Beruflich Dokumente
Kultur Dokumente
AULA 03
Olá pessoal!
Para tanto, tomaremos como base a Lei Orgânica do Tribunal (Lei Municipal
289/1981), seu Regimento Interno, a Lei Orgânica do Município do Rio de Janeiro e
a Lei Municipal 3.714/2003 (dispõe sobre a aplicação de sanções pelo TCM-RJ).
SUMÁRIO
Organização do TCM-RJ......................................................................................................................................................2
Composição e sede..............................................................................................................................................................2
Órgãos ......................................................................................................................................................................................3
Plenário ...................................................................................................................................................................................5
Conselheiros..........................................................................................................................................................................6
Presidente e Vice-Presidente ...................................................................................................................................... 10
Auditores ............................................................................................................................................................................. 18
Procuradoria Especial .................................................................................................................................................... 19
Jurisdição do TCM-RJ........................................................................................................................................................ 23
Competências do TCM-RJ ............................................................................................................................................... 28
Prestação e tomada de contas..................................................................................................................................... 41
Decisões em processos de contas.............................................................................................................................. 45
Sanções..................................................................................................................................................................................... 52
RESUMÃO DA AULA ........................................................................................................................................................... 58
Questões comentadas na Aula..................................................................................................................................... 62
Gabarito ................................................................................................................................................................................... 66
Ressalto que, se o edital do concurso trouxer algum tópico específico que não
tenha sido abordado na aula, farei as adaptações necessárias para que o material
aborde todo o conteúdo exigido.
ORGANIZAÇÃO DO TCM-RJ
COMPOSIÇÃO E SEDE
Art. 91 - O Tribunal de Contas, integrado por sete Conselheiros, tem sede na Cidade
do Rio de Janeiro, quadro próprio de pessoal e jurisdição em todo o Município.
Como se vê, o texto da Lei Orgânica Municipal nos informa que o TCM-
RJ é integrado por sete Conselheiros. Da mesma forma, o art. 2º da
LO/TCM-RJ é enfático ao dizer: “O Tribunal de Contas tem sede no Município
do Rio de Janeiro e se compõe de sete Conselheiros nomeados na forma
definida nas Constituições Federal e Estadual e na Lei Orgânica do Município
do Rio de Janeiro”.
O TCM-RJ, portanto, é um órgão colegiado, integrado pelos sete
Conselheiros.
ÓRGÃOS
1A Lei Complementar 152/2015 regulamentou o art. 40, §1º, inciso II da Constituição Federal, estendendo
aos membros de todos os tribunais de contas, assim como aos respectivos servidores, a aposentadoria
compulsória, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, aos 75 anos de idade (antes era 70).
Competências do Vice-Presidente
Competências do Corregedor
do TCU (art. 73, §2º): 1/3 pelo Presidente da República e 2/3 pelo Congresso
Nacional. A solução foi dada pelo STF: nos Tribunais de Contas Estaduais,
quatro Conselheiros devem ser escolhidos pela Assembleia Legislativa e três
pelo Chefe do Poder Executivo estadual, cabendo a este indicar um dentre
Auditores e outro dentre membros do Ministério Público, e um terceiro a sua
livre escolha.
No TCM-RJ, que é composto por sete Conselheiros, é seguida a
jurisprudência do STF, conforme previsto no art. 35 do Regimento Interno, ou
seja, três Conselheiros são escolhidos pelo Prefeito (um livre, um dentre os
Auditores e um dentre os Procuradores) e quatro pela Câmara Municipal.
Gabarito: Certo
do Estado (art. 9º da LO/TCM-RJ), os quais, por sua vez, segundo o art. 128,
§3º da Constituição do Estado, possuem as mesmas garantias, prerrogativas,
impedimentos, vencimentos e vantagens dos Desembargadores do Tribunal
de Justiça.
Porém, os membros do Tribunal de Contas possuem forma de
investidura própria, prevista no art. 35 do regimento Interno (três indicados
pelo Prefeito, com aprovação da Câmara Municipal e quatro pela Câmara
Municipal, dentre brasileiros que preencham os requisitos), não vinculada à
forma de investidura dos Desembargadores do TJ/RJ, daí o erro.
