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Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia - Campus Distrito Industrial.

Sistemas de Vídeo Professor: Marcondes T. Reis


mtreis@ifam.edu.br

Índice.
1 Noções de Luminotécnica. .................................................................................................................................................................. 5
1.1 A Luz. ...................................................................................................................................................................................... 5
1.1.1 Exercícios Propostos. .......................................................................................................................................................... 6
1.2 Unidades Luminotécnicas. ....................................................................................................................................................... 6
1.2.1 Intensidade Luminosa. ........................................................................................................................................................ 6
1.2.2 Fluxo Luminoso. ................................................................................................................................................................. 7
1.3 Exercício Propostos. ............................................................................................................... Erro! Indicador não definido.
1.3.1 Iluminamento. ..................................................................................................................................................................... 7
1.3.2 Luminância. ........................................................................................................................................................................ 7
1.4 O Luxímetro. ........................................................................................................................................................................... 8
1.4.1 Exercício Propostos. ........................................................................................................................................................... 8
1.5 Prática de Laboratório n. 1: Uso do Luxímetro. ...................................................................................................................... 9
2 Noções de Colorimetria. ................................................................................................................................................................... 10
2.1 A Cor. .................................................................................................................................................................................... 10
2.1.1 O Brilho. ........................................................................................................................................................................... 10
2.1.2 O Matiz: ............................................................................................................................................................................ 10
2.1.2.1 Temperatura de Cor...................................................................................................................................................... 10
2.1.2.2 Cores Espectrais e Não Espectrais. .............................................................................................................................. 10
2.1.2.3 Mistura aditiva. ............................................................................................................................................................ 10
2.1.2.4 Mistura subtrativa ........................................................................................................................................................ 10
2.1.3 Saturação........................................................................................................................................................................... 10
2.2 Triângulos de Cor e Diagramas de Cromaticidade. ............................................................................................................... 10
2.2.1 Diagrama de cromaticidade CIE. ...................................................................................................................................... 11
2.2.2 Exercícios Propostos. ........................................................................................................................................................ 11
3 Noções de Fisiologia do Olho Humano. ........................................................................................................................................... 11
3.1 Noções de Anatomia do Olho Humano. ................................................................................................................................ 11
3.2 Mecanismo da Percepção Cromática - Sensibilidade Espectral............................................................................................. 13
3.3 Persistência Visual. ................................................................................................................................................................ 13
3.4 Acuidade Visual. ................................................................................................................................................................... 13
4 Análise da Imagem em Cores. .......................................................................................................................................................... 14
4.1 Leis de Grassmann: ............................................................................................................................................................... 14
4.1.1 Primeira Lei Grassmann. .................................................................................................................................................. 14
4.1.1.1 As Primárias de Cor: Vermelho, Verde, e Azul. .......................................................................................................... 14
4.1.2 Segunda Lei de Grassmann. .............................................................................................................................................. 14
4.1.3 A Informação de Brilho da Imagem.................................................................................................................................. 14
4.2 Formação dos Sinais Componentes de Vídeo R, G e B. ........................................................................................................ 14
5 A Câmera de Vídeo CCD em cores. ................................................................................................................................................. 14
5.1 A Fotografia. .......................................................................................................................................................................... 14
5.2 A Câmera Fotográfica............................................................................................................................................................ 15
5.3 A Câmera Digital. .................................................................................................................................................................. 15
5.3.1 Caixa à prova de luz .......................................................................................................................................................... 15
5.4 Lente. ..................................................................................................................................................................................... 16
5.4.1 Lentes e Níveis de Luz. ..................................................................................................................................................... 16
5.4.1.1 Número de Relação de Abertura da Lente: f/D. ........................................................................................................... 16
5.4.3 Profundidade de Campo. ................................................................................................................................................... 19
5.4.4 Obturador. ......................................................................................................................................................................... 19
5.4.4.1 As Lentes de Aproximação (“Zoom Lens”). ................................................................................................................ 20
5.5 O Dispositivo CCD. ............................................................................................................................................................... 23
5.5.1 Principais Partes de um CCD. ........................................................................................................................................... 23
5.5.2 Analogia Mecânica. .......................................................................................................................................................... 24
5.5.3 Processos de Formação do Sinal de Vídeo. ...................................................................................................................... 24
5.5.4 Resolução. ......................................................................................................................................................................... 25
5.5.4.1 Pixels Ativos do CCD. ................................................................................................................................................. 25
5.5.5 Processo de Varredura de Imagem. ................................................................................................................................... 25
5.5.5.1 Varredura em Linha. .................................................................................................................................................... 25
5.5.5.2 Varredura em Área. ...................................................................................................................................................... 25
5.5.6 Os Sinais de Sincronismo. ................................................................................................................................................ 25
5.5.6.1 Sistema Tetrafásico. ..................................................................................................................................................... 25
5.5.6.2 Sistema Trifásico. ......................................................................................................................................................... 26
5.5.6.3 Pseudo Sistema Bifásico. ............................................................................................................................................. 26
5.5.7 Tipos mais comuns de CCD’s. .......................................................................................................................................... 26

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5.5.7.1 Full Frame CCD. .......................................................................................................................................................... 26


5.5.7.2 Interline Image Sensor: ................................................................................................................................................ 27
5.5.7.3 Linear Image Sensor: ................................................................................................................................................... 27
5.5.7.4 CMOS CCD. ................................................................................................................................................................ 27
5.5.8 Câmera CCD - Diagrama em Blocos. ............................................................................................................................... 28
5.5.8.1 O Sinal de Saída de Vídeo do CCD. ............................................................................................................................ 28
5.5.9 Pixels com Filtro de Cor. .................................................................................................................................................. 28
5.6 A Câmera Digital de Vídeo 3CCD. ....................................................................................................................................... 29
5.6.1 Beam Splitter. ................................................................................................................................................................... 30
5.6.2 Reprodução da Imagem em Cores. ................................................................................................................................... 30
5.6.3 Formatos de Arquivo de Imagens Estáticas (“Still Images”). ........................................................................................... 31
5.7 Exercícios. ............................................................................................................................................................................. 32
5.7.1 Resolução. ......................................................................................................................................................................... 34
5.7.1.1 O Número de Pixels. .................................................................................................................................................... 34
6 A Televisão. ...................................................................................................................................................................................... 35
6.1 A História da Televisão. ........................................................................................................................................................ 35
6.2 O Processo de Televisão. ....................................................................................................................................................... 39
7 Codificação do Sinal de Vídeo em Cores no Sistema NTSC. ........................................................................................................... 40
7.1 Resumo Histórico. ................................................................................................................................................................. 40
7.2 Relação de Aspecto. .............................................................................................................................................................. 40
7.2.1 Exercício: .......................................................................................................................................................................... 40
7.3 O Padrão M de Televisão. ..................................................................................................................................................... 40
7.3.1 O Padrão de Vídeo Monoscope: ....................................................................................................................................... 40
7.4 Exercícios. ............................................................................................................................................................................. 41
7.5 Número total de linhas: .......................................................................................................................................................... 41
7.6 Formação do Sinal de Luminância. ....................................................................................................................................... 41
7.6.1 Exercício. .......................................................................................................................................................................... 41
7.7 Sistema de Varredura:............................................................................................................................................................ 42
7.7.1.1 Sistema de Varredura Entrelaçado. .............................................................................................................................. 42
7.7.2 Prática de Laboratório n._ 2: Demosntração do Processo de Deflexão em TRC’s. .......................................................... 42
7.7.3 Varredura Horizontal. ....................................................................................................................................................... 42
7.7.3.1 Principais partes do Período de Apagamento Horizontal. ............................................................................................ 42
7.7.4 Exercício. .......................................................................................................................................................................... 42
7.7.4.1 Principais Níveis do Sinal de Vídeo composto. ........................................................................................................... 42
7.7.5 Varredura Vertical. ........................................................................................................................................................... 42
7.7.5.1 Principais partes do Período de Apagamento Vertical. ................................................................................................ 43
7.7.6 Exercício. .......................................................................................................................................................................... 43
7.8 Largura de Banda de vídeo. ................................................................................................................................................... 47
7.9 Formação do Sinal de Crominância. ...................................................................................................................................... 48
7.9.1 Os Sinais de Diferença de Cor B-Y, R-Y e G-Y. .............................................................................................................. 48
7.9.1.1 O Sinal B -Y. ................................................................................................................................................................ 48
7.9.1.2 O Sinal R -Y. ................................................................................................................................................................ 48
7.9.1.3 O Sinal G -Y. ............................................................................................................................................................... 48
7.9.2 Os sinais I e Q. .................................................................................................................................................................. 48
7.9.3 Representação das Fases do Padrão de Vídeo Barras Coloridas. ...................................................................................... 49
7.9.4 Freqüência da Subportadora de Cor. ................................................................................................................................. 49
7.9.5 Freqüência da Varredura Horizontal. ................................................................................................................................ 50
7.9.6 Freqüência da Varredura Vertical. .................................................................................................................................... 50
7.9.7 Freqüência da Subportadora de Cor em função da Freqüência de Varredura Horizontal. ................................................ 50
7.9.8 Modulação da Subportadora de Crominância NTSC. ....................................................................................................... 50
7.10 O Sinal de Vídeo Composto em Cores NTSC. ...................................................................................................................... 50
7.11 Tabela de Codificação do Sinal de Vídeo Composto nos Sistemas NTSC. ........................................................................... 51
7.11.1 O Vectorscópio NTSC. ..................................................................................................................................................... 52
7.11.2 O “Waveform”. ................................................................................................................................................................. 52
7.11.3 Entrelaçamento Espectral. ................................................................................................................................................. 52
7.12 O Canal de Transmissão. ....................................................................................................................................................... 53
7.12.1 Modulação da Portadora de Vídeo. ................................................................................................................................... 53
7.12.2 Vantagens da Transmissão Negativa. ............................................................................................................................... 53
7.12.3 O IRE e as Amplitudes da Portadora. ............................................................................................................................... 53
7.13 Modulação da Portadora de Áudio. ....................................................................................................................................... 54
7.13.1 Transmissão de FM Estéreo para Televisão. ..................................................................................................................... 54
7.14 Espectro do Canal de Transmissão. ....................................................................................................................................... 54
7.14.1 Exercício. .......................................................................................................................................................................... 56
8 Codificação do Sinal de Vídeo em Cores no Sistema PAL-M. ........................................................................................................ 57

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8.1 Resumo Histórico. ................................................................................................................................................................. 57


8.1.1 O Sistema PAL-M. ........................................................................................................................................................... 57
8.2 Formação do Sinal de Luminância. ....................................................................................................................................... 57
8.3 Formação do Sinal de Crominância. ...................................................................................................................................... 58
8.3.1 Os Sinais Diferença de Cor. .............................................................................................................................................. 58
8.3.2 Formação dos Sinais U e V. .............................................................................................................................................. 58
8.3.3 A “Quase-Periodicidade” dos Sinais de Vídeo. ................................................................................................................ 59
8.3.4 Resolução Cromática no Sentido Vertical. ....................................................................................................................... 59
8.3.5 O Processo de Correção de Fase. ...................................................................................................................................... 59
8.3.6 Outra vantagens do Sistema PAL. .................................................................................................................................... 59
8.3.7 A Freqüência da Subportadora de Crominância PAL-M. ................................................................................................. 60
8.3.8 Intercalamento de Freqüências para o Sistema PAL. ........................................................................................................ 60
8.3.9 Exercício. .......................................................................................................................................................................... 60
8.4 Tabela de Codificação do Sinal de Vídeo Composto nos Sistemas NTSC e PAL-M. ........................................................... 61
8.5 O Canal de Transmissão. ....................................................................................................................................................... 62
9 Codificação do Sinal de Vídeo em Cores no Padrão VGA para Computador Pessoal. .................................................................... 63
9.1 Placas Adaptadoras de Vídeo Modo Texto. ........................................................................................................................... 63
9.1.1 Mapeamento de Caracteres e de Bits. ............................................................................................................................... 63
9.1.1.1 Placa de Vídeo Hercules. ............................................................................................................................................. 64
9.2 O Barramento ISA. ................................................................................................................................................................ 64
9.3 Placas Adaptadoras de Vídeo Gráficas. ................................................................................................................................. 65
9.3.1 Placa Adaptadora de Vídeo CGA. .................................................................................................................................... 65
9.3.2 Placa Adaptadora de Vídeo VGA. .................................................................................................................................... 66
9.3.3 O Barramento EISA. ......................................................................................................................................................... 66
9.3.4 Barramento VESA. ........................................................................................................................................................... 66
9.3.5 Placa Adaptadora de Vídeo SVGA. .................................................................................................................................. 67
9.3.6 Barramento PCI. ............................................................................................................................................................... 67
9.3.7 Barramento PCI Expres. ................................................................................................................................................... 68
9.3.8 Trabalho de pesquisa; ....................................................................................................................................................... 70
10 Televisão de Alta Definição (“High Definition Television” – HDTV). ....................................................................................... 72
10.1 Resumo Histórico. ................................................................................................................................................................. 72
10.2 Freqüência de Varreduras - Sistema Computador Pessoal. ................................................................................................... 72
10.3 Largura de Faixa de Vídeo. ................................................................................................................................................... 72
10.3.1 Sistema Computador Pessoal. ........................................................................................................................................... 72
10.4 Tabela de Comparação entre os Sistemas NTSC, PAL-M, HDTV e VGA. .......................................................................... 74
10.5 Canal de Transmissão. ........................................................................................................................................................... 75
10.5.1.1 Sistemas ATSC, DVB e ISDB-T............................................................................................................................. 75
Bibliografia. .............................................................................................................................................................................................. 77
Índice de Figuras....................................................................................................................................................................................... 78
Índice de Aplicativos. ............................................................................................................................................................................... 79
Índice de Tabelas. ..................................................................................................................................................................................... 81
Índice Remissivo. ..................................................................................................................................................................................... 82
Apêndice I: Fotografia. ............................................................................................................................................................................. 83
Apêndice II: Cinematografia. ................................................................................................................................................................... 92
Apêndice III: Direito Autoral. .................................................................................................................................................................. 93
Apêndice IV: Afabeto Grego. ................................................................................................................................................................... 95
Apêndice V: Prefixos do Sistema Internacional de Unidades (SI). .......................................................................................................... 96
Apêndice VI: Anatomia do Olho Humano. .............................................................................................................................................. 97
Apêndice VII: Simulação de Funcionamento do Olho Humano. .............................................................................................................. 98
Apêndice VIII: O Ponto Cego da Visão Humana. .................................................................................................................................... 99
Apêndice IX: Comparação entre uma Câmera Fotográfica e o Olho Humano. ...................................................................................... 100
Apêndice X: Miopia e Hipermetropia..................................................................................................................................................... 101
Apêndice XI - A Cinematografia. ........................................................................................................................................................... 102
10.6 Freqüência de Amostragem. ................................................................................................................................................ 102
10.7 Projetor. ............................................................................................................................................................................... 103
10.8 Relação de Aspecto. ............................................................................................................................................................ 103
10.9 Formatos de Filmes. ............................................................................................................................................................ 103
Apêndice XII - O Filme. ......................................................................................................................................................................... 104
10.9.1.1 Composição. .......................................................................................................................................................... 104
10.9.1.2 Sensibilidade ......................................................................................................................................................... 104
10.9.1.3 Formatos. ............................................................................................................................................................... 104
10.9.1.4 Negativos. .............................................................................................................................................................. 104
10.9.1.5 Positivos. ............................................................................................................................................................... 104
10.9.1.6 Resolução. ............................................................................................................................................................. 105

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Apêndice XIII – CCD. ............................................................................................................................................................................ 106


10.9.1.7 Pré-Amplificador. .................................................................................................................................................. 106
10.9.1.8 CDS. ...................................................................................................................................................................... 107
10.9.1.9 Conversor Analógico p/ Digital (“Analogical Digital Converter” – ADC). .......................................................... 107
10.9.1.10 Processador Digital de Sinais (“Digital Signal Processor” - DSP). ....................................................................... 108
10.9.1.11 CCD (P&B) ICX083AL. ....................................................................................................................................... 108
Apêndice XIV - Análise da Imagem em P&B. ....................................................................................................................................... 111
10.10 Processo de Exploração Eletrônica – A Válvula Termoiônica Vidicom. ............................................................................ 111
10.10.1 Feixe de Elétrons no VIDICON. ................................................................................................................................ 112
10.10.2 Focalização do Feixe. ................................................................................................................................................. 112
10.10.3 “Aterrissagem” do Feixe. ........................................................................................................................................... 112
10.10.4 Ação Fotocondutora. .................................................................................................................................................. 112
10.10.5 Resposta Espectral. .................................................................................................................................................... 112
10.10.6 Corrente de Escuro. .................................................................................................................................................... 113
10.10.7 Resolução e Abertura do Feixe. ................................................................................................................................. 113
10.10.8 Elementos de Imagem. ............................................................................................................................................... 114
10.10.9 Varredura. .................................................................................................................................................................. 114
10.10.9.1 Linhas por Quadro. ................................................................................................................................................ 116
10.10.10 Deflexão do Feixe. ..................................................................................................................................................... 116
10.10.11 Prática de Laboratório n._ 3: Demosntração do Processo de Deflexão em TRC’s. ................................................... 117
10.10.12 Memory Stick. ............................................................................................................................................................ 119
10.10.12.1 Especificações técnicas ......................................................................................................................................... 119
Marcas Registradas. ................................................................................................................................................................................ 129

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1 Noções de Luminotécnica.
Equação 1-1: Energia do fóton.
1.1 A Luz1.2 Tal que:
E: Energia do fóton em Joules (J).
f: frequência em Hertz (Hz).
: Comprimento de onda em metros (m).
h: Constante de Planck (h  6,626·10-34 J·s).
Aplicativo 1-1: Video_Applets\Cobras.avi
A sensibilidade visual para a luz varia não só de acordo com o comprimento
de onda da radiação, mas também com a sua amplitude. A curva de
sensibilidade do olho humano (Figura 1-12) demonstra que uma radiação de
menor comprimento de onda (violeta e azul) gera maior intensidade de
sensação luminosa quando há pouca luz, por exemplo, no crepúsculo, noite,
etc. Enquanto que uma radiação de maior comprimento de onda (laranja e
vermelho) se comporta de modo contrário.
As três grandezas físicas básicas da luz (e de toda a radiação
Figura 1-1: Luz3. eletromagnética) são: O brilho (ou amplitude), a cor (ou freqüência), e a
A luz é um tipo de radiação eletromagnética de cuja porção de espectro o polarização (ou ângulo de vibração).
ser humano é capaz de perceber (Figura 1-1). Este espectro se situa entre as Um raio de luz é a representação da trajetória da luz em um determinado
porções denominadas de infravermelho e ultravioleta (Figura 1-3 e Figura 1-4). espaço, e sua representação indica de onde a luz sai (fonte) e para onde ela se
Devido à dualidade onda-partícula, a luz exibe simultaneamente propriedades dirige. O conceito de raio de luz foi introduzido por Alhazen 6, ou seja,
ondulatórias e corpusculares. propagando-se em um meio homogêneo, a luz sempre percorre uma trajetória
retilínea; somente em um meio não-homogêneo esta pode descrever uma
trajetória curva.

7
4
Figura 1-5: Classificações do espectro ultravioleta.
Figura 1-2.

Figura 1-6: Fotografia com o uso de filtro de luz ultravioleta8.

Figura 1-3: Espectro eletromagnético.

5 (A)
Figura 1-4: Espectro da luz visível.
Energia do fóton no vácuo. 6 Abu Ali al-Hasan Ibn Al-Haitham: conhecido também pela forma latinizada Alhazen,
As relações quânticas do fóton são: nasceu no ano 965 em Basra, agora Iraque e morreu em 1040 na cidade do Cairo. Físico
e matemático árabe. Pioneiro da Óptica, depois de Ptolomeu. Um dos primeiros a explicar
o fenômeno dos corpos celestes no horizonte. Escreveu numerosas obras notáveis pelo
1 http://br.osram.info/download/manual/Manual.pdf estilo e pelas observações sobre os fenômenos da refração da luz, com especial
2 http://pt.wikipedia.org/wiki/Luz; Acessado em 04/03/2009; incidência na refração atmosférica ao nascer e ao pôr do Sol.
3 http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Double-alaskan-rainbow.jpg; Acessado em http://pt.wikipedia.org/wiki/Alhazen em 19/5/2014.
04/03/2009
4 http://www.infoescola.com/fisica/foton/ em 14/05/2014. 7 http://www.homesolariums.com.au/UVPhototherapy.asp em 19/5/2014;
5 http://www.broadcastengineering.com/ 8 http://www.msp.rmit.edu.au/Article_01/13.html

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Figura 1-11: Imagem termográfica.


Aplicativo 1-2: Video_Applets\Calor.MPG

(B)
Figura 1-7: Uso de filtro ultravioleta: A) Sem filtro UV; B) Com filtro UV.

Figura 1-12: Curva de sensibilidade monocromática do olho humano.


1.1.1 Exercícios Propostos.
1) Procure outros conceitos para luz.
2) O que significa a palavra espectro?
3) Construa um gráfico do espectro eletromagnético em função da frequência
9 e outro em função do comprimento de onda.
Figura 1-8: Classificação do espectro infravermelho. 4) Faça uma pesquisa sobre o tema “Radiação Ionizante” em eV e Joules..
5) Descreva a equação de energia do fóton em função da constante de
Planck.
6) Determine a energia do fóton para as faixas de comprimentos de onda do
espectro eletromagnético das abaixo. Considere o coeficiente da
respectiva potência de dez como igual a 1.
a) Infravermelho.
b) Luz visível.
c) Ultravioleta.
d) Raios X.
e) Raios gama.
f) Raios cósmicos.
7) A Figura 1-3 apresenta o espectro eletromagnético em função do
10
comprimento de onda. Determine:
a) 107 nm em metros.
Figura 1-9: Esta imagem foi feita a partir de uma câmera fotográfica digital sensível
ao espectro infravermelho. b) O valor da freqüência respectivo a 107 nm.
c) 103 nm em micrômetros.
d) O valor da freqüência respectivo a 103 nm.
e) A faixa de 103 nm corresponde a que classificação do espectro
eletromagnético?
8) Descreva os principais efeitos fisiológicos do espectro ultravioleta UVA,
UVB e UVC.
9) Descreva os principais efeitos fisiológicos do espectro infravermelho.
10) O Termômetro de infravermelho é utilizado para medição de temperatura
sem contato físico. Pesquise o significado da especificação distância x
área deste aparelho.
11) Faça uma pesquisa na internet e apresente uma figura exemplificando
11 uma análise térmica de um assunto.
Figura 1-10: Fotografia com o uso de câmera sensível ao infravermelho. 12) Apresente um exemplo prático do item acima.
13) Descreva uma aplicação prática do espectro ultravioleta.
14) Descreva uma aplicação prática do espectro infravermelho.
1.2 Unidades Luminotécnicas.
Ao nos referirmos à luz, vários termos e unidades são usados. Algumas
delas são definidas brevemente abaixo:
1.2.1 Intensidade Luminosa.
A intensidade luminosa expressa a potência de luz de uma fonte luminosa.
Tem como unidade de medida principal a Candela (cd): 1 cd é 1/60 da luz
emitida por 1 cm2 de um assim chamado radiador perfeito, elevado à
temperatura de fusão da platina, isto é, 2.042 Kelvin, sob uma pressão de
101.325 pascals12.
Um radiador perfeito é uma substância que, quando aquecida, emite luz
contendo energia que cobre inteiramente o espectro visível. Seu espectro pode
ser formulado teoricamente a alguma outra temperatura. Um exemplo teórico de
um radiador perfeito é um corpo perfeitamente negro que, quando frio, absorve
toda a radiação que incide sobre ele.

9 http://science.hq.nasa.gov/kids/imagers/ems/infrared.html em 19/5/2014;
10 http://www.popgive.com/2009/01/beautiful-infrared-images.html
11 http://weburbanist.com em 19/5/2014. 12 http://www.webcalc.com.br/conversoes/sist_int_frm1.html

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Figura 1-15: Iluminamento.


O iluminamento é a medida da concentração de fluxo luminoso que incide
sobre uma superfície. O iluminamento é expresso em lúmens por unidade de
área. A principal unidade é o lux:
Um lux = 1 lúmen por metro quadrado (lm/m2);

E
A
Equação 1-3: Cálculo do iluminamento.
Tal que:
: Fluxo luminoso (lm);
Figura 1-13: Definição do padrão de medida de intensidade luminosa. A: Área (m2);
Aplicativo 1-3: Video_Applets\TempColor\TempColor.htm
Aplicativo 1-4: Video_Applets\Cuerponegro\AppletCuerponegro.htm Exemplos de iluminamento: 15
1.2.2 Fluxo Luminoso13.
Uma fonte de luz emite energia em forma de ondas eletromagnéticas. Nós Luz solar em dia claro (exterior)............. 100.000 lux
falamos de energia luminosa como fluxo, sendo o fluxo luminoso uma medida Sala com janelas amplas, à luz do dia........ 1.000 lux
da intensidade de luz por segundo em uma determinada área. A unidade é o Sala bem iluminada por lâmpadas.......... 300-500 lux
lúmen, que pode ser definido como segue: Boas condições de visibilidade..................... 100 lux
Lúmen (lm). Um lúmen é a quantidade de fluxo luminoso que por segundo Logradouro público bem iluminado............. 10-20 lux
atravessa uma superfície de área unitária, colocada a uma distância unitária de Luar de lua cheia, céu limpo........................... 0,5lux
uma fonte luminosa de uma candela, sendo a superfície normal aos raios
incidentes. Níveis de Iluminância Recomendáveis para Interiores – Exemplificação da
Norma NBR-541316.
Obs.: os valores são fornecidos para observadores com idade entre 40 e 55
anos, praticando tarefas que demandam velocidade e precisão médias.
Descrição da Atividade Em (lx)

Depósito 200
Circulação/corredor/escadas 150
Garagem 150
Residências (cômodos gerais) 150
Sala de leitura (biblioteca) 500
Sala de aula (escola) 300
Sala de espera (foyer) 100
Escritórios 500
Figura 1-14: Definição do padrão de medida de fluxo luminoso. Sala de desenhos (arquit.e eng.) 1000
Em termos mais científicos, um lúmen é o fluxo luminoso emitido em um Editoras (impressoras) 1000
segundo por unidade de ângulo sólido (i.e., por esterradiano14 (sr)), por uma Lojas (vitrines) 1000
fonte de uma candela. (N.B. Há 4 esterradianos em uma esfera, de forma que Lojas (sala de vendas) 500
o fluxo total emitido por segundo por uma fonte de uma candela é 4 lúmens). Padarias (sala de preparação) 200
O conceito de fonte puntiforme é útil, visto que a luz emitida por ela se Lavanderias 200
irradia igualmente em todas as direções em uma expansão esférica. À medida Restaurantes(geral) 150
que a distância à fonte puntiforme aumenta, a quantidade de fluxo que passa Laboratórios 500
através de cada metro quadrado da superfície esférica decresce, pois o fluxo Museus (geral) 100
total é espalhado sobre uma área maior. Como a área da superfície esférica é Indústria/montagem (ativ. visual de precisão) 500
proporcional ao quadrado do raio (r), a densidade de fluxo é inversamente Indústria/inspeção (controle de qualidade) 1000
proporcional ao quadrado do raio, ou seja: Indústria (geral) 200
Indústria/soldagem (ativ. de muita precisão) 2000
A Tabela 1-1
 1.2.4 Luminância.
r2
Equação 1-2
De maneira mais específica, um lúmen pode ser definido como a quantidade
de fluxo luminoso que em um segundo passa através de um metro quadrado de
uma superfície esférica perfeitamente transparente, de raio igual a um metro, se
uma fonte puntiforme, tendo intensidade igual a uma candela, for colocada no
centro da esfera.
1.2.3 Iluminamento.

Figura 1-16: Luminância.


Das grandezas mencionadas, nenhuma é visível, isto é, os raios de luz não
são vistos, a menos que sejam refletidos em uma superfície e aí transmitam a
sensação de claridade aos olhos. Essa sensação de claridade é chamada de
Luminância.

13 http://www.arq.ufsc.br/labcon/arq5661/trabalhos_2001-2/iluminacao/fotometria.htm 15 http://www.arq.ufsc.br/labcon/arq5661/trabalhos_2001-2/iluminacao/fotometria.htm
14 Ou esferorradiano. http://pt.wikipedia.org/wiki/Esferorradiano em 19/5/2014. 16 http://br.osram.info/download/manual/Manual.pdf

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Em outras palavras, é a Intensidade Luminosa que emana de uma


superfície, pela sua superfície aparente.
A equação que permite sua determinação é:
I
L
A  cosa 
Equação 1-4: Cálculo da luminância.

Onde:
L = Luminância, em cd/m²;
I = Intensidade Luminosa,em cd;
A = área projetada, em m²;
a = ângulo considerado, em graus;

Figura 1-17: Cálculo da luminância.


1.3 O Luxímetro.
1.3.1 Exercício Propostos.
1) Escreva um artigo sobre o Luxímetro.

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1.4 Prática de Laboratório n. 1: Uso do Luxímetro.


Aplicativo 1-5: Video_Applets\Luximetro.pdf

2) Meça a iluminância no centro da mesa das bancadas utilizando-se o luxímetro.

3) Determine a luminância no centro da mesa das bancadas.

4) Calcule a refletância.

5) Se a superfície fosse pintada de preto isso alteraria:


a. O Iluminamento?
b. A Luminância?

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2 Noções de Colorimetria. 2.1.2.3 Mistura aditiva.


Um receptor de televisão a cores não cria cor, partindo da luz branca e
2.1 A Cor. subtraindo parte dela. Nele as cores são criadas pela mistura de luz vermelha,
A cor é uma percepção visual provocada pela ação da luz sobre células verde e azul. Isto é facilmente demonstrado, se feixes de luz vermelha, verde e
especializadas da retina, as quais transmitem estas informações através de azul forem superpostos sobre uma tela em um quadro escuro. A iluminação
estímulos nervosos no nervo óptico até a porção posterior do cérebro e a partir mostra o resultado, por exemplo:
daí são interpretadas.  vermelho + verde = amarelo.
Nós podemos ver um objeto através da luz refletida por ele. Se ele se  vermelho + azul = magenta.
parece verde à luz do dia, quer dizer que embora seja banhado pela luz branca
 azul + verde = turquesa.
do sol, ele reflete somente o espectro verde desta, o restante do espectro é
 vermelho + azul + verde = branco.
absorvido pelo objeto.
A cor possui três características básicas, ou seja: O brilho, o matiz e a
saturação.
2.1.1 O Brilho.
O brilho é definido pela intensidade de luz. A percepção humana da
sensação de brilho é determinada pela soma das respostas das células
sensíveis a intensidade de luz no olho (Figura 1-12).
Para a percepção da cor de um objeto (ou uma fonte luminosa), uma
quantidade suficiente de luz (Brilho) provindo desta, deve atingir o olho humano. Figura 2-3: Mistura Aditiva18.
Aplicativo 2-3: Video_Applets\Colorrgb\rgb.htm
2.1.2.4 Mistura subtrativa
A luz branca é incidida sobre os pigmentos, os quais absorvem parte do
espectro e refletem o restante. Deve ser lembrado que não estamos mais
Figura 2-1: Brilho. considerando fontes luminosas. Por exemplo:
2.1.2 O Matiz:  amarelo = branco – azul.
O matiz é a propriedade da cor pela qual esta pode ser identificada e  magenta = branco – verde.
distinguida de outras, por exemplo: uma cor pode ser de matiz vermelho, verde  turquesa = branco – vermelho.
520nm, amarelo 3800k, etc.
Uma cor é denominada de cor espectral se, por exemplo, esta poder ser
determinada pelo seu respectivo comprimento de onda dominante. Por
exemplo: O matiz do verde está entorno de 500nm do espectro visível.

19

Figura 2-4: Mistura Subtrativa.


Aplicativo 2-4: Video_Applets\CMYColorApplet\cmycolor___Início.htm
2.1.3 Saturação.
Uma cor é dita não saturada quando o branco é adicionado a ela. Cores de
pincel ou pálido são menos saturadas que as cores vivas ou carregadas. A
saturação é determinada pela pureza radiante, ou pelo grau a que a energia
luminosa está confinada a uma faixa estreita de comprimentos de onda.
Uma cor é dita saturada quando não contém nenhuma luz branca.
Figura 2-2: Matiz.
2.1.2.1 Temperatura de Cor.
Todos os corpos negros têm a mesma cor na mesma temperatura, e eles
irradiam continuamente através de todo o espectro, com uma dominância que
depende da temperatura.
Aplicativo 2-1: Video_Applets\Cuerponegro\AppletCuerponegro.htm
Um corpo irradiante pode ter, por comparação com o corpo negro, uma
temperatura de cor que pode ser muito diferente de sua temperatura real; Figura 2-5: Saturação.
Aplicativo 2-5: Video_Applets\Brilho e Saturação\Colors.htm
assim, uma lâmpada de tungstênio tem uma temperatura de cor (expressa em
Kelvin) de cerca de 500 acima de sua temperatura real. 2.2 Triângulos de Cor e Diagramas de Cromaticidade20.
Um triângulo de cor é um diagrama que dá a relação entre as primárias
escolhidas e as cores que podem ser obtidas pela mistura simples e
conveniente. Levados à sua forma mais sofisticada, eles tornam-se dispositivos
17
que dão uma cor designada numericamente em termos de coordenadas sobre o
Aplicativo 2-2: Video_Applets\TempColor\TempColor.htm diagrama.
2.1.2.2 Cores Espectrais e Não Espectrais. Embora, em sua forma mais simples, os triângulos de cor dêem, muitas
Uma cor é dita espectral quando possui um comprimento de onda vezes, uma idéia correta da faixa aproximada de cores que são obtidas pela
dominante e bem definido. Já as cores não espectrais, não possuem um
comprimento de onda definido, mas são formadas por várias componentes de
comprimento de onda. 18 http://pub.ufasta.edu.ar
19 http://pub.ufasta.edu.ar
20 - Hutson, Geoffrey H.; Teoria da Televisão a Cores; Edit. MaGRAW – HILL do Brasil;
17 http://br.osram.info/download/manual/Manual.pdf 1974; P. 18.

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mistura de três dadas cores, isto não é verdadeiro para os diagramas mais 3 Noções de Fisiologia do Olho Humano 24.25
sofisticados. O objetivo destes é obter uma maneira de especificar
numericamente uma dada cor, mas não dar uma impressão visual daquela cor. O olho é o órgão responsável pela transdução de informação luminosa em
Enquanto uma reprodução verdadeira de uma cor possa ter uma vantagem respectivos estímulos nervosos, os quais serão enviados para a parte posterior
adicional, na verdade, não é possível fazer-se tal diagrama. A razão é que a do cérebro onde a informação é finalmente interpretada.
Aplicativo 3-1: Video_Applets\O Sentido da Visão.wmv
faixa de cores, que podem ser criadas pelas técnicas de impressão ou técnicas
fotográficas, é menor que a faixa total de cores que ocorrem em cenas naturais, 3.1 Noções de Anatomia do Olho Humano.
ou pode também ser menor que a faixa de cores obtidas pela mistura aditiva de O olho humano tem diâmetro antero-posterior de aproximadamente 24,15
luzes de cores primárias, usadas em televisão a cores. Em virtude desta mm, diâmetros horizontal e vertical ao nível do equador de aproximadamente
limitação, diagramas em cor, que pretendem mostrar a faixa de cores que pode 23,48 mm, circunferência ao equador de 75 mm, pesa 7,5g e tem volume de
ser obtida pela mistura aditiva de três cores primárias de televisão, são, em 6,5cm3.
Aplicativo 3-2: Video_Applets\Olho animação\F10_Eye.exe
parte, imprecisos. As áreas e extensão das imprecisões variarão de acordo com
as primárias: vermelha, verde e azul, efetivamente usadas em um dado sistema
de televisão a cores.
2.2.1 Diagrama de cromaticidade CIE21.
No diagrama C.I.E.22, são usadas primárias hipotéticas e isto permite fazer
um diagrama abrangendo todas as cores. A Erro! Fonte de referência não
ncontrada. mostra a forma deste diagrama de cromaticidade. As primárias
fictícias estão situadas nos vértices do triângulo e todas as cores espectrais
encontram-se ao longo da parte curva do diagrama em forma de ferradura, que
se encontra dentro do triângulo. Esta parte curva, em forma de ferradura, está
graduada em nanômetros, para permitir que as cores monocromáticas sejam 26
identificadas a partir de seus comprimentos de onda.
Figura 3-1: Partes externas do olho humano.
Esclera: É a parte branca do olho que serve de proteção; A Córnea: É uma
estrutura transparente e resistente que permite a passagem da luz para dentro
do olho e ajuda a focalizá-la na retina (Figura 3-2); A Íris: É a parte que dá a cor
dos olhos. Controla a entrada de luz através da pupila. O diâmetro desta
abertura aumenta, para permitir a entrada de mais luz em condições
crepusculares, e se reduz para um tamanho muito menor, quando a luz que
atinge o olho é intensa; Pupila: É uma abertura na íris que aumenta ou diminui,
controlando a quantidade de luz que penetra no olho (Figura 3-3).

27

Figura 3-2: Corte longitudinal do olho humano (seção frontal).


23
Figura 2-6: Diagrama de Cromaticidade.
Aplicativo 2-6: Video_Applets\Cie1931\1931 CIE Chromaticity Diagram.htm
2.2.2 Exercícios Propostos.
1) Quais os principais parâmetros de uma imagem em cores? Especifique.
2) Por que um objeto apresenta a cor azul?
3) Faça a pesquisa e apresentação dos seguintes triângulos de 28
cromaticidade:
Figura 3-3: Dilatação da pupila.
a) De um monitor de vídeo;
O globo ocular recebe este nome por ter a forma de um globo, que por sua
b) Uma impressora em cores;
vez fica acondicionado dentro de uma cavidade óssea e protegido pelas
4) Cite os seguintes exemplos de especificações de temperatura de cor:
pálpebras. Possui em seu exterior seis músculos que são responsáveis pelos
a) Lâmpadas;
movimentos oculares (Figura 3-4).
b) Filtros de lentes; Aplicativo 3-3: Video_Applets\Olho animação\F10_Eye.exe
c) Pirômetro;
5) Cite um exemplo de aplicação do diagrama de cromaticidade CIE.

