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DIREITO DAS OBRIGAÇÕES II- AULAS PRÁTICAS

Responsabilidade civil 
24 abril-8 maio- não há aulas reposição?

Rp-483
Obri indm-562

CASO I
1- Responsabilidade:
- obrigacional (sub)
- aquiliana
- delitual (sub)
- risco (obj)
- sacrifício (obj)
- 3ª via

N há resp. obri porque não há uma relação contratual entre 2 sujeitos


Na Resp. aquiliana estão em causa a violação de deveres genéricos
Comum: dano;
Culpa- presumida na resp. aq, que tem de ser provada pelo lesado
N se presume na obri- lesado a provar que n cumpriu

2-pressupostos:
 Facto
 Ilicitude (positiva; negativa)
 Culpa (dolo; negligência)
 Dano
 Nexo de causalidade 563
- causalidade adequada – pressupõe a normalidade; se aquele facto poderia causar aquele dano em
circunstâncias normais; e olhar para a ilicitude (violação da norma visou tutelar o dano)
-condição eficiente: difícil de determinadas e pressupõe juízos subjetivos

3-não foi um comportamento auto determinado


Facto: queda
Facto voluntário  analisar os outros pressupostos
Facto inconsciente  não há responsabilidade
Imputabilidade: nem há facto voluntário; nem está em causa a capacidade de querer ou entender; não há
vontade/capacidade, sequer, de realizar o ato.
ATUNES VARELA: enquadra o desmaio em situações de imputabilidade; mas verifica, depois, que não há culpa; não
havendo responsabilidade.
Não há responsabilidade

3ª VIA: violação de deveres específicos


Não existem a violação de deveres obrigacionais, nem de deveres gerais.
Ex: Culpa em contrahendo
Relações obrigacionais sem dever de prestar: boa fé – 227º/1; 762º/2
Proporcionar determinadas tutelas , através da atuação dos envolvidos
-orientar pela positiva a atuação das pessoas e não as responsabilizar ab initio, dado que as pessoas, na maioria dos
casos, respeita os deveres de conduta.
Enfraquecimento dos art.798º e ss. E da paracontratualidade.
Deveres de tráfego- não advém da boa fé, com objetivos de, pela positiva, assegurar a riqueza; antes vêm da resp.
aquiliana, reforçando os bens nela em jogo.
Deveres específicos, mas muito gravosos para a liberdade das pessoas, escapando totalmente à sua vontade: direta
(contrato) ou indireta ( contacto social e paracontratualidade); e quem quiser ser indemnizado pela sua alegada
inobservância, terá de provar a sua inexistência, a ilicitude da sua violação e a culpa do agente.
Não é mais do que uma dependência da resp. aquiliana.
CASO II
1-Resp. civil aquiliana
Facto: Ato dominado pela vontade ; imputável
Conduta/resultado: devem ser considerados ambos
 Teoria do desvalor do resultado: não haveria resp. (resultado não causou dano, logo não há resp.)
 Teoria da conduta: haveria resp; requisito preenchido
Ilicitude: preenchido; interessa a conduta
Culpa: dolo direto
2-Dano: não houve dano, logo não dá azo a responsabilidade
3-não foram gerados danos patrimoniais; danos morais devem ser ressarcidos?
Numa situação normal, lançar a pedra, causaria um dano moral? Não; pessoa ficaria chateada, não tão profundamente
afetada. Não é qualquer circunstância que provoca um dano; tem de ser uma condição necessária

CASO III
Não há relação obrigacional, 483/2 (é típica e não se aplica a este caso), sobra a resp. civil aquiliana
1.facto: ato ou facto humano que subjaz a qualquer imputação delitual, intimamente ligado com ação: o desencadear
de meios, determinado pelo cérebro, para prosseguir um preciso fim.
Facto: consumo de álcool
Agressão e danificação de bens  dano
A ação foi voluntária (ninguém pegou na mão de E e agrediu terceiro); mas não foi intencional; consciência deturpada
como efeito do consumo de álcool. ATO INTENCIONAL X ATO VOLUNTÁRIO

Ilicitude: violação de deveres de propriedade e integridade física


Imputabilidade: 488º presunção de culpa
488/1- capaz de querer e entender  basta? Não: há pessoas que assim se colocam culposamente
488/2- menor; mas não é relevante a idade

Culpa: 487º
Dolo X
Negligência: consciente/inconsciente  deveria ter cuidado com a bebida? No caso concreto, acho que não. Não
violou nenhum dever de cuidado, não sabia que era vodka laranja, nem bebeu o copo todo; não se comportou de uma
forma que o bono pater familias evitaria. É inimputável.