Gabarito: Errado
AUDITORES
PROCURADORIA ESPECIAL
JURISDIÇÃO DO TCM-RJ
8. (FGV – TCM/SP 2015, adaptada) Suponha que a União, por meio do Ministério
da Cultura, transfira voluntariamente, mediante convênio, recursos para a Secretaria
Municipal de Cultura do Rio de Janeiro para financiar um projeto na área de
preservação da memória. O município cofinancia a ação por meio do aporte de uma
contrapartida de 10% do total do ajuste. Quanto à jurisdição dos órgãos de controle
externo, é correto afirmar que:
(A) compete exclusivamente ao Tribunal de Contas da União a fiscalização do ajuste,
pois os recursos são majoritariamente federais;
(B) há uma competência concorrente do Tribunal de Contas do Município e do Tribunal
de Contas da União, de forma autônoma e independente;
(C) compete ao Tribunal de Contas do Município fiscalizar somente a aplicação dos
recursos da contrapartida do ajuste;
(D) compete exclusivamente ao Tribunal de Contas do Município a fiscalização do
ajuste, pois os recursos têm como destino o orçamento do município;
(E) o Tribunal de Contas do Município pode fiscalizar o ajuste desde que previamente
10. (TCU – TCE 2007 – Cespe, adaptada) Considere que determinada organização
civil de interesse público, que atua na área de defesa e conservação do meio
ambiente, tenha sido contratada pela administração pública municipal, por meio de
termo de parceria. Nessa situação, mesmo sendo pessoa jurídica de direito privado,
essa organização civil está sujeita à jurisdição do TCM-RJ.
Comentário: Como a organização civil tratada no comando da questão
recebe recursos municipais por meio de termo de parceria para o desempenho
de atividade de interesse público (defesa e conservação do meio ambiente), está
sim sob a jurisdição do TCM-RJ (LO/TCM-RJ art. 6º, IX). Portanto, o quesito está
correto. Não obstante, deve ficar claro que a entidade de direito privado está
sujeita à fiscalização do TCM apenas quanto à aplicação dos recursos
municipais recebidos, vale dizer, a jurisdição do Tribunal não alcança os
recursos próprios da entidade.
Gabarito: Certo
11. (TCU – TEFC 2012 – Cespe, adaptada) As empresas públicas municipais não
estão sujeitas à fiscalização do TCM-RJ, pois são pessoas jurídicas de direito privado.
Comentário: A afirmativa está errada. As empresas públicas municipais
integram a administração indireta e possuem capital formado por recursos do
Município do Rio de Janeiro. Logo, estão sob a jurisdição do TCM-RJ e, em
consequência, sujeitas à fiscalização da Corte de Contas, independentemente de
serem pessoas jurídicas de direito privado, nos termos do art. 6º, I da LO.
Gabarito: Errado
Gabarito: Errado
COMPETÊNCIAS DO TCM-RJ
XIII - decidir sobre representação que lhe seja enviada por qualquer licitante,
contratado ou pessoa física ou jurídica, contra irregularidades na aplicação da lei
pertinente às licitações e contratos da Administração Pública;
(...)
XVI - verificar a legalidade, a legitimidade e a economicidade dos editais de
licitação, dos atos de dispensa ou inexigibilidade, na forma estabelecida no Regimento
Interno ou em ato próprio, bem como das despesas ou receitas decorrentes dos atos de
sua aprovação, de contratos ou de instrumentos assemelhados;
O agente que der causa a qualquer uma delas será punido com multa
de, exatamente, 30% dos seus vencimentos anuais. Ou seja, não há
previsão de gradação da pena em razão da gravidade da conduta do agente
em cada caso concreto: o valor será sempre correspondente a 30% dos
vencimentos anuais do responsável. Ah, o pagamento da multa é de
responsabilidade pessoal do agente, e não do órgão em que trabalha.
Vale observar que, caso a conduta do gestor configure crime, a
competência para julgamento não é mais do Tribunal de Contas, mas sim do
órgão do Poder Judiciário com jurisdição sobre a matéria, a partir de
denúncia do Ministério Público.
13. (TCE/ES – Auditor 2012 – Cespe) Caso tome conhecimento de que o chefe do
Poder Executivo estadual tenha cometido em determinado certame licitatório, graves
irregularidades relativas à gestão do dinheiro público, o dono de uma empresa licitante
poderá, nos termos da Constituição Federal (CF), denunciar o fato diretamente ao
tribunal de contas estadual.
