = 𝐶𝑐 =
1 𝐶𝑎 𝐴 𝑎
𝛾𝑐 + 𝛾𝑐𝑎 + 𝛾𝑎 + 𝑐
Consumo de aglomerante
450,00
400,00
350,00
Consumo (kg/m³)
300,00
250,00
Cal hidratada
200,00
Cimento
150,00
100,00
50,00
0,00
Traço 1 Traço 2 Traço 3 Traço 4
8
9 Resistência à compressão
A resistência de uma argamassa varia de acordo com a utilização de cada uma. Elas podem ser
utilizadas para assentamento de alvenaria, execução de emboço, reboco, dentre outros. O
gráfico a seguir faz uma comparação das resistências à compressão de um corpo de prova para
cada traço executado em laboratório.
Resistência à compressão
10 8,76
Resistência Compressão (MPa)
TURMA A
8 6,74 TURMA B
6 5,53 TURMA C
4
2,66
1,99 1,75
2 1,25 1,291,23
0,180,350,18
0
1 2 3 4
Traço (vol. úmido)
Figura 7 – Resistência a compressão
9
10 Algumas características e resultados para o estado fresco
Para um melhor entendimento das várias características dos diferentes traços das argamassas
preparadas em laboratório, foi criada uma tabela com as principais características e resultados
para o estado fresco.
Traço: (v.
TRAÇO seco Relação Relação Consistência Trabalhabilidade Densidade Ar Retração Traço base
àg/mist Massa e/ou
Nº e massa) água/aglom. seca (mm) homogeneidade Fresca Incorporado destacamento
C : Ca : A (kg/kg) (kg/kg) exudação (kg/dm³) (%) na secagem
- : 1 : 2,5 a/c: 0 Trabalhável e bem
1 0,22 347 1,91 4,5 Não -
- : 1 : 7,5 a/agl: 1,9 homogeneizada.
Pode-se perceber que em ambos os traços foi possível obter argamassas trabalháveis,
entretanto, a consistência encontrada foi muito elevada, o que pode prejudicar algumas
características na fase endurecida e mesmo durante a execução de algum serviço.
Não foi observado nenhum tipo de retração ou destacamento na secagem em nenhum tipo de
traço apresentado. Vale ressaltar que a argamassa que utilizou saibro apresentou elevada
retração na secagem, entretanto, os resultados desse tipo de argamassa não foram
apresentados no presente relatório.
10
11 Algumas características e resultados para o estado endurecido
Para um melhor entendimento das várias características dos diferentes traços das argamassas
preparadas em laboratório, foi criada uma tabela com as principais características e resultados
para o estado endurecido.
Massa
TRAÇO Traço (vol específica ε Limite E Relação Consumo por Resistência
úmido) "seca ao ar" limite Ruptura (GPa) E/бr m³ de argamassa Aderência
Nº CP -3
(g/dm³) x (10 mm) (MPa) (kgf/cm²)
0,35 Ca: 182,75
a 1675,99
1 -:1:3 - - - 0
- Ag: 0,526
b -
6,74 C: 421,33
a 1962,39
2 1:-:3 - - - Ca: - 0,52
5,35 Ag: 0,502
b 1948,06
1,99 0,22 C: 232,43
a 1687,29
3 1:1:6 1,0 0,44 Ca: 87,97 0,16
2,11 0,21 Ag: 0,532
b 1811,5
1,29 0,14 C: 199,46
a 1755,61 0,18
4 1:1:8 3,1 Ca: 84,72 0
1,67 0,11 Ag: 0,546
b 1773,61
Alguns dados de aderência e módulo de elasticidade não puderam ser preenchidos devido a
não realização de ensaios.
11
12 Conclusão
O estudo das argamassas no laboratório obteve resultados satisfatórios e que estão de acordo
com as normas brasileiras que normatizam esses assuntos. De fato, os procedimentos
experimentais realizados retornaram resultados que propiciaram a comparação entre os
diferentes traços preparados.
A comparação das propriedades no estado fresco e no estado endurecido revelou que não só a
resistência à compressão irá determinar a qualidade de uma argamassa. Os fatores devem ser
analisados de acordo com a utilização de cada tipo de argamassa. De fato, características como
a trabalhabilidade e a aderência são muito importantes para todas as aplicações.
Portanto, o objetivo de se criar uma familiarização com os diversos materiais utilizados e suas
propriedades foi alcançado e esse estudo constituiu um importante livro de consulta para ser
utilizado na preparação de argamassas.
13 Bibliografia
BAUER, L.A. Materiais de Construção – Volume 1. Rio de Janeiro: Editora LTC, 2009
ISAIA, Geraldo Cechella. Materiais de Construção Civil. São Paulo: IBRACON, 2007.
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