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AUDITORIA INTERNA X AUDITORIA EXTERNA.

O QUE É AUDITORIA - TIPOS, MODALIDADES E FORMAS.

RESUMO
Diante do crescimento das organizações, o papel do administrador se torna
preponderantemente vital, aos rumos a serem tomados por elas. Ferramentas se fazem
necessárias para uma tomada de decisão concisa e que as leve ao alcance dos objetivos,
principalmente no que tange a diminuição das perdas e desvios de valores e rumos de
processos. A Auditoria é sem sombra de dúvidas, uma destas ferramentas essenciais de apoio
a administração de qualquer organização. É objetivo deste estudo, desmistificá-la trazendo à
luz, seus tipos, modalidades, formas, diferenças entre Auditoria interna e externa, objetivos,
enfim, a sua importância como instrumento de controle e posteriormente de direcionamento
para os acertos a serem feitos, visando a maximização dos lucros e a conseqüente atenuação
de perdas e prejuízos. Num país, em que sabidamente a corrupção está presente em todos os
âmbitos, é também ela, a Auditoria, uma excelente inibidora desta mazela que corrói nossas
organizações em todas as esferas, privadas ou públicas.
Palavras-chave: Auditoria interna, Auditoria externa, controle, ferramenta.

1. CONCEITO DE AUDITORIA.
De acordo com a Administração do Portal de Contabilidade (2008), uma auditoria é
uma revisão das demonstrações financeiras, sistema financeiro, registros, transações e
operações de uma entidade ou de um projeto, efetuada por contadores, com a finalidade de
assegurar a fidelidade dos registros e proporcionar credibilidade às demonstrações financeiras
e outros relatórios da administração.
Para Nascimento e Pinho (2008) a Auditoria é a técnica que consiste no exame de
documentos, livros e registros, inspeções, obtenção de informações e confirmações externas e
internas, obedecendo a normas apropriadas de procedimento, objetivando verificar se as
demonstrações contábeis representam adequadamente a situação nelas demonstrada, de
acordo com os princípios fundamentais e normas de contabilidade de maneira uniforme.
Segundo Boynton, Johnson e Kell (2002, p. 30 a 31) [...] O Report Commitee on Basic
Auditing Concepts of the American Accouting Association (Accounting Review, v. 47) define
auditoria como um processo sistemático de obtenção e avaliação objetivas de evidências sobre
afirmações a respeito de ações e eventos econômicos, para equilatação do grau de
correspondência entre as afirmações e critérios estabelecidos, e de comunicação dos
resultados a usuários interessados.
A auditoria é uma especialização contábil voltada a testar a eficiência e eficácia do
controle patrimonial implantado com o objetivo de expressar uma opinião sobre determinado
dado, afirma Attie (2006, p. 25).
Silva Filho (2008), afirma que a Auditoria é uma técnica contábil, através da qual são
examinados os registros contábeis e documentos da entidade sobre os quais é emitido parecer
expressando dose as Demonstrações Financeiras representam ou não, a verdadeira situação
patrimonial, econômica e financeira da entidade, na data em que as mesmas foram elaboradas.
“Auditoria é uma técnica aplicada ao sistemático exame dos registros,
demonstrações e de quaisquer informes ou elementos de consideração
contábil, visando a apresentar opiniões, conclusões, críticas e orientações
sobre situações ou fenômenos patrimoniais da riqueza aziendal, pública ou
privada, quer ocorridos, quer por ocorrer ou prospectados e diagnosticados.”
(SÁ, 1998, p.25)”.
Afirmam Jesus Lima e Aparecido Lima (2008), que a Auditoria é uma das mais
importantes ferramentas para o controle administrativo. A ausência de controles adequados
para empresas de estrutura complexa a expõe a inúmeros riscos, freqüentes erros e
desperdícios.
A Auditoria [...] pode dar uma grande contribuição para o gerenciamento da
organização, oferecendo subsídios para a elaboração do planejamento estratégico, bem como
avaliando a execução das ações implementadas a fim de atingir as metas estabelecidas pela
alta administração da organização. (Lima Junior, 2008)
Embora seja difícil obter um consenso entre os estudiosos do assunto, acerca da
origem desta técnica, está bastante claro que esteve presente desde o início da atividade
econômica do homem, não obstante o estágio de maturação, ser completamente diferente do
que é vivenciado hodiernamente. (Nascimento e Pinho, 2008)

