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O PROJETO ITAIPU
E SUA EXECUÇÃO

ORIGEM E FINALIDADE DO PROJETO 1.3


Introdução 1.3
A Bacia do Rio Paraná 1.4
O Potencial Hidrelétrico no Local de Itaipu 1.5
Estudos Anteriores 1.6
Origem e Finalidades 1.6
Comissão Mista Técnica 1.7
Estudos sobre Inventário e Viabilidade 1.7

O TRATADO DE ITAIPU E CRIAÇÃO


DA ITAIPU BINACIONAL 1.7
O Espírito Binacional 1.7
O Tratado 1.7
A Propriedade da Energia 1.9
O Preço da Energia de Itaipu 1.9

ESTRUTURA GERENCIAL DE ITAIPU


PARA A EXECUÇÃO DO PROJETO 1.9
Itaipu Binacional e sua Organização 1.10
Coordenação da Área de Engenharia 1.10
Projeto de Engenharia 1.10
Planejamento da Construção 1.11
Obras Civis 1.11
Fabricação dos Equipamentos Eletromecânicos Permanentes 1.12
Controle de Qualidade e Inspeção 1.12
Montagem e Instalação dos Equipamentos Eletromecânicos 1.12

1.1
1
O PROJETO ITAIPU
E SUA EXECUÇÃO

ORIGEM E FINALIDADE DO PROJETO

INTRODUÇÃO

Itaipu é o maior projeto hidrelétrico do mundo e o resultado dos esforços e


do empenho de dois países vizinhos, Brasil e Paraguai, em desenvolver
uma fonte comum de energia em benefício próprio. Encontra-se localizado
no rio Paraná, onde os dois países fazem fronteira, 14 km a montante da
ponte internacional que liga a cidade de Foz de Iguaçu, no Brasil, à Ciudad
del Este (antigamente denominada Presidente Stroessner), no Paraguai, (veja
Fig. 1.1).
Uma pequena ilha de pedra, originalmente situada no local da barragem,
chamada Itaipu, “a pedra que canta”, na língua local dos Índios (Guarani),
emprestou seu nome ao projeto.

Vista da ilha de Itaipu


em 1974

1.3
ORIGEM E EXECUÇÃO - USINA HIDRELÉTRICA DE ITAIPU

N
BRASIL

BA
PA R A NAÍ
O

I
R
RIO GRANDE

N Á
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GUAÍRA
PARAGUAI

ITAIPU
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IGU
AÇU

ITAIPU OCEANO
ATLÂNTICO

ARGENTINA

Fig. 1.2 Bacia do rio Paraná


Salto del
Guairá Guaíra
N

PARAGUAI

BRASIL
Fig. 1.1 Mapa da localização do projeto

A BACIA DO RIO PARANÁ

O rio Paraná nasce no Brasil, na confluência dos rios


Paranaíba e Grande. Corre em sentido sudoeste até o
Salto Grande das Sete Quedas, ou Salto del Guairá, onde Usina de Itaipu

vira em direção ao sul, fazendo fronteira entre Brasil e Ciudad


del Este Foz do Iguaçu

Paraguai ao longo de 190 km, até receber do Brasil as


Puerto
águas do rio Iguaçu e, do Paraguai, as do rio Acaray. (Fig. Yguazu

1.2). A partir deste ponto, corre entre o Paraguai e a


ARGENTINA
Argentina até, mais adiante, juntar-se ao rio Paraguai, então
vira para o oeste e corre em direção ao sul em território
argentino até encontrar o Rio de la Plata. Desde a sua A bacia do rio Paraná é uma das maiores redes fluviais
origem, na confluência dos seus afluentes principais no do mundo e seu enorme potencial hidrelétrico tem sido
Brasil, até desembocar no Rio de la Plata, o Rio Paraná reconhecido por mais de 50 anos. Pelo fato de o rio ter
tem 3.500 km de comprimento. A bacia, como um todo, fronteira comum entre Brasil e Paraguai e mais adiante
engloba uma área de aproximadamente 3.000.000 km2. entre Paraguai e Argentina, afetando os interesses dos
O potencial hidrelétrico total do rio Paraná e seus afluentes, três países, a diplomacia teve um papel de destaque na
a montante de Itaipu e incluindo o mesmo, é de conciliação dos múltiplos interesses em desenvolver esse
aproximadamente 40.000 MW. potencial de forma proveitosa.