24 - Hutson, Geoffrey H.; Teoria da Televisão a Cores; Edit. MaGRAW – HILL do Brasil;
1974; P. 10.
21 “Comission Internationale de l’Eclairage”. 25 http://pt.wikipedia.org/wiki/Olho_humano; em 19/5/2014.
22 CIE: Commission internationale de l'éclairage em francês. 26

http://en.wikipedia.org/wiki/International_Commission_on_Illumination em 19/5/2014. 27 http://bagarai.com.br/wp-content/uploads/2010/10/catarata.jpg em 19/5/2014.


23 http://img.chw.net/sitio/breves/200805/1209996250_CIE-Diagram.jpg em 19/5/2014. 28 http://www.afh.bio.br/

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A Retina é a parte foto sensível atrás do olho, a qual reage à chegada de luz
de forma a produzir estímulos nervosos, os quais são transmitidos pelas fibras
nervosas para o cérebro. A retina consiste principalmente de um número muito
grande de células fotossensíveis. Estas são de dois tipos: bastonetes e cones
— assim chamados por causa de sua aparência (Figura 3-8). Os bastonetes
são sensíveis somente à intensidade da luz incidente, e não à cor. Os cones
são os responsáveis pela visão normal da cor. Durante a luz do dia, o processo
de visão é efetuado principalmente pela ação dos cones. Quando o nível de luz
cai abaixo de cerca de 1 lux, os cones cessam de agir. A noite, os bastonetes
são os responsáveis pela visão. Sua sensibilidade é da ordem de 10.000 vezes
maior que a dos cones, mas eles criam somente imagens monocromáticas
(Figura 3-9).

29

Figura 3-4: Detalhe do olho humano na órbita.


Existe ainda o humor aquoso que é um líquido incolor e que existe entre a
córnea e o cristalino (Figura 3-5). O humor vítreo é uma substância gelatinosa
que preenche todo o espaço interno do globo ocular também entre a córnea e o
cristalino. Tudo isso funciona para manter a forma esférica do olho. À medida
que os objetos ficam mais próximos o cristalino fica mais espesso, e para
objetos a distância fica mais delgado a isso chamamos de acomodação.
Aplicativo 3-4: Video_Applets\Olho Humano\index.htm.
O olho ainda apresenta, as pálpebras, as sobrancelhas, as glândulas
32
lacrimais, os cílios e os músculos oculares. A função dos cílios ou pestanas é
impedir a entrada de poeira e o excesso da luz. As sobrancelhas também têm a Figura 3-7: formação da imagem na retina.
função de não permitir que o suor da testa entre em contato com os olhos.

33
Figura 3-8: Cones e Bastonetes.

30

Figura 3-5: Ponto Cego (Vide Apêndice I).


A lágrima é produzida nas glândulas lacrimais, sua função é espalhar esse
líquido através dos movimentos das pálpebras lavando e lubrificando o olho.
O Cristalino funciona como uma lente biconvexa de forma a focalizar a
imagem sobre a retina (Figura 3-6 e Figura 3-7).
Aplicativo 3-5: Video_Applets\Human Eye\index.html
Figura 3-9: Distribuição de cones e bastonetes na retina.
Exatamente oposto ao centro da lente, sobre o eixo passando através dela,
está uma pequena área chamada fóvea, com cerca de 1 mm de diâmetro, que
consiste somente de cones (Figura 3-10). A fóvea contém cerca de 34.000
cones, cada um com sua fibra nervosa própria, indo para o cérebro em grupo de
fibras coletivamente conhecidas como nervo óptico. A fóvea é a área de
máxima resolução visual (mas não máxima sensibilidade). Quando o olho
concentra atenção sobre um pequeno detalhe de uma cena total no seu campo
completo de visão, é sobre a fóvea que a imagem desse detalhe é
automaticamente dirigida. A fóvea abrange um ângulo de apenas cerca de 1,7°
dos 180°, ou seja, do campo total de visão. À noite, não havendo nenhum
bastonete na fóvea, um pequeno detalhe de uma cena no crepúsculo é
observado somente quando o olho aponta ligeiramente para o lado do objeto,
de tal forma que sua imagem incida fora da fóvea e sobre uma área onde os
31 bastonetes de muito mais alta sensibilidade estão presentes.
Figura 3-6: O Cristalino.

29 Imagem: CRUZ, Daniel.O Corpo Humano. São Paulo, Ed. Ática, 2000.
http://www.afh.bio.br/
30 http://olhohuma.no.sapo.pt/imagens/olhoanatomia.gif em 19/5/2014. 32 http://www.ssw.th.com.br/palestras/registro_imagens/transp1.gif em 19/5/2014.
31 http://www.gta.ufrj.br/grad/10_1/retina/figuras/olho.jpg em 19/5/2014. 33 http://rcfilms.com.sapo.pt/bastonetes.jpg em 19/5/2014.

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Figura 3-10: Vista interna do olho humano.


Excluída a área próxima à fóvea, as células não apresentam mais fibras
nervosas individuais, mas são formadas em grupos, com várias células
participando da mesma fibra. Foi estimado que cerca de 6 a 7 milhões de
cones e 100 a 120 milhões de bastonetes compõem o olho humano, com
cerca de 1 milhão de fibras individuais no nervo óptico. Nenhuma célula
está presente no centro da região onde o nervo óptico esta conectado com a Figura 3-12: Sensibilidade espectral humana35.
retina e este pequeno ponto é conhecido como “ponto cego”34. O ponto cego é A sensibilidade visual para a luz varia não só de acordo com o comprimento
o lugar de onde o nervo óptico sai do olho. É assim chamado porque não de onda da radiação, mas também com a luminosidade.
existem, no local, receptores sensoriais, não havendo, portanto, resposta à A curva de sensibilidade do olho humano demonstra que radiações de
estimulação (Figura 3-5). Este ponto passa despercebido, por duas razões. menor comprimento de onda (violeta e azul) geram maior intensidade de
Inicialmente, a parte da imagem que incide no ponto cego de um olho é vista sensação luminosa quando há pouca luz (ex. crepúsculo, noite, etc.), enquanto
pelo outro (e vice-versa), e também pequenos movimentos incessantes do olho as radiações de maior comprimento de onda (laranja e vermelho) se comportam
deslocam continuamente a posição da imagem na retina, resultando daí, uma ao contrário (Figura 1-12).
visão completa de toda a imagem (Vide Apêndice VIII). 3.3 Persistência Visual.
Aplicativo 3-6: Video_Applets\Olho_Biônico.flv A persistência visual humana encontra-se em torno de 50ms (20Hz). Isto
significa que para ocorrências com período inferior, em média, o ser humano
não é capaz de percebê-las.
Aplicativo 3-8: Video_Applets\gifanimator\GIFView.exe
Aplicativo 3-9: Video_Applets\Supervelocidade.wmv
3.4 Acuidade Visual.
O olho humano apresenta uma capacidade limitada na percepção de
detalhes de imagem devido a estrutura dos elementos fotossensíveis da retina.
Esta limitação é denominada de acuidade visual. De medição complexa,
depende da iluminação, da natureza da imagem, da região da retina aonde a
imagem é projetada e da distância entre a retira e o objeto visado. Geralmente é
representada por um ângulo.

Figura 3-11: Campo visual aproximado dos olhos.


Aplicativo 3-7: Doenças do olho humano - S_Vídeo_PDF\Eye Webvision Simple
Anatomy of the Retina.mht.
3.2 Mecanismo da Percepção Cromática - Sensibilidade
Espectral.
De acordo com a teoria de Thomas Young ((1773 – 1829): Médico e Físico
Inglês), existem na parte central da retina três classes de células (células 36
cones) capazes de transduzir a luz em percepções nervosas, sendo que cada Estatisticamente a acuidade visual para o olho normal médio varia entre 0,4
classe teria uma máxima sensibilidade em um determinado comprimento de e 5 minutos, sendo máxima para a luz branca, decrescendo para o verde, o
onda, desta forma, as células cones são classificadas de acordo com o vermelho e o azul. O ângulo de 1 minuto é tomado como referência para a
comprimento de onda a qual tem máxima sensibilidade, ou seja, o azul (~470 acuidade visual nos sistemas de reprodução de imagens monocromáticas.
nm), o verde (~520 nm) e o vermelho (~740 nm). Com isto, para que haja a Qualquer objeto que projetar na retina um ângulo inferior a 1 minuto será
sensação de “branco”, não é necessário que haja a presença de todo o invisível.
espectro visível, basta apenas que se produzam os três comprimentos de onda
de máxima sensibilidade.
Figura 3-13: O processo de integração de detalhes.
Para detalhes em escala de cinza: 1’
Para detalhes em cor: 20’.

35 14- Hutson, Geoffrey H.; Teoria da Televisão a Cores; Edit. MaGRAW – HILL do Brasil;
1974; p. 13;
34 O ponto cego foi descoberto pelo físico francês Edme Mariotte (1620 - 1684). 36 - Soares, João Renato Aguiar: Sistemas de Vídeo; Apostila CEFET – AM;

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Cn = x*(0,30*R) + y*(0,59*G) + z*(0,11*B);

Cn = 1*(0,30*R) + 1*(0,59*G) + 1*(0,11*B) = 1 lúmen de luz na cor branca;

4.2 Formação dos Sinais Componentes de Vídeo R, G e B.


As três propriedades de uma cor são: brilho, matiz e saturação. Portanto,
Figura 3-14: Acuidade visual.
sinais correspondentes a essas propriedades, da cor que está sendo televisada,
devem ser transmitidos. Cada cor contém quantidades específicas das cores
primárias: vermelho, verde e azul. Portanto, se fossem transmitidos sinais
proporcionais ao brilho das componentes (vermelho, verde e azul), da cor dada,
estes poderiam ser captados e em seguida aplicados em um receptor cromático
reproduzindo a cor televisada.

5 A Câmera de Vídeo CCD em cores.


5.1 A Fotografia.
A fotografia não tem um único inventor. Ela é uma síntese de várias
observações e inventos em momentos distintos. A primeira descoberta
importante para a fotografia foi a “câmara obscura”. O conhecimento de seus
37 princípios óticos se atribui a Aristóteles, anos antes de Cristo, e seu uso para
4 Análise da Imagem em Cores. observação de eclipses e ajuda ao desenho, a Giovanni Baptista Deila Porta.
Sentado sob uma árvore, Aristóteles observou a imagem do sol, durante um
Para se transmitir uma imagem em cores, os principais sistemas de eclipse parcial, projetando-se no solo em forma de meia lua quando seus raios
televisão a cores baseiam-se nos seguintes princípios: passarem por um pequeno orifício entre as folhas. Observou também que
4.1 Leis de Grassmann38: quanto menor fosse o orifício, mais nítida era a imagem.
4.1.1 Primeira Lei Grassmann. Aplicativo 5-1: Video_Applets\Camera escura\pinHole\pinhole.htm
Dadas três unidades primárias de matizes espectrais, pode-se reproduzir
qualquer outra cor pela soma de uma e uma só proporção das três primárias. No século XIV já se aconselhava o uso da câmara escura como auxílio ao
desenho e a pintura. Leonardo da Vinci fez uma descrição da câmara escura
Cn = x P1 + yP2 + zP3; em seu livro de notas, mas não foi publicado até 1797. Giovanni Baptista Deila
Porta, cientista napolitano, publicou em 1558 uma descrição detalhada da
Entenda-se por Primárias, qualquer trio de cores onde uma não é câmara e de seus usos. Esta câmara era um quarto estanque à luz, possuía um
reprodutível pela soma das outras duas. Entenda-se como complementares, orifício de um lado e a parede à sua frente pintada de branco. Quando um
duas cores que quando somadas geram o branco. objeto era posto diante do orifício, do lado de fora do compartimento, sua
imagem era projetada invertida sobre a parede branca.
4.1.1.1 As Primárias de Cor: Vermelho, Verde, e Azul.
Quando a luz é refletida por um objeto, se propaga em todas as direções.
Em televisão as primárias escolhidas são o azul, o verde e o vermelho. Esta
escolha baseia-se no processo de percepção cromática humana (vide cap. 3.2),
a qual forma uma imagem em cores a partir de combinações das componentes
vermelho, verde e azul desta.
Assim sendo, a lei de Grassmann pode ser escrita como:
Figura 5-1: Luz refletida por um objeto.
Cn = x* PR + y*PG + z* PB;

Tal que: PR, PG e PB, denominam-se primárias azul, verde e vermelha,


respectivamente. (do inglês: Blue, Green, Red);
4.1.2 Segunda Lei de Grassmann.
A cromaticidade de uma cor permanece inalterada se as três unidades
primárias forem multiplicadas por um mesmo número:

K*Cn = K*( x* PR + y*PG + z* PB)

4.1.3 A Informação de Brilho da Imagem. Figura 5-2: câmara escura39.


Em televisão as unidades primárias são definidas de forma tal que
quantidades iguais das mesmas produzam 1 lúmen de luz na cor branca, isto é:
 PR = 0,30 lumens de luz vermelha = 0,30 * R;
 PG = 0,59 lumens de luz verde = 0,59 * G;
 PB = 0,11 lumens de luz azul = 0,11 * B;

Assim sendo, temos que:

Cn = x* PR + y*PG + z* PB Figura 5-3: Relações de proporção.


o i
Cn = x*(0,30*R) + y*(0,59*G) + z*(0,11*B); 
p p´
Onde x,y,z , variam de 0 a 1; Tal que:
o = tamanho do objeto;
Para x = y = z = 1, tem-se o branco de referência, isto é: i = tamanho da imagem;
p = distância do objeto à câmara;
37 http://sprott.physics.wisc.edu/demobook/chapter6.htm em 29/08/2013.
38 (1809 – 1877: Matemático, Físico e Orientalista alemão); 39 http://br.geocities.com/saladefisica8/optica/camara60.gif; em 19/5/2014.

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p' = distância da imagem à câmara;


Como cada ponto do objeto corresponde a um disco luminoso, a imagem
formada possui pouca nitidez e a partir do momento em que se substitui à
parede branca pelo pergaminho de desenho, esta falta de definição passou a
ser um grande problema para os artistas que pretendiam usar a câmara escura
na pintura.
Alguns, na tentativa de melhorar a qualidade da imagem projetada,
diminuíam o tamanho do orifício, mas a imagem escurecia proporcionalmente,
tomando-se quase impossível ao artista identificá-la.
Este problema foi resolvido em 1550 pelo físico milanês Girolamo Cardano,
que sugeriu o uso de uma lente biconvexa junto ao orifício, permitindo desse
modo aumentá-lo, para se obter uma imagem clara sem perder a nitidez.
Aplicativo 5-2: Video_Applets\lente foco\lens_e.htm.lnk
Isto foi possível graças à capacidade de refração do vidro, que tomava
convergentes os raios luminosos refletidos pelo objeto. Assim, a lente fazia com
que a cada ponto luminoso do objeto correspondesse um pequeno ponto de Figura 5-5: O uso de lente na câmara escura41.
imagem, formando-se assim, ponto por ponto da luz refletida do objeto, uma Desse modo, o uso da câmara escura se difundiu entre os artistas e
imagem puntiforme. intelectuais da época, que logo perceberam a impossibilidade de se obter
nitidamente a imagem, quando os objetos captados pelo visor estivessem a
diferentes distâncias da lente. Ou se focalizava o objeto mais próximo, variando
a distância da lente / visor (foco), deixando todo o mais distante desfocado, ou
vice-versa.
5.2 A Câmera Fotográfica.
A Câmera faz fotografias com a utilização da luz refletida pelo assunto que,
passando através de sua lente, forma imagens em um material sensível, que é
o filme.

Figura 5-4: Imagem em foco utilizando uma lente óptica40.

42.
Figura 5-6: Câmera fotográfica43.
5.3 A Câmera Digital44.
Em uma câmara tradicional, a imagem é gravada no filme. Em uma câmara
digital, o "Charge Coupled Device" (CCD) é o equivalente do filme. Ambos, filme
e CCD registram as imagens, mas a partir daí, os processos são bem distintos.
5.3.1 Caixa à prova de luz
É a estrutura básica para a instalação dos demais componentes. Sua função
é impedir a entrada de luz, a não ser aquela refletida pelo assunto, que deve
passar pela abertura da lente. A penetração de luz por outro local, que não seja
a abertura da lente, poderá produzir estrias escuras no negativo e claras no
positivo. Esse defeito na câmara pode ser consertado em uma oficina
especializada.

45

Figura 5-7: Câmera de vídeo digital SONY.

41 http://www.ortensi.com/foto/histfot3.php; em 19/5/2014.
42 http://www.gordon.army.mil/ocos/rdiv/ForKids/IMAGES/litelens.JPG; em 19/5/2014.
43 www.mir.com.my/rb/photography/hardwares/classics/olympusom1n2/om1/index.htm em

19/5/2014.
44 www.kodak.com
40 How Stuff Works. 45 Câmera de Vídeo Digital Sony;

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5.4 Lente.
Concentra os raios de luz na direção exata para formar a imagem nítida do
assunto do assunto sobre o filme. Quando você faz uma fotografia, a luz
refletida pelo assunto passa através da lente e forma a imagem no filme.
Aplicativo 5-3: Video_Applets\Lentes Tais lentes devem ter o valor 1,9 gravado no anel da íris na direção
Combination\opticsbench_long.htm.lnk apontada pela marca indicadora quando a íris está completamente aberta.
5.4.1 Lentes e Níveis de Luz46. A entrada de luz é controlada fechando-se a íris. O anel da íris é calibrado
As características básicas de lentes para todas as câmeras são sua em pontos de “f”, como 1,9 / 2,8 / 4 / 5,6 / 8 / 11 / 16 / 22. Cada uma destas
distância focal e o número f. A distância focal é a distância entre o centro da marcas de calibração é chamada de ponto de “f”.
lente e o ponto no qual os raios paralelos de um objeto distante convergem para Os pontos decrescem em passos de 2 (1,414 aproximadamente), de
um ponto comum, chamado foco. Veja a. O número f é a razão entre a distância forma que cada ponto de “f” permite uma quantidade de luz correspondente à
focal e o diâmetro da lente. metade da luz do ponto anterior. Lembre-se que a área do círculo é
A distância focal determina o “ângulo de tomada” da lente. Lentes com proporcional ao quadrado de seu diâmetro. Tornando a abertura menor por
pequena distância focal são utilizadas para tomadas de ângulos grandes. As de diminuir o diâmetro efetivo da íris em 1/ 2 , a luz é reduzida à metade.
grande distância focal são chamadas teleobjetivas; seu ângulo de tomada é Por exemplo, o ponto 2,8 multiplicado por 1,4 é igual a 3,92, ou 4, que é
pequeno mas podem fazer objetos distantes parecerem próximos. próximo ponto e permite metade da luz que o ponto 2,8.
5.4.1.1 Número de Relação de Abertura da Lente: f/D. As especificações para uma determinada lente devem incluir as aberturas
A capacidade de uma lente de concentrar luz é determinada pelo diâmetro máxima e mínima. Estas se referem aos números F máximos e mínimos nos
da lente. Quanto maior o diâmetro, maior quantidade de luz atingirá a placa quais as lentes podem ser ajustadas para que atinjam, respectivamente, a
alvo. As lentes são classificadas pelo maior diâmetro com a maior abertura da mínima e a máxima entrada de luz. Por exemplo, as lentes Canon EF 70-
íris. A abertura da íris controla a entrada de luz na lente. O número f é dado por: 200mm têm uma abertura máxima de f/2.8 e mínima de f/32.
Deve-se notar que a abertura máxima tende a ser de maior interesse (facilita
que se tire fotos sob condicões de luz escassa porque as lentes deixam entrar
mais luz através do filme ou CCD) e isto usualmente mencionado na descrição
da lente (por exemplo, 100-400 mm f/5.6, 70-200 mm f/2.8).
A abertura mínima é útil para fotos em intervalos de tempo, tiradas em filme
(ela coloca um limite superior no tempo de exposição para uma determinada
condição de luz) e um campo de profundidade máxima48.

47

Figura 5-8: Distância Focal de uma lente.


F
n ; Relação de Abertura da lente.
D
F
D  ; Diâmetro da lente.
n
Figura 5-9: Número “f” de uma lente.
Tal que:
n Número “f” da lente (Relação de abertura do diafragma);
F: Distância focal da lente;
D: Diâmetro da lente com diafragma completamente aberto;
Equação 5-1: Número “f” de uma lente.

Figura 5-10: Número “f” de uma lente fixa.


Uma maior distância focal significa maiores valores de f, um maior diâmetro
corresponde a menores valores para f.
Quanto menor for f, mais sensível é a lente. Um “f” pequeno é necessário
quando o nível de luz da cena é baixo. Lentes com altos valores de f podem ser
utilizadas sob um sol brilhante. 49
Uma lente com 13 mm de diâmetro e distância focal de 25 mm, por exemplo,
tem f de: 5.4.2 Abertura do diafragma.
A caixa à prova de luz contém uma abertura onde é instalada a lente. Por
essa abertura passam os raios de luz que formam a imagem fotográfica. Com a
lente funciona um mecanismo chamado diafragma, cuja função é controlar a

46 - Grob, Bernard; Televisão e Sistemas de Vídeo; Ed. Guanabara; 1989; P. 56. 48 http://pt.wikipedia.org/wiki/Abertura_(%C3%B3ptica); em 19/5/2014.
47 http://forum.jdmstyletuning.com/showthread.php?t=18110 em 19/5/2014. 49 http://forum.jdmstyletuning.com/showthread.php?t=18110 19/5/2014.

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quantidade de luz que deve atingir o filme. As primeiras câmaras só possuíam


uma abertura de diafragma, o que limitava seu uso aos dias de sol. As fábricas
contornaram esse problema usando pequenas chapas metálicas com dois
orifícios de diâmetros diferentes. Assim, em dias de sol intenso, usa-se a
abertura menor do diafragma. Este princípio é utilizado nas câmaras mais
simples:

50

Figura 5-11: Aberturas padronizadas de diafragma51. Quanto mais


fechado o orifício, maior era a possibilidade de focalizar dois objetos a
distâncias diferentes da lente.
 Dias de sol - pequena abertura;
 Dias nublados - grande abertura;
Posteriormente, foram produzidas câmaras com várias aberturas, que
permitem fotografar em diferentes condições de iluminação. Hoje as câmaras
são dotadas de diafragmas com lâminas de aço sobrepostas, que permitem
selecionar as mais diferentes aberturas para as diversas condições de
iluminação.
As aberturas são indicadas pelos números “f’, tais como: f/22; f/16; f/8; f/5.6;
f/4; f/2.8; f/2 e f/1.4. Quanto menor o número, maior a abertura do diafragma e
vice-versa.

50 http://www.mir.com.my/rb/photography/fototech/apershutter/index.htm
51 http://www.peachpit.com

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Figura 5-12: As diferentes objetivas se dividem em três principais categorias, dependendo de seu ângulo de visão. Uma objetiva-padrão produz uma
imagem semelhante à que o olho humano vê. As teleobjetivas têm um ângulo de visão fechado e uma distância focal longa, se comparadosaos de uma
objetiva-padrão. Uma objetiva grande-angular tem um ângulo de visão mais aberto do que ode uma objetiva-padrão52.

52- Hedgecoe, John; “O Novo Manual de Fotografia”; Tradução de: kfouri, Assef; Carvalho, Alexandre R. de; Pereira, Eric Y.; Ed. SENAC; 4ª Edição; 2005;
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5.4.3 Profundidade de Campo53. Figura 5-14: O tamanho da abertura é o fator mais importante no
Uma objetiva pode focalizar com precisão somente uma distância por vez. controle da profundidade de campo — como é também o fator mais
Para ficar completamente nítida, a imagem precisa registrar pontos de luz que manipulável pelo fotógrafo (os outros dois fatores são interrelacionados e
se refletem do motivo como pontos de luz no filme (ou no sensor digital). Longe decididos somente pela composição). Tornar a abertura menor aumenta a
desse piano de foco, os pontos são registrados como minúsculos círculos, profundidade de campo, enquanto abri-la mais limita a profundidade de
conhecidos como “círculos de confusão’ Quanto maiores esses círculos, mais campo. a A distância do motivo também tem seu peso. A distâncias
fora de foco a foto vai aparecer. Para um certo intervalo de distâncias, os próximas, todas as objetivas propiciam menos profundidade de campo do
círculos são minúsculos o suficiente para parecerem pontos, e a imagem que quando os motivos são focalizados de longe. a A distância focal da
aparece nítida. Esse intervalo de distância é conhecido como profundidade de objetiva ou do ajuste da objetiva zoom afeta a variação de distâncias que
campo. aparecem nítidas. A profundidade de campo diminui drasticamente à
A profundidade do campo não é constante — depende de três fatores medida que a distância focal aumenta55.
principais: a abertura, a distância focalizada e a distância focal real da objetiva
(não a distância focal efetiva). Pode-se alterar o efeito mudando-se apenas um
desses itens, mas, para efeitos mais extremos de profundidade de campo,
combina-se a mudança de dois ou mais.

Figura 5-13: CÍRCULOS DE CONFUSÃO. Figura 5-15: À Focalizado a 1,5 m. Focalizar a primeira pessoa da fila
A profundidade de campo depende do tamanho dos chamados círculos assegura que somente ela vai aparecer nítida, embora a segunda, apesar
de confusão, que precisam ser pequenos o suficiente para parecerem de não nítida, ficar reconhecível. Objetiva 80 mm. 1/250 seg. f/2,8. ISO 100.
pontos de luz, em vez de círculos, a fim de que a imagem apareça nítida. O
tamanho desse menor círculo de confusão” depende do tamanho do
sensor ou do formato do filme, da distância na qual os resultados estão
sendo vistos e do tamanho ampliado da imagem. Estes últimos dois
fatores usualmente se anulam, pois grandes fotos que sofreram bastante
ampliação são vistas a distâncias maiores do que pequenas fotografias.
Para 35 mm, o menor círculo de confusão é geralmente considerado como
sendo 0,036 mm.54

Figura 5-16: À Focalizado a 3,5 m. Focalizar a figura que está mais


longe assegura que ela apareça nítida. Observe que a garota em primeiro
plano parece mais fora de foco do que o rapaz. Objetiva 80 mm. 1/250 seg.
f/2,8. ISO 100.
5.4.4 Obturador.

56

53 - Hedgecoe, John; “O Novo Manual de Fotografia”; Tradução de: kfouri, Assef; 55 - Hedgecoe, John; “O Novo Manual de Fotografia”; Tradução de: kfouri, Assef;
Carvalho, Alexandre R. de; Pereira, Eric Y.; Ed. SENAC; 4ª Edição; 2005; Carvalho, Alexandre R. de; Pereira, Eric Y.; Ed. SENAC; 4ª Edição; 2005;
54 - Hedgecoe, John; “O Novo Manual de Fotografia”; Tradução de: kfouri, Assef; 56 http://www.goldfries.com/photography/digital-slr-beginner-understanding-shutter-speed-

Carvalho, Alexandre R. de; Pereira, Eric Y.; Ed. SENAC; 4ª Edição; 2005; aperture-and-iso/ em 19/5/2014.

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Controla o tempo de penetração da luz na câmara para sensibilizar o filme.


A velocidade de penetração da luz é indicada pelos números: 1, 2, 4, 8, 15, 30,
60, 125, 500, 1000 ou mais, dependendo da câmara, e ainda pelas letras B e T.
Assim, a velocidade 1 permite a penetração de luz por um segundo. Os mais
números representam frações de segundo, calculados de forma que o tempo de
entrada de luz seja reduzido pela metade toda vez que se mude de um número
para outro imediatamente superior.
Por exemplo: Ao mudar de 1 para 2, a luz entrará por meio segundo; pela
velocidade 60, a luz entrará o equivalente a 1/60 de segundo, o que
corresponde à metade do tempo que entraria pela velocidade 30; os maiores
números - 250, 500, 1.000 ou mais - representam maior velocidade para ser
usada com o assunto em movimento. Quando usar velocidade baixa (1 / 15 ou Figura 5-17: a) Excesso de exposição; b) Boa exposição; c) Pouca
menos), a câmara deve estar apoiada em tripé para evitar fotos tremidas ou exposição.
borradas; as letras B e T são usadas para exposições superiores a um
segundo. Nesses casos, a câmara também deve estar no tripé; use “B” e
mantenha o disparador pressionado pelo tempo desejado. Quando soltar o
disparador, o obturador se fechará. Usando “T”, pressione o disparador para
abri-lo e pressione novamente para fechá-lo.
Aplicativo 5-4: Video_Applets\javacam\camera.html;
5.4.4.1 As Lentes de Aproximação (“Zoom Lens”).
Têm continuamente distância focal variável. O uso destas lentes é quase
universal para produções em cores, uma vez que substituíram as lentes ópticas
de comprimento focal fixo e encontrada nas antigas câmeras monocromáticas.
As lentes zoom são classificadas pela relação entre a mínima e a máxima
distância focal. Por exemplo, a distância focal das lentes utilizadas para as fotos
da Fig. 3.26b e c varia entre 17 e 102 mm. A faixa de zoom é então 102:17 =
6:1. As lentes zoom feitas para câmeras de VCR domésticos são 3:1 ou 6:1, as
de aplicação para TV comercial variam entre 10:1 e 15:1. Grandes lentes zoom,
como as utilizadas na cobertura de eventos esportivos, são muito caras porque
são “rápidas” com baixo número f.
Aperture value(s): f/64, f/32, f/22, f/16, f/11, f/8, f/5.6, f/4, f/2.8, f/2, etc. (“lens
section”)
Shutter speed(s): 1/8000, 1/4000, 1/2000, 1/1000, 1/500, 1/250, 1/125, 1/60,
1/30, 1/15, 1/8, 1/4, 1/2, 1 sec, etc. (Camera section).
Aplicativo 5-5: Video_Applets\Canon_Cameras\ZoomLens.swf
Aplicativo 5-6: Video_Applets\Canon_Cameras\Focoinner.swf
Aplicativo 5-7: Video_Applets\Canon_Cameras\material.flv
Aplicativo 5-8: Video_Applets\Canon_Cameras\machining.flv
Aplicativo 5-9: Video_Applets\Canon_Cameras\assembly.flv57
Aplicativo 5-10: Video_Applets\Canon_Cameras\usm.swf
Aplicativo 5-11: Video_Applets\Canon_Cameras\Correçãovisual.swf

57 www.canon.com

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Aplicativo 5-12: Video_Applets\gifanimator\Obturador.gif

Figura 5-18: Controle do shutter. 59

Aplicativo 5-13: Video_Applets\Canon Camera Shutter and Mirror action Aplicativo 5-14: Video_Applets\javacam\camera.html
in slow motion.flv

Figura 5-20: f/32 - Abertura pequena e velocidade baixa de fechamento

Figura 5-21: f/5 - Abertura grande e alta velocidade de fechamento


58

Figura 5-19: “Viewfinder” Pentaprisma.

58http://www.samsung.com/uk/consumer/camera-camcorder em 19/5/2014. 59 Ibidem.

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Technical Specification for Zoom-Nikkor 28-85mm f/3.5~4.5s :


Focal length/Aperture: 28-85mm f/3.5~4.5s
Lens construction: 15 elements in 11 groups
Picture angle: 74°' - 28° 30'
Diaphragm: Automatic
Aperture scale: f/3.5~ f/22 on both standard and aperture-direct-readout
scale
Figura 5-22: Lentes “Zoom”.
Technical Specifications:-
Type of lense: D-type AF Zoom-Micro Nikkor lens with built-in CPU and
Nikon bayonet mount
Focal length: 70 to 180mm
Maximum aperture: f/4.5 to f/5.6
Lens construction: 18 elements in 14 groups (one ED glass element)
Picture angle: 34°20' to 13°40' (27°40' to 11° with IX240 system cameras)
Focal length scale: 70mm, 85mm, 105mm, 135mm and 180mm
Distance scale: Graduated in meters and feet from 0.37m (15 in.) to infinity
(oo)

60

Specification:
Focal length/Aperture: 25-50mm f/4.0
Lens construction: 11 elements in 10 groups
Picture angle: 80°40' -47°50'
Diaphragm: Automatic
Aperture scale: f/4.0~ f/22 on both standard and aperture-direct-readout
scale
Zoom Markings: Provided at 25, 28, 35, 40, 50mm
Focusing/zooming control: Via separate Control Rings

60 http://forum.jdmstyletuning.com/showthread.php?t=18110 em 04/10/2009.

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5.5 O Dispositivo CCD.

61 62

O uso de dispositivos de estado sólido para captação de imagens teve início


pelos anos 60, e teve uma grande aceleração com o desenvolvimento do CCD
(“Charge Coupled Device”) em 1969.

66
Figura 5-25: Processamento dos sinais de vídeo.
Aplicativo 5-15: Video_Applets\Processamento digital de imagens.mp4
5.5.1 Principais Partes de um CCD.
Um dispositivo CCD pode ser descrito como um circuito integrado no qual é
definida uma área contendo uma matriz composta de um elemento
semicondutor fotossensível (pixel) em sua superfície, o qual fará a transdução
63 para sinal de vídeo a luz de uma imagem focalizada nesta superfície.
Figura 5-23: Câmera Digital.

Figura 5-24: Digital single-lens reflex camera (digital SLR ou DSLR): 1 - 4-Lentes;
2 – Espelho; 3 – Obturador; 4 – Sensor; 5 - Tela de foco; 6 - Lente condensadora; 7 –
Pentaprisma; 8 - Visor. 64
Existem duas principais tecnologias de sensores: o CCD (“charge coupled
device”) e o CMOS (“complementary metal oxide semiconductor”); atualmente é
mais comum encontrar uma câmera digital com sensor CCD embutido.
Ambos os sensores têm como função uma captura da imagem. Entretanto,
enquanto em um CCD a carga elétrica é transferida de forma seqüencial para o
conversor (linha por linha), em um CMOS, esse processo é realizado 67
individualmente, já que cada circuito é responsável por um pixel em separado 65.
Um sensor CCD pode ser monocromático, contudo, este pode registrar a cor Figura 5-26: Área útil de um CCD e micro lentes dos pixels.
através de um filtro de cor - similar no conceito às diversas camadas de
emulsão do filme. A gravação da imagem com um CCD é feita em três passos.
Primeiro, a exposição à luz é convertida em carga elétrica em pontos individuais
(“pixels”) do sensor. Segundo, estas cargas são transferidas pela movimentação
da carga dentro do fotodiodo de silício. Terceiro, a carga è transformada em
uma voltagem e então descarregada.
Similar ao disco rígido de um computador, o circuito interno de uma câmara
digital tem uma capacidade limitada para armazenamento de uma imagem.
Quando este circuito está "cheio", não se pode mais tirar uma foto sem que
antes se descarregue a imagem em um dispositivo de memória.

68
Figura 5-27: Imagem ampliada da superfície de um CCD.
61 http://wwwbr.kodak.com/global/images/en/digital/ccd/products/interline/KAI-
11000CM.jpg (11Mpxl)
62 http://educar.sc.usp.br/licenciatura/trabalhos/camera.htm
63 Câmera Digital Sony Cyber-Shot DSC-H1 - 5.1 Megapixels. http://www.ishop21.com.br 66 http://www.edigitalcameras.org/digitalvideocamera.htm em 19/5/2014;
64 http://en.wikipedia.org/wiki/Digital_single-lens_reflex_camera em 24/2/2010; 67 Simon Tulloch; Introduction to CCDs; smt@ing.iac.es
65 - Digerati; Fotografia Digital; Ed. Digerati; 2006; 68 http://www.rugged-cctv.com/cctveducation.shtml em 19/5/2014;

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5.5.2 Analogia Mecânica.


Em princípio a operação de um CCD é relativamente simples, ou seja, pode
ser comparável por analogia a uma rede de esteiras paralelas (Registradores de
deslocamento vertical de carga elétrica), sobre as quais, dispõem-se uma fileira
regular de recipientes (os pixels de imagem).

70

69

Figura 5-29: Analogia Mecânica de um CCD.


Cada recipiente (elemento foto-sensível) disposto nas esteiras paralelas
(registradores verticais) reterá uma quantidade de líquido (carga elétrica)
proporcional a quantidade de gotas que tenha recebido (intensidade de luz).
Logo após, as esteiras paralelas se movimentam para despejar o conteúdo de
cada fila de recipientes emparelhados (exploração horizontal da imagem) na
esteira transversal (registrador horizontal) até que todas as filas tenham
despejado seu conteúdo (exploração vertical da imagem), então o processo
todo se repete.
Aplicativo 5-17: Video_Applets\Activity_1.ppt

Drenos de Portas de Registradores


sobrecarga sobrecarga de
deslocamento
vertical Figura 5-30: CCD – Deslocamentos de carga.
Aplicativo 5-18: Video_Applets\CCD_FullFrame\index.html.lnk
Microlentes http://www.microscopyu.com/tutorials/java/digitalimaging/ccd/fullframe
/index.html

Fotodiodos 5.5.3 Processos de Formação do Sinal de Vídeo.

Registradores de
deslocamento
paralelo

Registrador de deslocamento Saída de


horizontal Vídeo

Figura 5-28: Dispositivo CCD. 71


Aplicativo 5-16: Video_Applets\CCD Building\index.html

70 Stephan Baier; CCD Imaging Systems;


69EASTMAN KODAK COMPANY; SOLID STATE IMAGE SENSORS TERMINOLOGY 71 EASTMAN KODAK COMPANY; SOLID STATE IMAGE SENSORS;

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É constituído basicamente de três etapas:


 Exposição da superfície fotossensível do CCD à imagem;
Aplicativo 5-17: Video_Applets\Activity_1.ppt

 Transferência das cargas elétricas produzidas em cada elemento


fotossensível do CCD através dos registradores de deslocamento Vertical e
75
Horizontal;
 Conversão das cargas elétricas em correspondentes potenciais no
amplificador de saída de vídeo do CCD;
Aplicativo 5-19: Video_Applets\Activity_1.ppt
5.5.4 Resolução72.
A capacidade de reprodução de detalhes de uma imagem chama-se
resolução. Para ampliações e trabalhos mais complexos, deve-se escolher a 76
mais alta resolução disponível. Para fotografias a serem usadas em páginas da
web, ou para cópias em tamanho padrão, a resolução não é tão importante. 5.5.5.2 Varredura em Área.
Nas câmeras digitais, a resolução das fotos é determinada principalmente
pelo número de pixels utilizados pelo sensor de imagens. Uma câmera com
resolução muito baixa pode proporcionar apenas 1 milhão de pixels, o que é
adequado para fotos que serão apenas exibidas na tela.
5.5.4.1 Pixels Ativos do CCD.