2. A EVOLUÇÃO DA AUDITORIA.
É afirmado, pela Administração da UnB, em seu Portal (2008), que é difícil precisar
quando começa a história da auditoria, pois toda a pessoa que possuía a função de verificar a
legitimidade dos fatos econômicos-financeiros, prestando contas a um superior, pode ser
considerada como auditor.
Seguem afirmando que os imperadores romanos nomeavam altos funcionários que
eram encarregados de supervisionar as operações financeiras de seus administradores
provinciais e lhes prestar contas verbalmente. Na França, no século III, os barões tinham que
realizar leitura pública das contas de seus domínios, na presença de funcionários designados
pela Coroa. Na Inglaterra, por ato do Parlamento, o rei Eduardo I dava direito aos barões de
nomear seus prepostos. Ele próprio mandou verificar as contas do testamento de sua falecida
esposa. A aprovação desses auditores é atestada em um documento que constitui um dos
primeiros relatórios de auditoria, denominado "probatur” sobre as contas.
E continuando, afirmam que no Brasil colonial, tínhamos a figura do juiz colonial, o
olho do rei, que era destacado pela Coroa portuguesa para verificar o correto recolhimento dos
tributos para o Tesouro, reprimindo e punindo fraudes.
O que pode-se notar, em todos esses casos, é que a preocupação desses dirigentes era
com a fraude.
A Inglaterra, como dominadora dos mares e controladora do comércio mundial, foi
quem mais desenvolveu a auditoria, pois possuía grandes companhias de comércio e instituía
impostos sobre o lucro dessas empresas.” (Administração UnB, Portal Unb, 2008)
Segundo Pacheco, Oliveira e La Gambra (2006) então percebe-se o porquê que o
cargo de auditor foi criado na Inglaterra, em 1314, visto a potência econômica desse país
desde a época das colonizações, que se tornaria, séculos depois, o berço do capitalismo com a
Revolução Industrial.
A grandeza econômica e comercial da Inglaterra e da Holanda, em fins do
século passado, bem como dos Estados Unidos, onde hoje a profissão é mais
desenvolvida, determinou a evolução da auditoria, como conseqüência do
crescimento das empresas, do aumento de sua complexidade e do
envolvimento do interesse da economia popular nos grandes
empreendimentos (Crepaldi, 2004: 105)."
A auditoria evolui com o decorrer do tempo, procurando acompanhar a evolução e o
crescimento acelerado das organizações, como nos mostra no quadro abaixo Pacheco,
Oliveira e La Gambra (2006):
QUADRO 1: Evolução da Auditoria
ANO ACONTECIMENTO
1756 A Revolução Industrial na Inglaterra e a expansão
do capitalismo propiciaram grande impulso para a
profissão devido ao surgimento das primeiras
fábricas com uso intensivo de capital [...].
1880 Criação da Associação dos Contadores Públicos
Certificados na Inglaterra.
1887 Cria-se nos EUA, a Associação dos Contadores
Públicos Certificados.
1894 É criado na Holanda o Instituto Holandês de
Contabilidade Pública.
Início do séc. XX Surgimento das grandes corporações americanas e
rápida expansão do mercado de capitais.
1916 Surgimento do IPA (Institute of Public
Accountants), que sucede a Associação supra
citada em 1887.
1917 Redenominação do IPA para AIA (American
Institute of Accountants).
1929 Crash da Bolsa de Valores.

