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Responsabilidade civil
24 abril-8 maio- não há aulas reposição?
Rp-483
Obri indm-562
CASO I
1- Responsabilidade:
- obrigacional (sub)
- aquiliana
- delitual (sub)
- risco (obj)
- sacrifício (obj)
- 3ª via
2-pressupostos:
Facto
Ilicitude (positiva; negativa)
Culpa (dolo; negligência)
Dano
Nexo de causalidade 563
- causalidade adequada – pressupõe a normalidade; se aquele facto poderia causar aquele dano em
circunstâncias normais; e olhar para a ilicitude (violação da norma visou tutelar o dano)
-condição eficiente: difícil de determinadas e pressupõe juízos subjetivos
CASO III
Não há relação obrigacional, 483/2 (é típica e não se aplica a este caso), sobra a resp. civil aquiliana
1.facto: ato ou facto humano que subjaz a qualquer imputação delitual, intimamente ligado com ação: o desencadear
de meios, determinado pelo cérebro, para prosseguir um preciso fim.
Facto: consumo de álcool
Agressão e danificação de bens dano
A ação foi voluntária (ninguém pegou na mão de E e agrediu terceiro); mas não foi intencional; consciência deturpada
como efeito do consumo de álcool. ATO INTENCIONAL X ATO VOLUNTÁRIO
Culpa: 487º
Dolo X
Negligência: consciente/inconsciente deveria ter cuidado com a bebida? No caso concreto, acho que não. Não
violou nenhum dever de cuidado, não sabia que era vodka laranja, nem bebeu o copo todo; não se comportou de uma
forma que o bono pater familias evitaria. É inimputável.
Culpa: juízo de censura que recai sobre aquele cuja atuação é reprovada pelo Direito.
Dolo: atuação voluntária contra a norma jurídica cuja violação acarreta o dano.
Negligência: violação objetiva de uma norma por inobservância de deveres de cuidado. (padrão do 487º nº2)
Negligência consciente; deveria ter tido mais cuidado por exemplo, ter agarrado melhor a caixa.
Provavelmente, será inconsciente (devido ao susto).
Não é intencional; n quis provocar danos é-lhe exigido um dever de cuidado especial estar ao pé de carros
(ñ o dela), com caixas. O bom pai de família não as teria atirado para cima de um carro.
Ex: um homem médio teria utilizado um carro; não carregaria tantas caixas ao ponto de partir um vidro (muitas
coisas; coisas muito pesados)
Não existiam causas de exclusão
Nexo de causalidade: relação entre a violação ilícita e culposa de um direito subjetivo ou de uma norma de
proteção e o dano ocorrido. (deixar cair as caixas partiu o vidro?)
Doutrina da causa adequada: 563- ideia de normalidade social, de idoneidade/ é necessário que o dano
possa ter sido provavelmente consequência do facto. Critério de probabilidade.
Teoria do escopo da norma: norma violada e à finalidade que esta visa proteger. Se a situação estava abrangida
pela finalidade prosseguida pela norma violada.
• Nexo de causalidade: relação entre a violação ilícita e culposa de um direito subjetivo ou de uma norma de
proteção e o dano ocorrido.
Doutrina da causa adequada: 563- ideia de normalidade social, de idoneidade/ é necessário que o dano possa ter sido
provavelmente consequência do facto. Critério de probabilidade. Queda destruição
Prognose póstuma
3.497º- poderia responsabilizar C e D, averiguando-se, posteriormente, quem iria responder num maior valor. D
dado que foi a causa de todos os danos.
Responsabilidade solidária. 497/2 dto de regresso conforme o grau de culpa (se fosse dolo eventual vs. negligência).
4. 562-princípio da restituição natural: a reparação do dano implica a reconstituição da situação que existiria.
Estando o vidro em estado precário, a colocação de um vidro novo não seria exigível, poderia, por exemplo, dar um
vidro em 2ª mão OU E ficaria a ganhar (enriquecimento sem causa)
Princípio da reparação total ou ficará ainda uma parcela de dano por ressarcir, não tendo sido cumprido o dever de
indemnizar
Quando a reparação de um bem não seja viável, a indemnização não deve ser o seu valor venal, mas sim o
custo da sua substituição.
Prevalece, nos termos legais, a reparação natural, cabendo ao lesado justificar o porquê de um pedido em
dinheiro; a passagem de uma indemnização em dinheiro só quando se verifiquem os requisitos legais
A aplicação do artigo envolve a atualização do valor em jogo, só sobre ele se aplicando juros; a obrigação de
indemnização é uma obrigação de valor.
Ou, na impossibilidade, compensar em dinheiro 566/2
CASO V
Responsabilidade de F perante E
Facto: há, por omissão (486º) . Há dever de agir quando existe “um dever de agir”: 1. Quando resulta da lei (491, 492
e 493, mais legislação avulsa); 2. Quando resulta de negócio jurídico (tipo babysitting, foi contratado para tomar conta
de uma criança, há dever de vigiar). Não existe, aqui, nem negócio jurídico, nem um dever de se imiscuir em assuntos
alheios para evitar danos.