Figura 5-31: Pixels ativos de um CCD.


5.5.5 Processo de Varredura de Imagem.
5.5.5.1 Varredura em Linha.
77

5.5.6 Os Sinais de Sincronismo.


O dispositivo CCD é formado por vários registradores de deslocamento
vertical de carga e geralmente um só registrador de deslocamento horizontal,
ambos requerendo sinais particulares de sincronismo, respectivamente, V e
H.
5.5.6.1 Sistema Tetrafásico.

73

74

74 http://educar.sc.usp.br/licenciatura/trabalhos/camera.htm
72 - Hedgecoe, John; “O Novo Manual de Fotografia”; Tradução de: kfouri, Assef; 75 http://www.alge-timing.com/alge/download/brochure/optic/optic-3-ccd-sensor-pe.pdf

Carvalho, Alexandre R. de; Pereira, Eric Y.; Ed. SENAC; 4ª Edição; 2005; 76 http://www.einat-eo.com/‫חדש‬/SUCL2030-3.jpg
73 www.kodak.com/go/ccd; Eastman Kodak Company; 77 http://educar.sc.usp.br/licenciatura/trabalhos/camera.htm

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Aplicativo 5-17: Video_Applets\Activity_1.ppt

5.5.6.3 Pseudo Sistema Bifásico.

Aplicativo 5-20: Video_Applets\ccd_transfer_03\index.htm


5.5.6.2 Sistema Trifásico.
A three phase CCD is one which uses three polysilicon electrodes per CCD
stage. This type of CCD will require three input clocks to properly transport
charge packets.

5.5.7 Tipos mais comuns de CCD’s.


5.5.7.1 Full Frame CCD78.

The vertical CCDs are again turned "OFF" and the external shutter opened
to acquire the next image. At the same time the image in region B is clocked out
of the imager one line at a time.

79

Figura 5-32: CCD.

http://zone.ni.com
78
79E. J. Meisenzahl; A Six Million Pixel Full-Frame True 2f CCD Image Sensor; Kodak
Company;
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The simplest FT-CCD method employs a readout register and a CCD imager image can be safely transferred out of the image sensor. Interline imager
with its left side (active) exposed to light and its right side (storage) covered with sensors, unlike full-frame devices, do not require an external shutter.
an opaque material that makes these photo-sites insensitive to light. After the
active photo-sites have been exposed for the integration time, the collected
charges are transferred quickly into the storage area by applying an appropriate
clocking sequence to the photo-sites of both areas. Then by properly
synchronizing the storage area and the readout register, each line in the storage
area is transferred sequentially into the output stage of the readout register. This
allows the next frame of information to be collected in the active area while the
current frame is being read out of the storage area. Optical shielding of the
storage area and fast data transfer help to minimize image smear (the collection
of spurious charges in the CCD’s photo-sites during transfer) in this design.

Figura 5-34: “Interline Image Sensor”.


5.5.7.3 Linear Image Sensor:
A linear image sensor is one which contains one or more linear arrays of
photosites. Associated with each photodiode array is at least one CCD and one
charge sensing amplifier. Linear imager sensors are ideally suited for scanning
applications such as paper copiers, fax machines, and film scanners.
A tri-linear image sensor is one which has three parallel linear photosites
arrays, each with its own CCD and output amplifier. It is common practice to
sequentially fabricate red, green, and blue bandpass filters such that each one
of the arrays is uniquely covered by one of the primary colors to yield an image
sensor which can obtain full color information with a single scan over the
document.

80

Figura 5-33: “Full Frame CCD”. 5.5.7.4 CMOS CCD81.


Aplicativo 5-21: Video_Applets\CCD Interline\index.html CMOS designs differ from CCD designs in the way the sensors are
5.5.7.2 Interline Image Sensor: manufactured and how the charges are read out of the array. From a cost point
An interline image sensor has a light shielded CCD adjacent to each of view, the biggest advantage that CMOS sensors have over CCD sensors is
photosite array. An area array interline image sensor and a linear interline image that CMOS sensors are manufactured on standard semiconductor production
sensor are depicted below. Note that only the photosite arrays are not covered lines, whereas CCDs are manufactured on dedicated production lines. This
by the aluminum light shield, so while one image is being integrated the previous advantage allows CMOS sensor designers to leverage the constantly improving
manufacturing capabilities of standard CMOS production lines (larger wafers,

80http://zone.ni.com/ 81 http://zone.ni.com

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smaller feature sizes) to incorporate onboard signal processing functionality at a


fraction of the cost of CCDs. This manufacturing advantage allows CMOS
sensors to be more tightly integrated into entire camera assemblies on a single
production line than CCDs. However, CMOS sensors traditionally suffer from
poor dynamic response when compared to CCDs. But with the rapid emergence
of video-conferencing and high-performance, compact digital camera markets, a
significant amount of research and development is being done to help remedy
this and other deficiencies in CMOS designs. A definite design advantage that
CMOS sensors have over CCDs is that each photo-site in a CMOS sensor array
can have its own amplifier and output circuitry. This allows each photo-site to be
read out independently of the other photo-sites and eliminates the need for
charge-coupling. It also gives CMOS sensors the ability to have much better
onboard programmability for more efficient read-outs and easier integration with
“off-the-shelf” digital signal processors for more powerful and smaller overall
camera design.
Aplicativo 5-22: Video_Applets\Activity_1.ppt
5.5.8 Câmera CCD - Diagrama em Blocos82.

Figura 5-36: Full Frame CCD.

Figura 5-35: Câmera CCD – Diagrama em blocos.

5.5.8.1 O Sinal de Saída de Vídeo do CCD.


Figura 5-37: CCD com os filtros de cor.
Aplicativo 5-23: Video_Applets\CCD - Fabricacion de un CCD - en
Español2.flv
(Vide Aplicativo 5-16: Video_Applets\CCD Building\index.html).
Aplicativo 5-24: Video_Applets\Let's see how a CMOS-Sensor in a
Canon DLSR works 1 2.flv.

83

5.5.9 Pixels com Filtro de Cor.


Esta tecnologia consiste em utilizar um único CCD para captação das
componentes primárias da imagem: vermelho, verde e azul (Figura 5-37).
Neste caso, a superfície do CCD é composta de células semicondutoras que
por meio de filtros ópticos, captarão especificamente cada uma das
componentes primárias da imagem, isto é, o vermelho, o verde e o azul (Figura
5-37).

82Stephan Baier; CCD Imaging Systems; Burr-Brown Corporation; 83 http://www.printedelectronicsworld.com em 21/09/2010;

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87

84

88

85

89

Figura 5-39: CCD com tecnologia FOVEON.


5.6 A Câmera Digital de Vídeo 3CCD.
Nesta tecnologia de câmera de vídeo, a luz de uma imagem após passar
pelo conjunto de lentes da câmera (Figura 5-40 -1), é decomposta nas
componentes primárias vermelho, verde e azul, por meio de um separador
óptico denominado de “Beam Splitter”.
86

Figura 5-38: CCD – Microlente.

90

84 http://nanomolding.yonsei.ac.kr/research/4_4.htm em 21/09/2010; 87 http://www.foveon.com/files/FilmMosaicX3.jpg


85 http://www.imageval.com em 21/09/2010; 88 http://www.vividlight.com/articles/3212.htm em 19/5/2014;
86 89 http://maros-notebook.txt-nifty.com em 21/09/2010;

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Figura 5-40: Câmera de vídeo Panasonic 4.1 Megapixel 3 CCD NV-


GS400.
Aplicativo 5-25: Video_Applets\Camera em cores.avi
5.6.1 Beam Splitter.
O “Beam Splitter” é um conjunto de prismas e filtros opticos, atrás das lentes
principais (Figura 5-41 e Figura 5-42), que dividem a luz incidente em suas
componentes vermelho, verde e azul. CCD’s específicos para cada uma destas
componente de luz, formarão os sinais de vídeo R (vermelho), G (verde) e B
(azul), respectivamente (Figura 5-40 – 3 e Figura 5-42).
94 95

Figura 5-45: “Beam Splitter”


5.6.2 Reprodução da Imagem em Cores.
Os sinais de vídeo RGB são novamente transduzidos respectivamente para
as componentes primárias vermelho, verde e azul da imagem original para
formação de uma imagem em cores (Figura 5-46).

91

Figura 5-41: Análise da imagem nas componentes vermelha, verde e G


azul.

Figura 5-46: O Processo de síntese dos sinais RGB em um cinescópio.

92

Figura 5-42: Separador de cores utilizando “Beamspliter”. Vista de uma


câmera real.

93

Figura 5-43: Síntese das componentes RGB.


Figura 5-47: Cinescópio Tricromático.

Figura 5-44: Análise da imagem em cores – Formação dos sinais R, G,


B.
96

Figura 5-48: Televisor de LCD.


90 http://www.camcorderinfo.com em 19/5/2014;
91 http://electronics.howstuffworks.com/camcorder2.htm
92 http://www.jvc.com.br/Everio_HotSite/html/feat_mg505.html
93 94 http://en.wikipedia.org/wiki/Image:Color_Separation_Prism.jpg

http://www.documentcameraexperts.com/LearnAboutDocumentCameras/document_camer 95 http://www.soydigital.com.ar/filmadora-pal-panasonic-nv-gs230_129 em 19/5/2014;

a_features.aspx#3ccd-document-cameras em 19/5/2014; 96 http://www.tokyozakka.com/home-page/audiovideowatch.html em 19/5/2014;

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5.6.3 Formatos de Arquivo de Imagens Estáticas (“Still São muito pesados (em torno do dobro do JPEG de alta qualidade). Só
Images”)97. podem ser processados por meio do programa gráfico que acompanha a
Tipo de arquivo é uma forma padrão de armazenar informações no câmera ou compatível ao formato RAW produzido pelo modelo da digital em
computador para que elas possam ser lidas ou exibidas por um programa. Em questão.
geral, você pode descobrir o tipo de arquivo observando as últimas três letras Necessitam de edição, o que demanda tempo.
do nome do arquivo. Essas letras são conhecidas como extensão de nome de  O Formato TIF.
arquivo. Programas diferentes usam extensões diferentes ao salvar arquivos. Utilizado por algumas câmeras digitais avançadas ou profissionais, o
Tipos de arquivos gráficos comuns incluem JPEG (.jpg), TIFF (.tif) e bitmap formato TIFF (Tagged Image File Format) é de arquivos sem perda de dados e,
(.bmp). Além disso, algumas câmeras digitais podem salvar imagens no formato portanto, mais pesados que os JPEG. Aceitam diversos tipos de compactação.
RAW, que não é compactado e não tem efeitos, como proporção de branco ou Compatíveis com a maioria dos softwares de visualização ou edição.
nitidez aplicada.  O Formato JPEG101.
Graças à sua grande capacidade de compressão, o formato de arquivo
JPEG ou JPG (Joint Photographic Experts Group) é o mais utilizado pelas
câmeras digitais para gravar as imagens fotografadas. Quanto maior a
compactação, menor o peso do arquivo, mas maior a perda de dados e da
qualidade final da imagem.
Os arquivos JPG podem ser visualizados ou editados pela maioria dos
programas de imagens.
Figura 5-49: Formação do arquivo no formato RAW98.  Vantagens do JPEG.
A maioria dos programas pode exibir, abrir e salvar JPEGs. JPEGs são
ótimos para email devido ao tamanho de arquivo pequeno. Como você pode
variar a quantidade de compactação usada para salvar um JPEG, será possível
controlar o tamanho do arquivo e a qualidade da imagem.
 Desvantagem do JPG.
JPEGs compactam automaticamente as imagens quando elas são salvas, o
que reduz a qualidade visual por uma quantidade pequena. Se você usar um
Figura 5-50: Os formatos de arquivo RAW, TIFF e JPEG99. nível de compactação alto, a qualidade da imagem poderá ser insatisfatória.
 O Formato RAW.  Vantagem do TIF.
Como define seu nome (“cru” em inglês), trata-se de arquivos sem qualquer Não há perda de qualidade de imagem ao salvar uma imagem como TIFF.
compactação ou processamento. A vantagem é que o usuário poderá editar fora  Desvantagens do TIFF.
da câmera a imagem gravada, decidindo sobre seu Balanço do Branco, Alguns programas, incluindo a maioria dos navegadores da Web, não
contraste, nitidez, brilho, saturação, etc. Dependendo do programa de edição podem exibir imagens no formato TIFF. As imagens TIFF podem ser muito
utilizado, como por meio do Adobe Camera Raw, é possível interferir inclusive grandes (muitas vezes maiores que a mesma imagem salva como JPEG).
no nível de redução do ruído. Como resultado, as imagens TIFF consomem o espaço do disco rígido muito
mais rápido que os JPEGs.
Todas, exceto as imagens TIFF menores, são muito grandes para enviar por
email.
Raramente, você precisará usar um tipo de arquivo diferente de JPEG ou
TIFF. O formato bitmap (.bmp) é um padrão mais antigo que cria arquivos
grandes desnecessários. Isso desperdiça espaço em disco e dificulta o envio
dessas imagens no email. GIF e PNG são comumente usados em páginas da
Web, mas você perceberá que o JPEG funciona tão bem quanto eles. Os
arquivos RAW, por outro lado, podem ser criados por várias câmeras digitais
como uma alternativa de alta qualidade para JPEG. Muitos fotógrafos
profissionais optam por trabalhar com arquivos RAW porque ele resulta na
melhor qualidade de imagem possível.
 O fator de compressão102
É o processo pelo qual as imagens passam para serem armazenadas nos
cartões de memória – que por vezes não excedem os 4MB – assume
igualmente alguma relevância. Se uma máquina fotográfica digital captura uma
imagem com uma resolução de 1800x1200, mas depois tem de compactar para
o formato JPEG com uma taxa de compressão de 50%, isto significa que
Figura 5-51: As fotos acima são apenas uma ilustração a respeito do quando a imagem for descarregada para o PC, podem ocorrer elevados níveis
controle do ruído em arquivos RAW. Suponha que a foto tirada com alto de granulação e ruído, situação que não sucederia se o formato de gravação
fator ISO produziu o ruído visto à esquerda. Automaticamente processada tivesse sido, por exemplo, TIFF (que não procede à compressão das imagens).
e submetida ao redutor de ruído dentro da câmera, ela poderia se São já diversas as máquinas que, para acabamentos profissionais, além da
transforma em algo semelhante ao que você vê na foto do meio, assim tradicional captura em formato JPEG ou GIF, oferecem a possibilidade de
apresentada a você, arquivo JPEG. No caso da digital disponibilizar armazenamento nos formatos BMP ou TIFF.
também arquivos RAW, você teria acesso à imagem da esquerda para Image TIFF JPEG JPEG
editar fora da máquina e “limpar” a granulação de forma controlada, com a Size (uncompressed) (high quality) (medium quality)
opção de manter, mesmo que à custa de algum ruído, detalhes
640x480 1.0 MB 300 KB 90 KB
importantes para você, como os frisos dourados que contornam os
desenhos marrons no exemplo acima. E poderia ficar mais satisfeito em 800x600 1.5 MB 500 KB 130 KB
conseguir um resultado equivalente ao da imagem da direit100a. 1024x768 2.5 MB 800 KB 200 KB
 Desvantagens dos arquivos RAW: 1600x1200 6.0 MB 1.7 MB 420 KB
Tabela 5-1: Formato da imagem e tamanho do arquivo necessário para
97 http://windows.microsoft.com/pt-BR/windows-vista/Understanding-picture-file-types armazenamento103.
(19/5/2014); http://photo.net/learn/raw/ (19/5/2014);
http://www.cameraversuscamera.com.br/dic/arqs.htm (19/5/2014);
98 http://photo.net/learn/raw/ em 19/5/2014; 101 http://www.cameraversuscamera.com.br/dic/arqs.htm em 19/5/2014;
99 Idem. 102 www.bit.pt
100 http://www.cameraversuscamera.com.br/dic/arqs.htm em 19/5/2014; 103 http://www.howstuffworks.com/digital-camera6.htm

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5.7 Exercícios.
6) Descreva um resumo sobre a utilização dos seguintes extensões de
arquivos:
7) .3gp:________________________________________
_____________________________________________
8) .asf:________________________________________
_____________________________________________
9) .asp:________________________________________
_____________________________________________
10) .avi:________________________________________
_____________________________________________
11) .cdi:________________________________________
_____________________________________________
12) .cdr:________________________________________
_____________________________________________
13) .dxf:________________________________________
_____________________________________________
14) .eps:________________________________________
_____________________________________________
15) .fla:________________________________________
_____________________________________________
16) .gif:________________________________________
_____________________________________________
17) .ico:________________________________________
_____________________________________________
18) .jar:________________________________________
_____________________________________________
19) .mpg:________________________________________
_____________________________________________
20) .mpeg:________________________________________
_____________________________________________
21) .mp2s:________________________________________
_____________________________________________
22) .mp4:________________________________________
_____________________________________________
23) .H4V:________________________________________
_____________________________________________
24) .mov:________________________________________
_____________________________________________
25) .pcx:________________________________________
_____________________________________________
26) .pic:________________________________________
_____________________________________________
27) .png:________________________________________
_____________________________________________
28) .swf:________________________________________
_____________________________________________
29) .vob:________________________________________
_____________________________________________
30) .wmf:________________________________________
_____________________________________________
31) .wmv:________________________________________
_____________________________________________
32) .wpg:________________________________________
_____________________________________________
33) .zip:________________________________________
_____________________________________________

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104

Figura 5-52: “10 bit Digital 1-CCD Color Video camera”.

www.net-gmbh.com
104

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5.7.1 Resolução.
A Resolução é a capacidade de informação de detalhes, quanto maior for a
resolução, maior será a definição da fotografia, mas existem outros fatores que
contribuem para a definição final da imagem. A resolução minimamente
aceitável atualmente é de 1600x1200, a que corresponde dois Megapíxels.
Comparando-se com um filme de 35mm, sob boas condições, este pode conter
em torno de 20 milhões de pixels.105
5.7.1.1 O Número de Pixels106.
O número de pixels (medidos em milhões de pixels, ou megapixels)
necessários em uma câmera vai depender do uso que se fará das fotografias.
Há dois usos principais para fatos digitais:
Aquelas usadas para páginas da web, e-mails e apresentações em tela não
precisam ter alta resolução.
Aquelas usadas para impressoras de desktop, laboratórios de revelação ou
editoras precisam ter alta resolução. Geralmente é bom conseguir a melhor
resolução que se possa comprar. Isso vai proporcionar a flexibilidade de obter
resultados superiores quando exigido e poderá limitar a resolução antes ou
depois de fotografar para uso na tela. Além disso, as câmeras de alta resolução
costumam ter melhor controle criativo sobre os resultados.
Figura 5-53: Formato da imagem em função da resolução109.

107
Tabela 5-2: Resolução x Mídia de Apresentação.
A maioria das imagens feitas com câmaras digitais de baixa resolução ficam
melhores quando impressas num tamanho máximo de 10 x 15 cm. Isto porque o
tamanho máximo aceitável está diretamente relacionado como a resolução da
foto. Você já deve ter visto uma imagem ampliada, cheia de quadradinhos,
como a impressão de uma foto de computador. Isto aconteceu pois a ampliação
foi muito maior do que a permitida pela resolução da imagem, provocando uma Figura 5-54: Image size - Fujifilm Finepix S1 Pro (0.5 reduction)110.
ampliação dos "pixels" e tornando-os visíveis a olho nu (Figura 5-55). Caso Portanto, caso você esteja pensando em comprar uma câmera digital, é
você tenha um "scanner" de alta resolução, as fotografias de uma câmara recomendável, antes de tudo, refletir a respeito de suas verdadeiras intenções:
convencional podem ser impressas em tamanhos de 20 x 25 cm ou mais. Os enviar as fotos pela Internet, imprimi-las no formato 10 x 15 ou utilizá-las para
melhores resultados são obtidos em impressoras térmicas mas, com o rápido impressão profissional, como um anúncio publicitário? Para publicação de fotos
avanço da tecnologia já existem no mercado impressoras de jato de tinta e na lnternet, as máquinas de até 2 MP são ideais. A impressão no formato 10 x
impressoras a laser com excelente qualidade, além de papéis especiais para 15 exige máquinas de 3,2 MP No entanto, para uma utilização mais profissional,
serem usados na obtenção de um melhor resultado. é aconselhável adquirir um modelo acima de 4MP111.

Tabela 5-3: Megapixels versus resolução de impressão108.


As impressoras de saída digital são medidas na forma de pontos por
polegada ("dots per inch" ou dpi ). Para maximizar a qualidade de uma imagem
digital, a contagem de pixels da imagem capturada precisa se alinhar com o
tamanho desejado de saída e os dpi do dispositivo de saída (impressora).
Por exemplo, uma imagem consistindo de 600 x 450 pixels parecerá
perfeitamente nítida quando impressa num tamanho de 2 x 1,5 polegadas em 112

uma impressora de 300 dpi (2 polegadas x 300 dpi = 600 pixels e 1,5 polegadas Figura 5-55: Imagem acima da resolução disponível: os “pixels” da imagem se
X 300 dpi = 450 pixels). O ponto importante é casar o tamanho da cópia com a tornam visíveis; a definição da imagem se torna insuficiente.
resolução do CCD da câmara.

105 http://aic.stanford.edu/sg/emg/library/pdf/vitale/2007-04-vitale-filmgrain_resolution.pdf
106 - Hedgecoe, John; “O Novo Manual de Fotografia”; Tradução de: kfouri, Assef; 109 http://www.vividlight.com/Articles/3116.htm
Carvalho, Alexandre R. de; Pereira, Eric Y.; Ed. SENAC; 4ª Edição; 2005; adaptação; 110 http://www.astrosurf.com/re/fujifilm.html em 19/5/2014;
107 Idem. 111 Idem;
108 - Digerati; Fotografia Digital; Ed. Digerati; 2006; 112 http://www.dummies.com/WileyCDA/DummiesArticle/id-2305.html

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6 A Televisão.
6.1 A História da Televisão.
O Homem sempre sonhou com a possibilidade de transmitir imagens além
de grandes distâncias, todavia, não o pôde, até que ele aprendesse a dominar
o elétron. Estava lá, qualquer esperança real de tornar o sonho em realidade
prática.
Aplicativo 6-1: Video_Applets\Comunicação.wmv
As fundações
Em 1817, o químico sueco Jons Jacob Berzelius descobriu o selênio. Figura 6-1: A idéia de George Carey.
Em 1873, na Escócia, o jovem operador de telégrafo, Joseph May, Este sistema era impraticável se qualquer razoável critério de qualidade
descobriu o efeito fotoelétrico: selênio , exposto a luz solar, mostra uma fosse respeitado. Até mesmo para igualar-se à qualidade de filmes de cinema
variação em resistência, e estas variações podem ser transformadas em daquele período, seriam necessários milhares de fios paralelos de um circuito
variações de intensidade de sinais elétricos,e isto significa que estes podem ser para o outro.
transmitidos. Na França em 1881, Constantin Senlecq publicou um esboço que detalha
Aplicativo 6-2: Video_Applets\Efeito fotoelétrico\photo.htm uma idéia semelhante, mas de uma forma melhorada: foram propostos dois
1875.Em Boston, USA. George Carey propôs um sistema baseado na interruptores giratórios entre os painéis de células e luminárias, e como estes
exploração simultânea da imagem: um número grande de células fotoelétricas é giram à mesma taxa, conectaram-se cada célula com a luminária
organizado em um painel em frente de uma imagem, e cada célula é ligada a correspondente. Com este sistema, poderiam ser enviados todos os pontos no
um par de fios, os quais transmitem os sinais das fotocélulas para um outro quadro um depois o outro ao longo de um único arame.
painel que leva um número igual de lâmpadas. Esta é a base da televisão moderna: a imagem é convertida em uma série
de elementos de imagem. Todavia, o sistema de Senlecq, assim proposto por
Carey, precisou de um número grande de células e luminárias. Em 1884, o
alemão Paul Nipkow solicitou uma patente de um sistema que rastreava uma
imagem: era baseado em um disco giratório com uma série de buracos, os
quais organizou em espiral, espaçados entre si pela largura da imagem; um
raio de luz que passasse pelos buracos iluminava cada linha de imagem.

Figura 6-2: O Sistema de Nipkow.

Aplicativo 6-3: Video_Applets\Televisão de Nipkow.wmv;


A idéia era simples, mas não pôde, na ocasião, ser posta em prática com os
materiais disponíveis.
Outros desenvolvimentos científicos poderiam oferecer uma alternativa. O
elétron, o grão minúsculo de eletricidade negativa que revolucionou a ciência ao
término do século IXX, era a chave. O feixe de elétrons e fascinou a
imaginação de muitos investigadores e orientaram os estudos para o que a
tempo foi conhecido como eletrônica.
O tubo de raios de catódicos , que mostrava pontos fluorescentes, foi
inventado em 1897. Karl Ferdinand Braun, da Universidade de Strasbourg, teve
a idéia de colocar dois eletroímãs ao redor do pescoço do tubo para fazer o
feixe de elétrons deflexionar-se horizontal e verticalmente. Na tela fluorescente
Paul Nipkow (1860-1940) o movimento do feixe de elétron teve o efeito de traçar linhas visíveis.
Um cientista russo, Boris Rosing, sugeriu que isto poderia ser usado como
O feixe de luz, cuja intensidade depende do brilho do elemento de imagem, uma tela de recepção de imagens e conduziu experiências administradas em
era convertido em um sinal elétrico pela célula fotoelétrica. No receptor, havia seu laboratório em São Petersburgo, em 1907.
um disco idêntico que gira na frente de uma tela em sincronismo com o Já em 1908 o escocês A. Campbell Swinton esboçou um sistema usando
primeiro disco. No outro lado do disco do receptor havia uma lâmpada cujo um tubo de raios de catódicos para enviar e receber imagens. Esta foi a
brilho mudava de acordo com o sinal recebido. primeira proposta puramente eletrônica. Ele publicou uma descrição disto em
Depois de uma rotação completa dos discos, a imagem inteira tinha sido 1911: a imagem era lançada sobre um mosaico fotoelétrico fixado em um dos
rastreada. Se os discos girassem suficientemente rápidos, em outras palavras tubos; um feixe de elétrons rastreava esta tela e então e produzia o sinal
se os sucessivos estímulos seguirem rapidamente um depois do outro, o olho elétrico correspondente a imagem rastreada; No outro receptor, estes sinais
já não os percebia como elementos de imagem individuais. Ao invés, a imagem controlam a intensidade do feixe de elétrons que rastreava uma tela
inteira era vista como se fosse uma única unidade. fluorescente (figura 6).

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A. A. Campbell-Swinton (1863-1930)

Figura 6-4: John Logie Baird e seu aparato de televisão, em 1926.

Foram construídas máquinas semelhantes na Alemanha. Um aparato


mecânico menor foi apresentado à Berlim Rádio Espetáculo em 1928, por
Denes Von Mihaly. Foi chamado de "Telehor". Também aqui uma imagem foi
rastreada com 30 linhas, mas um uma taxa de imagem de 10 quadros/segundo.
Na França, algum tempo depois apareceu o "Semivisor". O qual também
usava rastreamento de 30 linhas e foi construído por René Bartholemy.

Figura 6-3: A primeira proposta puramente eletrônica.


Os métodos propostos por Nipkow e Campbell Swinton eram na ocasião só
idéia teórica. As células disponíveis não tinham sensibilidade o bastante e elas
reagiram muito lentamente às mudanças de intensidade de luz. Os sinais eram
muito fracos e os amplificadores ainda não haviam sido inventados.
Sobre a palavra "televisão"
Os nomes dados aos primeiros sistemas, ao término do século 19,
destacavam a forma de energia usada na transmissão; nomes como
"télectroscope" e "telescópio" elétrico eram usados. René Bartholemy (1889-1954).
A palavra alemã "Fernsehen" foi primeiramente usada em 1890, pelo físico
Eduard Liesegang. Esta se tornou " fjer-syn " em dinamarquês.
Foi aproximadamente neste tempo que os primeiros testes com a
O termo francês "télévision" foi usado pela primeira vez em 1900 pelo físico
russo Constantin Perskyi que entregou um trabalho sobre o assunto durante a transmissão de sinais de televisão por sinais elétricos de rádio
grande exibição de Paris. Êxito de tiveram de "télévision", e se tornou aconteceram, e usavam a faixa de rádio de ondas médias.
"televisão", em inglês, “televisie" em holandês, “televisione” em italiano, Estas transmissões chamaram a atenção de muitos entusiastas amadores
“televisão" em espanhol, etc. que construíram seus próprios receptores de disco. O público se deu conta
Sobre o elétron lentamente da pesquisa que estava se desenvolvendo.
“O elétron é um corpúsculo de ligeireza e sensibilidade admiráveis. Campos Os fabricantes se uniram na nova aventura e organizaram estudos
elétricos fracos são suficientes para lhe dar velocidade, e, uma vez se sistemáticos em seus laboratórios. Novas companhias nasceram como
movendo, sua direção pode ser influenciada facilmente por campos elétricos e "Fernseh" na Alemanha (1929).
magnéticos pelos quais passa e, prontamente, curva sua trajetória”. Mas o que aconteceu às experiências de Rosing? Todo o mundo os tinha
Há um aparato que ilustra especialmente bem a flexibilidade do elétron: isto esquecido?
é velho "tubo de Braun" que, depois de melhorias, tornou-se o osciloscópio de De fato, muitos investigadores se lembraram do trabalho dele, mas tiveram
raios catódicos. Este instrumento admirável segue com sensibilidade extrema e que esperar pelo aperfeiçoamento do tubo de raios catódicos antes que este
sem inércia as variações de uma voltagem elétrica. Isto tem aplicações pudesse ser posto em qualquer uso prático.
inumeráveis em televisão, a qual requer um ultra-rápido rastreamento de Ao redor de 1930, vários investigadores desenvolveram o princípio de
imagem (Por Louis de Broglie, físico francês, vencedor do prêmio Nobel, 1929). rastreamento entrelaçado, o qual se baseia na exploração de todas as linhas
Mas a ciência estava progredindo. Houve o desenvolvimento da célula de numeradas impares primeiro seguido pelas linhas numeradas pares
potássio que reagia muito mais rapidamente que a célula de selênio. Então independentemente; esta técnica diminui a sensação de cintilação da imagem.
surgiu o triodo, fabricado em quantidade, em 1915, o qual muito contribuiu para A Indústria desenvolveu técnicas para alcançar um grande vácuo em tubos.
a telegrafia sem fio. Também havia a lâmpada de néon cuja intensidade poderia Receptores com tubos de raios catódicos entraram para o mercado em 1933.
ser variada rapidamente e satisfatório para uso em receptores de disco. Porém, o uso de tubos de raios catódicos à fonte de transmissão, onde a
A idéia de Nipkow foi a primeira a se beneficiar destas invenções, e foi a imagem é rastreada, permaneceu um desafio por muitos anos ainda.
primeira a realizar-se na prática. Inicialmente, a mancha de luz produzida na tela fluorescente foi substituída por
Em 1925, o engenheiro elétrico da Escócia, John Logie Baird, exibiu em um feixe de luz no sistema de Nipkow. Na Alemanha, Manfred Von Ardenne
uma loja de departamentos de Selfridges em Londres, um aparato com que ele construiu o primeiro "tubo de raios catódicos com deflexão" e habilitava que
reproduziu uma imagem simples, de fato cartas brancas em um fundo preto, a filmes de cinema fossem rastreados. Um sistema de transmissão completo foi
uma certa distância. Realmente não era nenhuma televisão porque os dois apresentado em 1931, no Berlim Rádio Show. Este método de rastreamento de
discos que serviram transmitir a imagem e reproduzi-la estavam montados no imagens foi subseqüentemente usado para reprodução de todos os filmes em
mesmo eixo. Porém Baird demonstrou efetivamente que o princípio de rastrear televisão.
sucessivamente poderia ser aplicado na prática. Ele fez isto novamente em Este processo, todavia, passava por enormes problemas quando aplicado a
1926, em seu laboratório, com a primeira transmissão de uma cena de uma cenas reais, porque o feixe de luz de rastreamento da cena tinha que operar em
máscara de rosto. A imagem foi rastreada em 30 linhas, com 5 imagens um ambiente totalmente escurecido. Por exemplo, cenas ao ar livre eram
completas por segundo. totalmente impossíveis. Outro processo, conhecido como o "sistema de filme"
foi uma solução indireta para este problema durante vários anos. As imagens

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eram captadas em filme de cinema, e estas rastreadas por um sistema de


disco.
A solução para o problema da captação de imagens ao ar livre se
encontrava além do Atlântico.
Seguindo uma idéia ele tinha tido em 1923, Vladimir Zworykin (um dos
assistentes de Rosing que tinham emigrado para os Estados Unidos) inventou o
"Iconoscópio". Este era um tubo de raios catódicos amoldados em globo e que
continha uma folha de mica revestida com partículas de material fotoelétrico, e
sobre o qual formava-se um mosaico de partículas fotoelétricas
proporcionalmente a imagem captada.

Vladimir Zworykin (1889-1982)

Este primeiro tubo de câmera de vídeo era mais compacto que o sistema de
disco, mais fácil de usar e mais sensível. O feixe de elétrons varre os elementos
do mosaico a uma velocidade considerável e coleciona , de cada ponto, toda a
carga fotoelétrica lá acumulada, desde a primeira até a última.
Zworykin apresentou o primeiro protótipo de iconoscópio a uma reunião de
engenheiros em Nova Iorque em 1929. O aparato foi fabricado pela RCA em
1933, e rastreava a imagem em 120 linhas, a 24 quadros/segundo.

Figura 6-6: Iconoscópio:

O Progresso era então muito rápido: já em 1934, tinha sido alcançada a


definição de 343-linhas e a varredura entrelaçada estava sendo usada.
Na Inglaterra, Isaac Schoenberg (outro emigrante russo e amigo de infância
de Zworykin) conduziu desenvolvimentos na companhia EMI, de um tubo de
câmera semelhante ao iconoscópio. Este era o Emitron e tinha certas
vantagens sobre seu rival. Também a EMI adotou o sistema de varredura
entrelaçada, em 1934. Na EMI, Schoenberg estava desenvolvendo um sistema
com um maior número de linhas que o modelo da RCA: o objetivo era 405
linhas.
O sistema de análise mecânica, baseado no disco de Nipkow, continuou
estando de acordo favor com alguns não obstante.
Em 1929, Baird convenceu a BBC que deveria fazer a transmissão de
Figura 6-5:O primeiro iconoscópio. televisão fora da programação normal de rádio usando um sistema de 30 linhas,
Aplicativo 6-4: Video_Applets\Televisão Fotoválvula.wmv o que dá 12½ quadros por segundo. Ele comercializou seus primeiros
receptores de disco chamando-os "televisors". Ele melhorou seu equipamento
continuamente, aumentando o rastreamento para 60, 90, 120 e até mesmo 180
linhas.

Isaac Schoenberg
Na França, René que Bartholemy embarcou no desenvolvimento de uma
variante particular do disco. Em 1931, ele deu duas demonstrações que lhe
trouxeram renome considerável e envolvendo um sistema de 30 linhas para
transmissão e recepção.
O sistema de Bartholemy que tinha sido experimentado por certo pelos
alemães tinha um tambor de espelhos em vez de um disco com buracos. Os

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Espelhos, que serviam para iluminar o objeto com luz de uma fonte luminosa, No mesmo ano, a França introduziu um sistema de 455 linhas todo
eram inclinados a um grau crescente com respeito ao eixo de tambor. Eles eletrônico.
rastreavam o objeto então, em uma série de linhas paralelas. Células de A Alemanha seguiu com 441 linhas, e este padrão também foi adotado pela
potássio colecionavam a luz refletida do objeto. Itália. O iconoscópio era triunfante. Era sensível bastante para permitir
Também, Baird construiu um sistema semelhante. Porém o tambor de filmagens ao ar livre. E foi por meio de um monstro, sem lente, com 2.2 m de
espelhos era vultoso e inadequado para as velocidades altas que tinham que comprimento, um cânon de televisão (de fato uma câmera iconoscópio
ser usadas para alcançar um número grande de linhas. Foi então abandonado construída pela Telefunken), que as pessoas de Berlim e Leipzig puderam ver
em 1933 e os trabalhos com o sistema de discos de Nipkow foi retomado. as imagens dos Jogos Olímpicos de Berlim
As primeiras radiodifusões Equipamento que era mais fácil de manipular foi usado pela BBC para a
Março de 1935. Um serviço de televisão foi começado em Berlim (180 coroação de Sua Majestade Rei George VI em 1937 e, no ano seguinte, para a
linhas/quadro, 25 quadros/segundo). Foram produzidas imagens em filme e Corrida de Epsom. O interesse público foi então despertado. De 1937 a 1939,
então estes eram rastreados usando um disco giratório. Foram desenvolvidas as vendas de receptores em Londres, pularam de 2000 para 20000.
câmeras eletrônicas em 1936, a tempo para os Jogos Olímpicos de Berlim. Pesquisando nos Estados Unidos (Zworykin e a companhia RCA) começara
a colher seu fruto aproximadamente ao mesmo tempo. O primeiro serviço de
televisão pública foi inaugurado em Nova Iorque em 1939 com um sistema de
340 linhas, 30 quadros/segundo.
Dois anos depois, os Estados Unidos adotaram um padrão de 525-linhas, 60
quadros/segundo.
Os primeiros transmissores foram instalados nas cidades importantes
(Londres, Paris, Berlim, Roma, Nova Iorque) e só uma proporção pequena da
população de cada país pôde então se beneficiar. Foram feitos planos para
cobrir outras regiões.
A Guerra parou a expansão da televisão na Europa. Porém a pesquisa
intensiva em sistemas eletrônicos durante a Guerra, e a experiência prática que
se deu, conduziram enriquecimento da tecnologia da televisão. Trabalhos em
filtros de radar, por exemplo, beneficiaram o tubo de raios catódicos; circuitos
capazes de operarem a freqüências mais altas foram desenvolvidos.
Quando a Guerra terminou, as radiodifusões retornaram nos padrões
Figura 6-7: An "iconoscope" camera, Berlin Olympics, 1936. nacionais fixados previamente: 405 linhas na Inglaterra, 441 linhas na
Novembro de 1935. Em Paris, começavam as radiodifusões de Televisão e Alemanha e Itália, 455 linhas na França. Pesquisas mostravam as vantagens de
usavam um sistema mecânico para análise de imagem (180 linhas/quadro, 25 definições de imagem mais altas, e foram investigados sistemas com mais de
quadros/segundo). 1000 linhas. Um sistema de 819 linhas, por exemplo, padrão que emergiu na
França.
Não foi, contudo, até 1952, que um único padrão (625 linhas, 50
quadros/segundo) foi proposto, e progressivamente adotado, para uso ao longo
da Europa. Nascia a Televisão moderna.