Início dos anos 30 O AIA propõe ao Congresso Norte-Americano a


regulamentação de normas e padrões contábeis por
profissionais altamente capacitados.
1934 Criação da SEC (Security and Exchange
Comission), nos EUA, aumentando a importância
da profissão do auditor como guardião da
transparência das informações contábeis das
organizações e sua divulgação para o mercado de
capitais [...].
1947 Declaração de Responsabilidade do auditor interno
1957 Redenominação do AIA para AICPA (American
Institute of Certified Public Accountants), instituto
que teve importância decisiva para o
desenvolvimento das práticas contábeis e de
auditoria.
1971 Criação do IBRACON (Instituto Brasileiro de
Contadores) [...].
1973 Surgimento do FASB (Financial Accounting
Standards Board), nos EUA, com o objetivo de
determinar e aperfeiçoar os procedimentos,
conceitos e normas contábeis.
1976 Com a Lei nº. 640 - Lei das Sociedades por Ações
- foram normatizados as práticas e relatórios
contábeis.
1976 Com a Lei nº. 6385, é criada a CVM (Comissão de
Valores Mobiliários), que tem a responsabilidade
de normatizar as normas contábeis e os trabalhos
de auditoria das empresas de capital aberto, além
de fiscalizar.
1977 Surgimento do IFAC (International Federation of
Accountants), que substituiu o International
Coordination Committee for Accountancy
Profession, com a missão de emitir padrões
profissionais e guias de recomendação, além de
buscar a convergência internacional desse padrões.
2001 Surgimento do IASB (International Accounting
Standards Board), com sede na Grã-Bretanha, que
assume a responsabilidade de estudo de padrões
contábeis, antes dirigidos pelo IASC (International
Accounting Standards Comitte), com o objetivo de
harmonizá-las internacionalmente.
Fonte: Pacheco, Oliveira e La Gambra (2006).
O marco da auditoria, como ferramenta de controle para as organizações, se deu com a
quebra das bolsas nos idos de 29.
Confirmando esta assertiva, encontramos no Portal UnB (2008), através de sua
Administração, a seguinte afirmação:
“Mas o grande salto da auditoria ocorreu após a crise econômica americana de 1929.
No início dos anos 30, é criado o famoso Comitê May, um grupo de trabalho instituído com a
finalidade de estabelecer regras para as empresas que tivessem suas ações cotadas em bolsa,
tornando obrigatória a Auditória Contábil Independente nos demonstrativos financeiros dessas
empresas.”

3. TIPOS, MODALIDADES E FORMAS DE AUDITORIA.


Como afirmam Pacheco, Oliveira e La Gambra (2006), que há autores que descrevem
os vários tipos de auditorias, como por exemplo, auditoria ambiental, auditoria de sistemas,
auditoria fiscal e tributária, entre outras. No entanto este trabalho tratará somente dois tipos de
auditoria, que segundo Crepaldi (2004) são a auditoria de demonstrações financeiras e a
auditoria operacional, ou de gestão.
Esses dois tipos de auditoria também se traduzem por auditoria externa (ou
independente) e auditoria interna, respectivamente.
É interessante, então, saber o significado de cada uma dessas duas modalidades de
auditoria para melhor compreender os aspectos que envolvem este procedimento de avaliação
das empresas. De acordo com Almeida (2003, p. 26), a auditoria externa das demonstrações
contábeis é:
[...] “Aquela que examina as demonstrações contábeis de uma empresa e
emite sua opinião sobre estas, o que a tornou fundamental, vista como uma
medida de segurança, na opinião dos investidores, que passaram a exigir que
as demonstrações contábeis fossem examinadas por um profissional
independente da empresa e de reconhecida capacidade técnica”.
Enquanto isso, a auditoria interna e operacional para Oliveira & Diniz Filho (2001, p.
16) “constitui o conjunto de procedimentos técnicos que tem por objetivo examinar a
integridade, adequação e eficácia dos controles internos e das informações físicas, contábeis,
financeiras e operacionais da entidade”.
Essas duas modalidades de auditoria citadas podem ser confundidas muitas vezes, por
isso, torna-se necessário esclarecer algumas diferenças básicas entre elas: como o propósito
do trabalho, os parâmetros para a sua execução, a preocupação com os controles internos, a
dependência profissional, a forma de relatórios e os principais usuários.”

