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07-05-2010 Parlamento Europeu: Fichas Técnicas …

Parlamento europeu: Fichas técnicas


4.7.6. A indústria espacial
BASE JURÍDICA

Enquanto que a política de navegação aérea se pode basear no n..º 2 do artigo


80.º (84.º) do Tratado CE, qualquer acção comunitária no domínio da construção
aeronáutica deve fundamentar-se no artigo 308.º (235.º), como em todos os
outros casos em que os Tratados europeus não referem explicitamente qual a
acção necessária para atingir um dos objectivos da UE. O artigo 157.º,
acrescentado pelo Tratado de Maastricht, prevê uma base jurídica para a política
industrial comunitária.

OBJECTIVOS

A indústria aeroespacial é um sector importante para a UE dada a sua relevância


do ponto de vista tecnológico, económico e da política de defesa. Neste sector é
fundamental a cooperação entre os países europeus porque nenhum país possui
um mercado ou os meios de investigação e de produção suficientes para poder
enfrentar isoladamente os principais concorrentes do mercado mundial.

REALIZAÇÕES

A resolução do Conselho de 4 de Março de 1975, bem como a declaração do


Conselho de 14 de Março de 1977, lançaram as bases da coordenação das
políticas aeronáuticas dos Estados-Membros. Os progressos realizados nos
domínios da investigação e da indústria ficaram a dever-se, mais do que à
intervenção da UE, à acção intergovernamental e a projectos transfronteiriços da
responsabilidade de sociedades do sector.

1. Indústria aeronáutica

a. A tecnologia aeronáutica está a conhecer uma rápida expansão a nível


internacional e o seu custo está também a aumentar em termos de recursos
financeiros e intelectuais. Assim, o ritmo de regeneração da base tecnológica da
indústria aeronáutica da UE e os métodos utilizados não conseguirão
provavelmente responder às necessidades e à concorrência externa. A Comissão
recomendou por isso, em várias ocasiões, uma ampla cooperação comunitária no
domínio da indústria aeronáutica (COM(88) 294, COM(92) 164).

O programa AIRBUS é exemplar a este respeito. Foi lançado em 1968 como


agrupamento de interesse económico. A Airbus Industrie representa hoje um dos
sectores mais importantes da indústria aeronáutica europeia. O programa Airbus
não é o único exemplo de cooperação entre os Estados-Membros: há também que
ter em conta os programas Tornado, Alpha Jet e Transall. Estes diferentes tipos
de projectos comuns, a par dos projectos espaciais conjuntos, reforçam
consideravelmente a competitividade dos produtores europeus. No Outono de
1985, alguns Estados europeus decidiram unir os seus esforços para criar o avião
de combate europeu dos anos 90 (A.C.E. ou "Eurofighter").

b. Na Primavera de 1988, os principais fabricantes do sector da aeronáutica


publicaram o relatório "Euromart" (European Cooperative Measures for Aeronautical
Research and Technology), dedicado principalmente a um programa coordenado
de investigação e desenvolvimento, essencial para o progresso desta indústria

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europeia; nele se exorta à promoção de um programa estratégico comunitário no
domínio da indústria aeronáutica, semelhante ao que existe no sector da
electrónica (programa Esprit).

A Comissão Europeia publica anualmente o relatório "The European Aerospace


Industry - Trading Position and Figures", com base em estatísticas coligidas desde
1972.

A 1 de Junho de 1995, a Comissão criou uma Task Force "Aeronáutica"


encarregada da reunir projectos de coordenação (investigação) nesta indústria
(SEC(96) 458).

c. Em comunicações sobre a indústria aeroespacial europeia (COM(97 466) e


outras indústrias relacionadas com a defesa (COM(97) 583), a Comissão
reconhece que a indústria aeroespacial se encontra demasiado fragmentada para
poder fazer face à concorrência internacional e que o processo de restruturação
está a ser demasiado lento. São necessárias medidas de acompanhamento de
forma a evitar o monopólio dos EUA: medidas no âmbito do 5.º Programa-quadro
de investigação, a aplicação das regras de adjudicação de contratos pública, a
adopção de um estatuto da sociedade europeia, uma certificação uniforme a
cargo da Autoridade Europeia da Aviação Civil e uma normalização europeia.

