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revisitado
por Richard D. Vogel [*]
Para onde irá a partir daqui? Entre 1971 e 1981 o total da população
prisional nos EUA (incluindo todos os estados e as instituições
federais) aumentou de 197.838 para 369.009, um aumento de mais de
45 por cento durante a década. Além desta nova elevação permanente,
a última década também assistiu às mais altas taxas e aos mais rápidos
aumentos no encarceramento em massa da história do país. Estes
factos evidentes, junto às tendências actuais do aumento de
concentração de pessoas de minorias nacionais nas prisões e a cada
vez maior sensibilidade do sistema prisional às exigências do
capitalismo monopolista, assegura que o problema prisional nos EUA
só pode ficar pior (39-40).
Esta actualização de "Capitalismo e encarceramento" confirma quanto
piorou o problema prisional nos últimos vinte anos.
A história do
encarceramento nos
Estados Unidos
durante o século XX
pode ser
representada
graficamente. O
gráfico 1 mostra o
número de
condenados
encarcerados sob
jurisdição estadual e
federal desde 1925
até 2001. Os
números são
apresentados como
taxas por 100.000 habitantes do total nacional para permitir
comparações significativas ao longo do tempo. A tendência para o
período de 50 anos que vai de 1925 a 1974 indica uma série de
subidas e descidas nas populações prisionais, com uma média de 106
por 100.000. A partir de 1975, no entanto, a taxa de encarceramento
ascendeu, atingindo um nível de 478 por 100.000 no ano 2000 — mais
de 450 por cento da média de 1925 a 1974 !
Homens Mulheres
Negros 3 098 188
Hispânicos 1 278 78
Brancos 370 23
Fonte: Jan M. Chaiken, “Crunching Numbers: Crime and Incarceration at the End of the
Millennium,” National Institute of Justice Journal (January 2000): 10–17. Disponível em http://
www.ncjrs.org/pdffiles1/jr0002 .
A POLÍTICA DO APRISIONAMENTO
PRISÕES SUPERMAX
Os homens destruídos estão tão danificados que eles nunca serão outra
vez membros adequados de qualquer espécie de unidade social. Tudo
o que ainda estava bom neles quando entraram naquele
enquadramento, qualquer coisa que possa ter escapado aos efeitos
ruinosos da experiência colonial negra, qualquer coisa que possa ter
sido resgatável quando entraram pela primeira vez naquele
enquadramento — tudo foi perdido quando eles o deixaram.
Aquilo foi em 1960. Eu tinha dezoito anos. Tenho estado aqui desde
então. Encontrei Marx, Engels, Trotsky e Mao quando entrei na prisão
e eles redimiram-me. Durante os primeiros quatro anos nada estudei
senão ideias económicas e militares. Encontrei guerrilhas negras,
George "Big Jake" Lewis e James Carr, W. L. Nolen, Bill Christmas,
Tony Gibson e muitos, muitos outros. Tentámos transformar a
mentalidade criminal negra numa mentalidade revolucionária negra.
O original encontra-se
em http://www.monthlyreview.org/0903vogel.htm