Figura 6-8: O primeiro estúdio em Paris.


Naquele mesmo ano, incitado pelos trabalhos de Schoenberg, a companhia
de EMI na Inglaterra desenvolveu um sistema de televisão completamente
eletrônico com 405 linhas de definição, 25 quadros/segundo, e entrelaçado.
A Companhia de Marconi proveu o apoio necessário relativo ao
desenvolvimento de transmissores.
O governo britânico autorizou o uso deste padrão, juntamente com o de
Baird, para o serviço de televisão lançado pela BBC em Londres em novembro
de 1936 (o sistema de Baird usava rastreamento mecânico, 240 linhas, 25
quadros/segundo e não entrelaçado). Os dois sistemas eram utilizados
alternadamente durante semanas.

Figura 6-9: Adele Dixon que abriu a programação da BBC, com a canção
“Televisão”, especialmente escrita.
O sistema de 240 linhas de rastreamento mecânico empurrou o
equipamento para o limite e sofria de sensibilidade pobre. O equilíbrio balançou
assim a favor do sistema de 405 linhas, todo eletrônico, que foi adotado
finalmente na Inglaterra em fevereiro de 1937.

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6.2 O Processo de Televisão.
Envolve basicamente três etapas:

 Análise e transdução da imagem em sinal de vídeo;


 A transmissão dos sinais de vídeo aos locais de recepção;
 Síntese e transdução dos sinais de vídeo para imagem original ao telespectador.
Assim, podemos concluir do enunciado o seguinte diagrama:

Figura 6-10: O Processo de Televisão.


A etapa final do processo visa o olho do observador, o qual é denominado “Elemento Integrador do Sistema”. Isto se deve ao fato de que o olho apresenta uma característica denominada de Persistência da Visão, e é definida
como o menor período de tempo no qual ainda se pode perceber uma mudança na imagem. Ocorre que mudanças na imagem vista pelo olho em tempo menor que o da Persistência da Visão, não são percebidos pelo olho do
observador, o qual tende a “integrar” as mudanças ocorridas para uma única imagem resultante. Assim, graças a esta característica, o processo de “transmissão de imagens” é possível pela televisão e cinema.
Embora o objetivo final deste trabalho seja a televisão em cores, visando principalmente leitores já familiarizados com a televisão acromática, é oportuna a inclusão deste capítulo em primeiro lugar tendo em conta a conveniência
da revisão de conceitos básicos assim como da remoção de conceituação incorreta. Considerando-se também que o “evento cor” tem despertado o interesse de até então leigos no assunto “televisão”, torna-se indispensável o
presente capítulo, funcionando no caso como condição necessária para o eventual aproveitamento dos restantes.

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7 Codificação do Sinal de Vídeo em Cores no Sistema


NTSC.

113 114 115

7.1 Resumo Histórico116.


Em 1954, os Estados Unidos adotaram como sistema de televisão a cores o
chamado Sistema NTSC. Estas são as iniciais de “National Television System 118
Committee”, o grupo de estudos que, a pedido da associação local de indústrias Figura 7-2: Pequeno Histórico do Parão M de Televisão.
eletrônicas (“Electronics Industries Association - EIA”), propôs o sistema.
Já em 1949, estavam sendo feitas transmissões experimentais de TV a
cores. Dois sistemas competiam, promovidos pelas organizações RCA e CBS.
O sistema CBS usava uma roda mecânica com filtros: vermelho, verde e azul,
que se sucedia a cada campo. Esse método empregava freqüências de
varredura que não eram compatíveis com as das transmissões
monocromáticas. O sistema RCA, porém, era um sistema compatível. O
sistema CBS foi adotado durante curto período em 1951, mas muito pouco
usado. O NTSC preparou então novos padrões baseados no sistema RCA.
Foram feitos testes de campo e, finalmente, o sistema de televisão a cores
NTSC foi adotado pelo FCC (“Federal Communications Commission”),
implantando-se assim o primeiro sistema comercial de transmissão de sinais de
TV em cores.

119

Figura 7-3: Outros padrões de televisão.


7.3.1 O Padrão de Vídeo Monoscope:

Figura 7-1: Sistema de codificação televisiva por nações. Países usando o sistema
NTSC.
7.2 Relação de Aspecto.

117

É a razão entre as dimensões horizontais e verticais da tela. Para o padrão


“M” a relação de aspecto é definida em 4x3 (1,33:1).
No sistema NTSC a relação de aspecto está definida em 4:3 (1,33:1).
7.2.1 Exercício:
1) Pesquise e apresente em forma de tabela as relações de aspecto e 120

resoluções de vídeo usadas nos padrões de vídeo VGA e HDTV. Figura 7-4: O Padrão de Vídeo Monoscope – “Indian Head”;
7.3 O Padrão M de Televisão.
4

113 CALIBUG HDTV; O Padrão de Vídeo SMPTE;


114 http://www.tek.com/; Imagem da tela de um “Waveform” mostrando o sinal de vídeo 118 - Stolfi, Guido; Laboratório de Comunicações e Sinais -Escola Politécnica da USP –
SMPTE, sistema NTSC; TEKTRONIX; EPUSP; www.lcs.poli.usp.br/~gstolfi (20/10/2008);
115 http://www.tek.com/; Imagem da tela de um “Vectorscope” mostrando o sinal de vídeo 119 - Stolfi, Guido; Laboratório de Comunicações e Sinais -Escola Politécnica da USP –

SMPTE, sistema NTSC; TEKTRONIX; EPUSP; www.lcs.poli.usp.br/~gstolfi (20/10/2008);


116 - Grob, Bernard; Televisão e Sistemas de Vídeo; Ed. Guanabara; 1989; P. 139; 120 CALIBUG HDTV; Lançado pela RCA, em 1939, o padrão “Monoscop” (“Indian Head”) é
117 CALIBUG HDTV; O Padrão de Vídeo SMPTE; o mais famoso padrão de teste para televisão em branco e preto.

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7.5 Número total de linhas:


525.
Vide Figura 7-3.
7.6 Formação do Sinal de Luminância.
O sinal de luminância é formado por uma combinação de tensões dos sinais
vermelho, verde e azul, em proporções específicas. Como mostra a fig. 3-2, os
3 tubos das câmaras vermelho, verde e azul estão combinados em uma só
unidade: a câmara de televisão a cores. Os três sinais de saída são conduzidos
a uma unidade somadora, onde são adicionadas porções convenientes dos
sinais vermelho, verde e azul. O sinal de luminância é idêntico ao sinal de vídeo
acromático.
A luz branca contém 30% de vermelho, 59% de verde e 11% de azul. O
Figura 7-5: Verificação da relação de aspecto 4:3 no padrão Monoscope. sinal de luminância apresenta essa mesma proporção, de modo a manter a
luminosidade adequada das cores para a reprodução.
Os sinais são somados nas porcentagens corretas, de forma que a
resultante se assemelha à escala de cinza produzida por uma câmera
monocromática. Esta resultante é chamada sinal “Y” ou sinal de luminância e é
essencialmente o mesmo sinal de vídeo produzido por uma câmera preto e
branco.
As porcentagens tomadas de cada cor primária são ajustadas para dar a
sensação de luminância ou brilho da visão humana. A equação é:
Y = 30% vermelho + 59% verde + 11% azul;
121
Y = 0,30*R + 0,59*G + 0,11*B
Figura 7-6: Compatibilidade entre diversas relações de aspecto. Lembre-se que a resposta do olho humano tem um pico na faixa do amarelo
ao verde; logo, uma porcentagem maior de verde é utilizada. O sinal Y produz,
em um aparelho preto-e-branco, a escala de cinza normal.

122
Figura 7-7: Condições de Visualização da TV.

Figura 7-9: Codificação do sinal de luminância.

Cor G R B y=0,30*R+0,59*G+0,11*B

123
Figura 7-8: Dimensões Ideais da Tela 4:3 e 16:9 em função da distância de Branco 1 1 1 1,00
observação. Amarelo 1 1 0 0,89
7.4 Exercícios.
1) Em uma tela de 19” com relação de aspecto de 4x3, qual a distância Cyan 1 0 1 0,70
mínima de observação? Verde 1 0 0 0,59
2) Se a tela acima tivesse relação de aspecto 16:9, qual seria a distância
Magenta 0 1 1 0,41
mínima de observação?
3) Em uma tela de 19” com relação de aspecto de 4x3 e resolução de 640 x Vermelho 0 1 0 0,30
480. Quais as dimensões de cada pixel? Azul 0 0 1 0,11
4) Em uma tela de 19” com resolução de 1366x768. Quais as dimensões de
cada pixel (Considere a distância entre os pixels desprezível)? Preto 0 0 0 0,00

Tabela 7-1: Formação do sinal de luminância para o padrão de vídeo “Color Bar”.
121 - Stolfi, Guido; Laboratório de Comunicações e Sinais -Escola Politécnica da USP – 7.6.1 Exercício.
EPUSP; www.lcs.poli.usp.br/~gstolfi (20/10/2008);
122 - Stolfi, Guido; Laboratório de Comunicações e Sinais -Escola Politécnica da USP – 1) Construa a tabela acima utilizando uma planilha eletrônica.
EPUSP; www.lcs.poli.usp.br/~gstolfi (20/10/2008);
123 - Stolfi, Guido; Laboratório de Comunicações e Sinais -Escola Politécnica da USP –

EPUSP; www.lcs.poli.usp.br/~gstolfi (20/10/2008);

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Figura 7-10: Formação do sinal de luminância.


Aplicativo 7-1: Multisim\Codificador NTSC.ms10

2) Construir no Multisim a Tabela 7-1.

124
Figura 7-11: Saída de componente de vídeo RGB.

Figura 7-14: Intervalo de Apagamento Horizontal.


No padrão M de televisão a frequência de varredura horizontal é definida em
15750 Hz (P&B) o que da um período de aproximadamente 63,5μs. Destes,
16% são reservados para o intervalo de apagamento horizontal e encontra-se
definido a seguir:
 Borda Anterior: 2% H;
 Pulso de Sincronismo Horizontal: 8% H;
 Borda Posterior: 6% H;
7.7.4 Exercício.
125 1) Determine o período de tempo em microssegundos do intervalo de
Figura 7-12: apagamento horizontal e de cada uma de suas seções.
7.7 Sistema de Varredura:
7.7.1.1 Sistema de Varredura Entrelaçado. O Intervalo de apagamento horizontal apresenta diversas funções, podendo-
Nos primórdios da televisão para se evitar o problema de cintilação da se no momento destacar as seguintes:
imagem (Aplicativo 7-2), esta é exposta em duas partes denominadas campos,  Informar aos receptores de vídeo composto o retraço horizontal, ou seja, o
sendo a primeira formada pela informação das linhas ímpares, e a outra, período no qual a varredura horizontal é deslocada para o início de uma nova
formada pelas linhas pares (Aplicativo 7-3). linha;
Aplicativo 7-2: Video_Applets\watching_tv_anima.gif  Sincronizar os osciladores de deflexão horizontal dos receptores;
 Servir como nível de referência aos estágios de Controle Automático de
Ganho nos circuitos demoduladores de portadora dos televisores;
 Transmissão de Dados;
7.7.4.1 Principais Níveis do Sinal de Vídeo composto.
Com relação aos níveis de tensão medidos sobre uma carga padrão de
Figura 7-13: Varredura Entrelaçada. 75, o sinal de vídeo composto apresenta as seguintes partes principais:
Aplicativo 7-3: Video_Applets\gifanimator\VarreduraEntrelaçada.gif  Nível Máximo de Branco: 0,7V acima do nível de apagamento ou 100 IRE.
Aplicativo 7-4: Video_Applets\Vectorscope_01.flv 1 IRE (“Institute of Radio Engineers”) é definido como sendo a 1/140 da
7.7.2 Prática de Laboratório n._ 2: Demosntração do Processo tensão pico a pico de 1V do sinal de vídeo composto sobre uma carga de 75.
de Deflexão em TRC’s.  Nível Máximo de Preto: Corresponde ao máximo nível de preto permitido ao
7.7.3 Varredura Horizontal. sinal de vídeo e corresponde a 0V ou 0 IRE (vídeo em P&B);
Denomina-se sinal de vídeo composto para uma linha de varredura  Nível de Apagamento: Para vídeo em P&B, é mesmo que o nível máximo
horizontal (1H), o conjunto formado pelo período de “Linha Ativa” (84% de H), a de preto.
qual contém o sinal de vídeo, e o período de apagamento horizontal (16% de  Nível de Sincronismo: Corresponde a -0,3 V do nível de apagamento ou -40
H), o qual contém as informações de sincronismo Horizontal (vide Figura 7-18). IRE;
7.7.3.1 Principais partes do Período de Apagamento Horizontal. 7.7.5 Varredura Vertical.
O sinal de varredura vertical possui uma freqüência de 60 Hz (P&B) e
constitui-se pela varredura de 262,5 linhas, que constitui um campo de
varredura vertical. A varredura de dois campos forma 01 quadro de televisão, o
qual constitui uma porção completa de informação de imagem.

124 http://www.wolfvision.com/dealers/ceiling3-connectors.jpg
125 http://www.duetbroadcast.tv/images/partners/other_prod/sk900.jpg

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Verificação do
Entrelaçamento
de linhas

Figura 7-15: Verificação do Intercalamento de linhas.

Figura 7-16: Entrelaçamento errôneo de linhas, figura à direita.


Destas linhas, 92% são efetivamente utilizadas para a formação da imagem,
e os restantes, 8% (21 linhas) são reservados para o intervalo de apagamento
vertical.

Figura 7-17: Imagem do Intervalo de Apagamento Vertical.


7.7.5.1 Principais partes do Período de Apagamento Vertical.
Apresenta-se dividido nos seguintes períodos:
 Seis pulsos equalizadores anteriores: Com período de aproximadamente
três linhas (3H);
 Seis pulsos de sincronismo vertical: Com período de aproximadamente três
linhas (3H);
 Seis pulsos equalizadores posteriores: Com período de aproximadamente
três linhas (3H);
 Linhas apagadas: Com período de no máximo doze linhas (12H);
O intervalo de apagamento vertical apresenta como principais funções:
 Informar aos receptores do fim de varredura vertical e deslocamento para o
início do próximo;
 Sincronização dos osciladores verticais nos televisores;
 Transmissão de Dados.

7.7.6 Exercício.
1) Com o uso do osciloscópio meça o período de tempo do intervalo de
apagamento vertical e das seções de pulsos serrilhados e pulso de sincronismo
vertical.

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Figura 7-18: O Sinal de Vídeo Composto para uma Linha de Varredura Horizontal.

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Figura 7-19: Intervalo de Apagamento Vertical.

Equação 7-1: Visualização do Intervalo de Apagamento Vertical.

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0 IRE

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7.8 Largura de Banda de vídeo. Concluímos então que quanto maior a freqüência do sinal de vídeo maior a
A Figura 7-20, abaixo, mostra os seguintes sinais de vídeo: lagura de banda necessária para transmitir o sinal. No padrão PAL – M, a
No 1a Quadro , as linhas são todas brancas, desta forma temos que a largura de banda é definida em 4 MHz. Através desta largura de banda é
informação é aproximadamente a freqüência de quadro 30Hz; possível reproduzir um padrão de vídeo com 426 colunas (Figura 2),ou 213
No 2a Quadro, metade das linhas são pretas e na outra metade as linhas ciclos, alternadamente brancas e pretas. Ou seja:
são brancas; a informação é de 60Hz;
No 3a Quadro a informação é de 120 Hz, e de 1440 Hz no último. 4 MHz; ~(( H x 213) /0,84)
Na figura 1-B, no 1a Quadro, o sinal de vídeo é de 15750 Hz, observe que Onde:
todas as linhas são iguais; (H) : Freqüência de Varredura Horizontal
No último quadro, o vídeo assume uma freqüência de 630 KHz; 213: Número de máxima resolução horizontal (426/2).
0,84: Período de ‘H’ (100%) menos o período de apagamento horizontal.

30 Hz

Figura 7-20

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Tabela 7-2: Valores de B-Y e R-Y para o padrão de vídeo de Barras Coloridas.
Aplicativo 7-5: Multisim\Codificador NTSC.ms10

126

Figura 7-21: Comparação entre as resoluções de tela 4:3 e 16:9.


7.9 Formação do Sinal de Crominância. Figura 7-22: Os sinais de diferença de cor R-Y e B-Y.
7.9.1 Os Sinais de Diferença de Cor B-Y, R-Y e G-Y127. 7.9.2 Os sinais I e Q.
7.9.1.1 O Sinal B -Y. Os sinais I (“In phase”) e Q (“Quadrature”) podem ser especificados em
O matiz deste sinal é principalmente azul, mas é uma mistura de cores por termos de B - Y e R - Y, como se segue:
causa da componente —Y. Quando combinarmos 100% de azul com as
componentes primárias do sinal Y, teremos: I = -0,27 (B - Y) + 0,74 (R - Y)
B -Y = 1,00*B - (0,30R + 0,59B + 0,11B) Q = 0,41 (B - Y) + 0,48(R - Y)
= -0,30R - 0,59G + 0,89B
Note que -R e -G, quando combinados dão o complemento do amarelo, que Aplicativo 7-6: Multisim\Codificador NTSC.ms10
é o azul. Contudo, um pouco mais de “menos verde” desloca o matiz em Todos estes sinais de vídeo são misturas de cores. Eles combinam o R, G,
direção ao magenta, resultando num azul-púrpura. B; assim, duas misturas de cores podem conter todas as informações das três
Quando o sinal B - Y é combinado com o sinal Y, e reproduz a informação cores primárias.
azul. Este efeito é:
B - Y + Y = B.
7.9.1.2 O Sinal R -Y.
O matiz de R - Y é um vermelho- púrpura. A combinação do vermelho com
as componentes primárias do sinal Y resulta em:
R - Y = 1,00R - (0,30R + 0,5G + 0,11B)
= 0,70R - 0,59G - 0,11B
O “menos verde” é o magenta, que é uma combinação com o vermelho para
produzir o vermelho-púrpura para a polaridade positiva de sinal R -Y. A
polaridade oposta do sinal R - Y possui o matiz azul- turquesa.
Quando o sinal R - Y é combinado com o sinal Y, ele reproduz a informação
vermelha. O efeito é:
R - Y + Y = R.
7.9.1.3 O Sinal G -Y.
A combinação do sinal -Y com 100% do sinal G resulta em:
G - Y = 1,00G - (0,30R + 0,59G + 0,11B)
= -0,30R + 0,41G - 0,11B
O matiz do sinal G - Y é um verde-azulado.
A polaridade oposta é um vermelho-púrpura. Quando o sinal G - Yé
adicionado ao sinal Y, a informação verde é reproduzida. O efeito é:
G - Y + Y = G.
No receptor, o vídeo G – Y é obtido pela combinação de R - Y e B - Y nas
seguintes proporções:
G - Y = -0,51 (R - Y) - 0,19(B - Y)

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Figura 7-23: Formação do sinal de Luminância “Y” e os sinais de Diferença de Cor


“I” e “Q”.
A largura de faixa será de 0,5 MHz para todos, exceto o sinal I.

129
Figura 7-25: Imagem das componentes de vídeo Y, I e Q, respectivamente.

7.9.3 Representação das Fases do Padrão de Vídeo Barras


Coloridas.
Aplicativo 7-7: Video_Applets\Lissajous\Lissajous.htm

130

7.9.4 Frequência da Subportadora de Cor.


Este valor deve ser uma alta frequência de vídeo, entre 2 e 4 MHz,
aproximadamente. Se a frequência do sinal da subportadora de cor fosse muito
pequena, ele poderia produzir uma interferência excessiva com o sinal de
128 luminância. No extremo oposto, se de frequência muito elevada, o sinal de
crominância poderia interferir com o sinal de som. A escolha de
I = -0,27 (B - Y) + 0,74 (R - Y) aproximadamente 3,58 MHz para o sinal de subportadora de cor é um
Q = 0,41 (B - Y) + 0,48(R - Y) compromisso que nos permite faixas laterais de 0,5 MHz para informação de
crominância abaixo e acima da freqüência do sinal da subportadora. Além
Figura 7-24: Representação das componentes I e Q em função dos sinais (B-Y) e (R-
disso, há espaço para os 0,8 MHz extras de freqüências da faixa lateral inferior
Y).
do sinal I. Muito importante para compatibilidade, 3,58 MHz é um valor
suficientemente alto como freqüência de vídeo para permitir uma resposta muito
pequena em receptores monocromáticos. Esses aparelhos utilizam apenas o
sinal de luminância, e o sinal de crominância de 3,58 MHz praticamente não
terá efeito.
A freqüência exata do sinal da subportadora de cor é baseada nos seguintes
fatores adicionais:
 As freqüências da portadora de imagem transmitida e da portadora de som
não podem ser modificadas, para preservar o batimento de 4,5 MHz para os
receptores com som com interportadora.
 Há uma interferência devida a um batimento na freqüência de
aproximadamente 920 kHz, que é a diferença entre as freqüências da
subportadora de cores próximas de 3,58 MHz e o sinal da interportadora de
áudio de 4,5 MHz.
 Há uma interferência devido a um batimento entre a freqüência do sinal de
crominância e as altas freqüências do sinal de luminância.

http://en.wikipedia.org/wiki/Image:YIQ_components.jpg
129

http://cnyack.homestead.com
128 Chrontel
130

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Para minimizar estes efeitos de interferência, a freqüência da subportadora
de cor é feita exatamente 3,579545 MHz para o sistema NTSC. Esta freqüência
é determinada pelas relações harmônicas entre o sinal da subportadora de
cores, a freqüência de varredura horizontal e a freqüência interportadora de 4,5
MHz.
7.9.5 Freqüência da Varredura Horizontal.
Especificamente, a freqüência da portadora de som de 4,5 MHz é tornada a
286.a harmônica da freqüência horizontal. Portanto:
fH = 4,5 MHz/286 = 15.734,27 Hz
Onde fH é a freqüência de varredura horizontal para a transmissão de
televisão a cores. Note que 286 é o número par que faz com que fH se
aproxime do valor de 15.750 Hz utilizado para varredura horizontal na televisão
monocromática. A pequena diferença praticamente não tem efeitos na
varredura horizontal e no sincronismo do receptor graças ao circuito de controle
de freqüência horizontal (CAF).
7.9.6 Freqüência da Varredura Vertical.
A freqüência de varredura vertical também é um pouco modificada, pois
devemos ter 262,5 linhas por campo. Então, a freqüência de varredura do
campo vertical é:
f = 15.734,27 Hz/262,5 = 59,94 Hz
A pequena diferença de 0,06 Hz abaixo dos 60 Hz praticamente não afeta a
varredura vertical e o sincronismo no receptor. Um oscilador que pode ser
sincronizado pelos pulsos de 60 Hz também pode ser sincronizado pelos pulsos
de 59,94 Hz. Note que, quando as freqüências de varredura são um pouco
deslocadas na televisão a cores, o pulso de sincronismo é transmitido
modificado também para as novas freqüências f e fH. De qualquer modo,
praticamente todos os programas são transmitidos com o sistema de TV em
cores, mesmo os velhos filmes em preto-e-branco. 131

7.9.7 Freqüência da Subportadora de Cor em função da Figura 7-27: O sinal de crominância NTSC (respectivo a imagem acima) visto no
Freqüência de Varredura Horizontal. “Vectorscope”e “Wave form”, respectivamente.
Com a freqüência de varredura horizontal escolhida, agora a subportadora
de cor pode ser determinada. Este valor é a harmônica definida por: 455 de 7.10 O Sinal de Vídeo Composto em Cores NTSC.
fH/2:
C = 455 x 15.734,27 Hz/2 = 3,579545 MHz
Para obtermos esta freqüência exatamente, o oscilador de cor é controlado
através de um cristal piezoelétrico. O múltiplo de 455 foi escolhido como um
número ímpar que faz a freqüência de subportadora próxima a 3,58 MHz.
7.9.8 Modulação da Subportadora de Crominância NTSC.
400mV

0V

-400mV
0s 50us 100us
V(MULT4:OUT)
Time

400mV

0V

-400mV
0s 50us 100us
V(SUM10:OUT)
Time

400mV

0V

Figura 7-26: Formação dos sinais de IRF e -400mV


QRF 0smodulados pelos 50us
sinais I e Q, 100us
respectivamente. V(MULT3:OUT)
Time

Figura 7-28: Codificação do Sinal de Vídeo Composto em Cores NTSC.

131 http://i46.servimg.com/u/f46/12/36/79/84/vector10.jpg em 19/05/2014.

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7.11 Tabela de Codificação do Sinal de Vídeo Composto nos Sistemas NTSC.


Cor Luminância In phase Quadrature Fase = Fase =
arctg (I/Q) arctg (V/U)

R G B Y = 0,30R + 0,59G + 0,11B B-Y R-Y U=0,493*( V=0,877*( I =( - 0,27(B-Y) + 0,74(R-Y)) Q=0,41(B-Y) + 0,48(R-Y) /Cr/ = (I^2 + Q^2)^1/2
B-Y) R-Y)
Branco 1 1 1 1,00 0 0 0,00 0,00 0,00 0 0 0 0
Amarelo 1 1 0 0,89 -0,89 0,11 -0,44 0,10 0,32 -0,31 0,45 -45,87 -12,40
Cian 0 1 1 0,70 0,30 -0,70 0,15 -0,61 -0,60 -0,21 0,64 70,43 -76,46
Verde 0 1 0 0,59 -0,59 -0,59 -0,29 -0,52 -0,28 -0,53 0,59 27,84 60,66
Magenta 1 0 1 0,41 0,59 0,59 0,29 0,52 0,28 0,53 0,59 27,84 60,66
Vermelho 1 0 0 0,30 -0,30 0,70 -0,15 0,61 0,60 0,21 0,64 70,43 -76,46
Azul 0 0 1 0,11 0,89 -0,11 0,44 -0,10 -0,32 0,31 0,45 -45,87 -12,40
Preto 0 0 0 0,00 0 0 0,00 0,00 0,00 0 0 0 0

132

Figura 7-29: Representação das fases das cores respectivas ao padrão de vídeo de barras coloridas SMPTE.

- Grob, Bernard; Televisão e Sistemas de Vídeo; Ed. Guanabara; 1989;


132

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7.11.1 O Vectorscópio NTSC.
O “Vectorscope”, em geral, é o aparelho usado para medida e inspeção das
fases e amplitudes do sinal de crominância. Possui uma entrada de vídeo
composto de 75, uma entrada de referência, etc.

133

Figura 7-30: Vectorscópio.


Aplicativo 7-8: Video_Applets\Vectorscope_01.flv.
7.11.2 O “Waveform”.
O “Waveform” é o aparelho apropriado para medida e análise do sinal de
vídeo composto. Geralmente possui duas entradas de vídeo de 75, entrada
de referência, entre outras.

135

Figura 7-32: Vista ampliada da tela de um “Waveform” NTSC.


Aplicativo 7-9: Video_Applets\vectorscope_02.flv.
7.11.3 Entrelaçamento Espectral.
Por causa do padrão de varredura entrelaçada, a informação de imagem
para as freqüências de vídeo que serão múltiplos ímpares de fH/2, tende a ser
134
cancelada finalmente na tela do tubo de imagem. O cancelamento resulta
Figura 7-31: “Waveform”. porque estes sinais estão em polaridades opostas de tensão para a informação
de imagem nas linhas de varredura pares e ímpares. Você pode ver o efeito de
cancelamento acoplando uma tensão de saída de um gerador de sinal de 2-4
MHz ao amplificador de vídeo para produzir um padrão de interferência de
barras diagonais na tela do tubo de imagem. Ajustando-se cuidadosamente a
freqüência do gerador e observando-se de perto o padrão em determinadas
freqüências, o padrão de interferência desaparecerá. Estas freqüências são
múltiplas de metade da freqüência de varredura horizontal.
Esta técnica de entrelaçamento das componentes harmônicas pares e
ímpares de dois sinais diferentes para minimizar a interferência é chamada de
entrelaçamento de freqüências. Como resultado, o sinal de crominância pode
ser transmitido no mesmo canal de 6 MHz do sinal de luminância e de som com
praticamente nenhuma interferência.
A razão pela qual as componentes da freqüência dos sinais de vídeo Y e C
podem ser entrelaçadas é ilustrada na Fig. 8B.15. Note a aglomeração das
freqüências ao redor de f, que é a da varredura horizontal. Cada aglomeração
possui pares de freqüências com uma freqüência acima e outra abaixo de fH e
as componentes são separadas pela freqüência de varredura vertical de
aproximadamente 60 Hz. Para uma cena com pouco movimento, há cerca de
20 pares. A largura de faixa utilizada ao redor de fH’ então, é cerca de ±20 x 60
Hz = ±1.200 Hz. Estas aglomerações de freqüências de sinais serão para o
sinal Y.
Note os espaços entre as aglomerações das freqüências do sinal Y. Os
espaços serão múltiplos impares de meia freqüência de varredura horizontal, tal
como (3/2) fH ou (512) fH mostrados na figura. Lembre-se que a freqüência da
http://www.tek.com
133

http://www.tek.com
134 http://www.tek.com
135

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subportadora de cor de 3,579545 MHz foi tornada um múltiplo ímpar de fH/2• transmissor. Por razões práticas, é necessário transmitir 1,25 MHz da parte
Portanto, as freqüências do sinal para o sinal de crominância modulado de 3,58 inferior da faixa lateral; consequentemente, a frequência portadora de vídeo
MHz caem no espaço entre as aglomerações das freqüências do sinal de vídeo está 1,25 MHz acima da frequência que determina o limite inferior do canal.
Y. Como resultado, as freqüências dos sinais Y e C serão entrelaçadas, para Como se vê na Figura 7-35, o pico de branco, no sinal de vídeo, produz as
uma interferência mínima entre elas. menores amplitudes do sinal AM de imagem. Isto é obtido através de
modulação com polaridade negativa – caso em que o sinal modulador é
aplicado na polaridade em que reduz a amplitude da portadora de RF nos picos
de branco do sinal de vídeo. O topo do sincronismo produz a máxima amplitude
da portadora, que corresponde ao nível de 100%.
Observe as seguintes amplitudes relativas ao sinal de imagem modulado em
amplitude da Figura 7-35:
Topo do sincronismo = 100%
Nível de apagamento 75%
Nível de preto = 67,5%
Máximo de branco = 10- 15%, ou 12,5%
Os pulsos de sincronismo ocupam os 25% superiores da amplitude da
portadora. A informação relativa à imagem situa-se entre 67,5% do preto e a
Figura 7-33: Representação dos espectros “vazios” entre as harmônicas do sinal de média de 12,5% para o pico de branco. Embora a modulação de croma não
Luminância. seja mostrada aqui, ela é multiplexada na portadora de RF juntamente com os
valores de luminância, na mesma faixa da informação de branco e preto.
O sinal da portadora não cai abaixo de 10% porque surgem distorções
sempre que a amplitude é nula. Além disso, o sinal interportador de áudio, no
receptor, não poderia ser gerado sem o sinal da portadora de imagem.
Todas essas amplitudes relativas são as mesmas para a parte superior e
inferior da envoltória de modulação. De fato, os semiciclos positivos e negativos
da portadora de RF são iguais, o que produz uma envoltória simétrica de
variações de amplitude. Esse fato explica por que o sinal modulado deve ser
retificado, a fim de se recuperar o sinal de banda-base na envoltória de
modulação.
7.12.2 Vantagens da Transmissão Negativa136.
Uma das vantagens da transmissão negativa é a de que os pulsos de ruído
presentes no sinal de RF transmitido tendem a aumentar a amplitude da
portadora em direção ao preto, e não ao branco. Esse efeito faz com que os
ruídos da imagem se tornem menos visíveis.
Além disso, o transmissor emprega menos energia na transmissão negativa.
Como as imagens típicas têm predominância de branco, a amplitude da
portadora é baixa durante a maior parte do tempo de transmissão.
Mas talvez a mais importante seja a vantagem prática de se ter o topo de
sincronismo como referência para a intensidade da portadora,
independentemente da informação de imagem. Um detector de pico a diodos
pode fornecer facilmente uma tensão DC proporcional ao nível da portadora de
RF. Essa tensão DC é usada como polarização no sistema de controle
automático de ganho (CAG) do receptor.
7.12.3 O IRE e as Amplitudes da Portadora.
No sinal composto de vídeo utilizado como sinal de banda- base para
modulação, normalmente as amplitudes relativas são indicadas pela escala do
IRE (Institute of Radio Engineers). Como foi mostrado no Cap. 7, o sinal
composto de vídeo varia de -40 unidades IRE, no topo do sincronismo,
passando por zero, no nível de apagamento, até +100 unidades IRE para o pico
de branco. As amplitudes correspondentes, na Fig. 11.1, são o nível de 100%
da portadora para o topo do sincronismo, 75% para o nível de apagamento e
12,5% para o pico de branco.

Figura 7-34: Intercalamento espectral entre os sinais de


luminância e crominância.
7.12 O Canal de Transmissão.
7.12.1 Modulação da Portadora de Vídeo.
O sinal de vídeo composto possui uma faixa de frequência que vai de
algumas dezenas de hertz a 4,2 MHz. O que torna inviável a sua transmissão
diretamente em uma antena, pois neste caso, esta teria dimensões
quilométricas. Desta forma, emprega-se uma portadora de alta frequência de
forma que a informação de vídeo composto possa ser transmitida em uma
antena de dimensões viáveis.
O sinal composto de vídeo é modulado em amplitude, sendo transmitido
dentro de uma faixa de 4 MHz. A frequência portadora de vídeo assume um
valor que está 1,25 MHz acima da frequência que determina o limite inferior do
canal. A fim de limitar o canal de televisão a uma largura de faixa de 6 MHz, e
ainda permitir uma faixa de 4,2 MHz para o sinal de vídeo, deve ser empregado Figura 7-35: Modulação da portadora de vídeo em AM-VSB.
um sistema de modulação com uma faixa lateral vestigial de transmissão.
Nesse sistema, uma porção considerável da faixa lateral inferior é suprimida no
- Grob, Bernard; Televisão e Sistemas de Vídeo; Ed. Guanabara; 1989; P. 219;
136

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7.13 Modulação da Portadora de Áudio.
A modulação em freqüência é adotada para o sinal associado de áudio, a
fim de tirar proveito das vantagens de menor ruído e interferência. O sinal FM
de som em televisão é essencialmente o mesmo da transmissão de rádio, com
exceção de que a máxima variação de freqüência é de ±25 kHz, em vez de ±75
kHz.
Uma portadora separada, 4,5 MHz acima da portadora de imagem, é
utilizada para o sinal associado de áudio, ficando ambos no canal padrão de TV
de 6 MHz. A gama de freqüências moduladoras de áudio abrange de 50 a
15000 Hz, como no rádio FM, a fim de possibilitar a reprodução de som de alta
fidelidade.
Figura 7-38: Sistema MTS (“Multichannel television sound”).137
7.14 Espectro do Canal de Transmissão.
A Comissão Federal de Comunicações (FCC) dos Estados Unidos
especificou que um canal de televisão em preto e branco ocupasse uma largura
de faixa de 6 MHz, canal este contido no espectro destinado a estações de
televisão. Especificou ainda que cada canal fosse dividido, como ilustra a Figura
7-39, em duas regiões principais, uma para o sinal de som e outra para o sinal
composto de vídeo. Este foi o sistema adotado no Brasil.
O sinal de som ocupa uma largura de 50 kHz, a qual está centralizada em
uma freqüência portadora cujo valor está 5,75 MHz acima da freqüência que
determina o limite inferior do respectivo canal. O sinal de radiofreqüência
portador do sinal de áudio é modulado em freqüência e um desvio de 25 kHz
representa 100% de modulação.

Figura 7-36: Espectro da banda básica da portadora de áudio na transmissão de


televisão.

Figura 7-37: Espectro do canal de áudio estéreo e SAP.


Em transmissões de FM mono, o desvio máximo permitido é de ± 25kHz,
sendo que o sinal modulante de áudio é definido em um espectro de 50 Hz a
15kHz.
7.13.1 Transmissão de FM Estéreo para Televisão.
No Brasil foi adotado em 1986 o sistema BTSC (“Broadcast Television
Systems Commitee”), que deriva seu nome do Comitê que recomendou ao
FCC, nos Estados Unidos, um sistema idêntico. A escolha foi feita após
diversas comparações e estudos, sendo a forma final do sistema baseada em
uma proposta da Zenith, complementada por um sistema de redução de ruído
proposto pela firma DBX.
O espectro de freqüências da banda-base está indicado na Figura 7-39. O
canal principal é a soma dos sinais de áudio esquerdo e direito, modulando em
FM a portadora de som, O canal principal é, portanto, compatível com os
receptores de som monofônicos de TV.
Um segundo canal (“canal estéreo”) é constituído pela modulação em
amplitude (AM) de uma subportadora de freqüência 2 fH (ou seja, duas vezes a
freqüência de varredura horizontal de 15.734 kHz), pela diferença L — R ou E
— D dos sinais de áudio.
Um sinal piloto de freqüência fH é transmitido. Além disso, um programa de
áudio pode ser transmitido em separado (“Second Audio Program” — SAP),
através da modulação em FM de uma subportadora em 5 fH. O desvio máximo
da subportadora no SAP é de apenas 15 kHz. Esse canal pode ser usado, por
exemplo, para a transmissão de uma segunda língua. Um canal “profissional”
para transmissão de dados é ainda previsto, com modulação em freqüência de
uma subportadora de 6,5 fH.
A proposta BTSC incluiu também um sistema de redução de ruído através
da compressão-expansão de freqüências, para permitir a recepção adequada
em estéreo e do canal separado nas regiões de recepção de sinal fraco.
O sistema consiste em um codificador no transmissor, onde, além de uma
compressão geral dos níveis de sinal, há também uma pré-ênfase “variável” em
função da freqüência na faixa acima de 4 kHz. Estes efeitos são introduzidos
em sentido contrário em um decodificador no receptor.
Figura 7-39: O Canal de Transmissão de Televisão.

