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No nosso estudo, temos que nos enquadrar nos aspectos do mundo jurídico, onde há o
entendimento do profissional da advocacia e o entendimento do Estado julgador.
Após isso, procurando ainda uma especialização, ou mestrado e ainda doutorado, para
assim exercer dentro da profissão uma área específica, atuando com maior
conhecimento de causa nesse exclusivo âmbito, evitando os riscos de uma atuação que
de tão genérica possa não contar com o aprofundamento técnico desejável e
recomendável.
Assim o advogado não segue fórmulas prontas de trabalho, nem opera sob moldes ou
prontuários uniformes mas cria a cada momento o molde daquele trabalho específico,
que para o trabalho similar seguinte já será outro, então quando se tem a figura do
especialista muito mais singular transparecem as suas realizações.
Sendo reconhecido especialista, então é natural que seja contratado, muitas vezes pelo
Poder Público, como assessor, advogado, consultor, parecerista ou elaborador de
projetos de lei, dentre outros possíveis serviços eminentemente dentro de sua área.
Como consultor e assessor receberá trabalhos de mesma natureza para realizar, como
emitir pareceres, orientar sobre questões funcionais, defender a Administração em
causas distintas, atender a consultas de todo gênero, apreciar e aprovar minutas de
editais de licitação e de contratos, examinar projetos de lei sobre a sua
constitucionalidade e legalidade opinar fundamentadamente, orientar
sobre despesa próprias e despesas impróprias, e por que o são.
E prossegue o mestre: “Ser singular o serviço, isso não significa seja ele
necessariamente o único. Outros podem realizá-lo, embora não o possam realizar do
mesmo modo e com o mesmo estilo de um determinado profissional ou de uma
determinada empresa”.
“A escolha desse profissional ou dessa empresa, o qual ou a qual será contratada sem
licitação – pois o caso é de inexigibilidade de licitação – incumbe à Administração”.
E, uma vez avaliada pela Administração a qualidade peculiar do prestador que escolha,
então jamais será o caso de licitar o que já foi eleito pela sua excelência.
“a) o que é singular, por ser singular, somente se pode comparar consigo mesmo, na
medida em que não se comparam coisas desiguais por falta de denominador comum;
c) se a lei reserva certos atos como privativos da profissão de advogado, porque são
todos de índole intelectual e dependem da específica formação humanística do
bacharel em direito, então ninguém pode negar o caráter personalíssimo da sua
execução, nem a singularidade de cada qual, tão logo praticado – e isto não depende
nem de notoriedade nem de especialização;
d) não se pode distinguir serviço de pequeno volume ou de grande monta, nem aquele
dotado de maior ou de menor complexidade formal, nem tampouco o que se realiza
com maior frequência nas necessidades diárias da profissão do que outro mais raro,
um como sendo mais digno, respeitável, elevado ou venerando do que outro. Se todos
são trabalhos que somente o advogado pode realizar, então nada têm de comum,
vulgar, corriqueiro ou trivial, porque não faz sentido a ideia de a lei reservar a
categorias universitárias a prática de atos triviais ou corriqueiros.
Em final remate, não existe ato trivial que seja reservado pela lei a profissionais
formados em nível superior específico e legalmente habilitados, pois que se o ato for
trivial não necessita que a lei o reserve a categorias que disciplinou formal e
excludentemente”.