1.4
ORIGEM E EXECUÇÃO - USINA HIDRELÉTRICA DE ITAIPU

O POTENCIAL HIDRELÉTRICO
NO LOCAL DE ITAIPU

Antes da construção da barragem de Itaipu,


no Salto Grande das Sete Quedas ou Salto
del Guairá, o rio Paraná mergulhava numa
garganta profunda, seguindo um curso
turbulento por 60 km, com desnível de 100
m. Ao longo dos 130 km restantes, antes de
alcançar o rio Iguaçu, o rio Paraná alarga
gradualmente seu leito, com desnível de
aproximadamente 20 m. Assim, uma queda
total de 120 m poderia ser explorada a nível
binacional. As várias usias hidrelétricas com
reservatórios de armazenamento construídas
pelo Brasil ao longo dos anos, em toda a
parte superior da bacia do rio Paraná,
melhoraram consideravelmente a regu-
Foto de Sete Quedas larização da vazão do rio no local de Itaipu,
aumentando significativamente a capa-
cidade de produzir energia de forma
confiável.

Ata do Iguaçu - início

1.5
ORIGEM E EXECUÇÃO - USINA HIDRELÉTRICA DE ITAIPU

ESTUDOS ANTERIORES

Estudos preliminares para desenvolver


o potencial hidrelétrico do Salto
Grande das Sete Quedas remontam
a 1955. A Light, companhia de
eletricidade canadense, fornecedora
de energia elétrica para as cidades de
São Paulo e Rio de Janeiro, pediu
autorização ao governo brasileiro para
iniciar estudos. Em 1956, outras
pesquisas foram iniciadas pela
Comissão Interestadual da Bacia
Paraná-Uruguai. Em 1959, uma
hidrelétrica de 1.200 kW foi construída
em um dos braços do Salto das Sete
Quedas pelo Serviço de Navegação
da Bacia da Prata. Essa usina, em
operação até 1982, foi desmontada
por ocasião do enchimento do
reservatório de Itaipu. Outros estudos
preliminares de menor interesse foram
empreendidos a pedido do serviço de
Navegação da Bacia da Prata, porém
sem resultados práticos.

ORIGEM E FINALIDADES

No início dos anos 60, quando a


rápida e crescente demanda por
energia no centro-sul do Brasil virou
motivo de preocupação dos
responsáveis pelo planejamento
nacional, o governo brasileiro con- Ata do Iguaçu - continuação
tratou a firma de engenharia OMF,
dirigida pelo Eng. Octavio Marcondes Ferraz, para estudar da natureza internacional do local, o que acabou levando
a viabilidade de um projeto hidrelétrico na região do Salto Brasil e Paraguai a firmarem um acordo de aproveitamento
das Sete Quedas. O projeto Sete Quedas, como é conjunto, não somente do local das Sete Quedas, mas
conhecido, propunha uma barragem de desvio no rio também de todo o trecho do rio Paraná que faz fronteira
Paraná, acima das quedas e em território brasileiro. O rio com os dois países. De modo que os Ministros das Relações
seria desviado para um canal de 60 km de comprimento, Exteriores de ambos os países assinaram, em 22 de junho
construído ao longo da margem esquerda do rio, também de 1966, um Acordo conhecido como Ata de Iguaçu ou Ata
em território brasileiro, contornando as quedas e levando das Cataratas, cujos termos atestam a intenção de ambos
as águas de volta ao leito do rio, abaixo da garganta, onde os governos estudarem e avaliarem, em conjunto, a
seria construída uma hidrelétrica com capacidade de 10.000 viabilidade técnica e econômica do aproveitamento desses
MW. Esse projeto unilateral não pôde ser aceito por causa recursos hídricos.

