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1. Escala Pentatônica
Definição: A Escala Pentatônica é uma escala de cinco notas. Entre essas notas, não existe a distância de
½ tom, somente distâncias de 1 tom e 1 ½ tom.
Como temos cinco notas temos também cinco desenhos da escala: cada um começando de uma das cinco
notas. É importante alertar que mesmo sendo desenhos diferentes, as notas são as mesmas.
Sendo assim podemos dizer que os cinco desenhos representam a mesma tonalidade. Trabalharemos com
a escala em Lá menor, cujas notas são: lá, dó, ré, mi, sol.
Perceba que não há indicação de casas em nenhum desenho, pois mais a frente iremos ver que o tom vai
mudar, mas os desenhos serão os mesmos. Irão apenas começar de um lugar diferente.
Para tocar a escala em Lá Menor vamos observar os desenhos abaixo já com a indicação das casas.
Exercício 1
Toque e fale cada nota da escala!
Podemos perceber que um desenho se conecta ao seguinte até voltar para o primeiro desenho. Assim, não
ficamos limitados a uma região e conseguimos maior fluência no braço da guitarra.
Importante! O desenho 1 da escala geralmente é o primeiro desenho que todo guitarrista aprende. Ele está
dentro do acorde de Lá menor. Já o desenho 2 – que é o segundo a aprendermos -, está dentro do acorde
de Dó maior. Para toda tonalidade maior existe uma tonalidade menor relativa (mesmas notas). Neste caso
estamos tocando a escala de Lá menor, que é a Relativa menor de Dó maior. Repare que são as mesmas
notas!
Obs.: Por grau relativo menor devemos entender ser o 6º grau. Ou seja, no Campo Harmônico de Dó maior,
o seu grau relativo está uma 6ª acima (contando nos dedos: dó, ré, mi, fá, sol, lá).
Perceba na tabela abaixo a diferença na relação entre as notas do desenho 1 (Pentatônica Lá Menor) e do
desenho 2 (Pentatônica Dó Maior). Apesar de serem modelos diferentes e terem uma relação intervalar
diferente, as escalas tem as mesmas notas e pertencem à mesma tonalidade.
Intervalos T b3 4 5 m7
Pentatônica Lá Menor Lá Dó Ré Mi Sol
Intervalos T 2 3 5 6
Pentatônica Dó Maior Dó Ré Mi Sol Lá
À escala pentatônica é adicionada uma sexta nota (#4), a qual chamamos de blue note. Ela nos traz uma
sensação melancólica, de tristeza.
Abaixo, um quadrado vermelho indica a blue note inserida na escala pentatônica já aprendida.
É importante destacar aqui a aparição do cromatismo (movimento de ½ em ½ tom) dentro de nossa escala.
Para que o estudo dos tópicos acima seja mais musical e não apenas “exercícios sem sentido” iremos
desenvolver algumas técnicas aplicando-as às escalas. Assim, além de estudarmos cada técnica iremos
também exercitar as escalas.
Como o próprio nome sugere, esta palhetada deve ser executada de forma alternada (baixo, cima, baixo...).
Iremos agora tocar cada desenho das escalas alternando a palhetada. A primeira nota de cada desenho
será tocada palhetando-se para baixo, a segunda para cima e assim por diante. Veja o exemplo:
2.2 Ligados
Os ligados vamos dividir em duas partes: ascendentes (hammer-ons) e descendentes (pull-offs).Nos dois
movimentos iremos aproveitar o som emitido de uma nota para executar a outra. No caso dos ascendentes
(hammer-ons) iremos “martelar” a nota com o dedo seguinte. Já os descendentes (pull-offs) vamos puxar a
nota para obter o som da nota anterior. Veja o exemplo abaixo:
Consiste em tocar duas notas ao mesmo tempo. Um exemplo clássico desta técnica é o riff antológico da
introdução de Smoke on the Water (Deep Purple). Como estamos exercitando constantemente a escala
pentatônica, neste exercício iremos tocar em intervalos de terças e quartas. Veja abaixo:
2.4 Vibratos
Trata-se de uma técnica de embelezamento do solo, um retoque. Procure executá-la ao fim das frases ou
em trechos marcantes, mas sem excesso. Para isso faça movimentos circulares bem sutis na nota em que
quer destacar.
Use os padrões dos exercícios de Palhetada Alternada para praticar e ao fim de cada nota da escala
execute o movimento para vibrar a nota.
2.5 Bends
Esta técnica consiste em suspender a corda para elevar a nota que ela emite estaticamente. Como o estudo
é focado nos desenhos da escala pentatônica vamos ter apenas bends de 1 tom e 1 ½ tom por causa da
relação intervalar da escala. Neste exercício iremos tocar a primeira nota; a segunda será o som que a
primeira deverá ter ao elevá-la na sequência.
3. Dicas
Alguns guitarrista/professores, por algum motivo, não revelam “truques”, não dão dicas ou não falam a
respeito do seu modo de tocar e de enxergar a música. Veja abaixo como podemos ter um horizonte de
possiilidades ao estudarmos a Pentatônica.
Costumamos estudar as escalas verticalmente falando. Isso nos limita na fluência pelo braço pois não
estamos acostumados a percorrer a escala de forma horizontal. No exercício abaixo iremos tocar um
desenho de forma ascendente e ao terminar iremos voltar (descendente) no desenho seguinte.
Pensando ainda horizontalmente iremos exercitar a escala em blocos de duas cordas. Vamos isolar as
cordas 6 e 5 e tocar apenas as notas que aprendemos no item 1 da apostila. Depois faremos o mesmo com
o grupo de cordas 4 e 3; 2 e 1. Iremos também tocar as escalas 1 oitava acima ou abaixo (12 casas acima
ou abaixo de uma nota tem-se a mesma nota mais aguda ou grave respectivamente. Veja abaixo como é
fácil:
Veja no vídeo que podemos tocar 1 semitom antes das notas da escala, por intermédio de bends e outras
técnicas, para chegarmos às notas pertencentes às escalas. Pratique e dê um colorido diferente ao seu
fraseado.