Comentário: Nos termos do art. 74, §2º da CF, qualquer cidadão, partido
político, associação ou sindicato é parte legítima para, na forma da lei, denunciar
irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas. Assim, o dono da
empresa licitante, na qualidade de cidadão, poderá sim denunciar ao tribunal de
contas estadual as irregularidades de que tenha conhecimento na gestão do
dinheiro público. Perceba que a questão não especifica a origem do recurso
público objeto da irregularidade denunciada.
Com efeito, o Governador do Estado, em regra, gere recursos estaduais,
mas também pode ser responsável pela aplicação de recursos federais
provenientes de transferências voluntárias da União. Caso se trate de recursos
estaduais, a competência é do respectivo TCE; no caso de recursos federais, a
competência é do TCU.
Não obstante, o cidadão dono da empresa licitante possui legitimidade para
denunciar perante qualquer Tribunal de Contas. O órgão de controle externo, por
sua vez, ao analisar a denúncia, irá verificar se o assunto se insere ou não no
âmbito de sua competência e jurisdição. Caso negativo (se a licitação foi
realizada com recursos federais e a denúncia foi protocolada no TCE, por
14. (TCE/ES – Auditor 2012 – Cespe) De acordo com o STF, o TCU e, dado o
princípio da simetria, os tribunais de contas estaduais detêm legitimidade para
requisitar, diretamente, informações que impliquem a quebra de sigilo bancário.
Comentário: O quesito está errado. Segundo o STF, o TCU e, por simetria,
os demais tribunais de contas, não possui legitimidade para requisitar,
diretamente, a quebra de sigilo bancário. Veja a ementa do MS 22.934-DF, de
17/4/2012:
EMENTA: MANDADO DE SEGURANÇA. TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO.
QUEBRA DE SIGILO BANCÁRIO. IMPOSSIBILIDADE. SEGURANÇA CONCEDIDA. O
Tribunal de Contas da União, a despeito da relevância das suas funções, não está
autorizado a requisitar informações que importem a quebra de sigilo bancário, por
não figurar dentre aqueles a quem o legislador conferiu essa possibilidade, nos
termos do art. 38 da Lei 4.595/1964, revogado pela Lei Complementar 105/2001. Não há
como admitir-se interpretação extensiva, por tal implicar restrição a direito fundamental
positivado no art. 5º, X, da Constituição. Precedente do Pleno (MS 22801, rel. min.
Menezes Direito, DJe-047 de 14.03.2008.) Ordem concedida.
Gabarito: Errado
do TCM-RJ:
Art. 3º - Ao Tribunal de Contas do Município do Rio de Janeiro, órgão constitucional de
controle externo, no exercício da fiscalização contábil, financeira, orçamentária,
operacional e patrimonial, compete:
XIV - decidir sobre consulta que lhe seja formulada pelos titulares dos Poderes, ou por
outra autoridade , na forma e tabelecida no Regimento Interno ou em norma
específica, a respeito de dúvida suscitada na aplicação de dispositivos legais e
regulamentares concernentes à matéria de sua competência, tendo a resposta à
consulta caráter normativo e constituindo prejulgamento da tese, mas não do fato
ou caso concreto;
Definitiva
17. (TCU – AUFC 2013 – Cespe) No julgamento das contas regulares, exceto nos
casos em que haja ressalvas, o tribunal dará quitação ao responsável.
Comentário: O item está errado. Nos termos do art. 48 da LO/TCM-RJ,
quando julgar as contas regulares, o Tribunal dará quitação plena ao
responsável:
Art. 48. Quando julgar as contas regulares, o Tribunal dará quitação plena ao
responsável.
Por outro lado, segundo o art. 49 da LO/TCM-RJ, a quitação (sem ser plena)
é cabível para contas regulares com ressalva, justamente a exceção apresentada
de forma indevida na questão:
Art. 49. Quando julgar as contas regulares com ressalva, o Tribunal dará quitação ao
responsável e lhe determinará, ou a quem lhe haja sucedido, a adoção de medidas
necessárias à correção das impropriedades ou faltas identificadas, de modo a prevenir
a ocorrência de outras semelhantes.
Gabarito: Errado
18. (TCU – AUFC 2013 – Cespe, adaptada) Verificada irregularidade nas contas,
havendo débito, caberá ao Tribunal ordenar a citação do responsável para apresentar
defesa.