1.6
ORIGEM E EXECUÇÃO - USINA HIDRELÉTRICA DE ITAIPU

compreendendo dez locais possíveis de barragem e 50


diferentes arranjos.
Ao comparar os arranjos, as estimativas de custos e
estudos de simulação operacional das alternativas de
projeto, optou-se preferencialmente por duas das soluções:
• Uma única barragem na ilha de Itaipu que desenvolveria
o potencial todo numa única usina hidrelétrica.
• Duas barragens, uma na ilha de Itaipu e outra em Santa
Maria, 150 km a montante, que desenvolveriam o
potencial através de duas usinas hidrelétricas, uma no
pé de cada barragem.
A comparação entre as duas alternativas demonstrou
claramente as vantagens de uma única barragem e usina
hidrelétrica na ilha de Itaipu. Com essa alternativa para a
Reunião da Comissão Mista Técnica (1967) construção devidamente aceita, os dois governos finalmente
escolheram e instruíram o consórcio de engenharia a
COMISSÃO MISTA TÉCNICA prosseguir com um estudo completo de viabilidade do
projeto, com detalhamento e profundidade adequados para
Em 12 de fevereiro de 1967, foi criada uma Comissão obtenção de empréstimo junto a órgãos internacionais.
Mista Técnica, Brasileiro-Paraguaia, para dirigir os estudos. Os dois governos decidiram-se também pela
Em abril de 1970, a Comissão Mista Técnica assinou um continuação imediata da execução do projeto.
Acordo de Cooperação com a Administración Nacional
de Electricidad (Ande) do Paraguai e as Centrais Elétricas
Brasileiras S.A. (Eletrobrás) do Brasil, delegando-lhes a
administração dos estudos e a definição das condições
a regerem a execução dos mesmos e das investigações. O TRATADO DE ITAIPU E A CRIAÇÃO
Paralelamente à pesquisa técnica e econômica, ficou
DE ITAIPU BINACIONAL
decretado que os estudos incluiriam uma avaliação geral
dos múltiplos usos da água, tais como navegação,
fornecimento municipal e industrial de água, irrigação e O ESPÍRITO BINACIONAL
outros benefícios relacionados.
Para que o projeto tivesse êxito, qualquer aspecto
conflitante oriundo de divergências entre os dois países,
ESTUDOS DE INVENTÁRIO E VIABILIDADE quer fosse de natureza política ou econômica, precisava
ser harmonizado de maneira que cada país pudesse ter
Considerando que os resultados dos estudos teriam
uma participação equilibrada na administração e execução
importantes consequências para ambos os países, ficou
do projeto. Ambos teriam o mesmo poder de decisão,
decidido que a execução dos mesmos seria confiada a
oportunidades iguais no fornecimento de mão-de-obra,
um consórcio internacional de firmas de engenharia.
serviços, materiais e equipamento, limitados apenas pela
Depois de adequada avaliação das propostas de diversos
sua capacidade. Esses foram os princípios de base e linhas
grupos qualificados, foi escolhido o consórcio Ieco-ELC,
mestras do Tratado de Itaipu e da criação subsequente da
formado pela Ieco International Engineering Company Inc.
estrutura administrativa da Itaipu Binacional.
de São Francisco, EUA, e pela ELC Electroconsult Spa., de
Milão, Itália. O contrato foi assinado em 18 de novembro de
1970, e os trabalhos se iniciaram em 1º de fevereiro de 1971. O TRATADO
Os estudos incluíam levantamentos de campo, análises
hidrológicas, investigações geotécnicas e um inventário Como resultado das negociações iniciadas em 1966, o
completo de alternativas possíveis de projeto, “Tratado entre a República do Paraguai e a República

