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Ao Doutrinador 0

Kazagrande

Exílio do Jaguar – Mestre Kazagrande – Adjunto Anavo


Ao Doutrinador 1

EXPLICAÇÃO

Salve Deus!

Este é o primeiro de uma série de 12 E-books que preparei ao longo dos últimos
meses.

A grande missão, a principal, de Tia Neiva, foi traz à luz a mediunidade do


Doutrinador! Diferente outras mediunidades, sempre esclarecidas por diversas
doutrinas e vertentes, aqueles que possuíam a característica mediúnica do
Doutrinador* não eram vistos como “médiuns”, por não provocarem os
fenômenos físicos inerentes aos que acumulam a energia no plexo solar.

Tia Neiva esclareceu, amou e se fez Mãe em Cristo do Doutrinador!

No decorrer de minha jornada missionária publiquei inúmeros textos no “Exílio


do Jaguar”, e hoje vos apresento esta pequena coletânea de textos direcionados
principalmente aos Doutrinadores e Doutrinadoras, embora também possam ser
de grande valia para nossos irmãos e irmãs Aparás.

Espero que gostem desta primeira iniciativa, recordando que, além deste E-
book, os mesmos textos estão disponíveis em áudio, em nosso canal do
YouTube, e publicados individualmente no site, no blog e no Facebook (na página
do Exílio do Jaguar, em meu perfil pessoal e em grupos que administro).

Um fraterno abraço,
Mestre Kazagrande – Adjunto Anavo

* Característica Mediúnica do Doutrinador – O médium Doutrinador acumula seu excedente


energético na região do chackra coronário, potencializando sua atividade cerebral, ao contrário
dos médiuns de incorporação, onde o acúmulo ocorre na região do plexo solar, provocando um
leve entorpecimento da consciência que facilita a incorporação. O Doutrinador mediunizado fica
mais alerta e consciente! (Mais detalhes nos textos internos).

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E-MAIL: Mestre Kazagrande – Adjunto Anavo

exiliodojaguar@gmail.com

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Ao Doutrinador 3

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Pai Seta Branca por não desanimar de mim!

Aos nossos Mentores de luz também registro meu profundo agradecimento e o


registro de que tenho total consciência de que sem eles nada faria... nada seria!
Portanto, havendo mérito, que seja deles!

E o agradecimento mais que especial a minha pequena família: Minha esposa


Nilma e as filhas Nyara e Isis! Quanta paciência tiveram neste período em que
sofri o peso das decepções com nossas lideranças e quanto acalento
proporcionaram, mesmo que silenciosamente, aos meus esforços em redescobrir
a missão.
Kazagrande

DEDICATÓRIA

Dedico este livrete, e todos os demais desta série, aos Médiuns da Doutrina do
Amanhecer! A energia e o carinho de vocês me sustentou nos momentos mais
difíceis e manteve viva a missão e a responsabilidade em cumpri-la. Direitos
Autorais? São de vocês! Podem reproduzir livremente, total ou parcialmente,
qualquer parte integrante desta publicação.

Um fraterno abraço,
Mestre Kazagrande – Adjunto Anavo

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Ao Doutrinador 4

ÍNDICE
EXPLICAÇÃO.....................................................................................001
Porque este primeiro exemplar direcionado ao Doutrinador
INDICAÇÃO......................................................................................002
Referências e formas de contato com o autor físico
AGRADECIMENTOS & DEDICATÓRIA.................................................003
Carta de Tia Neiva de 29/04/1983....................................................008

Redigida em 29 de abril de 1983 – Esta carta contém o texto original e completo da célebre
frase: “Nunca devemos odiar a vida quando sofremos, nem tampouco amá-la quando
sorrimos. Ela não é culpada de nossas dores, nem benfeitora das nossas alegrias”. Foi
direcionada inicialmente aos Mestres do Turno Aganaros, mas seu teor é indubitavelmente atual
e vibrante para qualquer membro de nossa Doutrina, mas ainda para especial para os
Doutrinadores e Doutrinadoras.

PARTE I – O DOUTRINADOR
Este primeiro capítulo congrega os texto que falam diretamente da mediunidade do
Doutrinador(a). Longe de fazer qualquer comparação, mas abordando de forma prática o
diferencial deste fator mediúnico.

Aqui poderá identificar sua mediunidade e confrontar os sentimentos e dúvidas que assolam os
missionários deste direcionamento mediúnico.

Encerra o capítulo com o importante texto “Relacionamento dentro da Doutrina”, que traz a
chamada à responsabilidade, mas também esperança dos grandes encontros entre casais que
se formam dentro da Doutrina.

SER DOUTRINADOR..........................................................................010

SERÁ QUE SOU DOUTRINADOR?........................................................012

OS SENTIDOS DO DOUTRINADOR......................................................015

DOUTRINADOR OU APARÁ – IDENTIFIQUE-SE

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Ao Doutrinador 5

O MÉDIUM DOUTRINADOR............................................................017

O MÉDIUM DE INCORPORAÇÃO......................................................018

QUANDO O DOUTRINADOR SENTE E VÊ.............................................020

OS MEDOS DO DOUTRINADOR...........................................................022

O MÉDIUM DOUTRINADOR................................................................027

AS DÚVIDAS DO DOUTRINADOR.......................................................030

QUANDO O ESPIRITO NÃO SOBE

NA MESA EVANGÉLICA.................................................................033

NOS TRONOS..............................................................................034

SER JAGUAR......................................................................................035

RELACIONAMENTOS NA DOUTRINA..................................................038

PARTE II – NOSSOS MENTORES DE LUZ

Antes de recebermos nossos pacientes, encarnados ou desencarnados, é preciso conhecer


nossos grandes companheiros de trabalho: Nossos Mentores de Luz! Neste capítulo encontramos
as dicas práticas e as técnicas para estarmos seguros da presença e real assistência de nossos
abnegados mensageiros junto aos nossos trabalhos.

PARTE 01 - COMUNICAÇÕES DE UMA ENTIDADE DE LUZ.....................041

PARTE 02 - COMUNICAÇÕES DE UMA ENTIDADE DE LUZ.....................043

PARTE 03 - COMUNICAÇÕES DE UMA ENTIDADE DE LUZ.....................045

PARTE 04 - MENSAGEM DE UMA ENTIDADE DE LUZ – GERAL...............047

O CONTATO COM OS MENTORES DE LUZ.............................................050

A IDENTIFICAÇÃO UMA ENTIDADE DE LUZ........................................052

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Ao Doutrinador 6

INCORPORAÇÕES DE ALTA HIERARQUIA...........................................056

INTERFERÊNCIAS.............................................................................058

CHAVE LOUVADO SEJA......................................................................061

NOME DAS ENTIDADES.....................................................................063

SUA GUIA MISSIONÁRIA...................................................................066

SEU CAVALEIRO................................................................................069

O PADRINHO E A MADRINHA.............................................................071

MADRINHA DO ADJUNTO..................................................................073

PARTE III – NOSSOS PRIMEIROS TRABALHOS ESPIRITUAIS

MESA E EVANGÉLICA E TRONOS. Neste capítulo encontramos a diretriz para nos conduzirmos
com segurança nos trabalhos de maior responsabilidade dentro do templo: A Mesa, que lida com
o destino dos irmãos recém desencarnados; e os Tronos, onde vidas humanas são colocadas em
nossas mãos.

DOUTRINANDO NA MESA E NOS TRONOS...........................................075

A RESPONSABILIDADE DO DOUTRINADOR NOS TRONOS...................077

O IRMÃOZINHO NOS TRONOS...........................................................082

SALVE DEUS NINFA, VAMOS PARA OS TRONOS?................................086

O PACIENTE NOS TRONOS.................................................................089

O PACIENTE NA LINHA DE PASSES....................................................091

PAI SETA BRANCA NOS TRONOS........................................................092

O “IRMÃOZINHO” NOS TRONOS........................................................094

COMO CONCENTRAR-SE NA MESA EVANGÉLICA.................................097

TRABALHANDO NA MESA EVANGÉLICA..............................................099

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Ao Doutrinador 7

PARTE IV – CONHECIMENTOS IMPORTANTES


Existe muito para se aprender e a caminhada pela busca do conhecimento depende de cada um,
de maneira muito particular. Aqui fica o registro de alguns conhecimentos que podem ser o
despertar para novos questionamentos e afirmações; ou para encerrar alguma dúvida. Mas...
Tem muito mais! É preciso querer, buscar, estar pronto e merecer.

APRENDENDO A FALAR MENOS..........................................................104

O BÔNUS-HORA................................................................................106

DÚVIDAS SOBRE A INICIAÇÃO..........................................................109

CARTA A UMA NINFA NO DESENVOLVIMENTO...................................111

PRIMEIROS PASSOS DO AJANÃ.........................................................114

FÁBRICA DE MÉDIUNS......................................................................118

SEU POVO.........................................................................................121

AS EMISSÕES - 02 – TURNO DE TRABALHOS......................................122

FURANDO FILAS...............................................................................126

PARTE V – DO AJANÃ PARA O DOUTRINADOR


Pequenas homenagens de um Ajanã aos Doutrinadores. Escritas pelo Mestre Anderson, que me
acompanhou nos primeiros anos do Exílio do Jaguar.

DO MESTRE LUA PARA O DOUTRINADOR...........................................130

O DOUTRINADOR - RAIO DE LUZ!......................................................133

AO DOUTRINADOR............................................................................135

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Vale do Amanhecer, 29 de Abril de 1983.

Meu Filho Jaguar, Salve Deus

Filho, tenha fé em si mesmo, firme a sua personalidade. Acredite filho, que cada
fracasso nos ensina algo que precisamos aprender.

Se volte sempre para si mesmo, resolva sozinho seus problemas e escolha os


amigos, porque existe, em cada um de nós, uma voz interior que nos alerta
sobre o que devemos fazer e como devemos agir.

Nunca devemos odiar a vida quando sofremos, nem tampouco amá-la quando
sorrimos. Ela não é culpada de nossas dores, nem benfeitora das nossas
alegrias. A vida se torna além de nossas dores e de nossas alegrias, nos dando
experiências.

Mais de uma vez já adverti sobre que, Deus, vendo nossos esforços, nos
escolheu como patronos desses infelizes, que vinham no mais triste sofrimento,
envolvidos pelo ódio. Somos nós, filhos, com o nosso amor e nossa
perseverança, que estamos a evoluir essa grandeza. Quanto mal já sofreram,
quanta dor em seu ódio, sem terem forças para esquecerem a triste hora de
suas tragédias, em sua falta de amor. Receba-os, filhos, com carinho, alerta-te
e pense com mais amor nos bônus que irão te libertar, e libertar também,
aqueles infelizes. Você não será libertado, e sim aqueles que foram suas vítimas
do passado. Eles estão sempre a te seguir. Agora nessa bênção de Deus
esperamos que eles se voltem para Deus.

Ame com carinho e fé! Mais uma vez te digo: que as nossas quedas neste mundo
que vivemos, todas nos servirão para a nossa evolução. É uma experiência a
menos, que filho o homem não se redime quando sente uma grande dor e, sim
se eleva para Deus sempre buscando o seu sol interior.

Tia Neiva

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PARTE I

O DOUTRINADOR

Este primeiro capítulo congrega os texto que falam diretamente da mediunidade


do Doutrinador(a). Longe de fazer qualquer comparação, mas abordando de
forma prática o diferencial deste fator mediúnico.

Aqui poderá identificar sua mediunidade e confrontar os sentimentos e dúvidas


que assolam os missionários deste direcionamento mediúnico.

Encerra o capítulo com o importante texto “Relacionamento dentro da Doutrina”,


que traz a chamada à responsabilidade, mas também esperança dos grandes
encontros entre casais que se formam dentro da Doutrina.

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SER DOUTRINADOR

Para servir à Espiritualidade é preciso apenas ser Doutrinador ou Apará. É


preciso ter o desejo de fazer o bem, praticar a caridade. Respeitar a todos e ir
transformando sua vida com harmonia e equilíbrio.

Em nossa Doutrina o uniforme é usado para nivelar todos à categoria de


Servidores da Luz. Consagrações, Comandos, Invocações, Regências, e outras
condições, que venham a determinar algum tipo de hierarquia, somente
agregam mais responsabilidade! Trazem o dever do missionário tornar-se um
exemplo pelo seu comportamento, e muito mais trabalho!

Para cumprir nossa missão, e consequentemente trilhar o caminho da evolução,


basta estar em condições de “encaminhar espíritos”.

Ser um Doutrinador(a), portador do Terceiro Verbo, que emite e emana com


amor sua doutrina e sensibiliza pela emoção de suas palavras a aquele espírito
mais endurecido.

Ser um Apará, portador da Voz Direta, que transmite a esperança, trazendo o


conforto para os encarnados desesperados e agasalhando o mais temível
sofredor com um amor jamais vivido por ele.

Não é preciso Comandar ou ter posições de destaque. Não é preciso bajular os


Trinos, Adjuntos ou Primeiras. Basta ser simples e ter amor no coração.

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Observamos, diariamente, tantos que se perdem pelas hierarquias ou por uma


falsa sensação de poder... Poder, meus irmãos, nesta Doutrina, somente o poder
do amor incondicional!

Sim... Existe uma ilusória sensação de “glamour” entre muitos que disfrutam
suas hierarquias. Uma perigosa vaidade que já levou à perdição de tantas
encarnações passadas. Orgulhosas ilusões que contrastam com a simplicidade
de Tia Neiva ao receber seus filhos e amar a cada um.

Quando somos ignorantes temos uma proteção, mas quando somos conscientes
de tudo ao nosso redor, só podemos nos tornar coniventes ou nos afastar.

Não vejo necessidade em ostentar qualquer título, ser Doutrinador já me basta!

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SERÁ QUE SOU DOUTRINADOR?

Muitos, em alguma parte da jornada, mas nem todos, já fizeram ou fazem esta
pergunta: Será que sou Doutrinador?

Salve Deus! A possibilidade de um “erro” em seu teste, ou de uma mudança de


mediunidade, é muito rara! Não é impossível, mas é realmente muito rara!

Quando você é avaliado em um teste mediúnico, o Mestre, ou os Mestres


designados para tal missão, devem ter total segurança de seu trabalho. Avaliam
pormenores que não cabem descrever neste texto, justamente para não trazer
um conhecimento que pode interferir no comportamento de quem ainda não fez
o teste. Mas veja, muitos detalhes são considerados antes que se diga: Você
Doutrinador(a)!

O que normalmente acontece, gerando dúvidas que acabam por incomodar os


médiuns, é que sua capacidade de mediunização vai se ampliando com o tempo.
Você passa a ter um contato direto com as Entidades, e sua sintonia vai se
aprimorando.

A Mediunidade do Doutrinador atua com a expansão de sua consciência, ao


contrário do Apará, que sente-se levemente entorpecido durante a manipulação,
pois se entrega completamente ao que está acontecendo, o Doutrinador(a) tem
sua mente expandida. Fica mais “atento” e por vezes com tal sintonia com a
Entidade, que passa a verdadeiramente sentir todo o quadro do paciente,
compreendendo seus dramas, dores e até mesmo a explicação para o que está
passando. Como se a Entidade também “soprasse em seu ouvido” a explicação
para aquele atendimento. Não é raro que “visualizem” o quadro do paciente,

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Ao Doutrinador 13

como se uma pequena tela se plasmasse dentro de sua mente, e a compreensão


chegasse de forma visual. Isso também pode ocorrer na chegada de um
irmãozinho sofredor.

Tudo isso faz parte, sim, da mediunidade do Doutrinador! Que ao aguçar sua
técnica de mediunização passa a dispor de mais compreensão e ferramentas
para sua Doutrina.

“Sentir”, para o Doutrinador, é quando está mediunizado e mergulhado em sua


individualidade, com a consciência expandida, passando a ser o “Médium
Perfeito”! Dotado do Terceiro Verbo, pode fazer sua Doutrina de forma natural,
consciente e particularmente voltada ao atendimento.

O aumento da capacidade de mediunização, com um contato maior com os


planos que o envolve (físico, etérico e espiritual), por vezes leva o médium a
pensar que está “mudando de mediunidade”. Sente claramente a aproximação
das Entidades de Luz; já está pronto quando se aproxima um irmão sofredor e
até mais: no dia a dia, passa a “pressentir” tudo ao seu redor, o padrão vibratório
de quem se aproxima e a energia do lugar onde se encontra. Sua percepção é
totalmente diferente da do Apará, que sente as energias porque elas afetam seu
plexo. No Doutrinador, sua consciência ampliada dá a noção exata do tipo de
energia com a qual está lidando, sem que a mesma venha a afetar seu plexo –
isso só acontece se seu padrão vibratório também baixe e se envolva com ela.

Este avanço mediúnico não é obtido diretamente pela “capacidade” do médium,


mas sim, pela sua dedicação ao trabalho e a natural evolução que ele
proporciona.

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Ao Doutrinador 14

A mudança de mediunidade, particularmente de Doutrinador para Apará é muito


delicada, deve sempre ser avaliada com muito critério, e só efetivada em última
instância. Pois o risco de um Doutrinador ficar como Apará é muito maior do que
quando um Apará fica como Doutrinador! Assim nos dizia Tia Neiva.

O início da expansão de consciência do Doutrinador em algumas situações pode


causar incômodos. Por exemplo, quando está iniciando está fase, torna-se difícil
a concentração, pois o “Templo todo parece estar dentro de sua cabeça”. Ouve
todos os ruídos físicos, e se prestar a atenção a cada coisa que está ao seu redor,
sua mente capta com facilidade todas as sintonias, tornando difícil a realização
do Trabalho (principalmente nos Tronos). É necessário total comprometimento
e concentração exclusiva ao atendimento, para que não se sujeite às forças
esparsas que circulam no Templo, e que irão lhe causar incômodos bocejos,
normalmente confundidos com sono ou cansaço inconveniente. O
direcionamento da capacidade de mediunização e sintonia adquirida, exige
disciplina, e seus frutos são a realização plena do Trabalho e a semeadura da
Paz de seu espírito!

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Ao Doutrinador 15

OS SENTIDOS DO DOUTRINADOR

Uma das dúvidas que assola os Doutrinadores(as), desde os iniciantes até alguns
Adjuntos de Templo é “não sentir nada”.

Muitos Doutrinadores realmente não possuem nenhum fator extraordinário que


comprove que são médiuns, e alguns, pela mente científica e pela pureza de
seus sentimentos, chegam a deixar a Doutrina.

A grandeza da missão de Tia Neiva foi justamente trazer a mediunidade do


Doutrinador. Esta foi sua principal missão! Esclarecer a tantos que julgavam não
ter mediunidade, e ainda assim passavam pelos mesmos problemas dos
médiuns que incorporavam.

A mediunidade do Doutrinador é muito diferente da mediunidade de


incorporação. A produção de energia em excesso, que caracteriza um médium,
não é externada por meio da incorporação e do entorpecimento da consciência.
Na verdade, o Doutrinador mediunizado fica “mais consciente do que nunca”,
totalmente ao contrário do médium de incorporação, que passa a receber as
influências externas.

No Doutrinador, a percepção é aumentada e o fenômeno se produz pela maior


atividade cerebral e total clareza de discernimento. É justamente esta clareza
que leva muitos a considerarem que “não sentem nada”!

Alguns Doutrinadores possuem características particulares que, no momento da


expansão da consciência, determinada pela mediunização, permitem o acesso à

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Ao Doutrinador 16

energia circundante e mentalmente produzem fenômenos, como visualizações e


sensações físicas, mas recordo que são produzidas a nível mental!

A maioria realmente não sente nada! A diferença se dá quando se afasta da


Doutrina e não procura, de imediato, outra fonte de manipulação energética.
Dessa maneira, a energia em excesso volta a encharcar o plexo e torna-se alvo
fácil de obsessões, muitas vezes chegando até mesmo a incorporar. Porém ao
retornar à Doutrina e manipular o “excesso”, volta a “não sentir nada”.

Lembremos sempre que a manipulação da energia excedente (que caracteriza


verdadeiramente um médium - repito) pode ser feita de duas formas: positiva
(através de um trabalho mediúnico) ou negativa (pelas “explosões” cotidianas,
gritos, raivas – muitas vezes com pouco sentido e provocadas por espíritos
interessados em absorver a energia liberada).

O esclarecimento da mediunidade do Doutrinador, trazido por Tia Neiva,


libertou, e liberta, milhares de médiuns que não eram vistos como médiuns.
Pessoas que apenas manifestavam o “sintoma” da incorporação em casos
extremos e depois tornavam-se céticos ainda mais convictos, sem reconhecer
as “curas temporárias” que passaram.

Não sinto nada? Não importa! Cumpra sua missão e reconheça seu papel
fundamental na condução desta jornada, confiada justamente ao Doutrinador!

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Ao Doutrinador 17

DOUTRINADOR OU APARÁ – IDENTIFIQUE-SE

O MÉDIUM DOUTRINADOR

O Doutrinador potencial, quando se apresenta ao grupo mediúnico, demonstra,


em geral, ter a vida desequilibrada e ser dominado pela angústia, pela
descrença, agressividade ou passividade excessiva.

Fisicamente, queixa-se de dores de cabeça, distúrbios digestivos e incômodos


cardíacos. De modo geral, esses incômodos cardíacos já foram objeto de
cuidados médicos e desanimaram o clínico pela falta de causas definidas.

Submete-se, então, o paciente a um trabalho mediúnico, em que haja absorção


do ectoplasma excedente no organismo. A melhora quase instantânea é a
melhor prova de que estamos na presença de um Doutrinador.

Depois dessa experiência, se ele aceitar a ideia de trabalhar espiritualmente,


deve ser submetido ao exercício de sua mediunidade, a começar pelos processos
físicos. Durante um período mínimo de três meses, ele deve trabalhar uma ou
duas vezes por semana, doutrinando espíritos incorporados, ministrando passes
magnéticos e conversando com pacientes que procuram o tratamento espiritual.

Por tendência natural, o Doutrinador tem interesse na cultura intelectual. Tenha


escolaridade ou não, ele sempre absorve o aspecto intelectivo do meio em que
vive.

Sua apresentação, pois, é cheia de justificativas, explicações e demonstrações


de conhecimentos. No seu arrazoado, predomina a análise com tendências ao

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Ao Doutrinador 18

cerebralismo. Nisso ele revela certo bloqueio à recepção espiritual. O


racionalismo excessivo impede o contato com o transcendente.

O MÉDIUM DE INCORPORAÇÃO

Quando chega ao Mediunismo, o Incorporador nato apresenta incômodos na


parte inferior do corpo, principalmente no aparelho digestivo, rins, bexiga e
outros órgãos energizados pelo plexo solar e circunvizinhos.

É muito comum, também, apresentarem incômodos na coluna.

Como consequência direta desses males, ele sofre cronicamente de dores de


cabeça, tonturas e sintomas semelhantes.

Psicologicamente os sintomas são de fobias, alucinações, insegurança,


irritabilidade, emotividade exagerada e até histeria.

A primeira medida, no seu desenvolvimento, é fazê-lo sintonizar com o seu


Mentor. Ele é a garantia do equilíbrio do médium.

Convida-se o candidato a se concentrar, de olhos fechados, de pé, e a respirar


profundamente. Mediante a aplicação das mãos, da cabeça para baixo, sem o
tocar, o Doutrinador magnetiza o aparelho. Esse trabalho deve ser acompanhado
de leve hipnose, através de palavras repetidas. Pede-se ao médium que imagine
seu Mentor, e vai-se sugerindo sua presença, mediante chaves próprias.

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Ao Doutrinador 19

Na maioria dos casos, o médium incorpora na segunda ou na terceira tentativa.


Se ele apresentar sintomas de angústia, deverá ser submetido a uma
enfermagem, na mesa mediúnica, e voltar ao processo.

Assim que o médium se habituar a incorporar o seu Mentor, sempre que for
solicitado, e na presença de um Doutrinador, ele deve ser encaminhado à mesa
e ali incorporar sofredores, assistido pelos Doutrinadores.

Trino Tumuchy – Mestre Mário Sassi

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Ao Doutrinador 20

QUANDO O DOUTRINADOR SENTE E VÊ

A principal característica de um Doutrinador desenvolvido não é “não


incorporar”! Salve Deus!