Comentário: A questão está certa, nos termos do art. 44, II da LO/TCM-RJ:
Art. 44. Verificada irregularidade nas contas, o Tribunal:
I - definirá a responsabilidade individual ou solidária pelo ato de gestão inquinado;
II - se houver débito, ordenará a citação do responsável para, no prazo
estabelecido no Regimento Interno, apresentar defesa;
III - se não houver débito, determinará a audiência do responsável para, no prazo
estabelecido no Regimento Interno, apresentar razões de justificativa; e
IV - adotará outras medidas cabíveis
Gabarito: Certo
22. (TCU – ACE 2005 – Cespe, adaptada) Considere que, instaurada tomada de
contas especial em razão de irregularidades verificadas em obra pública municipal, na
qual se detectou a existência de dano ao erário, o TCM-RJ constatou que toda a
documentação comprobatória da despesa fora destruída por violenta e inevitável
inundação provocada por eventos naturais. Diante disso, o Tribunal pode, em decisão
terminativa, ordenar o trancamento das contas, considerando-as iliquidáveis. Pode,
também, julgar o mérito das contas, alguns anos depois, caso estejam presentes os
requisitos legais aplicáveis.
Comentário: Repare que o evento que destruiu a documentação
comprobatória da despesa ocorreu de forma comprovadamente alheia à vontade
do responsável (“violenta e inevitável inundação provocada por eventos
naturais”). Por isso o Tribunal pode, em decisão terminativa, ordenar o
trancamento das contas, mesmo as tomadas de contas especial, sem
julgamento de mérito. Por outro lado, se o responsável tivesse provocado a
destruição dos documentos por vontade própria, não seria admissível a decisão
terminativa. No período de cinco anos a partir da decisão que ordenou o
trancamento e o arquivamento das contas, o Tribunal pode desarquivar o
processo e proceder ao respectivo julgamento de mérito, caso apareçam novos
elementos suficientes para tanto.
Gabarito: Certo
23. (TCU – ACE 2005 – Cespe, adaptada) Considere a seguinte situação hipotética.
Assegurada a ampla defesa, o TCM-RJ julgou irregulares as contas de Bento,
imputou-lhe débito no valor de R$ 100 mil e aplicou-lhe multa proporcional ao débito
no valor de R$ 10 mil. Pouco tempo depois, Bento, único responsável, faleceu. Nessa
situação, os valores correspondentes à multa não mais deverão ser cobrados, embora
a quantia relativa ao débito ainda possa ser cobrada, de modo a se promover o
ressarcimento integral do dano.
Comentário: O item está correto. Nos termos do art. 6º, XI da LO/TCM-RJ,
apenas o débito poderá ser cobrado dos sucessores, até o limite do patrimônio
transferido. Detalhe é que a questão fala em “promover o ressarcimento integral
do dano”, que no caso foi de R$ 100 mil. Isso só seria possível caso o
patrimônio transferido tenha sido igual ou superior a esse valor, uma vez que a
responsabilidade dos herdeiros limita-se ao valor da herança. Por sua vez, a
multa não poderá ser jamais cobrada dos sucessores, independentemente do
valor da sanção ou do patrimônio transferido, uma vez que, segundo o art. 5º,
XLV da CF, nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo ser
estendida aos sucessores apenas a obrigação de reparar o dano.
Gabarito: Certo
SANÇÕES
As sanções que podem ser aplicadas pelo TCM-RJ não estão previstas
na sua Lei Orgânica, e sim na Lei 3.174/2003.
Segundo a referida lei, o TCM-RJ, no exercício de suas atribuições,
poderá aplicar as seguintes sanções:
➢ Multa
➢ Afastamento de servidor do exercício de cargo em comissão
➢ Arresto judicial de bens
Multa
3 O valor de R$ 28.612,80 é o mais atualizado da multa, que está no Regimento Interno. O valor que consta na
Lei 3.174/2003 é o valor original, de R$ 20 mil. A diferença é porque esse valor é atualizado, periodicamente,
por ato da presidência do Tribunal, com base na variação do índice utilizado para atualização dos créditos
tributários do Município (art. 3º, §3º da Lei 3.174/2003).
Arresto de bens
e) A multa aplicável pelo TCM-RJ é atualizada com base no índice oficial de inflação.
