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Horton
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Uma investigação
exegética do
Apocalipse
Stanley M. Horton
A
VITORIA
Uma investigação
exegética do
Apocalipse
CMD
Todos os Direitos Reservados. Copyright © 1995 para a língua portuguesa da
Casa Publicadora das Assembléias de Deus.
236 - Escatologia
Horton Stanley M.
HORa A Vitória Final.../Stanley M. Horton
1.ed. - Rio de Janeiro: Casa Publicadora
das Assembléias de Deus, 1995.
p.344.cm. 14x21
ISBN 85-263-0031-8
1. Escatologia. 2. Apocalipse
CDD
236 - Escatologia
228 - Apocalipse
Ia Edição/1995
/
t 1«
índice
P re f á c io .........................................................................................7
In tro d u ç ã o .................................................................................... 9
A pocalipse 1 .......................................................................... 17
A pocalipse 2 ..........................................................................33
A pocalipse 3 ..........................................................................55
A pocalipse 4 ..........................................................................71
A pocalipse 5 ..........................................................................81
A pocalipse 6 .........................................................................91
A pocalipse 7 ..................................................................... 105
A pocalipse 8 ..................................................................... 117
A pocalipse 9 ..................................................................... 127
A pocalipse 1 0 ..................................................................... 141
A pocalipse 1 1 ..................................................................... 151
A pocalipse 1 2 ..................................................................... 167
A pocalipse 1 3 ..................................................................... 181
A pocalipse 1 4 ..................................................................... 197
A pocalipse 1 5 ..................................................................... 213
A pocalipse 1 6 .......... 221
A pocalipse 1 7 ..................................................................... 235
A pocalipse 1 8 .....................................................................251
A pocalipse 1 9 ..................................................................... 271
A pocalipse 2 0 ................................................................... 289
A pocalipse 2 1 ..................................................................... 303
A pocalipse 22 ................................................................... 321
N o t a s ........................................................................................ 335
Prefácio
Características Literárias
Os eruditos identificam o estilo literário deste livro como
apocalíptico. “Revelação” em A p 1.1 é “A pokalupsis”, no grego;
tem o sentido de “desvendar, descobrir, revelar” . Sua revelação
de Jesus relaciona-se ao desvendam ento dos segredos dos fins
dos tempos. M uitas das verdades reveladas neste livro estiveram
escondidas até este tempo. Outros tipos de literaturas apocalípticas
são en co n trad as no A n tig o T estam ento, esp ecialm en te em
Ezequiel e Daniel. Tais literaturas são m arcadas por im agens
sim bólicas e visões dram áticas e previsões sobre o final dos
tempos. O Apocalipse, contudo, identifica-se a si mesmo como
um a profecia (Ap 1.3, 22.7,10,18,19). E ordenado a João que
escreva o que vê. O livro tem muitos pontos em comum com
outros do Antigo Testamento. A semelhança dos livros proféti
cos, contém não somente profecias, mas cartas, discursos, diálo
gos, cânticos e hinos.
Os cânticos e hinos são proeminentes por causa da presença
e da glória de Deus Pai e do Cordeiro que inspira adoração (veja
4.8,11, 5.8-13, 7.9-12, 11.15-18, 15.2-4, 19.1-8).
A linguagem do livro reflete o estilo dos escritores proféticos
do A ntigo Testamento. N a Ilha de Patmos, João deve ter m edi
tado m uito nas profecias, especialm ente nas de Daniel, Ezequiel
e Zacarias. Todavia, nenhum a delas é citada diretamente. As cri
aturas viventes de A pocalipse 4.5, por exem plo, são descritas
com linguagem similar à das criaturas de Ezequiel 1. Neste, as
criaturas são idênticas um a às outras. Em Apocalipse, entretanto,
elas são diferentes um a das outras. Portanto, as criaturas de
A pocalipse não são as mesm as descritas por Ezequiel. João está
registrando um a nova revelação.
O livro é caracterizado tam bém pelo uso de números, especi
alm ente o sete: sete cartas, sete bênçãos (Ap 1.3, 14.13, 16.15,
19.19, 20.6, 22.7,14), sete selos, sete trom betas, sete trovões, sete
taças. As sete cartas apontam para os eventos do final dos tem
pos. Os sete selos antecipam tais eventos. As sete trombetas tra
zem julgam ento parcial, e antecipam o julgam ento mais com ple
I n tr o d u ç ã o 11
Data
A m aioria dos pais da Ig reja e dos historiadores data o
Apocalipse por volta de 95 a.D., no fim do reinado de Domiciano
(81-96 a.D.). O im perador romano, nesse tempo, aproxim ava-se
do ponto culminante de sua grandeza e prosperidade. Seus exér
citos haviam adicionado os territórios da G rã-Bretanha e A lem a
nha a Roma, mas fracassaram na D ácia (Sudeste da Europa, in
cluindo a m oderna Romênia). E bom notar que a A lem anha O ri
ental, Polônia, Escandinávia e Rússia jam ais fizeram parte do
Im pério Romano. M uitos acham isto significativo quando consi
deram a futura federação das dez nações dirigida pelo Anticristo.
Tal federação parece ser com posta de nações que, um a vez, cons
tituíram o antigo Império Romano.
Alguns eruditos buscam datar o Apocalipse entre 54 e 58 a.D.,
durante o reinado de Nero. Segundo Papias, João teria morrido
antes da destruição de Jerusalém em 70 a.D. M as esse antigo
escritor não merece confiança por ter errado em muitas outras
coisas. Aliás, não temos rigorosam ente os escritos de Papias, mas
somente o que o historiador da Igreja, Eusébio de Cesaréia, que
m orreu em torno de 340 a.D., alega ser proveniente de Papias.(')
Outros tom am o núm ero 666 (Ap 13.18) para referir-se a
Nero.(2) Nos dias do Império Romano, as letras eram usadas como
números, pois os algarismos arábicos ainda não estavam em uso.
A prim eira letra do alfabeto, por exem plo, era usada para o
número um; a segunda, para o número dois, e assim por diante.
Ao se colocar “Nero César” (Imperador Nero) em letras hebraicas,
estas som am 666.(3) Todavia, o A pocalipse foi escrito em grego.
O uso do A lfa e do Om ega (prim eira e últim a letra do alfabeto
grego) m ostra que se tinha em m ente o alfabeto grego, não o
hebraico. A lém disso, a situação geral do livro encaixa-se no
tempo de Domiciano, não no de Nero. A condição das Igrejas e
a pressão dos tempos indicam um período posterior. Considere
mos tam bém de que são pequenas as evidências de que a perse
guição de Nero aos cristãos houveram se estendido às províncias
romanas da Ásia. Portanto, aceito 95 a.D. com o a data em que
o A pocalipse foi escrito.
Introdução 13
As Diversas Interpretações
M uitos tentam fazer do A pocalipse um livro de adivinhações.
Relacionam -no aos acontecimentos de suas respectivas épocas,
para descobrir o que há de acontecer no futuro próximo. Esta
interpretação é m uito proem inente entre os que têm um a visão
m eram ente histórica do livro. Estes intérpretes vêm com paran
do o A pocalipse com a história da Igreja desde o prim eiro sécu
lo, para realçar coisas como o aparecimento do papado e as in
vasões muçulmanas.
Por conseguinte, não conseguem ver a G rande Tribulação no
final dos tempos, pois espalharam os eventos do livro no decor
rer da história da Igreja. Como se vê, cada geração de eruditos
vem retrabalhando a interpretação do Apocalipse, num a tentativa
de encaixar as profecias em suas respectivas épocas.
Outros possuem um a visão preterista do livro, e tentam rela
cionar suas profecias com os eventos registrados no final do pri
m eiro século, tendo-se Rom a e seus im peradores mais proem i
nentes como pano de fundo. Noutras palavras: os preteristas crê
em que a m aior parte do A pocalipse já foi cum prida a muito
tem po atrás, restando-nos dele apenas interesse histórico. D eve
m os observar, porém, que o relacionam ento que eles fazem entre
o texto e o evento é m uito subjetivo e precário.
