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Modelo de ação de regulamentação de

visitas
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA __
VARA DE FAMÍLIA E SUCESSÕES DA COMARCA DE ____________.

______________, brasileiro, solteiro, frentista, portador da cédula de


identidade (RG) nº _________, inscrito no CPF/MF sob nº ___________,
residente e domiciliado na Rua __________ nº ____, Bairro ________,
[Município], CEP: ______-___ vem respeitosamente à presença de Vossa
Excelência, por intermédio de seu advogado abaixo assinado, com base no art.
15 da Lei n. 6.515/1977, propor:

AÇÃO DE REGULAMENTAÇÃO DE VISITAS COM PEDIDO DE TUTELA DE


URGÊNCIA - TRAMITAÇÃO PRIORITÁRIA - ART. 4º DA LEI N. 12.318/2010

Em face de ___________, brasileira, divorciada, profissão desconhecida, RG


desconhecido, CPF/MF desconhecido, residente e domiciliada na Rua ______
nº___, Bairro ______, [Município], CEP: _______-___, onde pode ser citada,
pelos motivos de fato e de direito que a seguir expõe:

I - DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA

Inicialmente cumpre esclarecer o pedido de gratuidade de justiça, pois, o autor


é frentista e aufere renda mensal apenas para a manutenção de seus víveres
junto com sua família.

O fato de estar assistido por advogado contratado justifica-se tão somente pela
relação de confiança que o mesmo tem com este causídico (inteligência do
artigo 99, § 4º da Lei 13.105/2015 - Novo Código de Processo Civil), que de
imediato aceitou o encargo em nome da máxima que envolve os profissionais
do Direito, a manutenção da Justiça.

Diante das razões supramencionadas, requer a concessão da gratuidade de


justiça, pois o autor não tem condições de arcar com as custas do processo
sem prejuízo próprio ou de sua família, nos termos do artigo 4º da Lei1060/50,
conforme declaração firmada em anexo.

II - DOS FATOS

___________, nascida em 09 de dezembro de 2012 e ___________ são filhos


do requerente com a ré (docs.anexos).

Ocorre que em razão da dissolução da sociedade conjugal entre os genitores


dos menores, no caso, Autor e Ré, houve mudança de domicílio da Requerida
juntamente com os filhos comuns do casal, para a cidade de __________,
permanecendo o Autor em __________.

Por certo tempo não houve óbice ao exercício do direito de visitas do pai, por
parte da Requerida, que regularmente em feriados prolongados ou quando
conseguia folgas maiores do trabalho, bem como, quando juntava algumas
economias, viajava até a cidade onde moram seus filhos, com a mãe, para
visita-los.

Destaque-se, aliás, que os menores gostam muito da companhia e do tempo


que passam junto com o seu genitor, sendo a relação entre os mesmos sadia e
proveitosa no tocante ao cuidado pessoal e educação dos menores.

Todavia, nos últimos tempos de semana, a requerida passou obstaculizar o


exercício do direito de visita ao pai. A estratagema utilizada pela Requerida
para frustrar o direito de visitas, sem justificativa alguma, consiste em não
atender aos telefonemas do Requerente, que tenta entrar em contato por
diversas formas, inclusive através de parentes, no afã de obter alguma
respostas, porém, sem sucesso.

Ressalte-se inexistir motivação real, racional e jurídica para os óbices criados


pela mãe dos menores.

O autor é pai exemplar, cumprindo todas as suas obrigações como genitor.


Paga a pensão alimentícia religiosamente e dá todo o suporte afetivo, moral e
pedagógico que seus filhos necessitam.
Não se sabe a intenção da Requerida em cometer tal atitude, mas, o que se
tem de certeza é que tal ato vem prejudicando os menores em seus laços
afetivos, dentre outras repercussões negativas ainda não percebidas, mas que
certamente irão emergir num futuro próximo

II - DO DIREITO

É um direito da criança a convivência com seu pai. Colhe-se do caput do art. 19


da Lei n. 8.069/1990:

“Toda criança ou adolescente tem direito a ser


criado e educado no seio da sua família e,
excepcionalmente, em família substituta,
assegurada a convivência familiar e comunitária, em
ambiente livre da presença de pessoas dependentes
de substâncias entorpecentes” (grifo nosso).

De mais a mais, não bastasse à citada disposição da Lei 8.069/1990, a Lei n.


12.318/2010 assim determina no caput do seu art. 2º:

“Considera-se ato de alienação parental a


interferência na formação psicológica da criança ou
do adolescente promovida ou induzida por um dos
genitores, pelos avós ou pelos que tenham a criança
ou adolescente sob a sua autoridade, guarda ou
vigilância para que repudie genitor ou que cause
prejuízo ao estabelecimento ou à manutenção de
vínculos com este. Parágrafo único. São formas
exemplificativas de alienação parental, além dos
atos assim declarados pelo juiz ou constatados por
perícia, praticados diretamente ou com auxílio de
terceiros: III - dificultar contato de criança ou
adolescente com genitor”. (g.n)

Portanto, expressamente vedada à conduta da genitora, que tem dificultado o


contato do autor com seus dois filhos – caracterizando-se tal conduta como
prática de alienação parental. A referida Lei é ainda mais expressa em seu art.
3º:

“A prática de ato de alienação parental fere direito


fundamental da criança ou do adolescente de
convivência familiar saudável, prejudica a realização
de afeto nas relações com genitor e com o grupo
familiar, constitui abuso moral contra a criança ou o
adolescente e descumprimento dos deveres
inerentes à autoridade parental ou decorrentes de
tutela ou guarda”.