Comentário: Vejamos cada alternativa:
(a) Errado, pois, em caso de dano erário não quantificável e não atribuível
ao responsável, ou seja, não havendo débito, a multa aplicável não possui valor
proporcional ao dano, e sim um valor máximo atualizado periodicamente em ato
da Presidência do Tribunal (atualmente o valor é de R$ 28.612,80);
(b) Certo, nos termos do art. 63, III, “b”, da LO/TCM-RJ:
Art. 63 – A decisão definitiva será formalizada por acórdão, contendo os requisitos
indicados no art. 3º, § 5º, nos termos estabelecidos no Regimento Interno ou em ato
próprio, e sua publicação sucinta no Diário Oficial do Município constituirá
I - no caso de contas regulares, certificado de quitação plena do responsável para com o
erário;
II - no caso de contas regulares com ressalva, certificado de quitação com determinação,
nos termos do art. 49; ou
III - no caso de contas irregulares:
a) obrigação de o responsável, no prazo estabelecido no Regimento Interno, comprovar
perante o Tribunal que recolheu aos cofres públicos a quantia correspondente ao débito
que lhe tiver sido imputado ou da multa cominada, na forma prevista no art. 50 e no art.
3º da Lei nº 3.714/03;
b) título executivo bastante para cobrança judicial da dívida decorrente do débito
ou da multa, se não recolhida no prazo pelo responsável; e
c) fundamento para que a autoridade competente proceda à efetivação das sanções
previstas nos arts. 6º e 7º da Lei nº 3.714/03.
(c) Errado, pois no caso de ilegalidade do ato administrativo em execução,
se não atendido no prazo fixado, o TCM-RJ sustará a execução do ato
impugnado (LO/TCM-RJ, art. 3º, IX). A anulação do ato apenas pode ser
realizada pela própria Administração ou pelo Poder Judiciário;
(d) Errado, pois o arresto de bens é medida judicial. Quando for o caso, o
TCM-RJ, ouvida a Procuradoria Especial, apenas solicita à Procuradoria-Geral
do Município ou aos dirigentes das entidades jurisdicionadas as medidas
necessárias ao ajuizamento da ação de arresto;
(e) Errado, pois, nos termos do art. 3º, §3º da Lei 3.174/2003, o valor da
multa é atualizado, periodicamente, por ato da presidência do Tribunal, com
base na variação do índice utilizado para atualização dos créditos tributários do
Município.
Gabarito: alternativa “b”
*****
É isso. Terminamos aqui o nosso curso. Espero que tenham aproveitado
e aprendido a matéria!
Qualquer dúvida, poste lá no fórum, ok?
Erick Alves
Definitiva:
▪ Regulares: as contas expressam de forma clara e objetiva a exatidão dos demonstrativos contábeis, a
legalidade, a legitimidade e a economicidade dos atos de gestão do responsável. Quitação plena.
▪ Regulares com ressalva: falta de natureza formal de que não resulte dano ao erário; Quitação
▪ Irregulares:
1. Grave infração a norma legal ou regulamentar de natureza contábil,
financeira, orçamentária, operacional ou patrimonial;
➢ Contas iliquidáveis: caso fortuito ou de força maior, alheio à vontade do responsável, que torne impossível o
julgamento de mérito. Podem ser desarquivadas no prazo de 5 anos, à vista de novos elementos.
➢ Ao ser adotada decisão terminativa, as contas são arquivadas sem julgamento de mérito.
▪ Multa:
o Quando há débito: até 100% do valor do dano;
o Quando não há débito: até R$ 28.612,80 (valor atualizado por ato da presidência do TCM)
(E) o Tribunal de Contas do Município pode fiscalizar o ajuste desde que previamente
autorizado pelo Tribunal de Contas da União, mediante acordo de cooperação.
10. (TCU – TCE 2007 – Cespe, adaptada) Considere que determinada organização civil de
interesse público, que atua na área de defesa e conservação do meio ambiente, tenha sido
contratada pela administração pública municipal, por meio de termo de parceria. Nessa
situação, mesmo sendo pessoa jurídica de direito privado, essa organização civil está sujeita à
jurisdição do TCM-RJ.
11. (TCU – TEFC 2012 – Cespe, adaptada) As empresas públicas municipais não estão
sujeitas à fiscalização do TCM-RJ, pois são pessoas jurídicas de direito privado.