H á ainda outros que rejeitam a tentativa de se identificar os
eventos do livro com as fontes históricas. Optam por uma visão
idealística do Apocalipse. Vêem os símbolos e figuras simples
mente como representantes da disputa progressiva que há entre o
bem e o mal, com a certeza do triunfo derradeiro da justiça. Acham
que não haverá cumprimento literal de nenhum evento do livro. O
que vemos porém é que, apesar de o Apocalipse ter muitas figuras
simbólicas, representam estas algo real. O A nticristo é chamado
de a besta, mas será um a pessoa real, e cum prirá as predições
feitas sobre ele noutras profecias, tais com o 2 Ts 2.3-12, onde se
diz que Cristo virá pessoalm ente trazer o triunfo final.
A m aioria dos pentecostais e fundam entalistas têm um a visão
futurista do livro. Sob esta perspectiva, tudo, ou quase tudo que
14 A V itó ria F in a l
é narrado após o capítulo quatro, será cum prido num curto pe
ríodo de tempo (sete anos) após o térm ino da dispensação da
Igreja. Será um período de tribulação, ira e julgam ento, que terá
o seu clím ax com o retorno de Jesus em glória para destruir o
exército do Anticristo, e estabelecer seu reino milenial.
Encontram os este período de sete anos nas Setenta Semanas
de D aniel 9.27. De acordo com alguns, apenas os últimos três
anos e meio desse tempo profético. Período este cham ado tam
bém de a Grande Tribulação. Por isso, quando os futuristas fa
lam da Tribulação, ou da G rande Tribulação, não estão se refe
rindo às tribulações comuns, sofrimentos e pressões, que são parte
do viver diário da história da Igreja neste presente século. Sofri
mentos estes causados tanto pelo mundo quanto por Satanás.
D urante a Grande Tribulação, é bom que se diga, será o próprio
Deus quem trará a ira e o julgam ento sobre o m undo que rejeita
a Cristo. A perspectiva de um curto período de tribulação ao
findar a presente era, é sustentada por todos os futuristas, sendo
eles ou não dispensacionalistas.
Os futuristas são tam bém culpados pela form a como divul
gam suas interp retaçõ es do A pocalipse. A sem elhança dos
historicistas, alguns vêm estabelecendo datas para acontecim en
tos futuros, ou tentando deslum brar qual será o próxim o evento,
ou identificar o Anticristo com sistemas e indivíduos. Todavia,
reconhecem os que os futuristas levam mais a sério a realidade
do julgam ento e a certeza da segunda vinda de Cristo do que os
outros intérpretes. Creio ser a visão futurista a que m elhor se
encaixa nas profecias do A ntigo Testamento; é tam bém a que
menos problem as de interpretação apresenta. Conseqüentem en
te, este com entário é claram ente futurista.
Os intérpretes do A pocalipse estão tam bém divididos na for
ma com o abordam o M ilênio (os mil anos m encionados repeti
dam ente no capítulo 20). A m aneira como se encara o M ilênio
afeta a interpretação do A pocalipse como um todo. É necessário
levantarm os, aqui, alguns pontos.
O am ilenism o ensina que não haverá nenhum milênio, pelo
menos não na terra. Alguns simplesmente dizem que, como o
Introdução 15
/
II ■ Saudações às Sete Igrejas na Asia (Ap 1.4-6)
“João, às sete igrejas que estão na A sia: G raça e p a z seja
convosco da p a rte daquele que é, e que era, e que há de vir, e da
dos sete espíritos que estão diante do seu trono; e da p a rte de
Jesus Cristo, que é a f ie i testemunha, o prim ogên ito dos m ortos
e o prín cipe dos reis d a terra. A quele que nos ama, e em seu
sangue nos lavou dos nossos pecados, e nos fe z reis e sacerdotes
pa ra D eus e seu P ai: a ele glória e p o d e r p a ra todo o sempre.
Amém. ”
As sete estrelas que Jesus tinha na sua destra (na sua mão
direita) representam os anjos que ajudam as igrejas ou, mais pro
vavelm ente, os líderes, ou pastores, das igrejas. Estar em suas
mãos significa estar protegido, e muito m ais do que isto, pois a
mão direita é a da ação. Portanto, estas estrelas estão sempre
prontas para serem usadas por Jesus. N enhum perseguidor, ne
nhum inimigo, será capaz de im pedi-los de levar a igreja a fazer
a vontade de Deus, e de sairem vencedores sobre todos os obs
táculos e circunstâncias.
A “aguda espada de dois fio s” que saía da boca de Jesus
seria a sua arm a de guerra. E la é tam bém cham ada de a esp a
da do E spírito, a p o d ero sa P alavra de D eus (ver Isaías 11.4;
49.2; E fésios 6.17; H ebreus 4.12; A pocalipse 19.15). Pode ser
que a espada fale tam bém do ju ízo e punição às igrejas, pois
o ju lg am en to deve com eçar pela casa de D eus (1 Pe 4.17).
(Ver tam bém A pocalipse 19.15, onde espada significa ju lg a
m ento das nações).
A face de Cristo é “com o o sol, quando na sua força resplan
dece” , isto é, quando se torna insuportável aos olhos humanos
devido ao brilho de sua plenitude num dia de verão. Sua aparên
cia após a ressurreição, quando seu corpo foi transform ado e
viu-se livre dos limites do tem po e do espaço, revela a plenitude
de sua glória. É possível que a totalidade daquela glória só foi
restaurada por ocasião da ascensão (ver João 17.5). Podemos ver
que, no cam inho de D am asco, a resplandecente luz de sua glória
foi suficiente para cegar Saulo (ver Atos 9.3,8). O que João vê
é a plenitude da glória de Deus resplandecida no rosto de Jesus;
esta m esm a plenitude não foi perm itida nem a M oisés ver (Ex
33.18-23, especialm ente verso 22; com pare com Êx 34.29; Jz
5.31; M t 13.43; 17.2). Q uando adoramos a Cristo, agora, o E spí
rito Santo faz-nos sentir sua presença. Contudo, somente quando
nosso corpo for transform ado na ressurreição, ou por ocasião do
rapto da igreja, é que será possível contem plá-lo na plenitude de
sua glória, “assim com o Ele é” (1 Jo 3.2; veja também 1 Co
15.51,52).
A p o ca lip se 1 29
A carta à igreja de Esm irna com eça por lem brar aqueles ir
mãos acerca da eternidade de Cristo, e o fato de sua m orte e
ressurreição. Alguns acham que isto é devido à própria história
da cidade, que havia sido totalm ente destruída quatrocentos anos
antes e, depois, reedificada. Tendo isto em mente, podem os ver
a com paixão de Jesus por esses crentes, que eram participantes
de seu sofrimento. Sua m ente tinha de ser reavivada quanto à
sua natureza, salvação e vitória final.
Os cristãos de Esm irna eram obreiros do Senhor, e estavam
sofrendo grande perseguição, pois a cidade era o centro de ado
ração a Zeus e das deusas Cibele e Sipeline. A perseguição atin
gia seus empregos, e os levava à pobreza. Todavia, eles eram
“ricos” na aprovação e bênçãos de Deus.
Eram também perseguidos pelos judeus que rejeitavam a Cris
to, e clamavam ser os verdadeiros adoradores de Deus, enquanto
que, na realidade, estavam sendo controlados por Satanás (“são
sinagoga de Satanás”). À sem elhança dos judeus que procura
ram m atar a Jesus, estes eram filhos do diabo (Jo 8.34,41,44).
N a realidade, desonravam a Deus pela form a como tratavam os
crentes (Rm 2.23-34).
Pouco tempo depois de João ter escrito a esta igreja, Policarpo,
que viveu entre 69 a 156 a.D, tornou-se bispo em Esmirna. Ele
convivera e fora discípulo de m uitos dos apóstolos, incluindo
João. Policarpo pastoreou num período de perigo e perseguição.
Contudo manteve-se fiel aos ensinos e verdades do Evangelho
que lhe haviam sido transm itidos. Quando de seu martírio, recu-
sou-se a salvar a si mesmo, pois o preço era renegar ao seu Senhor.