Assim, com o intuito de preservar os direitos do autor e de seus filhos comuns


com a Requerida, requer seja regulamentado o regime de visitas, considerando
a distância em que residem o pai e seus filhos, como também a disponibilidade
de tempo e financeira que o mesmo possui para estar com seus filhos:

- Com aviso de véspera, ao menos 1 (uma) vez ao mês o pai poderá retirar
seus filhos com a mãe no domicílio da mesma, sexta-feira às 19h00m e
devolver no domingo às 20h00m.

- Nos períodos de férias escolares, dado a distância entre o domicílio do pai e o


da mãe, cada um desfrutará de metade do tempo de interrupção das atividades
escolares dos menores, sendo 15 dias no mês de julho (férias entre o escolar
-julho) e 30 dias nas férias de final de ano letivo.

- Conforme consignado, considerando a distância entre a residência dos


genitores, alternadamente cada ano os filhos comuns do casal passarão as
festividades do Natal na casa do pai e Ano Novo na casa da mãe, a se iniciar
este ano pelo Natal com o pai.

Ex: Natal 2016 - pai; Ano Novo 2016 - mãe; Natal 2017 - mãe; Ano Novo 2017 -
pai, sucessivamente e alternadamente.

A doutrina vai além de todos os dispositivos legais acima colacionados:


“A visitação não é somente um direito assegurado
ao pai ou à mãe, é direito do próprio filho de com
eles conviver, o que reforça os vínculos paterno e
materno-filial. (...) Consagrado o princípio proteção
integral,em vez de regulamentar as visitas, é
necessário estabelecer formas de convivência, pois
não há proteção possível com a exclusão do outro
genitor.”Maria Berenice Dias (Manual de Direito das
Família, 2011, p. 447).

Ao final da demanda ou mesmo no desenvolvimento do processo, restará


provado que a proposta acima de regulamentação de visitas, está de acordo e
atende ao melhor interesse dos menores.

III - DA ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA

Ainda, considerando os arts. 300 e seguintes do Novo Código de Processo


Civil requer a antecipação dos efeitos da tutela, inaudita altera parte, para que
o requerente possa exercer de pronto seu direito de visita.

Inexiste controvérsia acerca do direito do autor, consoante determina


claramente o citado art. 19 do Estatuto da Criança e do Adolescente, bem
como as referidas disposições da Lei n. 12.318/2010; portanto, presente o
requisito da verossimilhança das alegações bem como a prova inequívoca.
Mister realçar que a melhor prova da imperiosidade da antecipação da tutela é
o sucesso de ser necessário ao autor, para que possa exercer o seu direito de
visita, a propositura da presente ação.

Também patente o dano irreparável, porquanto não podendo visitar sua filha
agora, jamais recuperará as horas perdidas, como dita o cediço brocardo
factum fieri nequit infectum.

Não se pode, na vertente hipótese, sequer aguardar a citação da parte


contrária, porquanto a duração de tal procedimento poderia prejudicar
irreparavelmente o direito do autor. Além disso, a Lei n. 12.318/2919, no art. 4º,
permite a concessão de medidas provisórias inaudita altera pars, para que se
resguarde o direito do infante, inclusive determina tramitação prioritária ao
processo e faz ressalva especial ao direito de visita:

Nesta esteira, sobejamente demonstrada as condições para a concessão da


tutela antecipada, bem como para a procedência final da presente ação.

A fim de garantir o resultado fático da presente demanda, com fulcro no poder


geral de efetivação (art. 814, do Novo Código de Processo Civil), requer,
proferida sentença de mérito dando provimento aos pedidos narrados nessa
peça vestibular, ou concedida a antecipação da tutela, seja fixada sanção
pecuniária no valor de metade do salário mínimo vigente (R$ 440,00
(quatrocentos e quarenta reais) v. Dec. presidencial n. 7.655/2011) no caso de
eventual descumprimento do ato imposto à ré, isto é, caso a genitora obste o
direito de visita do autor.

IV - DOS PEDIDOS

Ante o exposto, requer em caráter de urgência:

A) A tramitação prioritária do presente processo, consoante determinação da


Lei n. 12.318/2010 em seu art. 4º.

B) A antecipação dos efeitos da tutela de urgência (art. 300 do Novo CPC),


inaudita altera parte, para que o autor exerça de pronto seu direito, nos termos
delineados supra (§ VIII), porquanto presentes, como demonstrado acima (§§ X
e XI), os requisitos de verossimilhança das alegações, de prova inequívoca,
bem como o fundado receio de dano irreparável;

Em caráter definitivo:

C) A citação da ré, por Oficial de Justiça para que compareça em audiência de


conciliação, instrução e julgamento, a ser designada por este Douto Juízo,
onde, se quiser, poderá oferecer resposta, sob pena de sujeitar-se aos efeitos
da revelia (art. 344 do Novo CPC);

D) A intimação do ilustre representante do Ministério Público para intervir no


feito ad finem (art. 178, II, do Novo CPC);
E) A concessão do benefício da Justiça Gratuita, nos termos das Constituição
Federal (art. 5º, LXXIV) e da Lei n. 1.060/1950 (art. 2º, caput e parágrafo
único);

F) A regulamentação do direito de visitas, conforme delineado acima.

G) Seja fixada sanção pecuniária, na forma descrita acima, com base no art.
814, do Novo CPC, no valor de metade do salário mínimo vigente (R$ 440,00),
na eventualidade de a ré descumprir a decisão que antecipe os efeitos da
tutela ou a sentença de mérito.

Dá-se à causa o valor de R$ 1.000,00 (mil reais), apenas para efeito de custas
e alçada.

De [Município] p/ [Município] em [data].

[Assinatura do Advogado]

[Número de Inscrição na OAB]

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