QUADRO 2: Diferença entre Auditoria Externa e Auditoria Interna.


AUDITORIA INTERNA AUDITORIA EXTERNA
Propósito de Trabalho Análise da atividade Emissão de opinião sobre
operacional demonstrações contábeis
Parâmetros para a execução Normas de controle interno, Princípios fundamentais de
do trabalho políticas e procedimentos da contabilidade
empresa

Preocupação com os Eficiência e qualidade de Efeitos relevantes nas


controles internos controle demonstrações contábeis

Dependência Profissional Dependência do emprego Independência Profissional


Não padronizados Padronizados
Forma de Relatórios
Principais Usuários Gestores da Empresa Acionistas, mercado de
capitais e credores
FONTE: Pacheco, Oliveira e La Gambra (2006)
Para a Administração do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (2008), existem três
tipos de auditorias, que são:
 Auditoria interna: realizada por departamento interno responsável pela verificação e
avaliação dos sistemas e procedimentos internos de uma entidade. Um dos objetivos é a
redução de fraudes, erros, práticas ineficientes ou ineficazes. O setor responsável pela
auditoria deve ser independente e responder diretamente à direção da instituição.
 Auditoria externa: realizada por instituição externa e independente da entidade
fiscalizada, com o objetivo de emitir um parecer sobre a gestão de recursos da entidade, sua
situação financeira, a legalidade e regularidade de suas operações.
 Auditoria articulada: Trabalho conjunto de auditorias internas e externas, devido à
superposição de responsabilidades dos órgãos fiscalizadores, no sentido de uso comum de
recursos e comunicação recíproca dos resultados.
Ainda sobre o assunto, muito se questiona a respeito de Auditoria Externa X Auditoria
Interna.
“Segundo Attie (1992), a função da auditoria interna repousa em atividades detalhadas
da empresa, relacionadas, de maneira intensa, com o andamento de cada função, área,
departamento, setor e operação.
A auditoria interna, por orientação gerencial da alta administração da empresa, tem de
examinar cada ramificação e os segmentos, em períodos regulares de tempo, para observar a
aderência às políticas, à legislação, à eficiência operacional e aos aspectos tradicionais de
controle e salvaguarda da empresa.
Apesar de ambas as funções de auditoria cobrir algumas atividades similares, a ênfase
e a forma de abordá-las variam, a auditoria externa tem como objetivo a revisão global das
atividades, de maneira menos detalhada.
A auditoria externa não elimina a necessidade da auditoria interna, porque a auditoria
interna da organização auditada possibilita maior segurança ao auditor independente, evitando
a duplicidade de trabalho e reduzindo os custos de ambas as partes, uma vez que a qualidade
dos trabalhos praticados assim indique, e permite a identificação e resolução antecipada de
problemas que só são solucionados no último instante.” (Jesus Lima e Aparecido Lima, 2008)
Segundo os elaboradores do Portal de Contabilidade (2008), “Além da auditoria
interna regular - ajudando a eliminar desperdícios, simplificar tarefas, servir de ferramenta de
apoio à gestão e transmitir informações aos administradores sobre o desenvolvimento das
atividades executadas, um gestor pode servir-se de auditorias externas independentes. Estas,
seja por exigência de órgãos reguladores, dos órgãos societários ou para atender a exigências
legais, suprirão os administradores e acionistas com uma opinião abalizada sobre as
demonstrações contábeis, de modo que essas passem a merecer a credibilidade necessária por
parte dos usuários das informações econômico-financeiras auditadas”.
Quanto às modalidades de Auditoria, afirma a Administração do Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (2008) a existência das seguintes modalidades:
 Auditoria de programas de governo: refere-se ao acompanhamento, exame e avaliação
da execução de programas e projetos governamentais específicos. Em geral preocupa-se
também com a efetividade das medidas governamentais.
 Auditoria de planejamento estratégico: verifica se os principais objetivos da entidade
são atingidos e se as políticas e estratégias de aquisição, utilização e alienação de recursos
são respeitadas.
 Auditoria administrativa: engloba o plano da organização, seus procedimentos e
