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CONHECIMENTOS GERAIS
HISTÓRIA
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Esses materiais líticos foram produzidos em pedra e após polidos com areia e água,
eles fazem parte do contexto arqueológico das culturas sambaquieiras e dos grupos
construtores de Cerritos que habitavam as zonas hídricas e alagadiças em Capão do Leão.
Estudos arqueológicos e antropológicos demonstram a presença dessas culturas indígenas
em vários municípios.
O Prof. Dr. Rafael Guedes Milheira, do Curso em Antropologia e Arqueologia da
UFPel explica que em entrevista realizada no ano de 2011 com os operários que coletaram
as peças da coleção, ficou claro que outros objetos; como vasilhas de cerâmica e ossos
(possivelmente humanos) foram escavados e descartados por não apresentarem o mesmo
valor estético.
A partir dos objetos encontrados e das informações dos operários, a equipe do
LEPAARQ-UFPel, sob a coordenação do Prof. Rafael Milheira e através do projeto
“Arqueologia e História Indígena do Pampa: Estudo das Populações Pré-Coloniais na Bacia
Hidrográfica da Laguna dos Patos e Lagoa Mirim”, iniciaram pesquisa em dezembro de
2014, no mesmo local onde foram encontrados há anos atrás os dois zoólitos e as duas
boleadeiras mamilares, nesta área foram identificados e mapeados sete Cerritos pré-
coloniais, todos localizados no entorno da lagoa do Fragata e várzea do canal São Gonçalo,
no município de Capão do Leão.
Nestes sítios situados aos fundos do campus da UFPel em Capão do Leão, entre uma
empresa mineradora de areia e a ECLUSA, foram encontrados pedaços de cerâmica
guarani, e vestígios faunísticos de ossos de miraguaia (alimentação dos cerriteiros). Desta
forma, entre os habitantes mais antigos da região teríamos dois grupos diferentes: Os
charruas e minuanos com ocupações territoriais num tempo mais antigo e os guarani, mais
recentes; tudo dentro do período pré-colonial.
Assim, na composição histórica de ocupação do município e reportando-me na
diacronia ao período pré-colonial, observa-se que os primeiros habitantes foram indígenas, e
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após, principalmente nos séculos XIX e XX, ocorreram migrações em vários períodos
históricos. Eram pessoas que vieram atraídos pelos solos férteis, pela tranquilidade e beleza
do lugar, sendo esse o local de veraneio para algumas famílias ricas de Pelotas, o que pode-
se perceber na arquitetura de algumas casas na Av. Narciso Silva e no Bairro Theodósio.
Também a abundância de rochas graníticas em todo o território de Capão do Leão,
impulsionou a chegada de pessoas atraídas para o trabalhado na extração mineral, esta
classe trabalhadora é denominada de “graniteiros”, ou “cortadores de pedras”, ainda hoje é
atividade laboral de grande relevância social, pois faz parte da história do município. Apesar
que na atualidade esta profissão está entrando em extinção, devido aos trabalhadores mais
velhos estarem se aposentando ou falecendo e a nova geração não se sente atraída para
este ofício.
Um dos fatores que impulsionaram o crescimento populacional, foi a instalação da
empresa mineradora Compagnie Française du Port de Rio Grande do Sul, no bairro Cerro
do Estado em 1909, originando o bairro e favorecendo o crescimento populacional do então
distrito de Pelotas.
Essa empresa além da extração de pedras, construiu uma ferrovia para transportar os
blocos de granito de Capão do Leão e Monte Bonito para a construção dos Molhes da Barra
em Rio Grande/RS. No passado os Molhes da Barra consumiram milhares de blocos de
granito, e hoje são utilizados tetrápodes de concreto.
Ainda encontra-se no censo comum que Capão do Leão possui a “Segunda maior
pedreira do mundo”, no entanto, numa entrevista que fiz ao geólogo Sr. Ricardo, este
explicou-me não ser possível devido ao tamanho territorial do município, o que ocorre é que
Capão do Leão faz parte do Batólito de Pelotas, que é uma estrutura granítica presente em
vários municípios vizinhos, tais como: Piratini, Arroio Grande, Canguçú, São Lourenço, etc,
estendendo-se ao norte do Brasil até Florianópolis/Santa Catarina e ao Sul indo até o
Uruguai.