Irmã mais nova: resp. aquiliana, a haver.


Conduta humana imputável ao agente por domínio da sua vontade: mudar a garrafa de sítio, há facto. Se tiver menos
de 7 anos, presume-se a inimputabilidade; se tiver 7 ou mais, assume-se que é imputável. Há ilicitude (teve intenção
de causar o dano (agressão e violação do direito de propriedade)? – não; mas violou dever de cuidado (ter atenção ao
sítio onde coloca as garrafas)? Segundo o caso concreto, a idade da pessoa, etc. Não, não me parece. Não existe
ilicitude.)
Havendo violação de direito subjetivo, não se deve ir pela norma de proteção.
Teoria híbrida: intenção ou, não havendo, se o comportamento viola um dever de cuidado.
2. e 3.
Imputabilidade: 16 anos-, presunção ilidível.
Havia dever de vigilância dos pais? Em caso de normalidade social (diligência do bom pai de família), não é suposto
que os pais não acompanhem a filha de 16 anos para uma festa.
1881 X
Os pais, no exercício das responsabilidades parentais serão responsáveis, se não ilidirem a presunção; se sim, NÃO
SERÃO DIRETAMENTE responsáveis.
489-mesmo que o lesado tenha de ser indemnizado, pode não o ser; o lesante pode não ser obrigado a indemnizar,
por exemplo, por deveres de equidade.
491º- culpa in vigilando
• Pessoas obrigadas, por lei ou por negócio jurídico, a vigiar outras, por virtude da incapacidade natural destas.
Esta tutela legal destina-se a proteger terceiros que, por via da atuação incapaz, sofram danos.
Sendo este artigo um delito qualificado, acarreta presunção de culpa, devendo os pais demonstrar que cumpriram o
seu dever de vigilância ou que o evento teria ocorrido de qualquer maneira.
Não havia dever de vigilância.
CASO IV
1. Resp de Carolina relativamente a Elsa
 Facto: acto ou facto humano que subjaz a qualquer imputação delitual.
- arremessar as embalagens
- é imputável, é capaz de querer e de entender (o susto vicia a vontade e pode ser relevante na gradação de
culpa)
 Ilicitude: inobservância do Direito.
Delimitação positiva: violação de direitos subjetivos e de normas de proteção.
Delimitação negativa: inexistência de causas de justificação.
Violação/Destruição de propriedade alheia -483
Facto voluntário x Facto intencional (foi voluntária mas não foi intencional)
Custo: não perde o domínio da vontade – minimamente controlável

 Culpa: juízo de censura que recai sobre aquele cuja atuação é reprovada pelo Direito.
Dolo: atuação voluntária contra a norma jurídica cuja violação acarreta o dano.
Negligência: violação objetiva de uma norma por inobservância de deveres de cuidado. (padrão do 487º nº2)
Negligência consciente; deveria ter tido mais cuidado por exemplo, ter agarrado melhor a caixa.
Provavelmente, será inconsciente (devido ao susto).
Não é intencional; n quis provocar danos é-lhe exigido um dever de cuidado especial  estar ao pé de carros
(ñ o dela), com caixas. O bom pai de família não as teria atirado para cima de um carro.
Ex: um homem médio teria utilizado um carro; não carregaria tantas caixas ao ponto de partir um vidro (muitas
coisas; coisas muito pesados)
Não existiam causas de exclusão

 Dano: supressão ou diminuição de uma situação favorável.


Dano patrimonial, dado que o vidro é suscetível de ser trocado por dinheiro.
-destruição do vidro
É um dano emergente
Há um dano de cálculo (restituição natural; o vidro já estava danificado)

 Nexo de causalidade: relação entre a violação ilícita e culposa de um direito subjetivo ou de uma norma de
proteção e o dano ocorrido. (deixar cair as caixas partiu o vidro?)
Doutrina da causa adequada: 563- ideia de normalidade social, de idoneidade/ é necessário que o dano
possa ter sido provavelmente consequência do facto. Critério de probabilidade.
Teoria do escopo da norma: norma violada e à finalidade que esta visa proteger. Se a situação estava abrangida
pela finalidade prosseguida pela norma violada.