O que determina a mediunidade de um Doutrinador é sua capacidade de


expandir a consciência, observar e interpretar os fenômenos de maneira intuitiva
e clara!

O Doutrinador mediunizado é aquele que compreende e explica baseado no


despertar de sua consciência transcendental. Recebe as intuições dos Mentores
sem a necessidade de incorporar para “ouvir” as mensagens, ele
verdadeiramente “sente” o fenômeno e torna-se capaz de traduzi-lo.

Certa vez me perguntaram sobre este tema e considerei conveniente


desmistificar a condição do “doutrinador robô”, que apenas repete frases feitas,
doutrinas pré-concebidas e não “sente e nem vê nada”. Na verdade o
Doutrinador tem uma mediunidade tão clara quanto a do Apará! Pressente as
energias e atua com rapidez nas mudanças que se apresentem.

Em um atendimento nos Tronos, enquanto o Apará tem seus sentidos


entorpecidos pela projeção da Entidade, o Doutrinador tem os mesmos sentidos
aguçados. Passa a ouvir com mais clareza e por isso, muitas vezes, sente uma
certa dificuldade de concentração em função dos ruídos. Ocorre que sua aura se
expande e é como se dominasse todo o ambiente.

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Ao Doutrinador 21

Direcionando corretamente sua atenção ao atendimento, por vezes, pode


visualizar mentalmente o quadro do paciente encarnado ou desencarnado. Não
que “veja com os olhos físicos”, mas forma-se em sua mente a projeção, através
das energias que capta do paciente, ou do irmãozinho, ali presente.

Baseado nesta “visualização”, pode direcionar sua doutrina, e, de forma


intuitiva, atingir com maior precisão a necessidade espiritual vigente. Quanto
mais tarimbado pelos anos de trabalho espiritual, agirá com mais destreza e os
fenômenos se descortinarão cada vez mais claramente aos seus olhos.

Sim, o Doutrinador “vê” mentalmente e “sente” toda movimentação energética,


e, como tudo que provêm da Luz, tem objetivo produtivo e útil.

A sensibilidade mediúnica independe da característica mediúnica (Doutrinador


ou Apará), depende da capacidade de mediunização!

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Ao Doutrinador 22

OS MEDOS DO DOUTRINADOR

Ao incorporar o “irmãozinho” a ninfa deu um berro gerando um alvoroço


completo. O Doutrinador, um recém emplacado, quase caiu por cima do Preto
Velho que atendia no Trono atrás dele. O paciente, pela primeira vez no Templo,
não sabia se escondia-se debaixo do Trono ou corria. Até o Comandante, meio
distraído, deu um pulo gritando: Salve Deus!

Quem já presenciou uma cena destas? Eu mesmo e tenho certeza, que


infelizmente, muitos outros Mestres e Ninfas.

Vamos deixar de lado, hoje, todos os demais efeitos da falta de sintonia da Ninfa,
afinal, em sintonia, nunca recebemos qualquer energia a qual não tenhamos
total e absoluta segurança para manipular, dentro das leis do amanhecer, que
preveem, elegância e total respeito na incorporação.

Pensemos exclusivamente no terror do jovem Doutrinador! Dando seus


primeiros passos na Doutrina, cheio de energia, mas com a insegurança natural
de quem compreende a responsabilidade de um atendimento nos Tronos.
Disposto a trabalhar, lutando para vencer a timidez em realizar um convite para
uma Centuriã, e quando chega na hora do trabalho passa por uma situação
vexatória destas.

Insisto no termo vexatória porque ele vira o centro de atenção de todos, que
acompanham sua doutrina para ver se o espírito “sobe” e a ninfa deixa de querer
aparecer. A doutrina mal sai da boca, as palavras se desordenam na mente, a
boca seca e parece que não termina nunca! E sabe que nem pode tentar terminar
rápido, pois com certeza o “espírito” não vai querer subir com pouca conversa.

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Ao Doutrinador 23

Todos olhando... E ele só pensando: se um dia voltar para os Tronos nunca mais
volto com esta ninfa!

Outros medos também assombram o Doutrinador iniciante, mas nos Tronos, a


maioria é decorrente da própria má formação dos Aparás.

Vejamos:

A Entidade começa a falar com o paciente, e com o barulho do Templo ele não
consegue ouvir. Bem, ele pensa: Sei que aí está uma Entidade de Luz, este
Apará é conhecido, então está tudo bem! Me proteja meu Pai!
Certo? ERRADO!!! Um Doutrinador não pode atender um paciente sem ouvir
claramente a comunicação! Vou repetir: Não pode atender nenhum paciente
sem saber exatamente o que está sendo dito ali! É sua responsabilidade,
tem que ouvir! Falo de minha experiência pessoal, quando não escuto, pode
ser minha Ninfa, em quem tenho total confiança e pelos anos de trabalho sinto
claramente qualquer alteração energética, se não escuto, abaixo a cabeça perto
do ouvido do Apará e digo bem baixinho: “Salve Deus Vovó! Hoje o Templo está
um pouco barulhento, a senhora poderia falar um pouquinho mais alto?” Qual
Entidade de Luz vai ficar “chateada” com isso? A Entidade jamais!

Outro ponto, às vezes sentimos claramente que a energia mudou, é possível que
outra entidade tenha se aproximado para atender um paciente especificamente.
Então o correto é não ter dúvidas! Com muito carinho e respeito, baixinho e com
elegância para não chamar a atenção: “Salve Deus! Em nome de Nosso Senhor
Jesus Cristo, quem está presente neste aparelho?” Muitas vezes o próprio Apará
tinha sentido uma mudança de energia, e esta simples pergunta vai dar a ele a
certeza que precisa. Se conseguir se identificar sem problemas, graças a Deus!
E também pode acontecer, de neste instante, o Apará não tendo a segurança,
mas reconhecendo a mudança, simplesmente dá passagem.

Exílio do Jaguar – Mestre Kazagrande – Adjunto Anavo


Ao Doutrinador 24

Às vezes incorpora um Caboclo nos Tronos e se age como se nada de anormal


tivesse passado. Salve Deus! Qualquer entidade, para trabalhar no Vale, tem
que ser identificada e apresentada ao paciente, antes de dar qualquer passe.
Sim, houve a mudança, necessária por vezes, mas antes da Entidade poder
atender, o Doutrinador tem a obrigação de identificá-la.

O Doutrinador só pode trabalhar em segurança total e sem dúvidas, senão não


é Doutrinador, é um robozinho, como dizia Tia Neiva.

Não havendo sintonia, segurança ou tendo qualquer tipo de dúvidas, senta-se


após o paciente sair e com toda delicadeza diz: “Salve Deus Vovó, que trabalho
maravilhoso! Gostaria de ter outras oportunidades de trabalhar com a senhora,
mas agora preciso sair um pouco dos Tronos”. Não é uma mentira, ou
subterfúgio! É a mais clara realidade. Todos nós almejamos a honra de trabalhar
com uma Entidade de Luz. Se naquele momento a sintonia não está bem, não é
por culpa da Entidade, é uma falha nossa ou do Apará. Falando desta forma é
simples! Sem mágoas, sem comentários posteriores, nada. Somente o bom
senso e educação! É melhor deixar um paciente esperando mais tempo
para ser atendido, do que ser atendido em um Trono onde algum
médium possa estar em dúvidas.

Lembremos sempre que a vida de uma pessoa nos é confiada naquele momento.
Existem os que chegam aos Tronos como última esperança, a beira do suicídio
mesmo!

Mestre, tem uma fila de pacientes gigante e me deu dor de cabeça, dor
de barriga, ou simplesmente a bexiga quer estourar, o que eu faço?

Exílio do Jaguar – Mestre Kazagrande – Adjunto Anavo


Ao Doutrinador 25

“Salve Deus! Minha querida vovozinha, gostaria muito de poder continuar esta
grande oportunidade, mas tenho uma necessidade física neste momento,
podemos encerrar nosso trabalho?”

Mestre, e naquela primeira situação? Uma incorporação escandalosa


dando socos, gritos e mensagens pessoais... Que que eu faço se
acontecer comigo?

Assim que terminar o atendimento, encerre o trabalho! Sentindo que o paciente


ficou assustado e não está saindo melhor do que chegou, faça sinal ao
Comandante e discretamente peça para que ele encaminhe o paciente a outro
Trono. Em seguida, sente-se e encerre seu trabalho.

Trabalhar nos Tronos é muito sério para os dois, mas a responsabilidade é do


Doutrinador!

Para os Aparás... É compreensível que chegue um irmãozinho querendo gritar,


socar o Trono, dizer impropérios. Isso acontece com frequência, mas o controle
da incorporação é do médium. Para isso é que está consciente! Demonstração
de força não é ceder aos impulsos e se harmonizar com a entidade sofredora. E
sim saber controlar-se e buscar a sintonia do seu Mentor.

Para um Apará trabalhar nos Tronos, tem que ter Equilíbrio! Para um Doutrinador
trabalhar, tem que ter segurança. Não pode trabalhar em dúvidas, repito
novamente.

Exílio do Jaguar – Mestre Kazagrande – Adjunto Anavo


Ao Doutrinador 26

Salve Deus! Enquanto o médium ainda não é Centurião, podemos orientar, ou


pedir aos Instrutores que o procurem e orientem. Depois de Centurião, todo seu
comportamento é de sua total responsabilidade.

Tia Neiva foi clara nos dois pontos a esse respeito: A responsabilidade
dos Tronos é do Doutrinador e o comportamento do Apará é de sua
própria sentença. Ele tem que estar em sintonia com sua Entidade, e não
com o irmãozinho que chega aos Tronos.

Exílio do Jaguar – Mestre Kazagrande – Adjunto Anavo


Ao Doutrinador 27

O MÉDIUM DOUTRINADOR

Até pouco tempo atrás, somente se considerava médium aquele que


“incorporava”.

Tia Neiva trouxe à luz da verdade um outro tipo de mediunidade, onde, ao


contrário do fenômeno da incorporação (na qual ocorre uma diminuição do fator
sensorial), os sentidos são superativados e o nível de consciência aguçado: O
Doutrinador!

O Doutrinador, igualmente ao médium de incorporação, antes de desenvolver


sua mediunidade e canalizar sua energia, sofre os efeitos do acúmulo desta
energia e passa pelos mesmos problemas de todos os médiuns que ainda não
encontraram seu caminho.

Pelas razões expostas acima, o Doutrinador é o médium por excelência, o


intermediário entre os planos e o responsável pelo fenômeno mediúnico. Sem a
presença de seu ectoplasma, é difícil a realização do processo, no qual ele atua
como catalisador.

O Doutrinador normalmente não sente arrepios, não apresenta perdas de


consciência, nem tem descontroles emocionais, comuns em outros médiuns –
exceto quando sob influência alcoólica ou sob muitos anos de acúmulo
energético não manipulado.

O exercício da mediunidade tem um tempo certo para começar. Quando essa


cronologia não é observada a Natureza põe em funcionamento os sinais de

Exílio do Jaguar – Mestre Kazagrande – Adjunto Anavo


Ao Doutrinador 28

alarme. Estes aumentam de intensidade na proporção em que não são


atendidos.

Muitos Doutrinadores, antes da Doutrina do Amanhecer esclarecer este tipo de


fenômeno, devido ao este acúmulo energético, eram levados a tentar
desenvolver sua mediunidade forçando incorporações, onde as consequências
sempre são imprevisíveis.

O Doutrinador ainda não desenvolvido demonstra, em geral, ter a vida


desequilibrada e ser dominado pela angústia, pela descrença, agressividade ou
passividade excessiva.

Fisicamente, queixa-se de dores de cabeça, distúrbios digestivos e incômodos


cardíacos. De modo geral, esses incômodos cardíacos já foram objeto de
cuidados médicos e desanimaram o clínico pela falta de causas definidas.

Submetido a um trabalho mediúnico, onde ocorre absorção do ectoplasma


excedente no organismo, melhora quase instantaneamente.

Por tendência natural, o Doutrinador tem interesse no conhecimento, tenha


escolaridade ou não. Assim, apresenta-se sempre cheio de justificativas,
explicações e demonstrações de conhecimentos, que acabam por bloquear a
recepção espiritual.

Sem dúvida, o sucesso de um Doutrinador depende de sua capacidade de


mediunizar-se. Pela sua própria natureza, ele é um impaciente, e tudo que lhe
acontece em torno, o incomoda. Tem tendência para dar ordens e organizar as

Exílio do Jaguar – Mestre Kazagrande – Adjunto Anavo


Ao Doutrinador 29

coisas. Gosta de falar, mas não de ouvir, provocando com isso, reações
desfavoráveis a sua atividade.

No estado normal, sob o domínio da personalidade, ele manifesta seu


temperamento, sua cultura e seus preconceitos, nem sempre agradando.

Ao mediunizar-se, porém, ele entra em sintonia com seu espírito, portador da


experiência milenar, e com o plano em que se acha. Seus Mentores encontram
acesso a sua psique e através dela, trazem suas vibrações benéficas ao
ambiente, no verdadeiro exercício da mediunidade.

Exílio do Jaguar – Mestre Kazagrande – Adjunto Anavo


Ao Doutrinador 30

AS DÚVIDAS DO DOUTRINADOR

A Entidade começa a falar com o paciente, e com o barulho do Templo ele não
consegue ouvir. Bem, ele pensa: Sei que aí está uma Entidade de Luz, este
Apará é conhecido, então está tudo bem! Me proteja meu Pai! Certo? ERRADO!!!

Um Doutrinador não pode atender um paciente sem ouvir claramente a


comunicação! Vou repetir: Não pode atender nenhum paciente sem saber
exatamente o que está sendo dito ali! É sua responsabilidade, tem que
ouvir! Falo de minha experiência pessoal, quando não escuto, pode ser minha
Ninfa, em quem tenho total confiança e pelos anos de trabalho sinto claramente
qualquer alteração energética, se não escuto, abaixo a cabeça perto do ouvido
do Apará e digo bem baixinho: “Salve Deus Vovó! Hoje o Templo está um pouco
barulhento, a senhora poderia falar um pouquinho mais alto?” Qual Entidade de
Luz vai ficar “chateada” com isso? A Entidade, jamais!

Outro ponto, às vezes sentimos claramente que a energia mudou, é


possível que outra entidade tenha se aproximado para atender um paciente
especificamente. Então o correto é não ter dúvidas! Com muito carinho e
respeito, baixinho e com elegância para não chamar a atenção: “Salve Deus! Em
nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, quem está presente neste
aparelho?” Muitas vezes o próprio Apará tinha sentido uma mudança de energia,
e esta simples pergunta vai dar a ele a certeza que precisa. Se conseguir se
identificar sem problemas, graças a Deus! E também pode acontecer de neste
instante, o Apará não tendo a certeza, mas reconhecendo a mudança,
simplesmente dá passagem.

O Doutrinador só pode trabalhar em segurança total e sem dúvidas,


senão não é Doutrinador. É um robozinho, como dizia Tia Neiva.

Exílio do Jaguar – Mestre Kazagrande – Adjunto Anavo


Ao Doutrinador 31

Não havendo sintonia, segurança ou tendo qualquer tipo de dúvidas, senta-se


após o paciente sair e com toda delicadeza diz: “Salve Deus Vovó, que trabalho
maravilhoso! Gostaria de ter outras oportunidades de trabalhar com a senhora,
mas agora preciso sair um pouco dos Tronos”. Não é uma mentira, ou
subterfúgio! É a mais clara realidade. Todos nós almejamos a honra de
trabalhar com uma Entidade de Luz. Se naquele momento a sintonia não
está bem, não é por culpa da Entidade, é uma falha nossa (do Apará ou
do Doutrinador). Falando desta forma é simples! Sem mágoas, sem
comentários posteriores, nada. Somente o bom senso e educação! É melhor
deixar um paciente esperando mais tempo para ser atendido, do que ser
atendido em um Trono onde algum médium possa estar em dúvidas.

Lembremos sempre que a vida de uma pessoa nos é confiada naquele momento.
Existem os que chegam aos Tronos como sua última esperança, à beira do
suicídio mesmo!

Mestre, tem uma fila de pacientes gigante e me deu dor de cabeça, dor
de barriga, ou simplesmente a bexiga quer estourar, o que eu faço?

“Salve Deus! Minha querida vovozinha, gostaria muito de poder continuar esta
grande oportunidade, mas tenho uma necessidade física neste momento,
podemos encerrar nosso trabalho?”

Mestre, e naquela incorporação escandalosa com socos, gritos e


mensagens pessoais... Que que eu faço se acontecer comigo?

Exílio do Jaguar – Mestre Kazagrande – Adjunto Anavo


Ao Doutrinador 32

Assim que terminar o atendimento, encerre o trabalho! Sentindo que o paciente


ficou assustado e não está saindo melhor do que chegou, faça sinal ao
Comandante e discretamente peça para que ele encaminhe o paciente a outro
Trono. Em seguida, sente-se e encerre seu trabalho.

Trabalhar nos Tronos é muito sério para os dois, mas a responsabilidade


é do Doutrinador!

Para os Aparás... É compreensível que chegue um irmãozinho querendo gritar,


socar o Trono, dizer impropérios. Isso acontece com frequência, mas o controle
da incorporação é do médium. Para isso é que está consciente! Demonstração
de força não é ceder aos impulsos e se harmonizar com a entidade sofredora, e
sim saber controlar-se e buscar a sintonia do seu Mentor.

Para um Apará trabalhar nos Tronos tem que se ter equilíbrio! Para um
Doutrinador trabalhar, tem que ter segurança. Não pode trabalhar em dúvidas,
repito novamente.

Salve Deus! Enquanto o médium ainda não é Centurião, podemos orientar, ou


pedir aos Instrutores que o procure e oriente. Depois de Centurião, todo seu
comportamento é de sua total responsabilidade.

Tia Neiva foi clara nos dois pontos a esse respeito: A responsabilidade dos
Tronos é do Doutrinador e o comportamento do Apará é de sua própria
responsabilidade. Ele tem que estar em sintonia com sua Entidade, e não com
o irmãozinho que chega aos Tronos.

Kazagrande

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Ao Doutrinador 33

QUANDO O ESPIRITO NÃO SOBE

Creio que quase todo Doutrinador já passou pela triste experiência de terminar
uma elevação e o “espírito não subir”.

Quando o Doutrinador, ou a Doutrinadora, já é um Centurião, a experiência já


não é tão traumática, mas quando é um médium de branquinho ainda... Salve
Deus! Passam todo tipo de conclusões em sua cabeça. Então vamos abordar o
tema com mais clareza, nas visões, do Apará e do Doutrinador, e nos dois
trabalhos principais, Mesa e Tronos.

NA MESA EVANGÉLICA:

Em suas instruções de Desenvolvimento o médium Apará é orientado para que,


ao ouvir uma Chave de Elevação, libere a incorporação. Porém, na Mesa
Evangélica, podem se apresentar situações que impulsionam o Apará a manter
esta mesma incorporação: o espírito necessita de mais fluído para fazer sua
passagem, ou necessita de um fluído diferente.

Nestes casos, o Doutrinador, percebendo que a incorporação não foi liberada,


deverá seguir com sua circulação pela Mesa, pois em seguida outro Doutrinador
irá assumir sua posição, atrás do Apará, para complementar o necessário
trabalho. Nada demais, e é perfeitamente normal.

O que não está certo é quando o Apará “segura” a incorporação no encerramento


do trabalho! Quando o Comandante toca o sininho, é o alerta para sintonizar
com o encerramento do trabalho, liberando a incorporação assim que ouvir a
chave de Elevação. Algumas vezes, sentindo ainda irradiação, uma última

Exílio do Jaguar – Mestre Kazagrande – Adjunto Anavo


Ao Doutrinador 34

passagem é permitida, mas o dever é entrar em sintonia com o encerramento


daquele trabalho. Neste caso, se a incorporação não é liberada e a Mesa fica
sendo “segurada”, não é “por falta de força do Doutrinador”, mas sim por falta
de esclarecimento do Apará, ou porque ele permitiu seus sentimentos se
misturarem aos sentimentos do sofredor, dando mais força a ele. Neste caso,
não sintonizou com o encerramento e vai ficar recebendo vibração de todos os
demais. Ninguém fala disso, mas não lembram do Doutrinador que “não
conseguiu elevar”, mas sim do Apará que segurou a Mesa. Como ninguém quer
ficar “pagando mico”, acabam se afastando daquele médium, visando evitar
terminar a mesa justo com ele...

NOS TRONOS:

Nos tronos não tem meio termo! Ouviu a chave de Elevação, tem que liberar a
incorporação. Salve Deus! Existe uma ionização ligando a aura do Doutrinador
responsável e não se pode trazer outro médium para fazer mais doutrina...
Libera a incorporação, e, sentindo ainda irradiação, permite uma nova
incorporação, para que o Doutrinador possa fazer nova Puxada, Doutrina e
Elevação.

Não existe isso de três Elevações nos Tronos! Salve Deus! A Elevação é
uma só! Esta prática de fazer três Elevações “vai virando moda”, e hoje vemos
médiuns que seguram a incorporação para ouvir outros dois “Obatalás”. O que
poderia significar isso??? Que o Doutrinador não teve força? Ou que o Apará não
tem equilíbrio para liberar a incorporação no momento preciso? Salve Deus!

Casos extremos, de acrisolamento do sofredor na aura interligada de


Doutrinador e Apará são raríssimos! E aí não são três “Obatalás” que vão
resolver.

Exílio do Jaguar – Mestre Kazagrande – Adjunto Anavo


Ao Doutrinador 35

SER JAGUAR
SER JAGUAR, OU QUERER SER JAGUAR, OU ARROGAR-SE O DIREITO DE USAR
UM COLETE...

Muitos alegam sê-lo, por terem sido "iniciados"...


Outros por terem sido "iniciados" e serem filhos de jaguares...
Outros tantos usam palavras bonitas, construções verbais adequadas para
"sensibilizar" e apresentar suas classificações...
Alguns são reconhecidos porque conheceram Tia Neiva, são veteranos e posam
de cidadãos conhecedores de seu acervo...
Outros omissos, displicentes, falastrões se dizem Jaguares...
Outros, mais mercantilistas, veem no Vale do Amanhecer a oportunidade de
encontrar incautos, crentes e confiantes “irmãos” para "usá-los" em sua busca
de poder, certos de que o "colete com classificações" lhes dá o verniz que
precisam para robustecer seus argumentos...
Alguns outros vão e vem... Sem nunca terem feito nada!
Absolutamente nada! Não suaram seus coletes!
São velhos no tempo de doutrina. Só isto.
Só falam e criticam, sem nunca terem arregaçado as mangas das camisas e
suado pelos ideais de Tia Neiva, mas se dizem jaguares...
A Doutrina do Amanhecer sempre foi e continuará sendo o que sempre foi:
Sempre foi a coragem de Tia Neiva! A chegada em uma época de passagem da
Terra em momentos de grandes mudanças! Um instantâneo do momento vivido
e ao mesmo tempo uma amostragem do todo!
Se hoje faz muito menos do que verdadeiramente poderia, é porque os que “se
dizem jaguares” de hoje nada fazem.
Falam mais que fazem.
Criticam mais que produzem. Como é fácil criticar...
Os verdadeiros jaguares que vibram e sentem a Doutrina em suas veias, que
além de "estarem jaguares", são, efetivamente, JAGUARES, sentem-se
ultrajados ao ver tudo isto...