O triste é que foram os judeus de Esm irna que, além de rejeita
rem a Cristo, quebraram a observância de seu sábado, trazendo
as m adeiras necessárias para queim ar Policarpo até a m orte.(3)
(G1 5.16). Jesus tem aversão pelos ensinam entos e ações daque
les que acham o pecado algo sem im portância, e desencorajam
o viver santo.
Podemos ver com o Jesus odeia os ensinam entos perm issivos
quanto ao pecado, pela severidade com o cham a os im penitentes
ao arrependim ento no versículo 16. Os que erram devem arre-
pender-se, isto é, devem m udar sua atitude quanto a Deus. Caso
contrário: Jesus lutará contra eles “com a espada de sua boca”.
Tudo o que Cristo tem a fazer é pronunciar a Palavra para trazer
a punição. A o se com prom eterem espiritualm ente, mesm o dizen
do-se membros da igreja, os tais haviam se colocado ao lado dos
inimigos do Senhor, aos quais Ele destruirá na sua vinda. A se
m elhança do A nticristo e do falso profeta, serão derrotados e
lançados definitivam ente no lago de fogo preparado ao diabo e
seus anjos.
“E ao anjo da igreja que está em Sardes escreve: Isto diz o que tem
os sete Espíritos de Deus, e as sete estrelas: Eu sei as tuas obras,
que tens nome de que vives, e estás morto. Sê vigilante, e confirma
os restantes, que estavam para morrer; porque não achei as tuas
obras perfeitas diante de Deus. Lembra-te pois do que tens recebi
do e ouvido, e guarda-o, e arrepende-te. E, se não vigiares, virei
sobre ti como um ladrão, e não saberás a que hora sobre ti virei. ”
o Senhor viria a eles com o ladrão, isto é, sem avisar. O que está
im plícito é que Ele virá para julgar, e quando isto acontecer, será
m uito tarde para o arrependimento.
Pelas palavras de Jesus, parece que Ele não está se referindo
à sua segunda vinda, pois dirige-se somente a eles de m aneira
específica. A igreja de Sardes seria o objeto desta vinda. Toda
via, não importa a época da vinda do Senhor; o importante mesmo
é estarm os vigilantes contra o pecado e a indiferença.
tem pos. (O bserve que eles são pessoas reais, pois falaram com
João em A pocalipse 5.5 e 7.13).
xim ar. E, caso o fizesse e rem ovesse o selo, arcaria com a ira
de Rom a.
A B íb lia não ex p lica a razão dos sete selos, seg u id o s p o r
sete trom betas e p o r sete taças. C om o João u sa a lin g u ag em
do A ntigo T estam ento, o núm ero sete é co n stan tem en te re
p etid o (ver G n 2.2; 2 1.28,30; 29.18; Ê x 23.15; 25.37; 29.30;
Zc 4.2,10). A lém , d isso , em D n 9.2 4 -2 7 , as setenta “ sem a
n a s” rep resen tam seten ta p erío d o s de sete anos cada. A ssim ,
desde que o núm ero três é um a re ferên c ia à T rindade, as três
séries de sete ju lg am en to s p arecem in d icar que estes são
ju íz o s do T rino D eus, que hão de aco n tecer na últim a sem a
na de D aniel, id en tificad a com o a G rande T ribulação. Tudo
no cenário en fatiza a im p o rtân cia in co m p aráv el do p erg am i
nho. A “m ão d ire ita ” de D eus m o stra o seu p o d er e a origem
d iv in a do livro. N o rm alm en te, som ente um dos lados das
folhas de papiro é que era usado. C ontudo, este livro estav a
cheio de am bos os lados; sua m ensagem era m uito im p o r
tante. Sete selos d em o n stram a g rande auto rid ad e da m e n sa
gem .
A B íb lia não e x p re ssa c laram en te o que estav a escrito
no liv ro . A lg u ém diz d iz que é o liv ro de D eus p ara o fu
tu ro (co m p a re SI 1 3 9.16; E z 2 .9 ,1 0 ; Zc 5 .2 ,3 ; A p 10.9;
co m p are tam b ém D n 12.2,4 com A p 2 2 .1 0).(*) Se fo r a s
sim , en tão o fato de e sta r fech ad o ta lv e z in d iq u e q u e são
p lan o s de D eus ain d a não re v e la d o s e ex ecu tad o s. O u tro s
d izem ain d a que o q u e e sta v a esc rito no liv ro eram os ju l
g am en to s das sete tro m b etas de um lad o , e os ju lg a m e n to s
das sete taças do ou tro .
O u tro s d iz em , de ig u a l m o d o , q u e, a p e s a r de o liv ro ter
sid o a b e rto p e lo C o rd e iro , Jo ã o n ão dá n en h u m a in d ic a
ção de q ue o te n h a lid o . C o m o os te sta m e n to s a n tig a m e n
te, sob as le is ro m a n a s, eram se la d o s co m sete se lo s, su
p õ e -se q ue o p e rg a m in h o p o d e ria s e r um tip o de te s ta
m e n to ou títu lo de p ro p rie d a d e .(2) C o m p a re Jr 3 2 .6 -1 5 ,
o n d e o p ro fe ta faz c o n h e c id o ao p o v o de Isra e l q u e eles
te ria m sua te rra de v o lta.
A p o ca lip se 5 83
cem os-lhe para sempre. N este hino, podem os ver quão alto foi o
preço de nossa redenção.
Alguns, hoje, querem lim itar a extensão do trabalho de Cristo
no Calvário(3). M as fica claro que Jesus m orreu por todos. Nos
céus, haverá pessoas de todas as tribos, isto é, de todo grupo
racial; de toda língua e povo - term o usado tanto às tribos de
Israel com o aos gentios e toda nação. A Bíblia não poderia ser
mais inclusiva. O sangue de Jesus pagou o preço da redenção de
todo ser humano, de toda raça e cor. Deus deseja que todos lhe
pertençam , pois não quer que alguém pereça (2 Pe 3.19).
Os integrantes de todas as tribos, línguas e nações, que agora
são a possessão com prada e redim ida de Deus, foram tam bém
constituídos com o reis diante de Deus. Ou seja: foram investidos
como “reino e sacerdotes” . Este era o desejo de Deus para com
Israel (Êx 19.6). E, foi exatam ente o que Deus fez em relação à
Igreja (1 Pe 2.5,9). Além , do mais, reinarem os sobre a terra;
com partilharem os o trono de Cristo, com o Ele mesm o prom eteu
aos vencedores, não somente no céu, mas tam bém na terra. Isto
somente poderá acontecer durante o reino milenial - os mil anos
que passarão a vigorar após o retorno triunfante de Jesus, e a
derrota do Anticristo (Ap 19; 20).
perm issão de Deus aos poderes do mal para que levem a cabo
seu nefando trabalho (Ap 9.1,3,5). Parece pouco difícil que Cris
to seja incluso num a com panhia tão pejorativa como a destes
três cavaleiros.
2. O “príncipe que v ir á ” (Dn 9.26), isto é: o A nticristo (3).
N a palavra anticristo, o “anti” significa, no grego, “em vez de” ,
“em lugar de” (com pare com M ateus 20.28, onde Jesus disse
que Ele “não veio para ser servido, mas para servir, e para dar
a sua vida em resgate de m uitos”). N outras palavras: o príncipe
que há de vir não se autodenom inará A nticristo. N em clam ará
ser o Cristo real, sim plesm ente dirá que Buda, Jesus, M aom é e
outros, foram apenas seus precursores, sendo ele o cristo últi
mo e derradeiro - o cum prim ento de tudo o que havia sido
predito. Ele personificará as ideologias políticas e religiosas de
cunho anticristão, que hão de caracterizar a apostasia dos fins
dos tem pos. É possível que este cavaleiro seja o A nticristo. A l
guns vêem o arco sem flechas com o um sím bolo tem porário de
vitória. Isto se encaixaria no fato de ninguém ter sido capaz de
guerrear contra a besta com sucesso (Ap 13.4). Ele inclusive
guerreará contra os santos e os vencerá (Ap 13.7). (Ver com en
tário em Ap 13.7)
3. O desejo p o r conquista. Sendo que nenhum cavaleiro é
cham ado pelo nome, exceto o quarto, que é identificado com o a
morte, é provável que os demais cavaleiros sejam personifica
ções do que há de caracterizar a G rande Tribulação. Com o o
desejo por conquista tem dom inado todo ditador, tal ânsia não
deixará de tom ar conta do Anticristo, pois será ele um ditador
mundial.
tanhas e ilhas. Hoje não há lugar sobre a terra que nos proteja
dos terremotos. N ossa única segurança é aceitar a Jesus. N Ele há
real proteção.