2. • Facto: ato ou facto humano que subjaz a qualquer imputação delitual.


SUSTO
Ainda que de modo indireto, pois foi, na verdade, a ação de C que causou o dano, D causou tal conduta, tendo-se
verificado o facto

• Ilicitude: inobservância do Direito.


Delimitação positiva: violação de direitos subjetivos e de normas de proteção.
Delimitação negativa: inexistência de causas de justificação.
O seu ato descuidado e irresponsável, a aceção laica do termo, violou os deveres de cuidado, tendo em contas as
circunstancias.
A conduta em si, ter assustado a amiga, não é ilícita, i.e. não há violação de nenhuma norma, pois não há nenhuma
norma que proíba assustar alguém.
Porém, o resultado, é ilícito. Valorização do resultado; D não respeitou deveres de cuidado; tendo em contas o local e
a situação em que C estava- carregando caixas- deveria ter efetuado um juízo de prognose mais calculista/melhor
previsão
X Normas de proteção; violação de um dever subjetivo.
Desvalor da conduta x desvalor do resultado  deu origem a um resultado ilícito.
Também poderia ser dolo eventual e justificar
• Culpa: juízo de censura que recai sobre aquele cuja atuação é reprovada pelo Direito.
Dolo: atuação voluntária contra a norma jurídica cuja violação acarreta o dano.
Negligência: violação objetiva de uma norma por inobservância de deveres de cuidado.
Negligência consciente, pois era previsível que, perante o susto, C poderia agir instintivamente, largando as caixas.
• Dano: supressão ou diminuição de uma situação favorável.
Dano patrimonial, dado que o vidro é suscetível de ser trocado por dinheiro.

• Nexo de causalidade: relação entre a violação ilícita e culposa de um direito subjetivo ou de uma norma de
proteção e o dano ocorrido.
Doutrina da causa adequada: 563- ideia de normalidade social, de idoneidade/ é necessário que o dano possa ter sido
provavelmente consequência do facto. Critério de probabilidade. Queda  destruição
Prognose póstuma

3.497º- poderia responsabilizar C e D, averiguando-se, posteriormente, quem iria responder num maior valor. D
dado que foi a causa de todos os danos.
Responsabilidade solidária. 497/2 dto de regresso conforme o grau de culpa (se fosse dolo eventual vs. negligência).

4. 562-princípio da restituição natural: a reparação do dano implica a reconstituição da situação que existiria.
Estando o vidro em estado precário, a colocação de um vidro novo não seria exigível, poderia, por exemplo, dar um
vidro em 2ª mão OU E ficaria a ganhar (enriquecimento sem causa)
Princípio da reparação total ou ficará ainda uma parcela de dano por ressarcir, não tendo sido cumprido o dever de
indemnizar
 Quando a reparação de um bem não seja viável, a indemnização não deve ser o seu valor venal, mas sim o
custo da sua substituição.
 Prevalece, nos termos legais, a reparação natural, cabendo ao lesado justificar o porquê de um pedido em
dinheiro; a passagem de uma indemnização em dinheiro só quando se verifiquem os requisitos legais
 A aplicação do artigo envolve a atualização do valor em jogo, só sobre ele se aplicando juros; a obrigação de
indemnização é uma obrigação de valor.
Ou, na impossibilidade, compensar em dinheiro 566/2

CASO V
Responsabilidade de F perante E
Facto: há, por omissão (486º) . Há dever de agir quando existe “um dever de agir”: 1. Quando resulta da lei (491, 492
e 493, mais legislação avulsa); 2. Quando resulta de negócio jurídico (tipo babysitting, foi contratado para tomar conta
de uma criança, há dever de vigiar). Não existe, aqui, nem negócio jurídico, nem um dever de se imiscuir em assuntos
alheios para evitar danos.
Não estamos numa situação de negligência, dado que não houve a violação objetiva de uma norma devido à sua
inobservância. Apesar da conduta de F ter sido pouco ética, não pode ser responsabilizado, dado que não há o dever
jurídico de evitar acidentes- é antes uma norma de dimensão moral ou ética.