Exílio do Jaguar – Mestre Kazagrande – Adjunto Anavo


Ao Doutrinador 36

“Mestres” que não cumprem suas mais simples promessas, seus solenes
juramentos...
Aqueles que ficam tristes ao ver os seus irmãos trapacearem, mentirem,
perjurarem, enganarem seus irmãos, seus afilhados, seu Templo, e arrogarem-
se o direito de serem chamados: JAGUAR!
Nossos “segredos” já estão na Internet! O Acervo Doutrinário!
Ah, para quem não sabe, até mesmo descrições de trabalhos, Leis e Chaves
Ritualísticas, exclusivas de Centuriões, também!
Jaguar não pode ser reconhecido pelo conhecimento do acervo!!!
Jaguar é aquele que cumpre seus solenes juramentos, honrando, respeitando,
protegendo, amparando, ensinando, aprendendo aos que o rodeiam, familiares,
amigos e Irmãos de Doutrina!
Jaguar lembra todos os dias do primeiro e tão simples compromisso da Iniciação:
os Três horários!
Jaguar é aquele que não engana o próximo, com mentiras, promessas e projetos
inalcançáveis, nem a si mesmo!
Jaguar é JAGUAR... Aquele que usa e honra seu colete.
Jaguar é o socorro do fim de um ciclo! É aquele que recebe de braços abertos
até mesmo aquele que, desesperado, está para lhe agredir.
Jaguar respeita o “Estatuto do Jaguar”:
I. Amar ardentemente a caridade.
II. Colocar-se no lugar do paciente socorrido.
III. Considerar a situação constrangedora da pessoa menos feliz.
IV. Amparar com discrição e gentileza.
V. Encontrar tempo para ouvir os necessitados.
VI. Nunca ferir alguém com indagações ou observações inoportunas.
VII. Abster-se de quaisquer exibições de superioridade.
VIII. Usar a máxima paciência para que o necessitado se interesse pelo auxílio
que se lhe ofereça.

Exílio do Jaguar – Mestre Kazagrande – Adjunto Anavo


Ao Doutrinador 37

IX. Jamais demonstrar qualquer estranheza ante os quadros de penúria ou


delinquência, buscando compreender fraternalmente as provações dos pacientes
ou irmãos em sofrimento.
X. Respeitar a dor alheia, seja ela qual for.
XI. Aceitar os hábitos e os pontos de vista do paciente assistido ou do irmão,
sem tentar impor as próprias ideias.
XII. Tolerar com serenidade e sem revides quaisquer palavras de incompreensão
ou de injúria que venha a receber.
XIII. Esquecer os melindres pessoais.
XIV. Evitar cochichos ou grupinhos para comentários de feição pejorativa.
XV. Dedicar-se ao trabalho espiritual para ser mais útil.
XVI. Não apenas verificar os males que encontre, mas, verificar as causas para
contribuir com o reajuste.
XVII. Cultivar sistematicamente a oração e os nossos três horários.
XVIII. Admitir os pacientes não somente na condição de pessoas que se
candidatam a recolher os benefícios que lhes possamos prestar, mas, também,
na qualidade de companheiros que nos fazem o favor de receber-nos a
assistência, promovendo e facilitando a nossa aproximação de Pai Seta Branca.
Este deveria ser nosso verdadeiro e único estatuto!
Adjunto Anavo
Mestre Kazagrande
(Estatuto Adaptado de Psicografia de André Luiz, por Chico Xavier)

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Ao Doutrinador 38

RELACIONAMENTOS NA DOUTRINA

Os espíritos, encarnados e desencarnados, se aproximam sempre por duas


premissas: afinidade ou cobrança. E mesmo na segunda opção, cobrança, é
necessária uma afinidade vibratória inicial.

Partindo destes princípios, podemos considerar natural a aproximação


interessada de membros da Doutrina, que veem no outro uma possibilidade de
estar junto de quem compartilha dos mesmos ideais de fé e convivência social
(sem álcool, drogas e com uma conduta a ser seguida).

Assim inicialmente se formam os casais dentro da Doutrina... Com uma afinidade


no trabalho espiritual, algo que chama a atenção e parece haver um
“reconhecimento” mútuo. Passam a trabalhar juntos com mais frequência e logo
acabam se encontrando fora do Templo, sem uniforme, para conhecerem suas
personalidades.

Dentro do Templo, de uniforme, nós somos “seres de Luz”! Refletimos a energia


de nossos Mentores e atraímos fortemente a todos que possuem alguma
necessidade espiritual. Deste modo, pacientes, e médiuns iniciantes, sentem-se
naturalmente atraídos pelo médium que já possui todas suas Consagrações.

O Centurião consagrado deve ter total consciência desta condição e evitar a todo
custo qualquer tentativa de aproximação, que seja fora da missão, quando
estiver de uniforme. Quando se está de uniforme o que atrai é a Luz de nossos
Mentores, e a ela, todo respeito! Estaremos em nossa Individualidade e esta não
compartilha os desejos de nossa personalidade.

Exílio do Jaguar – Mestre Kazagrande – Adjunto Anavo


Ao Doutrinador 39

Por isso o encanto que as Ninfas de branquinho possuem pelos Instrutores. Pode
ser o “mais feio do Templo”, mas quando está de uniforme e emanado pela Luz
de sua Princesa, sempre se verá lindo!

Um Instrutor jamais pode permitir uma aproximação interessada! Se um


relacionamento estiver previsto para ocorrer entre ele e uma aspirante, irá
ocorrer de forma natural. Irão, inesperadamente, se encontrar fora do Vale, sem
qualquer planejamento e mesmo assim, somente após não participar mais da
instrução da Aspirante, é que poderá considerar a “possibilidade”.

Os Aspirantes estão sedentos da Luz que emanamos! Aproveitar-se desta


condição é o mesmo que pedir a Pai João que coloque sua guarda em seu
calcanhar! Não que ele vá lhe castigar... Só vai deixá-lo a mercê do próprio
karma... Isso bastará!

Em relação aos pacientes é ainda mais grave! Salve Deus! É como um médico
aproveitar-se de seus enfermos que o veem como a esperança de sua cura.

Portanto, concluímos que os relacionamentos podem acontecer e trazerem muita


felicidade, mas para o Templo quem vai é a sua Individualidade! Não é você e
seus desejos! Quem atrai não é sua beleza, simpatia e charme, é a Luz de seu
Mentor! Usar esta atração para sedução ou satisfação de seus desejos da
personalidade, equivale a usar sua mediunidade para obter benefícios!

Deixem a vida acontecer! Não precisa forçar nada. Tudo acontece na hora certa
e quem você terá que encontrar se fará presente também fora do Templo.
Nossos Mentores cuidarão para que os encontros aconteçam sem você manchar
sua mediunidade com seus desejos.

Exílio do Jaguar – Mestre Kazagrande – Adjunto Anavo


Ao Doutrinador 40

PARTE II

NOSSOS MENTORES DE LUZ

Antes de recebermos nossos pacientes, encarnados ou desencarnados, é preciso


conhecer nossos grandes companheiros de trabalho: Nossos Mewntores de Luz!
Neste capítulo encontramos as dicas práticas e as técnicas para estarmos
seguros da presença e real assistência de nossos abnegados mensageiros junto
aos nossos trabalhos.

Exílio do Jaguar – Mestre Kazagrande – Adjunto Anavo


Ao Doutrinador 41

PARTE 01 - COMUNICAÇÕES DE UMA ENTIDADE DE LUZ

Em nossa Doutrina somente trabalham Entidades de Luz. Seres Espirituais que


já estão livres de seus Karmas terrestres e possuem todas suas células
espirituais em harmonia. Ultrapassaram nossas emoções humanas e agora
podem, de maneira absolutamente isenta, auxiliar e dar esperança aos que
ainda sofrem com seus reajustes neste plano físico.

Considerando que não possuem “apegos” e seus sentimentos são puros, jamais
interferem em nosso livre-arbítrio e, por mais que desejem ajudar, deixam
sempre que cada um possa receber de acordo com seu merecimento e padrão
vibracional.

Deste modo existem comunicações que não serão nunca transmitidas por um
Mentor:

Interferência na vida do Paciente: Jamais uma Entidade de Luz vai dizer


coisas que provoquem ansiedades ou que deem decisões na vida da pessoa! Não
diz “faça ou não faça”, pois a decisão é de responsabilidade somente de cada
um! O Mentor “escapa” das perguntas diretas sempre orientando para que faça
uma oração e consulte seu coração.

O paciente falou para a Entidade que no dia seguinte faria uma viagem e
perguntou se tudo iria correr bem. Imediatamente, na mente do Apará, se
formou a imagem de um acidente automobilístico. O Apará teve o impulso de
dizer “não faça esta viagem”, mas a comunicação da Entidade veio assim: “Meu
filho, faça suas orações, consulte seu coração e veja se realmente é necessário
que viaje agora”.

Exílio do Jaguar – Mestre Kazagrande – Adjunto Anavo


Ao Doutrinador 42

Entendem? Por mais que o Apará deseje interferir pelo que “vê” projetado pela
Entidade, a comunicação jamais vem para interferir na vida da pessoa.

Outro caso: A paciente conta que sofre maus-tratos por parte do companheiro.
Que ele a agride fisicamente, a humilha, maltrata os filhos e ainda está
desconfiada do olhar dele para a filha mais velha. Depois do relato pergunta:
“Oh meu pai, devo deixa-lo?” Salve Deus! Qualquer um de nós diria
imediatamente para que largasse de ser besta e mandasse o sujeito ir pastar! E
essa seria naturalmente a vontade do Apará! Mas uma Entidade de Luz
novamente irá se abster de dar decisões na vida da pessoa. Pedirá que faça suas
orações e sinta se verdadeiramente sua missão ao lado deste espírito está
cumprida.

Esclarecendo: Sabem por que o Mentor sempre manda fazer as orações? Para
que o padrão do paciente possa se elevar e assim possa estar em condições de
ouvir a voz do espírito. Para que possa ser verdadeiramente ajudado, pois
nenhum Mentor consegue intuir uma pessoa com o padrão lá embaixo.

Este assunto é bastante extenso e logo aprofundaremos mais e falaremos das


“mensagens para o aparelho” e ainda dos “mentores que dão ordens no templo”.
Salve Deus!

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Ao Doutrinador 43

PARTE 02 - COMUNICAÇÕES DE UMA ENTIDADE DE LUZ

Uma Entidade de Luz não interfere na Medicina terrestre: Não receita


chás, banhos de descarrego, ervas, e muito menos medicamentos! Por mais que
o Apará seja Médico, e visualizando o quadro do paciente entenda que
determinada atitude poderá trazer uma substancial melhora de seu quadro
físico.

Quem está comunicando é a Entidade, não o Apará! Seus conhecimentos e


intuições são aproveitados para a transmissão da mensagem, mas jamais
interferem na vida do paciente. A Entidade recomendará que procure o “Médico
da Terra” para reavaliar seu quadro clínico, mesmo entendendo claramente que
poderia estar tomando um medicamento que provoca um efeito contrário!
Observem bem: Não vai receitar e tão pouco suspender um medicamento!

Uma Entidade de Luz não dá “Mensagens para o Aparelho”, ou manda o


Doutrinador procurar o Aparelho depois de desincorporado. Quando necessário
deixará as lembranças na consciência do Apará! Trabalhamos na
Individualidade, logo não existe o João, a Maria e o José, para que enviem
recados para a Personalidade.

Uma Entidade de Luz não provoca ansiedades. Não vai passar nenhuma
comunicação em que o coração da pessoa “fique pesado”. Seu objetivo será
sempre dar esperança e elevar o padrão vibratório do interlocutor. Algumas
vezes pode até chamar a atenção, mas sempre com muito amor! Amor e Razão
são as tônicas que regem uma comunicação espiritual elevada. Leiam as
mensagens de Pai João e reparem que, mesmo nos momentos em que nos
chama à razão, seu amor é imenso e sua sabedoria não permite que fiquemos
com o coração pesado.

Exílio do Jaguar – Mestre Kazagrande – Adjunto Anavo


Ao Doutrinador 44

Uma Entidade de Luz não compartilha nossos sentimentos


negativos. Não tem ciúmes, vaidade, egoísmo e nem se magoa com qualquer
dúvida por parte do paciente ou do Doutrinador. Se tiver uma comunicação
interrompida porque o Doutrinador teve dúvidas, irá ficar feliz ao saber que está
trabalhando com um Doutrinador preocupado em fazer o melhor e trabalhar sem
dúvidas. Irá respeitar a “puxada” e permitir a passagem, agradecendo ao
Doutrinador depois. Eles são amor e não entram em nossas sintonias de
sentimentos negativos.

Uma Entidade de Luz transmite fé! Prefere que o paciente saia


desacreditado dela e do Apará, do que desacreditado de si mesmo.

Uma Entidade de Luz não vem para “mandar no Templo”. Não incorpora
nos Tronos com mensagens constrangedoras que provocam mal-estar em todos.
O comando da Doutrina é do Doutrinador e a responsabilidade pelos acertos e
erros também. O livre-arbítrio é respeitado como lei máxima para que um
Mentor possa trabalhar na Corrente Indiana do Espaço.

Entendo o sofrimento dos Aparás que tantas vezes olham pelos “olhos da
Entidade” e compreendem tantas coisas que precisam ser corrigidas, mas sem
o poder temporal para fazê-las. Mesmo assim, jamais devem permitir que seus
próprios sentimentos ou compreensões interfiram nas mensagens.

Ainda temos que falar das profecias e previsões, das revelações de vidas
passadas, das superstições e fanatismos, das contagens de trabalhos... Tudo
isso dentro das comunicações. Por tanto teremos mais uma continuação.

Exílio do Jaguar – Mestre Kazagrande – Adjunto Anavo


Ao Doutrinador 45

PARTE 03 - COMUNICAÇÕES DE UMA ENTIDADE DE LUZ

Quando incorporado, devido a sua consciência, o Apará “vê” o quadro do


paciente. Nestes flashes, que chegam a sua mente, muitas vezes o futuro pode
ser revelado, porém é um futuro que se projeta apenas pelo comportamento
atual do paciente e jamais é imutável. A energia que o consulente carrega o está
conduzindo para tais situações que aparecem como quadros na mente do Apará.

Salve Deus! Não é para comunicar isso! Estes flashes do futuro aparecem pelo
contato com a Entidade e para maior segurança diante das comunicações que
serão repassadas, mas uma Entidade de Luz não vai fazer previsões e
profecias! O Mentor sabe que o futuro está sendo escrito a cada dia de acordo
com nossas atitudes, palavras e pensamentos, e a energia que hoje projeta um
futuro bom ou mau, amanhã poderá estar totalmente diferente.

Tia Neiva sempre avisava a respeito das previsões. Preferia abster-se de falar,
de responder determinadas perguntas, e como já afirmei anteriormente: é
melhor que saiam desacreditando de você, do que se si mesmo. Nem tudo que
vê é para ser comunicado!

Outro ponto: Uma Entidade de Luz só revela fatos de uma vida passada se
houver um propósito real, uma utilidade para a vida da pessoa, um
esclarecimento absolutamente necessário! Não sai contando historinhas de
vidas passadas que não servem para nada. Tudo que provem da Luz é
útil! Recebemos o dom do esquecimento com um propósito Divino. Pode
acontecer que no quadro formado do paciente apareça determinadas
informações, mas novamente deixo claro que são flashes para a segurança do
Apará, e não para contar contos. Qual é a utilidade de um Mentor dizer “olha
meu filho, este aparelho foi sua esposa na vida passada”? Só irá trazer ansiedade

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Ao Doutrinador 46

e expectativas que podem inclusive colocar em risco a personalidade atual.


Algumas raras situações, em que existe uma utilidade real e cujo esclarecimento
de um fato do passado pode contribuir para o consulente despertar mais amor,
humildade e tolerância, podem até acontecer. Mas tem que ser útil, se não serve
para nada positivo, não é uma comunicação da Luz!

Para encerrar: Entidade de Luz não provoca superstições e


fanatismos! Não tem isso “passe em três curas, sete induções”. Salve Deus! O
paciente vai para a Cura, passa a primeira vez e é informado que somente em
outro dia pode passar de novo. Para passar de novo obrigatoriamente terá que
passar nos Tronos... Então para quê recomendar três curas??? Se passando de
novo a Entidade irá avaliar se naquele dia a aura está em condições de receber
o tratamento! Recomendação de trabalho é somente para o dia e apenas um. A
exceção são os trabalhos Estrela, Cruz do Caminho, Randy, etc., que são
realizados em horários que nem sempre permitem participar logo que saia dos
Tronos.

Nosso “remédio” é água fluídica, e água fluídica é para beber, não para
sair lavando a casa, jogando nos cantos ou tomar banho! A Entidade de Luz
recomenda que leve a água para beber, nada mais!

Sal e Perfume do Templo, são do Templo! Não são fonte de superstição para
que o paciente leve para casa e faça suas “bendições”. A Entidade de Luz não
recomenda nada além de água para levar.

Novamente me desculpo pela objetividade destes textos, porém são fatos que
devem ser tratados com a razão sem espaço para argumentos que contradigam
a verdadeira missão de nossos Mentores.

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Ao Doutrinador 47

PARTE 04 - MENSAGEM DE UMA ENTIDADE DE LUZ - GERAL

Como saber se a mensagem é da Entidade? Dicas práticas.

Salve Deus! Com certeza os Aparás têm a mesma preocupação, e alguns até
“fogem” dos Tronos pela insegurança. Eu poderia ficar escrevendo durante horas
sobre este assunto, falando de todas as técnicas e ritualísticas que existem em
nossa Doutrina para evitar as interferências, mas sinto ser este o momento
propício para falar abertamente e de maneira que as “dicas” sejam efetivas e
dentro da realidade do trabalho.

Uma Entidade de Luz jamais interfere na vida do consulente, seja


paciente ou médium! Esta é a primeira e mais importante premissa de um
atendimento nos Tronos. O Preto Velho, Preta Velha, não está ali para dizer o
que devemos fazer! Jamais irá dizer para fazer isso ou aquilo, ou deixar de fazer
algo. É nisso que se baseia a beleza e perfeição do Trabalho! A Entidade pode
aconselhar, mas jamais irá decidir nada por nós. O Trabalho é espiritual! A
Entidade irá falar de coisas boas, mudar nossa tônica vibratória, elevando nosso
padrão, para que possamos ter condições de decidir sozinhos. Sempre dirá que
a resposta está em nosso coração, que já sabemos o que fazer, ou como agir, e
isto é a mais pura verdade! Ao melhorarmos nosso padrão, entrando em sintonia
com nosso próprio espírito, sentiremos o caminho natural a ser trilhado. Os
insensatos saem dizendo: O Preto Velho nunca me diz nada! Salve Deus, quem
não consegue escutar é você! Um paciente aflito sai de um Trono, mais leve,
revigorado, acreditando que tudo é possível e sem receber nenhuma resposta!
A atuação é no campo vibracional!

Uma Entidade de Luz jamais gera fanatismos! “Você precisa de sete


defumações, passar na Indução três vezes, fazer três Estrelas Candentes,

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Ao Doutrinador 48

assumir duas prisões e tudo vai dar certo!” Salve Deus! A Entidade recomenda
somente o trabalho que sua aura está preparada para receber naquele dia!
Isso é muito importante: A recomendação é para o momento vivido! Não se
pode voltar no dia seguinte e “ir direto para a Indução”, tem que passar nos
Tronos de novo, sim! Seguindo este raciocínio, fica claro que não dá para ter
recomendações para outros dias em que sua aura já terá passado por alterações.
Ao recomendar uma Estrela e você (ou o paciente) se comprometer em ir, todo
um trabalho de preparação já inicia por parte dos Mentores. E finalmente quanto
à prisão: Simplesmente uma Entidade jamais prende ninguém! No
máximo, havendo uma real necessidade observada, poderá sugerir, para que
quando você sinta a sintonia e tenha condições, que considere assumir uma
prisão. De uma maneira sutil, sem jamais criar um condicionamento de que
precisa assumir de imediato, isso não será feito por uma Entidade de Luz!

No Vale do Amanhecer o único remédio é água fluídica! Nenhuma Entidade


de Luz vai receitar chás, banho de descarrego, vela para as almas ou qualquer
outra vela, rituais estranhos e nem mesmo “sal e perfume do Templo”.

Entidade de Luz não se mete na vida de ninguém, nem do próprio


aparelho! Não vai dizer para você largar o marido, trocar de
namorada, “conversar com o aparelho depois” ... Salve Deus! Trata do
Espiritual apenas. Você ou o paciente pode chorar suas mágoas, mas jamais vai
ouvir conselhos emocionais, ou conjugais, diferentes da necessidade de seguir
o seu coração, de ouvir a voz de seu próprio espírito, para compreender até
onde pode se estender a cobrança que vive em um relacionamento.

Entidade de Luz não conta “historinha de encarnação”! Salve Deus!


Somente havendo real necessidade, onde o fato narrado possa efetivamente
contribuir de maneira positiva e produtiva para a jornada da pessoa, é que uma

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Ao Doutrinador 49

noção de uma vida anterior pode ser falada. Tudo que provêm da Luz é
útil!!! Nada vai mudar e nem terá utilidade saber que seu vizinho foi seu primo,
fulana sua esposa, ou que você era irmão deste ou daquele. Escravizar
sentimentos por meio destas ilusões é um dos maiores ardis dos Vales Negros.

O mesmo se passa em relação às profecias... Como é triste a proliferação de


“visionários e profetas de coisas inúteis”! Mas este é outro tema digno de ser
abordado em outro texto, onde aproveitarei para falar sobre nosso
comportamento perante a Entidade de Luz e como agir perante um interferência
ou animismo (para o Doutrinador, e para o Apará).

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Ao Doutrinador 50

O CONTATO COM OS MENTORES DE LUZ

Ao chegar nos Tronos pela primeira vez nossos pacientes criam todo tipo de
expectativas. Muitos chegam cheios de dores, sem esperança, desesperados
mesmo, em busca de uma “última chance”. Outros cheios de curiosidade,
repletos de perguntas que podemos considerar banais: namorados, notícia de
um parente morto que sequer conheceram, ou ainda em busca de previsões
para o futuro... Não nos compete julgar!

Porém... Quando nós temos a oportunidade de conversar com uma Entidade de


Luz, médiuns preparados que somos, nos compete ouvir! Prestar a atenção na
mensagem que recebemos sem nem perguntar nada. É preciso total respeito
com a Entidade ali presente e também com o Apará que se dispõe nesta hora.

Ao chegar para o trabalho, após o convite, devemos nos sentar (seguindo o Livro
de Leis), esperar que o Mentor realize a limpeza na aura de seu aparelho, nos
identificar e pedir sua identificação. Tendo a confirmação, aguardamos a
necessária limpeza de nossa própria aura, para que estejamos em condições de
trabalho. Havendo mensagem, ouvimos com total atenção, pois invariavelmente
se refere aos atendimentos que ainda virão naquele dia. Não perguntamos ou
consultamos nada, pois se necessitamos de algo, que seja após o atendimento
aos pacientes.

Ao final, se ainda há alguma necessidade, conversamos com o Mentor. Claro que


temos liberdade em consultar nesta hora, porém, respeito, muito respeito! Não
vamos regredir à condição de pacientes e perguntar as mesmas coisas de um
paciente de primeira vez cheio de curiosidade! Ouviremos o que
verdadeiramente precisamos ouvir, o que está em nosso merecimento após a
demonstração de sintonia em nosso trabalho.

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Ao Doutrinador 51

Estamos diante de uma Entidade de Luz, e não do Apará, que pode até ser um
velho conhecido! Por vezes estamos diante de nosso pai ou mãe espiritual! E
devemos ter este respeito.

Temos nossas angústias e preocupações pessoais, mas é preciso recordar que


estamos trabalhando em nossa Individualidade e tudo ficou lá fora! Se existe
algo em nossa aura que requer atenção espiritual, não duvide que a Entidade ali
presente sentirá e tratará dentro de sua sintonia e merecimento.

“Alugar o Preto Velho” já não é mais aceitável para um médium do Amanhecer


que está em busca da evolução de seu espírito. A fé reside em nós que temos o
Senhor em nosso íntimo!

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Ao Doutrinador 52

A IDENTIFICAÇÃO UMA ENTIDADE DE LUZ

Um Doutrinador não pode trabalhar em dúvida! Esta é uma premissa


fundamental para o atendimento aos nossos pacientes.

Identificar uma Entidade de Luz não é prender-se nas Chaves, pois estas evitam
uma interferência, mas não podem impedir a mistificação. Por isso existe algo
verdadeiramente infalível para o Doutrinador estar seguro nos Tronos: a
comunicação!

O dever do Doutrinador é ouvir tudo! Tem que prestar absoluta atenção na


comunicação da Entidade, de maneira que esteja em sintonia e possa sentir a
grande força da Ionização, que uniu sua aura com a do Apará, para a realização
daquele trabalho.