N ão é com alegria que anunciamos a ira e o julgam ento de
Deus que, brevem ente, virão sobre este mundo. Entretanto, é
m aravilhoso poderm os, os cristãos, consolar-nos uns aos outros
com a esperança de sermos arrebatados a encontrar o Senhor nos
ares antes que o julgam ento de Deus com ece (1 Ts 4.17,18). Tal
conforto não deve ser m inistrado de form a leviana. O sentido
im plícito na palavra “confortar” inclui encorajam ento e exorta
ção. Jesus enfatiza repetidam ente que, até que Ele venha, nossa
esperança tem de nos m anter despertos e vigilantes.
Para que esta bem -aventurada esperança (Tt 2.11-14) se con
cretize, deve ser acom panhada de um repúdio aos desejos m un
danos e pecaminosos. Devemos viver sóbria, ju sta e fielm ente a
Deus neste mundo. Devem os lem brar que o Cristo que servimos
entregou-se a si m esm o para redim ir-nos de todo o pecado e
purificar-nos, fazendo de nós um povo escolhido; um povo que
se em penha a realizar as obras que agradam a Deus.
Os sinais catastróficos levam os m oradores da terra a ficar
cientes quanto à chegada do dia do julgam ento; o dia da ira do
Cordeiro já é um a realidade.
As sete classes de pessoas m encionadas no versículo 15 in
cluem todos os líderes e todo o povo com um da terra. Os líde
res são m encionados m ais especificam ente. Entre os “reis” , p o
dem os contar os presidentes, ditadores e outros chefes de esta
do. “Os hom ens ricos” são tam bém contados com os podero
sos. “Os tribunos” são identificados com o os oficiais m ilitares.
M as todos eles não prevalecerão no dia do julgam ento divino.
O povo com um inclui “o servo” e o “liv re” . Vemos, assim , que
nenhum a das classes sociais deixará de ser afetada por tais
catástrofes.
O fato de todos os povos da terra estarem aqui incluídos é
outra indicação de que o arrebatamento já terá acontecido, e que
a verdadeira Igreja, os vencedores, os vitoriosos já estarão com
o Senhor. N ão há, pois, menção da Igreja nesta passagem.
104 A V itó ria F in a l
João vê, agora, sete anjos que estavam diante de Deus, dis
postos a cum prir a sua vontade. Em bora não sejam identificados,
foram selecionados para receber as sete trom betas. A Bíblia não
o declara, mas foi o próprio Deus quem deve ter-lhes dado as
trom betas, pois eles achavam -se em sua presença. Essas trom be
tas são feitas provavelm ente de prata, idênticas as usadas no
Tabernáculo (Nm 10.2) e no Templo (2 Cr 5.12). Este tipo de
trom beta era usada ainda nas batalhas (Nm 10.1-10; 31.6; Os
5.8).
Tam bém nada é dito sobre m ortes até este ponto. O m aior efeito
sobre a terra virá do fogo, que queim ará um terço das árvores e
de toda a vegetação. Isto difere de um a queim ada usual que, às
vezes, ocorre quando se está na época de seca. Trata-se clara
m ente de um julgam ento divino. O fogo fará com que muitos
anim ais fiquem sem alimentação. Que aviso para todo o mundo!
/
VII ■ A Segunda Trombeta: Uma Montanha E Lançada ao
Mar (Ap 8.8,9)
“E o segundo anjo tocou a trom beta; e f o i lançada no m ar uma
coisa com o um grande monte ardendo em fogo, e tornou-se em
sangue a terça p a rte do mar. E morreu a terça p a rte das criatu
ras que tinham vida no mar; e perdeu-se a terça p a rte das naus. ”
ter sido criada especialm ente por Deus para gerar am argor su
ficiente para dissolver-se nos rios da terra e nos canais subter
râneos, tornado as águas am argas com o o absinto. Não há ne
nhum a indicação de que esta seja um a estrela conhecida de
nossa constelação.
“A bsinto” , designação dada à estrela, ou m eteoro, vem do
nom e de um a planta mui amargosa. O term o é usado no Antigo
Testamento para sim bolizar os resultados do pecado (Pv 5.3,4; Jr
9.15; D t 29.18; Lm 3.19). O term o é tam bém traduzido por fel
nalgum as versões (Am 6.12).
A estrela recebe este nom e por fazer com que as fontes de água
potável tomem-se amargas O absinto daqueles dias, e que vinha
duma planta de mesmo nome, não causava a morte. Contudo, o
grego ek, neste versículo, mostra que o beber daquela água provo
cará a morte de milhões de seres humanos. Deste modo, a estrela
não se limita a deixar a água amarga, mas a tom a venenosa.
D esde que um terço das águas tornaram -se venenosas, os
“hom ens” (“antropon” , literalm ente “seres hum anos”), provavel
m ente um terço dos que aqui estiverem habitando, perecerão. A
repetição desta fração indica que, os m oradores da terra, naque
les dias, não hão de considerar tais eventos com o algo natural,
mas atos e advertências de Deus, cujo objetivo é levar os sobre
viventes a implorar-lhe o perdão. Infelizmente, muitos destes hão
de recusar o convite para o arrependimento.
esta ocasião de juízo. Outros crêem que, como são seres espiri
tuais invisíveis, João lim ita-se a descrever o seu caráter e natu
reza. E, ao mesmo tempo, tenta dem onstrar a seus leitores os
terríveis sofrimentos que os gafanhotos infligirão à hum anida
de. (" ) M as a linguagem de João, aqui, indica que esta é a forma
com o ele os viu na visão. Se a linguagem é figurativa e não
literal, representa m esm o assim um a realidade que de fato virá
sobre todos os que não tiverem o selo de Deus em suas frontes.
João aqui já está no fim de sua visão referente aos cinco meses
de tortura provocada pelos gafanhotos. Um ai é passado; aqueles
já foram embora. Seu destino final será o lago de fogo preparado
para Satanás e seus anjos (M t 25.41). M as “dois ais “ ainda estão
por vir; serão piores que os primeiros. O segundo ai será intro
duzido pela sexta trom beta. O terceiro o será pela sétima trom
beta, desencadeando as sete taças da ira de Deus. Como vere
mos, quanto mais severos os julgam entos, mais duro o coração
do hom em se torna em relação a Deus.
A pós o sexto anjo haver tocado sua trom beta, uma voz pro
cede das quatro pontas do altar de ouro que está diante de Deus.
O incenso que sobe junto ao altar representa as orações dos santos
(Ap 8.3,4). Assim, o julgam ento que se segue é uma expressão
a m ais da justiça de D eus e de sua ira santa contra o pecado e
a rebelião, que foram os causadores do sofrimento, tortura, e
m orte dos seus santos. Alguns crêem que que a voz, no versículo
13, é a do anjo vingador que ministra o incenso sobre o altar.(!3)
Outros dizem ser a voz dos mártires que estão sob o altar. A sua
voz anteriormente, todavia, era de súplica; é difícil im aginá-los
dando semelhante ordem (Ap 6.9,10).(14) A inda outros supõem
ser a voz do Cordeiro, cuja morte e sangue expiatório têm sido
rejeitados, ou ignorados, por aqueles que estão para ser subm e
tidos ao julgam ento.(15) N a verdade, a voz não é identificada. O
anjo de A pocalipse 8.3,4 parece ser um boa alternativa.