documentos de suporte à tomada de decisão.
 Auditoria contábil: salvaguarda dos ativos e da fidedignidade das contas da instituição.
Tem por finalidade dar um certa garantia de que as operações e o acesso aos ativos se
efetuem de acordo com as devidas autorizações. A contabilização dos ativos é comparada
com sua existência física a intervalos razoáveis de tempo e são recomendadas ou exigidas
as medidas corretivas adequadas, caso ocorra inconsistências injustificáveis.
 Auditoria financeira ou de contas. Consiste na análise de contas, da situação financeira,
da legalidade e regularidade das operações e aspectos contábeis, orçamentários e
patrimoniais, verificando se todas as operações foram devidamente autorizadas,
liquidadas, ordenadas, pagas e registradas. Este tipo de auditoria checa se foram tomadas
medidas apropriadas para registrar com exatidão e proteger todos os ativos e se todas as
operações registradas estão em conformidade com a legislação em vigor.
 Auditoria de legalidade ou de regularidade, ou ainda, de conformidade. Consiste na
análise da legalidade ou regularidade das atividades, funções, operações ou gestão de
recursos, verificando se estão em conformidade com a legislação em vigor.
 Auditoria operacional. Esta auditoria coincide com todos os níveis de gestão, nas fases
de programação, execução e supervisão, sob o ponto de vista da economia, eficiência e
eficácia. É também conhecida como auditoria de gestão, de eficiência, de resultados ou de
práticas de gestão, onde são auditados todos os sistemas e métodos utilizados pelo gestor
para tomar decisões. Analisa a execução das decisões tomadas e aprecia até que ponto os
resultados pretendidos forma alcançados.
 Auditoria integrada: Inclui, simultaneamente, auditoria financeira e operacional.
 Auditoria da tecnologia da informação: essencialmente operacional, por meio da qual
os auditores analisam os sistemas de informática, o ambiente computacional, a seguranças
das informações e o controle interno da entidade auditada, indicando seus pontos fortes
e/ou deficiências. Em alguns países é conhecida como auditoria de informática
computacional ou de sistemas. Em também conhecida como auditoria de TI.
E quanto às formas de Auditoria, descreve Muller (2001):
“[...]As formas mais conhecidas de auditoria definem-se quanto à extensão, à
profundidade e à tempestividade.
. Extensão: segundo o juízo do auditor quanto à confiança que tenha nos controles
internos e no sistema contábil, essa forma de auditoria pode ser:
-Geral: quando abrange todas as unidades operacionais.
-Parcial: quando abrange especificamente determinadas unidades operacionais.
-Por amostragem: a partir da análise do controle interno e recorrendo-se a um modelo
matemático, identificam-se áreas de risco e centram-se os exames sobre estas áreas.
. Profundidade
-Integral: inicia-se nos primeiros contatos de uma negociação, estendendo-se até as
informações finais (pedido.compra. pagamento. Contabilização Demonstrações Contábeis.
Compreende o exame minucioso dos documentos (origem, autenticidade, exatificação); dos
registros (contábeis, extracontábeis, formais/informais e de controle); do sistema de controle
interno (quanto à eficiência e à aderência); e das informações finais geradas pelo sistema.
-Por revisão analítica: esta é uma das metodologias para a qual emprega-se o conceito
de Auditoria
Prenunciativa, segundo o qual auditar é administrar o risco. Opera-se com trilhas de
auditoria mais curtas, para obter razoável certeza quanto à fidedignidade das informações
[...]”.
. Tempestividade
-Permanente: pode ser constante ou sazonal, porém em todos os exercícios sociais.
Esse processo oferece vantagens à empresa auditada e aos auditores, especialmente quanto à
redução de custos e de tempo de trabalho. Como as áreas de risco são detectadas no primeiro
planejamento, o acompanhamento pelos auditores definirá aquelas já eliminadas e as novas
que possam ter surgido. Assim, o auditor pode focar seu trabalho e diminuir as visitas, pela
facilidade de detecção de problemas.
-Eventual: sem caráter habitual ou periodicidade definida, exige completo processo de
ambientação dos auditores e de planejamento todas as vezes em que vai ser feita.