1.7
ORIGEM E EXECUÇÃO - USINA HIDRELÉTRICA DE ITAIPU

Ata de criação da
ITAIPU BINACIONAL

Federativa do Brasil para o


aproveitamento hidrelétrico
dos recursos hídricos do rio
Paraná, pertencentes em
condomínio aos dois
países, desde e inclusive o
Salto del Guairá ou Salto
Grande das Sete Quedas
até a desembocadura do
rio Iguaçu”, conhecido
como o Tratado de Itaipu, foi
assinado em 26 de abril de
1973.
O Tratado contém 25 artigos e define as regras para o Brasil e Paraguai.
aproveitamento dos recursos hídricos do rio Paraná e a • Anexo A: define os estatutos da entidade binacional
execução do projeto, seguindo essencialmente as diretivas denominada Itaipu, nomeia o Conselho de
do estudo de viabilidade. Administração e o Conselho Executivo dos Diretores
O Tratado criou uma entidade binacional chamada como seus organismos administrativos supremos.
IItaipu Binacional (também denominada Itaipu), com sede • Anexo B: define e descreve as instalações para
em Brasília e Assunção e com o mandato de, em conjunto produção de energia e as obras auxiliares com
e condomínio, construir, gerenciar e operar a usina modificações eventuais, caso necessárias. O estudo
hidrelétrica na ilha de Itaipu. O Tratado determina que as de viabilidade serviu de base para esse Anexo.
instalações para produção de energia elétrica e obras • Anexo C: define as bases financeiras, as normas de
auxiliares não devem afetar nem modificar a fronteira entre fornecimento de energia elétrica e serviços pela Itaipu.

1.8
ORIGEM E EXECUÇÃO - USINA HIDRELÉTRICA DE ITAIPU

conforme medição na usina. Tal remuneração deve ser


dividida em partes iguais entre Eletrobrás e Ande.
5. Custos operacionais.
6. Pagamento de uma remuneração mensal ao país que
ceder energia ao outro, no valor de US$ 300 por
gigawatt-hora cedido.
7. O déficit operacional do ano anterior, ou menos o
superávit do ano anterior.
Os valores especificados no item 3, 4 e 6 acima foram
definidos baseados nos preços de 1973 e são sujeitos a
reajustes para manter constante o seu poder de compra.
Cada agência compradora negocia com Itaipu a compra
Linha de Transmissão de frações da capacidade de produção instalada, e tem o
direito de usar toda a energia produzida por tal capacidade
A PROPRIEDADE DA ENERGIA dentro do limite estabelecido anualmente por Itaipu, limite
esse baseado essencialmente nas condições hidrológicas.
No Anexo C, o Tratado estabelece o princípio de divisão
equitativa: a energia produzida pelo projeto de Itaipu será
dividida em proporções iguais entre os dois países. Fica
reservado a cada país o direito de comprar da Itaipu, para
uso próprio, a energia elétrica não consumida pelo outro
país.
ESTRUTURA GERENCIAL DE ITAIPU
Brasil e Paraguai compram a energia produzida
PARA A EXECUÇÃO DO PROJETO
pelo projeto de Itaipu da Eletrobrás e da Ande ou, segundo
critério próprio, de outra entidade brasileira ou paraguaia,
A Itaipu Binacional foi fundada em 17 de maio de 1974.
com base numa programação decenal de energia
Logo a seguir, o seu Conselho Executivo dos Diretores
projetada que abranja a produção total do projeto durante
assumiu a responsabilidade de dar prosseguimento às
esse período.
obras, antes iniciadas pela Comissão Mista Técnica. Ele
também deu continuidade à aquisição dos equipamentos
O PREÇO DA ENERGIA DE ITAIPU de construção pesada necessários à escavação do canal
de desvio, ao projeto e construção da infraestrutura do
A produção de energia do projeto é vendida ao preço de canteiro de obras, à elaboração dos projetos e
custo, conforme definido abaixo. Cada compra é faturada especificações de engenharia e à execução da
em dólares dos EUA com base no consumo efetivo. construção.
O Tratado define o custo anual da produção conforme Em consequência da política básica adotada por
segue: ambos os governos, os contratos foram redigidos de
1. 12 % do capital integralizado de Itaipu forma tal que o material, equipamentos, bens e serviços
2. Amortização do capital e juros da dívida de Itaipu. necessários à execução do projeto fossem
3. Pagamentos mensais de direitos (royalty) pelo uso dos preferencialmente adquiridos no Brasil e no Paraguai.
recursos hidrelétricos equivalentes a US$ 650 por A gestão geral de todas as operações, incluindo
gigawatt-hora gerado, conforme medido na usina. Esse contratos para construção, aquisição e suprimento,
montante não pode ser menor que US$ 18 milhões planejamento e engenharia, ficou sob responsabilidade
anuais e deve ser dividido em partes iguais entre Brasil da Diretoria Executiva da Itaipu. Supervisão de campo da
e Paraguai. construção, levantamentos, medições e ensaios de
4. Pagamento de uma remuneração pelos serviços de laboratório foram executados pelos funcionários da Itaipu.
administração e supervisão fornecidos pela Eletrobrás Inicialmente, em função do curto prazo, Itaipu preferiu
e Ande à taxa de US$ 50 por gigawatt-hora gerado, recorrer a firmas de consultoria de engenharia disponíveis