A p o ca lip se') 135
Pela terceira vez, João ouve a voz vinda do céu (ver A p 4.1;
10,4). Ele recebe ordens de ir até o anjo, que estava com um pé
A p o c a l i p s e IO 147
perm aneceu vazio até ser novam ente deitado por terra em 70 de
nossa era. Assim , a arca do tem plo celestial deve ser um a arca
simbolizando o que a Epístola aos Hebreus nos m ostra com o um
novo e m elhor testam ento, ou concerto, feito através do sangue
de Cristo que “ofereceu-se a si mesm o im aculado a D eus” (Hb
9.14; 8.16,12; 9.11-14, 24-28).
D o templo celestial e da arca verdadeira, e portanto da pre
sença de Deus, saem trovões, terrem otos e grande saraivada. A
m enção do terrem oto e da saraivada m ostra que tais distúrbios
caem sobre a terra com o uma indicação de que mais julgam entos
estão por vir - julgam entos que trarão o fim deste sistem a m un
dial e do governo do Anticristo.
/A 17
JS Ií
Apocalipse
Capítulo 12
A atenção de João tem-se voltado, até agora, aos eventos que
se deram em volta do trono. Mas com a sétima trombeta, introdu
zindo as sete taças de severos julgam entos (ver comentário em Ap
11.15), verifica-se um interlúdio, onde sete personagens, e quatro
conflitos com Satanás, passam a ser mostrados ao evangelista.
sua fé foi m aior que o seu tem or diante da morte, “pois eles mio
tinham suas vidas por preciosas” .
falso profeta. Mas Deus trará sobre a terra mais julgamentos, der
ramando sua ira sobre um mundo que se acha rebelado contra Ele.
D eus não esquece seu povo que está sendo perseguido. Sata
nás não será capaz de im pedir que a m ulher alcance o lugar que
D eus lhe tem preparado no deserto, (v.6) Ela recebe “asas de
um a grande águia” para que possa fugir para esse local, onde
será alim entada por “um tempo, tem pos, e m etade de um tem
po”, ou seja: por três anos e meio.
O Apocalipse ainda está usando a linguagem e a tipologia do
A ntigo Testamento. As “duas asas de um a grande águia” reflete
a figura usada em Êxodo 19.4, onde D eus assim consolou a Is
rael: “Levei-vos sobre asas de águia e trouxe-vos a m im ” . As
asas de águia são símbolos do poder pelo qual Deus quebrou o
Apocalipse /2 I 77
trole sobre dez nações (Dn 7.24; 9.27). M as no meio dos sete
anos, quebrará o concerto, exigirá adoração e assum irá o contro
le sobre todas as nações do mundo. Reinará, então, por três anos
e meio até que Jesus volte novam ente com o uma cham a ardente
e em triunfo com o no-lo descrevem 2 T essalonisenses 1 e
Apocalipse 19.
Em Daniel 7.8,20,25, há a descrição de um pequeno chifre
que, eventualm ente, se levantará das quatro bestas que represen
tam o Anticristo. Ele tem “olhos como olhos de homens, e um a
boca que fala grandes coisas” . E explicado a Daniel que este
pequeno chifre fala grandes coisas contra o Altíssim o, e fará
guerra contra os seus santos.
À b esta é dada um a bo ca p ara d iz er grandes coisas. A
eloquência não é sua; provém do dragão (o próprio Satanás), que
se acha atrás de todo este processo. As blasfêm ias que a besta
profere são dirigidas “contra Deus... seu nome, e seu tabernácu
lo” e contra os que habitam nos céus.
As blasfêm ias da besta não se constituem necessariam ente de
m aldições ou linguagem vulgar. O que ela faz é difam ar Deus,
negando-lhe a glória, a autoridade, o poder e o governo. Como
os agentes de Satanás nas igrejas liberais e universidades, a besta
indubitavelmente também negará as verdades da palavra de Deus,
e rejeitará sua inspiração, infalibilidade e autoridade.
Blasfem ar o nome de Deus significa que falará contra a natu
reza e o caráter de Deus. N egará a santidade do Altíssim o, sua
justiça, fidelidade, amor, m isericórdia e graça.
B lasfem ar contra o tabernáculo celestial significa negar que
D eus esteja m anifestando sua g lória no Santo dos Santos
celestial. Significa tam bém negar que o sangue de C risto tenha
sido apresentado diante de Deus um a única vez por todas, com o
sacrifício com pleto por nossos pecados, sendo algo necessário
para garantir-nos o perdão de nossos pecados e a salvação de
nossas almas.
Blasfem ar “dos que habitam nos céus” significa que a besta
difam ará os santos de todos os tempos bem com o dos m ártires
que tiverem sido m ortos por terem se recusado a receber-lhe a
A p o c a lip se /.í I 87
se adm irar que Jesus haja declarado que haverá choro e ranger
de dentes quando, os que se acharem nas trevas exteriores (fora
do novo céu e da nova terra), virem, do outro lado, a ilum inada
N ova Jerusalém , e se aperceberem de tudo quanto perderam (M t
25.30,41).
sua missão é estar apenas entre os outros sete anjos, para derra
m ar a terceira taça da ira de D eus sobre as águas.(7)
Este anjo, porém, age de maneira diferente. Apresenta a razão
de ser desta praga horrível; proclama a justiça de Deus. À seme
lhança de Abraão, reconhece o Senhor Deus como o Juiz de toda
terra (Gn 18.25). Ele também exalta o Senhor como o “Eterno
Deus, o Santo, que és, que eras, e sempre o serás” . Em razão do
que Deus é, sempre agirá de acordo com a sua natureza santa e
justa. E, de fato, o anjo reconhece ter já o Senhor Deus dem ons
trado sua verdadeira natureza aos julgar os seguidores do Anticristo.
Deus dem onstra sua santidade e perfeita justiça ao ju lg ar os
povos da terra, dando-lhes “sangue a beber” . Eles são culpados
por haverem derram ado o sangue dos justos. Faziam parte de um
sistem a que prim ara em martirizar os santos e profetas.
“Santos” são os crentes do N ovo Testamento que viveram vi
das consagradas a Deus e dedicadas ao seu serviço apesar das
muitas perseguições. D esde Estevão, o primeiro m ártir da Igre
ja, aos dias de hoje, milhares de cristãos têm sido m ortos por
causa de seu testem unho e am or a Cristo. M uitos ainda hão de
selar a sua fé com o próprio sangue.
“Profetas” são os porta-vozes de Deus. Esta passagem aplica-
se principalm ente aos profetas do N ovo Testamento usados pelo
Espírito Santo para fortalecer, edificar e encorajar os crentes da
igreja local. À sem elhança dos profetas do Antigo Testamento,
não temeram expor suas vidas até o ponto de perdê-las por amor
a Cristo e ao Evangelho.
Nestas pragas finais, fica evidente estarem já mortos os que
se recusaram a receber a marca da besta. Quanto aos que a to
maram, são culpados pela morte destes mártires. A expressão
“eles são dignos” é irônica; significa que os ímpios “m erecem
tom ar das águas tornadas em sangue” .
N o versículo sete, outra voz “procedente do altar” confirm a a
m ensagem do “anjo das águas” . O que fala não é identificado.
Alguns com entaristas acham que o altar é personificado como
estando a falar. Porém , o grego ek - “que sai do” - parece distin
guir entre o altar e quem realm ente fala. Trata-se provavelm ente
de outro anjo. Este afirm a que ninguém pode questionar os atos
226 A Vitória Final
grande terrem oto. E a grande cidade fen deu -se em três partes, e
as cidades das nações caíram ; e da grande B abilônia se lem
brou Deus, p a ra lhe dar o cálice do vinho da indignação da sua
ira. E toda a ilha fugiu; e os m ontes não se acharam. E sobre os
homens caiu do céu uma grande saraiva, p ed ra s do p eso de um
talento; e os homens blasfem aram de D eus p o r causa da p ra g a
da saraiva: porque a sua p ra g a era mui grande. ”
27.5-24; compare também o que Deus fez para prover tais bênçãos
m ateriais em Ez 16.9-13). Um luxo extravagante como este era
encontrado tam bém em Rom a nos dias de João. N oventa por
cento dos produtos do Império Rom ano eram destinados a enri
quecer a cham ada cidade eterna. A lista representa os produtos
que o mundo, no fim desta era, estiver considerando com o va
liosos. U m a grande parte dos negócios e do comércio, hoje, tem
a sua riqueza proveniente de extravagâncias similares.