4. OBJETIVOS DA AUDITORIA.
Busca-se agora, embasar os objetivos desta importante ferramenta de controle – a
Auditoria.
De acordo com a Datasoft (2008), empresa que presta serviços em Auditoria, através
de seus colaboradores, o objetivo da Auditoria consiste em apoiar aos membros da empresa no
desempenho de suas atividades. Para tanto a Auditoria lhes proporciona análises, avaliações,
recomendações, assessoria e informação concernente às atividades revisadas.
Para o conselho fiscal do SESC (2008), Serviço Social do Comércio, os principais
objetivos da auditoria são:
- averiguar a regularidade da arrecadação e do recolhimento das receitas;
- observar a probidade dos responsáveis pela guarda e aplicação dos valores e outros
bens da Entidade;
- verificar o cumprimento dos contratos, acordos e atos que levam ao nascimento e à
extinção de direitos e obrigações;
- examinar as devidas onerações orçamentárias e a conseqüente liquidação da despesa;
- examinar as contas, registros, demonstrações contábeis e outros elementos da gestão
financeira;
- verificar a eficácia dos controles contábeis, financeiros e orçamentários.
Conforme Lima Júnior (2008), "O Instituto dos Auditores Internos do Brasil –
AUDIBRA define os objetivos da Auditoria Operacional, da seguinte maneira:
Tem como objetivo geral assessorar a administração no desempenho efetivo de suas
funções e responsabilidades, avaliando se a organização, departamento, atividades, sistemas,
funções, operações e programas auditados estão atingindo os objetivos organizacionais e
gerenciais com eficiência, eficácia e economia na obtenção e utilização dos recursos
(financeiros, materiais, humanos e tecnológicos), bem como em observância às leis e
regulamentos aplicáveis e com a devida segurança.
[...] A definição supracitada enfatiza adequadamente o fato de que a Auditoria examina
e avalia o processo de gerenciamento como um todo. Dessa forma, a Auditoria de Gestão tem
como finalidade constatar os resultados organizacionais e, portanto, a atividade de consultoria
e assessoria sobressai-se, dando sua contribuição como instrumento para uma gestão eficiente.
Portanto destacam-se como objetivos da Auditoria de Gestão, conforme declara Lima
Junior (2008):
· avaliar o gerenciamento da organização segundo o método de gerenciamento adotado
pela organização;
· constatar se a diretriz da instituição, isto é, se a meta e as medidas necessárias para se
atingir a meta, estão coerentes e garantem o resultado esperado;
· verificar a gestão e o grau de cumprimento dos planos de ação estabelecidos para
garantir a consecução da meta;
· examinar se os itens de controle e verificação são apropriados para mensurarem as
medidas estabelecidas;
· verificar a existência de ações voltadas para a melhoria e manutenção da qualidade,
· fornecer recomendações objetivando o aprimoramento do processo de gestão da
organização.”
De acordo com os elaboradores do Portal da Contabilidade (2008) “O objetivo geral
de uma auditoria das demonstrações financeiras é fazer com que o auditor expresse uma
opinião sobre se as demonstrações financeiras estão razoavelmente apresentadas de acordo
com os princípios de contabilidade geralmente aceitos.
Além da auditoria interna regular - ajudando a eliminar desperdícios, simplificar
tarefas, servir de ferramenta de apoio à gestão e transmitir informações aos administradores
sobre o desenvolvimento das atividades executadas, um gestor pode servir-se de auditorias
externas independentes. Estas, seja por exigência de órgãos reguladores, dos órgãos
societários ou para atender a exigências legais, suprirão os administradores e acionistas com
uma opinião abalizada sobre as demonstrações contábeis, de modo que essas passem a
merecer a credibilidade necessária por parte dos usuários das informações econômico-
financeiras, auditadas.”
Conforme artigo da Optar Contabilidade On-line, publicado pela Editora Maph (2008),
[...]Pode-se então afirmar que as diferenças de objetivos das Auditorias interna e externa são
basicamente que uma tem com objetivo principal de “atender as necessidades da
Administração”, enquanto a outra tem como objetivo principal “atender as necessidades de
terceiros no que diz respeito à fidedignidade das informações financeiras.”