Uma Entidade de Luz, usando a roupagem de Preto Velho, preserva o


fundamento maior da Espiritualidade: o livre-arbítrio! Jamais... JAMAIS, um
Mentor interfere na vida do paciente, não dá decisões, não indica como deve ou
não deve fazer.

Vamos ver na prática? Por exemplo, um paciente pergunta se PODE fazer uma
determinada viagem. No momento da pergunta, o Apará vislumbra os
acontecimentos, sente a energia da pergunta. Digamos que venha na mente do
médium a imagem de um acidente de carro. O Preto Velho não vai dizer: Não
meu filho, não faça essa viagem porque você vai se acidentar.

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Ao Doutrinador 53

Não! A Entidade (e agora o Apará também) já sabe que o acidente pode


acontecer, mas não vai dizer ao paciente que “não pode fazer a viagem”. O risco
é “o Apará dizer” ... O Mentor, dependendo da faixa kármica que o paciente
atravessa, irá, por exemplo, afirmar que sim, pode fazer a viagem, mas irá
sugerir se realmente precisa fazer a viagem agora... Poderá dizer “meu filho,
faça suas orações, busque a sintonia do Divino Mestre, e sua decisão nesta hora
sempre será a melhor” ... Mas NUNCA vai decidir nada pelo paciente. Não se
envolve em seu karma. Não diz para a mulher largar do marido ou define que
tal pessoa é a certa para um relacionamento. Não fala para largar o emprego e
partir em uma aventura, ou para ficar sofrendo dentro de uma situação atual.

A função da Entidade de Luz nos Tronos é fundamentalmente trazer a esperança


ao paciente! É elevar seu padrão vibracional para que ele possa receber os
benefícios da energia que está sendo manipulada. É limpar sua aura, promover
a cura pela desobsessão e fazer com que o consulente saia aliviado, mais leve e
cheio de esperanças.

Não vou nem tocar nos pontos de “receitas e superstições”, pois isto vocês estão
cansados de ouvir. Levemos em conta a comunicação! O Doutrinador tem que
escutar, o Apará tem que ser fiel ao que a Entidade deseja revelar, e não pode
render-se ao conhecimento que lhe é proporcionado. Muitas vezes a Entidade
revela todo o quadro espiritual do paciente, mas não para falar tudo! É para o
conhecimento do médium, de maneira que possa interpretar a situação
atravessada pelo paciente. Podemos vislumbrar quadros terríveis, que fazem
parte do ciclo kármico em que está envolvido o paciente, mas jamais podemos
fazer com saia sem esperança, desacreditado. Tia Neiva afirmava que preferia
que saíssem desacreditando nela, do que em si mesmos.

Para finalizar um trecho do “impensado mestre”, por Tia Neiva.

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Ao Doutrinador 54

Conta Umahan:

“Eu era muito jovem quando me enclausurei neste mosteiro. Porém, antes de
entrar aqui tive grandes experiências, e eis o que vi: Houve um tempo em que
a Índia era o ponto principal para revelações. Vinha de muito longe curiosos,
romeiros, magos e videntes e viviam por lá à espreita das oportunidades para
suas alucinações. E uma destas aconteceu com a família de um lorde que veio
da Inglaterra, para saber do destino de seu filho recém-nascido.

O mestre que o atendeu estava de saída. Os seus companheiros já o estavam


esperando na célebre porteira, para assim cada um ter designada a sua direção.

O fidalgo insistiu, e então o mestre contou, sem amor, o que via no destino do
menino: disse que o filho dele teria um mau destino e deu todo o roteiro de sua
vida: em tal tempo acontecerá isto, em tal tempo será assim.

O fidalgo saiu dali em desespero; o seu filho, que até então era a sua alegria,
passou a ser a própria sentença. Daí por diante não fez outra coisa senão sofrer,
à espera dos acontecimentos, por toda a sua vida. Porém nada aconteceu; o
jovem foi feliz, casou-se e nada de mal lhe aconteceu”.

Quanto ao fidalgo seu pai, ele amargurou toda a sua vida. As suas vibrações,
não preciso dizer, destruíram o impensado mestre.

Ninguém tem a intenção de magoar ninguém. Porém o pecado da palavra


impensada de um mestre ou clarividente é algo muito sério.

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Ao Doutrinador 55

Neiva veja sempre em sua frente um fidalgo, o homem que sofreu a


consequência do seu orgulho. Porém nunca faça como o impensado mestre,
nunca participe com alguém. Serás antes de tudo uma psicanalista. É bem
melhor que as pessoas saiam de perto de ti te desacreditando, do que
desacreditando de si mesmas. Tia Neiva – Minha vida, meus amores

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Ao Doutrinador 56

INCORPORAÇÕES DE ALTA HIERARQUIA

Meus irmãos e irmãs, o que caracteriza fundamentalmente uma Entidade


de Luz?

Eu pergunto para levar a uma reflexão simples: creio que além das explicações
técnicas, que poderia apresentar, o fundamental é dizer que são espíritos
totalmente integrados ao Sistema Crístico, embasado nos três princípios do
Evangelho: Amor, Humildade e Tolerância!

Humildade!!! Sim, esta é uma das principais características de uma Entidade


de Luz, e quanto maior for sua “hierarquia espiritual”, significará que maior é o
seu Amor, sua compreensão, sua razão e sua HUMILDADE!

Considerando assim, posso afirmar com total segurança que: Jamais uma
Entidade de Alta Hierarquia iria se prestar a incorporar em médiuns
vaidosos e que ficariam “contando vantagens” pela incorporação.

Salve Deus! Não é o nível cultural ou socioeconômico que vai determinar o “tipo”
de Entidade que vai incorporar. Não tem nada disso! Uma Entidade de Alta
Hierarquia não “escolhe” o aparelho pela personalidade que hoje ele ostenta,
vem absolutamente pela necessidade de sua presença, e, creiam, na maioria
das vezes não se identifica, vem na roupagem da mais humilde Preta Velha, ou
Preto Velho, e sua energia é sentida com a mesma intensidade de que se
houvesse usado seu “nome hierárquico”. E fazem isso justamente para proteger
da vaidade o Apará que a recebeu.

Pai Seta Branca, Mãe Iemanjá, Mãe Yara, Princesas, Ministros, Cavaleiros,
etc., não vêm aos Tronos para envaidecer ninguém! Nem aos médiuns
(Doutrinador e Apará) e nem aos pacientes.

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Ao Doutrinador 57

Nos Rituais de Bênção de Pai Seta Branca, ou de Bênção do Ministro, é o Pai, ou


o Ministro incorporado, que solicita aos médiuns que incorporem determinada
Entidade para compor sua Corte! E outra certeza vai aí: Não vai considerar a
hierarquia do médium, e sim o seu preparo, a sua aura, a sua sintonia com
aquele Ritual. Tenho certeza que nenhum Ministro e muito menos o Pai, pediria
para um vaidoso incorporar uma Entidade de sua Corte, e não faria justamente
para protegê-lo.

Já escrevi anteriormente: Os Tronos são para os Pretos Velhos! Símbolo máximo


da humildade, na representação da roupagem mais humilde que poderiam
assumir para apresentarem-se.

Assim como existem doutrinadores que se envaidecem contando as “medalhas


no colete”, existem os Aparás que se envaidecem contando as incorporações de
alta hierarquia... Salve Deus! Para encerrar uma última pergunta: Esta vaidade
é da Luz?

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Ao Doutrinador 58

INTERFERÊNCIAS

A manipulação de mensagens por parte de um sofredor, ou mesmo por conta de


um médium mal formado, pode acarretar em uma dívida kármica de difícil
resgate. Influenciar na vida de uma pessoa, em especial, de um paciente, que
já chega totalmente fragilizado para o atendimento, implica em tornar-se parte
de um processo, que por vezes nós teríamos a missão de sanar e o acabamos
agravando.

Este é um assunto muito delicado, pois os médiuns de conduta ilibada podem


sentir-se ofendidos. Mas Tia mesmo nos alertava que quanto maior a
classificação, maior o risco de uma interferência.

Às vezes as interferências, por parte de um sofredor, podem acontecer sem


qualquer sinal perceptível para o médium de incorporação, cabendo
exclusivamente ao Doutrinador a responsabilidade de identificar, e com toda
gentileza sanar a situação: “Salve Deus Vovó, em Cristo Jesus, podemos dar
uma passagem?” Vejam... é simples. Não precisa, e não deve, chocar o
Apará. Que, por vezes, sequer sabe do que se trata. Um Doutrinador não
pode trabalhar em dúvida, e uma Entidade de Luz jamais vai ficar
“irritada” pelo “excesso de zelo”.

Tanto a Entidade, quanto o Apará, devem sentir-se felizes de saber que ali está
um Doutrinador atento, e que não vai trabalhar em dúvida.

E quando a interferência é do Apará? E quando há mistificação?

Infelizmente, existem aqueles que não compreendem a responsabilidade que


assumem ao sentar em um Trono para lidar com vidas humanas. Com pessoas
que muitas vezes depositam sua última esperança naquele atendimento.

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Ao Doutrinador 59

Estes se tornam insensatos, e podem colocar a perder toda sua encarnação,


quando deveriam estar tendo a oportunidade de aliviar o seu já pesado
karma. Os sintomas deste desvio de missão podem ser percebidos
facilmente, mas infelizmente muitos acabam sendo envolvidos por eles, ao
invés de ficarem alertas com o que está se passando.

Começam a “ver coisas” em demasia. A todo instante existe uma entidade,


uma Amacê, um sofredor... Enxergam tudo! Mas sem qualquer aplicação prática.
Salve Deus! As visões podem acontecer, mas sempre existe um motivo para
isso!

Depois começam as “profecias”. Onde tudo que se diz é o que acontece,


bastando para isso olhar a forma como justificam tudo.

Por último vêm os sonhos, onde encarnações inteiras são desvendadas


e sempre o “sonhador” é a vítima! Todos são maus e podem estar sujeitos
a cobrança dele. Novamente recordamos: uma Entidade de Luz jamais vai te
contar qualquer passagem de uma encarnação pregressa sem que tenha um
motivo real e extremamente necessário. Você não precisa saber que fulano foi
seu primo, irmão, marido, etc. Somente acontecem revelações por parte da Luz,
quando é para nosso aperfeiçoamento, e de forma que seja imprescindível e já
programada.

Estes três fatores unidos transformam a missão em algo sumamente


desprezível: Escravidão de sentimentos!

Manipular as pessoas por conta visões, “sonhos e lembranças” e profecias, é um


erro que tem um custo muito alto, pois está se usando a mediunidade para
escravizar sentimentos!
Claro, que eventualmente, temos estes conhecimentos, ou vemos alguma coisa,
mas se tal se dá, é para sua individualidade. Jamais para se promover!

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Ao Doutrinador 60

O médium que chega a esta condição necessita de ajuda urgente! Jamais


se deve apoiar suas alucinações, e tão pouco zombar delas. O que precisa
é de orientação, considerando que um dia entrou para esta corrente com o firme
propósito de servir ao próximo. Precisa ser alertado, levado a refletir sobre o
motivo de tudo isso, se realmente algo de bom está sendo realizado, ou se
somente um falso respeito se levanta junto com inveja e dúvida. Precisa
compreender que: Da Luz, nada emana por acaso ou sem sentido. Se não
há algo de bom acontecendo por conta do “vê”, é hora de se perguntar se isso
vem da Luz, ou não?!

Nada de caçar bruxas nesta hora, apenas fazer com que cada um reflita acerca
de seu papel.
Que este texto possa servir de alerta para não nos envolvermos jamais nos
contos de fadas, e sim vivermos a nossa jornada com segurança, fé e razão.
Tudo devidamente equilibrado. Perguntando sempre: Isso é útil? Faz bem
a quem, e como?

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Ao Doutrinador 61

CHAVE LOUVADO SEJA

Vamos recordar um dos princípios básicos de identificação de uma Entidade de


Luz: A Chave “Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!”.

Além de todo o processo ritualístico, e de mediunização, para evitar


interferências em uma comunicação (Mantras, Preparação, Mesa Evangélica,
Castelo do Silêncio, permissão do Comandante, Cruzamento, Ionização, Chave
de Identificação), contamos com uma Chave característica das Entidades de Luz:
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo! – 3 vezes.

Esta Chave, proferida por nossas Entidades de Luz, tem um forte respaldo
Espiritual. Nossos irmãozinhos, ainda sem esclarecimento, estão em uma
situação onde ainda não encontraram o Amor Crístico da Escola do Caminho e a
nova Lei do Perdão, que traz a possibilidade do reajuste e reequilíbrio energético,
sem o “dente por dente, olho por olho” da lei mosaica.

Dessa maneira, por vezes aceitam a Deus (mas não como Pai Todo Poderoso),
creem existir um Ser Superior, mas não admitem Jesus. Não conseguem proferir
por três vezes esta Chave.

A ausência desta Chave durante uma comunicação, já é um sinal de alerta para


o Doutrinador, que deve estar sempre 100% seguro das mensagens destinadas
a um paciente. Devemos estar atentos e quando houver dúvidas, usar a Chave
de Identificação.

Mas Mestre, certa vez eu ouvi o “Louvado seja Nosso Senhor Jesus
Cristo” três vezes, e a entidade estava claramente interferindo na vida
pessoal do paciente...

Exílio do Jaguar – Mestre Kazagrande – Adjunto Anavo


Ao Doutrinador 62

Salve Deus! Nada impede que um Apará fale a Chave! Quem não consegue
proferir é o irmãozinho. A Chave é para evitar interferências, mas infelizmente
não nos protege contra mistificações do aparelho. Para estas, temos que estar
sempre atentos a qualquer sintoma que fuja de nossas premissas de mensagens.

Uma mistificação tem um preço muito alto para o Apará, principalmente se


interferir na vida particular do paciente.

Este é um dos motivos principais para que o Doutrinador esteja sempre atento
e jamais permita um atendimento onde não consiga escutar a mensagem que
está sendo dada. Não existe justificativa para isso!

Seja um Doutrinador de verdade e gentilmente diga a Entidade: “Salve Deus,


vovó, hoje o Templo está muito ruidoso, poderia falar um pouquinho mais alto?”.

Um Apará deve sentir-se seguro e feliz de estar junto a um Doutrinador que


deseja total segurança, e jamais se sentir ofendido pelo excesso de zelo.
Kazagrande

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Ao Doutrinador 63

NOME DAS ENTIDADES

Uma grande ansiedade, para a maioria de nós, é conhecer o nome de nossos


Mentores, sejam Princesas, Pretos Velhos e Pretas Velhas, Caboclos, Médicos de
Cura, Cavaleiros e Guias Missionárias, Ministros.

Como é gratificante, desde os primeiros passos doutrinários, este benéfico


contato e conhecimento, ou reconhecimento.

Para o Doutrinador(a), que escolhe sua Princesa e depois irá receber nas
Consagrações os nomes de Cavaleiro (Guia Missionária) e Ministro, é mais
simples.

Já o Apará tem que identificar os primeiros nomes. Suas dúvidas ficam por conta,
principalmente, da eterna questão: Será que é este mesmo o nome que
recebi? Ele conta somente com aquele momento da incorporação para buscar
esta identificação. Por vezes já ouviu nomes com os quais se afinizou, e teme
estar interferindo, colocando sua vontade acima da intuição. Para um
Doutrinador pode parecer uma dúvida boba, mas para ele, que irá carregar a
plaquinha com o nome da Entidade, tem um peso enorme.

Questiona-se como pode estar incorporado com Vovó Catarina das Cachoeiras,
se fica sabendo que naquele mesmo momento tem outra Vovó com o mesmo
nome incorporada. Aí já entra a dúvida: Será que a minha não era Cambina
das Cachoeiras, ou Catarina das Águas? Como pode a Entidade dividir-
se?

Vamos analisar por partes, primeiramente a questão da originalidade do nome.

Tomemos o nome de Vovó Catarina das Cachoeiras, por exemplo. Uma das
Entidades que mais frequentemente está presente em todos os trabalhos de

Exílio do Jaguar – Mestre Kazagrande – Adjunto Anavo


Ao Doutrinador 64

Tronos. Nos grandes Templos mesmo, é difícil um trabalho em que não tenha
ao menos uma incorporada. Mas como? Existe mais de uma?

Bem, o que é o “nome” de uma Entidade? Vejamos: Sua Entidade “principal”, o


Preto Velho ou Preta Velha, usa uma roupagem para apresentar-se como tal.
Sim! Não quer dizer que necessariamente aquele espírito, que assim se
apresenta, tenha tido uma encarnação como escravo, ou escrava. Ele é o seu
mentor que vem na roupagem padrão do Vale do Amanhecer, obedecendo as
nossas leis e trabalhando seu desenvolvimento espiritual. Pode ser que nunca
tenha tido uma encarnação na época da escravidão, mas assim se apresenta,
porque esta é a roupagem de Mentor do Vale do Amanhecer. Dificilmente seu
nome espiritual, seu nome verdadeiro, será o mesmo com que se apresenta
durante o uso da roupagem.

Ele vai escolher uma roupagem dentro de uma falange de Pretos Velhos e se
apresentar com o nome do mentor daquela Falange. Filia-se a Falange de Vovó
Catarina das Cachoeiras e apresenta-se como tal. Por isso, quando buscamos
um “retrato”, feito pelo nosso artista oficial (Vilela), as imagens de Entidades
com o mesmo nome são tão diferentes. Aquela retratada é a Vovó Catarina
daquela médium! É roupagem daquela Entidade específica, que é mentora da
médium que a incorpora.

E se eu errar o nome? Se ainda inseguro, inexperiente, no início do


Desenvolvimento, der um nome diferente do que a Entidade tinha
escolhido? Como é que vai ficar isso espiritualmente?

Espiritualmente uma Entidade de Luz não vai deixar de lhe atender se você
chamá-la de João ou José. O que chega não é a sua voz, e sim sua energia, sua
sintonia buscando o contato. Você não sabe o seu nome espiritual, aquele que
você irá assumir ao deixar o plano físico e, se tiver merecimento, ingressar em
sua nova vida, livre dos restos kármicos, porém não deixará de me atender

Exílio do Jaguar – Mestre Kazagrande – Adjunto Anavo


Ao Doutrinador 65

quando eu lhe procurar pelo seu nome terreno, a energia que nos liga
permanecerá, e chegará até você quando a prece for dirigida.

Outro fato é que até o momento do emplacamento tudo pode mudar. Uma
energia diferente pode chegar, e seu mentor se apresentar com outra roupagem,
ou mesmo uma Entidade diferente da que participou de seu desenvolvimento de
forma ativa, e na última hora, vem um nome totalmente diferente do que lhe
acompanhou nas aulas.

Para evitar a vulgarização de nomes de nossas principais Entidades, as que


participaram na implantação da Doutrina do Amanhecer, Mãe Tildes, Pai João e
Pai Zé Pedro de Enoque, entre outros, o emplacamento não se realiza com estes
nomes. Mas nada impede que eles, ou outros membros desta falange bendita,
venham a incorporar e trabalhar quando necessário. Temos que evitar os egos
daqueles que com certeza iriam querer aparecer, usando estes nomes nas
plaquinhas. Para as Entidades, não importa como sejam chamadas, importa é a
sintonia que o médium tem ao invocá-las.

Os nomes de Ministros, Cavaleiros e Guias Missionárias têm um processo


diferente, pois você não participa diretamente de sua escolha. É uma missão
específica dos Devas. Lembro que nas primeiras Consagrações, teve um Mestre
que recebeu o “Ministro Ajarã” o mesmo nome do Ministro do Trino. Medidas
para evitar que acontecesse de novo, também foram tomadas.

Considerando que o que efetivamente nos é passado é energético, espiritual e


vibracional, posso afirmar, com certeza, que muitas vezes nos Tronos chegam
Entidades de Alta Hierarquia para realizar o atendimento, sem a necessidade de
identificarem-se como tal, usando a roupagem de um Humilde Preto Velho.

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Ao Doutrinador 66

SUA GUIA MISSIONÁRIA

Assim como o Cavaleiro acompanha o Mestre, a Guia Missionária acompanha a


Ninfa.

Ela é sua proteção e segurança em todos os momentos de sua vida. Sua


invocação com – 0 – é igualmente efetiva, dentro de tudo que sua sintonia
permitir!

Entidades evoluidíssimas, provenientes do Reino de Zana, trabalham


incessantemente nas busca de espíritos desgarrados que se enredaram pelos
Vales Negros.

A Ninfa, ao receber sua Guia Missionária, logo da Consagração de Centúria,


independente de passarem pela Consagração onde tomam conhecimento de seu
nome, já estará sob sua proteção direta.

A Guia Missionária é seu “Anjo da Guarda” e seu telefone é o – 0 –.

Uma característica fundamental da Guia Missionária é a cor com que manipula


a sua energia, por isso é recomendado que o forro da Capa da missionária seja
o mesmo da sua Guia Missionária, para uma maior sintonia e harmonização.

(Amarela, Azul, Branca, Lilás, Rósea, Verde, Vermelha)

Kazagrande

Minha filha, Salve Deus!

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Ao Doutrinador 67

Não serás mais como a nuvem que vive a vaguear no caminho do vento do
mundo.

Porque quis a vontade de Deus te agraciar com esta rica Guia Missionária,
companheira da última hora, vinda de mundos afins da luz e do amor, com a
missão, nesta jornada, de avaliar contigo, nos carreiros terrestres, e aliviar os
tristes destinos kármicos.

Porque, filha, os cristãos apontam os anjos, os cientistas engrandecem a Terra.


A Doutrina junta os dois e forma a Luz para a Nova Era!

Contigo ela caminhará, se tiveres a fé do teu amor. E não terás também


crepúsculo.

Jesus, que é testemunha dos meus olhos, responderá por mim, na luz de nosso
Pai, que é o Simiromba de Deus!

Tia Neiva, em 5 de julho de 1980

Toda obra humana, sem exceção, cria, no espírito, a imagem pela ação do
pensamento e só depois se materializa.

Sim, filhas, isto ocorre com a evolução, no desejo de servir com amor, humildade
e tolerância.

Exílio do Jaguar – Mestre Kazagrande – Adjunto Anavo


Ao Doutrinador 68

Quanto mais evoluído o espírito, mais poderoso se torna o seu pensamento


criador, que vai se materializando na força mântrica que envolve esses seres
angelicais, que são essas vossas Guias Missionárias!

...Em mil missionárias, cada uma vibra sua harmonia, sua beleza, porque nela
está o toque divino dos Grandes Iniciados e de suas Guias Missionárias, nas
concentrações das filas mântricas.

Tia Neiva, em 6 de junho de 1980

Exílio do Jaguar – Mestre Kazagrande – Adjunto Anavo


Ao Doutrinador 69

SEU CAVALEIRO

Muitos ficam se perguntando, logo após receberem a Consagração de Ministro e


Cavaleiro, qual é a função do Cavaleiro, se só chegou a partir daquela
Consagração, etc.

Para que possamos compreender bem, sempre usei uma definição forte: O seu
Cavaleiro é a Polícia Federal! Sua guarda e segurança!

Força bendita dos planos espirituais, recebe a missão de lhe acompanhar, de


estar ao seu lado sempre que você invocá-lo. Zelando pela sua segurança, seu
equilíbrio. Não permitindo que nada, que não pertence ao seu carma, ou que
seu próprio padrão vibratório permita, lhe atinja.

Dessa forma, ao consagrar a Centúria, e não somente quando receber o nome,


você já está sob proteção especial. Só necessita velar pelo seu padrão vibratório
para ter toda a segurança no cumprimento de sua jornada e compromisso
espiritual.

A invocação do Cavaleiro com – 0 – é o seu “190”! Ele irá lhe atender


sempre que a sua sintonia permitir.

Kazagrande

Lembrete: No Canto do Cavaleiro Especial, muitos emitem: “...este poder


decrescente iniciático da cura e do plexo físico...”. O CORRETO É: “...este poder
decrescente iniciático da cura do plexo físico...”.

Exílio do Jaguar – Mestre Kazagrande – Adjunto Anavo


Ao Doutrinador 70

Carta

Não serás mais como a nuvem que vive a vaguear no caminho do Vento do
Mundo.

