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d) Vita memoriae, 8 esto as com a etimologia eorreta da foropla sgrega, que deriva de ofda, foue a ideo” as metiforas dinmicas estdo rela c de Platio, pintada em tons irénicos.’ nsigio de uma forma de concep= io para outra est esclarecida em Besold: “Est vita memoriae, quae priscis novique seculis acciderunt, facile Proinde memoria salutare qs ex Historia haurit: et veluti ‘acta contemplatur. Unde Historiam éxé roi iordeOeu tiv tic ving fic Platonem derivasse ajunt, quod memoriam labilem ac vacillantemt, eu perennem fluvivon, si E nesse deter e segurar a meméria que j se pode compreen- der a intengio de Tucidides de criar, para além da utilidade e do prazer, uma “posse para sempre”, & Faz parte da teoria do conhecimento da Era Moderna afastar-se da teoria da reproducio e encarar aquilo que é reconhecido como uma construcio, como produto criado pelo espirito que reconhece. No conhecimento histdrico, essa visio deve ser atribuida primeiro a Vico, ¢ depois sobretudo a Hegel e a Humboldt. Conseguir que ela também se impusesse na pesquisa histOrica, esse foi o esforgo apaixonado de Droysen. “Nao um quadro do acontecido, mas aquilo que do passado... ainda € nao pasado” constitui o objeto da resquisa que deve ser obtido através do processo da compreensio. E ‘0 fato pesquisado encontra-se numa rela¢io com as condigdes em que ele se insere, seu contraponto, sua eritica e seu julgamento” logics Warerbuc eal.) Heidelberg, 1960, p70; fro ROYSEN, Hoke nota 236), p. 316, 20 esq, 166 A configura¢éo do moderno conceito de Historia Reinhart Koselleck 1. O percurse histérico do termo Quando hoje se fala de “Histéria", estamos diante de uma ex- pressio cujo significado e cujo contetido s6 se consolidou no ‘timo tergo do século XVIIL, “A Histéria” é um conceito moderno que —apesar de resultar da evolucio continuada de antigos signitficados da palavra —, na pritica, corresponde a uma configurago nova. Naquilo que tange a Histéria do termo, 0 conceito se cristaliza partir de dois processos de longa duragio, que no final vio confluir , assim, desbravar um campo de experiéncia que antes no podia ser formulado. Por um lado, trata-se da criagio do coletivo sin gular, que reine a soma das historias individuais em um conceito ‘comum. Por outro lado, trata-se da fusio de “Hist6ria” (como conjunto de acontecimentos) ¢ “Historie” (como conhecimento, narrativa ¢ ciéncia hist6ricos). a) O surgimento do singular coletivo. A configuragio fe~ minina no alemio antigo “gisciht” e no alemio medieval “geschibt” {Qo lado de “scitt” ou “schiht”) deriva do alemio arcaico “scehan", verbo que deu origem a “geschehen” facontecer] e significa “acon- tecimento, acaso, processo”; ¢ no alemio medieval, significa ainda: “aquilo que faz parte de uma coisa, caracterfstica, modo” [Weise ¢, de forma mais geral: “esséncia [Weser], coisa”; e ainda, sobretu- do no alemio do inicio da Era Moderna: “acontecimento, coisa” [Sache], mas também “aquilo que acontece a partir de alguém, ato, obra”, além disso: “uma sequéncia de acontecimentos, acaso, 119 x ©, finalmente, no alemio do infelo da Ben Modern, rrativa daquilo que ace "a daquilo que aconteceu"s Com iso, fie C231 ees, forte outros equivaletesE n ton x essiuta pe neutra “daz geschichte”, que foi se difundindo nstitui a forma usual em Luter i sconstimeno, dsifegio dena nema de A partir dai, “die Geschi i, “die Geschichte” (“a Historia” Perens ss ‘a Histéria”] (ao lado de a a A ™ desde 0 século XV, “die Geschichten” [as bese ) - aes io XVII, uma forma plural, que designay istOrias individuais, “A Historia si0” — Ie sons con 1748 — “um espelho das virtudes e dos vicios ati aprender, a partir da experiéncia alheia, a se deve deixar de fazer; clas sio um monun quanto das louvaveis stbria Si0” —Te-se em Jablonski, em. ravés da qual se pode iquilo que se pode fazer ou mento tanto das mis ages sma forma, Baumgarten define, em 1744, “A Historia slo, sem diivida pe , a parte mais ed mais ae da erudigio", E inchusive Herder wtilino Do nana ist” no seu significado activo, pra” podia agg ty gtamatcal a velha forma ploal “a istéia” ser lida também como femninino singul paren eae ingular, Mas do por do vocibulo “a Histéria” igrag: y ‘a Hist6ria” do plural para o si Porém, comegou 1as errs pore om ss us apenas na segunda metade do século XVIII, a or Se ntimero de escritos historico-teéricos, E desde entio, oe eee que designa a soma das Historias individuai J ia de tudo aquilo que aconteceu no mund ” GRIMM, ¥ 272), 1866p, JABLONSKI, 2, ed I] et nomn|inativo] sing[ular).. aconte- ~ eeu, tuma coisa acor {to em sentido mais amplo, qualquer mudanca, tanto ativa quanto passiva, que acontece a uma cois: Em sentido “mais restrito e mais usual”, a palavra visa a “diversas mudangas interligadas, as quais, tomadas em conjunto, perfazem tum todo... E exatamente nessa compreensio, ela se encontra, muitas s, de forma coletiva ¢ sem plural, para varios epis6dios acon tecidos, de ama mesma expécie”" Quando Adelung se deu conta do novo coletivo singular, acabou definindo também sua fungio, qual seja, a de unificar tum série de acontecimentos em um todo inter-relacionado. A “Historia” recebeu um significado que ultrapassava os diagnés-| ticos ¢ os fatos individuais, como a Historie iluminista gostava de destacar, Assim, em 1765, Carl Friedrich Flégel escreveu uma Geschichte des menschlichen Verstandes [Historia da razio huma- nal, na qual examinava as causas “que a Jevavam a evoluir € a se aperfeigoar”.?”