A UE irá promover a restruturação desta indústria depois de os Chefes de Estado


e de Governo (Alemanha, França e Reino Unido), em Dezembro de 1997, terem
manifestado o seu apoio a esta ideia.

d. Na sua comunicação de 20 de Maio de 1999 "O sector dos transportes aéreos


europeu: do mercado único aos desafios mundiais" (COM(99) 182 final), a
Comissão avaliou os progressos do sector dos transportes aéreos europeu e
identificou políticas com vista a salvaguardar a sua competitividade.

2. Indústria espacial

a. No sector espacial, o programa Ariane, que conta com a participação de dez


Estados europeus, foi lançado em 1983. Os governos europeus iniciaram a sua
cooperação através da Agência Espacial Europeia (AEE), participando também no
programa alguns bancos e empresas industriais.

Segundo declararam os responsáveis da AEE no Conselho de Ministros da AEE de 7


de Novembro de 1987, se a Europa pretende manter no futuro o seu papel no
sector espacial, os 13 Estados-Membros daquela Agência devem, o mais
rapidamente possível, chegar a acordo sobre o objectivo de um vasto
desenvolvimento do programa Ariane.

O futuro da indústria aeroespacial europeia depende de uma política de


cooperação europeia, pois nenhum país europeu dispõe dos recursos financeiros e
económicos suficientes para realizar isoladamente grandes projectos espaciais.

b. A comunicação da Comissão de 1992 "A Comunidade Europeia e o espaço:


desafios, oportunidades e novas acções" (COM(92) 360 final) analisa o papel que
a UE pode desempenhar, em particular em conjunto com a Agência Espacial
Europeia. Em 29 de Abril de 1993, o Conselho concordou que deveria ser estudada
a questão do apoio da UE à investigação no sector espacial e às actividades de
desenvolvimento tecnológico e instou a Comissão a prosseguir os seus esforços
dentro da sua esfera de competências e nos fóruns adequados.

Em Dezembro de 1996, a Comissão propôs uma Estratégia Espacial Europeia


(COM(96) 617) promotora de aplicações nos domínios das telecomunicações, da
navegação por satélite e da observação da Terra. As medidas propostas baseiam-
se em recursos existentes (Programa-Quadro de IDT, Redes Transeuropeias,
programas nacionais e da EEA, financiamento BEI-FEI), no alinhamento das
posições comerciais e numa melhor coordenação. As prioridades aeroespaciais
devem ser integradas no 5.º Programa-quadro.
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As comunicações de 1996 e 1997 sobre as indústrias europeias relacionadas com
a defesa (COM(96) 10[1] e COM(97) 583[2]) propõem a aplicação a este sector -
que engloba uma grande parte da indústria aeroespacial - de regras comunitárias
relativas à celebração de contratos públicos, ao comércio intracomunitário e à
concorrência.

3. Relações entre a Europa e os Estados Unidos

No sector da aeronáutica, realizaram-se vários encontros entre os países membros


da AEE e os EUA, na tentativa de solucionar o problema dos auxílios estatais à
indústria aeronáutica. Em 13 de Julho de 1992, o Conselho adoptou a Decisão
92/496/CEE relativa à conclusão do acordo entre a Comunidade Económica
Europeia e o Governo dos Estados Unidos da América sobre o comércio de grandes
aeronaves civis. Este acordo prevê a regulamentação de todas as formas de apoio
concedidas pelos poderes públicos aos construtores de grandes aeronaves civis.

Em Julho de 1997, a Comissão reviu o funcionamento do acordo de 1992 sobre


aeronaves civis de grande capacidade. Considerou que a aplicação do acordo
poderia ser melhorada, principalmente no que se refere aos subsídios a programas
militares através do crédito à investigação da NASA e do Pentágono. Em Junho de
1997, a Comissão autorizou também a fusão entre a Boeing-McDonnell Douglas,
que suscitara muitas interrogações em termos de concorrência.

