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Resumo da 1° apostila - Aprender Antropologia (François Laplantine)

O título da introdução deste livro de François Laplantine é “O campo e a


abordagem antropológicos” e a introdução tem os tópicos: “o estudo do
homem inteiro”, “o estudo do homem em sua diversidade” e “dificuldades”,
os quais serão detalhados a seguir.
Laplantine afirma que apenas na segunda metade do século XVIII é que
começou a surgir o interesse de se ter o homem como objeto de estudo, e
este projeto alcançou suas primeiras realizações no séc. XIX com o
nascimento das chamadas ciências humanas, entre elas a antropologia, a
ciência da época supunha uma dualidade radical entre o observador e o seu
objeto. Então os antropólogos da época estudaram as sociedades ditas
“primitivas” ou “longínquas” como numa situação de laboratório, para assim
compreenderem a organização “complexa” de nossas próprias sociedades.
No começo do século XX, as sociedades primitivas começaram a
escassear, pois nem estas eram poupadas do avanço social e a
antropologia se vê diante de uma crise de identidade e se põe a seguinte
pergunta: “a morte do selvagem há de causar a morte daqueles que haviam
se dado como tarefa o seu estudo?” Três respostas podem ser dadas:
1- O antropólogo aceita sua morte e se refugia em outras ciências
humanas, como a sociologia.
2- Ele sai em busca de um novo campo de estudo: o camponês, este
selvagem de dentro e seu folclore.
3- Ele adota uma postura epistemológica que afirma que a antropologia não
está ligada a um espaço geográfico, cultural ou histórico particular, e sim
que esta é um certo olhar, um certo enfoque que consiste em: a) o estudo
do homem inteiro b)o estudo do homem em todas as sociedades, estados e
épocas.
O estudo do homem inteiro: só pode ser considerada como antropológica
uma abordagem integrativa que objetive levar em consideração as múltiplas
dimensões do ser humano em sociedade. E há cinco áreas principais da
antropologia, que mantém relações estreitas entre si.
A antropologia biológica(ou física):consiste no estudo das variações dos
caracteres biológicos do homem no espaço e no tempo. Antropologia pré-
histórica: estudo do homem através dos vestígios materiais enterrados no
solo. Antropologia lingüística: estuda a linguagem e suas manifestações:
literatura, tradição oral e, mais recentemente, mídias de massa.
Antropologia psicológica: estuda os processos e o funcionamento do
psiquismo humano. Antropologia social e cultural (ou etnologia): diz respeito
a tudo que constitui uma sociedade: economia, técnicas, organização
política e jurídica, sistemas de parentesco, sistemas de conhecimento,
crenças religiosas,etc. Mas o estudo não objetiva o levantamento destes
aspectos, e sim a compreensão da relação entre eles próprios e a
sociedade.
O estudo do homem em sua diversidade: Visando constituir os “arquivos” da
humanidade em suas diferenças significativas, a antropologia inicialmente
privilegiou as áreas de civilização exteriores à nossa. Apenas a distância
em relação a nossa sociedade nos permite fazer esta descoberta: aquilo
que tomávamos por natural em nós mesmos é, de fato, cultural. Daí decorre
a necessidade, em antropologia, de um certo “estranhamento”, a
perplexidade provocada pelo encontro das culturas que são para nós as
mais distantes e cujo encontro vai levar a uma modificação do olhar que se
tinha sobre si mesmo. Presos a uma única cultura, somos não apenas
cegos à dos outros, mas míopes quando se trata da nossa. A experiência
da alteridade leva-nos a ver aquilo que nem conseguiríamos imaginar, dada
a dificuldade em fixar nossa atenção no que nos é habitual, familiar,
cotidiano e que consideramos “evidente”. Aos poucos, notamos que o
menor dos nossos comportamentos não tem realmente nada de “natural”. O
que os seres humanos têm em comum é sua capacidade para se
diferenciar uns dos outros, se há algo natural na espécie humana é sua
aptidão à variação cultural. O projeto antropológico consiste, portanto, no
reconhecimento, conhecimento e a compreensão de uma humanidade
plural, provoca uma ruptura epistemológica, uma revolução do olhar, não há
um “centro do mundo”, tudo (inclusive a cultura) é relativo.
Dificuldades: 1) A primeira dificuldade se manifesta ao nível das palavras.
Etnologia ou antropologia? Etnologia é mais usada pelos franceses, insiste na
pluralidade irredutível das etnias. Antropologia é mais usada pelos ingleses e
estadunidenses, e diz respeito ao estudo das instituições e costumes. 2) A
segunda dificuldade diz respeito ao grau de cientificidade que convém atribuir à
antropologia, pois o objeto é da mesma natureza do sujeito que o estuda. Para
resolver esta questão, propôs-se encarar a sociedade como sistema natural,
então a antropologia seria uma ciência natural, já outros preferem encarar a
sociedade como sistema simbólico, então a antropologia seria uma espécie de
“arte”. 3) Uma terceira dificuldade provém da relação ambígua que a
antropologia mantém com a História. Uns são contra uma relação muito íntima,
enquanto outros alegam que esta relação pode gerar bons frutos, como os de
Gilberto Freyre. 4) A quarta dificuldade provém das oscilações da antropologia.
Se ela seria útil e em que. Ela foi usada desde sempre nas colonizações. E se
o antropólogo deveria atuar para transformar a sociedade em que vive, posição
a qual Laplantine se mostra contrário. Porém, reconhece duas urgências: a)
Preservação dos patrimônios culturais locais ameaçados e b) análise das
mutações culturais impostas pelo desenvolvimento extremamente rápido de
todas as sociedades contemporâneas. 5) A quinta dificuldade diz respeito ao
tamanho deste estudo, pois a antropologia hoje é muito rica, diversificada e fica
difícil abranger todas as suas áreas. Finalmente, afirma que este estudo é para
apreciação de todos, antropólogos ou não.

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