* Em termos modemnos, s¢ diria que se tratava de um esbo¢o antropoldgico e social-histérico, que pretendia explicat 0 surgimento do homem racional. Que tais processos e sta anilise fossem chamados de “Historia” soou estranho, no inicio. Ainda em 1778, um resenhista criticava: “A palavra ‘Historia’, que esté na moda, constitui um abuso formal da linguagem, ja que na obra (de Flagel), no maximo, aparecem narrativas nos exemplos”.”* O significado narrativo ou exemplar da palavra, que fora dominante até entio, ¢ se referia a historias individuais, foi perdendo espace. © novo sagan expresso pela palavra “Histéria” identificava um ‘gran de abstragio mais elevado, que podia caracterizar unidades sobrepostas de movimento hist6rico. “A Historia” tinha uma complexidade maior que aquela das historias individuais com que se lidava até entio. O conceito subja- cente A “palavra da moda” pretendia apreender essa complexidade [ADELUNG, vo. 2, 1775, p, 600 ese. 1778, p43, como uma realidade genufna. iss0, se explorava uma nova experiéncia de mundo ~ exatamente a da Historia, Um indi seguro para isso sio as virias formas de qualificagii bia ris mas de qualificagio: “Histé $i epara 8” [Gehan und tsi, “Histéia em si” [Geshe a sil, [a] “propria Historia” [Geschichte sels], ou “Historia como tal” [Geschichte itherhaupt|. Até entio, fora impossivel ima termo sem um sujeito ~ “historia” se referia a Carlos Magno, i Franga, ete, Nas palavras de Chaldenius: “Os acontecimentos, e portanto, também a Histéria, sio mudangas. Eles, porém, pressu- Sem UM sUy uma essé sub: ea jem eo, una esséncia duradoura ow uma substincia””” settle uma histéria ~ como narrativa — visava a um objeto que fazia parte dela. Isso mudou tio logo os historiadores ilumi- bs fas come¢aram a tentar apreender a “Histéria em si”. A “hi toria em si € para si” lia 5 he arian podia ser pensada sem um sujeito que Ihe eat ribuido, Comparada com_a facticidade das pessoas e dos acontecimentos ; g um metaconceit E evidente que, no inicio, essa guinada se referia aper 2 Ambito dos acontecimentos, como Gundling o formulou, es 84: ’A Historie em si mesma, quatenus res gests frrpletrarae diza 0 juizo” ~ 0 que incluiria a légica historica Ou, como ‘expressou us . 4 peson Hausen, com a palavraalemds “A Historia em e diante de si é uma série de acontecimentos, ela no possui principios ge- ee ©, por = nao pode ser encarada como ciéncia’.2” Mas nik se ficou imobilizado ne ci icc A oe lizado nessa contraposigo racional de um ambito See ¢ o trabalho cientffico com eles. A genuina reivindicagio de un ee de uma realidade por parte da Hist6ria cresceu tio loge ela patio a abranger mais que a soma de todos os fatos — uma acusagdo reiterada dos iluministas contra seus antecessores fora a de que estes se haviam restringido 4 enumeracdo dos fatos. Dic ther ds Phe Sa der Historie der vorachmsten Reiche und St rs oink sR Se, Pana HAUSEN, Carl Renatus. Rede von der Theorie der Geschichte, tu: Va miata in Von ale, denis, em 1752 apenas uma muliplicidade ou grande niimeroy mas mostra, as relagdes entre eles, ¢ mostra gue eles f mam um com © juno" Essa visio de conjunto — que, em geral, ert pragmaticamente Tnterpretado como um emaranhado de causa e efeitos ~colocou-se ‘fa grande Historia” — como disse Planck, em 1781 ~ que, "como ‘uma planta trepadeira, perpassa muitas historias pequenas”.*"" Para a Historia do conccito, foi decisivo que a questio dos efeitos ndo foi interpretada apenas como uma construgao racional — & sobre isso que trata a préxima segdo —, mas que ele tenha sido reconhecido como um campo auténomo, que, na sua complexidade, orienta toda a experigncia humana A Hist6ria sofreu uma alteragio Linguistica, que a transformou no seu proprio objeto. Em 1767, Iselin perguntou se nao teria sido melhor chamar sua Geschichte der Menschheit [Histéria da humanidade] de Von dem Geiste der Geschichte [Sobre 0 espirito da Historia. Segundo ele, esse titulo “nio ficaria mal para expressar mais claramen- te a intengio € 0 contetido da obra”? Assim. ‘Thomas Abbt fala metaforicamente da “majestade da Historia”, contra a qual ‘nio se deveria pecar, aplicando-Ihe uma interpretagao. Ou en- ‘a Histéria se desenrola continuamente, sem to ele pensa que ™ € que ela, como um cessar, a partir do ponto de que partiu”, corpo da natureza, possui causas © consequéncias ordenadas, possuindo, por isso, sua propria “velocidade”.*** Em analogia x com © “teatro do mundo”, Hausen podia falar agora também ddo “teatro da Historia”, que teria influéncia sobre os coragoes humanos.2 E, quatro anos depois, em 1774, Herder, “em meio 2m HIAUSEN, C. R. Von dem

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