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8. Recursos na arbitragem
A Lei de Arbitragem, em seu artigo 18, determina expressamente que a
sentença arbitral é irrecorrível, isto é, não existe um tipo de recurso apto
a reformar o mérito da decisão prolatada pelo árbitro.
10. Conclusão
Através dessas breves considerações acerca da matéria, pode-se
chegar a conclusão de que até a promulgação da Lei nº 9.307/96 havia
no direito processual pátrio uma subordinação relativa da decisão do
árbitro ao Poder Judiciário, dada a necessidade de manifestação por
parte da Justiça Estatal sobre o decisório arbitral, uma vez que este só
passava a gerar efeitos na esfera jurídica a partir da homologação do
laudo arbitral.
Com o intuito de ampliar a utilização da jurisdição arbitral, a referida lei
modificou nosso ordenamento jurídico processual, dispensando o aval
do Juiz na sentença arbitral, dando, assim, ao instituto da arbitragem
uma maior autonomia e eficácia.
A sentença arbitral, através da Lei nº 9.307/96, tornou-se irrecorrível,
fazendo coisa julgada entre as partes e tornando-se, inclusive, um título
executivo judicial.
No entanto, esta sentença deverá respeitar certas formalidades
impostas pela própria lei, para não tornar-se ineficaz e anulável. Ficou
explícito que critério usado para instituir tais requisitos é similar aos do
Código de Processo Civil, o que demonstra a intenção do legislador de
equiparar os efeitos das sentenças arbitrais e judiciais.
Portanto, da sentença arbitral proferida por árbitro nomeado pelas
parte, não cabe qualquer recurso, exceto no caso desta ferir algum dos
dispositivos contidos na lei, ou se incidir sobre alguma das hipóteses de
nulidade, contidas também na própria lei.