PAPEL DO PARLAMENTO EUROPEU

O PE aprovou uma resolução em Junho de 1987 na qual afirmava ter


chegado a altura de a União Europeia aplicar uma política coerente no
domínio das actividades espaciais. O PE reconhecia a AEE como o principal
instrumento da cooperação europeia no domínio espacial.

Em 10 de Março de 1988, o PE aprovou uma resolução comum na qual


exortava os Estados-Membros interessados a aumentarem o seu apoio ao
programa Airbus e, principalmente, ao desenvolvimento dos aviões de longo
curso A-330 e A-340.

Em 22 de Outubro de 1991, o PE instava a Comissão a definir e aplicar uma


política espacial europeia "global e equilibrada". A 11 de Junho de 1992, o PE
aprovou umaresolução sobre o emprego na indústria aeroespacial europeia.

Na sua resolução de 15 de Dezembro de 1993 sobre a Comunicação da


Comissão relativa à indústria aeronáutica europeia, (COM(92) 0164), o PE
salientava novamente a necessidade de criação de um ambiente favorável
ao desenvolvimento da indústria aeronáutica e propunha o estabelecimento
de um programa de investigação em colaboração com a indústria.

A resolução do PE de 14 de Julho de 1995 apelava a todos os parceiros


comerciais para que celebrassem um acordo de comércio multilateral sobre o
apoio governamental no sector da aviação civil. Em 16 de Fevereiro de
1996, o PE aprovou uma resolução sobre a indústria aeronáutica da UE, na
qual manifestava inquietação perante a perda de quotas de mercado pela
indústria europeia.

A 5 de Novembro de 1996, o futuro da indústria aeroespacial europeia foi


debatido num simpósio realizado no Parlamento Europeu. Reagindo à
Comunicação da Comissão de 1996 sobre o espaço (COM(96) 617), em 13
de Janeiro de 1998, o PE pedia o reforço do apoio da UE à indústria espacial
da Europa. Na sua resolução de 20 de Outubro de 1997, o PE manifestava a
sua satisfação com o Plano de Acção da UE em prol das comunicações via
satélite na sociedade da informação (COM(97) 91)[3].

A 13 de Janeiro de 1998, o PE aprovou a resolução sobre a Comunicação da

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Comissão "A União Europeia e o espaço: promoção de aplicações, de
mercados e da competitividade industrial" (COM(96) 617[4]). O Parlamento
realçou a necessidade urgente de reformular a política espacial da UE e
solicitou que o 5º Programa-quadro dedicasse recursos importantes à
investigação espacial.

A 3 de Abril de 1998, o PE aprovou a resolução sobre a proposta de decisão


do Conselho relativa ao acordo entre a Comunidade Europeia, a Agência
Espacial Europeia e a Organização Europeia para a Segurança da Navegação
Aérea sobre uma contribuição europeia para o desenvolvimento de um
sistema global de navegação por satélite (COM(97) 442[5]).

A 19 de Novembro de 1998, o PE aprovou a resolução sobre a Comunicação


da Comissão "A indústria aerospacial europeia fazer face ao desafio mundial"
(COM(97) 466[6]). O PE saudou a declaração da França, Alemanha e Reino
Unido de 9 de Dezembro de 1997 que exprimia o desejo de restruturar a
indústria aeronáutica civil e militar e apoiava a transformação da "Airbus
Industrie" numa entidade corporativa única.

REFERÊNCIAS DOS PROCESSOS

[1] Processo de consulta: COS0372


[2] Processo de consulta: COS0700
[3] Processo de consulta: COS0453
[4] Processo de consulta: COS0518
[5] Processo de consulta: CNS97231
[6] Processo de consulta: COS0624

01/10/2000

O n line : 22/08/2001
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