Porque quis a vontade de Deus te agraciar com este rico Cavaleiro da Lança,
companheiro da última hora, vindo de mundos afins da Luz e do Amor, com a
missão, nesta jornada, de avaliar contigo, nos carreiros terrestres, e aliviar os
teus tristes destinos kármicos.

Porque, filho, os cristãos apontam os anjos, os cientistas engrandecem a Terra.

A Doutrina junta os dois e forma a Luz para a Nova Era!

Contigo ele caminhará, se tiveres a fé do teu amor!

E não serás, também, crepúsculo.

Jesus, que é testemunha dos meus olhos, responderá por mim, na Luz de nosso
Pai, que é Simiromba de Deus!

Tia Neiva em 5 de julho de 1980.

Exílio do Jaguar – Mestre Kazagrande – Adjunto Anavo


Ao Doutrinador 71

O PADRINHO E A MADRINHA

Para ser um Adjunto completo, dispor de todas as suas forças, o Doutrinador,


além de sua Escrava, deve ter um Padrinho e uma Madrinha.

Não falo de Adjuntos de Povo, ou Presidentes. Falo do Doutrinador “comum”, do


Jaguar Mestre Sol, ou Mestre Luz, que tenha recebido seu Ministro. Só estará
verdadeiramente na Contagem de Adjunto, quando estiver “completo”, seguindo
tudo que foi deixado por nossa Mãe Clarividente.

A Madrinha e o Padrinho não são meras figuras decorativas, tem uma função
espiritual de verdadeiros conselheiros do Doutrinador. Dessa forma o Mestre tem
condições de conhecer profundamente, como um verdadeiro cientista, todas as
Mediunidades de nossa Doutrina.

Tanto a Madrinha, como o Padrinho, devem ser do mesmo Adjunto de origem,


compartilhar da mesma força decrescente do Doutrinador afilhado. O correto
seria que estivessem em uma Contagem perfeita dentro do turno de trabalho e
completando os Turnos de Cavaleiro e Guia Missionária também.

Aconselhar, estar presente participando ativamente dos trabalhos em conjunto,


apoiando, vibrando e emanando! Cabe ao afilhado a humildade de buscar os
conselhos daqueles que espontaneamente escolheu como membros de sua força
decrescente.

Ter um prefixo espiritual em nossa Doutrina é uma missão de todo Doutrinador.


Os conhecimentos estão à disposição, mas a tarefa exige bastante empenho e
sintonia. Harmonizar-se com seu “pequeno povo” (Escrava, Madrinha e
Padrinho) é um dos requisitos indispensáveis para avinhar sua classificação e
buscar formar este prefixo, dentro da Contagem que nos foi deixada.

Exílio do Jaguar – Mestre Kazagrande – Adjunto Anavo


Ao Doutrinador 72

Os padrinhos são a base da harmonia e equilíbrio de um Adjunto Koatay 108 (de


todo Doutrinador)!

Incorporar seu Ministro no Sanday, em um dia em que possa estar no Comando


dos Tronos, ou participando de um Trabalho de Bênção; estar ao seu lado na
Estrela Candente, participar de Abatás, Alabás, ou mesmo em um simples
trabalho de Tronos, onde se possa ter a confiança de receber a Voz Direta, a
força lunar do Segundo Verbo!

Aos Padrinhos e Madrinhas cabe a responsabilidade total sobre o afilhado que


concordam em assumir, estando em sintonia e sempre à disposição para servir
com – 0 – em Cristo Jesus.

Muitos assumem esta missão, ou fazem os convites, sem ter consciência da


responsabilidade que passam a ter. É importante que despertem e realizem tudo
dentro da Contagem que nos foi deixada. Algumas normas parecem muito
simples para serem seguidas e são ignoradas, formando Adjuntos fora da égide
harmônica que nos foi deixada por Tia Neiva.

Para formar um prefixo, a harmonia nas emissões e a sintonia entre cada


“pequeno povo”, deve ser perfeita! Do contrário, serão apenas aparências e
vaidade. Salve Deus!

“O Ministro deveria incorporar somente nos Padrinhos, estão entendendo?


Deviam incorporar nos Padrinhos, nos Sétimos, nos Padrinhos dos Sétimos, dos
Sextos, porque todo mundo devia ter um Padrinho... Salve Deus!”

Tia Neiva respondendo ao Mestre Nestor (1º Mestre Jaguar) sobre


incorporação de Ministros (gravação em fita K-7).

Exílio do Jaguar – Mestre Kazagrande – Adjunto Anavo


Ao Doutrinador 73

MADRINHA DO ADJUNTO

As funções da Madrinha de um Adjunto Arcano, são as mesmas da Madrinha de


qualquer Adjunto Koatay 108, somente existe um aumento substancial de
responsabilidade.

Tem que procurar sempre estar presente em todas as jornadas do Mestre, pois
passa a fazer parte de sua força decrescente e é o sustentáculo deste povo que
se forma.

Nos Rituais, nas Consagrações e mesmo onde aparentemente nem possa ser
necessária sua presença, estando presente o afilhado, ela deverá também estar.
É uma mãe, conselheira, fiel amiga e disciplinadora nas horas corretas. É a
Madrinha de todo um povo e será compartilhada entre todos. Também não
poderá querer o afilhado sempre próximo... Ela que deverá se fazer presente,
mesmo que silenciosamente, sem ser notada, mas atenta e sempre em
condições de participar se assim for solicitada. É uma missão de “Maria”,
dificilmente reconhecida quando ao lado de Jesus, mas a grande Mãe na
ausência do mesmo. Intercede e é amiga do povo.

A vaidade é o vírus daninho que pode destruir sua missão. A arrogância, a pior
enfermidade. O orgulho, a perdição de sua encarnação.

Nestas simples palavras procurei descrever a grandeza da humildade de uma


verdadeira Madrinha.
Um fraterno abraço, Kazagrande

Exílio do Jaguar – Mestre Kazagrande – Adjunto Anavo


Ao Doutrinador 74

PARTE III

NOSSOS PRIMEIROS
TRABALHOS ESPIRITUAIS

MESA E EVANGÉLICA E TRONOS. Neste capítulo encontramos a diretriz para nos


conduzirmos com segurança nos trabalhos de maior responsabilidade dentro do
templo: A Mesa, que lida com o destino dos irmãos recém desencarnados; e os
Tronos, onde vidas humanas são colocadas em nossas mãos.

Exílio do Jaguar – Mestre Kazagrande – Adjunto Anavo


Ao Doutrinador 75

DOUTRINANDO NA MESA E NOS TRONOS

Existem vários questionamentos a respeito das “doutrinas” emitidas pelos


Doutrinadores e Doutrinadoras nos trabalhos de Mesa e Tronos.

Alguns trabalham a vida toda usando o mesmo modelo que aprenderam nas
aulas de Desenvolvimento. Outros apresentam doutrinas elaboradas, cheias de
invocações. Alguns seguem a intuição e outros ainda enrolam como podem, sem
sequer se lembrar do que deveriam dizer.

Quem está certo?

Salve Deus! Certo está aquele que coloca amor em suas palavras, que emite a
doutrina pensando que tem em sua frente um irmãozinho cansado de sofrer e
que aquela oportunidade servirá para aliviar o peso de sua aura, clarear seus
pensamentos e abrir um portal para o caminho evolutivo.

A doutrina “padrão”, o modelo ensinado no Desenvolvimento é eficaz. Mas


recordemos que é um modelo. Diz exatamente o que o espírito precisa ouvir, ou
seja: onde ele está; que ele é bem-vindo; qual a condição que se encontra e o
que precisa fazer para isso mudar. Explica também que naquele momento, se
elevar seus pensamentos, poderá ter uma oportunidade de mudar seus
caminhos. Ou seja, a doutrina é perfeita... desde que seja emitida com emoção!
É preciso ter consciência do que se está fazendo naquele momento! Nossa
emoção é que libera verdadeiramente a energia mediúnica, é um processo
técnico que em outra oportunidade gostarei de explicar.

Exílio do Jaguar – Mestre Kazagrande – Adjunto Anavo


Ao Doutrinador 76

O “robozinho”, médium que usa a doutrina padrão sem emoção, olhando para
os lados, sem se dar conta de que existe um irmão sofrendo a sua frente, realiza
o trabalho depositando sua energia, limpando a aura, mas não transmite a
segurança necessária para aquele espírito. O espírito pode até não nos ouvir, ou
não compreender a doutrina, mas ELE SENTE! Sente o amor em suas palavras,
a verdade sendo proferida, a oportunidade chegando nas mãos... ou sente sua
indiferença!

Intuir a doutrina é lindo, pois o médium também sente a aura do irmãozinho e


direciona a doutrina com emoção para sua real necessidade.

Agora, “inventar” doutrinas mirabolantes é perigoso! Por exemplo: “meu irmão


você será agora conduzido às Casas Transitórias de São Francisco de Assis...” E
se o espírito não estiver pronto? E se ele não merecer? Quem vai pagar a
“passagem e estadia” lá nas Casas de São Francisco é o Doutrinador! Adeus
Bônus guardados... se existirem!

Invocar o Cavaleiro da Lança Vermelha, pedindo a presença com – 0 –, também


tem custo! Invocações, com a exceção de sua Princesa nesta hora, poderão até
ser atendidas, pois é um Mestre ali pedindo, mas acreditem, na Espiritualidade
opera a Lei da Razão, e tudo tem um custo!

Por isso, o mais correto será sempre uma doutrina simplificada, padronizada ou
não, mas que sai de seu coração, que tenha emoção para ser sentida pelo
irmãozinho! Com Amor tudo é possível!

Exílio do Jaguar – Mestre Kazagrande – Adjunto Anavo


Ao Doutrinador 77

A RESPONSABILIDADE DO DOUTRINADOR NOS TRONOS

A responsabilidade em um Trabalho de Tronos é do Doutrinador!

Assim nos ensinou o Trino Tumuchy e o Trino Araken, que sempre fez questão
de reafirmar nos Cursos de Sétimo Raio que ministrou.

Um Doutrinador é um médium preparado, que devido a sua mediunidade tem a


consciência expandida no momento em que está mediunizado. Desta forma,
pelos chackras, recebe as energias da Entidade incorporada, pois através da
Ionização está intimamente ligado ao Apará e ao trabalho ali desenvolvido!
Assim, é capaz de sentir nitidamente a troca de energias de uma incorporação.
Somente não identificará esta troca, se não estiver atendo e bem mediunizado!
Em tempo: Um Doutrinador tem a obrigação de ouvir claramente toda a
comunicação da Entidade, não pode trabalhar em dúvidas.

Mas vejamos o que diz Tia Neiva:

“... O Doutrinador é responsável pelo que faz o Apará. A interferência de


um espírito cobrador em um Trono, como inúmeros casos que eu conheço, por
displicência do Doutrinador, pode arrasar a vida de um Homem. Sim, o
Doutrinador é a única testemunha defesa.

... O Doutrinador está se preparando para não ter dúvidas - essa a minha
insistência! Nos enfermos, pela atuação de uma projeção negativa, obsessiva,
a tendência é confundir o ambiente para que não se obtenha um diagnóstico
preciso para levar a vítima ao seu objetivo.

Exílio do Jaguar – Mestre Kazagrande – Adjunto Anavo


Ao Doutrinador 78

... O Doutrinador não é simplesmente um Doutrinador, porque o coração


do Homem é um santuário de Deus vivo. O certo é que todas as vidas individuais
são centros de consciência na vida única. A sensibilidade afetiva se encontra em
todas as formas de vida, pois em tudo existe a essência divina e, por
conseguinte, aí proliferam o amor e a sabedoria. Meu filho, nossa obra chegou,
agora, a um plano superior de desenvolvimento espiritual, superior aos
ensinamentos elementares e às simples manifestações. É chegada a hora dos
Grandes Iniciados. Veremos, num futuro próximo, grandes acontecimentos que
se desencadearão aos nossos pés, fenômenos que vão nos ligar deste mundo a
outro.” (Mensagens extraídas da Carta de Tia Neiva datada de 13 de
setembro de 1984)

“Uma faixa magnética não passa pelo médium de incorporação sem a


puxada do Doutrinador ou sem o devido consentimento do mesmo. O
Doutrinador iniciado é mais útil ao trabalho do que mesmo os próprios guias,
que, para terem um trabalho eficiente, o fazem com as ordens dos
Doutrinadores, aos quais respeitam e acatam. O médium de incorporação é
um simples instrumento. Ele não tem, absolutamente, condições de
fazer um trabalho perfeito ou dar uma comunicação perfeita sem a
presença e cuidados de um Doutrinador. Nos meus olhos de clarividente,
não vejo condições curadoras sem esta perfeita manipulação de forças e de
ectoplasmas.

Existem muitas comunicações perfeitas entre nós, graças a Deus! Temos


médiuns perfeitos! Quando o médium se mostra com toda euforia para a
incorporação, começam a se esgotar suas energias, e sua comunicação fica
perigosa, porque seu ectoplasma entra em decadência, não mantendo uma
conjunção com o Doutrinador. A função dos espíritos que labutam no nosso
trabalho profissional é conjugar os ectoplasmas para a realização de curas. O
médium que recebe espíritos sem qualquer disciplina própria poderá acertar uma

Exílio do Jaguar – Mestre Kazagrande – Adjunto Anavo


Ao Doutrinador 79

profecia, porém aqui tratamos com profissionais e, como tal, exigimos essa
disciplina. O Espiritismo ainda não se difundiu, conforme meus olhos de
clarividente registram, justamente por causa desta falta de disciplina. Os meios
de manipulação de forças nos trabalhos são propícios à perfeição, dependendo
unicamente da humildade e disciplina de cada médium. Se um médium
incorporar sem disciplina, seu Doutrinador poderá ser chamado à
atenção, severamente, por mim!” (Extraído da Carta de Tia Neiva datada
de 7 de maio de 1974)

“Não há qualquer espírito que passe por nossos trabalhos do qual não
se faça a entrega obrigatória! Nosso trabalho é exclusivamente de Doutrina!
Não aceitamos, em hipótese alguma, palestras nos Tronos deste Templo do
Amanhecer, de Doutrinadores com entidades que não sejam os nossos
Mentores, espíritos doutrinários!

Mesmo fora do Templo, consta-me que os Doutrinadores que


palestraram com exus, etc., atrasaram suas vidas, pois eles não se
afastaram de seus caminhos. A obrigação do Doutrinador é fazer a doutrina,
conversando amigavelmente com o espírito, procurando esclarecê-lo, continuar
seu amigo, porém fazer sua entrega obrigatoriamente, com o que ressalva sua
responsabilidade perante os Mentores. Outros Doutrinadores estão com suas
vidas atrasadas simplesmente por sua irreverência com os Mentores, acendendo
para estes duas velas, saindo fora de seu padrão doutrinário. Entre eu e os exus
há um laço de compreensão e respeito mútuo. Porém, um Doutrinador, por não
ser clarividente, não está em condições de dialogar com eles, exceto no âmbito
da Doutrina.” (Extraído da Carta de Tia Neiva datada de 7 de maio de
1974)

Exílio do Jaguar – Mestre Kazagrande – Adjunto Anavo


Ao Doutrinador 80

“Os Doutrinadores devem ter mais amor e não se esquecerem de que


existem muitas correntes acima de suas cabeças. Você é corrente positiva
ou é corrente negativa! Jaguar quer dizer “Força da Terra”. Jaguar positivo é
força positiva da Terra. Mas é força da Terra! Se você não tiver convicção, se
não tiver uma conduta perfeita, como pode ser um Jaguar
positivo? Como poderá ser um Doutrinador se não tiver os sentimentos de
ajudar? Não é só ser livre de preconceitos, não é mostrar ao povo que você é
bom, não é querer parecer ao mundo que você é um santo, não! O Jaguar é o
Homem que não pediu a Deus a paz e sim, duas espadas. É o Homem que
pediu a luta Crística, que pediu a Deus a luta pelo Cristianismo! Recebeu a
espada do Bem e a espada do Mal. A espada do ectoplasma animal é a espada
do Bem. Por conseguinte, meu filho, você pode fazer o que bem quiser, mas
deixará de ter uma espada! Se você não souber manejar estas forças, se não
procurar, em seu coração, o bom caminho, o sentimento de ajudar os outros, se
não tiver força ou não puder aniquilar o Mal, também não terá forças para
manejar a espada do Bem.

Vamos, meus filhos! Vamos nos preparar para termos uma conduta à altura de
nossos sentimentos. Não é procurar ser como eu sou... Não é procurar os meus
sentimentos... É me seguir? Não! É seguir nas minhas palavras procurando
seguir os seus sentimentos. E eu seguirei vocês, para nunca decepcioná-los. Se
você não tem um sentimento religioso, como vai desenvolver suas
forças mediúnicas? Só para ficar contando o que você fez? Só para contar as
graças que recebeu, recebendo elogios? Salve Deus! Estou seguindo vocês! Eu
sigo o sentimento... Nós seguimos o sentimento, o sentimento Crístico, mas tudo
dentro da sua capacidade de aceitar e de sentir...” (Extraído da Carta de Tia
Neiva datada de 27 de junho de 1976)

“O Doutrinador é um poderoso foco de Luz, cujos raios atingem a fronteira


intelectual que ilumina todo o ciclo da vida. Ele esclarece e justifica as chamadas
Ciências Ocultas, explicando racionalmente suas deduções, os porquês das vidas

Exílio do Jaguar – Mestre Kazagrande – Adjunto Anavo


Ao Doutrinador 81

astral e física. É o canto universal, é a vida de povos com caráter e sua natureza.
Estão sempre a receber a mais viva Luz! Ser um Doutrinador é ser um profundo
conhecedor, até ser um cientista. Sim, cientista é ter conhecimento das coisas,
dos fatos e dos fenômenos em si mesmo, em sua natureza e em suas origens.
Analisa e expõe a origem da evolução humana; a criação das matérias; o
significado de átomos e células; a formação dos seres; e a força psíquica,
proporcionadamente. O Doutrinador se utiliza de seus conhecimentos
fundamentais, cuja linguagem é sempre clara. É ciência da Luz e do fenômeno
simples, dirigindo somente o seu raciocínio, sem esquecer a independência de
seu caráter. A sinceridade e suas convicções provam o fato de ser um
Doutrinador. Para nunca se enganar, persuasivo autor; sempre de olhos abertos,
sempre no alerta dos fatos, dos fenômenos da vida; sempre o sentido no
fenômeno e na vida fora da matéria. O Doutrinador deve sentir-se o
“extraordinário”, sublime, palpitante de sua silenciosa manifestação
doutrinária nos extra-sensoriais e no Homem, até sentir estar
penetrando em suas três emissões, sempre exposto à Justiça Universal.
Expressivo e atento, é o Doutrinador confiante. Assim é o
Doutrinador!” (Extraído da Carta de Tia Neiva datada de 24 de junho de
1978)

“Quando o doutrinador faz uma entrega e o espírito ainda não está pronto para
Mayante, este vem diretamente para um dos departamentos do Canal. Na
primeira oportunidade, que pode ser na mesma noite ou algum tempo depois, o
doutrinador vem completar sua doutrina. Ele, como encarnado, tem a
capacidade de trazer consigo seu ectoplasma. Devido à semelhança do
ambiente, o espírito ainda se sente na Terra e fica mais susceptível de receber
a doutrina. É por isso que dizemos que o Templo do Amanhecer trabalha vinte
e quatro horas por dia!” (Extraído da Carta: Meus Primeiros Passos no
Canal Vermelho, Tia Neiva/ Amanto Sem data)

Exílio do Jaguar – Mestre Kazagrande – Adjunto Anavo


Ao Doutrinador 82

O IRMÃOZINHO NOS TRONOS

Vamos parar para analisar “espiritualmente” um trabalho de Tronos?

Imaginemos um trabalho perfeito: Você chega ao Templo, faz sua preparação,


trabalha na Mesa Evangélica e vai com sua parceira(o) para o Castelo do
Silêncio, ou para um outro local tranquilo, dentro do Templo, caso onde esteja
não tenha o Castelo.

Harmoniza-se por alguns instantes, faz uma prece, e coloca-se verdadeiramente


a disposição de servir, para cumprir uma missão! Então, dirigem-se para o
Comandante dos Tronos, registra sua presença e pede a permissão, pois jamais
se ingressa em um trabalho sem registrar sua presença com o Comandante, e
obter sua permissão. Ele representa o Comando Espiritual, quem está ali não é
o Médium, que você pode gostar ou não, é sua individualidade, é o representante
da Espiritualidade.

Ingressa na área de trabalho com toda elegância, com o máximo de cuidado


para não esbarrar em ninguém, movimentando-se de forma a não chamar a
atenção. Fazem o cruzamento, sentam-se por mais alguns instantes. Cada um
faz mais uma oração, reafirma seu compromisso, e realizam a ionização. A
Entidade é convidada, identificada “em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo”.
Hum? Sim, não importa quem seja o aparelho, poderia ser Tia Neiva! Sua
obrigação, como Doutrinador(a), é de dar a segurança que o Apará precisa para
trabalhar, e ele só obterá esta certeza, ao sentir a Entidade respondendo em
nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, além de outros fatores mais avançados e
que não cabem comentar agora.

A Entidade dá uma breve mensagem ao Doutrinador (a) – breve! Têm pacientes


ansiosos, e por vezes angustiados, esperando a oportunidade. No fim do
trabalho, se ainda necessitar, poderá falar tranquilamente com a Entidade.

Exílio do Jaguar – Mestre Kazagrande – Adjunto Anavo


Ao Doutrinador 83

Depois da mensagem, pede permissão para atender os pacientes, afinal, pode


acontecer que o Apará não esteja em condições, e sequer saiba disso. A Entidade
com todo carinho irá autorizar, ou não. Então, por fim, depois de todo esse ritual,
de todos estes cuidados, estaremos prontos para, discretamente, avisar o
Comandante para enviar o primeiro paciente. Basta um pequeno gesto. A mão
erguida, sinalizando que está pronto, é o que basta, o Comandante deve estar
atento, essa é a obrigação dele.

Bem, chegou o primeiro paciente. O atendimento começa, o Doutrinador(a),


elegantemente postado, recebe o paciente, e o orienta como se posicionar, como
colocar as mãos, identifica a Entidade para o paciente, e pede que ele diga seu
nome e idade.

A Entidade dá um passe inicial, localiza as mãos do paciente e começa sua


mensagem. Salve Deus! Hora da atenção total do Doutrinador(a). Pois aquela
mensagem pode ser a que você precisa ouvir! Posso afirmar com segurança que,
todas as vezes que nos dedicamos com nossa total sintonia a um trabalho de
Tronos, vamos receber alguém que irá relatar uma situação parecida com a
nossa, e ouvir a mensagem que precisamos sem nada ter perguntado.

Então, durante a mensagem o Apará sente a voz do Preto Velho ir ficando mais
distante, e sabe que é hora de dar uma passagem, mesmo que ainda não sinta
nenhuma forte vibração. Atento, o Doutrinador(a) identifica o momento, solicita
ao paciente para afastar as mãos e realiza seu trabalho: Puxada, Doutrina e
Elevação.

Mas para onde vai aquele espírito? Nesta hora é que finalmente chegamos onde
eu queria falar desde o princípio! Você recebeu um paciente, normalmente um
desconhecido. O recebeu, com educação, elegância. A Entidade fala das coisas
boas, que tudo pode melhorar, que o que busca pode sim ser alcançado e, então,
no meio da conversa, chega nosso paciente invisível. Aquele, que não

Exílio do Jaguar – Mestre Kazagrande – Adjunto Anavo


Ao Doutrinador 84

conhecemos, não vemos, nada sabemos e provavelmente nunca saberemos


nesta vida. Nosso paciente espiritual chega por vezes muito pior que o paciente
físico. O sofrimento no plano etérico é muito mais intenso do que no plano físico.
As emoções são mais fortes e não se pode dissimular a sua própria verdade. O
espírito fica onde merece, onde semeou durante sua vida física. Chega sofrido,
com dores, com revolta, preso às teias que ele mesmo teceu, sujo, maltrapilho,
com fome, com sede, sem carinho, sem amor. Recebe uma Doutrina feita com
todo o amor do coração daquele doutrinador(a). Um Doutrinador(a)
mediunizado, sente exatamente qual a classe que espírito que está ali, e sua
doutrina flui de forma espontânea, sem formas fixas, apenas dentro de nosso
padrão Crístico.