Na lista fornecida pelo anjo acham-se ouro, prata, pedras pre
ciosas, diamantes e pérolas. Estas coisas, símbolos de riqueza, luxo
e posição, tão procuradas, hoje, ninguém as poderá comprar. O
estoque de mercadorias inclui também linho fino, usado por pes
soas proeminentes no tempo de João. Os tecidos vermelho e púr
pura brilhantes eram tingidos com uma tintura extraída de um
marisco chamado “murex” ; o seu preço era tão alto que se limi
tava ao vestuário da monarquia. A seda e a fazenda escarlata,
também de alto preço, eram usadas por oficiais do exército rom a
no. A estocagem de tais itens e produtos significa que nem os
ricos c os funcionários do governo terão condições de comprá-los.
H á outros artigos que, igualm ente, não podem ser encontra
dos como, por exem plo, a m adeira odorífera (deve ser o thine ou
citkori), cujo fruto é pouco m aior que o limão, exala um cheiro
agradável e era usada para o fabrico do incenso. Incluem-se, ainda,
todo o objeto de marfim, de madeira preciosíssima, artigos e vasos
de cobre e bronze. O bronze, m encionado na Bíblia de Almeida,
era uma m istura de cobre com outros metais. São mencionados,
de igual forma, o ferro e objetos de ferro, m árm ore e m anufatu
ras de mármores. A maior parte desses objetos era usada para
decoração, pois sua beleza era mui apreciada. Eles faziam parte
do luxuoso m obiliário das casas e palácios.
A lista continua: especiarias e perfum es, tanto como alimento
com o para outros usos. A canela é m encionada prim eiro entre as
especiarias e perfum es. Na continuação da lista, há perfum e, ou
odor - incenso para ser queimado, e bálsamo.
Alguns m anuscritos gregos antigos incluem com o especiaria
a “am om um ” . “O dores” aparecem tam bém no plural, incluindo
262 A Vitória Final
O utra vez sai a voz do trono (vede 17.17) com a ordem para
que todos os servos de Deus continuem a louvá-lo. Alguns acham
que a voz pertence a um dos quatro seres viventes que se encon
A pocalipse I ‘) 275
cum prim ento de suas prom essas, pois seus santos com eçam a
experim entar a plenitude de sua herança.
Conseqüentem ente, o quarto “aleluia” ressoa num volum e de
som igual às muitas águas e aos fortes trovões. Ele é digno de
louvor porque é o Senhor, o nosso Deus pessoal. Ele é o Todo-
poderoso! Em bora sempre tenha ocupado o trono celestial, co
meça a reinar agora de m aneira diferente.
A quele que é a palavra viva, tam bém é “Rei dos reis e Senhor
dos senhores” . O nome está exposto à vista de todos. Ao após
tolo Paulo já havia sido revelado que este era o nom e de Jesus
(1 Tm 6.15). E o próprio João declarara em A pocalipse 17.14
que Jesus, com o “Senhor dos senhores e Rei dos reis” , venceria
a todos os adversários.
Alguns intérpretes explicam porque o nome de Jesus acha-se
escrito em dois lugares. Sobre o manto, pois era onde os antigos
conquistadores guardavam suas espadas; e, sobre a coxa para ser
284 A Vitória Final
mento de muitas profecias (SI 2.8; 24.7; Is 9.7; 11.6-10. 35.1,2; 61.3;
Jr 23.5,6; Ez capítulos 40 a 48; Dn 2.44; Os 1.10; 3.5; Am 9.11-15;
M q 4.1-8; Zc 8.1-9; Mt 9.28; At 15.16-18; Ap 2.25-28; 11.15).
O versículo quatro trata de dois grupos de pessoas. O prim ei
ro é com posto por aqueles que se assentam no trono para julgar,
ou governar, como a palavra é usada muitas vezes no Antigo
Testamento. A pesar de a Bíblia não identificar este grupo, al
guns sugerem seja ele com posto pelos vinte e quatro anciãos.
N este caso, porém , eles não são assim id e n tificad o s pelo
evangelista. O mais provável é que estejam eles representando
os santos de todos os períodos da Igreja (2.26,27; 3.21). Todos
eles hão de retom ar com o Senhor Jesus para destruir o Anticristo
e estabelecer o reinado milenial (Ap 19.14; com pare M t 13.30,
34-43; 24.31). Junto com eles, estão os doze apóstolos e as doze
tribos de Israel (Lc 22.30).
A cham alguns estudiosos que, os que se acham sentados nos
tronos, estarão ocupados durante o M ilênio cuidando dos deta
lhes do julgam ento divino.(') Outros interpretam a palavra “ju l
gar” com o significado que o A ntigo Testamento lhe dava: “go
vernar” . A pesar de o derram am ento da ira de D eus durante a
Grande Tribulação trazer m orte a muitos, a destruição final pa
rece aplicar-se, antes de mais nada, aos exércitos do Anticristo.
Se assim for, provavelm ente haverá milhões de descrentes por
esse tem po em todo o mundo.
Provavelm ente muitos serão os sobreviventes da Grande Tri
bulação. H á intérpretes que acreditam que som ente os santos
estarão presentes no M ilênio, e que o term o “reinar” signifique
apenas desfrutar os privilégios de reis e sacerdotes para com Deus.
Se for assim, então terá de haver um a ressurreição de descrentes
no fim do M ilênio, para que alguns possam seguir a Satanás. Os
crentes, com seus corpos glorificados, já estarão partilhando do
triunfo de Cristo, e nunca mais serão tentados por Satanás. Além
dos vencedores provenientes da época da Igreja, João vê almas,
isto é: pessoas vivas. Este segundo grupo inclui os mártires da
G rande Tribulação (Ap 6.9-11; 12.15). Estes tam bém já terão
ressuscitado (vede com entário no verso seis).
A pocalipse 20 293
Apocalipse
Capítulo 21
“E vi um novo céu, e uma nova terra. Porque j á o prim eiro céu
e a prim eira te rra passaram , e o m ar j á não ex iste” (Ap 21.1).
pergam inho” (Is 34.4). Ele tam bém viu que “os céus desapare
cerão com o fumo, e a terra envelhecerá com o vestido” (Is 51.6).
Deus criará então um novo céu e uma nova terra que hão de
perm anecer para sempre (Is 65.17; 66.22).
Jesus tam bém reconhece que o céu e a terra que agora exis
tem passarão (Mc 13.31). De igual m odo interpretou Pedro (2
Pe 3.10-12). Alguns tom am o “derreterão” (2 Pe 3.10) para sig
nificar “ser livre”, “solto” , “quebrado” , e crêem que isto seja
m eram ente um a renovação da superfície da presente terra. M as
2 Pedro 3.12 usa um a palavra diferente para “derreter” que, no
contexto, pode significar “derreter até se consum ir”. A idéia
contida é que a m atéria total do universo será transform ada em
calor e energia, algo que a ciência m ostra ser perfeitam ente
possível. H aja vista o que ocorre quando os elétrons e prótons
se encontram .
Que a nova terra será com pletam ente diferente é vista no fato
de que “não haverá mais o m ar” . Os oceanos são necessários à
oxigenação da atmosfera da terra. A falta de mares, portanto,
sugere que toda a econom ia da nova terra será diferente. Assim
como Jesus foi capaz de subir ao céu em seu corpo ressurreto e
sem ro u p as esp eciais, assim tam bém nós, com os corpos
ressurretos, não teremos as carências e lim itações impostas pelo
corpo atual.
A prom essa “eu serei seu Deus, e ele será m eu filho” - pri
m eiram ente dada a Israel, depois à linhagem de Davi, e então à
Ig reja , ch eg a aqui ao clím ax (G n 17.7; Ê x 19.5,6; 2 Sm
7.13,14,16; 2 Co 6.16,18; G1 3.29; 1 Pe 1.9,10).
Jesus confirm a ter enviado seu anjo “para testificar estas coi
sas às Igrejas”. Ele quer que a m ensagem espalhe-se por todos
os lugares até à sua vinda. Semelhante convite, já fizera quando
m inistrava na terra (M t 11.28).