Cultura
Em Capão do Leão não existe uma predominância étnica e cultural como ocorre em
outros municípios, onde a maioria da população é constituída por descendentes de
imigrantes europeus, frutos das antigas colônias como é o caso de São Leopoldo e São
Lourenço do Sul, composta de alemães, ou Caxias do Sul, por italianos, no qual pode-se
perceber os traços culturais na arquitetura, língua, comida, vestuário, festas, religião, etc.
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O que ocorre no município leonense, é uma diversidade cultural muito grande devido
as miscigenações inter-étnicas, as migrações que vem ocorrendo em diferentes tempos
históricos e aos intercâmbios culturais mediados pela globalização, existindo aqui uma
população com origens e culturas diversas, composta por brancos, afrodescendentes,
descendentes de alemães, espanhóis, portugueses, franceses, italianos, indígenas,
uruguaios entre outros.
No entanto, por estar geograficamente situado no sul do Brasil, no Estado do Rio
Grande do Sul, prevalece a cultura do gaúcho pampeano, do campeiro que lida com as
plantações, criação de gado, ovelhas…, e para celebrar as raízes gaúchas temos o CTG
Tropeiros do Sul e o Levante da Canção Gaúcha, maior festival de música nativista da
região.
Outra cultura que existe há mais de um século é a dos graniteiros, ou também
conhecidos como cortadores de pedra, são homens que através do saber tradicional
passado de uma geração para outra através da oralidade, vem mantendo e aprimorando o
saber fazer do corte da pedra. Na representação desta identidade cultural e em homenagem
a estes trabalhadores, a prefeitura ergueu uma estátua ao Graniteiro no centro da cidade.
Ainda entre as diversidades culturais, a cidade possui a cultura dos esportes de
aventura, ciclismo, motociclismo, rapel, of-road, caminhadas, etc., são geralmente pessoas
que vem de outras cidades para praticar esses esportes, rodeados pela natureza e por belas
paisagens.
Pontos turísticos
downhill, trilhas de motos, quadriciclos, jipes, entre outros veículos. Ainda tem o rapel, que é
uma atividade com cordas de subidas ou descidas verticais pelas rochas das pedreiras
inativas do município, principalmente na pedreira do Cerro do Estado, todas essas práticas
estão acompanhadas de paisagens incomuns nas grandes cidades.
O evento ocorreu na praça do DEPRC, no Cerro do Estado, onde foi cedido além da
área de pistas, alojamento nos antigos escritórios e banheiros com chuveiros. Havia
categorias para adolescentes e adultos, vieram esportistas de diversos municípios: Rio
Grande, Santa Maria, Bagé, Uruguaiana, Pelotas.
Suas trilhas são nos matos do Cerro do Estado, incluindo o Horto Florestal, pois no
Cerro das Almas foi trancado. Eles vem para o município pela proximidade e facilidade de
acesso, pois moram em Pelotas, e pela geografia, que é privilegiada para a prática de
esportes radicais e de aventura.
DADOS GERAIS
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O território leonense localiza-se a uma latitude 31º45’48” sul e a uma longitude 52º29’02”
oeste, é banhado pelos arroios São Pedro e Padre Doutor, e pelo canal São Gonçalo, o
município é cortado pela linha férrea que liga Rio Grande a Cacequi, e pelas BRs 116 e 293.
Possui três distritos: Pavão, Hidráulica e Passo das Pedras e cinco bairros: Centro,
Teodósio, Cerro do Estado, Parque Fragata e Jardim América (maior bairro do município)
Fonte: Atlas Brasil 2013 Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento.
SÍMBOLOS
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
oficializa-se como proposta dominante depois da ECO 92. Propõe a revisão do modelo
economicista e fundamenta-se na descentralização das decisões e no estímulo à
participação dos atores sociais na definição dos rumos econômico e social do território ao
qual pertencem.
Ressalta-se que local não é sinônimo de pequeno, ou micro, mas de uma delimitação
territorial que possua homogeneidade em sua dinâmica econômica e social, atual ou futura.
Assim, o local pode ser um município ou uma região, independentemente das definições
oficiais de Região.
Uma inteligente política de desenvolvimento local constitui uma estratégia consistente e não
só assistencial diante do problema da falta de oportunidades de emprego. O
Desenvolvimento Local é uma estratégia pró-ativa de combate à pobreza e redução das
desigualdades.