Stolfi, Guido;Percepção Auditiva;


137

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I: AM VSB/SC (1,4MHz e 0,5MHz);


Q: AM DSB/SC (0,5MHz);
Freqüência da subportadora de crominância NTSC: 3,579545MHz, acima da
portadora de vídeo.
Figura 7-40: Espectro do Canal de Transmissão de Televisão: Sistema NTSC-M.

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138

7.14.1 Exercício.
3) Mostrar uma tabela com os canais de TV a cabo.

- Grob, Bernard; Televisão e Sistemas de Vídeo; Ed. Guanabara; 1989;P. 364;


138

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8 Codificação do Sinal de Vídeo em Cores no Sistema 8.1 Resumo Histórico142.


PAL-M.

143
Figura 8-1: Sistemas de TV no Mundo – 60 Hz.

Após a implantação do sistema NTSC, a televisão em cores nos Estados


139
Unidos ganhou grande impulso, mas ao mesmo tempo começaram a aparecer
algumas dificuldades, ligadas não aos receptores sendo utilizados, mas ao
próprio sistema em si, uma vez que, como vimos, o ângulo de fase do sinal de
crominância determina o matiz da cor que se deseja reproduzir, então qualquer
perturbação indesejável sobre esse ângulo tem influência direta na qualidade
das cores na tela. Essa distorção pode ser originada no equipamento
transmissor, no canal de transmissão ou no próprio receptor.
Diversas tentativas foram feitas para a solução desse problema, mas uma
das mais satisfatórias foi, na verdade, o desenvolvimento, na Alemanha, de um
novo sistema, que deriva do NTSC, porém, através de um artifício, consegue
praticamente anular os efeitos da distorção de fase. Esse artifício consiste na
inversão, na freqüência do sincronismo das linhas horizontais, da componente
R-Y do sinal transmitido (daí o nome do sistema: PAL “Phase Alternating Line”,
ou “linha de fase alternada”), e um processo inverso é seguido no receptor.
Deve-se notar que, apesar de o sistema permitir por princípio um
cancelamento de erros, cuidados devem ser tomados no projeto e no ajuste do
decodificador para que não ocorram efeitos indesejáveis específicos, que não
140 estão presentes em NTSC.
8.1.1 O Sistema PAL-M144.
Uma solução que aproveita todas as bases do sistema NTSC-M é o sistema
PAL-M, que acertadamente foi escolhido para o nosso país, e não é demais
insistir que ele constitui apenas uma variante e não um novo sistema, o que
demonstra o acerto das bases teóricas e dos princípios gerais que evoluíram do
gigantesco trabalho pioneiro de desenvolvimento do sistema NTSC-M.
E oportuno neste ponto esclarecer certa confusão que foi alimentada na
época da escolha do sistema de TV em cores para o Brasil por fontes mal-
informadas (ou mal-intencionadas) entre os conceitos de sistema padrão. Como
padrão entende-se o conjunto de características (freqüências de varredura
horizontal e vertical, largura de canal, etc.) de certa forma decorrentes das
freqüências das redes de energia elétrica, no qual um determinado sistema
venha a ser utilizado.
E evidente que a filosofia de um sistema (exploração intercalada,
identificação de sincronismos por diferença de largura de pulsos. modulação
com banda lateral vestigial etc.) é totalmente independente do padrão em que
tal sistema é aplicado. Assim, a simples escolha do sistema PAL-M é
141 indubitavelmente a melhor escolha, como demonstram:
 A pequena penetração do sistema SECAM.
 A insatisfação dos públicos norte-americano e japonês com a instabilidade
de matizes do sistema NTSC-M.
 A adoção generalizada do sistema PAL na Europa, particularmente na
Inglaterra.
 As sucessivas modificações a que foi submetido o sistema SECAM.
 Todo o arrazoado (existente sob forma de relatório) que levou à adoção,
pelo CONTEL, do sistema PAL-M para o Brasil.
Como a TV acromática no Brasil foi estabelecida sob o padrão M, qualquer
que fosse o sistema cromático adotado para o nosso país, por razões óbvias de
compatibilidade, deveria ser estabelecido sob o mesmo padrão M.
Portanto o “sistema indígena” de TV em cores é simplesmente o sistema
PAL sob padrão M.
8.2 Formação do Sinal de Luminância.
De forma semelhante ao sistema NTSC-M, o sinal de luminância PAL-M
possui as seguintes proporções dos sinais componentes de vídeo RGB:

139 CALIBUG HDTV; O Padrão de Vídeo “Color Bars”; 142 Idem;


140 http://www.tek.com/; Imagem da tela de um “Waveform” mostrando o sinal de vídeo 143 - Stolfi, Guido; Laboratório de Comunicações e Sinais -Escola Politécnica da USP –

“100% Colorbar”, sistema PAL; TEKTRONIX; EPUSP; www.lcs.poli.usp.br/~gstolfi (20/10/2008);


141 http://www.tek.com/; Imagem da tela de um “Vectorscope” mostrando o sinal de vídeo 144 - Senatori, Nelson Orlando B. , Sukys, Francisco; Introdução ao Sistema PAL-M. Ed.

“100% Colorbar”, sistema PAL; TEKTRONIX; Guanabara; 1984;


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Y  0,30*R  0,59* G  0,11*B


Equação 8-1.
Por razões de compatibilidade o sinal de luminância possui uma largura de
banda de 4,2MHz.
8.3 Formação do Sinal de Crominância.
8.3.1 Os Sinais Diferença de Cor.
Os sinais diferença de cor são, por sua vez, produzidos subtraindo-se o sinal
de luminância, descrito anteriormente, de cada um dos sinais primários
associados a cada tubo da câmara. O sinal de brilho é representado pela letra
Y, os sinais de cores são representados pelas letras R para o vermelho, G para
o verde e B para o azul.
A partir desses três sinais primários, são derivados um sinal de luminância e
dois sinais de diferença de cor. O sinal de luminância contém a informação
sobre o brilho da cor televisada e é idêntico ao sinal de vídeo acromático.
Portanto, poderá ser reproduzido nos receptores de televisão em preto e Figura 8-3: Formação do sinal de vídeo composto em cores.
branco. Os sinais diferença de cor modulam uma subportadora de cor; eles
contém, por sua vez, informação sobre o matiz e a saturação da cor televisada.
O sinal de luminância e a subportadora de cor, contém todas as informações da
cena televisada. Esses sinais são transmitidos e separados em suas
componentes no receptor. Os três componentes primários, derivados dos sinais
transmitidos, são aplicados ao cinescópio, onde então é reproduzida a cor que
está sendo televisada.
Tanto o sinal R-Y como o sinal B..Y não existem quando da transmissão de
objetos brancos, cinzas ou pretos. Os sinais R-Y e B-Y variam desde um valor
negativo, passando por zero, até um valor positivo, dependendo da cor que está
sendo transmitida. Os valores absolutos dos sinais R-Y e B-Y são os mesmos
para cores complementares, diferindo apenas quanto às polaridades, que são
opostas. As cores complementares são aquelas que estão em posiç6es opostas
em relação ao branco, no triângulo de cores; por exemplo, o verde e o magenta
são complementares. A tabela seguinte mostra uma relação das tens&s e dos
sinais R-Y e B-Y correspondentes as cores primárias e suas complementares.
O sinal G-Y é recuperado no receptor a partir dos sinais R-Y e B-Y, de modo
a satisfazer a fórmula:

G-Y = - 0,51 (R-Y) - 0,19 (B-Y).

Um método de obter o sinal G-Y consiste inicialmente em inverter a


polaridade dos sinais R-Y e B-Y, fazendo com que esses sinais passem através
de um inversor. Em seguida, através de dispositivos divisores de tensão,
obtemos 51% do sinal (R-Y) invertido e 19% do sinal (B-Y) invertido. Esses dois
sinais são então somados, para que se obtenha o sinal diferença de cor (G-Y)
desejado. A operação de obtenção das porcentagens adequadas de R-Y e B-Y,
bem como a sua combinação G-Y, é chamada “matrixagem”.

Tabela 8-1: Codificação do Sinal de Vídeo Padrão de Barras Coloridas .


Observa-se que para os sinais de branco, preto e cinzas, os sinais de
diferença de cor são nulos.
8.3.2 Formação dos Sinais U e V.
Para se evitar a sobremodulação do sinal da portadora de vídeo, os sinais
de B-Y e R-Y, são reduzidos de constantes e então denominados de
respectivamente U e V, ou seja:

U = 0,493 (B-Y);
V = 0,877 (R-Y);

2 2

     
C   U    V   0,493 * B  Y 2  0,877 * R  Y 2 ;
   
 V 
  arctan 
 U 
Figura 8-2: Formação dos sinais diferença de cor.
No sistema PAL não foi necessário aproveitar o efeito tritanópico.
Por ocasião de nosso estudo sobre modulação e demodulação S/C,
mostramos “o porquê” da necessidade da transmissão I-Q da crominância no
sistema NTSC, onde apenas o sinal I (AM VSB S/C) contém uma região SSB.
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Foi demonstrado que caso os sinais I e Q contivessem simultaneamente 8.3.5 O Processo de Correção de Fase.
regiões SSB, seria fatal a “diafotia” nessas regiões. Seja OCn (Figura 8-4a) o vetor representativo do sinal de crominância num
Quando introduzimos os sinais U e V, vimos que possuem a mesma largura ponto P, qualquer de uma linha “n”. Este vetor será o resultante dos dois
de faixa, equivalente à do sinal “I”, o que significa que os dois sinais U e V, vetores OU e OV, respectivamente resultantes dos pares de bandas laterais das
possuem regiões SSB. subportadoras U e V.
Deixamos a cargo do leitor, como exercício, constatar que devido ao Admitamos que no ponto (ou instante) considerado OCn, apresente uma
mecanismo de inversão do sistema PAL, verifica-se: fase  relativamente à fase de referência, que é a fase do “Burst”.
 As componentes em quadratura do sinal V, interferentes no sinal U, Adiantamos que o sinal “Burst” no sistema PAL, para efeitos de
manifestam-se em fases opostas em linhas consecutivas no tempo. Na sua sincronização do oscilador de subportadoras, está a 180° com relação à
demodulação pela subportadora reinjetada U, produzirão efeitos opostos nas subportadora U anterior à supressão.
linhas correspondentes. A Figura 8-4b representa a mesma situação no extremo receptor, onde um
 As componentes em quadratura do sinal U, interferentes no sinal V, erro β de fase faria com que os demoduladores síncronos interpretassem o sinal
consideradas em duas linhas consecutivas no tempo, produzirão efeitos de crominância como aquele representado por OCn, guardando com a
opostos quando demoduladas pela reinjeção das subportadora V, em virtude da referência uma fase  + β, diferente portanto da original , determinante de
necessidade de inversão da fase desta subportadora em duas linhas OCn, que corresponde à cromaticidade correta. O resultado das demodulações
consecutivas. de U e V seria uma cromaticidade falsa para Cn’,com a conseqüente incorreção
Estes efeitos opostos também são, em princípio, canceláveis por integração do matiz reproduzido.
visual. Compreende-se agora que um subproduto do mecanismo de inversão no Na Figura 8-4c, OCn+1 representa a cromaticidade de um ponto P2 na linha
sistema PAL é a possibilidade da transmissão dos dois sinais componentes do “n + 1”, homólogo (na mesma vertical) ao ponto P1 considerado na linha n”. As
sinal de crominância pelo processo VSB S/C. características destes pontos, incluindo-se cromaticidade, praticamente
Ora, como os sinais I e Q no sistema NTSC são empregados apenas porque coincidem. Por este motivo, OCn+1 também apresentaria a mesma fase a
neste sistema não é possível a dupla modulação VSB S/C, não haveria sentido relativamente ao “Burst”.
cm conservá-los no sistema PAL. Empregam-se então os sinais U e V, que, a Suponhamos agora que não seja transmitida a cromaticidade OCn+1 mas
menos de constantes, equivalem aos sinais (B-Y) e (R-Y). Isto constitui uma sua conjugada (“especular” de OCn+1 relativamente ao “Burst”) OC’n+1. Isto se
evidente vantagem pelas decorrentes simplificações nos circuitos de consegue invertendo de 180º a fase da subportadora V anteriormente à sua
matrixagem no transmissor e no receptor, sem sacrifícios adicionais da modulação S/C.
resolução cromática neste último. Esta situação está representada na Figura 8-4d. Invocando ainda a quase
identidade de características entre os dois pontos homólogos em questão, é
lícito admitir que a cromaticidade OC’n+1 também será passível de um mesmo
erro β de fase.
A situação no receptor será a representada pela Fig. Figura 8-4e. O efeito
da inversão de fase da subportadora V, na transmissão, deve ser compensado
por uma inversão da correspondente subportadora por ocasião da sua reinjeção
no demodulador V. Supondo-se a existência desta inversão, os demoduladores
síncronos interpretariam agora o sinal de crominância (Figura 8-4c) como sendo
OC’n+1, guardando com a referência uma fase -β diferente da original . O
resultado das demodulações de U÷1 e V+1 seria uma reprodução falsa da
cromaticidade de P2, porém diferente daquela, também falsa, com que teria
sido reproduzido P1. Que essas cromaticidades são diferentes entre si conclui-
se da observação das Figs. 5. lb e 5. lf. Ainda dessas duas figuras conclui-se
8.3.3 A “Quase-Periodicidade” dos Sinais de Vídeo. que as cromaticidades 0C e 0C+1 são simétricas em relação à cromaticidade
A pequena espessura das linhas de varredura determina que, a despeito da correta OC,, ou OC,,+1. Ora, os pontos P1 e P, estão numa mesma vertical e
exploração intercalada, não sejam substancialmente diferentes as informações em duas linhas consecutivas. Considerando-se a acuidade visual para
contidas em duas linhas consecutivas no tempo para imagens estatisticamente cromaticidades e o “excesso” de resolução vertical ainda presente no sistema, a
prováveis. Este fato, aliado à periodicidade introduzida pelo processo de distância proveniente do olho do espectador “integrará” as cromaticidades dos
exploração, faz com que os sinais de vídeo apresentem uma característica de pontos
“quase-periodicidade”, ou seja, a variação da informação de linha para linha
num determinado intervalo de tempo é bastante lenta relativamente ao número
de linhas envolvidas no intervalo de tempo considerado.
Resumindo, em imagens estatisticamente prováveis, duas linhas
consecutivas apresentam acentuada correlação, o que significa que eventuais
combinações das respectivas informações não destruirão a inteligibilidade geral
da imagem, mas levarão potencialmente a uma redução da resolução,
praticamente apenas no sentido vertical.
8.3.4 Resolução Cromática no Sentido Vertical.
A acuidade visual sob o aspecto cromaticidade tornou possível em TV m
cores, no que diz respeito a cromaticidades, uma considerável redução da
resolução. a possibilidade, todavia; foi apenas parcialmente aproveitada pelo
sistema NTSC.
A redução das faixas de vídeo dos sinais diferença de cor acarreta um
correspondente redução de resolução apenas no sentido horizontal.
Figura 8-4: O processo de correção de fase no sistema PAL-M.
Esta redução de faixa não afeta a resolução das cromaticidades no sentido
vertical, que permanece igual à das luminâncias, pois a resolução vertical é
função quase exclusiva do número de linhas de varredura. 8.3.6 Outra vantagens do Sistema PAL.
Assim, por coerência com os princípios que possibilitam uma baixe Assim como a correção dos erros de fase, os princípios do sistema PAL
resolução das cromaticidades, a elevada resolução das mesmas no sentido permitem também a correção parcial de outros problemas, como, por exemplo,
vertical é totalmente desnecessária. os erros de fase introduzidos por reflexões do sinal recebido. O sinal principal
Conclui-se, portanto, que um sacrifício da resolução vertical das recebido pode ser afetado pela soma de um sinal refletido, que é defasado em
cromaticidades já é justificável a priori. relação ao primeiro e que provoca distorção de matiz nas cores reproduzidas,
no sistema NTSC. Para o sistema PAL, pode ser demonstrado que a distorção
de matiz é compensada, resultando aqui também somente uma pequena
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redução de saturação no sinal reproduzido. Testes práticos realizados com
diversos observa dos em distintas condições de recepção mostram uma mais
acentuada vantagem do sistema PAL em relação ao NTSC quanto mais fraca a
qualidade dos sinais utilizados na comparação.
8.3.7 A Freqüência da Subportadora de Crominância PAL-M.
As freqüências de sincronismo horizontal e vertical foram escolhidas para
que fossem as mais próximas possíveis dos valores de 15.750 Hz e 60 Hz,
respectivamente, que já eram os utilizados no sistema de trans- missão de
imagens em preto-e-branco nos Estados Unidos. Como vimos em 8B.11,
decidiu-se usar para as transmissões NTSC:
fH =15.734,27 Hz
fV = 59,94Hz
Além disso, mantiveram-se as mesmas freqüências de RF e a interportadora
de som de 4,5 MHz.
Com isso garantiu-se a compatibilidade entre os televisores preto-e-branco
já existentes no país e o sistema de televisão a cores sendo então implantado.
Em outras palavras, os receptores monocromáticos podem receber
(logicamente em preto-e-branco) os sinais dos transmissores a cores, e,
inversamente, os receptores a cores podem receber as transmissões
monocromáticas.
No Brasil, utiliza-se para preto-e-branco as mesmas freqüências de
sincronismo e RF que nos EUA. Por isso, tomaram-se para o sistema PAL-M as
mesmas freqüências fH e fV, acima. Todavia, o valor da freqüência de Figura 8-5: Fig. 8C.4 Agrupamentos de freqüência do sinal de vídeo:
subportadora de cor não pode ser exatamente o mesmo usado em NTSC, pelas (a) para o sistema NTSC; (b) para o sistema PAL, com fsp múltiplo ímpar de f H/2 (c)
razões que veremos a seguir. para o sistema PAL com f múltiplo ímpar de fH/4
Um espaçamento de ‘fH/4 entre as componentes Y e as de crominância.
Utilizou-se , então,
8.3.8 Intercalamento de Freqüências para o Sistema PAL.
A Figura 8-5 mostra o espectro de freqüências de um sinal de luminância,
com sua concentração de freqüências em torno dos múltiplos de fH deixando’
espaços vazios nos múltiplos ímpares de fH/2 (ou seja, 3fH/2, 5fH/2 etc.). Esses
espaços são aproveitados no sistema NTSC para que ali sejam colocadas as
componentes do sinal de crominância, sem que interfiram com o sinal de
luminância. Para isso, basta tornar a freqüência de subportadora de
crominância um múltiplo ímpar de fH/2. Lembre-se que, por isso, foi escolhida,
para NTSC:
Portanto, ligeiramente diferente de fsc(NTSC). O número ímpar 909 foi
escolhido simplesmente para resultar (como no sistema NTSC) um valor de fsc
fsc(NTSC) = 910 x fH/4= 3,579545 MHz
perto de 3,58 MHz, na parte mais alta das freqüências de vídeo (para que a
eventual interferência resultante do sinal de subportadora seja da menor
8.3.9 Exercício. visibilidade possível e, ainda assim, que seja possível acomodar as bandas
1) Determine o número aproximado de harmônicas do sinal de laterais do sinal de crominância dentro da faixa de vídeo do canal).
vídeo composto em cores. No sistema PAL, estas são transmitidas com bandas passantes iguais.

Para o sistema PAL, o espectro de freqüências é mais complexo, já que,


devido à comutação de R-Y) com freqüência f/2 (ou seja, a cada duas linhas),
os ‘‘espaços vazios’‘ ficariam ocupados por componentes de B-Y, mas as
componentes de R-Y estariam superpostas a Y, produzindo interferência, caso
a mesma freqüência de subportadora do sistema NTSC fosse escolhida (a
comutação desloca de fH/2 as componentes R-Y em relação às de B-Y).
O recurso usado é tornar a subportadora um múltiplo ímpar de fH/4 no
sistema PAL; e, com isso, há

Figura 8-6: O Processo de televisão em cores – Padrão M.

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8.4 Tabela de Codificação do Sinal de Vídeo Composto nos Sistemas NTSC e PAL-M.
Cor Luminância Fase =
arctg (V/U)

R G B Y = 0,30R + 0,59G + 0,11B B-Y R-Y U=0,493*( V=0,877*( /Cr/ = (U^2 + V^2)^1/2
B-Y) R-Y)
Branco 1 1 1 1,00 0 0 0,00 0,00 0,00 0
Amarelo 1 1 0 0,89 -0,89 0,11 -0,44 0,10 0,45 -12,40
Cian 0 1 1 0,70 0,30 -0,70 0,15 -0,61 0,63 -76,46
Verde 0 1 0 0,59 -0,59 -0,59 -0,29 -0,52 0,59 60,66
Magenta 1 0 1 0,41 0,59 0,59 0,29 0,52 0,59 60,66
Vermelho 1 0 0 0,30 -0,30 0,70 -0,15 0,61 0,63 -76,46
Azul 0 0 1 0,11 0,89 -0,11 0,44 -0,10 0,45 -12,40
Preto 0 0 0 0,00 0 0 0,00 0,00 0,00 0

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8.5 O Canal de Transmissão.

Figura 8-7: Espectro do sinal de vídeo composto em cores – Padrão de Barras Coloridas.

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9 Codificação do Sinal de Vídeo em Cores no Padrão VGA Outra característica significativa deste sistema é que a sua resolução era
para Computador Pessoal145. semelhante à dos televisores comuns, sendo, portanto, uma opção para os que
pretendem usar televisores como monitores de computador. Aperfeiçoamentos
deste sistema ainda podem ser usados hoje com aplicações específicas,
principalmente as que envolvem a apresentação somente de textos.
Evidentemente, é possível gerar nas telas dos computadores desenhos
baseados na combinação de pontos que formam os caracteres individualmente.
Para esta finalidade, além dos símbolos normais, é possível utilizar o que se
denomina de caracteres semigráficos.
Estes caracteres, que ficam armazenados em determinadas posições da
memória de vídeo, consistem em linhas combinadas que, na realidade, não
lembram nenhum caractere comum.
Uma quantidade maior de recursos na reprodução de imagens pode ser
obtida se, em lugar de termos um banco de símbolos específicos para o
computador usar, pudemos trabalhar com todos os pontos da tela de um
monitor de forma única.
146 A idéia é trabalhar, então, a tela como uma matriz em que se pode
endereçar cada ponto ou caba bit da imagem de modo a se colocar nela
9.1 Placas Adaptadoras de Vídeo Modo Texto.
qualquer tipo de sinal onde quisermos. Temos, então, o que se denomina de
9.1.1 Mapeamento de Caracteres e de Bits. mapeamento de bits ou bitmap.
Uma primeira forma de se organizar as informações para serem Este procedimento não exige uma memória específica para os símbolos,
apresentadas na tela de um computador foi por mapeamento de caracteres. mas exige uma memória que seja capaz de armazenar cada ponto da imagem.
Nele, a tela do monitor de computador é dividida de modo a formar uma matriz A memória de vídeo poderá ser tanto maior quanto mais pontos da imagem
de 80 caracteres por 25 linhas, No computador existe uma memória que quisermos reproduzir. Para os sistemas em cores o problema aumenta, pois
“guarda” todos os tipos de caracteres e símbolos que podem ser apresentados além de termos de associar a cada ponto uma posição na tela e indicar qual vai
na tela na forma de matriz ou pontos de imagem. Cada caractere ou linha irá ser sua luminosidade, também temos de dizer sua cor orientando sobre a
conter um número determinado de pontos de imagem. Assim, o computador proporção em que entram cada uma das três cores básicas.
simplesmente “chama” um dos símbolos disponíveis pelo seu número na
memória e indica em que posição da tela ele deve ser colocado, dando suas
coordenadas (fila tal, coluna tal).
A imagem é então colocada na tela por um processo em que o sistema de
vídeo lê toda a matriz e a converte num fluxo de sinais seriais que modula o
feixe de elétrons do cinescópio.
A grande vantagem deste sistema é que temos todos os símbolos que o
monitor apresenta já determinados numa memória, facilitando assim sua
transferência. A grande desvantagem é que isso limita o número de símbolos
que podem ser apresentados. Por exemplo, a letra A só pode ser apresentada
de duas formas: maiúsculas e minúsculas, com um único formato. Não se tem a
versatilidade de hoje com um programa editor de textos em que não existe
limitação para o a quantidade de tipos de letras que podem ser usadas.
Nos primeiros PCs foram reservados dois blocos de memória para fazer o
endereçamento do vídeo. Um deles foi reservado para imagens em branco e
preto, e outro para imagens em cores.
A IBM, que criou o sistema, reservou no seu BIOS um “flag” para fazer a
indicação do modo em que a imagem seria reproduzida. Este “flag” está
colocado no endereço 0463 (hex).

147

Figura 9-2: Monitor de fósforo verde era o nome dado aos monitores de computador
monocromáticos do tipo CRT que utilizavam uma tela de fósforo verde "P1". Eles
Figura 9-1: Mapeamento de Caracteres. sucederam aos terminais com teletipos e precederam os CRTs coloridos como
Para facilitar a formação dos caracteres, existia nos primeiros PCs um chip dispositivo de saída visual predominante para computadores. Eram abundantes em
de memória denominado RAM de Caracteres, que já indicava o formato dos meados dos anos 1980, juntamente com monitores âmbar (P3). O monitor de
caracteres a serem apresentados. Uma característica importante que já podia fósforo verde mais famoso é certamente o vídeo monocromático original do IBM-
ser encontrada neste sistema era a possibilidade de se armazenar mais de uma PC, o IBM 5151 (o próprio PC tinha o número de modelo 5150). Desde o início, o
5151 foi projetado para trabalhar com a placa de vídeo MDA (somente texto) do PC,
tela ou “página de vídeo” na memória. Desta forma, a imagem seguinte já mas logo a placa gráfica Hércules produzida por terceiros tornou-se uma
poderia estar disponível quando a atual precisasse ser mudada, o que dava ao companhia popular para o monitor 5151 por causa da capacidade da Hércules de
sistema uma certa flexibilidade nos efeitos dinâmicos. exibir gráficos monocromáticos em bitmap, muito usados para a apresentação de
gráficos comerciais gerados, por exemplo, pelas planilhas como o Lotus 1-2-3.

- Braga, Newton C.; Revista Saber Eletrônica; Ed. Saber;


145

CALIBUG HDTV; O Padrão de Vídeo VGA (“Video Graphic Array”);


146 http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:IBM_PC_5150.jpg
147

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na tela (80) e multiplicando a altura do caractere (14 pixels) pelo número de
linhas de texto (25). Todavia, no modo de texto compatível MDA, estes pixels
não eram endereçados individualmente.
Os gráficos monocromáticos das placas Hércules simplesmente tornavam
todos os pixels endereçáveis diretamente. Contudo, isto era traduzido não numa
resolução de 720×350, mas somente de 720×348 pixels (com 1 bit por pixel)
visto que, por razões técnicas, a altura da tela tinha de ser um múltiplo de
quatro.

148
Figura 9-3: Placa de vídeo MDA, barramento ISA 8 bits.
151
Figura 9-6: A Placa Adaptadora de Vídeo Hércules (HGC).
9.2 O Barramento ISA152.
O Barramento ISA (“Industry Standard Architecture”) é formato por “slots”
que trabalham com 8 e 16 bits por vez. Além disso, em placas-mãe antigas, o
barramento ISA era usado internamente para a comunicação entre o
149 processador e alguns chips presentes na placa-mãe.
Figura 9-4: Barramento ISA 16 bits. O ISA surgiu no computador IBM PC, na versão de 8 bits e posteriormente,
Conector Números dos pinos (olhando para o soquete): chegou ao IBM PC AT, passando a usar 16 bits de dados por vez (provando
que trata-se de um barramento antigo). Como esse computador trabalhava a
uma velocidade de 8 MHz (processador 286), o barramento ISA herdou essas
características, ou seja, passou a trabalhar nesta mesma velocidade. No
barramento ISA, os processos de escrita/leitura requeriam pelo menos 2
períodos de “clock”, o que possibilita realizar no máximo 4 milhões de
Figura 9-5: Pinagem de saída do plug MDA: transferências de dados por segundo. Em outras palavras, cada transferência
1 Terra. estava limitada a 16 bits, o que permitia uma taxa de transferência de no
2 Terra. máximo 8 MB por segundo.
3 Desconectado. Um fato interessante, é que no auge do processador 286, muitas placas-
4 Desconectado. mãe possuíam certa quantidade de “slots” ISA de 16 bits e apenas alguns
5 Desconectado. “slots” ISA de 8 bits. Sendo assim, placas como as de som e vídeo, por
6 Intensidade. exemplo, que usavam “slots” ISA de 16 bits, deviam ser conectadas em “slots”
7 Vídeo. desse tipo. No entanto, placas de 8 bits podiam ser conectadas tanto em “slots”
8 Sinc. Horizontal. de 8 bits, como em “slots” de 16 bits. Como conseqüência, o uso de “slots” de 8
9 Sinc. Vertical. bits terminou e já que não fazia mais sentido fabricá-los.
Sinal:
Tipo Digital, TTL;
Resolução: 720h × 350v;
Freq.-H 18,432kHz;
Freq.-V 50Hz;
Cores 2-4;
9.1.1.1 Placa de Vídeo Hercules150.
A placa Hércules foi desenvolvida em 1982 por Van Suwannukul, fundador
da Hercules Computer Technology. O sistema foi originalmente criado por
iniciativa de Suwannukul para que ele pudesse trabalhar em sua tese de
doutorado num IBM-PC usando o alfabeto Thai (sua língua nativa).
A Placa gráfica Hércules (HGC) foi uma placa de vídeo a qual, graças à sua 153

popularidade, tornou-se um padrão de vídeo vastamente suportado. Era Figura 9-7: A Placa Adaptadora de Vídeo Hércules (HGC) com barramento ISA de 8
bastante comum que fosse encontrada em máquinas compatíveis com o IBM- bits.
PC, conectados a um monitor monocromático de fósforo (verde, âmbar, azul ou,
com menos freqüência, preto-e-branco). Ele suportava um modo de texto em
alta resolução e um único modo gráfico.
Seu modo texto monocromático podia exibir 80×25 caracteres e era 154
compatível com MDA compatible. Como tal, renderizava os caracteres numa Figura 9-8: “Slot” ISA de 8 bits.
matriz de 9×14 pixels, dos quais 7×11 constituíam o caractere propriamente dito
(os outros pixels eram usados para os espaços entre as colunas e linhas). Isto
representava uma exibição de texto muito mais clara do que a oferecida pela
placa CGA (contra a qual a placa Hércules competia). O total teórico da
resolução deste modo texto era de 720×350 pixels. Este número é obtido
multiplicando a largura do caractere (9 pixels) pelo número máximo de colunas
151 http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Hercules_Graphics_Card.jpg
148 http://www.clubedohardware.com.br/imageview.php?image=5218 em 19/5/2014; 152 http://www.infowester.com/barramentos.php
149 http://www.myanmaritmen.com/home/38-a/298-graphic-card-part-1.html em 19/5/2014; 153 http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Hercules_Graphics_Card.jpg
150 http://pt.wikipedia.org 154 http://pt.wikipedia.org/wiki/ISA

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da imagem (até em então em formato digital) para um formato analógico,
suportado pelo monitor. Este, por sua vez, recebe as imagens do DAC157.

Figura 9-9: Este esquema mostra a função de cada um dos pinos em um “slot” ISA
16 Bits155.

158
Figura 9-11: Placa Adaptadora de Vídeo Gráfica.
A tendência natural dos adaptadores de vídeo é estar “on board” ou na
forma de circuitos da própria placa-mãe, mas tanto os computadores antigos
como os modernos ainda estão funcionando com uma grande quantidade de
padrões sendo utilizada, o que significa a necessidade do técnico ter uma
noção deles.
Podemos dizer que até chegará integração na placa-mãe, com o tempo os
adaptadores evoluirão gerando sinais com cada vez mais recursos, desde o
número de pixels até o número de cores, e a própria velocidade com que as
imagens podem ser mudadas.
Ao analisar um padrão de vídeo, devemos levar em conta os seguintes
156 fatores:
Figura 9-10: AT é a sigla para (“Advanced Technology”). Trata-se de um tipo de
a) Resolução - que é dada pelo número de pixels verticais e horizontais
placa-mãe já antiga. Seu uso foi constante de 1983 até 1996. Um dos fatos que da imagem;
contribuíram para que o padrão AT deixasse de ser usado (e o ATX fosse criado), é b) Número de Cores - que vai depender da forma como a resolução é
o espaço interno reduzido, que com a instalação dos vários cabos do computador programada e também do modo de operação, dependendo do tamanho da
(flat cable, alimentação), dificultavam a circulação de ar, acarretando, em alguns memória de vídeo.
casos danos permanentes à máquina devido ao super aquecimento. Isso exigia c) Modo - refere-se ao tipo de informação que está sendo apresentada na
grande habilidade do técnico montador para aproveitar o espaço disponível da tela, se apenas texto ou se é um desenho (gráfico).
melhor maneira. Além disso, o conector de alimentação da fonte AT, que é ligado à d) Quadro de caracteres - esta característica refere-se ao número de
placa-mãe, é composto por dois plugs semelhantes (cada um com seis pinos), que
devem ser encaixados lado a lado, sendo que os fios de cor preta de cada um
pixels que é usado para representar um caractere. Neste ponto é interessante
devem ficar localizados no meio. Caso esses conectores sejam invertidos e a fonte abordar uma característica do monitor que o técnico deve conhecer e que
de alimentação seja ligada, a placa-mãe será fatalmente queimada. Com o padrão justamente se relaciona com a resolução. A distância entre dois pontos de
AT, é necessário desligar o computador pelo sistema operacional, aguardar um imagem é importante para a resolução, pois deve ser a menor possível para
aviso de que o computador já pode ser desligado e clicar no botão "Power" que o olho não perceba os pontos individuais, mas sim a imagem como um
presente na parte frontal do gabinete. Somente assim o equipamento é desligado. todo. Esta distância é dada pelo “dot pitch”e precisa ser a menor possível. Para
Isso se deve a uma limitação das fontes AT, que não foram projetadas para fazer os monitores comuns os valores são de 0,26 e 0,28 de polegada.
uso do recurso de desligamento automático. Os modelos AT geralmente são e) O número de cores que cada placa de vídeo suporta depende do
encontrados com “slots” ISA, EISA, VESA nos primeiro modelos e, ISA e PCI nos
mais novos AT (chamando de baby AT quando a placa-mãe apresenta um tamanho
número de bits por pixel. Assim, na época em que monitores monocromáticos
mais reduzido que os dos primeiros modelos AT). Somente um conector "soldado" eram usados, era necessário apenas 1 bit por pixel, pois essa quantidade
na própria placa-mãe, que no caso, é o do teclado que segue o padrão DIN e o permitia representar duas cores (preto e banco). Para uma placa suportar 256
mouse utiliza a conexão serial. Posição dos “slots” de memória RAM e socket de cores, é necessário que ela tenha 8 bits (ou 1 byte) por pixel. Hoje em dia, as
CPU sempre em uma mesma região na placa-mãe, mesmo quando placas de combinações mais comuns em placas de vídeo são: 16 bits por pixel (65.536
fabricantes diferentes. Nas placas AT são comuns os “slots” de memória SIMM ou cores), 24 bits (16.777.216 cores) e 32 bits (4.294.967.296 cores). Quando a
SDRAM, podendo vir com mais de um dos padrões na mesma placa-mãe. placa de vídeo está devidamente configurada, é possível selecionar, pelo
9.3 Placas Adaptadoras de Vídeo Gráficas. sistema operacional, a quantidade de cores desejada, desde que a placa de
Os computadores trabalham com sinais digitais, e nos monitores de vídeo os vídeo suporte. Para saber a quantidade de cores, basta fazer 2 elevado à
sinais que correspondem às imagens é transformada para a forma analógica quantidade de bits. Por exemplo: usando 16 bits, fazemos 2^16 = 65.536. Este
por um circuito especial que fica na própria unidade do sistema. valor indica a quantidade de cores. É importante frisar que, quando temos
O hardware que transforma os sinais digitais gerados pelo PC num sinal que 32.768 e 65.536 cores, chamamos essas configurações de “Hi Color”. Acima de
possa ser trabalhado pelo monitor transformando-os numa imagem é 16.777.216, chamamos de “True Color” (cores verdadeiras) . Além disso, é
denominado “adaptador de vídeo” ou “controlador de vídeo”. muito comum representar a quantidade de cores usando símbolos, para facilitar
O adaptador de vídeo pode ser uma placa encaixada no barramento do PC a escrita. Por exemplo, 32.768 cores pode ser escrito como 32K. Já 16.777.216
ou pode estar “embutido” na forma de chips na própria placa-mãe (“video on de cores, pode ser representada como 16M.
board”). 9.3.1 Placa Adaptadora de Vídeo CGA.
Para o computador enviar as imagens para o monitor, é necessário passar A CGA (Color Graphics Adapter), introduzida em 1981, foi a primeira placa
por 3 fases. Na primeira, o processador envia os dados ao barramento usado de vídeo colorida da IBM e o primeiro padrão de vídeo colorido para o IBM PC.
pelo vídeo (ISA, PCI ou AGP). Estes dados chegam ao chipset da placa de A placa de vídeo padrão CGA da IBM era equipada com 16 kbytes de
vídeo e lá são processados. Na fase seguinte, o chipset envia os dados memória de vídeo. A placa CGA permitia diversos modos gráficos e modos
processados para a memória do vídeo, para guardar a imagem que será texto com resoluções de até 640x200 com até 16 cores (embora não nessa
mostrada no monitor. Na terceira fase, a imagem é transmitida para o conversor resolução). Comumente considerava-se que a CGA era capaz de exibir um
digital/analógico (DAC – “Digital Analog Converter”), que converterá os dados

http://infomediatv.terra.com.br/infomediatv/?section=11&article=38
155 http://www.infowester.com/placavideo.php
157

http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Mainboard_isa.jpg
156 Alexandre Meslin; Introdução à Informática; meslin@nce.ufrj.br;
158