O espírito recebe aquela doutrina, ouve, mas acima de tudo, sente que aquele
que está ali se preocupa com ele, quer que ele tenha uma oportunidade de ir
para um lugar melhor. Pede por ele, reza por ele. Talvez seja sua única chance
de perdoar... De se perdoar! A Doutrina com amor atinge ao mais embrutecido
coração. Ele sentirá que deve ao menos tentar, ele vai acreditar e partir! Um
facho de luz lhe dá a passagem.

Aquele espírito será bem recebido, esclarecido e se realmente estiver disposto a


buscar reabilitar-se, terá a oportunidade. Depois de vagar, sabe-se lá por quanto
tempo. Por passar por situações terríveis... É resgatado!

Sabe quanto este espírito vai esquecer daqueles dois, Doutrinador e Apará, que
o receberam naquele Trono? NUNCA!

Ele vai se curar, aprender, se reabilitar e trabalhar muito, para poder ter a
oportunidade de recebê-los quando vocês chegarem lá! Vai querer muito poder
dizer “Obrigado! Você é responsável pelo meu resgate!”. Pare para pensar em
quantos amigos como este você tem a oportunidade de encontrar. Com sincera
gratidão, lhe esperando para mostrar que valeu a pena!

Exílio do Jaguar – Mestre Kazagrande – Adjunto Anavo


Ao Doutrinador 85

Ao mesmo tempo também é hora de refletir como tudo pode ser muito ruim se
não realizamos o trabalho como se deve. Mas falemos sobre isso em outra
ocasião.

Depois de atender a todos os pacientes, terminado o trabalho, normalmente não


há mais nada para falar. Estando em sintonia, com certeza teremos ouvido tudo
que precisávamos e a mensagem da Entidade só irá confirmar aquilo que
intimamente já sentimos.

Exílio do Jaguar – Mestre Kazagrande – Adjunto Anavo


Ao Doutrinador 86

SALVE DEUS NINFA, VAMOS PARA OS TRONOS?

Uma pergunta aparentemente tão simples de fazer e responder, mas que muitas
vezes coloca todo nosso dia de Trabalho Espiritual em xeque. Mas por quê?

Uma Ninfa Lua é orientada em seu Desenvolvimento a aceitar sempre o convite,


mas existem algumas situações, causadas pelos próprios Doutrinadores, que
tornam difícil a resposta imediata.

Para um Doutrinador emplacado, às vezes também é difícil, até mesmo fazer a


pergunta. Para o Ajanã, tão assediado comumente, também pode ser difícil
responder...

Vamos ver caso a caso:

A Ninfa recém emplacada normalmente aceita todos os convites que recebe.


Está com toda a energia para trabalhar! Existe a natural insegurança, causada
pela responsabilidade de ir tão rapidamente tratar de vidas humanas, porém,
seu desejo de começar logo a missão que lhe é confiada, fala mais alto, e na
maioria das vezes parte para a realização.

Com o passar do tempo, começa a identificar situações que a tornam mais


“seletiva” ... Imaginem como uma Ninfa, recém emplacada, se sente ao ir para
os Tronos, e logo ao incorporar, descobre o cheiro terrível. O Doutrinador comeu
um pastel de ovos e fumou uns três cigarros e foi direto para os Tronos. Tudo
bem, ele “teoricamente” não vai falar com a Entidade, vai identificar a Entidade

Exílio do Jaguar – Mestre Kazagrande – Adjunto Anavo


Ao Doutrinador 87

e passar ao atendimento, mas na hora da Elevação, quase que a Vovó sobe junto
com o irmãozinho. O sovaco do cidadão parece que desconhece a palavra água.

Sei que muitos podem estar rindo disso, mas para uma Ninfa, incorporada
conscientemente, manter a sintonia assim é difícil! Lavar o rosto e comer uma
balinha “emprestada” já resolveria o primeiro problema. O segundo pode ser
resolvido com um pouco de água, e um desodorante emprestado no banheiro
ou mesmo umas gotinhas de álcool antes de sair de casa (o álcool nas axilas
limpas acaba com o possível odor decorrente do suor – não se preocupe, não
estará ingerindo álcool! – Leite de Rosas também é uma boa dica para quem
está com o caixa baixo).

Além do fator higiene, que faz parte de nossa conduta, existe o fator sintonia.
Como podemos recriminar uma Ninfa que não queira trabalhar com um Mestre
que anteriormente estava “nas nuvens” na hora do trabalho? É complicado!
Vejam, quando um Doutrinador está “ligado” no trabalho, é possível sentir esta
ligação, a sintonia. O Doutrinador pode sentir a chegada do irmãozinho antes
dele incorporar, se estiver em total sintonia com o trabalho! Agora, quando
acontecem aqueles casos do Comandante ter que avisar o Doutrinador que tem
um irmãozinho esperando que ele faça a puxada??? A Ninfa está ali... Consciente
do que está se passando! E a confiança, a segurança que ela precisa para a
perfeita realização? Como ficam?

Claro que existem as vaidosas... Que só trabalham com Mestres cheios de


“medalhas” ou Arcanos. Mas sobre estas já tratamos em textos passados.

Ainda é importante considerar o “teste da Mesa” ... O que é isso? Simples!


Quando passam pela Mesa Evangélica antes, as Ninfas percebem, consciente ou
inconscientemente, o teor energético e dedicação do Mestre ao Doutrinar e

Exílio do Jaguar – Mestre Kazagrande – Adjunto Anavo


Ao Doutrinador 88

Elevar o irmãozinho no Trabalho. Quando, depois da Mesa, escutam o convite,


a voz é identificada, ficando mais fácil ou mais difícil aceitar um convite para os
Tronos.

Conheço Mestres (que não são Arcanos) que nunca receberam um não para
trabalhar. E outros que nunca conseguem ir aos Tronos...

Em relação aos Doutrinadores emplacados, estes devem ter sempre seus


convites aceitos. Negar a chance de trabalho para um Mestre que está iniciando
sua jornada é no mínimo falta de caridade. Eles têm que ter total oportunidade.
Deveriam ser convidados pelas Ninfas mais experientes e que ainda poderiam
passar valiosas orientações, que se fixariam pelo restante de suas jornadas.

Os Ajanãs abordaremos em outra ocasião, mas estes também tem seus porquês.

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Ao Doutrinador 89

O PACIENTE NOS TRONOS

Durante o tempo de permanência na fila de espera dos Tronos o paciente é


preparado pela Espiritualidade e os irmãozinhos que o acompanham recebem
também o mesmo atendimento.

A melodia dos Mantras emitidos, o suave cheiro da mescla do incenso, a


presença da Luz, tudo traz uma sensação de harmonia que permite ao
desencarnado, por mais enfurecido que esteja, experimentar uma sensação de
acolhimento como há muito tempo não sentia. Nossos Mentores, ou mesmo o
Mentor do paciente, se encarrega de explicar o que está passando e ir
reequilibrando sua aura.

O paciente, ansioso por chegar logo a sua vez, normalmente não se dá conta de
tudo ao seu redor, mas também pode estar vivendo uma sensação forte de
esperança e magia, pois o encarnado depende também da acolhida física que
recebeu: da educação dos Recepcionistas, do olhar tranquilo dos Comandantes,
da harmonia do Templo.

Ao sentar ao lado do Preto Velho nos Tronos, o paciente tem sua aura envolvida
pela mesma junção de forças que uniu a aura do Doutrinador e Apará, passando
a compartilhar com este par, suas emoções, dores e esperanças. Neste momento
é definida a tônica do atendimento: comunicação ou desobsessão. (Obs.: No
início de nossa Doutrina, existia até mesmo a diferenciação para o atendimento,
onde nos Tronos Amarelos a tônica era de comunicação e nos Vermelhos,
desobsessão).

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Ao Doutrinador 90

Na comunicação o paciente intercambia suas energias, colocando para fora suas


aflições e problemas. Fala de seus desejos e frustrações, chora, sorri, se
emociona... Emite com suas palavras e profunda emotividade, toda a energia
em desequilíbrio que é portador, recebendo a harmonia, os conselhos, a prece,
provenientes da emanação de nossos abnegados mensageiros. Esta simples
troca magnética já permite uma melhora sensível de sua tônica vibracional,
permitindo que esteja em condições de receber outros complementos de
equilíbrio nos outros trabalhos (conforme a necessidade particular de cada um).

Porém nossos pacientes não são apenas os que vemos com os olhos físicos... Ao
lado do paciente encarnado, está o desencarnado, que pode chegar nas mesmas
condições ou ainda muito pior que o físico. Nosso irmãozinho, como costumamos
denominar, também vivencia este momento de reequilíbrio e as energias da
perfeita ligação entre físico (Doutrinador e Apará) e espiritual (emanação de Luz
dos Mentores – Preto Velho/Princesa) proporciona uma harmonização que pode
permitir inclusive que ele seja encaminhado, deixando o triste plano etérico e
partindo para novos mundos espirituais.

A passagem do irmãozinho, sendo permitida por nossas Entidades e pelo Apará,


abre um caminho que pode ser seguido, trazendo a libertação perfeita! A
libertação do encarnado e do desencarnado pela Cura Desobsessiva.

Com a libertação deste espírito, algumas sequelas ou resíduos podem ser


deixados e torna-se necessário que o paciente passe por outros trabalhos, que
seguirei descrevendo nos outros textos.

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Ao Doutrinador 91

O PACIENTE NA LINHA DE PASSES

A Linha de Passes é um trabalho sem contraindicações. É o único, além dos


Tronos, em que o paciente pode passar espontaneamente, não necessitando de
recomendação espiritual.

Ao chegar à Linha de Passes, normalmente o paciente já passou por todos os


trabalhos que foi recomendado, e ali vai para uma “checagem final”, retirando
qualquer impregnação que possa ter restado ou alguma força esparsa
incidentalmente recebida.

Recebe a força dos caboclos que trabalham com a desintegração de cargas e


deixam uma sensação de alívio, como se verdadeiramente houvesse passado
por uma floresta.

Muitos julgam ser um trabalho de pouca importância, e não compreendem o


quanto significa uma finalização perfeita de uma jornada espiritual.

Dali o paciente leva sua última impressão. Poderá ter sido muito bem atendido
e recebido em todos os setores, mas se ao passar na etapa final, ficar uma
impressão negativa, seu padrão pode baixar e tudo que recebeu será perdido.

Por isso é importantíssimo que saia dali feliz, aliviado, e mantenha a esperança
que recebeu nos Tronos. A Linha de Passes é o ponto em que se pode “fechar
com Chave de Ouro” tudo que foi investido no paciente.

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Ao Doutrinador 92

PAI SETA BRANCA NOS TRONOS

Meus irmãos, não é de hoje que escuto que Pai Seta Branca veio nos Tronos dar
uma mensagem. Não é que eu considere que ele não possa fazer isso, mas,
Salve Deus! Não seria uma tremenda falta de caridade do Pai em relação ao
médium em questão?

O Médium que incorpora uma entidade identificando-a como Pai Seta Branca cai
em descrédito. Muitos acabam não falando abertamente, mas a verdade é que
algo soa de forma estranha nesta Contagem.

No meu entendimento existe todo um preparo para que o Pai possa estar
pessoalmente incorporado. Uma imensa corte astral se desloca, todo um sistema
energético e espiritual é realizado para permitir que uma entidade de Alta
Hierarquia projete em um Apará. Basta que observemos a necessidade da
“Cultura de Pai Seta Branca”, implantada por Tia, para viabilizar uma
incorporação no Oráculo ou nas Bênçãos, onde sequer mensagens são
proferidas.

E no fim do ano? Quando o Pai vai falar então! Vejam a necessidade de uma
imensa quantidade de médiuns presentes para trazer o equilíbrio necessário de
tal realização.

Nas bênçãos do Pai, nos Templos do Amanhecer, todo um preparo também é


exigido. Mestres e Ninfas devidamente preparados se deslocam para auxiliar na
organização do ritual.

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Ao Doutrinador 93

Nos Tronos? Sigo o raciocínio de que se o Pai precisar dar uma


mensagem pessoal para um determinado médium, ele viria na simples
roupagem de um Preto Velho, e suas palavras, sua emanação, seria a
mesma, atingindo o objetivo de sua mensagem.

Nossa própria Mãe Clarividente também, se for necessário, virá na roupagem


da mais humilde Preta Velha e deixará registrada no coração de cada um a
mensagem.

Na Luz não existe mais a vaidade! Não há porque uma Entidade usar a
roupagem de alta hierarquia para se apresentar, salvo em situações que a
energia local permita e o Ritual esteja totalmente dentro de nossas Leis.

Não há necessidade de Entidades de Alta Hierarquia apresentarem-se como tal,


submetendo o Apará às dúvidas da maioria do Corpo Mediúnico. O Apará pode
até sentir a grandeza da energia que o envolve nesta hora, mas nunca será
inspirado pela Luz a envaidecer-se pela incorporação!

Pessoalmente, tenho a certeza que já recebi mensagens que marcaram


profundamente meu espírito, dadas por um Preto Velho, ou Preta Velha, quase
que desconhecido. Posso até sentir que “veio de alguém conhecido”, mas o que
realmente importa é o quanto marcam nossa jornada. Somente pela
emanação é que se atinge o coração de um Jaguar.

Se estivesse em um Trono, onde Pai Seta Branca se manifestasse sem qualquer


motivo plausível, ou sem claramente a estrutura necessária... Salve Deus! “Oh!
Obatalá...” seria a minha resposta. Não seria nosso próprio Pai a violar os Rituais
que nos trouxe através de Tia Neiva. Salve Deus!

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Ao Doutrinador 94

O “IRMÃOZINHO” NOS TRONOS

Chegou o primeiro paciente. O atendimento começa, o Doutrinador(a),


elegantemente postado, recebe o paciente e o orienta como se posicionar, como
colocar suas as mãos, identifica a Entidade para o paciente, e pede que ele diga
seu nome e idade.

A Entidade dá um passe inicial, localiza as mãos do paciente e começa sua


mensagem. Salve Deus! Hora de atenção total do Doutrinador(a). Pois aquela
mensagem pode ser a que você precisa ouvir! Posso afirmar com segurança que,
todas as vezes que nos dedicamos com nossa total sintonia a um trabalho de
Tronos, acabamos por receber alguém que irá relatar uma situação parecida com
a nossa, e ouvir a mensagem que precisamos sem nada ter perguntado.

Durante a mensagem o Apará sente a voz do Preto Velho ir ficando mais


distante, e sabe que é hora de dar uma passagem, mesmo que ainda não sinta
nenhuma forte vibração. Atento, o Doutrinador(a) identifica o momento, solicita
ao paciente para afastar as mãos e realiza seu trabalho: Puxada, Doutrina e
Elevação.

Mas para onde vai aquele espírito? Você recebeu um paciente, normalmente
um desconhecido, com educação, elegância. A Entidade fala das coisas boas,
que tudo pode melhorar, que o que busca pode sim ser alcançado, e então, no
meio da conversa, chega nosso paciente invisível. Aquele, que não conhecemos,
não vemos, nada sabemos e provavelmente nunca saberemos nesta vida.

Nosso paciente espiritual chega, por vezes, muito pior que o paciente físico. O
sofrimento no plano etérico é muito mais intenso do que no plano físico. As

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Ao Doutrinador 95

emoções são mais fortes e não se pode dissimular a sua própria verdade. O
espírito fica onde merece, onde semeou durante sua vida física. Chega sofrido,
com dores, com revolta, preso as teias que ele mesmo teceu, sujo, maltrapilho,
com fome, com sede, sem carinho, sem amor. Recebe uma Doutrina feita com
todo o amor do coração daquele doutrinador(a). Um Doutrinador(a)
mediunizado, sente exatamente qual a classe que espírito que está ali, e sua
doutrina flui de forma espontânea, sem formas fixas, apenas dentro de nosso
padrão Crístico.

O espírito recebe aquela doutrina, ouve, mas acima de tudo, sente que aquele
que está ali se preocupa com ele, quer que ele tenha uma oportunidade de ir
para um lugar melhor. Pede por ele, reza por ele. Talvez seja sua única chance
de perdoar... De se perdoar! A Doutrina com amor atinge ao mais embrutecido
coração. Ele sentirá que deve ao menos tentar, ele vai acreditar e partir! Um
facho de luz lhe dá a passagem.

Aquele espírito será bem recebido, esclarecido e se realmente estiver disposto a


buscar reabilitar-se, terá a oportunidade. Depois de vagar, sabe-se lá por quanto
tempo, por passar por situações terríveis... É resgatado! Sabe quando este
espírito vai esquecer daqueles dois, Doutrinador e Apará, que o
receberam naquele Trono? NUNCA!

Ele vai se curar, aprender, se reabilitar e trabalhar muito, para poder ter a
oportunidade de recebê-los quando vocês chegarem lá! Vai querer muito poder
dizer: “Obrigado! Você é responsável pelo meu resgate!”. Pare para pensar em
quantos amigos como este você tem a oportunidade de encontrar. Com sincera
gratidão, lhe esperando para mostrar que valeu a pena!

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Ao Doutrinador 96

Depois de atender a todos os pacientes, terminado o trabalho, normalmente não


há mais nada para falar. Estando em sintonia, com certeza teremos ouvido tudo
que precisávamos e a mensagem da Entidade só irá confirmar aquilo que
intimamente já sentimos.

Kazagrande

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Ao Doutrinador 97

COMO CONCENTRAR-SE NA MESA EVANGÉLICA

Antes de iniciarmos o primeiro Trabalho do dia, que invariavelmente deveria ser


a Mesa Evangélica, ficando a exceção apenas para os Prontos Socorros que ainda
operam em regime de urgência, existe todo um preparo.

Ao colocarmos o uniforme iniciamos um processo que nos conduzirá ao contato


com nossa Individualidade. Deixamos de lado nossos problemas e aflições e
passamos a considerar que o atendimento ao paciente, encarnado ou
desencarnado, é o mais importante dever do dia.

Passamos por um processo completo de mediunização, onde os mantras e nossa


preparação, nos dão a condição de participar da Mesa Evangélica, já
devidamente interiorizados em nosso espírito.

Perguntaram “em que pensar? como me concentrar na Mesa Evangélica?”.


Abordemos este tema sob a ótica de nossas duas diferentes mediunidades
desenvolvidas: Doutrinador e Apará.

O Apará, Mestre ou Ninfa Lua, tem normalmente uma maior facilidade em


desprender-se das necessidades de concentração. Sua mediunidade já os
conduz a um pequeno entorpecimento do sistema de vigília, e um suave
relaxamento se passa no momento que se dispõe a preparar-se para a
incorporação.

Na Mesa Evangélica não é diferente. Deve deixar a mente livre de pensamentos


pré-concebidos e entregar-se à projeção que recebe. A chamada para

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Ao Doutrinador 98

incorporação dos irmãozinhos é a chave para fechar as mãos, cruzar os braços


e ser o perfeito aparelho de integração entre aqueles que necessitam do
magnético humano para partir rumo a uma nova jornada.

Este trabalho foi destinado aos nossos irmãos recém-desencarnados,


que necessitam de fluído, para recuperar parte de suas forças, afim de
acompanharem seus mentores.

As ditas “Mesas Pesadas” não são um trabalho trazido pela


Clarividente. Excepcionalmente, pode-se realizar uma Mesa Especial de
Centuriões, como o Trino Araken concebia, visando direcionar a energia de
maneira claramente desobsessiva para determinado evento ou pessoa. O tal
“peso”, de algumas Mesas, é trazido pela falta de preparo dos médiuns
participantes, que trazem suas energias pesadas e externam seus próprios
problemas.

O Apará equilibrado vai à Mesa para cumprir o papel a que ela foi
destinada: Receber os irmãozinhos recém-desencarnados, doar a energia
e permitir que sejam rapidamente encaminhados pelos seus Mentores.
Deste modo, a concentração é apenas na doação de energia a ser fornecida e
ao esclarecimento promovido pelo Doutrinador.

Já o Doutrinador, concentra-se expandindo sua percepção. Trabalha a Doutrina


com amor e procura sentir cada palavra proferida como um bálsamo a ser
entregue aos que ali chegam ainda desorientados e enfraquecidos. Sua postura
de carinho, respeito e total dedicação, é a verdadeira e necessária concentração.

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Ao Doutrinador 99

TRABALHANDO NA MESA EVANGÉLICA

O toque da sineta do Setor Evangélico é mais que um simples chamado para o


trabalho. É um alerta da necessidade de nossa presença naquele setor, visando
completar a quantidade necessária para realizar o Trabalho de Mesa Evangélica.

Recordemos que a Mesa Evangélica é a sustentação de todos os outros trabalhos


do Templo (Tia Neiva, aula 055). Quando a Mesa não funciona, forma-se um
acúmulo de energias densas dentro do Templo, e uma “fila” de irmãozinhos
vibrando para a realização. Alguns com muita esperança e outros com muita
irritação.

Ao entrar na área da Mesa (Setor Evangélico), enquanto aguardamos a


quantidade necessária para sua formação, é hora de imantrar!!! Não há espaço
para conversas vazias que só atraem forças esparsas. Tem que colocar o pé lá
dentro e já estar trabalhando! Imantrar, mentalizar, e com seu comportamento,
verá que outros, que normalmente se perdem nas “conversas sem procedência”,
passam a lhe acompanhar na conduta correta. Enquanto estiver cantando,
dificilmente alguém irá tentar lhe interromper para falar besteiras.

Ah! ... Mais uma coisa muito importante: Entrou para o trabalho, não saia! Às
vezes você induz outro a sair com este comportamento, e acaba sendo o
responsável pela não realização de todo o trabalho. Isso tem preço! Recordem
da fila de espíritos vibrando, enquanto você resolve sair “à francesa” e escapar
do trabalho, por preguiça de esperar mais um pouco.

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Ao Doutrinador 100

Aparás acomodados, Doutrinadores(as) atrás, concentração total durante a


abertura e então o Comandante determina que se façam as puxadas: Xiiii... O
Apará não incorporou! E agora?

Quando você faz a puxada, o Apará passa a receber a projeção mais


intensamente, independentemente de qualquer sintoma aparente. Por tanto,
nada de baixar a cabeça perto do ouvido do Apará e gritar: “LAVADO SEJE
NOSSU SINHÔ JESUIS CRISTO” ... Salve Deus! Um Apará está ali mediunizado,
buscando a sintonia daquela incorporação, que muitas vezes é difícil, pesada, e
o Doutrinador faz algo assim? Não!!! Um médium deve ter o comportamento
exemplar, com carinho e respeito! E mais do que isso, “Louvado Seja Nosso
Senhor Jesus Cristo” é uma chave! Aprenda a pronunciar corretamente! A
postura elegante e a voz em bom tom fazem parte da conduta doutrinária.

Após a puxada, o Apará sob projeção deve manter o equilíbrio, mesmo diante
da mais feroz vibração. Com as mãos fechadas, mantendo o corpo no mesmo
equilíbrio, sem emitir sons, ruídos de qualquer espécie, gestos corporais que
incitem qualquer tipo de sentimento. Este equilíbrio e elegância são sinais de
uma incorporação perfeita, de muita sintonia e de força do médium. Quando
ocorre o contrário é sinal de fraqueza, de falta de controle e até mesmo de
desequilíbrio. Não foi isso que aprenderam nas aulas de desenvolvimento?! Se
não foram corrigidos, a culpa é do Instrutor!

O Doutrinador realiza então sua doutrina. “Tem uma doutrina específica para a
mesa” ... MENTIRA! Não! A doutrina que acompanha a limpeza da aura deve ser
espontânea. Seguir um determinado padrão, porém sem ser cansativa e
decorada. Tem que ter sentimento! Levar sua vibração energética! Não pode ser
uma fala decorada sem emoção, enfadonha e cansativa. Você tem que se

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Ao Doutrinador 101

concentrar no que está fazendo. Está encaminhando um espírito desconhecido


que jamais lhe esquecerá, se aquela realização for completa. Está formando uma
amizade que irá, quem sabe, lhe receber quando chegar a sua hora de partir.
Pois ele jamais lhe esquecerá. Pense nisso! As palavras podem até seguir o
padrão do modelo do desenvolvimento, mas tem que ter emoção. O espírito
sente o que você está emitindo.