12. (TCDF – Analista 2014 – Cespe, adaptada) Entidades dotadas de personalidade jurídica
de direito privado criadas com a finalidade de prestar serviço de interesse público estão
abrangidas, em razão de sua finalidade, pela jurisdição do TCM-RJ.
13. (TCE/ES – Auditor 2012 – Cespe) Caso tome conhecimento de que o chefe do Poder
Executivo estadual tenha cometido em determinado certame licitatório, graves irregularidades
relativas à gestão do dinheiro público, o dono de uma empresa licitante poderá, nos termos da
Constituição Federal (CF), denunciar o fato diretamente ao tribunal de contas estadual.
14. (TCE/ES – Auditor 2012 – Cespe) De acordo com o STF, o TCU e, dado o princípio da
simetria, os tribunais de contas estaduais detêm legitimidade para requisitar, diretamente,
informações que impliquem a quebra de sigilo bancário.
15. (TCE/SE – Analista 2011 – FCC, adaptada) As decisões prolatadas pelo Tribunal de
Contas do Município do Rio de Janeiro em processos de consulta
(A) têm caráter normativo e constituem prejulgamento da tese, do fato e caso concreto.
(B) têm caráter normativo e constituem prejulgamento da tese, mas não do fato ou caso
concreto.
(C) constituem prejulgamento da tese, mas não do fato ou caso concreto e não têm caráter
normativo.
(D) constituem prejulgamento da tese, do fato e caso concreto, mas não têm caráter normativo.
(E) têm caráter normativo, mas não constituem prejulgamento da tese, do fato nem do caso
concreto.
16. (TCU – AUFC 2010 – Cespe) Na prestação de contas, o administrador público deve
incluir somente os recursos orçamentários e os extra-orçamentários geridos pela sua unidade.
17. (TCU – AUFC 2013 – Cespe) No julgamento das contas regulares, exceto nos casos em
que haja ressalvas, o tribunal dará quitação ao responsável.
18. (TCU – AUFC 2013 – Cespe, adaptada) Verificada irregularidade nas contas, havendo
débito, caberá ao Tribunal ordenar a citação do responsável para apresentar defesa.
19. (TCU – AUFC 2011 – Cespe, adaptada) Caso a documentação contábil de determinada
entidade seja roubada e seja impossível a sua recuperação ou a obtenção de informações
apropriadas e suficientes sobre as operações dessa entidade, suas contas deverão ser
consideradas iliquidáveis, e o processo correspondente, arquivado. A baixa da
responsabilidade do administrador, entretanto, somente poderá ser dada após cinco anos da
decisão terminativa do TCM-RJ.
20. (TCU – AUFC 2010 – Cespe, adaptada) As contas de um administrador que apresentem
falta de natureza formal da qual não resulte dano ao erário devem ser tratadas pelo TCM-RJ
como irregulares com ressalva.
22. (TCU – ACE 2005 – Cespe, adaptada) Considere que, instaurada tomada de contas
especial em razão de irregularidades verificadas em obra pública municipal, na qual se
detectou a existência de dano ao erário, o TCM-RJ constatou que toda a documentação
comprobatória da despesa fora destruída por violenta e inevitável inundação provocada por
eventos naturais. Diante disso, o Tribunal pode, em decisão terminativa, ordenar o trancamento
das contas, considerando-as iliquidáveis. Pode, também, julgar o mérito das contas, alguns
anos depois, caso estejam presentes os requisitos legais aplicáveis.
23. (TCU – ACE 2005 – Cespe, adaptada) Considere a seguinte situação hipotética.
Assegurada a ampla defesa, o TCM-RJ julgou irregulares as contas de Bento, imputou-lhe
débito no valor de R$ 100 mil e aplicou-lhe multa proporcional ao débito no valor de R$ 10 mil.
Pouco tempo depois, Bento, único responsável, faleceu. Nessa situação, os valores
correspondentes à multa não mais deverão ser cobrados, embora a quantia relativa ao débito
ainda possa ser cobrada, de modo a se promover o ressarcimento integral do dano.
*****
GABARITO
2) C 3) E 4) E
1) C
6) E 7) E 8) b
5) E
10) C 11) E 12) E
9) E
14) E 15) b 16) E
13) C
18) C 19) C 20) E
17) E
22) C 23) C 24) C
21) E
26) C
25) b