A seguir, Jesus identifica-se como “a raiz e a geração de Davi” ,
o cum prim ento das prom essas divinas feitas ao filho de Jessé
quanto a um trono eterno (Is 11.1-12; Rm 1.3). Ele é tam bém “a
resplandescente estrela da m anhã” . A estrela da m anhã talvez
seja um a referência ao próprio Sol, e não ao planeta Vênus. O
A ntigo Testamento vê o Sol com o a estrela que traz a manhã.
Sim, Jesus é o prom etido Sol da justiça (Ml 4.2; SI 84.11; M t
17.2; 2 Pe 2.19; Ap 1.16).
330 A Vitória Final
arrebatados juntam ente com a Igreja, mas ficarão para trás, e hão
de ser enganados pelo Anticristo. Sofrerão todas as pragas des
critas nos capítulos 9 a 16 do Apocalipse.
Tendo em vista os falsos profetas, tal advertência faz-se
m ui necessária (M t 24.11). Falsos m estres e p rofetas perv er
tem o significado das E scrituras deliberadam ente. Já no tem
po de Paulo, agiam assim , quanto m ais agora (G1 1.6-8). M as
à sem elhança dos bereanos, precisam os exam inar cuid ad o sa
m ente a B íblia para que jam ais venham os a ser enganados (At
17.10,11).
Deve ser observado tam bém que a advertência de Jesus não
é concernente as diferentes traduções da Bíblia. Cada língua
hum ana possui uma maneira específica de dizer um a mesma coisa.
M esm o assim, nossos tradutores devem prim ar pela fidelidade
aos originais. Quanto aos que torcem a Palavra de Deus, muito
cuidado! Lem brem o-nos de que o texto fora de seu contexto dá
sem pre ocasião aos erros e heresias. Os que assim procederem,
D eus tirará a sua parte da herança prometida; seus nomes serão
riscados do livro da vida; não poderão entrar na N ova Jerusalém.
O destino dos tais será o lago de fogo.
A pesar de os versículos 18 e 19 lidarem especificam ente com
as profecias do Apocalipse, o m esm o princípio aplica-se a toda
a Bíblia. M oisés falou ao povo de Israel: “N ada acrescentareis à
palavra que vos mando, nem nada dim inuireis dela, para que
guardeis o m andam ento do Senhor vosso D eus, que eu vos
m ando” (Dt 4.2). Jesus fez igual advertência: “A té que o céu e
a terra passem, nem um jo ta ou um til se om itirá da lei, sem que
tudo seja cum prido” (M t 5.18).
“sim, de fato” . Sua últim a prom essa repete a certeza de que Ele
cedo virá. Sua cham ada é urgente. Ele deseja que vivamos aguar
dando seu iminente retorno. Andemos, pois, na luz (Is 2.2-5).
Purifiquem o-nos a nós m esm os “assim com o ele é puro” (1 Jo
3.2,3).
Respondam os, pois, com o João: “Ora vem, Senhor Jesus” .
A lém de ser um a expressão que dem onstra o anseio pela volta
de Cristo, esta oração é um reconhecim ento de que, realmente,
estam os esperando pela sua vinda para com pletar-nos a reden
ção. Teremos de esperar por sua vinda para gozarm os a plenitu
de de nossa herança. Q uando Ele vier, o mal e o pecado serão
derrotados. E as promessas das boas coisas do Reino de Deus
hão de se concretizar.
Os que amamos a Jesus, amamos conseqüentem ente a sua
volta. Esperem os, por conseguinte, pelo seu breve retorno. Que
esta visão jam ais se apague.
Estejam os certos quanto às verdades proféticas deste livro,
porque aquEle que testifica é o Verbo Deus (Jo 1.1,14; Ap 19.13).
Ele é a resplandescente estrela da manhã (Ap 22.16), o Sol da
Justiça (Ml 4.2). Virá para levar os crentes à casa do Pai (Jo
14.1-3; 1 Ts 4.16-18)’ Tam bém virá para reinar como Rei dos
reis e Senhor dos senhores (19.16). M antenham os viva esta es
perança, am ando e desejando o seu retorno até que o dia am a
nheça (2 Tm 5.8; 2 Pe 1.19).
Que os descrentes achem estranho o fato de não nos juntar
mos a eles em seus desejos, imoralidades e outros excessos. Não
nos ajuntam os a eles, pois sabemos que devem os prestar contas
a Cristo, que julgará os vivos e os mortos (1 Pe 4.3-5). Não nos
ajuntam os a eles, porque tem os em vista um a m aravilhosa e
gloriosa recom pensa. N ossos corações acham -se plenos do amor
de Cristo, que deseja converter os pecadores dos seus maus ca
minhos. Temos tido, de igual modo, uma experiência real com
Jesus. Seu retorno é certo. E a convicção de nossos corações.
Num m undo onde o mal, a corrupção, a violência e todos os
tipos de perigos aumentam, esta certeza é a esperança que nos
mantêm em pé.
Apocalipse 22 333
Introdução
(1) R.C.Charles, A Critical and. Exegetical Commentary on
the Revelation o f St. John, 2 volumes. The International Critical
C om m entary. S. R. D river, A P lum m er, and C.A . B riggs
(Edinburgh, United Kingdom: T. and T. Clark, 1920), mostra o
que os escritores entre o sétimo e o nono século disseram sobre
os escritos de Papias.
(2) Ibid., 367
(3) Ibid.
(4) Anthony A. Hoekema, The Bible and the Future (Grand
Rapids: W illiam B. Eerdm ans Publishing Co., 1979),235.
(5) Ernest S. Williams, Systematic Theology (Springfield, Mo.:
Gospel Publishing House, 1963), 3:224,233.
Capítulo 1
(1) Eusebius, The Ecclesiastical History, K irsopp Lake and
J. O ulton (Cambridge: H arvard U niversity Press, 1970), 3.20.9;
3.23.4; 3.31.2.
336 A Vitória Final
Capítulo 2
(1) Ibid., 450.
(2) Irenaeus, Against Heresies, em The A postolic Fathers with
Justin M artyr and Irenaeus, volum e 1, The Anti-N icene Fathers,
eds. A lexander Roberts and Jam es Donaldson (Edinburgh, 1867;
reimpressão, Grand Rapids: W illiam B. Eerdmans Publishing Co.;
1973), 26:3.
(3) The M artyrdom o f Polycarp, em The Apostolic Fathers
with Justin M artyr and Irenaeus, volume 1, The Ante-Nicene
Fathers, eds. Alexander Roberts e James D onaldson (Edinburgh,
1867; reim p ressã o , G ran d R apids: W illiam B. E erdm ans
Publishing Co., 1973), 13.
Capítulo 3
(1) R o b e rt H. M o u n ce, The B o o k o f R e v e la tio n , N ew
International Commentary on the New Testament, ed. F.F. Bruce
(Grand Rapids: W illiam B. Eerdm ans Publishing Co., 1977), 117,
sugere que, tendo em vista ser a congregação pequena, não ti
nha um im pacto m aior na cidade.
(2) W illiam Barclay, The Revelation o f St. John, 2 volumes.
The D ayle Study Bible, 2 ed. (Philadelphia: The W estminster
Press, 1960), 1:165.
(3) Beckwith, 482.
Capítulo 4
(1) George Eldon Ladd, A Commentary on the Revelation
o f John (G rand R apids: W illiam B. E erd m an s P u b lish in g
C o.,1972), 75.
Notas 337
Capítulo 5
(1) M ounce, 142.
(2) G.R. Beasley-Murray, The Book o f Revelation, New Century
Bible (Greenwood, S.C.: The Attic Press, 1974), 120-123.
(3) U m a expiaçao lim itada é ensinada principalm ente pelos
calvinistas.
Capítulo 6
(1) Tim L ahaye, R evela tio n , rev. ed. (G rand R apids:
Zondervan Publishing House, 1975), 98.
(2) Henry M. M orris, The Revelation Record (W heaton:
Tyndale House Publishers, 1983), 112.
(3) E. W. Bullinger, The Apocalypse (Greenwood, S.C.:
Atticc Press, 1972), 252.