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máximo de 4 cores numa resolução de 320x200; entretanto, haviam diversas 12 SDA (dados DDC)
formas (algumas oficiais, outras não) de exibir mais cores. 13 Sinc. horizontal
14 Sinc. vertical
15 SCL (clock DDC)

9.3.3 O Barramento EISA.


O EISA é um barramento peculiar. As dimensões são as mesmas de um slot
ISA de 16 bits, porém o slot é mais alto e possui duas linhas de contatos. A
159 linha superior mantém a mesma pinagem de um slot ISA de 16 bits, de forma a
Figura 9-12: Letra Z apresentada por uma interface CGA ( matriz 8x8 ). manter a compatibilidade com todos os periféricos, enquanto a linha inferior
9.3.2 Placa Adaptadora de Vídeo VGA160. incluía 90 novos contatos, utilizados pelas placas de 32 bits.
VGA é a sigla para “Video Graphics Array”. Trata-se de um padrão que As placas ISA atingiam apenas os contatos superficiais do conector,
representa a resolução do vídeo mais as cores suportadas. Existiram muitos enquanto as placas EISA utilizavam todos os contatos. Embora o uso de tantos
outros padrões, mas como durante um bom tempo os computadores usaram contatos esteja longe de ser uma solução elegante, é preciso admitir que o
poucas cores (2 a 8), o VGA trouxe um grande avanço, pois proporcionou EISA foi uma solução engenhosa para o problema da compatibilidade:
imagens com resolução de 640x480 e 256 cores. Posteriormente, o VGA foi
aperfeiçoado e passou a suportar resoluções de até 800x600 com 16 bits cores.
O VGA também era compatível com padrões mais antigos, o que permitia o
funcionamento correto de programas que surgiram antes do VGA.
Lançado para o modelo "topo de linha" do IBM PS/2, este microcomputador
era de arquitetura fechada e para o qual havia sido desenvolvido um novo
padrão de vídeo: o VGA (“Video Graphics Array”). Interessante notar que a IBM Figura 9-14: SLOT EISA.
não lançou a interface VGA, somente o padrão VGA, uma vez que o circuito
equivalente a interface de vídeo VGA vinha montado diretamente sobre a placa-
mãe do PS/2161.
Atualmente, o padrão mínimo a ser utilizado em um microcomputador é o
VGA. A interface de vídeo VGA permite uma resolução máxima de 640 x 480
pixels, com 16 cores simultâneas de um pallet de 262.144 cores (256K cores).
Em modo texto, os caracteres VGA são apresentados em uma matriz 9 x 16.
A interface VGA é um marco tão grande que todas as alterações posteriores
basearam-se na mesma. E isso é muito importante, pois a interface VGA
permitia que programas escritos para interfaces EGA, CGA e MDA fossem
executados sem maiores complicações.
Figura 9-15: Placa de Vídeo com barramento EISA.
9.3.4 Barramento VESA164.
Com a consagração do sistema operacional Windows da Microsoft e das
interfaces gráficas com o usuário (GUI), e também do aperfeiçoamento das
placas gráficas, passou a ser exigido um tráfego cada vez mais intenso entre a
CPU e o controlador de vídeo (principalmente com a memória de vídeo). Os
barramentos existentes passaram a ser um gargalo para a necessidade de
banda passante, para as aplicações gráficas. Uma solução foi o surgimento das
placas aceleradoras gráficas. Essas placas possuem um processamento interno
162
para tratar gráficos, que permite diminuir a interação da CPU com o vídeo. Mas
esta solução não foi suficiente.
Os gráficos passaram a ser a grande atração no universo dos
microcomputadores. Com a interface gráfica do próprio Windows, monitores de
vídeo maiores, resoluções de tela também aumentadas, aplicativos que utilizam
uma maior intensidade de cores – todos vorazes devoradores de recursos – o
desempenho do subsistema de vídeo se tornou o principal alvo, quanto à
necessidade de ampliar a performance do sistema do PC.
163 Os adaptadores VGA, conectados através do barramento ISA, já haviam
Figura 9-13: Conector DB15 fêmea.
alcançado o limite de seu desempenho. Verificou-se que a solução definitiva
Pino Descrição para esse problema, seria mover o adaptador de vídeo e os outros dispositivos,
1 Vermelho que exigiam maior largura de banda, para que operassem diretamente no
2 Verde barramento local da placa mãe, como a memória e a cache. Esse processo
3 Azul consiste em estender algumas das linhas do barramento local até os slots de
4 Desconectado expansão, dando ao slot o acesso local, ou direto, ao processador. A vantagem
5 Terra (analógico) do barramento local é que, teoricamente, o dispositivo pode se comunicar com
6 Retorno vermelho (terra) o processador na mesma velocidade deste. Isso removeu o obstáculo da
7 Retorno verde (terra) lentidão do barramento ISA, aumentando, consideravelmente, o desempenho
8 Retorno azul (terra) no ambiente Windows e, conseqüentemente, do sistema em geral.
9 +5V (com fusível de 250 mA) Alguns fabricantes de computadores passaram a criar suas próprias
10 Terra (retorno de sinc.) especificações de barramentos locais. Estes são barramentos proprietários.
11 Desconectado Muitas placas mãe de processadores 386 e 486 foram construídas com
barramentos proprietários para conexão com os adaptadores periféricos, mas
159 sendo barramentos com especificações críticas, surgiu uma confusão de
http://www.fortunecity.com/skyscraper/static/511/placas_de_video/placas_de_video.html barramentos, e os fabricantes de dispositivos não consideraram viáveis os
160 http://pt.wikipedia.org/wiki/VGA projetos de placas de expansão para cada um dos diversos barramentos
161

http://www.fortunecity.com/skyscraper/static/511/placas_de_video/placas_de_video.html
162 http://www.lamb.com.br/INFORMATICA.htm em 03/10/2011.
163 http://static.hsw.com.br/gif/monitor3.jpg em 19/08/2013. 164 http://www.icea.gov.br/ead/anexo/24104.htm

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proprietários existentes. Ficou evidente a necessidade da criação de um capacitância tendem a reduzir a velocidade e, conseqüentemente, reduzir o
barramento padronizado, que pudesse ser aproveitado por toda a indústria. desempenho do barramento (veja a tabela). Em alguns projetos, colocam-se
Como a VESA (“Video Electronics Standards Association”) estava tentando buffers entre o processador e os slots para diminuir a sobrecarga.
introduzir padrões para novos monitores de vídeo, ela assumiu o compromisso
de padronizar o barramento e o conector do slot e o denominou de VESA Local Frequência Máxima de Carga Capacitiva da Número Máximo de
BUS ou, simplesmente, VLB. A VESA é uma companhia americana, que
mantém associados mais de 150 fabricantes diferentes. Isso determinou a fácil
Barramento VLB Placa de Sistema Slots VLB
aceitação do padrão no mercado. A figura ao lado temos slots VLB em uma 40 MHz até 50 pF 3
placa mãe para o processador 486.
O VLB é um barramento de 32 bits que fisicamente, é uma extensão do 40 MHz até 75 pF 2
“slot” ISA165 presente na placa-mãe dos microcomputadores desenvolvidos 50 MHz até 25 pF 2
durante a era do processador 80486.
50 MHz até 50 pF 1
Tabela 9-1: Freqüências de operação do barramento VLB.
O barramento VLB usa o mesmo conector de slot utilizados pela IBM no
MCA e no padrão que viria a seguir, o PCI da Intel. Os slots do barramento VLB
são incluídos como slots adicionais em linha com alguns slots do barramento
ISA existentes. O barramento VLB não foi destinado a substituir o barramento
ISA, mas melhorar sua função, fornecendo um complemento de alto
desempenho para periféricos que necessitam operar em alta velocidade; Isso
quer dizer que se pode conectar placas adaptadoras ISA em compartimentos,
que estavam previstos para receber placas adaptadoras VLB.
9.3.5 Placa Adaptadora de Vídeo SVGA.
SVGA é a sigla para “Super Video Graphics Array” e nada mais é do que a
evolução natural do VGA. Hoje em dia, o SVGA é o padrão encontrado em
praticamente todas as placas de vídeo, pois é capaz de representar várias
resoluções, sendo as mais comuns as de 800x600 e 1024x768. Quanto as
cores, o SVGA suporta praticamente todos as quantidades existentes, inclusive
166 com 32 bits.
Figura 9-16: Slot VESA167. Para trabalhar com resoluções altas e grande quantidade de cores, as
Com o avanço tecnológico dos processadores e com o surgimento do CAD placas de vídeo SVGA precisam de pelo menos 1 MB de memória. As antigas
o VLB veio incrementar a performance de exibição em vídeo exigida pelo novo placas no padrão VGA trabalhavam com 256 KB de memória, suportando no
mercado. Além de placas de vídeo, o VLB foi também utilizado para interfaces máximo a resolução de 800x600 com 16 cores. Hoje em dia, é necessário uma
de disco e placas de rede. placa de vídeo com pelo menos 32 MB de memória, para que seja possível
rodar aplicações cotidianas com um mínimo de conforto visual. Os tipos de
memória usadas costumam ser as encontradas para uso pelo computador, com
as memórias SDRAM e DDR. Isso é bom, pois proporciona menos custos.
9.3.6 Barramento PCI.
No início da década de 1990, a Intel lançou um novo padrão de barramento,
o barramento PCI (Interconexão de Componentes Periféricos). O PCI é uma
mistura do ISA e do VL-Bus. Fornece acesso direto à memória do sistema para
dispositivos conectados, mas usa uma ponte para se conectar ao barramento
frontal (frontside bus) e, portanto, ao processador. Basicamente, significa que
tem um desempenho ainda melhor do que o VL-Bus, além de eliminar uma
possível interferência com o processador.
O barramento frontal é uma conexão física que liga o processador à maioria
dos outros componentes do computador, inclusive à memória RAM, aos HDs e
aos “slots” PCI.

168
Figura 9-17: Diagrama em bloco de um sistema com barramento VLB.
Com um barramento de 32 bits e um clock de 33 MHz, o limite teórico do
barramento VLB é de 133MBps. Outra especificação do VLB permitia um clock
de 50 MHz, chegando a 200 MBps. Também existe a especificação para o VLB
de 64 bits, que possuí uma taxa de transferência limite de 266 MBps em 32 bits.
Essa última especificação não foi adotada pelo mercado, pois os fabricantes já
haviam se convertido ao novo padrão definido pela Intel, o PCI.
O projeto do VLB prevê um máximo de 3 slots de expansão. Por ser um
barramento local, o VLB depende do processador que não é capaz de acionar
muita carga, exceto em velocidades baixas. Referimos-nos a “carga” elétrica
incluída no barramento pela adição de dispositivos. Cada dispositivo adaptado
carrega o barramento. Para sinais de alta velocidade, a carga toma forma de
capacitância adicional. Quanto mais dispositivos forem incluídos, mais elevada
será a capacitância e maior será a carga do barramento. Valores elevados de

165 ISA (acrónimo para Industry Standard Architecture), é um barramento para


computadores, padronizado em 1981, inicialmente utilizando 8 bits para a comunicação, e
posteriormente adaptado para 16 bits.
166 http://hugojcb.no.sapo.pt/conteudos/placas_graficas.pdf
167 http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Vlb.jpg
168 http://www.icea.gov.br/ead/anexo/24104.htm

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PCI 64 bits 133 MHz 1 GBps


Tabela 9-2: Comparação entre os diversos tipos de barramento171.
O PCI conecta mais dispositivos do que o VL-Bus, até cinco componentes
externos. Cada um dos cinco conectores para um componente externo pode ser
substituído por dois dispositivos fixos na placa-mãe. Além disso, você pode ter
mais do que um barramento PCI no mesmo computador, apesar de ser raro. O
chip da ponte do PCI regula a velocidade do barramento, independentemente
da velocidade do processador. Isto torna o sistema mais seguro, e faz com que
os fabricantes de hardware PCI saibam exatamente o que fazer.
O PCI no início operava a 33MHz, usando um caminho de 32 bits de largura.
O padrão foi atualizado, e sua velocidade subiu de 33MHz para 66MHz, e sua
largura dobrou para 64 bits. Atualmente, o PCI-X transfere em 64 bits a uma
velocidade de 133MHz a uma incrível taxa de transferência de 1GBps (gigabyte
por segundo).
As placas PCI têm 47 pinos (49 para uma placa com "bus mastering", que
controla o barramento PCI sem intervenção do processador). O barramento PCI
consegue trabalhar com poucos pinos por causa da multiplexação de hardware,
que significa que o dispositivo envia mais do que um sinal por pino. Além disso,
o PCI é compatível com dispositivos que usam tanto 5 volts como 3,3 volts.
9.3.7 Barramento PCI Expres.
PCI-Express (também conhecido como PCIe ou PCI-Ex) é o padrão de slots
(soquetes) criada para placas de expansão utilizadas em computadores
169 pessoais para transmissão de dados. Introduzido pela empresa Intel em 2004, o
Figura 9-18: “slots” PCI. PCI-Express foi concebido para substituir os padrões AGP e PCI.
Sua velocidade vai de 1x até 32x, mesmo a versão 1x consegue ser seis
vezes mais rápido que o PCI tradicional. No caso das placas de vídeo, um slot
PCI Express de 16x (transfere até 4GB por segundo) é duas vezes mais rápido
que um AGP 8x. Isto é possível graças a sua tecnologia, que conta com um
recurso que permite o uso de uma ou mais conexões seriais para transmissão
de dados.

Figura 9-20: Slot AGP.


170

Figura 9-19: Placas PCI têm 47 pinos.


O barramento traseiro (“backside bus”) é uma conexão separada entre o
processador e o cache de Nível 2. Este barramento opera a uma velocidade
mais alta do que o barramento frontal, geralmente a mesma velocidade do
processador, para que o cache trabalhe da maneira mais eficiente possível. Os
barramentos traseiros têm evoluído com o passar dos anos. Na década de 90, o
barramento traseiro era um conjunto de fios que conectava o processador
principal a um cache externo. Este cache era na verdade um chip separado que
requeria memória cara. Desde então, o cache de Nível 2 tem sido integrado ao
processador principal, fazendo os processadores ficarem menores e mais
baratos. Como o cache agora fica dentro do próprio processador, de certo modo
o barramento traseiro não é mais um barramento.
172
Tipo de Largura do Velocidade do
MB/s
barramento barramento barramento
ISA 16 bits 8 MHz 16 MBps
EISA 32 bits 8 MHz 32 MBps
VL-bus 32 bits 25 MHz 100 MBps
VL-bus 32 bits 33 MHz 132 MBps 173

PCI 32 bits 33 MHz 132 MBps Figura 9-21: Barramento AGP.

PCI 64 bits 33 MHz 264 MBps


PCI 64 bits 66 MHz 512 MBps

171 http://informatica.hsw.uol.com.br/barramento-pci.htm
169 http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Pci-slots.jpg 172 NVIDIA® GeForceTM 6 series VGA card.
170 http://www.techfuels.com em 19/5/2014; 173 http://www.myanmaritmen.com/home/38-a/298-graphic-card-part-1.html em 19/5/2014;

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174
Figura 9-22: Configuração básica do barramento AGP.
A tecnologia utilizada no PCI-Ex conta com um recurso que permite o uso
de várias conexões seriais ("caminhos" também chamados de lanes) para
transferência de dados. Se um determinado dispositivo usa apenas um caminho
(conexão) a demais que o PCI comum, então diz-se que este utiliza o
barramento PCI Express 1x, se utiliza 4 conexões, sua denominação é PCI
Express 4x e assim por consequentemente. Cada lane pode ser bidirecional,
isto é, recebe e envia dados (250 MB/s) em ambas direções simultaneamente.
O PCI Express usa uma arquitetura de baixa tensão elétrica nas suas
conexões, chamadas de linhas LVDS (Low Voltage Differential Signalling). Processador gráfico: GeForce 6200;
Devido isso, permite grande imunidade ao ruído e também permite aumentar a Velocidade do processador: 350 MHz;
largura de banda. Isso foi possível graças à redução de atrasos nas linhas de Memória: 256MB DDR não expansível;
transmissão (timing skew). Interface da memória: 128 bits;
Tipo de slot: PCI Express 16x;
Compatibilidade: Sistemas “Plug and Play”;
Resolução máxima: 2048 x 1536 pixels a 85 Hz;
Saída para TV: (Mini-DIN de 7 pinos fêmea);
Saída de monitor analógico: D-Sub 15 fêmea (VGA);
Saída de monitor digital: DVI-I para Monitores LCD Digitais;
Figura 9-25: Placa de Vídeo Geforce 6200 PCI-Express 256MB TV out.

175
Figura 9-23: Placa de vídeo barramento PCI-EXPRESS x16.

Figura 9-24: SLOT PCI EXPRESS x16.

176
Figura 9-26: Comparação entre barramentos.

http://informatica.hsw.uol.com.br/barramento-pci.htm
174

http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:PCI-Express-graphics-board.jpg
175 http://www.gamespot.com/pages/forums em 19/5/2014
176

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Figura 9-27: Barramento PCI-X (Extended) 64bits wide interface.

177
Figura 9-28: Placa de vídeo de barramento PCI-Express X1.

179
Figura 9-30: Arquitetura de uma placa mãe de computador.

Figura 9-31: Conector S-Vídeo (Mini DIM 4 pinos).

180
Figura 9-32: Conector de saída de vídeo DVI-I.
9.3.8 Trabalho de pesquisa;
1) “Placa Gráfica PCI-Express” (Comparação entre duas placas gráficas):
2) Processador gráfico:
3) Frequência do processador ( Em MHz);
4) Memória: (MB DDR);
5) Interface da memória: (bits);
6) Transfers per second (T/s);
178 7) Resolução máxima: (pixels a Hz);
Figura 9-29: Arquitetura de uma placa mãe (MAC PowerPC). 8) Padrão de conexão VGA;
9) Pinagem; Padrões de resolução; Foto; Principais usos;
10) Padrão de conexão DVI-I;
11) Pinagem; Padrões de resolução; Foto; Principais usos;
12) Padrão de conexão HDMI;
13) Pinagem; Padrões de resolução; Foto; Principais usos;

http://www.chipnet.com.br/ImageFetch.ashx?IDFoto=97&Size=2 em 19/5/2014;
177 179 http://novaordemglobal.blogspot.com/2010_05_01_archive.html em 19/5/2014;

http://developer.apple.com/legacy/mac/library/documentation/Hardware em 19/5/2014;
178 180 http://www.myanmaritmen.com/home/38-a/298-graphic-card-part-1.html em 19/5/2014;

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14) Padrão de conexão IEEE1394 (“Firewire”)
15) Pinagem; Padrões de resolução; Foto; Principais usos;

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10 Televisão de Alta Definição (“High Definition


Television” – HDTV)181.

182

10.1 Resumo Histórico.


O formato da tela da TV não apareceu por acaso; estudos psicovisuais
formalizaram as dimensões proporcionais para um melhor ângulo de visão Um ponto importante é que a imagem que é apresentada na tela de um
panorâmico ao telespectador, oferecendo assim o conforto visual. monitor deve ficar armazenada numa Memória de Vídeo na placa adaptadora
O primeiro projeto de HDTV realizado pelos japoneses denominado de de video. Quanto maior for o número de pontos de imagem (pixeis) que devem
“muse” tinha a relação de aspecto de 5:3 (sistema analógico). Lembramos ao fazer parte de uma imagem e maior o número de cores, maior deve ser a
leitor que a TV analógica de todo o mundo possui o formato de 4:3. Entretanto memória de vfdeo necessária.
houve muitas variações, tendo em vista a compatibilidade com o cinema. A Assim, uma característica importante para a qual o técnico deve estar atento
Disney produziu muitos filmes no formato 5:3; entretanto outras empresas de ao recomendar um monitor de vídeo para um cliente, ou ainda atender a uma
produção do cinema adotaram o formato 16:9, que está entre as relações de consulta sobre possível causa de não reprodução de todas as cores ou máxima
aspecto 5:3 e 4:3. definição de um monitor, é se ele tem a quantidade de memória necessária para
O formato 2:1 está sendo implantado em alguns casos tendo em vista a isso.
influência do produtor Spielberg ligado a TV de alta definição. A tabela abaixo mostra de que modo a memória de vídeo se relaciona tanto
O objetivo da TV digital é normalizar um formato panorâmico com maior com o número de pixels quanto com as cores.
qualidade, maior número de linhas, portanto, um grande número de “pixels” na Observe que enquanto no VGA para uma resolução de 307 200 pixels (640
tela. Para atender esta demanda, surgiu assim a TV digital (DTV) como: Alta x 480) com 256 cores precisamos de apenas 307 kbytes de memória, para
definição (HDTV) e a definição “Standard” (SDTV). reproduzir uma imagem de 1 310 720 pixels (1280 x 1024) com o mesmo
No sistema SDTV, têm-se uma melhoria de imagem comparando-se com a número de cores necessitamos de uma memória de 1,3 Mbytes.
atual analógica, oferecendo uma melhor resolução e conseqüentemente uma Quanto maior o número de cores, maior deve ser o tamanho da memória de
melhor qualidade de vídeo. vídeo. Memórias de 4 Mbytes para aplicações em computação gráfica são o
No sistema HDTV, teremos uma melhoria de até cinco vezes a SDTV, com mínimo que se pode exigir hoje em dia para uma boa placa de vídeo.
número expressivo de linhas de resolução. 10.3 Largura de Faixa de Vídeo.
As emissoras de televisão poderão selecionar o tipo de transmissão; SDTV 10.3.1 Sistema Computador Pessoal.
ou HDTV, de acordo com o tipo de programação, que assim desejar.
A TV digital tem outra vantagem que ainda não foi citada, que é a
multiplexação das fontes de transmissão, também chamada de “Multicasting”,
que é a transmissão simultânea de dois programas no ar, um no tipo SDTV e
outro em HDTV, dividindo-se a mesma faixa de freqüência utilizada por um
canal analógico.
Na realidade já se pode transmitir dois programas em SDTV e outros dois
183
em HDTV no mesmo canal sem que haja interferências entre si:
10.2 Freqüência de Varreduras - Sistema Computador
Pessoal.
Um ponto essencial a ser considerado ao se analisar um monitor é que os
O número de pixels e, portanto, a resolução de um monitor depende do
sinais que passam da placa controladora de vídeo para os circuitos do monitor
padrão de vídeo usado pelo adaptador. Cada padrão, para conseguir o número
devem fazê-lo em altíssima velocidade. Todos as tensões analógicas
de pixels de imagem usa freqüências próprias de sincronismo ou varredura
correspondentes aos pontos de uma imagem completa devem ser transferidas
vertical e horizontal.
em 1/72 de segundo da memória de vídeo para os circuitos do monitor.
Nas tabelas ao lado temos as características dos diversos adaptadores:
Isso significa que operando com 480.000 pontos de imagem na resolução de
800 x 600 com 16 cores, devem ser transferidas 480.000 x 72 valores de
tensões analógicas por segundo, o que corresponde a 34 milhões de
informações por segundo. Isso quer dizer que os circuitos do monitor devem ser
capazes de responder a sinais nesta velocidade, e não devem apresentar
deformações que afetem a qualidade da imagem.
Isso leva à necessidade de se definir a largura de faixa mínima exigida para
os padrões de vídeo. Este valor é dado em MHz e deve ser maior possível.
Para o VGA em modo de 400 linhas, por exemplo, esta largura de faixa é de 28
MHz. Para definições maiores, esta freqüência aumenta.

181 - Bastos, Arilson; Fernandes, Sergio; Televisão Digital; Antena Edições Técnicas
LTDA; 2005;
182 CALIBUG HDTV; 183 CALIBUG HDTV; O Padrão de Vídeo VGA (“Video Graphic Array”);

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184

184 http://en.wikipedia.org/wiki/File:Vector_Video_Standards2.svg em 30/3/2010;

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10.4 Tabela de Comparação entre os Sistemas NTSC, PAL-M, HDTV e VGA.

NTSC PAL-M HDTV VGA


Relação de Aspecto 4:3 (1,33:1). 4:3 (1,33:1). 16:9 (1,77:1).
Número total de linhas 525 525
Sistema de Explorarão de Quadro Entrelaçado Entrelaçado
Resolução de Vídeo 520:480
Largura de Banda de Vídeo 4,2 MHz 4,2MHz

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10.5 Canal de Transmissão.

10.5.1.1 Sistemas ATSC, DVB e ISDB-T.


Muitas pesquisas foram desenvolvidas no mundo para a decisão do melhor sistema a ser implantado.
Estudos mais remotos definiram na Europa o DVB que significa “Digital Video Broadcasting”, já está em pleno funcionamento desde o ano de 1998, com a banda
passante de 6 MHz e 8 MHz.
Uma de suas características é a de possuir a re1ação de aspecto de 4:3 com varredura entrelaçada, pixels com formato retangular e também com a opção no
formato 16:9, e a modulação é o COFDM (Multiplexação por Divisão de Freqüências Ortogonais Codificadas).
Para o sistema americano foi dado o nome de ATSC que significa Comitê do Sistema de TV Avançado, que utiliza a modulação 8 VSB (Banda Lateral Vestigial
de 8 níveis).
Um terceiro sistema surgiu no Japão e foi denominado de JSDB, que significa Serviços Integrados de Radiodifusão.
As características principais deste sistema é que pode ser recebido por receptores móveis, ou seja, TV no automóvel, sem a mínima degradação do sinal, e
utiliza a modulação idêntica ao DVB, que é a COFDM.
Nota: Se a transmissão de TV na cidade do leitor já é digital; ele só poderá assistir televisão se instalar um receptor moderno digital (DTS).
Se o leitor tiver um receptor antigo VHF, analógico, só receberá a programação se instalar entre a antena e a televisão, uma caixa conversora que é a
conversora digital analógica (UHF), também chamada de “Set Top Box”.
A utilização deste aparelho não leva a um televisor comum a qualidade de imagem digital, que depende do seu circuito, mas dá a possibilidade de se ver um
programa originalmente gerado e transmitido na forma digital.
O próprio formato da tela é adaptado pelos conversores AID e DIA, podendo haver cortes na cena ou mesmo uma ocupação parcial da tela.
Os televisores com as opções digitais ainda são caros, para o futuro consumidor.

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Bibliografia.
1- Braga, Newton C.; Revista Saber Eletrônica; Ed. Saber;
2- Buscombe, Charles G.; Sistemas de Televisão e Vídeo; Ed. Pretence Hall do Brasil LTDA; 1990;
3- Chui, Willian Soler; Televisão a Cores; Ed. Érica; 1998;
4- Ferreira, Wilson B.; TV a Cores; Ed. Antena; 3ª Edição;
5- Grob, Bernard; Televisão e Sistemas de Vídeo; Ed. Guanabara; 1989;
6- Megrich, Arnaldo; Televisão; Ed. Érica; 1993;
7- Mello, Luiz Fernando Pereira; Projetos de Fontes Chaveadas; Ed. Érica; 1990;
8- Philips Componentes em Notícias; Informativo Técnico;
9- Semp Toshiba; Manual de serviço do televisor modelo 1470;
10- Senatori, Nelson Orlando B. , Sukys, Francisco; Introdução ao Sistema PAL-M. Ed. Guanabara; 1984;
11- Shure, Alexander; Televisão Básica; Livraria Freitas Bastos; 1966;
12- Turner, L. W.; Eletrônica Aplicada; Ed. Hemus; 1982;
13- Vallejo, Horácio Daniel; Vídeo Digital; Ed. Quark do Brasil; 1998;
14- Hutson, Geoffrey H.; Teoria da Televisão a Cores; Edit. MaGRAW – HILL do Brasil; 1974;
15- Silva, Gentil F.; “Tudo sobre Microcontroladores para Televisores”; ELTEC;
16- Brites, Paulo; Menu de Serviço de Televisores; Ed. ELTEC; 3ª Edição;
17- Soares, João Renato Aguiar: Telecomunicações II; Apostila CEFET – AM;
18- Soares, João Renato Aguiar: Sistemas de Vídeo; Apostila CEFET – AM;
19- Informativo PHILIPS Componentes;
20- Whitaker, Jarry; “Video Display Engineering”; McGraw Hill; 2001;
21- Say, Donald L.; “Monochrome end Color Display Devices”;
22- Bastos, Arilson; Fernandes, Sergio; Televisão Digital; Antena Edições Técnicas LTDA; 2005;
23- Bastos, Arilson; Televisão Widescreen; Antena Edições Técnicas LTDA; 2005;
24- Stolfi, Guido; Laboratório de Comunicações e Sinais -Escola Politécnica da USP – EPUSP; www.lcs.poli.usp.br/~gstolfi (20/10/2008);
25- Digerati; Fotografia Digital; Ed. Digerati; 2006;
26- Hedgecoe, John; “O Novo Manual de Fotografia”; Tradução de: kfouri, Assef; Carvalho, Alexandre R. de; Pereira, Eric Y.; Ed. SENAC; 4ª Edição; 2005;

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Índice de Figuras.

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Índice de Aplicativos.
Aplicativo 1-1: Video_Applets\Cobras.avi ................................................................................................................................................. 5
Aplicativo 1-2: Video_Applets\Calor.MPG ............................................................................................................................................... 6
Aplicativo 1-3: Video_Applets\TempColor\TempColor.htm ..................................................................................................................... 7
Aplicativo 1-4: Video_Applets\Cuerponegro\AppletCuerponegro.htm ..................................................................................................... 7
Aplicativo 1-5: Video_Applets\Luximetro.pdf ........................................................................................................................................... 9
Aplicativo 2-1: Video_Applets\Cuerponegro\AppletCuerponegro.htm ................................................................................................... 10
Aplicativo 2-2: Video_Applets\TempColor\TempColor.htm ................................................................................................................... 10
Aplicativo 2-3: Video_Applets\Colorrgb\rgb.htm .................................................................................................................................... 10
Aplicativo 2-4: Video_Applets\CMYColorApplet\cmycolor___Início.htm ............................................................................................ 10
Aplicativo 2-5: Video_Applets\Brilho e Saturação\Colors.htm ............................................................................................................... 10
Aplicativo 2-6: Video_Applets\Cie1931\1931 CIE Chromaticity Diagram.htm ...................................................................................... 11
Aplicativo 3-1: Video_Applets\O Sentido da Visão.wmv ........................................................................................................................ 11
Aplicativo 3-2: Video_Applets\Olho animação\F10_Eye.exe .................................................................................................................. 11
Aplicativo 3-3: Video_Applets\Olho animação\F10_Eye.exe .................................................................................................................. 11
Aplicativo 3-4: Video_Applets\Olho Humano\index.htm. ....................................................................................................................... 12
Aplicativo 3-5: Video_Applets\Human Eye\index.html ........................................................................................................................... 12
Aplicativo 3-6: Video_Applets\Olho_Biônico.flv .................................................................................................................................... 13
Aplicativo 3-7: Doenças do olho humano - S_Vídeo_PDF\Eye Webvision Simple Anatomy of the Retina.mht. ................................... 13
Aplicativo 3-8: Video_Applets\gifanimator\GIFView.exe ....................................................................................................................... 13
Aplicativo 3-9: Video_Applets\Supervelocidade.wmv ............................................................................................................................ 13
Aplicativo 5-1: Video_Applets\Camera escura\pinHole\pinhole.htm ..................................................................................................... 14
Aplicativo 5-2: Video_Applets\lente foco\lens_e.htm.lnk........................................................................................................................ 15
Aplicativo 5-3: Video_Applets\Lentes Combination\opticsbench_long.htm.lnk ............................................................................... 16
Aplicativo 5-4: Video_Applets\javacam\camera.html; ........................................................................................................................ 20
Aplicativo 5-5: Video_Applets\Canon_Cameras\ZoomLens.swf ........................................................................................................ 20
Aplicativo 5-6: Video_Applets\Canon_Cameras\Focoinner.swf......................................................................................................... 20
Aplicativo 5-7: Video_Applets\Canon_Cameras\material.flv ............................................................................................................. 20
Aplicativo 5-8: Video_Applets\Canon_Cameras\machining.flv ......................................................................................................... 20
Aplicativo 5-9: Video_Applets\Canon_Cameras\assembly.flv ............................................................................................................ 20
Aplicativo 5-10: Video_Applets\Canon_Cameras\usm.swf ................................................................................................................. 20
Aplicativo 5-11: Video_Applets\Canon_Cameras\Correçãovisual.swf .............................................................................................. 20
Aplicativo 5-12: Video_Applets\gifanimator\Obturador.gif ............................................................................................................... 21
Aplicativo 5-13: Video_Applets\Canon Camera Shutter and Mirror action in slow motion.flv ..................................................... 21
Aplicativo 5-14: Video_Applets\javacam\camera.html ...................................................................................................................... 21
Aplicativo 5-15: Video_Applets\Processamento digital de imagens.mp4 ................................................................................................ 23
Aplicativo 5-16: Video_Applets\CCD Building\index.html..................................................................................................................... 24
Aplicativo 5-17: Video_Applets\Activity_1.ppt ....................................................................................................................................... 24
Aplicativo 5-18: Video_Applets\CCD_FullFrame\index.html.lnk ........................................................................................................... 24
Aplicativo 5-19: Video_Applets\Activity_1.ppt ....................................................................................................................................... 25
Aplicativo 5-20: Video_Applets\ccd_transfer_03\index.htm ................................................................................................................... 26
Aplicativo 5-21: Video_Applets\CCD Interline\index.html ..................................................................................................................... 27
Aplicativo 5-22: Video_Applets\Activity_1.ppt ....................................................................................................................................... 28
Aplicativo 5-23: Video_Applets\CCD - Fabricacion de un CCD - en Español2.flv........................................................................... 28
Aplicativo 5-24: Video_Applets\Let's see how a CMOS-Sensor in a Canon DLSR works 1 2.flv. .................................................. 28
Aplicativo 5-25: Video_Applets\Camera em cores.avi ........................................................................................................................ 30
Aplicativo 6-1: Video_Applets\Comunicação.wmv ................................................................................................................................. 35
Aplicativo 6-2: Video_Applets\Efeito fotoelétrico\photo.htm ................................................................................................................. 35
Aplicativo 6-3: Video_Applets\Televisão de Nipkow.wmv; .................................................................................................................... 35
Aplicativo 6-4: Video_Applets\Televisão Fotoválvula.wmv ................................................................................................................... 37
Aplicativo 7-1: Multisim\Codificador NTSC.ms10 .................................................................................................................................. 42
Aplicativo 7-2: Video_Applets\watching_tv_anima.gif ........................................................................................................................... 42
Aplicativo 7-3: Video_Applets\gifanimator\VarreduraEntrelaçada.gif .................................................................................................... 42
Aplicativo 7-4: Video_Applets\Vectorscope_01.flv................................................................................................................................. 42
Aplicativo 7-5: Multisim\Codificador NTSC.ms10.................................................................................................................................. 48
Aplicativo 7-6: Multisim\Codificador NTSC.ms10 .................................................................................................................................. 48
Aplicativo 7-7: Video_Applets\Lissajous\Lissajous.htm.......................................................................................................................... 49
Aplicativo 7-8: Video_Applets\Vectorscope_01.flv................................................................................................................................. 52
Aplicativo 7-9: Video_Applets\vectorscope_02.flv. ................................................................................................................................ 52
Aplicativo 10-1: Video_Applets\Cinema Digital e HDTV - Kanato Yoshida1.ppt ................................................................................ 102
Aplicativo 10-2: Video_Applets\Moviecam_schematic_animation.gif .................................................................................................. 102
Aplicativo 10-3: Video_Applets\Cavaleiro.gif ....................................................................................................................................... 102
Aplicativo 10-4 Video_Applets\gifanimator\CavaleiroPersistencia_Rápido.gif .................................................................................... 102
Aplicativo 10-5: Video_Applets\watching_tv_anima.gif ....................................................................................................................... 102

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Aplicativo 10-6: Video_Applets\Projector.flv ........................................................................................................................................ 103
Aplicativo 10-7: Video_Applets\Tubo de Raios Catódicos\Tubo.htm ................................................................................................... 111
Aplicativo 10-8: Video_Applets\video signal\primer\java\index.htm .................................................................................................... 114
Aplicativo 10-9: Video_Applets\aa-raster-1.gif ..................................................................................................................................... 116
Aplicativo 10-10: Video_Applets\TRC_\Scan.htm ................................................................................................................................ 117

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Índice de Tabelas.

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Índice Remissivo.

G R
globo radiação, 5, 6, 12
ocular, 10, 11 eletromagnética. Consulte
radiador
perfeito, 6
L
luz, 5, 6, 7, 9, 11, 12, 13, 14, 15, 18, 19, 22, 23, 28, 29, 34, 35, 37, 40,
87, 88, 89, 90, 102, 103, 109, 110, 111, 112, 115

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Apêndice I: Fotografia.185

186

185 www.kodac.com
186 http://www2.odn.ne.jp/hiro_artwork/pages/gallery_2/x_ray/camera_d.html em 16/06/2010;

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187

187

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188

188 http://www.griffwason.com/cybershot6.htm em 19/5/2014;

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New FD 70-150mm f/4.5


This lens covers the focal lengths of three fixed focal length telephoto lenses (85mm, 100mm, and 135mm) and zooms between the focal lengths of
70mm and 150mm, which are not found in any fixed focal length lenses. It has a fair zooming ratio of 2.14.

The optical system uses high refraction index glass and


cemented lenses which is for countering coma,
especially that arising from the part of the optical system
responsible for varying magnification.

The lens uses only one ring for both push/pull zooming and rotary focusing. With a simple cam mechanism, the construction of the lens barrel is
relatively simple and the need for complicated adjustments during production is not necessary thus contributes to its lower production cost and
resulting in a high cost/performance ratio.