Não estamos numa situação de negligência, dado que não houve a violação objetiva de uma norma devido à sua
inobservância. Apesar da conduta de F ter sido pouco ética, não pode ser responsabilizado, dado que não há o dever
jurídico de evitar acidentes- é antes uma norma de dimensão moral ou ética.
Aceitação; conformação
CASO VI
Conduta do nadador salvador
Pressupostos
Facto: há um facto por omissão (486º). Por lei, o nadador-salvador tem de socorrer.
Ilicitude: sim, havia dever de agir, na lei (art. 40º do diploma dos nadadores salvadores) e por negócio jurídico.
É uma conduta ilícita, se o sujeito se encontra dento do âmbito de vigilância do nadador-salvador e este não
o socorreu (487º).
Culpa: há negligência: violação objetiva de uma norma por inobservância de deveres de cuidado. Negligência
consciente, pois era previsível que, se não fosse socorrido, A se afogasse e morresse (diligência de um bom
pai de família).
Dano: dano não-patrimonial (dano morte).
Nexo de causalidade: entre facto e dano. Existe, pois A morre porque não é socorrido a tempo.
Conduta de B perante A
Pressupostos
Facto: (conduta humana, voluntária, imputável ao agente seja ou não seja intencional). Colocar as boias na
água; ato controlado ou controlável pela vontade; é imputável para efeitos do art. 488º (presume-se a
imputabilidade). A ação foi voluntária e intencional. B sabia do pavor de A, etc.
Ilicitude: violação de um direito subjetivo (direito à integridade física; direito à vida). Não existe causa de
justificação/exclusão da ilicitude (violação de direito subjetivo, primeira modalidade de ilicitude).
Culpa: há dolo (o agente pratica determinada conduta com o intuito de violar a norma, o que acarreta um
dano; há consciência da ilicitude). Age com a intenção de violar os direitos de personalidade de A; sabendo
que este tinha medo de tubarões e que estava exausto. Age por vingança. Dolo direto, pois a vontade é livre
e consciente e a intenção é mesmo violar a norma, porque quer (certifica-se que não volta à superfície).
Dano: supressão/ diminuição de uma vantagem: é emergente e presente; há um dano não-patrimonial (dano
morte, danos reflexos e danos morais).
Nexo de causalidade: foi a colocação das boias na água que originou o desmaio e afogamento de A. Conditio
sine qua non.
Os danos morais (sofrimento causado pelos ferimentos ou tipo de morte infligida – art. 70º); dano morte (a morte é
ela própria tratada como um dano – art. 70º e 483º juntamente com o art. 24º da CRP. A vida humana é um bem; se
esse bem é violado, deve haver uma indemnização).
O dano morte não está previsto no 496º nº2 e nº3; esses são danos dos familiares. O dano morte está previsto em
geral no art. 70º e no art. 483º. Obviamente, não será o morto a receber a indemnização; ela será auferida pelos
seus sucessores nos termos gerais.
Danos reflexos.
Cálculo de indemnização: 496º nº4, tendo em conta a equidade e o sofrimento que a pessoa passou antes de falecer.
AS NORMAS DE PROTEÇÃO
2ª causa de ilicitude (483º nº1), resulta da própria lei.
Requisitos:
Norma de conduta aplicável
Que vise proteger interesses privados alheios (em primeira linha, podendo proteger reflexamente a
comunidade)
Comportamento contrário à norma
Os bens atingidos têm que se inserir no âmbito de proteção da norma
Podem proteger direitos subjetivos ou direitos puramente patrimoniais (cable cases).
Em termos de causalidade, qual é a diferença entre verificar ilicitude por violação de direito subjetivo ou de norma de
proteção? Neste último caso, a ilicitude e o nexo de causalidade estão muito próximos. Teoria do escopo da norma:
não tem conditio nem adequação? Não. Pressupõe a conditio sine qua non; basta questionar se os bens jurídicos
atingidos se encontram no escopo da norma e se foram atingidos da forma que a norma os pretendia proteger. A
adequação está assumida; o próprio escopo da norma pressupõe a adequação. Verificar conditio e verificar se o dano
causado se encontra na esfera de proteção da norma ou não, estando implícita a ideia de adequação.
CASO VI
Leonel podia pedir responsabilidade a M a título obrigacional (798º ss. Contrato de prestação de serviços,
incumprimento de deveres acessórios 762º nº2, mais 800º (N mais TN).
Leonel podia demandar a M a título obrigacional (798º ou 483º) ou demandar diretamente N por via do 500º (não o
483º) e ainda o TN (483º) com direito de regresso.