(4) Kiddle, 119.
(5) M ounce, 139, sugere que estas vestes são, na verdade,
corpos glorificados ou espirituais dados antes da ressurreição.
John F. W alvoord, The R evelation o f Jesus C hrist (Chicago:
M oody Press, 1966), 134 ff., diz que, no estado intermediário, as
almas possuem um corpo provisório. M ounce, 160, sugere que
eles são símbolos de bênçãos e pureza da justificação. Ver tam
bém J.A. Seiss, The Apocalypse (Philadelphia: Westminster Press,
197:7), 148.
338 A Vitória Final
Capítulo 7
(1) Beckwith, 535; Ladd, 114.
(2) W alvoord destaca que tanto Charles H odge, um pós-
milenista, e W illiam H indrickson, um am ilenista, interpretam os
144.000 como as prim ícias da nação de Israel. São os hebreus
restaurados espiritualmente.
(3) Beckwith, 539.
(4) Beasley-M urray, 147.
Capítulo 8
(1) Kiddle, 146.
(2) Ladd, 125.
(3) Bullinger, 296.
(4) M orris, 146ff.
(5) G. H. Lang, The Revelation o f Jesus Christ (London:
O liphanst Ltd., 1945), 169.
(6) Caird, The Revelation o f St. John the Divine, H a rp er’s
N ew Testament Comm entaries, ed. Henry Chadw ick (New York:
H arper and Row, 1966), 117.
Capítulo 9
(1) Bullinger, 316.
(2) Hughes, 108.
(3) Beckwith, 561.
(4) Joseph M. Gettys, H ow to Study the Revelation (Richmond,
Va.: John Knox Press, 1946), 57.
(5) Ladd, 132.
(6) Charles, 1:243.
(7) M ounce, 196.
N otas 339
Capítulo 10
(1) Barnhouse, 179.
(2) Beasley-M urray, 170.
(3) Gettys, 64.
(4) Barclay, 2:66.
(5) Hughes, 117.
(6) Ladd, 145.
(7) Charles, 1:68.
(8) Earl Palm er, The C o m m unicator’s C om m entaray,l,2,3
João, Revelation (Waco, Tex.: Word Books, 1982),191.
(9) Cf.F. Blass A nd A. DeBunner, A Greek G ramar o f the
N ew Testament and Other Early Christian Literature , trad. Robert
W. Funk (Chicago: The U niversity o f Chicago Press, 1974), 123.
Capítulo 11
(1) Ladd, 150-152.
(2) Kiddle, 193ff.
340 A Vitória Final
Capítulo 12
(1) Charles, 1:320.
(2) Walvoord, 189.
(3) LaHaye, 167ff.
Capítulo 13
(1) Beckwith, 635ff.
(2) Bauer, Arndt, Gingrich, “charagm a” 876.
(3) Seeg. A dolf Deissm an, “Bible Studies” , trad. Alexander
Grieve (Edinbugh: T. Clark, 1923; reprint 1979),240-247
(4) Gettys, 74;Beckwith, 400-411
Capítulo 14
(1) Gettys, 80.
(2) Ibid.,81; Beckw ith,657.
Capítulo 15
(1) Bauer, Arndt, Gingrich, naos.
Notas 341
Capítulo 16
(1) Ver M arv in H. P ope, The A n c h o r B ib le , eds. W.F.
A lbrightand D.N. Freedm an (Garden City, N.Y.: D oubleday and
Company, Inc.,1973),15:21 Edouart Dhorme, A Commentary on
the B ook o f Job, trad. H arold Knight (Nashville: Thom as Nelson
Publishers, 1984), 18.
(2) Hughes, 173; Kiddle, 318 ; W illiam E. Biederwolf, The
Second Coming Bible (Grand Rapids: B aker Book House, 1972),
657.
(3) Cf. Beasley-M urray, 241.
(4) Charles, 2:44; Berckwith, 680.
(5) Biederwolf, 657.
(6) Beckwith, 680.
(7) Biederwolf, 657.
(8) Swete, 205.
(9) Cf. Beckwith, 685; Richardson, 140 ff; Pieters,
275-291.
(10) Charles, 2:52.
(11) Bullinger, 492, 550; e, outros, com o Hughes, 127, 179,
o tom am para interpretar o mundo como Babilônia.
(12) Cf.Barnhouse, 307.
(13) V ide T heolo g ica l D ictio n a ry o f the O ld Testam ent
zakhar,4:69-72.
Capítulo 17
(1) Biederwolf, 678.
(2) Beasley-M urray, 251.
(3) Gettys, 86ff; Beckw ith, 690f
(4) Cf. Beckwith, 407, 690-696; Pieters, 222-242.
(5) Esta derivação é sugerida por aquilo que a Bíblia diz.
Alguns eruditos anteriorm ente tinham Babel (ou Bab-ilim) como
tradução acadiana de ka-dinga. Estudiosos modernos crêem que
Bab-ilim tenha sido um a form a popular posterior de Babil, mas
342 A Vitória Final
Capítulo 18
(1) LaHaye, 238ff.
(2) James B. Prichard, ed., Ancient near Eastern Texts Relating
to the O ld Testament, 2nd ed. (Princeton U niversity Press, 1955),
315. John Bright, The K ingdon o f G od (N.Y.: A binbdon-
Cokesburgury Press,1953),157. Charles F. P feiffer, Old Testament
H istory (Grand R apids:Baker Book House, 1987),473.
(3) John A. Broadus Lectures on the H istory o f Preaching
(New York: Sheldon & Co.,1876),181.
Capítulo 19
(1) Ladd, 245.
(2) W alvoord,269.
(3) Swete,244.
(4) Ibid., 242.
(5) Outros incluem tanto anjos como crentes; cf. Hugles, 199.
(6) Beasley-M urray 283ff.
(7) Barnhouse,362.
N otas 343
Capítulo 20
(1) Biederwolf, 695ff.
(2) Ibid,707.
Capítulo 21
(1) Alguns postulam que, desde que foi Deus quem criou a
terra, esta deve ser eterna. M as a m esm a prem issa daria base
para afirmarmos que a salvação é universal e independe da fé
em Jesus. Cf. Hughes, 222.
(2) Kiddle, 41 Iff.
(3) Ibid., 429.
(4) Cf. LaHaye,312.
(5) Cf. Biederwolf, 715-718.
^Conheço pessoalm ente o
irmão Stanley Horton h ã
bastante tempo. Ele ê
considerado pelos eruditos um
“O Dr. Stanley M. Horton, dos maiores teólogos da
ilustre erudito da Bíblia, atualidade.
escreveu, por m uitos anos, A presente obra contêm um a
trabalhos sobre a obra do exposição detalhada, exegética
Espírito Santo. Agora, ele e devocional do Apocalipse -
expõe com a m esm a graça um dos livros m ais difíceis da
e aguçada sabedoria os Bíblia. Com total segurança no
tesouros do Apocalipse. manejo da Palavra de Deus, o
Isto porque aquilo que foi Dr. Horton expõe e elucida os
dado pelo Espírito Santo fatos e verdades sobre as
precisa ser ilum inado pelo últim as coisas.“
mesmo Espírito.”
ANTONIO GILBERTO,
WILLARD CANTELON, Editor da Bíblia de Estudo Pentecostal
Evangelista, EUA. em português
“O autor não se envereda pelo
caminho da especulação.
Stanley M. Horton apresenta,
O autor através de investigação
exegética rigorosa, um a visão
Professor do Central equilibrada do Apocalipse, em
Bible College por 30 que os leitores não serão
anos, titular de apenas abençoados pela
Bibliologia e Teologia no absorção de conhecimentos
Seminário Teológico das sobre a verdade profética
Assembléias de Deus revelada, m as terão a m ais
em Springfield, singular exposição sobre a
Missouri, Stanley M. obra completa do Cordeiro de
Horton é autor do livro Deus, desde su a morte para
O que a Bíblia Diz sobre nossa redenção até su a vitória
o Espírito Santo, final, na consum ação dos
publicado pela CPAD. séculos.“
G. RAYMOND CARLSON,
Pastor, EUA.