Specifications:

Focal length: 70-l50mm


Aperture ratio: 1:4.5

Lens construction: 9 groups, 12 elements Minimum aperture: f/32. A


Coating: S. S. C. (super spectra coating) Diaphragm: Automatic
Angles of view: Diagonal 34° - 16° 20' Vertical: 19°30' - 9° 10' Filter size: 52 mm
Horizontal: 29° - 13°40' Distance scale: (m) 1.5 (Magnification 0.06X Hood: Built-in Type
at 70mm, 0.13X at 150mm) to 20.OO; (ft) 5 to 70.OO Length x max. diameter: 132mm x 63mm
Focusing mechanism: Rotation of front lens group Weight: 530
Zooming: Push Pull of a single Zoom Ring

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189

189 http://www.spd.org/images/blog/117.jpg em 19/5/2014;

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e) Mecanismo para prender e transportar o filme - Toda câmara possuí um mecanismo que mantém o filme na posição correta e permite movimentá-lo para a
próxima exposição, manualmente ou por “motor”. O uso incorreto ou defeito nesse mecanismo podem acarretar fotos remontadas, mal-enquadradas ou fotogramas
sem exposição.
f) Visor - Através dele você observa e enquadra o assunto. Lembre-se: o ângulo abrangido pela lente da câmara é diferente do ângulo de visão de seus olhos.
Portanto, a câmara vai registrar uma cena diferente da que você vê.
O Filme Fotográfico
Nos primeiros 80 anos da história da fotografia as máquinas eram grandes, volumosas, pesadas e exigiam grandes e pesados tripés; o suporte da imagem era
uma grossa chapa de vidro de tamanho avantajado, que devia ser manipulada individualmente.
Os práticos filmes 35 mm de hoje no entanto, não diferem, em essência, das incômodas chapas de vidro. São uma base plástica, revestida de uma emulsão
sensível à luz, à base de nitrato de prata e outros componentes. Ao receber os diferentes raios de luz, as partículas químicas da emulsão sofrem diferentes
modificações, desenhando a imagem. Essa imagem, porém, é invisível. E preciso “limpar” as partículas que não foram utilizadas para o desenho e depois
interromper a possibilidade de sensibilização das partículas restantes. Esse trabalho é feito, respectivamente, pelos banhos químicos da revelação e da fixação. Só
a partir da fixação é que o filme pode ser exposto à luz, sem riscos de se perder a imagem. No caso dos filmes negativos, há ainda a passagem da imagem para o
papel, ou ampliação, que segue os mesmos trâmites.
Além das diferenças de formato, há três categorias básicas de filmes, oferecidos em inúmeros graus de sensibilidade à luz, ou de velocidade. A escolha, mais
uma vez, não é aleatória e deve obedecer ao objetivo almejado.
As categorias
Negativos: São os filmes que mostram a gradação de cor e de contraste invertida. Assim, as áreas claras da imagem aparecem escuras e vice-versa e as cores
são traduzidas por suas respectivas complementares (o magenta, por exemplo, aparece em tons esverdeados e o amarelo, azulado). Para que a imagem se tome
positiva, é necessário passá-la para um papel especial, que segue os mesmos princípios de sensibilização do filme. A vantagem do negativo é a possibilidade de
manipular a imagem após o dique.
Ao passar para o papel é possível “recriar” a imagem em novos enquadramentos, manipular os contrastes e a incidência de luz sobre determinada área e até
provocar distorções propositais. Os negativos podem ser encontrados coloridos ou preto-e-branco. A latitude do filme negativo P&B, ou seja, o espectro de variação
aceitável de exposição aquém ou além da determinada pelo fotômetro é outra vantagem.
Positivos: Também conhecidos como slides ou cromos, são os filmes que apresentam a imagem como ela é percebida pelo olho humano, positiva. Hoje
oferecido apenas em cor, são os únicos utilizados pelos profissionais da publicidade.
Modernos processos de reversão
do slide para o papel garantem as mesmas vantagens da manipulação do negativo. Porém, em princípio, clicou, não dá para mexer. Além disso, de maneira
geral, têm latitudes muito pequenas. Variações de 1/3 de ponto na abertura do diafragma fazem uma grande diferença. Em compensação, oferecem cores e
contrastes inigualáveis se comparados aos negativos, que sempre perdem alguma coisa ao serem passados para o papel.
Composto de material sensível à luz, o filme tem a propriedade de gravar as imagens que passam através da lente da câmara.
Existem filmes em tamanhos diferentes para diferentes câmaras. Verifique no manual de instruções da câmara o filme certo para ela e escolha o filme em função
do tipo de fotografia que você deseja - cópias coloridas, slides ou cópias em preto e branco.
O Filme
O filme é constituído de uma base plástica - geralmente acetato de celulose, flexível e transparente, sobre a qual é depositada a emulsão fotográfica.
Esta é colocada no filme sobre uma fina camada de gelatina que contém cristais de prata, sensíveis à luz.
Os cristais de prata, quimicamente chamados de haletos ou halogenetos de prata, podem ser mais ou menos sensíveis à luz. Ou seja, há um tipo de filme que
exige maior quantidade de luz para gravar as imagens. Outros, permitem o registro com menos luz. A essa propriedade dá-se o nome de sensibilidade.

Figura 10-1: ESTRUTURA DE UM FILME PRETO E BRANCO

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Figura 10-2: ESTRUTURA DE UM FILME COLORIDO


A estrutura dos filmes coloridos é mais complexa que a do filme P&B. Nos filmes coloridos existem três camadas de material sensível a determinados espectros
eletromagnéticos. Cada uma delas possui seu próprio corante, formado ou acrescentado durante o processamento, além de diversas camadas transparentes de
proteção, todas aplicadas sobre uma camada base.
Sensibilidade - A sensibilidade dos filme é indicada por números do sistema ISO – “International Standards Organization” (antigamente ASA ou DIN). O sistema
DIN (alemão) ainda é utilizado.

De ISO 25 até 64 - São filmes considerados de baixa sensibilidade e indicados para grandes ampliações.
De ISO 100 até 200 - São filmes considerados de média sensibilidade, permitindo ampliações maiores, com nitidez e definição. São indicados para uso geral.
De ISO 400 até 3200 - São filmes considerados de alta sensibilidade e são indicados para fotos em locais de pouca iluminação, sem uso de flash ou para fotos
de ação, que exigem maiores velocidades do obturador. Grandes ampliações podem apresentar ligeira granulação.
Código DX - São barras impressas no magazine do filme que informam qual a sensibilidade e o número de poses. Esta leitura é feita por um conjunto de
sensores existente nas câmaras.
Cuidados - Qualquer filme tem uma vida útil determinada. Verifique sempre a data de vencimento impressa na caixa. Fotografe e providencie o processamento
do filme o mais rápido possível.

Clique na imagem acima para ver as recomendações de segurança.


Os piores inimigos do filme são condições de umidade e temperatura. Se o tempo estiver quente e úmido, proteja seus filmes da melhor maneira possível. Não
os deixe sob a luz direta do sol, no porta-luvas do carro ou em outros lugares igualmente quentes. Procure trocar os filmes à sombra, nem que seja sua própria
sombra, para evitar manchas de véu devido à luz do sol.

Glossário.

CÂMARA AUTOMÁTICA - Incorpora um dispositivo medidor de luz que ajusta automaticamente o diafragma ou o tempo de exposição ou ambos, para garantir
uma exposição correta.
CÂMARA ESCURA - Sala ou quarto à prova de luz, onde são processados filmes e papéis fotográficos; o mesmo que quarto escuro.
CÂMARA REFLEX "SLR" - Câmara de uma só lente (Single Lens Reflex), em que a própria objetiva funciona também como objetiva do visor. Nela há um
espelho que reflete a imagem, através de um prisma para o visor, no nível dos olhos. Ao ser feita a fotografia, o espelho se levanta, momentaneamente, para dar
passagem aos raios luminosos que sensibilizarão o filme. Nessas câmaras, não há efeito de paralaxe.
CÂMARA SEMI-AUTOMÁTICA - Incorpora um exposímetro, também conhecido como fotômetro, para medir a luz que a câmara "vê". Essa indicação é feita,
geralmente, em termos de abertura do diafragma e é usada para o ajuste manual do diafragma (no "f" ) da própria câmara.
CÂMARA SIMPLES - Aquela em que há pouco ou nada a ajustar. Geralmente, a câmara simples tem apenas uma ou duas aberturas do diafragma (sol e
nublado), foco fixo (não há necessidade de ajustar a distância) e uma ou duas velocidades do obturador.
COMPOSIÇÃO - É o arranjo dos elementos de uma fotografia, o assunto principal, primeiro plano, fundo e motivos secundários.
CÓPIA DE CONTATO - A que é feita expondo-se o papel fotográfico em contato direto com o negativo.
DEFINIÇÃO - É a clareza nos detalhes e contornos. Depende da dimensão do menor ponto da imagem que pode ser gravado no filme com a objetiva que se
está usando.
DENSIDADE - É o grau de enegrecimento do negativo (ou da cópia), que determina a quantidade de luz que pode atravessá-lo (ou refletir dele). Um negativo
superexposto é mais denso que um normal ou subexposto.
DISTÂNCIA FOCAL - Distância entre a objetiva e um ponto determinado, onde se forma a imagem focalizada de um assunto a grande distância, quando a
objetiva está focalizada para o infinito. A distância focal de uma objetiva determina o tamanho da imagem na fotografia.
EMULSÃO - Camada fina de material sensível à luz (geralmente constituído de sais de prata cristalizados, suspensos em gelatina) na qual se forma a imagem,
nos filmes e papéis fotográficos.

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EXPOSIÇÃO - Tempo durante o qual a luz deve incidir sobre o material sensível (filme ou papel) para formar a imagem fotográfica. A exposição é controlada
pelo obturador e pela abertura do diafragma.
EXPOSÍMETRO - Instrumento dotado de célula fotossensível empregado para medir a intensidade da luz que é refletida por um objeto. É usado para determinar
a exposição correta para obter uma boa fotografia. No Brasil também é conhecido por fotômetro.
FILME PAN OU PANCROMÁTICO - Filme sensível a todas as cores para gravar imagens em preto e branco com aproximadamente a mesma de tonalidades do
olho humano.
FILTRO - Vidro ou outro material transparente em cores, que se usa diante da objetiva, com finalidades especiais, como acentuar o azul do céu.
FOCO FIXO - Diz-se da câmara em que não há possibilidade de ajuste da distância entre a objetiva e o assunto.
FOLE - Parte flexível da câmara que une a objetiva ao corpo da câmara e serve para afastar ou aproximar a lente do plano focal.
GRANDE ANGULAR - Objetiva capaz de incluir no negativo área maior que a coberta pela objetiva normal.
GRANULAÇÃO - Tamanho dos cristais da emulsão dos filmes ou papéis fotográficos. A granulação aumenta quanto maior for a sensibilidade do filme e também
com o tamanho da ampliação do negativo.
LENTE DE APROXIMAÇÃO - Lente simples que é colocada diante da objetiva para fazer fotos com distância menor do que a normalmente permitida pela
objetiva.
LUMINOSIDADE - A maior abertura de diafragma (no "f" menor) permitida por uma determinada objetiva.
NEGATIVO - Filme processado que apresenta uma imagem negativa da imagem do original. As partes claras do original aparecem escuras no negativo, e as
partes escuras aparecem claras. Os negativos são usados para fazer cópias e ampliações.
NEGATIVO FRACO - Aquele que foi subexposto, pouco revelado ou ambos; o negativo fraco tem menor densidade que o negativo normal.
NÚMERO "f" - O mesmo que abertura do diafragma.
OBJETIVA - Componente óptico da câmara para captar e focalizar os raios luminosos de forma a produzir uma imagem nítida no filme.
OBJETIVA LUMINIZADA - É a objetiva recoberta por uma camada de material transparente, destinada a reduzir a quantidade de luz refletida pela lente.
OBJETIVA ZOOM - Objetiva em que se pode variar a distância focal.
OBTURADOR - Uma cortina, lâminas ou outro tipo de cobertura móvel, para controlar o tempo da incidência da luz sobre o filme.
OBTURADOR CENTRAL - É aquele que opera entre dois elementos da objetiva.
OBTURADOR DE CORTINA - Funciona como uma cortina e se localiza à frente do filme, permitindo que a luz, através de uma fenda, incida sobre ele.
PARALAXE - É a diferença de ângulo entre o campo de visão da objetiva e do visor. O ângulo percebido através do visor é diferente do ângulo "visto" pela
objetiva.
POSITIVO - Imagem em uma cópia ou transparência. Tem as mesmas relações de tonalidades que as da cena original.
QUARTO ESCURO - O mesmo que câmara escura.
SENSIBILIDADE - É a propriedade da emulsão fotográfica em gravar a imagem em maior ou menor tempo de exposição. É representada por números (como 25,
64, 100, 125, 200, 400 etc). Esse número, indicativo da sensibilidade do filme fotográfico, sengundo padrões ISO (International Standards Organization), é utilizado
no ajuste dos exposímetros (fotômetros). Quanto maior esse número, maior será a sensibilidade do filme.
SLIDE - Transparência fotográfica geralmente em cores, montado em molduras para projeção.
SUBEXPOSIÇÃO - Condição que se nota quando um negativo é atingido por pequena quantidade de luz produzindo negativos claros e, como conseqüência,
cópias e ampliações muito escuras. A subexposição em slides torna-os muito escuros.
SUPEREXPOSIÇÃO - Condição que se nota quando um filme é atingido por quantidade excessiva de luz, produzindo negativos muito escuros e,
conseqüentemente, cópias muito brancas. A superexposição em transparências ou slides deixa-os muito claros.
TELÊMETRO - Dispositivo óptico para medir distâncias. Hoje, na maioria das câmaras, esse dispositivo é conjugado com a objetiva, de forma a possibilitar a
focalização perfeita do assunto.
TELEOBJETIVA - Uma objetiva que faz a imagem aparecer maior no filme, dando a impressão de que o assunto está mais próximo da câmara do que na
realidade.
TRANSPARÊNCIA OU SLIDE - Imagem fotográfica gravada no filme que pode ser vista ou projetada (luz que atravessa o filme).

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Apêndice II: Cinematografia.

O trabalho no cinema combina tempo e espaço, de maneira diversa à de todas as outras artes, que utilizam ou o espaço (escultura) ou o tempo (música) para
obter um ritmo narrativo. Cada imagem supõe uma composição plástica e mostra, em duas dimensões, um mundo tridimensional. O fotograma, menor unidade de
expressão cinematográfica, é o fragmento de uma obra de arte, levando-se em conta sua composição, proporções, distribuição de pessoas e objetos, contrastes de
claro e escuro e combinações de cor.
Recursos próprios da literatura (palavras), do teatro (cenografia), da fotografia (imagem1 luz), das artes plásticas (decorações, composições) são utilizados pela
estética cinematográfica, que se vale, para isso, de recursos como os movimentos de câmara e a tomada de diferentes planos enquanto se roda o filme.
Depois de ter sido feito todo o trabalho de produção, filmagem, montagem, efeitos especiais, sonorização, etc, é preciso fazer o agrupamento de tudo isso.
CAMERA, AÇÃO! A partir da tomada de uma cena, faz-se o registro da ação na câmara cinematográfica, que funciona na velocidade de 24 quadros por
segundo, e do registro sonoro, que o microfone capta e transmite para o gravador. A película do filme é levada então ao laboratório, que revela a imagem positiva
em outra película transparente, num processo semelhante ao da fotografia. O mesmo se dá com a fita magnética, levada ao laboratório para a gravação e revelação
do som óptico.
História do cinema
Oficialmente, o cinema começou em XVII, com um jesuíta alemão, que construiu a primeira “lanterna mágica”, mas foi acusado de feitiçaria.

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Apêndice III: Direito Autoral.


O Objeto do Direito Autoral e o Registro.190

O direito de autor tem por objetivo garantir ao autor uma participação financeira e uma moral em troca da utilização da obra que criou. Isso, quando ele não
autoriza o uso gratuitamente.
Na prática, o que se protege são as obras e não os autores. É desta forma que eles, os autores, se tornam beneficiários dessa proteção.

O surgimento do direito de autor, portanto, se dá com a criação da obra intelectual. É por isso que fica completamente sem sentido falarmos de direito de autor sem
a existência de uma obra. Ademais, o direito de autor protege apenas as formas de expressão das idéias e não as idéias propriamente ditas. É necessário que as
idéias tome um corpo físico, que seja expressada através de um livro, de um desenho, de um filme, de um programa de computador, de uma base de dados, etc. Os
artigos 7º, 8º, 9º e 10º da Lei n.º 9.610/98 enumeram, de forma exemplificativa, as formas de exteriorização das criações do espírito que são amparadas, dentre as
quais as composições musicais, as obras fotográficas e audiovisuais, as ilustrações e as adaptações e traduções e outras transformações de obras originais,
apresentadas como criação intelectual nova.

O registro, portanto, refere-se à base concreta, corpórea (ex. impressão em papel, cd, dvd...) ou incorpórea (digital, satélite) da obra criada e pronta a ganhar o
público (registrar é dar publicidade à obra). Logo, e independentemente do alcance do registro, ele só pode recair sobre um objeto tal como está, vez que a proteção
autoral incide sobre cópias idênticas (e não sobre o que está embutido na obra, como a idéia, a estrutura, o formato, o conceito, o projeto).

Diferentemente do que ocorre com as marcas e patentes cujo registro é constitutivo de direito, e o certificado equivalente a uma escritura, matriculada de
propriedade (se válida), o registro de obra intelectual é meramente facultativo, voluntário, mas pode servir como prova de anterioridade em relação à obra idêntica
publicada por terceiros sem autorização.

GENERALIDADES

DIREITOS DO AUTOR: MORAL E PATRIMONIAL

São DIREITOS MORAIS do autor: O de reivindicar, a qualquer tempo, a paternidade da obra; o ter seu nome, pseudônimo ou sinal convencional indicado ou
anunciado na obra como sendo o autor, na utilização de sua obra; o de conservá-la inédita; o de assegurar-lhe a integridade, opondo-se a quaisquer modificações,
ou à prática de atos que, de qualquer forma, possam prejudicá-la, ou atinguí-lo, como autor, em sua reputação e honra; o de modificá-la, antes ou depois de
circulação, ou de lhe suspender qualquer forma de utilização já autorizada. Vale salientar que os direitos morais são INALIENÁVEIS e IRRENUNCIÁVEIS.

São DIREITOS PATRIMONIAIS do autor: os que se referem ao uso econômico da obra. Podem ser objeto de transferência, cessão, venda, distribuição, etc.
Depende, portanto de autorização do autor da obra intelectual qualquer forma de uso como a edição, a tradução para qualquer idioma, a adaptação ou inclusão em
fonograma ou película cinematográfica, a comunicação ao público, direta ou indireta, por qualquer forma ou processo. OBS: A lei autoral prevê diferentes
penalidades a nível civil e administrativo, sem prejuízo das sanções penais cabíveis.

LIMITAÇÕES AO DIREITO DO AUTOR


Como tudo que se disser a respeito dos direitos autorais dependerá sempre de autorização de quem detenha os direitos patrimoniais (os morais só o autor,
pessoa física, ou herdeiros naturais, podem exercer), há situações em que a lei, ou atendendo o interesse público, ou ao benefício exclusivo de autores ou titulares,
autoriza esse uso sem consultá-los previamente.
Essas hipóteses, taxativas, consideram-se limitações a esse direito exclusivo de autorizar previamente o uso. São então, as seguintes hipóteses de uso da obra
– criada e publicada – sem consulta prévia, contidas no artigo 46 da Lei em vigor:

Art. 46 – Não constitui ofensa aos direitos autorais;

I- A reprodução:

a) na imprensa diária ou periódica, de notícia ou de artigo informativo, publicado em diários ou periódicos, com a menção do nome do autor, se assinados, e da
publicação de onde foram transcritos;
b) em diários ou periódicos, de discursos pronunciados em reuniões públicas de qualquer natureza;
c) de retratos, ou de outra forma de representação da imagem, feitos sob encomenda, quando realizada pelo proprietário do objeto encomendado, não havendo a
oposição da pessoa neles representada ou de seus herdeiros;
d) de obras literárias ou científicas, para uso exclusivo de deficientes visuais, sempre que a reprodução, sem fins comerciais, seja feita mediante o sistema Braille ou
outro procedimento em qualquer suporte para esses destinatários;
II- A reprodução, em um só exemplar de pequenos trechos, para uso provado do copista, desde que feita por este, sem intuito de lucro;

III - A citação em livros, jornais, revistas ou qualquer outro meio de comunicação, de passagens de qualquer obra, para fins de estudo, crítica ou polêmica, na
medida justificada para o fim a atingir, indicando-se o nome do autor e a origem da obra;

IV - O apanhado de lições em estabelecimentos de ensino por aqueles a quem elas se dirigem, vedada sua publicação, integral ou parcial, sem
autorização prévia e expressa de quem as ministrou;

V - A utilização de obras literárias, artísticas ou cientificas, fonogramas e transmissão de rádio e televisão em estabelecimentos comerciais, exclusivamente para
demonstração à clientela, desde que esses estabelecimentos comercializem os suportes ou equipamentos que permitam a sua utilização;

VI - A representação teatral e a execução musical, quando realizadas no recesso familiar ou, para fins exclusivamente didáticos, nos estabelecimentos de ensino,
não havendo em qualquer caso intuito de lucro;

VII - A utilização de obras literárias, artísticas ou cientificas para produzir prova judiciária ou administrativa;

190 http://www2.uol.com.br/direitoautoral

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VIII - A reprodução, em quaisquer obras, de pequenos trechos de obras preexistentes, de qualquer natureza, ou de obra integral, quando de artes plásticas, sempre
que a reprodução em si não seja o objetivo principal da obra nova e que não prejudique a exploração normal da obra reproduzida nem cause um prejuízo
injustificado aos legítimos interesses dos autores.

PRAZOS DE PROTEÇÃO LEGAL

Ressalvamos que o prazo de proteção legal dos direitos > patrimoniais do autor não é mais de 60 (sessenta anos) e sim de 70 > (setenta) anos, contados de 1.º de
janeiro do ano subseqüente ao > falecimento do autor, obedecida a ordem sucessória da lei civil (vide art. > 41, caput, da Lei n.º 9.610/98), bem como às obras
póstumas (vide art. 41, > parágrafo único, da Lei n.º 9.610/98). No entanto, para as obras anônimas > ou pseudônimas o prazo também é de 70 (setenta) anos,
contados de 1.º de > janeiro do ano imediatamente posterior ao da primeira publicação (art. 43, > caput, da Lei n.º 9.610/98) e para obras audiovisuais e fotográficas
o > prazo também é de 70 (setenta) anos, contados de 1.º de janeiro do ano > subseqüente ao de sua divulgação.

O registro de obras intelectuais no Brasil - seguindo a tradição dos países de base jurídica românica - é facultativo, gerando apenas a presunção de autoria. È um
registro declaratório e não constitutivo de direito. A nova lei de direito autoral, Lei n.º 9.610, de 19 de fevereiro de 1998, que entrou em vigor em 20 de junho deste
ano, no seu art. 18, afirma que " a proteção aos direitos de que trata esta Lei independe de registro". Não existe, desta forma, nenhuma formalidade que condicione
a existência de um direito de autor. O surgimento do direito de autor se dá com a criação de uma obra intelectual (literária, científica ou artística), tenha ela sido
registrada ou não. A atual lei não derrogou o art. 17 e seus parágrafos 1o. e 2o. da Lei anterior, o que significa que os órgãos de registro anteriormente mencionados
podem continuar a efetuar o registro até que os serviços de registro de que trata a nova lei sejam reorganizados mediante Decreto.

Para segurança de seus direitos, o autor da obra intelectual, poderá registrá-la, conforme sua natureza, na Biblioteca Nacional, na Escola de Música, na Escola de
Belas-Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro, no Instituto Nacional do Cinema, ou no Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia. (Lei n.º
9.610, de 19 de fevereiro de 1998 - Nova Lei de Direito Autoral) e no instituto nacional da propriedade industrial, sendo este ultimo INPI para registro de
Software.(Lei n.º 9.609, de 19 de fevereiro de 1998 - Lei do Software)
"Aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a fixar" (Título II, Cap. I
Inc. XXVII Const. Federal/88).

NORMAS PARA REGISTRO NO ESCRITÓRIO DE DIREITO AUTORAL/FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL


PESSOA JURÍDICA:
INDIVIDUAL (xerox autenticada):- Declaração de Firma Individual e Aditivos, caso existam - (OBS: Verso JUCEC/CARTÓRIO) - Formulário ou Cartão do
C.N.P.J. atualizado - Sendo Microempresa apresentar declaração LIMITADA (xerox autenticada): - Contrato Social ou Estatuto e Aditivos, caso existam - (OBS:
Verso JUCEC/CARTÓRIO)
- Formulário ou Cartão do C.N.P.J. atualizado - Sendo Microempresa apresentar declaração PESSOA FÍSICA:
- CPF, Identidade e comprovante de endereço (TODOS em xerox autenticada). Obs.: Caso o autor seja estrangeiro e não tenha CPF, apresentar o do seu agente ou
representante no Brasil, que ficará responsável pelo registro.

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averbação, além de:
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Nacional.
- Se obra não publicada: enviar 1 (um) exemplar (datilografada, manuscrita, mimeografada ou digitada em computador) com folha de rosto constando título da
obra, nome e RG/CPF do autor, com todas as páginas numeradas e rubricadas pelo autor e acondicionadas em pasta de cartolina ou similar que ficarão sob a
guarda do EDA/FBN.
Para maiores informações, favor consultar o site da Fundação Biblioteca Nacional: http://www.bn.br/, ou então, pelo fone: (0XX21)
220.0039 ou fax: (0XX21) 240.9179.
Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro: http://www.ufrj.br/musica/regaut.htm
Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro: http://www.eba.ufrj.br/
Instituto Nacional da Propriedade Industrial: http://www.inpi.gov.br/

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Apêndice IV: Afabeto Grego.

191

191 http://www.professorgomes.com.br/sistema-internacional-de-unidades.php em 19/5/2014.

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Apêndice V: Prefixos do Sistema Internacional de Unidades (SI).

Nome Símbolo Fator pelo qual a Unidade é Multiplicada

exa E 1018 = 1 000 000 000 000 000 000


peta P 1015 = 1 000 000 000 000 000
tera T 1012 = 1 000 000 000 000
giga G 109 = 1 000 000 000
mega M 106 = 1 000 000
quilo k 103 = 1 000
hecto h 102 = 100
deca da 101= 10
deci d 10-1 = 0,1
centi c 10-2 = 0,01
mili m 10-3 = 0,001
micro m 10-6 = 0,000 001
nano n 10-9 = 0,000 000 001
pico p 10-12 = 0,000 000 000 001
femto f 10-15 = 0,000 000 000 000 001
atto a 10-18 = 0,000 000 000 000 000 001

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Apêndice VI: Anatomia do Olho Humano.

192

192 http://www.ifi.unicamp.br/~accosta/olho/olhocorte.jpg em 19/5/2014.

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Apêndice VII: Simulação de Funcionamento do Olho Humano.

193

193 http://picasaweb.google.com/lh/photo/OPav_pCNBgCDlIS2j8iusg em 19/5/2014.

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Apêndice VIII: O Ponto Cego da Visão Humana.

194

194 http://www.ssw.th.com.br/palestras/registro_imagens/transp1.gif em 19/5/2014.

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Apêndice IX: Comparação entre uma Câmera Fotográfica e o Olho Humano.

195

195 http://www.novacon.com.br/basean1_arquivos/image008.jpg em 19/5/2014.

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Apêndice X: Miopia e Hipermetropia196. poder de acomodação do que os adultos, e suportam graus muito mais
elevados de hipermetropia.
Miopia. O grau do hipermétrope, geralmente diminui com o crescimento do olho, e é
comum assistir a pessoas que necessitavam de óculos durante a infância, mas
Miopia é o distúrbio visual que acarreta uma focalização da imagem antes
que deixaram de os usar na idade adulta. A Hipermetropia pode também estar
desta chegar à retina. Uma pessoa míope consegue ver objetos próximos com
associada ao aparecimento de estrabismo acomodativo na infância, com
nitidez, mas os distantes são visualizados como se estivessem embaçados
aparecimento de sintomas, geralmente, ao redor dos 2 anos de idade, onde
(desfocados).
deverá ser efectuada uma correcção total com lentes de óculos adequadas.
Para este problema utilizam-se lentes convergentes ou convexas, que têm a
função de convergir a luz para a retina, onde se vai formar a imagem.
Uma alternativa de correcção do problema, restrita, geralmente, a maiores
de 21 anos, é a cirurgia refrativa realizada com Excimer Laser ou Lasik.

198

Apêndice X - Figura 2: Demonstração de visão com hipermetropia do olho humano.

197

Apêndice X - Figura 1: Comparação entre a visão normal e a visão míope.


Hipermetropia.
Hipermetropia, é o nome dado ao erro de focalização da imagem no olho,
fazendo com que a imagem seja formada após a retina. Isso acontece
principalmente porque o olho do hipermétrope é um pouco menor do que o
normal. Outras causas incluem situações onde a córnea ou o cristalino
apresentam alterações no seu formato que diminuem o seu poder refrativo,
como a megalocórnea, onde a córnea é mais plana do que deveria ser.
O Hipermétrope geralmente tem boa visão ao longe, pois o seu grau, se não
for muito elevado, é corrigido pelo aumento do poder dióptrico do cristalino,
processo designado de acomodação. No entanto, na tentativa de focalizar a
imagem para perto, o cristalino além de corrigir o grau de longe, ainda tem que
aumentar mais 3 graus, para focalizar a imagem a 33 centímetros dos olhos, o 199
que faz com que o mesmo ou não consiga focalizar a imagem ou sinta
Apêndice X - Figura 3: Miopia e Hipermetropia.
desconforto visual, geralmente referido como cansaço, ou dor de cabeça.
A hipermetropia ocorre quando o ponto mais próximo do olho está mais
afastado do que no olho normal, devido a uma anomalia do cristalino, uma
insuficiente curvatura, causando assim, dificuldades em ver ao perto.
A maioria das crianças apresenta hipermetropia, uma vez que os seus olhos
normalmente são menores do que o que deveriam ser, contudo, têm um maior

196 http://pt.wikipedia.org/wiki/Miopia em 19/5/2014. 198 http://www.lotteneyes.com.br/imagens/fotos/hipermetropia.jpg em 19/5/2014.


197 Idem. 199 http://www4.usp.br/arquivos/RR__3135_doencas.jpg em 19/5/2014.

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Apêndice XI - A Cinematografia.

200

202
Figura 10-3: Principais partes de uma câmera de cinema.

Figura 10-4: “Aperture” da câmera.


Aplicativo 10-1: Video_Applets\Cinema Digital e HDTV - Kanato Yoshida1.ppt
Aplicativo 10-2: Video_Applets\Moviecam_schematic_animation.gif

201

Rigorosamente falando, uma cena móvel ou imagem em movimento poderia


ser considerada como uma sucessão contínua de “infinitas” imagens estáticas.
Sob este aspecto, todo o processo que se proponha a registrar uma cena em
movimento e posteriormente proporcionar sua representação deveria ser capaz
de manejar tal sucessão de imagens. Evidentemente um processo nesses
moldes seria impraticável. Considere-se agora um processo adaptável a Figura 10-5: Fotograma.
operações realizáveis, não trabalhando com as “infinitas” imagens referidas, Aplicativo 10-3: Video_Applets\Cavaleiro.gif
mas com um número finito de tais imagens. Esse manejamento de algumas e Aplicativo 10-4 Video_Applets\gifanimator\CavaleiroPersistencia_Rápido.gif
não de todas as imagens estáticas da sucessão poderá ser considerado como 10.6 Freqüência de Amostragem.
uma amostragem da cena móvel, funcionando, conseqüentemente, cada Apesar de a freqüência de 24 fotogramas por segundo resolver
imagem como uma amostra. Pode-se, sem muito esforço, compreender que se satisfatoriamente o problema da ilusão de continuidade, o olho permanece
o tempo gasto para a apresentação de uma amostra somada ao mesmo sensível às variações de iluminação da tela.
despendido na substituição desta pela amostra seguinte, totalizarem um tempo Aplicativo 10-5: Video_Applets\watching_tv_anima.gif
da ordem do tempo da ação visual, não haverá a percepção da descontinuidade Continuando um pouco mais com cinema, é oportuno informar que durante o
do movimento da cena, descontinuidade introduzida na amostragem. O olho período de substituição de fotogramas a projeção é bloqueada por um
funciona então como um elemento integrador, proporcionando uma percepção obturador, o que provoca um correspondente período de escurecimento total da
contínua de mobilidade a partir de uma apresentação descontínua da cena tela. (Evidentemente, durante o período de exposição o fotograma em
móvel. exposição permanece estático.) Apresenta-se então um fenômeno com
Poderemos, para facilidade futura, denominar por freqüência de períodos de iluminação (projeção de fotogramas) e de escurecimento ação do
amostragem o número de amostras apresentadas por unidade de tempo. O obturador. Este fenômeno é conhecido por cintilação, e a sua freqüência no
artifício da amostragem é utilizado pelo cinema e, como veremos adiante, estágio atual da presente descrição seria, evidentemente, a mesma da
também pela televisão. As amostras no caso do cinema são fotografias amostragem. O fenômeno é tanto mais aparente quanto maior for a iluminação
estáticas, denominadas fotogramas, e a freqüência de amostragem escolhidas da cena.
como compromisso entre o olho normal médio, movimentos estatisticamente Da mesma forma que o olho é utilizado como integrador para a ilusão de
avaliados como prováveis, é de 24 fotogramas por segundo. continuidade, poderá ser empregado como integrador para filtrar variações de
iluminação, o que levará à impressão de uma iluminação média constante. O
único obstáculo é que o olho não funciona como um bom filtro, sob o aspecto
cintilação, quando esta ocorre abaixo de determinada freqüência.
200 http://www.cinematographers.nl/CAMERAS1.htm Desafortunadamente, essa freqüência-limite é maior que a freqüência de
201 http://en.wikipedia.org/wiki/Image:Arricamst.jpg ; “The Arricam ST, a popular 35 mm
film camera currently used on major productions”. 202 http://www.unc.edu/~mrobin/view_04/filmcamera.htm

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amostragem adotada, que, recorda-nos, é suficiente para a ilusão de
continuidade. Experiências levadas a efeito demonstraram que para as
iluminações presentes em cenas estatisticamente prováveis, uma “freqüência
de cintilação” de 48 ciclos por segundo, o dobro da de amostragem, já não seria
perceptível. A menos que outro artifício fosse utilizado, a freqüência de
amostragem deveria ser duplicada para coincidir com uma freqüência de
cintilação imperceptível. Tal duplicação implicaria uma dup1icação da
quantidade de filme para uma cena de igual duração que, repetindo ainda uma
vez, sob o aspecto continuidade, seria perfeitamente reproduzida a uma taxa de
24 fotogramas por segundo.
A solução do problema da cintilação, mantendo a freqüência de amostragem
em 24 fotogramas por segundo, foi conseguida fazendo-se com que o Figura 10-7: 15 kW Xenon short-arc lamp206.
obturador, já citado anteriormente, além de bloquear a projeção durante a A xenon arc lamp is an artificial light source. Powered by electricity, it uses
substituição de fotogramas, atuasse também a meio-tempo da projeção de cada ionized xenon gas to produce a bright white light that closely mimics natural
fotograma. Os tempos de duração desses novos cortes da projeção são iguais daylight.
aos tempos de duração dos\cortes para a substituição de fotogramas. Xenon arc lamps can be roughly divided into three categories:
Temos então, como resultado final, 24 fotogramas por segundo com dupla Continuous-output xenon short-arc lamps
exposição por fotograma, dando como resultado uma “freqüência de cinti1ação” Continuous-output xenon long-arc lamps
de 48 ciclos por segundo, suficientemente integrável pelo olho nas condições de Xenon flash lamps (which are usually considered separately)
iluminação “cinema” já mencionadas. Each consists of a glass or fused quartz arc tube with tungsten metal
10.7 Projetor. electrodes at each end. The glass tube is first evacuated and then re-filled with
xenon gas. For xenon flashtubes, a third "trigger" electrode usually surrounds
the exterior of the arc tube.
Aplicativo 10-6: Video_Applets\Projector.flv207
10.8 Relação de Aspecto.
A relação de aspecto define a proporção entre a altura e a largura do quadro
de imagem, que nos primórdios do cinema, consistia na proporção de 4:3
(1,33:1)
10.9 Formatos de Filmes.

203

208

Segue abaixo alguns formatos de filmes para cinematografia.


Sample courtesy of CFI Hollywood, CA (213) 960-7444
35mm 4-perf
35mm 8-perf
65mm 5-perf
204 65mm 10-perf
65mm 15-perf (IMAX)
E graças a esta característica do olho que não podemos perceber a
mudança de um quadro para outro durante a projeção de filme no cinema, que
muda numa freqüência de 24 quadros/segundo com obturador funcionando a
freqüência de 48Hz.

Figura 10-8: Formatos de filmes de cinematografia.

Figura 10-6: Projetor de cinema205.

203www.canon.com 1958; P8. 206 http://en.wikipedia.org/wiki/Xenon_arc_lamp; em 10/03/2009;


204- Soares, João Renato Aguiar: Sistemas de Vídeo; Apostila CEFET – AM; 207 http://videos.howstuffworks.com/howstuffworks/4659-how-movie-projectors-work-
205 http://en.wikipedia.org/wiki/File:Projecteur_cin%C3%A9matographique_35mm.jpg; em video.htm; em 19/5/2014;
10/03/2009; 208 http://en.wikipedia.org

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Apêndice XII - O Filme. 10.9.1.2 Sensibilidade


Os cristais de prata, quimicamente chamados de haletos ou halogenetos de
Composto de material sensível à luz, o filme tem a propriedade de gravar as prata, podem ser mais ou menos sensíveis à luz. Ou seja, há um tipo de filme
imagens que passam através da lente da câmara. que exige maior quantidade de luz para gravar as imagens. Outros permitem o
10.9.1.1 Composição. registro com menos luz. A essa propriedade dá-se o nome de sensibilidade.
O filme é constituído de uma base plástica - geralmente acetato de celulose, A sensibilidade dos filmes é indicada por números do sistema ISO –
flexível e transparente, sobre a qual é depositada a emulsão fotográfica. Esta é “International Standards Organization” (antigamente ASA ou DIN). O sistema
colocada no filme sobre uma fina camada de gelatina que contém cristais de DIN (alemão) ainda é utilizado.
prata, sensíveis à luz.  De ISO 25 até 64 - São filmes considerados de baixa sensibilidade e
indicados para grandes ampliações.
 De ISO 100 até 200 - São filmes considerados de média sensibilidade,
permitindo ampliações maiores, com nitidez e definição. São indicados para uso
geral.
 De ISO 400 até 3200 - São filmes considerados de alta sensibilidade e são
indicados para fotos em locais de pouca iluminação, sem uso de flash ou para
fotos de ação, que exigem maiores velocidades do obturador. Grandes
ampliações podem apresentar ligeira granulação.

