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A pesquisa científica aplicada tem como finalidade gerar soluções aos problemas
humanos, entender como lidar com um problema. Trujillo Ferrari (1982) afirma que “não
obstante a finalidade prática da pesquisa, ela pode contribuir teoricamente com novos fatos
para o planejamento de novas pesquisas ou mesmo para a compreensão teórica de certos
setores do conhecimento”. Segundo Zanella (2006), alguns exemplos de indagações de
pesquisa aplicada:
Segundo Triviños (1987), existem três tipos de estudos e eles são classificados
conforme sua finalidade: estudos exploratórios, descritivos e experimentais.
Zanella (2006 APUD Mattar 1999) ressalta que, quanto à natureza das variáveis
pesquisadas, as pesquisas podem ser qualitativas e quantitativas.
A pesquisa qualitativa proporciona o conhecimento da realidade social por meio dos
significados dos sujeitos participantes da pesquisa, possibilitando, portanto, uma compreensão
aprofundada dos fenômenos sociais e a captação de dados não facilmente articulados, como
atitudes, comportamentos, motivos.
Estudos Qualitativos
Segundo Zanella (2006), citando Godoy (1995), é pela perspectiva qualitativa que
“um fenômeno pode ser melhor compreendido no contexto em que ocorre e do qual é parte
integrada”, permitindo “captar” o fenômeno em estudo, a partir das perspectivas das pessoas
nele envolvidas. Desse modo, o objetivo da abordagem qualitativa é captar o significado do
sujeito em sua cultura (crenças, conhecimento, valores e práticas) e em seus sentimentos.
Estudos Quantitativos
Segundo Zanella (2006), a pesquisa quantitativa tem como finalidade medir relações
entre as variáveis. No estudo quantitativo, o pesquisador parte de um plano preestabelecido,
com hipóteses e variáveis claramente definidas, e procura medir e quantificar os resultados da
investigação, elaborando- os em dados estatísticos. Exemplos de estudos qualitativos segundo
essa autora são:
Perfil dos consumidores – por meio de sua distribuição em relação a sexo, faixa etária,
nível educacional, nível socioeconômico, preferência e localização – da cerveja sem
álcool.
Preferência dos eleitores para o cargo de Senador da República.
Segundo Mattar (1999), quanto à natureza do relacionamento entre as variáveis
estudadas, as pesquisas podem ser de dois tipos: descritiva e causal.
Conforme estudados na Unidade I de MTP, as pesquisas podem ter suas coletas por
entrevista ou por observação.
Quanto ao ambiente, Zanella (2006 APUD Mattar 1999) descreve que as pesquisas
são classificadas em pesquisa de campo, de laboratório e por simulação, sendo diferenciadas
pelo ambiente em que são aplicadas, que podem ser ambiente real, artificial ou simulado. O
autor ressalta que nas pesquisas de laboratório e por simulação é importante distinguir três
condições ambientais:
1. Trabalho com sujeitos reais, em condições ambientais consideradas normais para
o problema estudado;
2. Trabalho com sujeitos normais, em condições laboratoriais; ou
3. Trabalho com sujeitos irreais, por meio de simulação com modelos em
computadores, construídos a partir de informações sobre o mercado.
TIPOLOGIAS DE VERGARA (1997:2006)
Essa autora propõe dois critérios básicos para a classificação das pesquisas: quanto
aos fins e quanto aos meios. No que se refere aos fins, uma pesquisa pode ser: exploratória,
descritiva, explicativa, metodológica, aplicada e intervencionista.
TIPO DE
ITEM DESCRIÇÃO RESUMIDA
PESQUISA
Busca esclarecer os fatores que contribuem para o fato ou
fenômeno. Como o próprio nome diz, explica a relação entre as
1 Explicativa
variáveis de estudo. Um exemplo: as razões do sucesso das
microempresas do setor calçadista de FRANCA/SP.
Quadro 1: Tipos de pesquisa segundo Zanella (2006 APUD Vergara 1997 e 2005)
Fonte: Adaptado pelo Autor
GIL, A . C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 1989.
MINAYO, Maria Cecília de Souza (Org.). Pesquisa social: teoria, método e criatividade.
Petrópolis: Vozes, 2002.
ROESCH, Sylvia Maria Azevedo. Projetos de estágio do curso de administração: guia para
pesquisas, projetos, estágios e trabalho de conclusão de curso. São Paulo: Atlas, 1999.
VERGARA, Sylvia Constant. Métodos de Pesquisa na Administração. 2 Ed. São Paulo: Atlas,
2006.