Ao realizar a limpeza da aura, o cuidado com a elegância também é fundamental.


Aqueles que fazem tudo correndo, ou que gesticulam fora dos padrões,
inevitavelmente são notados e vibrados. Atraem para si a atenção que parecem
querer, mas com certeza, não vem nada positivo junto.

Ah! Mas uma lembrança importante: Nunca, jamais se toca no Apará durante a
limpeza de aura!!! Pergunte o que sentiu um Apará que recebeu um toque. Vai
ver como ele ficou “feliz” com o choque recebeu, e como o doutrinador(a) caiu
em seu conceito.

Quando é realizada a elevação, o objetivo é permitir que o espírito siga sua


jornada. Segurar a incorporação é um dos piores erros que um Apará pode
cometer. Claro que algumas vezes existe a necessidade de um espírito receber
um pouco mais de ectoplasma, ou mesmo um fluido de diferente doutrinador(a),
mas está não é a regra, é a exceção! Fazer isso no encerramento da mesa,
criando um clima de espetáculo, é ainda pior! Quem leva as vibrações, não é o
doutrinador(a) que não “conseguiu” elevar o espírito, e sim o Apará que deu
show! Salve Deus! Falo isso assim, de forma clara, porque é o que na verdade
todos comentam. Digo ao Apará que não acredite se alguém foi elogiar “sua
força” na mesa, por conta de um “show”... Quem fez isso agiu por ignorância ou
falsidade.

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Ao Doutrinador 102

Resta ainda falar do giro... Giro, quer dizer andar em círculos! É deixar o fluxo
energético da mesa seguir a trajetória. Quando um doutrinador(a) estaca atrás
de um determinado Apará, esperando que outro doutrinador termine sua
doutrina e elevação, ele para este fluxo e fica segurando “carga”, sujeito às
forças esparsas. Portando não pare! Siga o giro, somente pare para aguardar
quando ouvir o “Obatalá”. Nos faróis é mais uma questão de bom senso. Se tem
um ou dois esperando para fazer a limpeza, espere também, mas se já tiverem
três ou mais esperando, Salve Deus, siga em frente e não cause um
“engarrafamento doutrinário”. A passagem sem fazer a limpeza, quando já
existem mais de três esperando no farol, foi autorizada pelo Trino Araken.

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Ao Doutrinador 103

PARTE IV

CONHECIMENTOS IMPORTANTES

Existe muito para se aprender e a caminhada pela busca do conhecimento


depnde de cada um, de maneira muito particular. Aqui fica o registro de alguns
conhecimentos que podem ser o despertar para novos questionamentos e
afirmações; ou para encerrar alguma dúvida. Mas... Tem muito mais! É preciso
querer, buscar, estar pronto e merecer.

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Ao Doutrinador 104

APRENDENDO A FALAR MENOS

Para um Doutrinador, falador nato, normalmente é mais difícil aprender a


dominar a língua. Ao menos para mim, foi um processo lento este
“amadurecimento verbal”.

Aprender a calar, refletir antes de falar, medir as consequências das palavras


proferidas, é uma arte que normalmente só o tempo e suas decepções consegue
ensinar.

Antes de falar é bom avaliar o momento, se é adequado e se o que vamos dizer


será bom e produtivo.

Somos conscientes de que quando falamos emitimos energia, e esta, assim


como uma flecha, uma vez lançada não poderá ser impedida de marcar seu
destino.

A energia envolta pelo nosso ectoplasma, combinada com a força de nosso plexo
iniciático, tem um poder imenso! Podemos desimpregnar a aura de um sofredor,
ou destruir o padrão vibratório de um irmão... Este é o tamanho da
responsabilidade! Tudo que desequilibramos, teremos que reequilibrar e
acreditem: muitos têm que buscar a oportunidade de uma nova encarnação,
somente para reequilibrar as palavras que causaram a dor a outras pessoas.

Dicas:

Devemos ficar em silêncio se não tivermos nada de válido a dizer e também


após termos dito educadamente o que pretendíamos.

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Ao Doutrinador 105

Guardamos o silêncio até chegar à nossa hora de falar e nos calar quando
nos provocam.

Somente no silêncio podemos escutar a voz de Deus, e também aplacar a fúria


impensada que por vezes tenta nos dominar.

Devemos ficar em silêncio quando nos sentimos tentados a falar mal de alguém,
calando perante a tentação que pode nos levar a ferir com palavras ou a
criticar negativamente.

Devemos ficar em silêncio o tempo suficiente para pensarmos, antes de darmos


uma resposta.

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Ao Doutrinador 106

O BÔNUS-HORA

Muitas vezes falamos de Bônus e não temos uma noção precisa do que se trata.
Tia Neiva esclareceu que é uma “moeda espiritual” que permite ao recebedor
gozar de benefícios espirituais. No plano físico também se pode atenuar uma
cobrança com os bônus acumulados em função de trabalhos espirituais e
“negociados” pelo nosso mentor.

Dessa forma podemos considerar os Bônus como o nosso tesouro, a única


riqueza que conseguimos acumular em depósitos celestiais.

Obviamente não se pode considerar como um pagamento, pois não depende


apenas de um trabalho realizado, um bônus só é conquistado quando a energia
doada é entregue com amor e consciência.

Quem recebe os bônus na verdade é o seu mentor, pelo trabalho que realiza sob
o nosso intermédio. Sendo um espírito de luz, deposita fielmente a parte que
nos cabe de acordo com nossa verdadeira vibração no trabalho. Quando
necessitamos passar por uma cobrança mais “pesada”, nosso mentor pode,
através de nossos bônus conquistados, aliviar sua intensidade, resgatando
aquele débito pelo amor que já demonstramos.

Os bônus são pequenas células de energia vital que vão se desagregando de um


para o outro, fortalecendo nosso Sol Interior, rejuvenescendo nossas células.

“Quero deixar bem esclarecida a Vida além do mundo físico. Fui levada por
Humarram, há muitos anos, para ver o quadro de uma enorme família que
chegava da Terra. Interessante aquele grupo que viera por força de um
desencarne em massa. Todos se organizaram: chegaram ricos e logo compraram
suas mansões.

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Ao Doutrinador 107

Perguntei a Humarram:
- Onde conseguiram dinheiro?
- Conseguiram na luz dos seus bônus! – respondeu meu mestre.
- E o que fizeram para ganhar bônus?
- Fizeram amigos na Lei do Auxílio, respeitosamente tiveram suas consagrações
ou sacramentos; com respeito e amor ajudaram os outros; tiveram tolerância
com seus vizinhos e demais comportamentos que não fizeram sofrer os outros’’
Tia Neiva, em 11 de setembro de 1.984

**************
“…Notando que a senhora Laura entristecera subitamente ao recordar o marido,
modifiquei o rumo da palestra, interrogando:
- Que me diz do bônus-hora? Trata-se de algum metal amoedado?
Minha interlocutora perdeu o aspecto cismativo, a que se recolhera, e replicou,
atenciosa:
- Não é propriamente moeda, mas ficha de serviço individual, funcionando como
valor aquisitivo.
- Aquisitivo? – perguntei abruptamente.
- Explico-me – respondeu a bondosa senhora -; em “Nosso Lar” a produção de
vestuário e alimentação elementares pertence a todos em comum. Há serviços
centrais de distribuição na Governadoria e departamentos do mesmo trabalho
nos Ministérios. O celeiro fundamental é propriedade coletiva.
Ante meu gesto silencioso de espanto, acentuou:
- Todos cooperam no engrandecimento do patrimônio comum e dele vivem. Os
que trabalham, porém, adquirem direitos justos. Cada habitante de “Nosso Lar”
recebe provisões de pão e roupa, no que se refere ao estritamente necessário;
mas os que se esforçam na obtenção do bônus-hora conseguem certas
prerrogativas na comunidade social.
O espírito que ainda não trabalha, poderá ser abrigado aqui; no entanto, os que
cooperem podem ter casa própria.

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Ao Doutrinador 108

O ocioso vestirá, sem dúvida; mas o operário dedicado vestirá o que melhor lhe
pareça; compreendeu?
Os inativos podem permanecer nos campos de repouso, ou nos parques de
tratamento, favorecidos pela intercessão de amigos; entretanto, as almas
operosas conquistam o bônus-hora e podem gozar a companhia de irmãos
queridos, nos lugares consagrados ao entretenimento, ou o contato de
orientadores sábios, nas diversas escolas dos Ministérios em geral.
Precisamos conhecer o preço de cada nota de melhoria e elevação. Cada um de
nós, os que trabalhamos, deve dar, no mínimo, oito horas de serviço útil, nas
vinte e quatro de que o dia se constitui. “….
Chico Xavier em “Nosso Lar”

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Ao Doutrinador 109

DÚVIDAS SOBRE A INICIAÇÃO

Mandaram eu fazer a Iniciação agora e não me sinto segura, existe


algum risco?

Minha irmã, NINGUÉM pode dizer a você quando deve fazer sua Iniciação!!! É
uma decisão sua, pessoal e de sua total escolha, de acordo com sua preparação
e intuição. Veja o que a própria Tia Neiva escreveu a respeito:

“A Iniciação Dharman Oxinto está dentro da lei de uma conduta doutrinária. É


difícil falar sobre a Iniciação Dharman Oxinto, difícil por ser tão sublime. Uma
Iniciação mal conduzida, não sabemos a quem fará tão mal: a quem
recebeu, a mim Koatay 108 ou ao indivíduo que o conduziu até o Salão
Iniciático. A Iniciação Dharman Oxinto é realizada com muita precisão.

Meu filho, mestre Jaguar, nosso povo está aumentando e sabemos, pois, que
tudo que temos é adquirido com trabalho e amor. Toda nossa dedicação dia a
dia se aprimorando já diz com certeza: vem aumentando nossa Luz! Sinto dizer
que estamos correndo riscos em nossa vida iniciática se não formarmos aquele
velho critério que eu sempre digo: a Iniciação, ou a hora de efetivamente de
iniciar o Homem, dando seu direito de seu trabalho na linha espiritual. Tia Neiva,
em 17 de maio de 1984

Outras dúvidas:

O que muda com a Iniciação e qual é a sua finalidade?

Ao adentrarmos em um Castelo de Iniciação assumimos um grande


compromisso com a Doutrina, pois fazemos um solene Juramento. Deitamos em
um esquife e morremos para a vida que hoje conhecemos: Deita-se o homem e
levanta-se o Médium!

Passamos, a partir deste momento, a dispor de mais forças, agora de origem


iniciática e nosso plexo é preparado para tanto.

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Ao Doutrinador 110

Temos ao nosso dispor sete Mantras de Luz, e, de acordo com nossa sintonia,
poderemos receber todos... ou não.

Existe prejuízo se continuarmos como Aspirantes?

Não, cada um tem seu tempo e deve seguir suas intuições.

O Iniciado aumenta sua sensibilidade e capacidade de percepção?

Sim, nitidamente. Mas obviamente sempre de acordo com sua capacidade de


mediunização e sintonia em determinado trabalho.

Se passamos por várias reencarnações será que não iniciamos em


alguma delas?

É possível que sim, mas recordemos que somos uma nova personalidade e é
centrados nesta encarnação que buscamos, ou não, a disponibilidade para novos
compromissos ou renovar os antigos.

A iniciação é condição para sermos bons médiuns?

Não. Apenas agrega forças e obviamente responsabilidades! Traz segurança e


ao mesmo tempo necessidade de maior precisão nos Trabalhos.

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Ao Doutrinador 111

CARTA A UMA NINFA NO DESENVOLVIMENTO

Tudo tem seu tempo! Você sente suas Entidades, emociona-se com a presença
Divina, mas ainda lhe falta um pequeno detalhe: Segurança!

Somente isso!

Para chegar a este necessário fator, que abrirá definitivamente sua


mediunidade, vai precisar seguir alguns simples passos.

Primeiramente desprenda-se de seu passado! Ele já passou, nada vai mudar se


você se mantiver presa às amarras do que possa considerar erro. Afinal, erro é
somente o que pesa em nossa consciência. Liberte-se de uma vez e tire de sua
cabeça os pensamentos que “lhe assopram” dizendo que você “não seria digna
de tal grandeza”, de ser um receptáculo de um espírito de Luz.

Nenhum de nós, na verdade, é totalmente digno! Todos temos nossas falhas,


nossas faltas, mas nosso compromisso é semearmos o bem! Viemos com a
mediunidade programada em nossa encarnação justamente para superarmos o
passado, desta e de todas as outras encarnações.

Muitos dos primeiros médiuns que acompanharam Tia Neiva era pessoas
totalmente desregradas e que na Doutrina encontraram a fortaleza da mudança
que precisaram. Liberte-se do passado e lembre que quando estiver de uniforme
não será mais você, espírito encarnado, mas sim a sua Individualidade! Um
espírito com dezenas de outras encarnações e passagens por este plano.

Exílio do Jaguar – Mestre Kazagrande – Adjunto Anavo


Ao Doutrinador 112

Veterana de grandes experiências e hábil para despertar o seu transcendente e


semear o bem.

Jamais uma Entidade de Luz dirá que você deve “mudar a fita”! Salve
Deus! Este é um dos primeiros sinais que existe um animismo ou mistificação.
Nossos Pretos Velhos e Pretas Velhas se manifestam dando conselhos sem
jamais interferir na jornada de cada um. Nunca dão uma decisão, ou se colocam
como donos da verdade. Não dê ouvido a isso!

Voltando a sua necessidade de segurança... Veja bem, nossa incorporação é


consciente. Você não vai simplesmente “apagar” e deixar a Entidade tomar conta
de seu corpo. O que se passará, na verdade, é uma projeção que no momento
da incorporação será totalmente consciente. Você sentirá o desejo de mover
seus braços e mãos, mas se não der o primeiro passo, isso não acontecerá.

Sentirá repetir-se em seus ouvidos a frase “Louvado seja Nossos Senhor Jesus
Cristo”, mas se não der o primeiro passo para falar, nenhuma palavra sairá
forçosamente de sua boca.

É preciso que você dê o primeiro passo! Que fale, que mova os braços e as mãos!
É você que irá dar o primeiro passo! Depois de liberada esta “permissão” para
Entidade, tudo irá se passando com mais naturalidade. Acontece de uma forma
como se só você estive no “comando”, mas depois da incorporação irá perceber
que “misteriosamente” as lembranças desaparecem... Se desvanecem, é o
termo correto.

Nunca irá passar de você “apagar” e descobrir o que passou quando forem lhe
contar (isso é papo de gente vaidosa)! Você estará consciente de todas as
palavras que disser, de todos os movimentos, de tudo que ouvir, tanto do

Exílio do Jaguar – Mestre Kazagrande – Adjunto Anavo


Ao Doutrinador 113

paciente, quanto do seu Doutrinador. O processo é ao inverso, a


inconsciência vem DEPOIS da incorporação! Vai se apagando tudo e só fica
em sua mente o que foi deixado para seu proveito.

Kazagrande

Exílio do Jaguar – Mestre Kazagrande – Adjunto Anavo


Ao Doutrinador 114

PRIMEIROS PASSOS DO AJANÃ - O “CABOCLO UIVADOR” E O


EMPLACADO

Após a publicação dos últimos artigos sobre as incorporações, recebi vários e-


mails, principalmente de Ajanãs, que protegidos pelo anonimato que a internet
proporciona, puderam enfim expor suas dúvidas e revelar um pouco mais sobre
a dificultosa e grandiosa missão de incorporar uma Entidade de Luz.

Sim, meus irmãos! Como é difícil sentir-se digno de ser um receptáculo da


majestade divina! A consciência que tanto os protege na incorporação, também
fomenta a dúvida e aumenta ainda mais a já tão grande responsabilidade.

Visando trazer um pouco mais de esclarecimento para este tão extenso tema,
volto a tecer alguns comentários sobre o desenvolvimento do Apará.

É preciso todo o carinho e segurança ao tratar com estes médiuns responsáveis


pela Voz Direta. Principalmente com os Ajanãs, que por sua condição masculina
e predisposição natural a liderança, sentem-se inicialmente confusos com sua
tão distinta participação em nossa Doutrina.

O Doutrinador tem a função de comando, de dirigir e expandir seu espírito


científico, mas o Ajanã foi poupado da responsabilidade dos comandos, para
carregar em suas costas unicamente a missão que lhe é confiada, não
necessitando se imiscuir em outros problemas. Deve ter a tranquilidade de não
precisar preocupar-se com todo o restante, vai ao templo apenas para transmitir
as mensagens do céu e ser o portador do equilíbrio, vindo da espiritualidade
Maior. Por isso o grande risco de desarmonizar um Ajanã, que Tia tanto
recomendava.

Suas dúvidas, quase todas decorrentes de sua responsabilidade e consciência,


por vezes atrasam seu desenvolvimento, e mesmo depois de emplacados ainda

Exílio do Jaguar – Mestre Kazagrande – Adjunto Anavo


Ao Doutrinador 115

sentem certo receio de ir aos Tronos. Não por não confiarem em suas Entidades,
mas sim por muitas vezes não se considerarem dignos, ou capazes de tão
grandiosa missão.

Para que um Ajanã seja formado e desenvolva verdadeiramente todo o seu


potencial, é preciso muito carinho, compreensão e segurança dos Instrutores.
Explicar claramente que o primeiro passo é sempre dele, que a Entidade o
respeita profundamente e jamais irá tomar uma posição agressiva, fazendo com
que ele incorpore! Só vai incorporar se quiser, se sentir seguro. Os movimentos,
as primeiras saudações e palavras, são claramente inspiradas e saem pela
vontade do Apará.

Incentivar o médium a soltar a voz é fundamental! Nem que seja para repetir
durante toda a incorporação no desenvolvimento apenas “Louvado seja Nosso
Senhor Jesus Cristo”. A energia do aparelho deve ser liberada para que possa
ser manipulada.

Muitos médiuns de incorporação, ainda em desenvolvimento, se calam por ouvir


somente em sua cabeça a mesma frase. Mas isso é parte do desenvolvimento!
A Entidade o inspira a repetir constantemente a mesma frase ou saudação para
que emita a energia que está acumulada e precisa ser manipulada. É isso! Sim,
é necessário que o aparelho fale! Jamais um Instrutor pode questionar porque
a Entidade só diz a mesma coisa, isso faz parte do processo. A energia emitida
é trabalhada pela Entidade em favor do próprio aspirante.

Dizer o nome da Entidade, no início, por vezes também é fator de preocupação


desnecessária. Normalmente o primeiro nome que vem na cabeça é o nome
projetado pela Entidade. Lembremos que a entidade se apresenta em uma
roupagem, e o nome pertence a esta roupagem que ela está usando. Muitos
espíritos que se apresentam como Pretos Velhos, nunca tiveram uma
encarnação como escravos. São mentores de luz que “vestem” esta roupagem,

Exílio do Jaguar – Mestre Kazagrande – Adjunto Anavo


Ao Doutrinador 116

característica de nossa Corrente, para se apresentarem em conformidade com


nossa leis. Portanto não há nenhum dano se você disser o “nome errado”. Seu
mentor já superou há muito tempo a fase da “mágoa”. Ele estará a sua
disposição, e se necessário, outro nome virá mais tarde, às vezes somente na
hora do emplacamento é que vem um nome diferente, e por vezes com o mesmo
tônus energético.

As primeiras mensagens são realmente difíceis! Parecem vagas, um tanto


superficiais, e muitas vezes acabam novamente gerando dúvidas no Apará. A
missão do Instrutor é esclarecer que isso também faz parte do processo natural
de desenvolvimento. Seria maravilhoso poder incorporar e já sair dando aquelas
maravilhosas mensagens que lemos nas cartas de Tia Neiva, ou ouvimos em
gravações. Mas tudo isso é um processo de confiança e entrega. A Entidade,
além de usar sua energia para realização do trabalho, também tem eu adaptar-
se a sua mente, aos seus conhecimentos, para inspirar as mensagens de acordo
com sua possibilidade inicial. Caso chegasse aos seus ouvidos uma mensagem
com palavras eruditas e desconhecidas para você, será que teria coragem de
falar o que você não conhece? Não questionaria se aquilo não é interferência?
Pois bem, sabendo disso, as Entidades usam palavras provenientes de sua
mente. Isso inicialmente, pois com o tempo, com a sua segurança e confiança,
passará a receber mensagens cada vez mais elaboradas e que só serão
compreendidas pelo próprio paciente e pelo Doutrinador.

Resumindo... Solte a voz, libere-se dos preconceitos, medos e orgulhos! Quando


estiver desenvolvendo não tenha medo de nada, erre se necessário for, mas não
deixe de seguir a intuição. Caso fale alguma saudação que não seja condizente,
ou dê o nome de uma entidade que soe estranho demais para nossa Corrente,
receberá a orientação para que na próxima vez também atente para este
pequeno detalhe. Está em desenvolvimento e são naturais as confusões até
mesmo sobre a energia que está presente. Um Preto Velho batendo no peito
igual ao Caboclo... Sim, os dois, Preto Velho e Caboclo estão ali presentes e o

Exílio do Jaguar – Mestre Kazagrande – Adjunto Anavo


Ao Doutrinador 117

médium em desenvolvimento capta as duas vibrações e ainda não consegue


separá-las, então acontece.

Para maior conforto ainda... Observe o desenvolvimento de um Doutrinador:


Quantas vezes têm que repetir o passe magnético para que acertem? E quantos
ainda acabam errando justamente na hora do emplacamento? O Apará também
tem suas dificuldades e vai errar no princípio como qualquer aspirante.
Kazagrande

Exílio do Jaguar – Mestre Kazagrande – Adjunto Anavo


Ao Doutrinador 118

FÁBRICA DE MÉDIUNS

Nosso Desenvolvimento, em termos de aprendizado das técnicas de


manipulação, é muito rápido. Em apenas sete aulas (ou até mesmo quatro, no
caso de alguns Aparás) o médium pode estar pronto para iniciar seus serviços
na Lei do Auxílio.

Mais três aulas, que podem ser realizadas imediatamente após o emplacamento,
estará pronto para ingressar nos Castelo de Iniciação e inscrever seu nome no
Grande Livro dos Iniciados. Em seguida, sentindo-se apto, pode esperar o
próximo grupo de Elevação de Espadas e buscar seu Segundo Passo Iniciático.

Após a Elevação, que deveria ser confirmada com a participação em um Trabalho


de Estrela Candente, o médium já pode aguardar o próximo Curso de Pré
Centúria e preparar-se para assumir a grande responsabilidade de ser Centurião,
assumindo com isso uma série de compromissos espirituais com a Doutrina e
com seus Mentores.

Tudo isso se processa rapidamente. Em um ano o médium, se assim desejar,


pode ser Centurião! Obviamente seu preparo em termos de conhecimento,
compreensão e evolução, se processa de uma forma muito particular. Alguns
passam muitos anos vagando e divagando em busca de conhecimentos que os
conduza a verdadeira essência da Doutrina: compreender que a missão implica
em um aperfeiçoamento pessoal, tornando-o um ser encarnado com as
premissas do Evangelho de Amor, Humildade e Tolerância.

“Correr” com seu desenvolvimento mediúnico tem um preço... Querer tudo de


uma só vez, acelerar o já tão rápido processo e carregar o peso de Consagrações

Exílio do Jaguar – Mestre Kazagrande – Adjunto Anavo


Ao Doutrinador 119

para as quais não se estava verdadeiramente preparado, tem um custo que


muitas vezes leva o médium a desacreditar de si mesmo.

Infelizmente nem sempre a culpa é da ansiedade do próprio médium, que


ingenuamente acredita que quanto mais rápido obtiver suas consagrações, mais
rapidamente sua vida irá melhorar e ele terá condições de ajudar mais pessoas.
A maior responsabilidade é de quem, já estando preparado, como instrutor, ou
líder, permite que o médium avance sem os necessários esclarecimentos a
respeito de seu compromisso, e da grande responsabilidade que passa a
acumular em cada passo que dá dentro da Doutrina.