1.9
ORIGEM E EXECUÇÃO - USINA HIDRELÉTRICA DE ITAIPU

com experiência na área, em vez de montar a sua própria Brasileiros-Paraguaios.


estrutura. Diversas firmas paraguaias e brasileiras • Aplicar, ao longo do projeto, um conjunto uniforme de
participaram do projeto de engenharia, do planejamento critérios e padrões de qualidade.
do canteiro da obra e da construção em geral. • Garantir uma boa interação entre trabalho do projeto e
cronograma de construção do projeto como um todo.

ITAIPU BINACIONAL E SUA ORGANIZAÇÃO


PROJETO DE ENGENHARIA
A gerência de Itaipu é de responsabilidade do Conselho
de Administração e do Conselho Executivo dos Diretores,
Para assegurar a participação em todos os aspectos de
ambos constituídos de um número igual de membros,
engenharia do projeto, as seguintes firmas paraguaias de
tanto do Brasil como do Paraguai.
consultoria em engenharia formavam um único grupo
O Conselho de Administração é composto de 12
denominado Grupo Consultor Alto Paraná (GCAP): Bosio,
membros e é responsável pela execução e aplicação dos
Chase y Asociados S.R.L., Consultec S.R.L., Inconpar S.R.L.,
termos do Tratado. Tem poder sobre assuntos tais como
Paraconsult S.R.L. e Técnipar S.R.L.
políticas e procedimentos administrativos, balanços,
Para o projeto de engenharia, as seguintes firmas
obrigações, empréstimos e bases para o fornecimento de
brasileiras formavam os quatro consórcios com o Grupo
energia elétrica e serviços.
Consultor Alto Paraná do Paraguai, e eram encarregadas
A execução do projeto e a gerência rotineira de Itaipu é
das seguintes tarefas:
tarefa do Conselho Executivo e dos seus Diretores; a função
• Engevix Engenharia S.A. Projeto final e especificações
específica de cada um deles é definida nos Estatutos e no
do vertedouro e da barragem de contraforte da margem
Regulamento Interno. O Conselho Executivo é constituído
direita, incluindo as comportas do vertedouro e
de 12 membros que representam seis Diretorias, ou seja:
respectivo equipamento.
Geral, Técnica, Financeira. Administrativa, Jurídica e de
• Promon Engenharia Ltda. Projeto final e especificações
Coordenação.
da barragem principal de gravidade aliviada, incluindo
Cada Diretoria é chefiada por um Diretor Executivo de
equipamento da tomada de água e condutos forçados.
um país e um Diretor do outro país. No Conselho, eles gozam
• Themag Engenharia Ltda. Projeto final e especificações
do mesmo status, do mesmo direito de voto e igual
da casa de força, equipamento das áreas de montagem,
autoridade.
incluindo o equipamento auxiliar da casa de força.
Com essa organização, os representantes de cada país
• Hidroservice Engenharia Ltda. Projeto final e
têm uma efetiva participação na tomada de decisão das
especificações das barragens de terra e das futuras
suas respectivas Diretorias, tanto quanto nas discussões
instalações de navegação.
que levam às decisões do Conselho. O mesmo princípio
Todo trabalho executado pelos quatro consórcios foi,
permeia toda a administração de Itaipu, garantindo uma
como um todo, coordenado pela Ieco-ELC, com apoio
participação equilibrada dos dois países nas tomadas de
do consórcio brasileiro formado pela Iesa (Internacional
decisão, na gerência e execução efetiva do projeto.
de Engenharia S.A.) e Enerconsult Engenharia Ltda., e
do consórcio paraguaio formado por ELC (Electroconsult
COORDENAÇÃO DA ÁREA DE ENGENHARIA del Paraguay S.A.) e CII (Compañia Internacional de
Ingenieria S.A.).
Itaipu decidiu empregar o consórcio Ieco-ELC para Foram atribuídas também à Ieco-ELC, devido à sua
coordenar as obras de engenharia pelo seguinte: experiência, as seguintes tarefas específicas: os projetos
• O aspecto binacional do projeto e a necessidade de e especificações das obras de desvio e da barragem de
manter um aconselhamento técnico independente ao enrocamento, as especificações e administração do
longo de sua execução. contrato para as turbinas, os geradores, os transformadores
• Manter uma continuidade entre o projeto básico principais e os equipamentos para a subestação isolada a
definido durante o estudo de viabilidade e a elaboração gás (GIS). A execução desse trabalho também teve o apoio
do projeto executivo a ser realizado pelos consórcios dos dois consórcios mencionados acima.

