aquilo que nos d� raz�o da exist�ncia de algo � sua ess�ncia.

no caso do homem, n�o

h� essa raz�o pr�via (ess�ncia), portanto n�o podemos responder Porque ele existe,
s� podemos contatar sua exist�ncia
. � no processo da exist�ncia que o homem h� de constituir seu ser. o homem ser�
aquilo que vier a fazer de si mesmo.. a origem do homem � o pr�prio homem, isto �,
ele ser� aquilo que escolher fazer de si mesmo. o homem � liberdade. n�o temos uma
natureza pr�via, uma ess�ncia, somos o que escolhemos, somos liberdade. a �nica
coisa que n�o podemos escolher � deixar de sermos livres. "o homem est� condenado a
ser livre". h� fatalismo nessa express�o

Comumente o homem dividiu sua liberdade -- sobretudo a responsabilidade a ela

atrelada -- com outra inst�ncia, deus, sociedade, tend�ncias naturais, meu
inconsciente... se n�o sou totalmente livre, n�o sou totalmente respons�vel

se h� algo de universal nos criterios de valores morais que orientam nossa conduta,
essa universalidade n�o vem de uma inst�ncia trascendente, vem de n�s mesmos, � uma
esp�cie de singulariza��o de uma universalidade que procuramos viver,.
nossa liberdade est� limitada e possibilitada pela minha situa��o no mundo, por
tudo que me rodeia, principalmente pelos Outros

N�o posso mudar o fato de que existem coisas, que existem outras pessoas e que
existe o mundo objetivamente dado, mas posso livremente atribuir este ou aquele
sentido a esses fatos. � na diferen�a entre o fato bruto e o sentido que posso
atribuir a ele, atrav�s da minha liberdade, nesse espa�o, nessa diferen�a que
ocorre o exercicio da minha liberdade sempre situada. portanto, paradoxalmente, uma
escolha absoluta e ao mesmo tempo uma escolha mediada pelos fatores que constituem
a situ��o em que vivo. h� o papel dessa situa��o na nossa liberdade. uma situa��o �
sempre um situa��o hist�rica

nossa exist�ncia � algo concreta e hist�rica = situa��o

o que o homem mais persegue � sua identidade, sua realiza��o completa. queremos uma
ess�ncia, algo dado e definitivo. todos nossos desejos reportam se a um desejo
fundamental, o desejo de ser, ser para al�m de toda exist�ncia, ser para al�m de
toda conting�ncia, ser em si e por si, como deus. o homem sendo n�o s� a realidade,
mas tamb�m a possiblidade, � uma ep�cie de encontro de sintese problem�tica entre o
que ele � e o que ele n�o �.

a identidade n�o significa a constru��o e fixa��o de uma imagem de n�s mesmo, mas
deveria constituir em assumirmos o livre compromisso de uma identifica��o muito
l�cida e muito cr�tica com a hist�ria que nos � dada viver