5. O AUDITOR.
O termo auditor, conforme SÁ (1980:5) surgiu na Inglaterra no reinado de Eduardo I,
para designar aquele que realizava o exame de contas públicas e cujo testemunho poderia
levar à punição de possíveis infratores. (Nascimento e Pinho, 2008)
Ainda para Nascimento e Pinho (2008), “Sendo a profissão de auditor marcada pelo
traço da responsabilidade pública e social, elementos tais como, ética e independência são
essenciais ao profissional, até mesmo como fator de permanência no mercado. Definida de
diferentes formas, esta palavra de origem grega, ethiké, segundo Aurélio, é “o estudo de
juízos de apreciação referente à conduta humana do ponto de vista do bem e do mal.” Já
Silveira Bueno define ética como a ciência da moral e independência como liberdade;
autonomia.”
Para Lopes (2008), sob a ótica da auditoria, pode-se observar a materialidade de duas
formas distintas: Quantitativa ou Qualitativamente. No primeiro caso, observam-se os fatos
quanto aos seus valores numéricos, normalmente evidenciados pelo valor das contas
envolvidas nas Demonstrações Contábeis, os erros encontrados neste tipo de abordagem são
geralmente detectados através de testes substantivos. Quanto ao aspecto qualitativo, preocupa-
se na veracidade das informações transmitidas aos usuários da informação contábil, quase
sempre refletidas nas notas explicativas ou quadros complementares das demonstrações
contábeis.
Baseado na análise da materialidade, conforme a afirmação anterior, deve o
profissional auditor buscar o aprimoramento pessoal.
Attie (1992) afirma que a necessidade de o auditor ser imparcial e de se manter numa
condição que o permita agir íntegra e objetivamente exige que seja colocado separadamente das
pessoas cujas atividades examinam.
Crepaldi (2007, p. 62 a 63) afirma que é imprescindível que o auditor adote padrões
de conduta próprios de sua função. Tais padrões constituem a ética do exercício profissional.
Como padrões éticos do auditor interno - externo cumpre destacar:
 Bom-senso no procedimento de revisão e sugestão;
 Autoconfiança;
 Sigilo profissional;
 Capacidade prática;
 Sentido objetivo;
 Liberdade de pensamento e ação;
 Meticulosidade e correção;
 Perspicácia nos exames;
 Pertinácia nas ações;
 Pesquisa permanente;
 Finura de trato e humanidade.
Consoante a estas afirmações, Nascimento e Pinho (2008) informam que [...] O
Instituto Brasileiro de Auditores independentes (IBRACON) e o Instituto dos Auditores
Internos do Brasil (AUDIBRA) adotaram os mesmos postulados básicos da ética profissional,
sem prejuízo algum ao cumprimento do Código de Ética do Contabilista. Para ambos os
Institutos o padrão de exigência é alto em termos de honestidade, objetividade, diligência e
lealdade. São os seguintes:
- Independência profissional;
- Independência de atitudes e de decisões;
- Intransferibilidade de funções;
- Eficiência técnica;
- Integridade;
- Sigilo e discrição;
- Imparcialidade;
- Lealdade de classe.
E concluem: [...] Em suma, a independência do auditor deve estar pautada na ética
profissional e na conscientização acerca do papel social que deve exercer, ou seja na
accountability. Referido papel social diz respeito não só ao zelo pela adequada evidenciação
das informações contábeis e a acurácia das mesmas, bem como, pela contribuição efetiva ao
negócio dos clientes, estes, perplexos diante das acentuadas mudanças tecnológicas e
organizacionais e da dinâmica destas transformações.
Enseja-se que ética e independência orientam os relacionamentos mantidos pelo
auditor com diversos agentes do processo auditorial e podem agregar valor. Desta forma, os
demais elementos exigidos pelas normas, tais como processos de trabalho, escopo do parecer,
dentre outros, são meras ferramentas utilizadas para alcançar o patamar desejável para a
auditoria [...].