Aceitação; conformação

Dolo eventual: vê uma norma jurídica e conforme-se com ele

Negligencia consciente: age a pensar que não está a violar nada

CASO VI
Conduta do nadador salvador
Pressupostos
 Facto: há um facto por omissão (486º). Por lei, o nadador-salvador tem de socorrer.
 Ilicitude: sim, havia dever de agir, na lei (art. 40º do diploma dos nadadores salvadores) e por negócio jurídico.
É uma conduta ilícita, se o sujeito se encontra dento do âmbito de vigilância do nadador-salvador e este não
o socorreu (487º).
 Culpa: há negligência: violação objetiva de uma norma por inobservância de deveres de cuidado. Negligência
consciente, pois era previsível que, se não fosse socorrido, A se afogasse e morresse (diligência de um bom
pai de família).
 Dano: dano não-patrimonial (dano morte).
 Nexo de causalidade: entre facto e dano. Existe, pois A morre porque não é socorrido a tempo.
Conduta de B perante A
Pressupostos
 Facto: (conduta humana, voluntária, imputável ao agente seja ou não seja intencional). Colocar as boias na
água; ato controlado ou controlável pela vontade; é imputável para efeitos do art. 488º (presume-se a
imputabilidade). A ação foi voluntária e intencional. B sabia do pavor de A, etc.
 Ilicitude: violação de um direito subjetivo (direito à integridade física; direito à vida). Não existe causa de
justificação/exclusão da ilicitude (violação de direito subjetivo, primeira modalidade de ilicitude).
 Culpa: há dolo (o agente pratica determinada conduta com o intuito de violar a norma, o que acarreta um
dano; há consciência da ilicitude). Age com a intenção de violar os direitos de personalidade de A; sabendo
que este tinha medo de tubarões e que estava exausto. Age por vingança. Dolo direto, pois a vontade é livre
e consciente e a intenção é mesmo violar a norma, porque quer (certifica-se que não volta à superfície).
 Dano: supressão/ diminuição de uma vantagem: é emergente e presente; há um dano não-patrimonial (dano
morte, danos reflexos e danos morais).
 Nexo de causalidade: foi a colocação das boias na água que originou o desmaio e afogamento de A. Conditio
sine qua non.
Os danos morais (sofrimento causado pelos ferimentos ou tipo de morte infligida – art. 70º); dano morte (a morte é
ela própria tratada como um dano – art. 70º e 483º juntamente com o art. 24º da CRP. A vida humana é um bem; se
esse bem é violado, deve haver uma indemnização).

O dano morte não está previsto no 496º nº2 e nº3; esses são danos dos familiares. O dano morte está previsto em
geral no art. 70º e no art. 483º. Obviamente, não será o morto a receber a indemnização; ela será auferida pelos
seus sucessores nos termos gerais.

Danos reflexos.

Cálculo de indemnização: 496º nº4, tendo em conta a equidade e o sofrimento que a pessoa passou antes de falecer.

AS NORMAS DE PROTEÇÃO
2ª causa de ilicitude (483º nº1), resulta da própria lei.
Requisitos:
 Norma de conduta aplicável
 Que vise proteger interesses privados alheios (em primeira linha, podendo proteger reflexamente a
comunidade)
 Comportamento contrário à norma
 Os bens atingidos têm que se inserir no âmbito de proteção da norma
Podem proteger direitos subjetivos ou direitos puramente patrimoniais (cable cases).

Em termos de causalidade, qual é a diferença entre verificar ilicitude por violação de direito subjetivo ou de norma de
proteção? Neste último caso, a ilicitude e o nexo de causalidade estão muito próximos. Teoria do escopo da norma:
não tem conditio nem adequação? Não. Pressupõe a conditio sine qua non; basta questionar se os bens jurídicos
atingidos se encontram no escopo da norma e se foram atingidos da forma que a norma os pretendia proteger. A
adequação está assumida; o próprio escopo da norma pressupõe a adequação. Verificar conditio e verificar se o dano
causado se encontra na esfera de proteção da norma ou não, estando implícita a ideia de adequação.

CASO VI
Leonel podia pedir responsabilidade a M a título obrigacional (798º ss. Contrato de prestação de serviços,
incumprimento de deveres acessórios 762º nº2, mais 800º (N mais TN).

Leonel podia demandar a M a título obrigacional (798º ou 483º) ou demandar diretamente N por via do 500º (não o
483º) e ainda o TN (483º) com direito de regresso.

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