Mais triste ainda, é verificar nestas lideranças a intenção de fabricar o Centurião


apenas com o intuito de fazer número, mantendo uma das mais pregações mais
absurdas que já ouvi: “o que importa é a quantidade e não a qualidade”.

Salve Deus!

Iniciar, Elevar e Consagrar Centúria... Tudo ao mesmo tempo, sem preparo e


muitas vezes sem qualquer aula! Isso mesmo! “Deixe as aulas para pagar
depois” ... Isso com a Centúria??? Como um médium que emplacou em um fim
de semana no outro já será Centurião?

Recebi este questionamento da parte de uma Ninfa que passa exatamente por
esta situação... Sente-se assustada, pressente o peso da responsabilidade, mas
não tem nenhuma informação sobre o que está assumindo.

Como vou responder? Eu seria irresponsável se simplesmente dissesse para


confiar que “tudo vai dar certo” ... Aprendi que principalmente a Centúria é coisa

Exílio do Jaguar – Mestre Kazagrande – Adjunto Anavo


Ao Doutrinador 120

muito séria. Que existe uma Contagem na realização das Aulas e que nossos
Mentores também seguem um cronograma de preparação de nosso Plexo.

Compreendo a necessidade por que passam Templos mais afastados e que


devem aproveitar a oportunidade de uma Consagração... Mas querer fabricar
um médium de seu emplacamento, após apenas quatro aulas, para sete dias
depois “transformá-lo” em Centurião, sem qualquer preparo, sem qualquer aula,
será que está tudo bem para a Espiritualidade? Sinceramente não posso crer
na banalização até mesmo da Centúria!

Já presenciei a formação de médiuns fabricados nestas condições e infelizmente


muitos se deformam. Passam a acreditar que sabem tanto quanto qualquer
outro que carregue o mesmo Radar. Sem experiência, sem vivência doutrinária,
sem sequer saber o que estão recebendo: Um título de cientista espiritual,
capacitado a tratar de todo tipo de espírito que se apresente, não tendo nem um
único Retiro completo em sua jornada... Salve Deus!

Entendo que a Consagração é a efetivação do trabalho realizado espiritualmente


para a preparação do plexo. A Centúria é registrada nos planos espirituais como
uma das mais altas Consagrações que um ser encarnado pode receber! A culpa
não é do Médium, embora a maioria das vezes seja ele quem pague o preço,
deformando sua jornada. Já quem permite e incentiva as fábricas de médiuns...
Salve Deus!

Reforço... Existem condições especiais para uma Iniciação e até mesmo para
uma Elevação (embora a Contagem das aulas tenha que ser respeitada). Mas a
Centúria? Salve Deus!

Exílio do Jaguar – Mestre Kazagrande – Adjunto Anavo


Ao Doutrinador 121

SEU POVO

Muitos dos nós procuram a “história do seu Povo” (aquele que recebemos ao
Consagrar Centúria) e, encontrando os “sabe-tudo”, acabam por vezes saindo
com fantasias a respeito deste tema.

Meus irmãos, muito pouco ou quase nada se falou sobre o "Povo", e Tia Neiva
nada deixou sobre qualquer povo especificamente! Qualquer coisa que tenha
visto sobre algum "povo", que recebemos na Centúria, tenha certeza que é a
mais pura invenção.

A única referência que temos é que o "Povo" é a sua linhagem espiritual.


Representa todos seus Mentores e Consagrações. Somente isso!!! Desta forma,
quando invocar, ou mentalizar, o seu povo (Aruçay, por exemplo), estará
vibrando em todos os mentores que lhe assistem, sem invocar a cada um
individualmente. Além disso, nada foi deixado.

Existem diversos pontos em nossa Doutrina que não foram "avinhados" (esse
era o termo que Tia usava), ou seja, não foram colocados em prática verdadeira.
Porém a orientação sobre invocar o Povo, trazendo assim toda sua origem
espiritual, isso foi dito, mas também não foi escrito.

Sem mistérios e fantasias!

Kazagrande

Exílio do Jaguar – Mestre Kazagrande – Adjunto Anavo


Ao Doutrinador 122

AS EMISSÕES - 02 – TURNO DE TRABALHOS

A ideia do Turno de Trabalho visava inicialmente à manutenção física do setor


de trabalho. O Mestre escolhe seu Turno de Trabalho de acordo com sua
afinidade, com esta escolha, estaria se comprometendo a fazer o possível para
auxiliar na manutenção física do setor, visto que pela sua natural sintonia com
o Trabalho, já estaria presente para a realização.

O Trino do Turno deveria ser um Coordenador, que verificasse o que faltava e


buscasse, junto aos Cavaleiros do Turno, suprir a necessidade. Uma pintura a
ser retocada, material (velas, defumador), uma lâmpada queimada, um véu a
ser lavado ou reposto, etc.

Apresentei a explicação em tempo verbal pretérito, porque quase nenhum Turno


se efetivou nesta missão. Algumas coisas em nossa Doutrina não chegaram a
ser “avinhadas”. De qualquer forma, o que você deve ter em mente ao escolher
um Turno de Trabalho é justamente sua afinidade com este setor, e sua
disponibilidade em auxiliar em sua manutenção, não só espiritual, mas também
do espaço físico.

Como é você quem escolhe o seu Turno, obviamente sente mais afinidade com
aquele trabalho, mas não se pode afirmar que tenha mais “força” ou energia que
qualquer outro mestre de Turno diferente durante a realização do Trabalho. Sua
capacidade de manipular as forças está diretamente ligada a sua sintonia. Não
a sintonia COM o trabalho, mas a sintonia DURANTE o trabalho. Salve Deus!

AOS MESTRES CAVALEIROS DOS TURNOS:

Exílio do Jaguar – Mestre Kazagrande – Adjunto Anavo


Ao Doutrinador 123

Meu filho Jaguar, a tua história, rica, é de nobreza, de gestos altos, de ação
heroica e brilhante, de grande esplendor.

O tempo mudou a vida, filho. Procura atualizar os teus pensamentos para criar
e desenvolver aquilo que a noite nos mostrou.

Custei a entender os homens desta tribo e, à beira do abismo, consegui esconder


as suas armas, que, até então, estavam viradas contra seus próprios irmãos.
Logo, armei-me contra mim mesma! E, pelo Caminho de Jesus, essas armas vão
se transformando em amor e tolerância.

Filho, move-se o mundo das descobertas científicas e o Homem, com suas


armas, não saberá para onde ir.

A tecnologia deveria ser a nossa realização, porém, ameaça destruir a Paz!

Em meio dos acontecimentos, filho, temos que nos preparar para assimilar os
fenômenos. Temos que aprender e, para isto, formei entre vocês os turnos em
missões específicas em cada atribuição.

...Meus filhos, estas atribuições são para que cada um de vocês entenda
e se habitue a pensar que temos, também, uma missão material e que
não é possível continuar sem conhecê-la.

Estamos preparados para organizar as Estrelas e seus responsáveis podem


preparar mestres para os dias determinados de trabalhos.

Exílio do Jaguar – Mestre Kazagrande – Adjunto Anavo


Ao Doutrinador 124

... Tia Neiva, em 22 de fevereiro de 1983

Turnos:

ADELANOS/ADELANAS - Tronos Vermelhos e Amarelos; Castelo do Silêncio

AGANAROS/AGANARAS - Atendimento aos prisioneiros, nos Julgamentos e


Aramês

AMOROS/AMORANAS - Indução

GALEROS/GALANAS - Cura e Junção

GRAMOUROS/GRAMARAS - Iniciação Dharman Oxinto

MATUROS/MATURAMAS - Sudário

MURANOS/MURANAS - Desenvolvimento dos Médiuns

SAVANOS/SAVANAS - Randy

TAMAROS/TAMARAS - Oráculo e Cruz do Caminho

TAVORES/TAVANAS - Estrela Candente, Unificação e Pirâmide

VALÚRIOS/VALÚRIAS - Mesa Evangélica

VOGUES/VOUGANAS - Pequeno Pajé

Turnos Especiais:

ADONARES/ADONARAS - Levantamento de recursos financeiros

AVAGANOS - Assessores da Clarividente

DORAMOS - Conselheiros dos Adjuntos Maiores

VENÁRIOS/VENAS - Regentes do Adjunto Maior

VENÁRIOS ESPECIAIS - Substitui o seu Adjunto Maior

O Turno Ajouros nãos consta nesta carta, tem uma carta específica

Exílio do Jaguar – Mestre Kazagrande – Adjunto Anavo


Ao Doutrinador 125

. AJOUROS/AJOURAMAS – Mestre ou Ninfa em missão específica ou especial.

Os Ajouros são mestres conhecedores da Doutrina. Devem estar a par dos


fenômenos. Devem estar sempre atualizados.

Os Ajouros devem sempre defender os Adjuntos, seguindo suas escalas,


fazendo-se compreensíveis, inclusive agindo como conselheiros, sabendo
dominar suas opiniões e fazendo parte das reuniões do Adjunto.

Meu filho Ajouro: não sejas insistente. Terás que atender, em teu sacerdócio, os
Presidentes Triada e seus Adjunto, inclusive a mim, tua Mãe Clarividente, nos
Templos Externos, em trabalhos de mensagens e no Radar.

Meu filho Ajouro: existe em cada um de nós uma voz, que nos alerta sobre o
que devemos fazer. Quando agimos mal, essa voz interior nos repele e nos
culpa. Porém, se praticarmos o Bem, ela nos aprova e nos torna felizes e, assim,
lembrarás de mim!

Enquanto fizeres bem a tua missão, terás o Bem. Se não souberes decidir, nada
receberás! É uma missão delicada. Tia Neiva, em 30 de março de 1983

Exílio do Jaguar – Mestre Kazagrande – Adjunto Anavo


Ao Doutrinador 126

FURANDO FILAS

Uma das piores atitudes de desrespeito doutrinário é “furar fila”.

Infelizmente os médiuns que manifestam esta atitude parecem que realmente


não compreendem o que estão fazendo dentro do Templo.

Um trabalho espiritual é realizado na Individualidade. Sempre repito que


somente com uma mediunização perfeita é que encontramos nosso verdadeiro
“eu”, nosso espírito, e nos tornamos aptos a desempenhar a caridade
construtiva. Construtiva porque vai beneficiar a todos, inclusive ao praticante,
que com ela semeia a ruptura de seus próprios círculos kármicos.

Quem tem responsabilidades no Templo, nas escalas, nos comandos, tem a


obrigação de chegar primeiro e por isso não existe real necessidade de “furar
fila”. Ao saber de seu compromisso, deve chegar com antecedência e posicionar-
se de acordo com sua realidade.

Existem situações excepcionais, mas são excepcionais! Não podem virar


justificativas permanentes para preguiça ou irresponsabilidades.

Um Adjunto de Povo, deve dar o exemplo e chegar antes, porém ele dispõe da
prerrogativa de passar na frente para emitir e acrescentar forças ao Trabalho.

Mestres sem função definida não irão acrescentar em nada passando na frente.
Apenas receberão as vibrações dos que estão percebendo sua falta de conduta.

Conduta, hierarquia, respeito... Acima de qualquer preceito está o Evangelho:


Amor, HUMILDADE e tolerância.

Exílio do Jaguar – Mestre Kazagrande – Adjunto Anavo


Ao Doutrinador 127

Passar na frente na realização da Estrela Candente... O trabalho será executado


com sua presença no começo ou no fim da fila! A harmonia deve estar acima de
qualquer necessidade pessoal ou vaidade. A fila do coroamento deve ser na
ordem hierárquica, mas o preço do posicionamento não deve jamais ser a
desarmonia. Entre um Arcano e um emplacado a diferença que vemos é somente
física, não sabemos quem é quem nos Planos Espirituais. Sua hierarquia
espiritual não está no colete, está em seu coração, em seu espírito, em seu
Amor, Humildade e Tolerância.

Recordo de um Mestre, que não citarei o nome, porque sei que sua humildade
não permitiria. Um Rama 2000 antigo (posteriormente consagrado Arcano de
forma indiscutível e de aprovação unânime). Este Mestre, do Templo Mãe,
viajava muito em missão pelos Templos do Amanhecer (viaja até hoje), mas
sempre que estava em Brasília participava da Estrela. Aproveitava ao máximo
as oportunidades para se “reabastecer”. Bem, eu sempre o via no fim da fila.
Conhecido como era e com as responsabilidade que tinha na Doutrina, ninguém
o questionaria ou se desarmonizaria se ele fosse direto para o começo da fila,
mas ele insistia em manter-se no final. Logo que ele foi consagrado Arcano, e
observando que ele mantinha a mesma atitude, eu lhe perguntei por que não ia
na frente junto com os outros Arcanos. Ele me respondeu:

Meu irmão, eu quase sempre aproveito uma oportunidade para vir trabalhar e
quase nunca tenho a oportunidade de convidar uma Ninfa. Então, como vim
Apona, meu lugar é no final, se conseguir uma Ninfa ainda assim não seria justo
passar na frente daqueles que chegaram cedo já acompanhados e que na
maioria das vezes já ficam lá de pé esperando o início, para poder passar antes.
Além do mais, o trabalho se realiza comigo aqui atrás ou lá na frente, na minha
Individualidade o que vale é o trabalho, não a posição!

Mas agora você é um Arcano, e a fila não é em ordem hierárquica?

Exílio do Jaguar – Mestre Kazagrande – Adjunto Anavo


Ao Doutrinador 128

Sim, mas todos aqui são Centuriões e representam um Ministro. Quem sou eu
para passar na frente do representante de outro Ministro? Ele chegou antes, o
lugar é dele. Eu fico aonde eu chegar e vou sem pressa. Pressa não combina
com trabalho espiritual. Temos horários, não temos correria!

Nunca esqueci esta lição e deste dia em diante larguei mão de querer exigir um
lugar.

Exílio do Jaguar – Mestre Kazagrande – Adjunto Anavo


Ao Doutrinador 129

PARTE V

DO AJANÃ PARA O
DOUTRINADOR

Pequenas homenagens de um Ajanã aos Doutrinadores. Escritas pelo Mestre


Anderson, que me acompanhou nos primeiros anos do Exílio do Jaguar.

Exílio do Jaguar – Mestre Kazagrande – Adjunto Anavo


Ao Doutrinador 130

DO MESTRE LUA PARA O DOUTRINADOR

Anderson Augusto - Mestre Lua

Vós que recebestes uma personalidade, a qual sabia ser o seu maior desafio, e
por isto Cristo Jesus deu-te uma espada, a ser apontada para o próprio peito.

Caminhastes por conquistas e vales de sangue, e hoje podeis caminhar pelo Vale
do Sol.

Encarregastes de vencer a vida pela força, e hoje podeis ser a própria vida em
luz.

Não te humilhastes quando cedes muito de ti, pois de todos já recebes um


pedaço que deixastes.

Ainda que sintas a necessidade de conquistas, estas virão pela tua paz.

Os sofredores por tuas mãos se consolam e por teus sentimentos se levantam.

As monções chegam e dispersam-se, e tu ainda caminhas em passos firmes.

Não há cisão na Nova Terra, pois os fractais que somos seremos o elo.

Na junção, tuas mais leves e concentradas forças, com capacidade de agregar o


incompreensível.

Exílio do Jaguar – Mestre Kazagrande – Adjunto Anavo


Ao Doutrinador 131

Não há tempo sobre o tempo, pois os teus deslizes foram tua própria e
necessária escola.

A luz de Cristo em tua mente, vestes a mansidão e ela te conduzirá ao Reino.

Irmão de todos os necessitados és o farol construído por Koatay 108.

Mais do que um filho tornou-se um igual em alegria, compaixão e na própria


semelhança de energias.

Erguei-vos acima de qualquer diferença, pois elas só encontram-se na forma.

Teu verdadeiro destaque encontra-se na mão que não enxerga a caridade que a
outra faz, pois são da mesma fonte do teu carisma.

A tua verdadeira vitória está na própria renúncia da imposição de certezas


incertas.

Pois Deus apanha os sábios em sua própria astúcia (1 Cor 3:19).

E a tua simplicidade de sentimentos te conduzirá aos mundos encantados.

Mesmo na firmeza do teu comando, seu coração não necessita vibrar em


julgamentos estéreis que só conduzem ao afastamento do Pai.

Exílio do Jaguar – Mestre Kazagrande – Adjunto Anavo


Ao Doutrinador 132

Olhai teus irmãos com os mesmos olhos que te espelham e não tropeçarás nos
mais altos degraus, pois a afiada escada não deslocar-se-á por egoísmo.

Sejais como o próprio Lótus-do-Egito, que surge nas desventuras de um terreno


lodoso.

Não há mais nada em que aventurar-se além da própria presença na Lei do


Auxílio.

Presença que muitos queriam executar, mas que só pelo merecimento os


escolhidos o bem podem construir.

E o chamado continua... Sejais verdadeiramente como o Mestre.

Salve Deus!

Anderson Augusto - Mestre Lua

Exílio do Jaguar – Mestre Kazagrande – Adjunto Anavo


Ao Doutrinador 133

O DOUTRINADOR - RAIO DE LUZ!

Salve Deus! Meus Irmãos e Irmãs, ao observamos o sol podemos perceber que,
o mesmo, ao atingir qualquer objeto projeta uma sombra deste. Aquela sombra,
simplesmente é onde houve o impedimento de que os raios solares se fizessem
presentes. Ela não é em si a parte ruim do objeto, na verdade nem chega a fazer
parte do mesmo, é apenas uma projeção sem luz.

Nossos irmãos que estão na escuridão, desta forma, não são “coisa” ruim ou
algo que se deve combater, pois a luz apenas se faz presente, nada precisa
combater ou mesmo se impor. Estes irmãos são consciências sem
esclarecimento, que um dia se perderam em suas expiações ou provas kármicas,
muitas vezes tendo aumentado seu ódio através de nós mesmos, em outras
eras, quando deixamos de passar-lhes o exemplo do perdão.

A grandiosa mãe clarividente, Tia Neiva, trouxe-nos os filhos do sol, suas


sementes de paz e esperança: os Doutrinadores. Agora as nuvens cinzas de
chuva podem conhecer os raios do sol e se transformarem nas águas da cura
espiritual. Não vivemos mais entre dúvidas da maldade e da disputa, somos
completos por nossa Missão! O conhecimento dos raios de forças tornou-nos
aptos a realização de todas as obras do Grande Simiromba de Deus! Esta é uma
proposta da beleza Universal, onde os irmãos podem se enxergar através dos
olhos da fraternidade.

Quanto mais equilibrado for o Doutrinador, mais o sol estará alinhado com seu
chackras coronário, fazendo com que o mesmo seja capaz de projetar imensa
quantidade de raios de luz e ao mesmo tempo, diminuir a projeção da própria
sombra. A grande dominação que este Mestre melhor pode exercer, é a que é
feita sobre si mesmo. Pois a ativação mental, consequência de tanta energia

Exílio do Jaguar – Mestre Kazagrande – Adjunto Anavo


Ao Doutrinador 134

recebida, pode tornar sua personalidade marcada por eufórico individualismo;


assim, deve buscar o contrapeso em seu coração, para não desviar-se do
caminho da humildade.

O resgate de muitos que ficaram pelo caminho do sofrimento, não é apenas


através das palavras, mas especialmente pelo sentimento e bom exemplo.
Alguém que pretende sair de um pântano não despenderia sua fé em outro na
mesma situação. Por isto, a importância do Mestre não ingerir álcool ou utilizar
entorpecentes, pois estas substâncias rebaixam o seu padrão vibratório,
intoxicam seu centro nervoso, prejudicando seu controle psicomotor e
funcionamento do chackras coronário, e principalmente, o desacredita perante
os que o aguardam para o progresso de suas almas.

Um Doutrinador dedicado é um irmão e filho de confiança, é um pai que sabe


amar os filhos que um dia o maltrataram; é um senhor de plantações de boas
obras, não de escravos; é um Mestre que compreende a morte, mas valoriza a
vida; é aquele em que nós, Aparás, entregamos muito do que recebemos. É a
verdadeira proposta de paz de Francisco de Assis!

Poderia ter algo a pedir, mas graças a Deus, temos a presença de muitos
Doutrinadores esclarecidos, estes que carregarão o jugo leve, pois o bem que
em si cultivam, semeiam a vontade de Cristo Jesus. Não haverá a mais pesada
pedra que bloqueie o caminho de suas mãos, e nem a mais irracional discórdia
que retire a sua capacidade de enxergar Deus em seu irmão.

Salve Deus! Anderson Augusto - Mestre Lua

Exílio do Jaguar – Mestre Kazagrande – Adjunto Anavo


Ao Doutrinador 135

AO DOUTRINADOR

Texto abaixo Mestre Lua Anderson Augusto

AO DOUTRINADOR
Salve Deus! Vejam a grandeza que nos chega!

São os raios do sol, o poder do ouro e da compreensão, envolto em testemunhas


silenciosas, em forças de harmonia, é um novo poder!

É o Doutrinador!

Koatay 108 foi quem nos presenteou e emanou do próprio coração seus filhos
em Cristo Jesus.

Oh! Mestre que percorrestes os mais variados caminhos, dos Cultos a Apolo aos
tristes momentos das guilhotinas; agora tens em mãos o poder que o
Caminheiro vos entregastes através do Simiromba de Deus.

Deixem que as forças emanem de seus centros coronários através do vosso


amor incondicional.

A velha estrada (amor pelo poder) está ruindo, não parem na ponte que um dia
foi construída para chegar até a Nova Era, pois ela também cairá no abismo das
personalidades.

Guerreiros, vossas medalhas (distintivos nos coletes) são o testemunho do


compromisso com a Lei do Auxílio. Quanto mais medalhas lhe forem honradas,
maior o teu compromisso com Deus Pai todo-poderoso na Linha deste
Amanhecer.

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Ao Doutrinador 136

Acreditar-se maior que seu irmão, é estar perdido na mesma seara dos
sofredores, pois um espírito iluminado não conhece o sofrimento e sua luz é
alimentada pela capacidade transmitir o bem que lhe foi entregue.

Vejam irmãos, vivemos as verdadeiras transformações do ciclo espiritual e


terreno, não esperemos um futuro inexistente, pois somente é possível realizar
o tudo no agora.

A ilusão do tempo é uma concessão do Criador para que a pequena planta


transforme-se em aprazível e frutificadora árvore, sentindo todas as nuances de
sua própria natureza.

O maior trabalho está em vós mesmos, elevem vossos pensamentos a Jesus!


Não sejam feridos pelo distanciamento do Mestre através do individualismo.
Recupere as partes de vós mesmos que estão em lugares de escuridão. Essa
escuridão só é mantida pelo julgamento ao teu irmão, pela incompreensão do
Poder Divino, pela intolerância e pela soberba. A simplicidade e a humildade é o
maior poder que alcança os puros de coração. Continuem vossas jornadas,
precisamos de vossa dedicação.

A herança Crística está firmada onde dois ou mais se reunirem na prática do


bem, e neste mundo da dualidade, praticar o bem é amenizar o sofrimento do
teu próximo. Não confundamos firmeza com falta de mansidão, Jesus era firme,
porém sua estrada era trilhada na mansidão do ensino e do exemplo e não da
cobrança e da imposição. Muitas vezes foi duro em palavras com seus seguidores
ou perseguidores, mas apenas para mostrá-los o quanto estavam mergulhados
em suas personalidades e ignorando suas individualidades divinas.

Sejam firmes com vós mesmos antes de jogar a primeira pedra. Mestres! Filhos
da Grande Mãe, qual alegria encontrei-a recentemente assistindo a um trabalho
de tronos, com seus olhos alegres percorrendo a harmonia que iluminava aquele

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Ao Doutrinador 137

Congá, e grande parte desta luz vinha da dedicação e carinho dos Comandantes
dos Tronos, os Doutrinadores!

Grandioso Ministro Olorum, faça de mim uma proposta de paz, faça com que
estes Mestres-Irmãos sintam as forças chegarem, é chegada a hora, onde forças
se encontram, ilumine do caminho do Doutrinador, pois assim ele iluminará o
caminho de muitos. Graças a Deus! Salve Deus!

Anderson Augusto

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Ao Doutrinador 138

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