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS.
Após o exposto, no levantamento feito, concluí-se que a Auditoria é uma ferramenta
que auxilia a administração das empresas, assegurando a elas a qualidade e a segurança no
controle e rotinas do trabalho, para que estas sejam meticulosamente executadas, e que os
dados levantados sejam de inteira credibilidade.
Um fato importante, como nos elucida Crepaldi (2007) é que “[...] Quem acha que
Auditoria é uma ferramenta de gestão empresarial que está restrita apenas às grandes
empresas está enganado. Já faz parte da realidade das micro e pequenas empresas e com bons
resultados. Mais do que nunca, em época de arrocho financeiro é importante que as
microempresas organizem-se internamente para reduzir custos, simplificar processos, ganhar
agilidade e ter maior rentabilidade.”
“O Brasil é um dos países menos auditados do mundo. A Ernst & Young, uma das
principais e maiores empresas no ramo em todo o mundo, levantou alguns números
interessantes sobre a relação entre o número de habitantes e a quantidade de auditores,
parâmetro para medir o percentual do trabalho de auditoria em cada país. A Argentina possui
13.205 habitantes por auditor, o Chile, 8.711. Na Alemanha são 4.558 habitantes por auditor,
na França, 4.310 e nos Estados Unidos, 2.327. Alguns países mostram números ainda mais
significativos, como o Canadá, com 1.508 habitantes, a Inglaterra, com 1.316, ou ainda a
Holanda, com 899 habitantes por profissional.
Pode-se evitar ou eliminar o risco de fraudes e de erros nas organizações com o
trabalho do auditor. O Brasil possui apenas um auditor para 24.615 habitantes! Talvez
tivéssemos menos corrupção em nosso país se estes números fossem diferentes...
Espera-se que essa visão possa trazer aos empresários e a todos os usuários do trabalho
de auditoria uma percepção mais apurada da atividade desenvolvida e de sua importância, não
apenas como promotora de uma ação específica, mas no acompanhamento da saúde dos
controles organizacionais” (Muller, 2001)
Enfim, para a Administração do Portal de Contabilidade (2008) “A tendência é que a
auditoria seja uma ferramenta cada vez mais presente nas organizações, e quem desprezá-la
levantará suspeitas sobre si - afinal, por que não utilizar-se de uma ferramenta que
comprovadamente traz benefícios aos controles de qualquer entidade?”

QUADRO 3: A Auditoria – Conceitos e Aspectos Gerais


FONTE: Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (2008).

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.

Auditoria. Disponível em: http://www.sesc.com.br/cf/exames_diretos.html. Acesso em 13


set. 2008.
Auditoria. Disponível em: http://www.datasoft.com.br/auditoria.htm. Acesso em: 13
set. 2008
Auditoria – conceitos e aspectos gerais. Disponível em:
http://www2.dem.inpe.br/ijar/Auditoria%20de%20SI/Aulas/AUDITORIA-Aula
%201.doc. Acesso em 13 set. 2008.
Auditoria – conceitos e objetivos. Disponível em:
http://www.portaldecontabilidade.com.br/guia/auditoria.htm. Acesso em 13 set. 2008.
Auditoria e Gestão. Disponível em:
http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/auditoria2.htm. Acesso em: 13 set.
2008.
Diferenças básicas entre auditoria interna e a auditoria externa. Disponível em:
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