Figura 10-11: ISO acima de 400.


10.9.1.3 Formatos.
Existem filmes em tamanhos diferentes para diferentes câmaras, contudo o
formato 35mm é hoje em dia o mais difundido.
Possui uma imagem com relação de aspecto de 36x24mm (3:2).

211

Figura 10-12: Filme fotográfico de 35mm.


209
10.9.1.4 Negativos.
Figura 10-9: Estrutura de um filme fotográfico (“On the left: from Kodak H1, cross- São os filmes que mostram a gradação de cor e de contraste invertida.
section of a Kodak color negative film, the film is 0.075”thick, each dye layer is Assim, as áreas claras da imagem aparecem escuras e vice-versa e as cotes
0.003” thick. On the right: is a cross-section diagram from Sams Publication, Film são traduzidas por suas respectivas complementares (o magenta, por exemplo,
Basics for Digital Photographers by John Upton, Joseph Ciaglia, Peter Kuhns & aparece em tons esverdeados e o amarelo, azulado). Para que a imagem se
Barbara London: Ch 4, June 2004, it can be seen that individual silver particles
torne positiva, é necessário passá-la para um papel especial, que segue os
would be difficult to resolve within the emulsion layer”).
mesmos princípios de sensibilização do filme. A vantagem do negativo é a
possibilidade de manipular a imagem após o dique.
A estrutura dos filmes coloridos é mais complexa que a do filme P&B. Nos
filmes coloridos existem três camadas de material sensível a determinados
espectros eletromagnéticos. Cada uma delas possui seu próprio corante,
formado ou acrescentado durante o processamento, além de diversas camadas
transparente, de proteção, todas aplicadas sobre uma camada base.

Figura 10-13: Filme fotográfico tipo negativo.


10.9.1.5 Positivos.
210
Também conhecidos como slides ou cromos, são os filmes que apresentam
a imagem como ela é percebida pelo olho humano, positiva. Hoje oferecido
Figura 10-10: Camadas de um filme fotográfico em cores.
apenas em cor, são os únicos utilizados pelos profissionais da publicidade.
209 http://aic.stanford.edu/sg/emg/library/pdf/vitale/2007-04-vitale-filmgrain_resolution.pdf
210 http://aic.stanford.edu/sg/emg/library/pdf/vitale/2007-04-vitale-filmgrain_resolution.pdf 211 http://en.wikipedia.org/wiki/Image:135film.jpg

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Modernos processos de reversão do slide para o papel garantem as mesmas
vantagens da manipulação do negativo. Além disso, de maneira geral, têm
latitudes muito pequenas. Variações de 1/3 de ponto na abertura do diafragma
fazem uma grande diferença. Em compensação, oferecem cores e contrastes
inigualáveis se comparados aos negativos, que sempre perdem alguma coisa
ao serem passados para o papel.

212
Figura 10-14: Filme fotográfico tipo positivo.
Ao passar para o papel é possível “recriar” a imagem em novos
enquadramentos, manipular os contrastes e a incidência de luz sobre
determinada área e até provocar distorções propositais. Os negativos podem
ser encontrados coloridos ou preto-e-branco. A latitude do filme negativo P&B,
ou seja, o espectro de variação aceitável de exposição aquém ou além da
determinada pelo fotômetro é outra vantagem.
10.9.1.6 Resolução.
Sob boas condições, um filme fotográfico 35mm pode conter em torno de 20
milhões de pixels.213

214
Figura 10-15: Emulsão ampliada 2.500 vêzes.

212 http://www.foveon.com/files/FilmMosaicX3.jpg
213 http://aic.stanford.edu/sg/emg/library/pdf/vitale/2007-04-vitale-filmgrain_resolution.pdf
214 http://www.ifi.unicamp.br/~accosta/roteiros/20/nota%2020.htm em 19/5/2014.

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Apêndice XIII – CCD.


This is a typical output voltage waveform from a CCD element. The signal
can be described by five characteristics: the Reset Feedthrough, the Reset
Level, the Signal Amplitude, the Pixel Period and the actual Pixel Width.
As mentioned before, this CCD signal is not a continuous sinusoidal
waveform, but rather is a sequence of stepped DC levels. The sequence for one
pixel is as follows:
• Reset Feedthrough: This can be a relatively large pulse, as a result of
capacitive coupling through the FET.
• Reset Level: The “Sense Capacitor” will be charged to this final reset
voltage.
This level can be in the order of +10V or more, creating the requirement for a
DC-decoupling capacitor at the output of the CCD element.
• Pixel Level: After the reset period, the pixel is transferred. The amplitude
corresponds to the charge representing the incident light level of the addressed
pixel. Because of the electron charge (e–) the CCD output signal is inherently
unipolar (negative). The CCD output signal is immediately gained up by the preamplifier, as
Typical CCD pixel rates can vary between 1Mpixel/sec up to 20Mpixel/sec, shown in this circuit schematic. The amplifier itself uses the wideband FET input
depending on the application. op amp OPA655, set in a gain of +5V/V. With a -3dB bandwidth of 400MHz for a
10.9.1.7 Pré-Amplificador. gain of +1, the bandwidth of the OPA655, in a gain of +5V/V, is 75MHz. The
specified 12-bit settling time for this part is about 16ns. To estimate the total
response time, the slewing time for the 1Vp-p output needs to be added to the
16ns settling time. With a slewing time of 3.3ns, this adds up to a total of about
20ns. Considering a system with a 5MHz readout frequency, one pixel period
takes 200ns. The actual pixel width will be approximately half of that time, or
100ns. The OPA655 will take only 1/5 of the pixel time and still be accurate to 12
bits. The fast response of the OPA655 leaves sufficient time for the subsequent
stages and for the acquisition time of the A/D converter.
As discussed previously, the pixel information rides on the reference voltage,
which can be +10V or more. This could cause unwanted common-mode effects
or even saturation. The series capacitor, CB, blocks this DC component from the
video signal and the reference of the baseline is lost. A new baseline can be
established with the switch, SW, to ground. For each reset period the switch
closes and grounds one side of the capacitor, setting its charge to a defined
potential, ground or 0V, in this case.

215

This table provides a selection of high speed op amps that feature a FET
input. The advantage over bipolar input stages is the very low bias current.
The bias current becomes important in applications where a capacitor is
connected to the input, or where the source impedance is high. The typical input
bias current of all three listed op amps is 5pA or better. Input bias currents on
high speed bipolar op amps are in the range of 1 to 30mA. All of the listed op
215 www.astrosurf.com/audine/English/scope.htm
amps operate on ±5V supplies, except for the OPA671, which requires ±15V

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supplies. The OPA637 is a decompensate version of the OPA627 and therefore


only stable in gains of 5 or higher. The decision whether to use a FET input or
bipolar input device will always depend on the requirements of the individual
application.
10.9.1.8 CDS.

CCDs sensors come in a wide range of capabilities which make them


wellsuited for a variety of industrial and commercial applications. For example,
CCDs are largely used in commercial products like video cameras, fax machines
or document scanners. Here, the requirements are mainly focused on the price
of using an A/D converter with 8- to 12-bit resolution. Suitable A/D converters for
this market segment are the ADS8xx family, offering different speeds and
resolutions. The ADS8xxs are monolithic ICs using the pipeline topology,
Here is a block diagram of a CDS circuit. Two sample and hold amplifiers allowing fast clock speeds. Built on a 0.6mm CMOS process they come in a
and one difference amplifier constitute the correlated double sampler. The signal small 28-pin SOIC package. In the following “High Speed A/D Converter” section
coming from the CCD is applied to the two sample and hold, with their outputs we will take a closer look into the pipeline technology and its driving circuitry.
connected to the difference amplifier. The timing diagram will clarify the Scientific or medical applications often need higher resolution. Using larger
operation. At time t1, the sample & hold (S/H1) goes into the hold mode, taking a CCD arrays to gather more light they usually operate with longer integration
sample of the reset level including the noise. This voltage (VRESET) is applied times. This means that the throughput rate of the A/D converter does not need to
to the non-inverting input of the difference amplifier. At time t2, the sample and be that high. In this segment, converters with more than 12 bits of resolution
hold (S/H2) will take a sample of the video level, which is VRESET -VVIDEO . have their place. Converters like the ADC614 (14-bit) or the ADC701(16-bit)
The output voltage of the difference amplifier is defined by the equation VOUT = could be used here.
VIN+ - VIN-. The sample of the reset voltage contains the kT/C noise, which is Para um sistema de 12 bits de resolução será necessário um sinal
eliminated by the subtraction of the difference amplifier. The double sampling sincronismo horizontal de 10MHz;
technique also reduces the white noise. The white noise is part of the reset This section will compare the performance features and trade-offs of three
voltage (VRESET) as well as of the video amplitude (VRESET - VVIDEO). With different architectures found in high speed analog-to-digital converters. Each
the assumption that the noise of the second sample was unchanged from the architecture has distinct characteristics that need to be properly understood to
instant of the first sample, the noise amplitudes are the same and are correlated maximize the benefits of the chosen A/D converter with the individual
in time. Therefore, the noise can be reduced by the CDS function. application.
10.9.1.9 Conversor Analógico p/ Digital (“Analogical Digital Converter” – The three types of design that will be compared are the successive
ADC). approximation (SAR), flash, and pipeline ADC. Each method of conversion has
strengths and weaknesses, which will be contrasted throughout the discussion.

The block diagram of a typical Successive Approximation ADC is shown


here. The circuit design is straightforward, employing only one single comparator
along with a digital-to-analog converter and the successive approximation logic.
An analog signal of unknown magnitude is connected to one input of the
comparator via the input resistor. Added to this signal is the output from the
DAC. The successive approximation register provides the input to the DAC and
responds to the output from the comparator. When the DAC has its MSB set to
1, with all other bits set to zero, the Successive Approximation Register (SAR)
will produce an output equivalent to half the reference voltage and analog input
full-scale range. The comparator then determines if the DAC output is above or
below the unknown input signal. If the input voltage is above the DAC output, the
MSB is retained in the SAR while the next weight, fi the reference, is compared.
This process continues until all bits are compared and the nearest approximation
to the input signal is obtained. This result is then passed to the data latch. This

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type of architecture requires the input signal to be held constant while the
conversion process takes place. This limits the use of the SAR ADC to a very
low frequency bandwidth, requiring a sample/hold circuit in front of the ADC.
More recent SAR converter designs, using switched capacitor networks with
charge redistribution, are replacing older resistive ladder DACs. The main
advantages of the so called CDACs are the higher speeds, the inherent sample
and hold function, the increased accuracy, and the smaller die size. The
performance varies widely for designs employing this type of architecture,
ranging from 8 to 18 bits of resolution with conversion rates from 50ms to about
1ms.

The fastest of all types of high speed analog-to-digital converters, and


perhaps the easiest to understand, is the flash or parallel type of converter. The
flash is considered to be the fastest A/D converter because the conversion takes
place in a single cycle, hence the name “Flash”. The resolution of flash
converters tend to be limited to 8-bits due to the fact that the amount of circuitry
doubles every time the resolution is increased by 1-bit.

10.9.1.10 Processador Digital de Sinais (“Digital Signal Processor” - DSP).


Neste estágio, os sinais digitais com informação de vídeo são convertidos
em sinal analógico de vídeo.
10.9.1.11 CCD (P&B) ICX083AL.

The last architecture that will be discussed is the pipeline technique, which Figura 10-16: a) 20 pin CCD; b) Pixels ativos e apagamento;
can be considered also another derivative of the “one bit” comparator topology
of the successive approximation converter and the “all bits at once” design of the
flash ADC. As the next logical step after the sub-ranging architecture, pipeline
converters are just beginning to emerge on a broad basis throughout the IC
industry, although, the proof of concept was done about eight years ago.
Because of their concurrent digitizing technique pipeline converters achieve
comparably high conversion rates in excess of 50MHz. Built as monolithic ICs
on CMOS processes one of their biggest advantage is the low power
consumption. This opens up the complete market of battery powered equipment.
Even though pipeline converters use the flash architecture as a subcircuit in
their processing path they do not exhibit the problem with sparkle codes. This is
essentially due to the fact that each flash converter is of low resolution (1 to 2
bits). This means that the number of comparators is very small, which results in
a good separation of their threshold voltages compared to pure flash converter.
The appearance of false codes, or “sparkle codes” due to the false trigger of one
of the comparators is not an issue with pipeline A/D converter.

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Features
• High sensitivity (+6dB compared with the ICX024BL)
• Low smear (–20dB compared with the ICX024BL)
• High resolution, Low dark current
• Excellent antiblooming characteristics
• Continuous variable-speed shutter
Device Structure
• Interline CCD image sensor
• Image size: Diagonal 11mm (Type 2/3)
• Number of effective pixels: 752 (H) ´ 582 (V) approx. 440K pixels
• Total number of pixels: 795 (H) ´ 596 (V) approx. 470K pixels
• Chip size: 10.25mm (H) ´ 8.5mm (V)
• Unit cell size: 11.6μm (H) ´ 11.2μm (V)
• Optical black: Horizontal (H) direction: Front 3 pixels, rear 40 pixels
Vertical (V) direction: Front 12 pixels, rear 2 pixels
• Number of dummy bits: Horizontal 22
Vertical 1 (even fields only)
• Substrate material: Silicon

Figura 10-18: ICX083AL: Especificações.

Figura 10-17: Diagrama em blocos: CCD ICX083AL.

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Figura 10-19: ICX083AL: Exemplo de aplicação.

216

216 www.sony.com ICX083AL;

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Apêndice XIV - Análise da Imagem em P&B.


10.10 Processo de Exploração Eletrônica – A Válvula
Termoiônica Vidicom217.
É o componente que converte a informação em forma de luz para sua
correspondente em forma de sinal elétrico. Em síntese, a foto-válvula (Vidicon)
é constituída por uma superfície composta por uma matriz de micro pontos
fotossensíveis. Cada micro ponto fotossensível apresentará uma resistência
proporcional a intensidade de luz recebida, formando sobre esta um mosaico de
resistências elétricas em correspondência com a imagem recebida. Os micro Figura 10-21: Bobina de Deflexão.
pontos fotossensíveis são então varridos através de um feixe de elétrons
provenientes de um canhão eletrônico. A medida que o feixe eletrônico incide
sobre os micro pontos fotossensíveis na superfície , ocorre uma intensidade de
corrente sobre uma resistência carga externa proporcional a intensidade de luz
recebida pelo micro ponto fotossensível (vide).

221

218

222
219

223
Aplicativo 10-7: Video_Applets\Tubo de Raios Catódicos\Tubo.htm

220

Figura 10-20: Vidicom.

217 - Grob, Bernard; Televisão e Sistemas de Vídeo; Ed. Guanabara; 1989; P. 38. 221http://www.see.ed.ac.uk
218 http://www.labguysworld.com/Vidicon_001.jpg 222http://www.answers.com/topic/vidicon-png
219 http://www.aade.com/tubepedia/1collection/4807AV1.jpg 223 http://www.labguysworld.com 1955 Dage 101 Vacuum Tube Small Studio Vidicon
220 Camera;

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10.10.1 Feixe de Elétrons no VIDICON.


Os elétrons se originam do catodo do tubo, que é aquecido para que haja
emissão termoiônica, como nas válvulas. A tensão para o filamento é de 6,3 V e
224
sua corrente 95 miliamperes (mA).
Os elétrons deixam o catodo, atraídos para a placa alvo pelo potencial
positivo de 300 V da grade aceleradora G2. Entretanto, agrade de controle G1,
próxima ao catodo, controla a carga espacial nessa região. O potencial de G1 é
-30 V em relação ao catodo, ligado à massa. Esta tensão de polarização
controla a densidade de elétrons, ou a corrente do feixe. A tensão de
polarização de G1 é ajustada pelo controle do feixe. Ambas, G1 e G2, são
cilindros de metal com uma abertura que permite a passagem do feixe de
elétrons.
Após G2 fica a longa grade de foco G3, em 260 V, e a seguir vem G4, já
próxima à placa. O potencial de G4 é 400 V em relação ao catodo.
10.10.2 Focalização do Feixe.
A convergência dos elétrons para um feixe estreito é feita por lentes
eletrostáticas no canhão e por uma bobina externa para focalização magnética.
Observe que a grade focalizadora G3 está em 260 V, menos positiva que a
grade aceleradora, em 300 V, o que desacelera os elétrons e os faz convergir
para o centro do feixe. A corrente nas bobinas de foco magnético pode ser
ainda ajustada para esta concentração. As bobinas de foco ficam ao redor das
bobinas de deflexão na montagem em volta do tubo.
10.10.3 “Aterrissagem” do Feixe.
Em seguida à grade G3, perto da placa alvo, a grade de fios trançados G4
atua como alvo para o canhão de elétrons. A grade G4 é um disco de fios
trançados. Seu potencial é de 400 V em relação ao catodo. Entretanto, a placa
alvo está a um potencial bem mais baixo, em torno de 50 V, tornando-se
negativa em relação a G4. O resultado é que os elétrons são freados e atingem
a placa a velocidades bastante baixas.
O campo elétrico entre a placa e G4 é perpendicular à superfície da placa, o
que faz a aproximação dos elétrons dar-se em ângulo reto em relação à placa,
em todos os pontos de sua superfície, no centro bem como nos cantos e
laterais. A chegada perpendicular permite um foco mais uniforme em toda a
superfície. Outra vantagem da chegada dos elétrons em baixa velocidade é
diminuir o eféito de emissão secundária de elétrons pela placa, que pode causar
interferências com o efeito fotocondutor.
10.10.4 Ação Fotocondutora.
A camada de trissulfeto de antimônio é um semicondutor e sensível à luz.
Age como um isolante a baixas temperaturas e quando não há incidência de
luz. Existem poucos elétrons livres na banda de covalência da estrutura atômica
dos semicondutores. Entretanto, a absorção de luz aumenta os níveis de
energia dos átomos na estrutura cristalina, deixando-os livres para migrarem
para a camada positiva de óxido de estanho. Esta ação causa movimento de
cargas da parte traseira para a frontal da placa alvo. A carga positiva fica na
superfície interna, face ao canhão de elétrons.
Na realidade, a placa alvo contém uma carga-imagem que corresponde à
imagem óptica. O branco da imagem está relacionado à carga mais positiva.
Os deslocamentos de carga não formam uma corrente de sinal até que o
feixe de elétrons tenha varrido cada elemento de imagem. O feixe de baixa
energia deposita a quantidade suficiente de elétrons na placa para descarregar
A Figura 10-20, mostra detalhes da construção do vidicon. O qual consiste
cada ponto até o potencial zero. Esta corrente de descarga, disponível no anel
em um invólucro de vidro com uma face plana para receber a incidência de luz.
coletor, é o sinal de corrente que produz o sinal de câmera.
Por dentro deste invólucro faz-se vácuo, e a face interna da placa plana é
A Fig. 3.5 mostra o circuito da corrente de descarga que é o sinal de saída
recoberta por um material fotossensível que atua como placa alvo ou placa de
da câmera fluindo para um circuito série composto pelo alvo, a resistência de
imagem. Esta possui duas camadas. A frente, no sentido da luz, existe uma fina
carga externa RL, a fonte de tensão do alvo, o catodo ligado à massa e o feixe
cobertura transparente e eletricamente condutora, feita de óxido de estanho
de elétrons. Neste circuito, o alvo age como um resistor variável, com
(SnO). As conexões elétricas desta camada são feitas por um anel coletor
metálico que envolve o tubo — o terminal de saída. resistência entre 20 megaohms, quando não há luz, e 2 M, com iluminação
A parte interna desta placa, que faz face ao canhão de elétrons, tem uma intensa.
cobertura de material fotossensível, normalmente trissulfeto de antimônio. Esta Curvas de resposta típicas para a característica de transferência de luz do
camada é fotocondutora e sua resistência diminui com o aumento de incidência vidicon são mostradas na Figura 10-22. Cada curva corresponde a um valor
de luz. Como resultado, variações de intensidade de luz são convertidas em específico de corrente de escuro, que ocorre quando não há incidência de luz e
variações de sinais elétricos. se tem as lentes cobertas. Esta corrente aumenta pela queda da tensão do
A cena é focalizada na placa por uma lente óptica sobre o alvo do vidicon. A alvo. Quanto maior esta tensão, maior a sensibilidade da câmera, o que é
luz atravessa a placa de vidro e a superfície condutora interna e atinge a placa necessário quando há menos luz na cena. Entretanto, o problema de retardo da
fotocondutora, a qual é varrida pelo feixe de elétrons. O sinal da câmera é imagem piora com o aumento da tensão.
obtido no anel coletor. Encontram-se geralmente vidicons em três tamanhos de 10.10.5 Resposta Espectral.
acordo com o diâmetro da placa: 1/2” (30,5 mm), 1” (25,4 mm) e 2/3” (18 mm). Para produzir uma imagem monocromática aceitável, o fotocondutor deve
O comprimento varia entre 5” e 8” (127 a 203 mm). ter uma resposta espectral similar à do olho humano, para luz de diferentes
cores. Diferentes comprimentos de onda correspondem a diferentes cores ou
tonalidades. A resposta em freqüência da visão humana não é uniforme em
224 Infrared Vicon Câmera; HAMAMATSU; todo o espectro, tendo um pico na faixa de comprimentos de onda entre o

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amarelo e o verde a aproximadamente 560 nanometros (nm). As respostas em onda estão em nanometros (1 nm = 10-9 m). Os comprimentos de onda mais curtos,
freqüência para o olho humano e o vidicon aparecem na Figura 10-23. à esquerda, correspondem ao azul. 225
10.10.6 Corrente de Escuro.
O sinal de corrente aparece mesmo que haja um bloqueio completo de luz
na camada alvo. A corrente que aparece é a corrente de escuro, e é similar em
muitos aspectos à corrente de fuga dos semicondutores, já que seu valor
aumenta com a temperatura. Ela forma o “piso”, ou seja, o menor valor da
excursão do sinal quando a câmera está em uso. O “piso” é subtraído do sinal
total de saída.
É comum ajustar-se a tensão de polarização para uma corrente de escuro
especificada, normalmente uma fração de microampere. Este ajuste é feito com
as lentes cobertas e o sinal de vídeo observado na saída do pré-amplificador,
onde a corrente de escuro é medida em termos de tensão. Esta medida é feita
em comparação ao apagamento, que corresponderia à corrente nula com o
corte do feixe de elétrons.
10.10.7 Resolução e Abertura do Feixe.
A capacidade de distinção de elementos de imagem depende do diâmetro
do feixe de elétrons no ponto onde ele atinge a placa alvo. Idealmente, este
deveria ser um ponto sem dimensões mas isto não é possível com canhões de
elétrons. O diâmetro do feixe, chamado abertura, é responsável pela perda de
resolução e uma degradação nos tempos de subida no sinal de saída para
Figura 10-22: Curvas características para vidicon. (RCA). transições de luz mais abruptas na cena.

Figura 10-24: Resolução e Abertura do Feixe, limitando o tempo de subida e a


largura de banda do sinal.
O efeito da abertura do feixe é mostrado na Figura 10-24: onde o feixe
atravessa de uma área escura para outra de alto brilho, em uma transição
abrupta. A corrente de sinal não sobe instantaneamente; ela começa
lentamente enquanto o feixe se move para a área brilhante, atinge meia
excursão quando o feixe está entre as duas zonas e finalmente atinge o valor
de pico de branco quando o feixe está completamente na área brilhante.
As limitações de abertura de feixe impõem um limite finito para a resolução e
a resposta em freqüência do sinal de vídeo. A amplitude é limitada a partir de
certa freqüência (5 a 10 MHz), da mesma forma que a resposta de um
amplificador de vídeo de banda larga. Há, entretanto, uma diferença, porque a
queda na resposta em freqüência é devida à abertura do feixe e não é
acompanhada pelo deslocamento de fase associado aos amplificadores de
banda larga. Em alguns casos, a resposta dos amplificadores de
processamento de sinal em altas freqüências é compensada para equalizar os
efeitos da abertura, num processo conhecido por correção da abertura.

Figura 10-23: Resposta em freqüência de tubos, comparada com a do olho humano.


PbO é o óxido de chumbo usado em tubos tipo plumbicon. Os comprimentos de
http://www.materia.coppe.ufrj.br ; Matéria, Vol 8, Nº 2 (2003) 167 – 186; Antonio A. de
225

Carvalho; Et all;

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10.10.8 Elementos de Imagem.
Uma imagem estática é, fundamentalmente, um arranjo de pequenas áreas
claras e escuras. Na imagem fotográfica, pequenos grãos de prata retêm as
diferenças de claro-escuro necessárias à reprodução da cena. A imagem obtida
de um fotogravador apresenta pequenos pontos negros impressos para a
formação da imagem. Observando a vista ampliada vemos que a imagem
impressa é composta de pequenas áreas elementares pretas e brancas. Esta
estrutura básica é evidente em fotos publicadas em jornais, as quais, ao serem
examinadas de perto, mostram esses pontos porque os elementos de imagem
são relativamente grandes.
Cada pequena área clara ou escura é um detalhe da imagem ou um
elemento de imagem, abreviadamente “pixel” (Figura 10-25). Juntos, estes
elementos contêm as informações visuais da cena que são transmitidos e
reproduzidos com o mesmo grau de luz ou sombra e nas mesmas posições, Varredura Seqüencial:
então a imagem completa pode ser reproduzida.
A imagem de uma cena é dividida em linhas e cada linha é explorada ponto-
a-ponto (de baixo para cima na câmera) onde as variações luminosas de cada
ponto são convertidas em variações de corrente elétrica pelo transdutor eletro-
ótico da câmera. O sinal elétrico correspondente a cada ponto da imagem é
enviado sequencialmente linha-a-linha ao transmissor onde modula uma
portadora de alta freqüência. No receptor, o sinal recebido é demodulado,
amplificado e enviado ao transdutor eletro-óptico (tubo de raios catódicos) que
converte as variações de sinal elétrico em variações de luminosidade na tela, na
mesma seqüência de exploração da cena original.
A imagem é dividida em linhas que são exploradas em movimentos da
esquerda para a direita e de cima para baixo (no cinescópio), formando linhas
horizontais. É o que se denomina de varredura.
Para que os pontos explorados de uma imagem sejam reproduzidos na
mesma posição geométrica na tela do receptor, é necessária a transmissão de
pulsos de sincronismo para sincronizar os movimentos horizontais e verticais da
varredura do receptor.
Aplicativo 10-8: Video_Applets\video signal\primer\java\index.htm

10.10.9 Varredura.
A imagem na TV é resultado da varredura de uma série de linhas
horizontais, uma sobre a outra. Esta varredura torna possível incluir todos os
elementos de uma imagem completa no sinal de vídeo. Em cada instante de
tempo, o sinal de vídeo mostra as variações para um elemento de imagem.
Logo, para exibição de toda a imagem, em um único sinal, os elementos de
imagem devem ser varridos em ordem seqüencial no tempo.
A varredura faz com que o processo de reprodução de uma imagem de
televisão seja diferente do utilizado na fotografia. Nesta, a figura completa é
reproduzida de uma só vez. Na TV, a imagem é reconstituída linha após linha,
quadro após quadro.
A imagem é varrida da mesma forma em que é feita a leitura de um texto ao
se percorrer todas as palavras de cada linha, e todas as linhas de uma página.
Começando no topo à esquerda da Figura 10-26, todos os elementos de
imagem são varridos em sucessão da esquerda para a direita e de cima para
baixo, uma linha por vez. Chama-se a este método de varredura linear
horizontal. E utilizado no tubo da câmera para dividir a imagem em elementos, e
no tubo de imagem, no receptor, para reconstituir a imagem a ser reproduzida.
A seqüência para varrer todos os elementos de imagem é a seguinte:
1. O feixe de elétrons percorre uma linha horizontal, passando por todos os
elementos de imagem desta linha.
2. Ao final de cada linha, o feixe retorna rapidamente para a esquerda para
iniciar a varredura da próxima linha. O tempo de retorno é chamado retraço.
Nenhuma informação visual é obtida, já que tanto o tubo de câmera quanto o de
imagem são apagados neste intervalo. Portanto, o retraço deve ser muito
rápido, porque é tempo perdido em termos de informações visuais.
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Figura 10-25: Rastreamento dos elementos de imagem.

3. Quando o feixe atinge o lado esquerdo, sua posição vertical está um pouco mais baixa, de forma que possa repetir o processo para a próxima linha e não o
refaça para a mesma. Isto é feito pelo movimento de varredura vertical do feixe, que ocorre simultaneamente ao horizontal.
A varredura vertical acaba tornando as linhas horizontais levemente inclinadas para baixo. Ao atingir o final da tela, o retraço vertical retorna o feixe para o início,
e uma nova seqüência de varredura começa.

Figura 10-26: Varredura Horizontal e Vertical.


A Figura 10-26 apresenta um exemplo de conversão de imagem em corrente elétrica num sistema simplificado de apenas 12 linhas. Sendo uma tela com uma
letra “U” considerada em cor branca e uma letra “T” em cor cinza. Consequentemente, os pontos lidos da imagem preta geram tensões de 1 volt os da imagem
cinza 0,5 volts e onde não há sinal, 0 volt.

- Grob, Bernard; Televisão e Sistemas de Vídeo; Ed. Guanabara; 1989 Pág. 21.
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Varredura Entrelaçada:

Aplicativo 10-9: Video_Applets\aa-raster-1.gif


Na varredura entrelaçada o quadro de imagem é formado pela varredura de
dois campos. O Campo das linhas ímpares e o campo das linhas pares.

10.10.9.1 Linhas por Quadro. 10.10.10 Deflexão do Feixe.


O número de linhas em uma imagem deve ser grande, para que se tenha Para que haja varredura, o feixe de elétrons deve mover-se de lado a lado
um grande número de elementos de imagem e, portanto, maiores detalhes. com a freqüência de repetição das linhas horizontais, e verticalmente, na
Entretanto, outros fatores limitam a escolha e foi fixado em 525 linhas para um freqüência de repetição de campos, devido à corrente nas bobinas de deflexão.
quadro no sistema de TV preto e branco adotado nos Estados Unidos e na Cada conjunto de bobinas, duas para a deflexão horizontal e outras duas para a
maioria dos países da América Latina, inclusive no Brasil. Este é um número vertical, é enrolado em forma de sela, e montado em uma unidade defletora,
ideal para a largura de 6 MHz de um canal de radiodifusão de televisão. colocada em volta do invólucro de vidro.
Quadros por Segundo. O processo deflexão do fixe eletrônico se baseia no fato de uma carga
Observe que o feixe move-se lentamente para baixo enquanto é feita a elétrica alterar sua trajetória quando influenciada por campos elétricos ou
varredura horizontal. O movimento vertical é necessário para que haja a magnéticos:
separação entre as linhas horizontais. O processo de varredura horizontal A deflexão do feixe eletrônico pode ser provocada por dois sistemas:
produz linhas da esquerda para a direita, enquanto o vertical distribui as linhas alterando tensões de placas defletoras ou usando o campo magnético de uma
para se completar um quadro. bobina externa. Por esta razão, os celescópios são classificados em tubos a
O tempo para a varredura completa de um quadro de 525 linhas é 1/30 s. deflexão eletrostática ou a deflexão eletromagnética. No primeiro caso as
Logo, as imagens são repetidas com a freqüência de 30 quadros por segundo. tensões de varredura são aplicados a duas placas colocadas internamente na
válvula para deflexionar o feixe de elétrons em sentido vertical, e outros dois

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anodos, que deflexionam o feixe em sentido horizontal da esquerda para a


direita, recebe a outra tensão de varredura.
Nos tubos a deflexão eletromagnética, a deflexão horizontal e vertical é
efetuada por bobinas, cujos campos magnéticos orientam o feixe de elétrons.
Estas bobinas, em numero de quatro, duas para cada tipo de deflexão, são
colocadas no pescoço da válvula. As bobinas de deflexão verticais e
horizontais vêm dispostas numa só unidade Como são ligadas em série
internamente, disp6em, para a legação externa de quatro terminais, dois para
cada sistema defletor.
Na fig. abaixo apresentamos as bobinas de deflexão vistas de frente.
Observe que a colocação das mesmas e inversas ao sentido da deflexão. Isto é
verdadeiro porque não devemos esquecer que a deflexão e eletromagnética, e
as linhas de força desses campos circulam em sentido perpendicular a corrente
elétrica que produz esse campo. Quando estas bobinas estão fora da sua
posição à luz ou imagem na tela se apresenta como mostramos na figura.
Figura 10-29: Processo de deflexão eletrostática.
Nos atuais cinescópios de ampola de vidro, o segundo anodo de aceleração,
no canhão eletrônico, faz contato com uma camada interna de grafite
(“Acuadag”, que recobre todo o cinescópio). A alta tensão é aplicada mediante
um conector cuidadosamente aplicado por pressão numa tomada adrede
colocada no casco do tubo.

227
Figura 10-27: Bobinas de deflexão da Vidicom.

Aplicativo 10-10: Video_Applets\TRC_\Scan.htm


O feixe de elétrons se move ortogonalmente à direção do campo magnético.
Logo, as bobinas de deflexão 1-1 são montadas acima e abaixo do tubo. Este
campo magnético está no plano vertical para provocar deflexão horizontal.
Similarmente, as bobinas de deflexão vertical são montadas na lateral do tubo.
10.10.11 Prática de Laboratório n._ 3: Demosntração do Processo
de Deflexão em TRC’s.

Figura 10-28: Processo de deflexão magnética no cinescópio.

Placas de
Deflexão
H e V.

227 http://www.burle.com/cgi-bin/byteserver.pl/pdf/pctdhbook.pdf

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3088 x 2056 6.3 10.25 x 6.8
3008 x 1960 5.3 10 x 6.5
2048 x 1536 3.0 6.8 x 5.1
1600 x 1200 2.0 5.3 x 4**
1280 x 960 1,2 4.25 x 3.2
640 x 480 0,3 2.1 x 1.6
* Megapixel and print size values are rounded off.
** This will allow you to print a standard 4x5 print, just as you would get from a
photo lab.
Tabela 10-1: “Megapixel and print size values” 228.
Print Size Pixels for 200 ppi Pixels for 300 ppi
Printing Printing
4 x 6 inches 800 x 1200 1200 x 1800

228 http://www.vividlight.com/Articles/3116.htm

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5 x 7 inches 1000 x 1400 1500 x 2100
8 x 10 inches 1600 x 2000 2400 x 3000
11 x 14 inches 2200 x 2800 3300 x 4200
Tabela 10-2: “Pixels to Prints — Resolution Guidelines”229.
10.10.12 Memory Stick230.
O Memory Stick é um tipo de cartão de memória flash, para armazenamento de imagens e videos de câmeras digitais e de câmeras de video digitais da Sony. As
primeiras versões vinham com 4 ou 8 megabytes. Depois, foram criadas outras maiores, de 16, 32, 64, 128 e 256 megabytes. A partir desse tamanho, são os
Memory Stick PRO, mais rápidos e seguros, com 256, 512, 1024 (1 GigaByte), 2048 (2 GigaByte) e 4096 (4 GigaByte) megabytes, hoje em dia já é possível
encontrar Memory Sticks com memória até 16GB. Tornou-se um dos melhores cartões de memória com melhor custo/benefício do mercado (ao lado do Cartão SD).

231
Figura 10-30: Memory Stick Duo com adaptador para o formato original da Sony.
A Sony e a Sandisk anunciaram em setembro de 2005[1] e lançaram em fevereiro de 2006[2] um novo tipo de cartão de memória, dessa vez voltado para o
mercado de celulares. O Memory Stick Micro tem 25% do tamanho de um Memory Stick Duo. Com o uso de um adaptador, é possível utilizar o Memory Stick Micro
em outros dispositivos compatíveis com o formato original.
10.10.12.1 Especificações técnicas
 Transferência de dados:
o Memory Stick
 Velocidade máxima de gravação: 14,4 Mbit/s (1,8 MB/s)
 Velocidade máxima de leitura: 19,6 Mbit/s (2,5 MB/s)
o Memory Stick Duo/Pro Duo
 Transferência: 160 Mbit/s (20 MB/s)
 Velocidade mínima de gravação: 15 Mbit/s
 Velocidade máxima de gravação: 80 Mbit/s (High Speed Pro Duo)
 Memory Stick Micro (M2)
o Transferência: 160 Mbit/s (20 MB/s)

232
Figura 10-31: Memory Stick Micro M2 de 512 mb da SanDisk.
 Dimensões
o Standard e Pro: 50,0 mm (L) × 21,5 mm (A) × 2,8 mm (P)
o Duo e Pro Duo: 31,0 mm (L) × 20,0 mm (A) × 1,6 mm (P)
o Micro: 15,0 mm (A) × 12,5 mm (L) × 1,2 mm (P) (aproximadamente 1/4 das dimensões do formato Duo).

229 http://www.vividlight.com/Articles/3116.htm
230 http://pt.wikipedia.org/wiki/Memory_Stick#Memory_Stick_Duo_and_PRO_Duo em 19/5/2014;
231 http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Memory_Stick_Duo_Adaptor.jpg em 19/5/2014;
232 http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Memory_stick_m2.jpg em 19/5/2014;

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233
Figura 10-32: Sony’s F35 high-definition camera system.

233 http://blog.digitalcontentproducer.com/briefingroom/wp-content/uploads/2009/07/sony-f35-camera.jpg em 17/11/2010;

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