1.10
ORIGEM E EXECUÇÃO - USINA HIDRELÉTRICA DE ITAIPU

Muitos outros consultores, especialistas e firmas No auge das obras de construção, aproximadamente
encarregadas dos ensaios em modelos também participaram, 30.000 trabalhadores estavam empregados no canteiro;
quando necessário, para resolver problemas específicos de eles e suas famílias estavam acomodados nas diversas
engenharia civil e aspectos ligados ao projeto, fabricação e vilas construídas por Itaipu em ambas as margens do rio.
funcionamento dos geradores; veja capítulo 19.

PLANEJAMENTO DA CONSTRUÇÃO

O consórcio brasileiro formado por Enge-Rio Engenharia,


Consultoria S.A. e Logos Engenharia S.A. e o Grupo
Consultor Alto Paraná do Paraguai ficou encarregado do
planejamento da construção e de prestar assistência a
ITAIPU na gerência da construção.

OBRAS CIVIS

Vista mostrando início das instalações no local e as


A construção das instalações do canteiro e da infra- estradas de acesso
estrutura começou em janeiro de 1975, e a das obras civis,
em maio de 1975.
Para as obras civis, Itaipu pré-qualificou e selecionou
firmas brasileiras e paraguaias com vasta experiência,
técnicos qualificados, equipamento especializado e
capacidade financeira. O contrato para as obras civis foi
adjudicado ao consórcio Unicon-Conempa, formado por
cinco grandes empreiteiras brasileiras unidas em consórcio
(Unicon): Cetenco Engenharia S.A., Companhia Brasileira
de Projetos e Obras-CBPO, Camargo Correa S.A, Andrade
Gutierrez S.A., Mendes Junior S.A., e seis empreiteiras
paraguaias também em joint-venture (Conempa): Barrail
Hermanos S.A. de Construcciones, Cia. General de
Construcciones S.R.L., Compañia de Obras de Ingenieria
Início das obras civis - escavação do canal de
de Obras S.R.L., Ing. Civil Hermann Baumann – Empresário desvioInício das obras civis
de Obras, Ing. Juan Carlos Wasmosy y Asociados e Jimenez
Gaona y Lima Ingenieros Civiles – Empresa de
Construcciones.
Para a escavação do canal de desvio e para a
construção da barragem de enrocamento, das barragens
de terra e das ensecadeiras principais, o contrato foi
adjudicado em 6 de outubro de 1975. Para o restante
das obras civis, incluindo todas as estruturas de concreto,
exceto a seção de quatro unidades da casa de força do
canal de desvio, o contrato foi assinado em 17 de maio
de 1977. No canal de desvio, a obra da casa de força foi
realizada a título de extensão do contrato original e teve
início em janeiro de 1986. Início das obras civis - escavação da área do vertedouro

1.11
ORIGEM E EXECUÇÃO - USINA HIDRELÉTRICA DE ITAIPU

• Sistema de controle centralizado. Brown Boveri & Cie


AG e Cie-Siemens AG.
• Comportas do desvio e das tomadas de água.
Mecânica Pesada S.A., Bardella S.A. – Indústrias
Mecânicas, BSI – Indústrias Mecânicas S.A. and BVS -
Bouchayer Viallet Schneider.
• Comportas do vertedouro. Badoni ATB Indústria Metal-
Mecânica S.A., Coemsa – Construções
Eletromecânicas S.A. e Ishibrás – Ishikawagima do
Brasil Estaleiros S.A.
• Condutos forçados (excluindo sua curva inferior).
Badoni ATB – Indústria Metal-Mecânica S.A.
No capítulo 19, constam nomes de indústrias de outros
Início de construção das vilas importantes equipamentos permanentes.

FABRICAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS CONTROLE DE QUALIDADE E INSPEÇÃO


ELETROMECÂNICOS PERMANENTES
A organização e execução do controle de qualidade da
A maior parte dos equipamentos foi fabricada no Brasil e no
fabricação ficaram a cargo da Ieco-ELC. As inspeções
Paraguai, sendo que menos de 20% foram importados de
de fábrica, sob responsabilidade da Ieco-ELC, foram
outros países. Num determinado momento, quase todas as
executadas pelas seguintes empresas integrantes do
principais indústrias do Brasil e do Paraguai estavam envolvidas
consórcio de inspeção de Itaipu: Themag Engenharia
na fabricação de equipamentos pesados para Itaipu.
Ltda; Promon Engenharia Ltda; Barbosa & Mortara S/C
Os equipamentos permanentes mais importantes
Ltda; Engetest Serviços de Engenharia S/C Ltda;
foram fabricados pelas seguintes companhias:
Hidroservice Engenharia Ltda; Engevix Engenharia S.A.,
• Unidades geradoras, incluindo turbinas e curva inferior
Berenhauser S.A. Engenharia, Consultoria e Projetos do
dos condutos forçados, geradores, barramentos
Brasil e Electromon S.A. Consultoria do Paraguai.
isolados, painéis de controle locais e centros de
controle dos motores. Consórcio CIEM, composto de
seis firmas brasileiras: Bardella S.A. Indústrias MONTAGEM E INSTALAÇÃO DOS
Mecânicas, BSI–Indústrias Mecânicas S.A., Mecânica EQUIPAMENTOS ELETROMECÂNICOS
Pesada S.A., Siemens S.A., Voith S.A. Máquinas e
Equipamentos; Indústria Elétrica Brown Boveri S/A; uma O consórcio Itamon – Construções Industriais Ltda.,
firma do Paraguai: Consórcio de Ingenieria composto de oito firmas brasileiras e uma paraguaia, foi
Electromecánica S.A. – CIE; constituído das seguintes contratado para a montagem e instalação dos
firmas paraguaias: Saguan S.R.L., 14 de Julio S.R.L., equipamentos permanentes. Integravam o consórcio: A.
Oti, Electromec S.A., Cotepa S.R.L. e Ing. Dorino da Araújo S.A. – Engenharia e Montagens; EBE – Empresa
Re e sete firmas da Europa: AG Brown Boveri & Cie. Brasileira de Engenharia S.A.; Montreal Engenharia S.A.;
da Suiça, Alstom Atlantique, Creusot Loire e Neyrpic Sade – Sul Americana de Engenharia S.A.; Sertep
da França e Brown Boveri & Cie. AG, Siemens Serviços-S.A. Engenharia e Montagens; Techint-
Aktiengesellschaft e J.M. Voith Gmbh da Alemanha. Companhia Técnica Internacional; Tenenge-Técnica
• Transformadores elevadores dos geradores. Consórcio Nacional de Engenharia S.A.; Ultratec Engenharia S.A.,
CITRAN composto de Indústria Elétrica Brown Boveri todas do Brasil, e Consórcio de Ingeniería
& Cie AG S.A. e Transformadores União Ltda. – TUSA; Electromecánica S.A. – CIE do Paraguai.
e de Coemsa – Construções Eletromecânicas S.A. A primeira unidade de Itaipu entrou em operação
• Equipamento para subestação isolada a gás SF6 de comercial em maio de 1984, e a 18ª, em abril de 1991.
500 kW e seus interruptores. AG Brown Boveri & Cie.

1.12

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